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1
 Universidade Federal de Minas Gerais 
Instituto de Ciências Agrárias 
 
 
 
 
 
 
MELHORAMENTO ANIMAL
 BOVINOS E EQUINOS 
 
 
Elaborado por: 
Juana Lafetá Prates da Fonseca
 
 
 
Montes Claros
2014 
SUMÁRIO
2
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................03
2. DESENVOLVIMENTO..............................................................................................04
2.1. HISTÓRICO.............................................................................................................04
2.2. FORMAÇÃO DO REBANHO PARA REPRODUÇÃO.........................................05
2.3. PROCESSOS UTILIZADOS PARA MELHORAMENTO ANIMAL....................05
2.3.1. SELEÇÃO.............................................................................................................06
2.3.2. CRUZAMENTO....................................................................................................08
2.4. CARACTERÍSTICAS DO CAVALO QUARTO DE MILHA.................................09
2.5. CARACTERÍSTICAS DO GADO NELORE..........................................................11
3. CONCLUSÃO.............................................................................................................15
4. REFERÊNCIAS..........................................................................................................16
3
1. INTRODUÇÃO
Com a necessidade cada vez maior de produtos de qualidade e em grande
quantidade, o mercado fica cada dia mais aquecido e mais exigente, o que leva à
competitividade, e impulsiona a busca de novos recursos para melhorar a produção. Assim, o
estudo do melhoramento animal se mostra fundamental para um progresso na busca dessa
melhora. 
O melhoramento é uma ciência utilizada em animais para a obtenção de indivíduos
ou populações com características desejáveis, e podem ser alcançadas através da seleção, do
cruzamento e do melhoramento genético dos animais.
O melhoramento genético animal, tem como objetivo principal a utilização da
variação genética entre os indivíduos, para aumentar qualitativa e quantitativamente a
produção dos animais domésticos (TONHATI,1998).
O melhoramento animal, apesar de vir se desenvolvendo há alguns anos,
recentemente tem recebido grandes contribuições que são as principais responsáveis tanto
pela expansão quanto pelos progressos genéticos que têm sido observados nas mais diferentes
espécies de animais domésticos explorados comercialmente, já que o mercado exige que
aconteçam melhorias.
4
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. HISTÓRICO
Charles Darwin (1809-1882), naturalista inglês, desenvolveu uma teoria evolutiva
que é a base da moderna teoria sintética: a teoria da seleção natural. Segundo Darwin, os
organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os
menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem
adaptados são, portanto, selecionados para aquele ambiente. 
Na Teoria sintética da evolução ou Neodarwinismo foi formulada por vários
pesquisadores durante anos de estudos, tomando como essência as noções de Darwin sobre a
seleção natural e incorporando noções atuais de genética. A mais importante contribuição
individual da Genética, extraída dos trabalhos de Mendel, substituiu o conceito antigo de
herança através da mistura de sangue pelo conceito de herança através de partículas: os genes.
A compreensão da variabilidade genética e fenotípica dos indivíduos de uma
população é fundamental para o estudo dos fenômenos evolutivos, uma vez que a evolução é,
na realidade, a transformação estatística de populações ao longo do tempo, ou ainda,
alterações na frequência dos genes dessa população. Os fatores que determinam alterações na
frequência dos genes são denominados fatores evolutivos. Cada população apresenta um
conjunto gênico, que sujeito a fatores evolutivos, pode ser alterado. O conjunto gênico de uma
população é o conjunto de todos os genes presentes nessa população. 
No entanto, a seleção natural é algo muito demorada para as necessidades do ser
humano e muitas vezes não melhora as características que o homem necessita, então surgiu a
seleção artificial.
Na seleção artificial o agente seletor é o homem, e não os sistemas ecológicos,
assim o homem pode selecionar aqueles indivíduos com características desejadas e criar
indivíduos e até espécies novas.
