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METODOLOGIA DO ENSINO DE SOCIOLOGIA #CURRÍCULO LATTES# APRESENTAÇÃO Professor Mestre: Jorge Alberto de Figueiredo ● Graduado em História pela Universidade Paranaense-UNIPAR (2001). ● Graduado em Estudos Sociais pela Faculdade Estadual de Educação Ciências e Letras de Paranavaí (1992) atualmente UNESPAR (Universidade Estadual do Paraná). ● Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Maringá -UEM- (2006). ● Atuou como Docente na UNESPAR - Campus Paranavaí (2010-2012). ● Atuou como Docente no Curso de Urbanismo e Arquitetura na UNIPAR- Universidade Paranaense, Campus de Paranavaí. ● Atuou Supervisor do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID-CAPES) UNESPAR - Campus-Paranavaí. ● Docente na Secretaria de Educação do Estado do Paraná nas Séries Finais do Ensino Fundamental. ● Produtor de Materiais Didáticos e vídeos Aulas ( UNIPAR, VG Consultoria e ● Palestrante sobre: Educação e Cidadania, Ética, Política, Sociedade e Democracia, Educação, Liberdade, e Igualdade. ● Psicanalista. Experiência vasta na área educacional com atuação docente no Ensino Fundamental Anos Finais, Ensino Médio, Ensino Superior e Pós Graduação. APRESENTAÇÃO DA APOSTILA Seja bem vindo (a)! Minhas Cordiais Saudações! Primoroso (a) aluno (a), o fato de você ter apreciado os conhecimentos que apresentamos e fez com que o Curso de Sociologia, fosse sua opção de estudo nos deixa grato, pois, podemos caminhar juntos para que esta disciplina de metodologia do Ensino de Sociologia seja didaticamente enriquecedora e ao final da Unidade, oportunizado ótimas reflexões. Contudo a importância é que ao final possamos ser melhor do como iniciamos, com mais ideias e certezas de que a escolha foi assertiva. Na Unidade I a fundamentação teórica é de suma importância em nosso aprendizado, à sociologia oferece a vasta bibliografia de muitos autores, mas discutiremos neste momento o contexto histórico da Sociologia e as concepções de três grandes filósofos: Karl Marx, Durkheim e Max Weber. Na Unidade II iremos caminhar analisando as diretrizes que norteiam e implementam a disciplina de Sociologia, aprenderemos sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais, Parâmetros Curriculares Nacionais e as Orientações Curriculares. Na Unidade III a aprendizagem terá ênfase no campo de pesquisa como aprimoramento teórico, tipos de pesquisas e conhecimentos, a construção das pesquisas científicas sobre o ensino de sociologia. Na Unidade IV, trabalharemos a importância das práticas docentes coesas e estruturadas, pautadas na ética e no profissionalismo. A criatividade sobre as estratégias didáticas e os pilares pedagógicos descrita por Jacques Delors. E aprender os conteúdos básicos e estruturantes do ensino de Sociologia. Será um imenso prazer compartilhar com você todas essas aprendizagens tão essenciais, que nos impulsionam a tornar pessoas mais críticas, capazes de contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária por meio de nossas ações. Esperamos contribuir para ampliação de seu crescimento pessoal e profissional. Muito obrigado e bom estudo! UNIDADE I A HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA COMO DISCIPLINA ESCOLAR Professor Jorge Alberto de Figueiredo Plano de Estudo: ● A História da Sociologia como Disciplina Escolar; ● Karl Marx e o Início da Incoerência Social; ● Émile Durkheim: Conexão Social; ● Max Weber: Racionalização Social. Objetivos de Aprendizagem: ● Aprender o contexto da história que dá origem ao estudos sociológicos; ● Destacar a relevância da Disciplina Escolar de Sociologia, refletindo nas ações sociais; ● Conhecer algumas teorias clássicas que norteiam, os estudos sobre a sociologia; ● Propiciar base com fundamentos científicos para a pesquisa e ampliação de conhecimento. INTRODUÇÃO Estudar Sociologia é tão atual, que a forma de compreensão sobre tudo que iremos aprender no decorrer das unidades, serão bem atualizadas e intensas ao estudar. Mas como todo conhecimento que precisamos adquirir a fundamentação teórica, os estudos dos clássicos são a base para darmos continuidade aos demais temas que iremos abordar. Neste contexto, conhecer a história da sociologia é crucial, assim, podemos entender por que surgiu e como. Também saber quem foi o filósofo que compreendeu essa necessidade. A Sociologia como disciplina escolar, como é um componente significativo, abordaremos não apenas nesta unidade, de forma gradativa iremos aprendendo. Não há como falar de sociologia se não discutirmos as teorias sobre os pensadores clássicos, suas ideias e conceitos, foram importantes no momento da construção de suas filosofias e continuam a ser relevantes para a aplicabilidade em nosso cotidiano diário. Karl Marx nos faz compreender sobre o capitalismo e suas implicações para as massas, que devido a Revolução Industrial e a demanda de mão-de-obra estavam preocupados em aumentar o números de filhos para obtenção de mais dinheiro, pensando em uma qualidade de vida melhor. O mesmo introduz um pensamento significativo sobre a lei da mais valia, este por sua vez tinha como princípio mudar a realidade por intermédio da luta de classes. Émile Durkheim o primeiro a criar uma metodologia sociológica, que evidencia a diferença desta com outras áreas de estudo, tudo baseado em pesquisas em fatos sociais, que já estudava a forma em que os indivíduos agiam em seus grupos e as implicações destes comportamentos na humanidade. Um dos elementos de discussão importantes deste pensador era a consciência coletiva, assunto tão discutido na atualidade. Max Weber, em suas premissas, o sociólogo precisava compreender o motivo que desencadeavam as ações sociais, encontrar as causas, refletir sobre os efeitos e direcionar possíveis direcionamentos para solucionar ou amenizar tais ações, a base das reações de um grupo estava consolidado pelos valores, crenças e mudanças e que o indivíduo tinha liberdade e capacidade para agir em prol de mudanças. Como vimos até o momento, os estudos filosóficos são contextualizações de uma época, mas que repercutem nos dias de hoje em nossa sociedade e de forma intrínseca nas esferas econômica, cultural, religiosa e comportamental. Convido vocês para juntos aprofundar mais sobre esses assuntos. Será um prazer a sua companhia. 1 A HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA COMO DISCIPLINA ESCOLAR Nada surge por acaso, com a Sociologia não foi diferente, com as evoluções constantes sociais e paralelamente o comportamento dos indivíduos era crucial pensar em como estudar essas transformações, além de traçar metas para mudar e/ou aprimorar o que fosse necessário. Nesse contexto a ciência deveria conceber por meio de suas verdades, como a sociedade deveria proceder, introjetando por meio de pesquisas , o passado, o presente e o futuro de todos, surge a Sociologia. Para compreensão histórica o que possibilitou a ampliação da relevância das propostas Sociológicas foram as revoluções políticas, culturais e sociais, foram movimentos necessários, para cada momento histórico, os comportamentos se diferenciavam, assim pensamentos, grupos distintos eram formados. A Revolução Industrial e a Revolução na Ciência, caminham atreladas à constante busca da modernidade, mas impulsionou de forma inconsequente a desigualdade social visível nos dias atuais. O Iluminismo contribuiu para que as revoluções se concretizassem, pois, consistia na fé e crença no progresso da sociedade, origina-se os operários e a fé deixa espaço para a racionalidade. Assim, se há operários, a política aponta a burguesia e o sistema capitalista, toda riqueza vinha dos trabalhosdas fábricas, exploração do trabalho, tema atual em nossas realidades. O termo sociologia foi utilizado pela primeira vez em meados de 1798-1857, por Auguste Comte que tinha em mente que seria uma ciência para estudar a sociedade e dar direções, com apoio de outras áreas do conhecimento. Comte contribuiu para o conhecimento originando o positivismo. Comte afirma que: [...] o espírito positivo leva sempre a estabelecer exata harmonia elementar entre as idéias de existência e as idéias de movimento, donde resulta mais especialmente, no que respeita aos corpos vivos, a correlação permanente das idéias de organização com as idéias de vida e, em seguida, graças a uma última especialização peculiar ao