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AULA 6: SOLIDIFICAÇÃO RESFRIAMENTO A PARTIR DO ESTADO GASOSOS o Líquidos – Átomos apresentam elevado nível de energia, sem estrutura cristalina o Sólidos – Átomos vibram em posições fixas, com estruturas cristalinas NUCLEAÇÃO HOMOGÊNEA o Consiste na formação de núcleos de solidificação uniformes em todo o metal liquido, na forma esférica. Para o líquido se transformar em sólido pelo super resfriamento a temperatura tem que ser abaixo da de solidificação. Necessita de um super resfriamento na ordem da centena, maior que a nucleação heterogênea. NUCLEAÇÃO HETEROGÊNEA o Consiste na formação de partículas de solidificação sobre substratos, impurezas ou sobre as paredes do molde, onde o super resfriamento é de 0,1 até 10°C. Normalmente na indústria são utilizados agentes inoculantes com o intuito de servir como substrato para a formação de partículas de solidificação, servindo assim também como refinadores. Na indústria, para reduzir o tamanho de grão pode ser aumentada a taxa de resfriamento. Também pode-se adicionar vários inoculantes diferentes para conferir diferentes propriedades nas peças. CRESCIMENTO DE GRÃO o A forma em que acontece o crescimento de grão depende de vários fatores: Composição química da liga metálica; Taxa de resfriamento; Super resfriamento da liga. o Quanto maior a velocidade de resfriamento, menor o tamanho do grão. CLASSIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS LIGAS QUANTO AO MODELO DE RESFRIAMENTO o Plana – ligas com temperatura constante de solidificação – composição eutética e metais puros. o Colunar – ligas com pequeno intervalo de solidificação – aços, ferros fundidos e latões. o Dendrítica – ligas com grande intervalo de solidificação – ligas de alumínio hipoeutéticas e bronze. Plana: necessidade de solidificação direcionada; maior facilidade de alimentação. Dendrítica: baixa temperatura de vazamento; uso de refinadores. Ligas com expansão volumétrica em estágios da solidificação – ferros fundidos cinzentos e nodulares. FORMAÇÃO DE RECHUPE PELA EVOLUÇÃO DA SOLIDIFICAÇÃO o A solidificação começa nas extremidades da peça, como o núcleo é o último a solidificar a contração pode formar rechupe. MASSALOTES o O massalote tem a função de reabastecer o molde durante a contração líquida e solidificação do metal. o Para isso o massalote deve: Ser o último elemento a solidificar; Exercer pressão (coluna líquida) para sobre a peça em formação. Ter reserva líquida suficiente para abastecer as zonas contraídas. Volume maior ou igual a peça. o Modulo de resfriamento – M= Volume/Área superficial. Quanto maior o módulo, maior o tempo de resfriamento da peça. O módulo de resfriamento do massalote deve ser maior que o módulo de resfriamento da peça, pois ele precisa ser o último a se solidificar. O módulo de resfriamento relaciona o volume da peça com sua área superficial, de modo a determinar fatores como taxa de resfriamento, ou seja, mantendo um mesmo volume e aumentando a área superficial, o módulo de resfriamento irá diminuir, significando que a peça irá resfriar mais rápido. É importante realizar seu cálculo para o dimensionamento correto do massalote e do canal de alimentação da peça, além de sua geometria. Por exemplo, o módulo de resfriamento do massalote precisa ser maior do que o módulo de resfriamento da peça, garantindo assim que seja o último componente a solidificar. o Requisito volumétrico do massalote O volume do massalote deve ser maior ou igual ao volume de metal a ser fornecido para compensação da contração durante a solidificação. o Número de massalotes O dimensionamento do massalote depende da geometria da peça também, pois o mesmo é capaz de abastecer bem uma distância de 2T, sendo T=espessura/altura, ou seja, dependendo da geometria da peça são necessários mais de um massalote, em diferentes posições. SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DEVE: o Manter fluxo contínuo de fornecimento; o Evitar turbulência superficial; o Evitar a projeção de metal pelo controle da velocidade; o Evitar o efeito “cascata” e incorporação de bolhas. AULA 7: FORNOS PARA FUNDIÇÃO FORNOS DE FUSÃO A COMBUSTÍVEIS o Forno cadinho o Forno rotativo a óleo o Forno Cubilô Vantagens: alta produtividade, instalação barata, manutenção barata. Desvantagens: dificuldade de controlar a composição química, dificuldade em controlar as propriedades mecânicas do material e é poluente. o Forno de revérbero a óleo, gás ou carvão pulverizado o Forno Siemens Martins FORNOS ELÉTRICOS o Forno a resistência o Forno de indução o Forno ao arco elétrico O CONSUMO ADICIONAL DE ENERGIA PODE SER REDUZIDO TORNANDO-SE AS SEGUINTES MEDIDAS: o O forno deve ter estar na temperatura de fusão do material. o Deve ser