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Escorpionismo Parte 1

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escorpionismo 
Os escorpiões de importância em saúde pública 
pertencem ao gênero Tityus (apresenta várias 
espécies – 60% da fauna escorpiônica). 
Dentro desse gênero temos as seguintes 
espécies: 
-Tityus serrulatus: responsável por acidentes de 
amior gravidade; 
-Tityus bahiensis; 
-Tityus stigmurus. 
Os principais locais de picada por escorpiões 
ocorrem nos membros superiores (65%). A grande 
maioria apresenta um curso benigno. 
OBS: Em acidentes leves causados por escorpião 
não se aplica soro, apenas um anestésico local, 
pois a utilização de soro em pessoas que não 
necessitam, promove a predisposição de 
apresentar reações adversas ao soro. 
 
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS 
A sazonalidade varia de acordo com a região de 
estudo (no Brasil é mais frequente no verão). Os 
acidentes escorpionicos ocorrem com maior 
frequência na zona urbana (contrário do ofídico). 
O tempo entre a picada e ao atendimento é rápido, 
pois os sinais clínicos iniciam precocemente e a 
pessoa já busca atendimento. 
A gravidade está ligada a espécie de escorpião, 
sendo o Tityus serrulatus o mais grave, 
principalmente em crianças e idosos. 
 
TITYUS SERRULATUS 
Também conhecido como escorpião amarelo 
(apresenta o prossoma amarronzado). 
Nessa espécie só existem indivíduos do sexo 
feminino, desta maneira a reprodução é por 
partenogênese. Essa característica facilita a 
dispersão desses animais, pois não há necessidade 
de machos. 
Cada mãe tem aproximadamente 2 partos por ano, 
com média de 20 filhotes por parto (40 por ano). 
Na média elas geram 160 filhotes durante sua vida. 
Essa espécie apresenta uma grande capacidade 
de adaptação a qualquer ambiente: 
-Introdução passiva (transportado para outro 
local): instala-se e prolifera rapidamente. 
Apresenta uma capacidade predatória sobre os 
outros escorpiões (pode levar ao 
desaparecimento de outras espécies). 
 
características 
-Pernas e cauda amarelo-clara; 
-Tronco amarronzado (escuro); 
-Presença de serrilha nos 3º e º anéis da cauda 
(por isso serrulatus). 
-Mede até 7 centímetros de comprimento 
(mesmo tamanho dos outros). 
OBS: estão presentes no Espirito Santo. 
 
 
 
TITyus bahiensis 
Também conhecido como escorpião marrom ou 
preto. 
 
 
características 
-Tronco escuro; 
-Pernas e palpos com manchas escuras; 
-Cauda marrom-avermelhada; 
-Não apresenta serrilha na cauda; 
-Mede cerca de 7 cm. 
OBS: estão presentes no Espirito Santo. 
 
TITyus stigmurus 
É semelhante ao T. serrulatum nos hábitos e na 
coloração (mais amarelo que o T. serrulatum). 
 
características 
-Apresenta uma faixa longitudinal na parte dorsal 
(amarronzada); 
-Possui uma mancha amarronzada triangular no 
prossoma. 
-Também possui serrilha (menos acentuada), nos 
3º e 4º anéis da cauda. 
OBS: não tem no Espirito Santo e é mais comum 
no Nordeste. 
 
QUADRO CLÍNICO 
MECANISMO DE AÇÃO DO VENENO 
O veneno dos escorpiões atua os canais de sódio, 
consequentemente ocorre uma despolarização 
das membranas de células excitáveis. 
Com isso, temos a liberação exacerbada de 
catecolaminas e acetilcolina pelas terminações 
nervosas pós-ganglionares do SNA e da medula da 
suprarrenal. 
Com a liberação exagerada de neurotransmissor 
simpático e parassimpático, dependendo de qual 
terminação está sendo mais estimulada e do 
local, teremos os sinais clínicos. 
Desta forma os efeitos podem surgir tanto na 
região da picada e a distância. 
 
QUADRO CLÍNICO LOCAL 
Temos: 
-Dor de intensidade variável; 
-Sinais inflamatórios pouco evidentes (edema 
sutil); 
-É incomum encontrar a marca do ferrão (como 
se fosse uma agulha bem fina); 
-A maioria dos casos apresenta evolução 
benigna; 
-A dor tem duração de algumas horas e não requer 
soroterapia; 
-Representa a grande parte dos acidentes 
escorpiônicos em adultos. 
OBS: O soro só e aplicado em pronto-socorro, pois 
caso haja alguma reação, da para entubar o 
paciente. 
 
QUADRO CLÍNICO SISTÊMICO 
Inicialmente temos: 
-Sudorese profusa;

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