organismo social, a solidariedade contínua das idéias de ordem com as idéias de progresso. Para a nova filosofia, a ordem constitui sem cessar a condição fundamental do progresso e, reciprocamente, o progresso vem a ser a meta necessária da ordem; como no mecanismo animal, o equilíbrio e a progressão são mutuamente indispensáveis, a título de fundamento ou destinação (1978, p. 69). Antes de darmos continuidade convido a você para relembrarmos sobre alguns termos aqui utilizados para que a aprendizagem desta unidade seja coesa, vejamos; Este momento se deu por volta do século XVIII, um momento de grandes transformações que trouxeram consequências positivas e negativas para a humanidade, a produções deixavam de manuais , senso substituídas pelas máquinas. Explorando demasiadamente os recursos naturais, bem como os trabalhadores, denominados operários. Tudo teve início quando a máquina a vapor foi desenvolvida, que deu vida aos maquinários da época, como o aproveitamento do vapor da água que era aquecida pelo carvão e produzia energia para as inovações que a Ciência já desenvolvia. Não existe uma data correta que marque a Revolução Industrial, devido há muitas distorções, então prefiro estabelecer que esse momento foi denotado pelo desenvolvimento tecnológico que possibilitou a mudança no estilo de vida, do pensar e do agir de toda a humanidade. Os burgueses tinham o intuito sempre de obtenção de lucros, mercado têxtil trouxe máquinas que teciam fios com grande rapidez, depois o dinheiro em abundância, começou a ser investido para produção de estradas de ferro, surge locomotivas, estradas de ferros, sempre com o objetivo de expansão nas rotas de vendas, agilizando no transporte como também na quantidade. A burguesia enriqueceu não apenas pela quantidade de produtos vendidos, mas pela mão-de-obra barata. Antes do processo industrial, todo o trabalho era manual, que definia em lentidão e poucas quantidades. E a mão-de-obra em demasia, com as máquinas, continua a necessidade de operários, mas em menor número, talvez assim o conceito desemprego tenha sido empregado. Neste período não havia nenhuma constituição que defendesse os empregados em relação a salários, direitos, o que atualmente temos proteção dos direitos trabalhistas, para alcançarmos o que temos, foi necessário todo esse processo social. O sistema capitalista consiste em um sistema produtivo, mas sempre com vínculo particular, sem divisão de lucro, objetivando acumular o capital. O rico cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre. Esse sistema proporciona o incentivo a ciências e áreas afins para que compreenda a sociedade e alavanque novas tecnologias, mas em contrapartida escancara a divisão de classes. Em se tratando de ciência a Sociologia, como uma obra histórica, encontra-se em constante transformação em virtude da concepção do conhecimento. Segundo Robert Merton os pensadores requerem releituras para que suas bases teórico-metodológicas continuem atualizadas com o passar do tempo fazendo com que suas ideias avancem sob o aspecto de novas análises. Em Sociologia temos alguns sociólogos considerados clássicos. Dentre eles apontamos, o francês Émile Durkheim (1858-1917), o alemão Max Weber (1864-1920) e, por último, o cientista econômico alemão Karl Marx (1818-1883). Também se destacam no campo da Sociologia o grande autor da Obra A Democracia na América, Alexis de Tocqueville (1805-1859) onde defende a democracia e liberdade em um Estado Moderno como bens preciosos da sociedade e bem estar dos indivíduos. Destaca-se também no campo da Sociologia o filósofo inglês Herbert Spencer (1820-1903), fundador da teoria evolucionista; e o pensador italiano Vilfredo Pareto (1848-1923), com a teoria das elites sociais. Esses clássicos são de grande importância para o estudo da Sociologia pois descrevem a realidade social e nos mostra os movimentos e conflitos, suas causas e consequências em uma sociedade contemporânea ainda ligada ao passado. Esses autores europeus estudaram a sociedade europeia no contexto em que viviam tentando compreender as crises sociais presente no sistema capitalista. De todas as matizes, é importante ressaltar que cada um desses pensadores olharam os problemas sociais do seu ponto de vista mas tendo a mesma preocupação para saná-los. Sendo assim Karl Marx estudou a dinâmica das relações sociais existentes no capitalismo; Durkheim viu a divisão do trabalho social na industrialização como iminência da era moderna; Max Weber idealizou a sociedade ocidental com imensas possibilidades históricas acarretadas pelo artifício de racionalização capitalista. Esses autores são considerados clássicos porque suas ideias detêm coragem explicativa para uma realidade em mutação, e suas obras possuem consistências, segundo o sociólogo inglês Anthony Giddens (1990). Logo, há uma implicação intrínseca entre teoria e metodologia científica, por trás das ideias de cada autor há que se reconhecer uma concepção de ciência, uma concepção de realidade, uma concepção da sociedade histórica sobre a qual se debruçaram. 2 KARL MARX: INCOERÊNCIA SOCIAL Natural da cidade de Tréveris na região da Renânia na antiga Prússia, Karl Marx nasceu no dia 05 de maio de 1818 conhecido em todo mundo como Filósofo, Historiador, Jornalista e Economista conforme defende algumas linhas de pensamento. Destaca-se e pelos seus estudos da ideologia Socialista da qual a sua reputação é muito conhecida e discutida. Em virtude das dificuldades sociais de sua época, emigrou para Inglaterra instalando-se na cidade de Londres onde se casou e constituiu a sua família. Adepto e defensor do Socialismo científico Marx desenvolve suas teorias econômicas após exaustiva análise do sistema capitalista e do trabalho. Escreveu vários livros durante sua vida, destacando-se “O Manifesto do Comunista” (1848) e “O Capital” (1867–1894), considerada um dos estudos mais complexos e dinâmicos sobre o capitalismo. Antes de sua ida para a Inglaterra Marx estudou nas universidades de Bonn e Berlim, na universidade as ideias hegelianas. Para seus sustento e terminar seus estudos trabalhou no jornal Zeitung, um ambiente tido como radical na época com sua sede na cidade de Colônia. Foi neste ambiente em que Marx começou a desenvolver a teoria da concepção materialista da história. Perseguido pelos que eram contra suas ideias muda-se para a França estabelecendo-se em Paris em 1843, trabalhando em outros jornais radicais onde conheceu Friedrich Engel, uma amizade que durou até o seu falecimento. Em 1949 sofrendo novas perseguições, agora pelo governo da França na pessoa de Guizot, Marx é expulso da França exilando-se em Londres. Em Londres deu continuidade em seus estudos e na elaboração de suas teorias econômicas e sociais. Fez campanhas para a divulgação do Socialismo tornando-se uma das figuras mais significativas e emblemáticas no campo dos estudos sociológicos, fundando a Associação Internacional dos Trabalhadores. No contexto da sociedade capitalista moderna na metade do século XIX, o pensamento filosófico-políticade Marx expõe várias grandezas e a Sociologia, desde o início do século XX, aproximou-se deste conhecimento, agrupando ao seu referencial teórico um conjugado de concepções explicativas do fato social. A menção ao conjunto nos diz respeito às teorias serem opiniões inter-relacionadas, compatíveis, de mútua- explicação que, ao prover explicações sobre a realidade, apresentam a marca da metodologia que os move. Mas para Marx: Na fase superior da sociedade comunista, quando tiver desaparecido a escravidão dos indivíduos à divisão do trabalho, e, com ela, a oposição entre o trabalho intelectual e o trabalho manual; quando o trabalho não for somente um meio de vida, mas a primeira necessidade vital; quando, com o desenvolvimento dos indivíduos em todos os aspectos, crescerem também as forças produtivas e jorrarem abundantemente os mananciais da riqueza coletiva, só então poder-se-á ultrapassar totalmente o estreito horizonte do direito burguês, e a sociedade poderá escrever em seu estandarte: de cada um, segundo a sua capacidade; a cada um segundo as suas necessidades (MARX, 1975, p. 16). A contribuição de Marx nesse sentido e de grande importância, mesmo nos tempos contemporâneos, pois refere-se ao fato da Sociologia aceitar o metodologia dialética do materialismo histórico, com a