evitada a utilização de sucata enferrujada e de material reciclado sujo. o A densidade de compactação do material de carga deve ser aumentada o O material reciclado volumoso deve ser fragmentado. o O agente de carburação deve ser colocado no começo da alimentação. o A tampa do forno deve permanecer fechada, quando possível, e a instalação de exaustão deve ser regulada de acordo com a quantidade de emissões. o Em caso de interrupções e da ocorrência de falhas com duração abaixo de 4 horas, deve-se manter o forno aquecido, pois a partida a frio requer de 3 a 4 vezes mais de energia do que quando a partida do forno é feita a quente. AULA 8: FERROS FUNDIDOS Ligas constituídas de ferro, carbono e silício. Para fins práticos carbono de 2,5 a 4% e Silício de 0,5 a 3,5%. FUNDIÇÃO E SOLIDIFICAÇÃO DE FERROS FUNDIDOS o Sistema estável -> Formação de austenita + grafita -> Ferro fundido cinzento o Sistema metaestável -> Formação de austenita + cementita -> Ferro fundido branco o Fatores que influenciam no equilíbrio: velocidade de resfriamento e elementos de liga INFLUÊNCIA DOS ELEMENTOS DE LIGA o Si: Aumenta diferença entre temperaturas de equilíbrio estável e metaestável -> Grafitizante o Cr: Diminui diferença entre temperaturas de equilíbrio estável e metaestável -> Estabilizador de carbonetos CLASSIFICAÇÃO DOS FERROS FUNDIDOS o Comuns: cinzento (perlítico) e branco (martensítico) o Especiais: nodular (ferrítico), vermicular, maleável (bainítico) e ligado OBJETIVOS DA INOCULAÇÃO DO FERRO FUNDIDO CINZENTO o Evitar a formação de estrutura branca e aumentar a formação de grafita tipo A (a mais desejável). o Obter uma estrutura homogênea. o Obter melhores propriedades de utilização. o A inoculação facilita a produção de peças em ferro fundido de alta qualidade com baixo carbono equivalente. INFLUÊNCIA DOS ELEMENTOS NOS INOCULANTES o Grafite e estrôncio: reduzem o coquilhamento. o Silício: é grafitizante. o Alumínio: é grafitizante, porém alto teor provoca porosidades. o Titânio: é grafitizante e desoxidante. o Zircônio: é grafitizante, refinador da grafita e poderoso desoxidante. o Cálcio: facilita o aumento do grau de nucleação, porém o alto teor provoca escória. o Manganês: baixa o ponto eutético. o Cromo: é formador de perlita, estabilizante e melhora as propriedades mecânicas. NODULARIZAÇÃO o A grafita na forma esferoidal é obtida pela adição de magnésio, cério. o Os principais agentes nodularizantes contém magnésio. o O magnésio atua como inibidor de curta duração, que retarda a formação inicial de grafita. AULA 9: AÇOS FUNDIDOS REQUISITOS PARA PEÇAS FUNDIDAS EM AÇO o Homogeneidade Projeto adequado do molde e desoxidação do aço durante a fusão Os aços em geral na fundição têm baixa fluidez, contração elevada e pequena resistência a cerca de 1480 ºC o Granulação fina (com tratamento térmico adequado) o Completa isenção de tensões internas (com tratamento térmico adequado), CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS o Aços de baixo C (inferior a 0,20%) o Aços de médio carbono (C entre 0,20 a 0,50%) o Aços de alto carbono (C acima de 0,50%) o Aços liga de baixo teor de liga (teor total de liga inferior a 8%)o Aços liga de alto teor de liga (teor total de liga superior a 8%) CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROJETO o Espessura mínima (mm) o Variações dimensionais das paredes TRATAMENTOS TÉRMICOS o Normalização (resfria no ar) o Recozimento (resfria no forno) Crítico/pleno Subcrítico Para alivio de tensões o Tempera o Revenimento o “Envelhecimento” o Esferoização AULA 10: METAIS NÃO FERROSOS FATORES NA SELEÇÃO DO PROCESSO DE FUNDIÇÃO PARA ALUMÍNIO E LIGAS o Custo Equipamento o Capacidade o Tamanho peça o Formas interna e externa o Parede mínima o Tolerâncias o Acabamento superficial o Porosidade o Tamanho de grão o Resistencia mecânica MAGNÉSIO E LIGAS o Peças automotivas Classificação ASTM o EX.: AZ63A-T6. Primeiras duas letras são elementos de liga, números: teor de liga principal e letra indicando ordem de classificação dentro da família. LIGAS DE ZN (ZAMAC) o Zamac é uma liga de zinco, alumínio, magnésio e cobre. o Vantagens do Zamac Economia de tempo, custos e melhor acabamento das peças. Menos consumo de energia para sua transformação, já que é trabalhada em 400 a 420ºC. A injeção sob pressão permite a fabricação de peças em grandes volumes com alta precisão. A fabricação de peças por injeção permite reproduzir facilmente todos os detalhes das peças. Reduz usinagem e energia. o Limitações do Zamac Não suporta altos graus de tensão e torção. Não suporta temperaturas de trabalho superiores a 80ºC Perda de propriedades mecânicas ao longo do tempo à temperatura ambiente e exposição a ambientes úmidos.
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