Ao longo da história o homem domesticou animais, foi o agente seletor de suas
características, através da seleção artificial, um mecanismo desenvolvido pelo homem que
pode criar espécies em um curto espaço de tempo, que tem como fundamento os princípios
básicos da seleção natural, portanto da evolução.
5
A utilização de animais domésticos tem precedentes históricos que fazem destes
não só componentes primários indispensáveis ao desenvolvimento e prosperidade do homem,
mas também os colocam como elementos pró-ativos do desenvolvimento tecnológico.
A história do Brasil foi influenciada diretamente por animais domésticos, no
primeiro momento, pelos bovinos que tiveram grande participação durante o ciclo econômico
do açúcar e, mais tarde, pelos equinos, durante o ciclo do ouro.
Ainda no século XVI, crescem em importância, a criação de suínos e ovinos. Os
primeiros destacavam-se pela produção de carne a ser salgada, além de couro e carne verde;
enquanto os ovinos, produziam a lã necessária à produção de agasalho.
Quanto às aves, estas já eram, nesta época, frequentemente citadas nos inventários
das propriedades rurais. Datam também deste período, as primeiras introduções de caprinos
provenientes de Portugal e Espanha.
Desde de então, o Brasil trabalha com o melhoramento desses animais, que ainda
hoje são de extrema importância para a economia do país.
2.2. FORMAÇÃO DO REBANHO PARA REPRODUÇÃO
O melhoramento é uma ciência utilizada em animais para a obtenção de
indivíduos ou populações com características desejáveis para uma maior produção e maior
qualidade.
Cada espécie tem suas caraterísticas específicas de qualidade e produção. Sendo
assim, é preciso ter num rebanho para reprodução, animais com as características positivas
bem desenvolvidas. Para que seja possível melhorar todo o rebanho nas gerações seguintes.
2.3. PROCESSOS UTILIZADOS PARA MELHORAMENTO ANIMAL
O melhoramento animal segue de longa data, hoje duas são as ferramentas
disponíveis para se promover o melhoramento genético de qualquer espécie: seleção e
cruzamento entre as raças. 
6
2.3.1 SELEÇÃO
 Seleção é a escolha de indivíduos para a reprodução, se divide em seleção natural
ou artificial seleção artificial.
A Seleção Natural, promove alteração das frequências gênicas na população; Atua
“concentrando” na população o patrimônio genético; Determinam as proporções de
indivíduos que se reproduzirão com maior frequência.
Já na Seleção Artificial, os indivíduos são escolhidos pelo homem; imprime na
população maior progresso genético por unidade de tempo; ao selecionar em um rebanho,
pode-se usar dois critérios: separam-se os grupos melhores pelo fenótipo e a seleção
denomina-se fenotípica ou; separam-se indivíduos pelos genótipos e a seleção chama-se
genotípica.
A seleção é caracterizada pelo processo decisório que indica quais animais de uma
geração serão pais (reprodutores) na próxima geração, o que dependerá também do seu
desempenho e de seus filhos e parentes. Ou seja, escolher com base em análises genéticas
quais animais permanecerão no rebanho e serão acasalados para terem filhos que formarão a
geração seguinte.
Estas análises genéticas levam em consideração diversas características, como,
peso ao nascimento, a desmama,ao sobreano, ao abate, idade ao primeiro parto, intervalo
entre partos, entre outras. 
Existem diversos tipos de seleção, seleção individual, entre e/ou dentro de
famílias, combinada, pelo pedigree, pela progênie, pela informação de irmãos e seleção direta
ou indireta para determinada característica.
A seleção tem como principal objetivo aumentar a frequência gênica desejada pelo
criador, ou seja, os animais produzidos na próxima geração devem condizer com os objetivos
da propriedade, e o resultado é a mudança na média da população. Um dos passos mais
importantes na implantação de um programa de seleção é o estabelecimento do seu objetivo,
que nem sempre é fácil porque o tipo do animal desejado para aquela situação pode nem
existir.