formação e a explicação da gênese, conciliação e dinâmica da sociedade capitalista exposta na grande obra O Capital (1885- 1905), que só foi publicada para acesso ao público após seu falecimento. https://pt.wikipedia.org/wiki/Associa%C3%A7%C3%A3o_Internacional_dos_Trabalhadores https://pt.wikipedia.org/wiki/Associa%C3%A7%C3%A3o_Internacional_dos_Trabalhadores A dialética de Marx faz uma análise minuciosa do processo histórico, influenciando o pensamento filosófico de Hegel (1770-1831) juntamente com a colaboração de seu amigo Engels (1820-1895). Marx busca, a partir da crítica do contexto social de sua época, aclarar a história das sociedades com base no processo de produção econômico- material. Ou seja, afirma que a realidade social é avaliada como uma soma concreta na abordagem metodológica do materialismo histórico, cujo termo não é atribuição de Marx. Assim o pensador descreve que: A maioria de seus membros era, naturalmente, operários e representantes reconhecidos da classe operária. A Comuna não seria um organismo parlamentar, mas uma corporação de trabalho, executiva e legislativa ao mesmo tempo. Em vez de continuar sendo um instrumento do governo central, a política foi despojada imediatamente de seus atributos políticos e convertida em instrumento da Comuna, responsável ante ela e revogável a qualquer momento. O mesmo se fez com os funcionários dos demais ramos da administração. Desde os membros da Comuna para baixo, todos os que desempenhavam cargos públicos deviam desempenhá-los com salários de operários [...] os cargos públicos deixaram de ser propriedade privada dos testas de ferro do governo central (MARX, 1975, p. 507-508). Enfrentando dificuldades financeiras críticas daquelas que não concordavam com sua tese Marx com um empenho dialético distingue a presença da ideologia no processo de averiguação e faz da sua teoria uma constituição de categorias conceituais que possam conter a revelação mais simples. Em sua obra Contribuição à Crítica da Economia Política (1859), Marx no capítulo Método da Economia Política explana que a categoria população, como criada na obra do filósofo escocês Adam Smith (1723-1790), para chegar à riqueza das nações, oculta trabalho humano, a mais simples das camadas, também desenvolve teorias sobre o processo de acumulação e o valor do trabalho, conhecido como mais-valia. Seus pensamentos estavam além de seu tempo, o trabalho humano é o único meio de produção capaz de acrescentar valor aos bens produzidos, uma vez que os outros são elementos materiais de produção, a terra, o ar, as ferramentas, as máquinas, o dinheiro, os equipamentos, e a infraestrutura. 3 ÉMILE DURKHEIM: CONEXÃO SOCIAL David Émile Durkheim é natural de Épinal, na França, nasceu em 15 de abril de 1858, em uma família tradicional de sacerdotes judaicos (rabinos). Foi estudante do Liceu Louis-Le-Grand e na Escola Normal Superior de Paris, instituições consideradas clássicas. Essa formação foi crítica de Durkheim que segundo ele essas escolas tinham muita formação literária e pouca formação científica. Durkheim estudou Direito, Economia e Filosofia. Foi discípulo de Herbert Spencer em seus estudos de Ciências da Natureza e Biologia. Spencer teve grande influência nos estudos de Durkheim principalmente em suas matérias em afinidade aos modelos biológicos de aplicação sociológica. Fez experimentos no campo da Psicologia no Laboratório de Psicologia Experimental, de Wilhelm Wundt. Esses estudos variados levaram Durkheim a procurar modelos biológicos e sociais próximos e também a ter um olhar diferenciado para a Antropologia. Essa união de fatores procedeu a formulação da teoria dos fatos sociais, que assegura a preferência do juízo de fatos gerais que baliza as sociedades (como leis), os quais seriam maiores e mais facilmente explicáveis que as questões individuais psicológicas. A maior ambição do pensador na época era instituir um campo de estudos das Ciências Sociais totalmente independente, que não dependesse das esferas de outras ciências, como a Biologia e a Psicologia, e não estar amarrado aos modelos demasiadamente abstratos da Filosofia que Auguste Comte tinha deixado ao trabalho sociológico. Durkheim adota por pressuposição que a sociedade é governada por leis e uma ciência que dela se alargue deve chegar à formulação de amplas generalizações que a esclareçam. Assim, sugere a teoria da coesão ou da solidariedade social, evidenciando que o princípio da integração decorre da sociedade, cujo funcionamento aproxima-se à estabilidade. Para o autor, "as representações, as emoções e as tendências coletivas não têm como causas geradoras certos estados de consciência individual, mas as condições em que se encontra o corpo social em seu conjunto." (DURKHEIM, 2001, p. 67). O sistema social, na sua compreensão, é ordenado em comparação com o organismo vivo que conclui ser saudável a sociedade quando ocorre coerência entre suas partes, ou patológica, se qualquer convulsão retire-lhe o equilíbrio. Assim sugere a teoria da coesão ou da solidariedade social ou mesmo uma desordem (disnomia) nas normas do seu funcionamento. A concepção de Durkheim da realidade social é, portanto, orgânica e funcionalista: cada uma das partes, identificadas com as instituições sociais ou os indivíduos, aprova uma função, cumpre uma obrigação específica que responde pela saúde de um todo. Este início da conexão social ampara o aforismo durkheimiano. Todos os fatos sociais são eleitos como elemento por excelência da ciência sociológica; assim Durkheim (2008) determina como “toda maneira de agir, fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma repressão exterior; que é comum na expansão de uma sociedade dada, apresentando uma vivência própria, livre das revelações individuais que possa ter”. Como afirma, "o conjunto de crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade forma um sistema determinado, que tem vida própria; podemos chamá-lo de 'consciência coletiva'." (2008, p. 50). Aconselha ao investigante notar as particularidades gerais dos fatos sociais: a) a coercitividade, apregoa na pressão ou coerção que exercem sobre os indivíduos, acomodando-se aos tradições sociais, por exemplo; b) a generalidade, apreendida na regularidade dos acontecimentos coletivos encontrados em sociedades de todos os períodos e pode ser explicada pelas relações de parentesco; um fato social é natural por estar presente na extensão de uma sociedade; c) a exterioridade dos fatos sociaisachar- se no seu bem-estar,.em afinidade aos acontecimentos de natureza psíquica. Na pesquisa que Durkheim realizou para escrever o livro O suicídio, Durkheim cultiva as direções do seu método sociológico, calhando tipos de suicídio (egoísta, altruísta, anômico) e ordenando leis da coesão social, como quando a avalia alta no caso de suicídio altruísta, no qual indivíduos tocam fogo às roupas em protesto e justificação de grandes causas sociais. Para entender as evidências dos fatos sociais com rigor científico, coloca regras para a investigação sociológica, basicamente: apartar as pré- noções e tratar os fatos sociais como lances. Para Durkheim (2001), coisa é tudo aquilo que exige um empenho do espírito, do intelecto, para apreendê-la, como assevera, em 1897, no preâmbulo à segunda edição de “As regras do método sociológico” logo não é apenas o fator externo dos fenômenos que importa. Com esse processo metodológico estão embutidas como premissas: a realidade social que é arrumada por uma regularidade de acontecimentos que podem ser notados, explicados e classificados pelo cientista. A ciência constitui uma reprodução teórica dessa realidade; o sujeito cognoscente deve conservar-se neutro no processo de conhecimento; a intenção do conhecimento é chegar à objetividade científica, ou seja, uma ciência aberta de conjecturas, de ideologias; a Sociologia dispõe de caráter normativo, adequada de ordenar a realidade social, seja formando uma taxonomia científica dos fatos, seja pela probabilidade de prevê-los. Durkheim regula pelo postulado da primazia das sociedades simples em relação às complexas, cria a teoria da solidariedade. No primeiro instante de aparelhamento da vida social sedentária, os ajuntamentos humanos são reconhecidos como sociedades de solidariedade mecânica, porque nesse grupo os indivíduos e grupos são intercambiáveis, pouco se distinguem