De modo geral a seleção tende a melhoria e/ou fixação de alguma característica de
importância. É difícil a determinação das características utilizadas como critério de seleção,
7
porque algumas podem exercer influencias sobre outras, essas influencias podem ser
favoráveis, desfavoráveis ou quase nulas.
O que também dificulta a escolha das características é o modo de mensuração das
mesmas, já que quanto mais difícil sua mensuração, mais onerosa pode ser a coleta dessa
informação. Outras vezes, podem-se lançar mão de uma característica de fácil mensuração e
que é altamente correlacionada positiva ou negativamente com alguma de difícil medida,
como exemplo, características produtivas com características reprodutivas, geralmente
inversamente proporcionais.
O ganho genético esperado com a seleção é dependente da herdabilidade da
característica, e do diferencial de seleção. Em resumo, o ganho genético esperado com a
seleção depende do número de animais do rebanho que serão selecionados e destinados ao
acasalamento, e quanto mais animais direcionados a reprodução, menor será o ganho genético
esperado, e quanto maior a herdabilidade das características de interesse, maior será a resposta
a seleção.
É importante ressaltar que para selecionar algum indivíduo da população, deve-se
ter certeza de sua superioridade em relação aos demais do rebanho. Dessa forma a
determinação acurada do valor genético deste animal deve ser realizada.
As análises podem ir desde o uso de índices de seleção até as técnicas mais
complexas como o uso da técnica de modelos mistos através do modelo animal, em que são
consideradas informações de parentes além da informação do próprio animal. Visto que
animais mais próximos em parentesco tem maior importância sobre a estimação do valor
genético de um animal selecionado. Como exemplo a informação de desempenho dos filhos
tem maior importância que a de sobrinhos ou primos no valor genético de cada animal.
 O uso do modelo animal possibilita ainda a obtenção de valores genéticos para
animais jovens, para animais sem progênie, e também em características que não podem ser
avaliadas em determinados sexo ou indivíduo, como valor genético para touros na idade ao
primeiro parto, em que é utilizada a informação da mãe, tias, primas e filhas do animal a ser
avaliado.
A metade do valor genético estimado de cada animal pode ser interpretado como
uma estimativa da capacidade genética de transmissão, que convencionalmente, chama-se de
diferença esperada na progênie (DEP), e o uso da DEP é importante na definição dos
reprodutores, uma vez que maiores valores de DEP’s indicam superioridade em média, sobre
8
a população avaliada para determinada característica.
No entanto, é importante ressaltar que a seleção, apesar de possibilitar a mudança
da frequência gênica da população, aumentando a frequência de genes favoráveis, não cria
novos genes. Assim, deve-se ter muito cuidado e uma correta escolha dos objetivos ou
critérios de seleção, para se alcançar o progresso genético desejado.
A seleção pode ser feita de algumas maneiras, dependendo da necessidade de
produção e dos recursos disponíveis:
Seleção de várias características: Procura-se elevar os valores fenotípicos médios de
diferentes características que afetam direta ou indiretamente a produção em questão; Se duas
características forem positivamente correlacionadas, a escolha de reprodutores bons faz com
que ocorra a probabilidade do valor fenotípico da prole também melhorar com ralação à outra.
Seleção pelo desempenho: Sua eficiência depende das correções entre os fenótipos e
genótipos dos indivíduos; Nesta condição os animais selecionados pelos valores fenotípicos
representariam o grupo geneticamente superior; É necessário controlar o máximo possível as
influencias ambientais.
Seleção pela genealogia: Apresentam entre si alguns genes idênticos; Caracteres comuns à
raça; Maior número de semelhanças gênicas que quaisquer outros indivíduos; Diz-se que dois
indivíduos são parentes quando possuem um ou mais ascendentes em comuns.
Acasalamento, é um termo amplo que para animais domésticos, criados com fins
comercias, é importante quando resulta em concepção, gestação e nascimento de filhos. Dessa
forma, é um elemento complementar fundamental no processo de seleção.