e a relação é obtida pela existência dessa similaridade entre eles. Nessa primeira sociedade, ocorre um fenômeno que Durkheim (2000) designou consciência coletiva, no sentido de preservar os costumes e tradições comuns que preenchem o governo sobre as consciências individuais. Durkheim distingue nas sociedades modernas a vivência da solidariedade orgânica, pela ocorrência dos indivíduos e grupos serem diferentes e desenvolverem relações de interdependência para viver. Nomeia essa complexidade das relações sociais com a sociedade industrial, onde a separação do trabalho social desempenha o papel de controle e avaliza a integração. Ou seja, a divisão do trabalho determina a solidariedade orgânica porque cria entre os homens um aparelho de direitos e deveres, um estado de atrelamento do indivíduo em relação à sociedade, tornando-se o alicerce da ordem moral. Durkheim entendia a Sociologia como uma ciência das instituições, desde o seu surgimento e funcionamento, onde tem por missão restaurar uma moral que readquiriu à Sociologia exigências do espírito científico da ocasião. Em uma visão otimista da história Durkheim depositava a necessidade de consenso social, e enxergava na educação uma criação integradora por mostrar para as novas gerações as qualidades essenciais para a sobrevivência da sociedade, habituando-se ao sistema de normas morais, como escreve em sua obra “Educação e Sociologia”. Ao findar do século XIX, juntamente com o pensador Marcel Mauss, Durkheim trabalha nas representações primitivas, um estudo que resultará a obra “Algumas formas primitivas de classificação (1901)”, onde apressa a ideia de representação coletiva aumentada em “As formas elementares da vida religiosa (1912)”. 4 MAX WEBER: RACIONALIZAÇÃO SOCIAL Maximilian Karl Emil Weber, natural da cidade de Munique, Alemanha, nasceu em 21 de Abril de 1864. Em sua formação acadêmica foi jurista e economista, também é considerado como intelectual e fundador da Sociologia. Seu irmão Alfred Weber, também era conhecido por dedicar seus estudos à Sociologia, talvez daí a sua paixão pelo estudo sociológico. Teve como sua biógrafa a sua esposa Marianne Weber. Sua aluna que estudava na Universidade Alemão e que também fazia parte do movimento feminista da época. Weber é acatado como um dos fundadores da sociologia moderna, mas seus escritos também são discutidos nas Ciências Econômicas, Filosofia, Direito, Ciência Política bem como em Administração. Graduou-se na Universidade Humboldt de Berlim, e, depois, trabalhou nas Universidades de Freiburg de Heidelberg, de Viena. Era uma pessoa muito conhecida e bem quista na sociedade Alemã da época, foi consultor do lado alemão na confecção do Tratado de Versalhes (1919) e fez parte da comissão encarregada de redigir a Constituição da República de Weimar. A maioria de seus estudos foi alocado para o capitalismo e do chamado procedimento de racionalização e desencantamento do mundo. Mas suas análises também deram frutos importantes no campo da economia. Dentre as suas obras destacam-se: “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, dando início às suas ponderações sobre a sociologia da religião. Vivendo em um mesmo contexto social de Durkheim, Max Weber, com formado em Direito, História e Filosofia, age inteligentemente na sociedade alemã do final do século XIX e nos anos iniciais do século XX. Compreende a Sociologia como a ciência que pretende explicar a ação social, com seus desenvolvimentos e efeitos. Com essa sugestão, determina a fundamentação básica do que titulou método compreensivo, partindo da visão de ação social e de compreensão. No entendimento do autor: Em todos os lugares - à exceção dos pequenos cantões rurais em que os detentores do poder são periodicamente eleitos - a empresa política se põe, necessariamente como empresa de interesses. Quer isso dizer que um número relativamente restrito de homens interessados pela vida política e desejosos de participar do poder aliciam seguidores, apresentam-se como candidato ou apresentam a candidatura de protegidos seus, reúnem os meios financeiros necessários e se põem à caça de sufrágios. Sem essa organização, não há como estruturar praticamente as eleições em grupos políticos amplos. Equivalem essas palavras a afirmar que, na prática, os cidadãos dividem-se em elementos politicamente ativos e em elementos politicamente passivos (WEBER, 2011, p. 103-104). Com um raciocínio mais flexível do que parece apresenta em seus escritos Weber se utiliza da história e, ao detalhar com muita maestria suas pesquisas, ele nos apresenta uma ampla explanação da cultura ocidental, pela visão da formação e da expansão do capitalismo no mundo. Os seus conceitos sociológicos que está formulado em sua obra “Economia e sociedade (1922)” resume o seu zelo sobre o assunto nos livros que a precederam, especialmente na obra “A ética protestante e o espírito do capitalismo (1904- 1905)” e na obra “A ética econômica das religiões universais (1915)”. Duas conferências publicadas em 1919 merecem a atenção dos cientistas sociais e Weber possui duas importantes obras para o entendimento de seu pensamento sociológico “O ofício e a vocação do cientista e o ofício e a vocação do político” e “Ensaio sobre o sentido da neutralidade axiológica nas ciências sociológicas e econômicas”. Quando se lê Weber nota-se o cuidado metodológico que ele teve para garantir cientificamente todo o cuidado como investigador. Não se preocupa em alcançar a objetividade científica pela desobrigação do pesquisador e deixa transparente o papel da subjetividade na produção do conhecimento. Para Weber (2004), o sujeito cognoscente é parte do processo de concepção da realidade, ou seja, compreender é o mesmo que segurar o sentido de uma ação social. Busca nesse sentido a ênfase dos fenômenos estudados, ainda que não estejam presentes na ação. Assim, entender o sentido da açãoresulta em chegar a acepção que o sujeito, ou os sujeitos da ação atribuem a ela, orientando-se pelo comportamento de outros. Observa-se que, Weber amplia um recurso metodológico chamado “construção de tipos ideais”, ou seja, os conceitos que organiza para explicar a realidade aplicam-se, para um dado período histórico, à situação investigada. Sociologia (no sentido aqui entendido desta palavra empregada com tantos significados diversos) significa: uma ciência que pretende compreender interpretativamente a ação social e assim explicá-la causalmente em seu curso e em seus efeitos (WEBER, 2000, p.3) Weber constrói alguns tipos ideias da sociedade como burocracia, dominação, e capitalismo ocidental, que diz importância à capacidade do cientista capturar o conjugado de valores de uma época, de uma cultura, e entender o que é expressivo para uma sociedade no seu tempo. Todos os tipos ideais construídos por Weber – como “ética protestante” e “espírito do capitalismo”, com os quais avalia a conexão de sentido ou a afinidade entre a conduta moral rígida do próprio do ethos da cultura religiosa calvinista do século XVIII, e as técnicas racionais que caracterizam a ação do capitalismo no ocidente – domam os tipos básicos de ação social que são quatro: ação social racional com semelhança a fins; ação social racional com semelhança a valores; ação social afetiva e ação social tradicional. Para o autor, o sujeito da ação (indivíduo, grupo social, instituição) guia-se em relação à conduta de outros (indivíduos, grupos, instituições), seja agindo sabidamente conduzido por fins (objetivos sólidos mesmo não explícitos) ou sendo guiado por valores (morais, culturais, religiosos); ou aceitando-se conduzir por sentimentos (medo, cólera, inveja), ou ainda norteando a sua ação pela tradição (traços culturais de condutas coletivas que conservam a experiência do grupo). Os tipos ideais de ação social não são de caráter excludentes e se exibem de forma concomitante. Segundo ele, a realidade é infinita e a finita mente humana é capaz de perceber dessa realidade apenas uma pequena parcela. Essa concepção Werbeniana de realidade é acompanhada de muita responsabilidade sobre os ombros do cientista, o qual estes devem coordenar intelectualmente e uma das formas para execução e fazer a construção de tipos ideais, no sentido de ideias, não de padrões. A grandeza histórica do fato social é valorizado como um leque de probabilidades, de escolhas