Quando o acasalamento ocorre entre indivíduos pertencentes a raças ou espécies
diferentes, denomina-se cruzamento.
2.3.2 CRUZAMENTO 
Cruzamento é a reprodução dirigida ao acasalamento de indivíduos de raças
diferentes; Os dois principais sistemas de cruzamentos utilizados em produção animal são:
Sistema de cruzamento específico ou sistema terminal têm como objetivo a
produção de um tipo específico de animal direcionado para o mercado e tem como
9
desvantagem o fato de que as fêmeas de reposição produzidas não são utilizadas nas
propriedades; Sistema de cruzamento contínuo.
Diversos estudos demonstram que animais cruzados obtêm melhor desempenho
em relação aos animais puros, em razão da melhor adaptação ao ambiente e nutrição ao qual
estão submetidos.
O uso de cruzamento em um programa de melhoramento é sem dúvida uma forma
de se conseguir melhoria genética e incrementos de produção e de produtividade.
Contudo, isso não elimina a necessidade, e muito menos diminui a importância da
seleção como método de melhoramento genético a ser realizado concomitantemente.
Raças puras melhoradas são, na verdade, elementos fundamentais ao sucesso de
qualquer programa de melhoramento, a seleção, além de fundamental para a melhoria das
raças puras, tem de ser componente essencial em um programa de cruzamentos.
Cruzamento sem seleção resulta em vantagens facilmente superáveis pela seleção
em raça pura, ao passo que a associação das duas conduz a uma sinergia positiva.
2.4. CARACTERISTICAS DO CAVALO QUARTO DE MILHA
A equideocultura representa hoje um setor da economia que envolve milhões de
reais por ano, havendo no mercado animais de alto valor e geneticamente superiores. Isso é
possível em grande parte devido ao avanço na área da genética animal. Os testes genéticos
permitem otimizar os programas de melhoramento genético e maximizar a probabilidade de
produção de animais superiores (Li & Pinkel, 2006). 
Devido a seu alto valor comercial, os equinos, principalmente aqueles destinados
à prática de esportes, têm a necessidade de serem mais precisamente identificados quanto à
sua descendência, tanto para fins de registro quanto para sua aquisição. A confirmação de
genealogia tem papel extremamente importante, não apenas por garantir a ascendência dos
animais, mas também porque um pedigree confiável pode permitir ao criador identificar a
origem de problemas genéticos em seu rebanho e reduzi-los ou mesmo, eliminá-los. 
O Cavalo Quarto de Milha foi a primeira raça a ser desenvolvida na América. Os
Quarto de Milha surgiram nos Estados Unidos em 1600, originários de raças da Arábia e
10
Turquia. Os garanhões dessas raças eram cruzados com éguas da Inglaterra. Desses
cruzamentos,resultaram cavalos compactos, versáteis, com músculos fortes, que podem
correr distâncias curtas, com mais velocidade do que qualquer outra raça.
Chegou ao Brasil em meados de 1955, quando a SKR (Swift-King Ranch)
importou seis animais dos EUA para o nosso país.
Hoje, existem mais de 285 mil cavalos Quarto de Milha registrados no Brasil,
divididos entre 39 mil criadores e proprietários. O principal centro de criação da raça Quarto
de Milha concentra-se em Presidente Prudente, interior de São Paulo.
Os Quarto de Milha são reconhecidos pela facilidade de domar, docilidade e
inteligência. Possuem grande capacidade de mudar de direção, com partidas rápidas e paradas
bruscas. Sendo considerado o cavalo mais veloz do mundo, o Quarto de Milha se destaca,
principalmente, em provas Western, corridas e trabalho no campo, por ser muito dócil,
robusto e veloz.
São adaptáveis a qualquer situação, podendo se transformar, também, em
instrumento de força, transporte e imbatível em provas equestres. Já no nordeste do país, o
Quarto de Milha é o melhor em vaquejada.