subjetivas, pertencendo ao pesquisador, na construção conceitual da Sociologia, anunciar o que é singular nos fenômenos históricos, algo que lhes é parecido. Dessa maneira, chega-se à racionalidade atualizada no capitalismo ocidental como presença histórica cuja ação é preponderantemente racional com afinidade a fins e a valores. Na obra de Weber surge a racionalidade como início organizativo no âmbito da sociedade moderna que o faz perfilhar no processo de secularização a expressão da racionalização social. É de Weber a declaração “desencantamento do mundo”, no sentido de que o progresso técnico obedece a uma lógica que lhe foge o controle, a ponto da conduta racional vir a se tornar irracional com o processo histórico. No domínio da realidade política, o tributo de Weber sobre o fenômeno da dominação – seja racional, tradicional ou carismática, como tipos ideais puros – coloca lucidez na questão da autoridade e de sua legitimidade, ao abordar o poder nas condições da ação humana preparada à obediência no confronto com os dominadores que pretendem apreender o poder legítimo. A ambição de legitimação da Sociologia dos dominadores, ou seja, o seu reconhecimento e aceitação sociais são mais apreciados por Weber que o próprio exercício da dominação. Assim Weber identifica, que no procedimento de racionalização o fenômeno burocrático e este como um sistema de administração e organização que alarga-se a uma racionalização total em termos de eficácia, esse poder burocrático e impessoal seria o peculiar Estado moderno. SAIBA MAIS O nome do pensador francês Auguste Comte (1798-1857) está indissociavelmente ligado ao positivismo, corrente filosófica que ele fundou com o objetivo de reorganizar o conhecimento humano e que teve grande influência no Brasil. Comte também é considerado o grande sistematizador da sociologia. Seus argumentos favoreciam o planejamento social, que para ele reverteria no bem estar do indivíduo ( hoje um assunto muito atual) Fonte: FERRARI, Márcio. Auguste Comte, o homem que quis dar ordem ao mundo, 2008. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/186/auguste-comte-pensador-frances-pai-positivismo#. Acesso em: 17 ago. 2021. #SAIBA MAIS# REFLITA “A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios, sejam morais, religiosos, éticos ou de comportamento, que balizam a conduta do indivíduo num grupo. O homem, mais do que formador da sociedade, é um produto dela.” Émile Durkheim #REFLITA# CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao final desta unidade I, compreendemos que os indivíduos precisam entender que ninguém vive isolado, uma sociedade só se move e desenvolve quando todos participam, principalmente nas decisões que alteram o rumo de uma sociedade. Quando não há envolvimento, todas as imposições precisam ser acatadas, pois, subentendem que foram aceitas por todos. A sociedade vive em constantes mudanças, pois, está envolta por grupos sociais, étnicos, culturais, religiosos, diversos, portanto, conceitos, princípios diversos, que geram conflitos não apenas de ideias, mas de interesses. Os estudos sociológicos têm essa premissa, estudar os grupos e os indivíduos pertencentes a eles, seus comportamentos (positivos e negativos) e direcionar estratégias para alterar, dar caminhos para uma trajetória benéfica para a sociedade em si, tendo suporte de outras áreas das Ciências Sociais como a Antropologia, Ciência Política e áreas humanas como Psicologia, Psicanálise, Filosofia entre outros. O ensino de Sociologia nas instituições educativas, tem a premissa de acordo com as diretrizes traçadas, propiciando aos alunos uma conduta de posicionamento crítico e construtivo. O caminho para construção de uma sociedade, não digo justa, mas igualitária, só pode ser por intermédio do conhecimento. Ao professor cabe a destreza de compreender que aprender e ensinar, não está associado apenas na conduta do aluno, mas o professor a busca incessante de novas aprendizagens são cruciais, a pesquisa, o enriquecimento profissional. O exemplo, o entusiasmo se propaga, essa troca entre professor e aluno, é um ponto que favorece a aprendizagem de forma significativa. Conseguimos entender com as teorias dos clássicos, que tudo se adapta, tudo se renova. Os conceitos aplicados em épocas passadas, de alguma maneira fazem muito sentido na atualidade, como a lei da mais valia, capitalismo, trabalho, mão-de-obra, e conforme o tempo vai passando atrelado a esses temas, surgem novos assuntos, consumismo, bullying, assédio, sobrecarga de trabalho, individualismo entre outras consequências propiciadas por uma sociedade carente de indivíduos pensantes. LEITURA COMPLEMENTAR ARTIGO 01 BORDALO, Karina Barbosa. O trabalho na Concepção de Marx. EDUCERE, Curitiba, XI Congresso Nacional de Educação, p. 22342-22352, 09/2013. https://educere.bruc.com.br/CD2013/pdf/13169_6614.pdf . Acesso: 13 set. 2021. Resumo: O artigo: o trabalho na concepção de Marx parte de minha pesquisa de Mestrado em Educação do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade do Estado do Pará traz para o centro das discussões a categoria trabalho docente, trazendo fundamentos do desenvolvimento do capitalismo no século XIX, tendo como referencial a concepção de Karl Marx, teórico e praticantepolítico que teve a sociedade capitalista com as suas relações entre capital e trabalho como objetos de estudo constituídos. Para a análise da relação de trabalho trago questões através do estudo bibliográfico em textos de Andery (2012), Antunes (1995), Manacorda (1996) e Oliveira (2006). E relacionando ao trabalho docente trago questões através do estudo bibliográfico em textos de Oliveira (2003), Paro (2002) e outros. O objetivo deste artigo é realizar um estudo do período histórico em que Marx desenvolveu a sua teoria, entendendo o desenvolvimento e a afirmação do capitalismo industrial no século XIX, as influências nas condições dos trabalhadores e os fatores que os levaram a serem concebidos como seres unilaterais para compreendermos o que Marx aponta como a necessidade de superação do capital alienador e trazer questões para o debate da interação do trabalhador docente na contemporaneidade. O trabalhador docente na contemporaneidade vive as conseqüências da relação capitalista, da globalização e das mudanças destas provenientes o que lhe causa muitas vezes uma sobrecarga de trabalho e sentimentos de desprofissionalização ao ter que assumir funções não específicas de sua formação acadêmica e profissão, além de ter que aumentar a carga horária e local de trabalho devido à desvalorização salarial. ARTIGO 02 SILVA, Ítalo Ramon Carvalho et al. Emile Durkheim: Vida, Obra e sua Contribuição para a Sociologia. Anais VIII Fórum Internacional de Pedagogia - FIPED... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/25245 . Acesso em: 13 set. 2021 Resumo: O presente texto tem por objetivo analisar, a partir da obra “As regras do método sociológico” de Émile Durkheim, a especificidade do objeto de estudo da Sociologia por meio do fato social. Como estratégia metodológica fez-se uma análise qualitativa da obra em questão. Nesse sentido, em um primeiro momento, apresenta-se uma revisão de literatura acerca da vida e obra do autor, com a finalidade de perceber suas convicções filosóficas, políticas e sociais. Em um segundo momento analisa-se a contribuição de Durkheim para o entendimento do objeto de estudo da Sociologia a partir de seu conceito e das características do fato social. Conclui-se que, para Durkheim, a Sociologia compreende a ciência que analisa as particularidades da sociedade através da observação sistemática dos fatos sociais. Assim, os fatos sociais têm existência própria, externa aos indivíduos e que no interior de qualquer grupo ou sociedade existem formas padronizadas de conduta e pensamento baseadas na soma destas categorias. ARTIGO 03 JÚNIOR, João Alfredo Costa de Campos Melo. Burocracia e educação: uma análise a partir de Max Weber. Pensamento Plural. Pelotas, pgs.147-164, janeiro/junho,2010. http://pensamentoplural.ufpel.edu.br/edicoes/06/07.pdf Acesso em: 13 set. 2021 Resumo: Cabe a este texto elaborar uma reflexão acerca da burocracia e da educação, tendo como princípio norteador a sociologia compreensiva weberiana. A opção por Max Weber se revela a mais acertada devido à diversidade e à profundidade de sua produção