Geralmente, medem 1,52m, possuem cabeça pequena, fronte ampla, olhos
grandes e afastados, e um perfil bastante reto. Seu pescoço, em forma de “pirâmide”, possui
uma linha superior, reta, dorso e lombos curtos; já a garupa é levemente inclinada, o peito
profundo, membros fortes, com excelente musculatura. Seu temperamento é dócil. É dotado
de grande inteligência.
Tem andamento harmonioso, em linha reta, natural e baixo. Caracteriza-se no
trote de campo.
Por ser considerada uma das raças mais versáteis do mundo, os animais dessa raça
podem, também, ser utilizados em corridas planas, saltos, provas de rédeas, três tambores,
balizas, hipismo rural e lida com o gado.
As pelagens oficiais de um cavalo Quarto de Milha são: alazão, baio, alazão
tostado, baio amarilho, castanho, caramelo, lobuno, perlino, preto, rosilho, tordilho e zaino.
Entretanto, a raça Quarto de Milha pode possuir alguns pelos brancos, em determinada área
do corpo, passando disto, já se descaracteriza a raça.
Como sabemos, o cavalo Quarto de Milha é considerado o cavalo mais rápido do
mundo. O recorde atual é de 20 segundos, em uma distância de um quarto de milha, ou seja,
400 metros.
11
2.5. CARACTERISTICAS DO GADO NELORE
O melhoramento genético em bovinos é o mais estudado e utilizado atualmente.
Com uma grande demanda de proteína pela população e uma preocupação cada vez maior
com o meio ambiente é necessário buscar o melhoramento do gado para que este possa
produzir mais, num menor período e utilizando cada vez menos espaço.
Uma das formas de disseminação do melhoramento genético é a inseminação
artificial. Hoje é possível melhorar o rebanho sem precisar comprar um touro de qualidade
gastando muito. Através das centrais de inseminação é possível comprar sêmens de touros de
alta qualidade gastando-se menos do que na compra de um touro.
Junto com a inseminação aparece a seleção dos animais que é baseada em
características pré estabelecidas relevantes para a maior produção e qualidade do rebanho.
Cada raça ou cada segmento de produção têm que atender a algumas exigências
para ter maior produção.
A raça Nelore chegou à costa brasileira no ano de 1868, em Salvador/BA. Dez
anos depois, um criador suíço, com propriedade no Rio de Janeiro, o senhor Manoel Ubelhal
Lemgruber, importou um casal Nelore, aumentando o volume de aquisição em 1883. Após
Bahia e Rio de Janeiro, o Nelore alcançou a região central do país: Minas Gerais e São Paulo.
Os primeiros registros genealógicos da raça ocorreram em 1938. Em 1970, dados
da ABCZ já revelam importação de 6,262 mil zebuínos. Hoje, o animal é considerado o
alicerce da cadeia produtiva no país, uma vez que ocupa mais de 80% do efetivo nacional.
Caracterização Racial
A raça Nelore passou por intenso melhoramento genético no Brasil, sendo
direcionada quase que exclusivamente à produção de carne, embora na sua origem a raça
tenha sido utilizada para a exploração leiteira.
Principais Características Raciais
Animais Nelore apresentam estado geral sadio e vigoroso. A ossatura é leve,
robusta e forte, com musculatura compacta e bem distribuída. A masculinidade e a
feminilidade são acentuadas. O temperamento é ativo e dócil.
12
Apresentam pelagem branca ou cinza-clara, sendo que os machos apresentam o
pescoço e o cupim normalmente mais escuros. A pele é preta ou escura, solta, fina, flexível,
macia e oleosa. Os pêlos são claros, curtos, densos e medulados.
A cabeça tem formato de ataúde, com a cara estreita, arcadas orbitárias não
salientes e perfil ligeiramente convexo. A fronte é descarnada, apresentando uma linha média
no crânio, no sentido longitudinal, uma depressão alongada (goteira).