intelectual, incluindo a questão da burocracia. A utilização de Weber servirá como instrumento preciso de análise conceitual sobre a temática aqui proposta. Certamente, o pensador foi um dos principais estudiosos da burocracia, tendo como palco privilegiado a Alemanha na época da Primeira Grande Guerra (1914-1918). É dentro desse fecundo arcabouço teórico que se pretende fazer algumas incursões sobre a educação e a burocracia, tendo com respaldo epistemológico Weber. LIVRO Título: Sociologia Clássica: Marx, Durkheim e Weber Autor: SELL, Carlos Eduardo. Editora: Vozes. Sinopse: Retrata concepções dos filósofos tão relevantes no contexto sociológico, Karl Marx economista e alemão, o sociólogo francês Émile Durkheim e o teórico político Max Weber, descrevendo a teoria sociológica, teoria política e a teoria da modernidade, conflitos que fazem parte de nossa realidade social, desencadeando em diferentes vertentes para se compreender e interpretar a sociedade. FILME/VÍDEO Título: Moonlight sob a Luz do Luar Ano: 2017. Sinopse: Este filme mostra o crescimento de um garoto negro na periferia de Miami, mas o contexto é semelhante ao que acontece no mundo todo, neste processo de desenvolvimento aprende como não cair em tentação no mundo do crime, das drogas. Mas aprende a viver em meios a uma sociedade que finge não existir problemas como estes acarretados pela desigualdade social, econômica e cultural. REFERÊNCIAS ANDERY, Maria Amélia Pie Abib; SÉRIO, Tereza Maria de Azevedo Pires. Há uma ordem imutável na natureza e o conhecimento a reflete: Augusto Comte (1798- 1857). In: ANDERY, Maria Amélia Pie Abib et al. Para Compreender a Ciência: uma perspectiva histórica. 16ª ed. Rio de Janeiro: Garamond, 2012. ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. Martins Fontes, 2000. COMTE, Auguste. Discurso sobre o espírito positivo:ordem e progresso. Porto Alegre: Globo; São Paulo: USP, 1978. DURKHEIM, E. O suicidio: estudo de sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2000. DURKHEIM, E. et al. Introdução ao pensamento sociológico. São Paulo: Centauro, 2001. (Coletânea de textos). DURKHEIM, E. Da divisão de trabalho social 3.ed. Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2008. FERREIRA Neto, Ney Jansen. Escola, ensino de sociologia e políticas educacionais. Curitiba: InterSaberes, 2019. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 17 ago. 2021. GALLIANO, G.A. Introdução à Sociologia. SP: Harper e Row do Brasil, 1981. GIDDENS, A. As consequências da modernidade. São Paulo: Editora Unesp, 1990. MARX, K. La guerra civil en Francia. In: MARX, K.; ENGELS, F. Obras escojidas Versión de Editorial Progreso. Cubierta de César Bobis Tomo I. Madrid: Editorial Ayuso, 1975. MARX, K. O capital Livro III, Tomo II. Tradução de Regis Barbosa e Flavio R. Kothe. São Paulo: Abril Cultural, 1985. (Coleção Os Economistas). NOVAIS, Carlos Eduardo. Capitalismo para principiantes. São Paulo: Ática,1983. QUINTANEIRO, T. Um toque de Clássicos: Durkheim, Marx e Weber. Belo Horizonte: Editora UFMG,1996. TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia da Educação. São Paulo: Atual, 1997. WEBER, Max. Economia e Sociedade. 4.ed. Brasília: UnB, 2000.. V.1. WEBER, Max. Economia e Sociedade: Fundamentos da sociologia compreensiva. 2. Vol. Trad. Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa São Paulo: Editora UnB, Imprensa Oficial, 2004. WEBER, Max Ciência e Política: duas vocações. 18. ed. São Paulo: Cultrix, 2011. UNIDADE II DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS, PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS E ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO DE SOCIOLOGIA. Professor Mestre Jorge Alberto de Figueiredo Plano de Estudo: ● Repensar a Educação: Uma Reconstrução da Sociedade; ● Lei de Diretrizes e Bases da Educação; ● Diretrizes Curriculares Nacionais; ● Parâmetros Curriculares Nacionais. Objetivos de Aprendizagem: ● Compreender a relevância da fundamentação teórica sobre as Leis que regem a educação brasileira; ● Conhecer os documentos educacionais que regem a base estrutural e organizacional dos componentes curriculares; ● Aprimorar os conhecimentos que orientam o Ensino de Sociologia. INTRODUÇÃO Prezado (a) aluno (a), como tudo que fazemos em nosso cotidiano, estudar não é diferente, aprendemos em cada momento, nos aprimoramos, uma constante evolução, claro que cada uma da sua maneira, porque temos ritmos totalmente diferentes, o importante é que cada um de nós possamos descobrir qual o nosso ritmo e nos possibilitar crescer intelectualmente. Issome faz mediar a você a refletir: “Com a experiência de vida que tem hoje, você mudaria algumas coisas em seu passado?”. Muitos devem ter dito que sim e até mesmo vislumbrar mentalmente quais seriam as mudanças. Entretanto chamo atenção para que compreendam que as nossas ações estão ligadas ao conhecimento que temos no momento. Ter uma visão sociológica é compreender a sociedade e as pessoas que nela estão inseridas. O que denota a extrema importância deste estudo. Atualmente vivemos conflitos ideológicos, religiosos, culturais, sociais e econômicos, justamente pela falta de compreensão que estamos em um mundo globalizado e as ideias devem ser respeitadas. Com o propósito de enriquecermos com as experiências dos outros e aprimorar as nossas experiências. Bem, o que isso tem a ver com o cenário educacional? Simples, o processo foi sendo estruturado com base no momento, assim, não podemos julgar sem ter um conhecimento do contexto histórico da época. Dessa forma o estudo desta unidade II irá proporcionar a você, um entendimento da evolução do sistema educacional brasileiro por meio do que você aprendeu na Unidade I, consolidando nossa aprendizagem nesta unidade que se baseia principalmente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Diretrizes Curriculares Nacionais, Parâmetros Curriculares Nacionais, Base Nacional Comum Curricular de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Orientações Curriculares para o Ensino de Sociologia. 1 REPENSAR A EDUCAÇÃO: UMA RECONSTRUÇÃO DA SOCIEDADE Ao aprender sobre a história da Sociologia e sua relevância enquanto disciplina escolar, é fundamental refletirmos sobre alguns pontos para seguir com mais conhecimentos que se agregam ao grande quebra-cabeça do sistema educacional e assim possibilitar uma análise crítica e construtiva, sobre as diretrizes legais para a implementação e permanência da disciplina no ambiente institucional. A Sociologia, que está inserida na área de Ciências Sociais, é crucial na atualidade, pois, estamos vivenciando momentos de grandes mudanças em todas as esferas: sociais, culturais, econômicas, educacionais e religiosas. Esta disciplina tem como um dos objetivos estudar a conduta das pessoas, tendo como base de pesquisa o meio e forma em que se conectam independente dos padrões sociais e instituições. Também uma das suas características além da descrita acima é contribuir levantando problemas, questões, conflitos, para que outras ciências tais como: Ciência política que estuda os sistemas políticos quais estão intrínsecos às relações de poder.... a Antropologia que pesquisa o homem e a humanidade pautada nas questões culturais e econômicas. E a sociologia propriamente dita que pesquisa os relacionamentos sociais existentes em uma sociedade, para que possam direcionar propostas com o intuito de melhorar a sociedade. Podemos então aqui, destacar que há várias evidências que denotam a necessidade de refletir sobre o momento qual estamos inseridos, deixemos de lado nossas escolhas pessoais enquanto política e religião para que possamos ter um olhar objetivando construir conceitos, ideias para agregar valor ao nosso cotidiano. Você também acredita na frase: “Este mundo não tem mais jeito?” Se você dizer que sim, compreendo, pois, muitas vezes nos sentimos cansados de remar contra a maré, de gerar expectativas que não condiz com nossa realidade. Mas se você acredita que há uma oportunidade de mudança, compartilho da sua opinião. O que há em muitas situações são valores morais e intelectuais que para muitos estão perdidos, momentos gritantes de individualidade e uma banalização de tudo o que achávamos correto. Primeiramente o conhecimento é o que fará toda a diferença para uma mudança significativa. Apenas diferencie conhecimento de informação, pois, o primeiro é pautado em estudos, pesquisas e o segundo é o vemos por exemplo nas redes sociais, quais nem tudo é verdade, mas estratégias do sistema capitalista para alcançar seus objetivos, nos usando como “massa de manobra”. De forma relevante a sociologia tem o papel de buscar argumentos para compreender as ações e reações que acontecem no mundo, para solucionar ou mediar problemas que possam acometer gerações futuras. Um exemplo bem preciso, que podemos considerar é quando você busca conhecer sua árvore genealógica, seus antepassados, sua história, neste contexto compreendendo o passado, o presente fica consistente e estruturado e consequentemente seu futuro também será. Assim fica claro como a sociologia, age, e quantos campos para serem investigados, vivemos em uma comunidade gigante e com grandes diferenças, para que possamos viver de forma harmônica é fundamental o conhecimento e sistematicamente o respeito. Pensando assim, cada indivíduo não pode agir da maneira que bem entendemos, viver em sociedade é respeitar regras e normas, ao construirmos coletivamente condutas, leis, diretrizes, ações estamos pensando de forma conjunta, coletiva e agregando valor a todos de maneira substancial. Educacionalmente não foi diferente, veremos na sequência de nossa unidade como de forma lenta, porém, concreta as leis foram sendo criadas oportunizando a todos o direito de igualdade. E aos poucos a evolução ao que se refere em destacar o aluno, como fonte central do processo de aprendizagem. 2 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO As transformações no cenário educacional na maioria das vezes aconteceram de maneira imposta, reformas, ementas, leis e diretrizes vinculadas ao modismo ou modelos de países com realidades completamente diferentes, sem considerar detalhes cruciais, como questões sociais, culturais, econômicas entre muitas outras. No meio destas mudanças o professor era induzido a aplicar práticas, teorias quais não tinha qualificação e tão pouco entendimento e quando se agregava valor e tenacidade às novas imposições, novas mudanças educacionais surgiam. Você assim como eu, sabemos que atravessamos um momento educacional diferente e muito importante, a tecnologia nunca se fez tão necessária. Mas as instituições educativas estavam preparadas? Sabemos que não, mas a educação é exatamente isso, uma novidade a cada dia e precisamos aprender a lidar com as mudanças e adaptar-se, buscar novas aprendizagens para evoluirmos. Mas a escola no que refere a parte estrutural e a parte humana não estava pronta e tão pouco está, para atender uma demanda de aulas a distância, isso quando pensamos em Educação Infantil e Educação Básica Anos Iniciais. A política e a economia estão sendo a base de tantas mudanças no mundo, evidentemente que a pandemia, trouxe a urgência de se reinventar formas de manter o funcionamento da forma mais normal possível. Há muitos interesses em manter uma sociedade alienada. A disciplina de Sociologia era inserida e retirada do ensino básico, e sempre estava relacionada aos acontecimentos políticos. Na Reforma de Rocha Vaz em 1925 o ensino desta importante disciplina foi inserida nas escolas secundárias. Em 1931 houve a Reforma Francisco Campos, entretanto a disciplina foi mantida até 1942, porém com a Reforma Capanema sua obrigatoriedade é retirada. É importante destacar que esta Reforma organizou o currículo do ensino secundário brasileiro. Estabelecendo em dois ciclos, ação inovadora para aquele momento histórico. O primeiro era o ginásio com a durabilidade de quatro anos e agregava três áreas significativas: Línguas (Português, latim, Inglês e Francês), Ciências (Matemática, Ciências Naturais, História Geral, História do Brasil, Geografia geral e Geografia do Brasil); Artes (Trabalhos Manuais, Desenho e Canto Orfeônico). O segundo ciclo resultava na modalidade clássica ou científica, ambas com o tempo de finalização de trêsanos. A Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei de nº 4024/61 teve o intuito de alterar os conteúdos, propostas e metodologias com o intuito de desenvolver o espírito crítico, desta maneira os indivíduos seriam impulsionados a pensar de forma coerente, reflexiva e lógica, para ser capaz de tomar decisões, se posicionar mediante os fatos e acontecimentos, pautada em conhecimento de causa. Porém em 1964 a Ditadura Militar, surge e direcionava novos rumos para o sistema educacional brasileiro a sociologia foi retirada definitivamente do currículo escolar de nível secundário. A Lei das Diretrizes e Base da Educação Nacional – Lei nº 5.692/71, desperta em seus direcionamentos a ênfase do desenvolvimento do espírito crítico, cidadania, formação de trabalhadores, tais características pressupunha ser uma proposta para a melhoria da economia do país. Mas as disciplinas científicas tiveram caráter profissionalizante, ou seja, contrárias à proposta curricular (BRASIL, 1971), configurando uma desigualdade educacional e consequente social. Reconhece que a cultura deixa de ser unitária e se bifurca em duas metades contraditórias. Uma delas representada no seleto grupo de letrados que se apropriam do aspecto subjetivo da cultura tornando-se dona das ideias e do conhecimento, enquanto a outra, afastada da esfera ideal da cultura, recebe as funções operativas e, no máximo, uma “instrução básica (PINTO, 1979, p.13). A constituição brasileira de 1988 impulsionou a necessidade da reconstrução de uma nova LDB, resultando na Lei nº 9.394/96 que em seus § 1º e 2º, estabelece que toda articulação educacional deve estar relacionada ao mundo do trabalho e à vida em sociedade (BRASIL,1996), o que traduziria no desenvolvimento do potencial de cada ser humano, para a melhoria da sua vida em particular bem como para a coletividade. A Educação neste momento se solidifica em três bases: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio. Neste contexto a sociologia reaparece, mas como uma disciplina obrigatória, entretanto a Lei nº 11.684 de 2008, altera o art. 36 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias nos currículos do ensino médio, passando a ser obrigatório, tenho um potencial pautado em lei e inserido nas disciplinas do ensino básico e assim foi sendo agregado suas especificidades em documentos norteadores quais embasam não apenas os conteúdos a serem trabalhados mas as metodologias serem utilizadas. A Lei 9.349/96 tem como premissa ao Ensino Médio direcionar para que o aluno tenha pleno conhecimento sobre a cidadania e faça uso de suas ações. Os objetivos da Sociologia nesta etapa de ensino é contribuir para a investigação, identificação, descrição, classificação e interpretação da vida em sociedade podendo assim compreender a realidade social que rodeia. 3 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS No contexto da Educação Básica é crucial entendermos a relevância da individualidade no que se refere às diferenças, entretanto, socialmente compreendemos que cada qual, atua de acordo com seu conhecimento, suas experiências de vida, assim se remete ao trabalho formativo na escola pública. Conseguir perceber no aluno, mais que um número na chamada e sim um ser capaz de mudar o espaço que está inserido de forma positiva, caso seja dado oportunidades. Todas as reflexões das Diretrizes Curriculares Nacionais tem a vertente de propor a construção de uma sociedade justa e igualitária. Você deve estar se questionando se isso é possível! De acordo com esta afirmativa podemos entender que é possível: “Todos os envolvidos na educação Básica, advindas de classe sociais e culturais, devem ter acesso ao conhecimento, produzido pela humanidade, que na escola é transmitido pelos conteúdos das disciplinas” (FRIGOTTO, 2004, p. 25). O ensino tradicional, momento em que o professor é o centro do processo ensino- aprendizagem, se desloca a centralidade para o aluno. Os conteúdos antes fragmentados necessitam ser articulados para ser contextualizados e conectar-se de forma interdisciplinar com as demais disciplinas. As propostas visam proporcionar conhecimento a ponto de que o indivíduo consiga se posicionar diante de tantas contradições sociais, culturais, políticas e econômicas. Uma das formas de oportunizar a igualdade é diversificando as práticas pedagógicas em sala de aula, alcançando uma aprendizagem ampla, respeitando o tempo