O Chanfro é reto, largo e proporcional nos machos. Nas fêmeas, é estreito e
delicado. O focinho preto e largo, com as narinas dilatadas e bem afastadas, é outra
característica da raça. A boca tem abertura média e lábios firmes.
As orelhas do nelore são curtas, com boa simetria entre as bordas superior e
inferior, terminando em ponta de lança, e a face interna do pavilhão deve ser voltada para a
frente e apresentar movimentação.
A raça pode ser dividida em animais que apresentam chifres e mochos. Os chifres
são de cor escura, firmes, curtos de forma cônica, mais grossos na base, achatados e de seção
oval, de superfície rugosa e estrias longitudinais. Nascem para cima, acompanhando o perfil,
bem implantados na linha da marrafa, assemelhando-se a dois paus fincados simetricamente
no crânio. Com o crescimento, podem dirigir-se para fora, para trás e para cima, ou curvando-
se para trás e para baixo.
Nos machos, o pescoço é musculoso e com implantação harmoniosa ao tronco.
Nas fêmeas, é delicado. A barbela começa debaixo do maxilar inferior e se estende até o
umbigo, sendo mais abundante e pregueada nos machos. O peito dos animais é largo e com
boa cobertura muscular.
Outra característica dos zebuínos é o cupim. Ele tem papel fisiológico
fundamental, servindo com reserva de energia em situações emergenciais. Nos machos, deve
ser bem desenvolvido, apoiando-se sobre o cernelha, nas fêmeas, deve ser reduzido.
A região dorso-lombar é larga e reta, levemente inclinada, tendendo para a
horizontal, harmoniosamente ligada à garupa com boa cobertura muscular.
O Nelore possui ancas bem afastadas e no mesmo nível. A garupa é comprida,
larga, ligeiramente inclinada, no mesmo nível e unida ao lombo, sem saliências ou depressões
13
e com boa cobertura de gordura. Sacro não saliente, no mesmo nível das ancas.
A cauda é inserida harmoniosamente, estendendo-se até os jarretes e vassoura
preta. O tórax é amplo, largo e profundo. As costelas são compridas e largas, bem arqueadas,
afastadas e com espaços intercostais revestidas de músculos e sem depressão atrás das
espáduas. O umbigo deve ser proporcional ao desenvolvimento do animal.
Membros anteriores e posteriores devem apresentar comprimento médio, com
ossatura forte e músculos bem desenvolvidos. As coxas e pernas são largas, com boa
cobertura muscular, descendo até os jarretes, com calotes bem pronunciados. As pernas
devem ser bem aprumadas e afastadas. Os cascos devem ser pretos e bem conformados.
As fêmeas devem ter o úbere de volume pequeno, com o formato das tetas de
maneira que facilite a aproximação dos bezerros. A vulva deve possuir conformação e
desenvolvimento normais.
Os machos devem possuir a bolsa escrotal fina e bem pigmentada, com os dois
testículos bem desenvolvidos. A bainha deve ser proporcional ao desenvolvimento do animal
e bem direcionada. O prepúcio deve ser recolhido.
Principal Característica de Performance Produtiva e Reprodutiva
O Nelore se adaptoumuito bem às condições tropicais brasileiras, por possuir
excelente capacidade de aproveitar alimentos grosseiros.
Apresenta resistência natural a parasitas, devido às características de seus pêlos,
que impedem ou dificultam a penetração de pequenos insetos na superfície da pele ou que aí
tentam se fixar. A pele escura, fina e resistente, dificulta a ação de insetos sugadores, além de
produzir secreção oleosa repelente, que se intensifica quando os animais estão expostos ao
calor.
O Nelore é muito resistente ao calor devido à sua superfície corporal ser maior em
relação ao corpo e por possuir maior número de glândulas sudoríparas. As características de
seus pêlos também facilitam o processo de troca com o ambiente. Além disso, o trato
digestivo é 10% menor em relação aos europeus. Portanto seu metabolismo é mais baixo e
gera menor quantidade de calor. Os machos e as fêmeas apresentam elevada longevidade
reprodutiva.
14
Touros Nelore possuem instinto muito forte de proteção de seu harém de matrizes.
As vacas apresentam facilidade de parto, por terem garupa com boa angulosidade, boa
abertura pélvica e, principalmente, por produzir bezerros pequenos, o que elimina a incidência
de distocia. Outras características das fêmeas são a excelente habilidade materna, oferecendo
condições de desenvolvimento aos bezerros até o desmame; instinto de proteção ao bezerro;
rusticidade; e baixo custo de manutenção.
Os bezerros Nelore são espertos. Logo após o parto, já procuram as mães para
fazer a mamada do colostro, que lhes fornece imunidade nos primeiros 30 dias de vida.
Características da Carcaça e da Carne
O Nelore é a raça, no Brasil, que possui a carcaça mais próxima dos padrões
exigidos pelo mercado, por apresentar porte médio, ossatura fina, leve, porosa e menor
proporção de cabeça, patas e vísceras, conferido excelente rendimento nos processos
industriais.
Precocidade de terminação garante nas carcaças Nelore distribuição homogênea
da cobertura de gordura, sendo esta carcaça muito valorizada no mercado. Além disso, a
cobertura evita que, durante o resfriamento, ocorra o encurtamento das fibras pelo frio. A
padronização das carcaças Nelore otimiza a estrutura industrial e agrega valor aos cortes.
Carne Nelore tem como principais características o alto teor de sabor e o baixo
teor de gordura de marmoreio.
15
3. CONCLUSÃO
Um programa de melhoramento animal, para que haja sucesso, deve estar baseado
em metas muito bem definidas, coerentes com o mercado vigente e condisentes com o
ambiente. O objetivo fim de um programa em melhoramento animal é a combinação de
características presentes no animal, a qual se procura melhorar. Portanto, essa mudança deve
ocorrer para que possa suprir o mercado, atendendo a demanda de consumo. Assim haverá
retorno para tal investimento.
Depois de definido o objetivo principal do programa de melhoramento, deve-se 
adotar um critério de seleção - característica a ser medida, a partir de qual será feita a escolha 
do indivíduo. Esse critério de seleção pode ser a combinação de várias características, 
resultando, assim, num índice final de seleção.
Ao que tudo indica, o futuro reserva a possibilidade de um avanço ainda maior e
mais rápido, uma vez que este deverá ser impulsionado pela demanda crescente por
competitividade das atividades de produção animal; e pela importância, cada vez maior,
representada pela qualidade do produto e eficiência da produção. 
16
4. REFERÊNCIAS
EUCLIDES FILHO, K. 2000. Melhoramento genético animal no Brasil. Fundamentos,
história e importância. Campo Grande : EMBRAPA-CNPGC.
PEROTTO, D. Raças e cruzamentos na produção de bovinos de corte. SENAR, 2000. 
PEREIRA, J.C.C. Melhoramento Genético Aplicado à Produção Animal. FEPMVZ. Editora,
4a ed., Belo Horizonte, MG, 2004.
LOPES. P.S.; TORRES, R.A.; PIRES, A.V. et al. Teoria do melhoramento animal. UFV.
Viçosa, MG, 2004. 
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http://www.arsveterinaria.org.br/ 
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/BovinoCorte/BovinoCortePara/pa
ginas/melhoramento.html 
http://www.beefpoint.com.br/radares-tecnicos/melhoramento-genetico/os-animais-do-seu-
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http://www.escoladocavalo.com.br/ 
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http://www.beefpoint.com.br/radares-tecnicos/melhoramento-genetico/a-biotecnologia-no-
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http://wp.ufpel.edu.br/zootecnia/files/2011/03/AULA-INTRODU%C3%87%C3%83O.pdf 
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http://www.nelore.org.br/Raca
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