de cada aluno para a aquisição do conhecimento, bem como as diferentes formas que cada aluno tem para aprender. Vale ressaltar que todo aluno aprende, independentemente de sua classe social e/ou econômica. No decorrer da Unidade 4 falaremos mais sobre essas ações. Assim é preciso compreender que em um currículo escolar há um direcionamento sobre o que deve ser trabalhado. Eu reflito da seguinte maneira: nenhum conteúdo pode ser retirado, mas de acordo com o momento histórico deve ser acrescentado e paralelamente inserir propostas pedagógicas coerentes. O currículo pressupõe que deva conter: [...] os aspectos intelectuais, físicos, emocionais e sociais são importantes no desenvolvimento da vida do indivíduo, levando em conta, além disso, que terão de ser objeto de tratamentos coerentes para que se consigam finalidades tão diversas, ter-se-á que ponderar, como consequência inevitável, os aspectos metodológicos do ensino, já que destes depende a consecução de muitas dessas finalidades e não de conteúdos estritos de ensino. Desde então, a metodologia e a importância da experiência estão ligadas indissoluvelmente ao conceito de currículo. O importante do currículo é a experiência, a recriação da cultura em termos de vivências, a provocação de situações problemáticas [...] (SACRISTÁN, 2000, p. 41). Você precisa compreender que as concepções das diretrizes não são inovadoras, pois, as discussões para que as mudanças ocorressem são antigas, antes de concluir as diretrizes, surgiu o Currículo Básico, ou seja, o aprimoramento desses estudos, um grande fator de relevância é o destaque para as concepções científicas, filosóficas e artísticas objetivando enaltecer as todas as disciplinas. As diretrizes transcorrem na perspectiva histórica e crítica para estruturação dos conteúdos disciplinares, pois, embora sejam diferentes em alguns aspectos se sistematizam nos quesitos epistemológicos e cognitivos esses princípios, são significativos por direcionar conhecimento para os alunos para a vida sistematizados pela prática social. O que resultaria para o aluno a formação necessária para o embate diário com o intuito de transformações nas esferas sociais, econômicas, políticas e culturais do momento vivido. A escola precisa mediar momentos de discussão e diálogo sobre os conhecimentos sistematizados e o popular. A importância dos conteúdos e da atuação do professor, não apenas em sua prática educativa, mas na produção de seu plano de ensino. Os conteúdos passaram a ser estruturados, pois, com os temas transversais existentes na década de 1990 os mesmos ficaram fragmentados e incoerentes. Assim… Sem conteúdo não há ensino, qualquer projeto educativo acaba se concretizando na aspiração de conseguir alguns efeitos nos sujeitos que se educam. Referindo-se estas afirmações ao tratamento científico do ensino, pode- se dizer que sem formalizar os problemas relativos aos conteúdos não existe discurso rigoroso nem científico sobre o ensino, porque estaríamos falando de uma atividade vazia ou com significado à margem do para que serve (SACRISTÁN, 2000, p. 46). A sociologia é intrigante, nos impulsiona a sanar curiosidades e direcionar condições para melhorar, amenizar ou até mesmo solucionar conflitosexistentes. Sempre de forma crítica e racional, sendo capaz de observar a realidade sem deixar ser influenciado pelas dificuldades ou obscuridades acarretadas pelo sistema capitalista. Você é influenciado pelo sistema capitalista? Eu posso afirmar de alguma forma que todos nós somos grandes influenciados. E um dos grandes responsáveis por essa influência são as redes sociais. Muitas vezes nem precisamos, daquela roupa, sapato, carro, smartphone, entre outros exemplos, adquirimos. Tudo é pensado para atrair esse consumidor impulsivo, desde as cores dos estabelecimentos até as organizações das gôndolas em um supermercado. Consumismo. Esse é um assunto que em sala de aula rende discussões importantíssimas. Na proposta das Diretrizes Curriculares a temática das Ciências Sociais, qual a Sociologia é protagonista e propõem que os conteúdos sejam estruturados de forma a explicar os fenômenos sociais, que nada mais são que conceitos que fundamentam a realidade e todas as suas consequências. Apresentando alguns pontos cruciais, quais o professor do ensino Médio deve estar atento ao aprender e ao ensinar a Sociologia sendo eles: problemas teóricos, problemas metodológicos e pedagógicos. Os conteúdos estruturantes propostos estão envoltos da seguinte forma: ● O processo de socialização e as instituições sociais; ● Cultura e indústria Cultural; ● Trabalho produção e classes sociais; ● Poder politico e ideologia; ● Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais Portanto fica explícito que: Quando o aluno compreende que os cheiros, os gestos, as gírias, as tensões e conflitos, as lágrimas e alegrias, enfim, o drama concreto dos seus pares, é em grande medida resultante de uma configuração específica de seu mundo, então a Sociologia cumpriu sua finalidade pedagógica (SARANDY, 2001 p. 61). As Diretrizes Curriculares Nacionais voltadas para o Ensino Médio concretiza uma ação educativa, alicerçada pelo contexto estético, político e ético. Assim enriquece e dá um novo sentido ao documento do século XXI, da UNESCO, que tinha seus pilares educacionais voltados para o aprender a conhecer, no aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Forte educação humanista, trazendo em seus princípios atributos estéticos, político éticos. 4 PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS Os Parâmetros Curriculares Nacionais tiveram seus estudos iniciais em 1996 com o intuito de aprimorar o currículo, sendo como embasamento um novo papel social, condizente com o momento histórico, passando por várias versões até o formato final. Além de produções específicas para os conhecimentos das disciplinas, também foi acrescido conhecimento das Ciências Humanas por serem consideradas fundamentais para o Ensino Médio, ofertando oportunidade para reflexões mais elaboradas tais como: Antropologia, Política, Direito, Economia e Psicologia. As inclusões desses conhecimentos caracterizam, ainda mais ensejo de que a aprendizagem tenha a integração e aplicabilidade no contexto diário do indivíduo para que aprenda seus direitos. Eu entendo que nesta intenção do documento há uma necessidade não apenas de aprender sobre os direitos, mas deveres que são também significativos no compromisso com o papel de cidadão. Bem nesse ponto o papel da interdisciplinaridade é necessário, pois os conhecimentos que foram adicionados tinham por caraterísticas trabalhar por meio de projetos ou outras práticas pedagógicas que denotem articulação e sistematização entre elas. Vamos compreender um pouco mais sobre interdisciplinaridade. Para Ivani Fazenda (1994), o conceito de interdisciplinaridade surgiu na Europa, mais especificamente na França e Itália, no início da década de 60. Foi gerado para ser resposta a reivindicações para um ensino voltado às questões de ordens social, política e econômica da época, conceituando que, com a integração dos conhecimentos, teria a possibilidade de resolver grandes problemas. No Brasil o assunto sobre interdisciplinaridade surgiu no final da década de 60, influenciando na elaboração da Lei de Diretrizes e Bases 5.692/71. Desta forma, esse tema passou a fazer parte do cenário educacional brasileiro e intensificado com a LDB 9.394/96 e com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Para que haja uma prática interdisciplinar, o professor precisa se comprometer em fazer, com seriedade e compromisso, seu trabalho pedagógico. Com as experiências adquiridas, a escola se estrutura, descarta, faz recortes, constrói e desconstrói caminhos cada vez mais edificantes interdisciplinarmente. De acordo com Japiassu, “O objetivo utópico do interdisciplinar é a unidade do saber”, e vai mais longe, ao reconhecer que a “Interdisciplinaridade não é algo que se ensine ou que se aprenda, mas algo que se vive” e considera que “é fundamentalmente uma atitude de espírito. Atitude feita de curiosidade, de abertura, de sentido de aventura, de intuição das relações existentes entre as coisas e que escapam à observação comum” (JAPIASSU, 1979, p.15). A intencionalidade educativa é ensinar os morais e a ética, bem característicos do positivismo evidenciados em nossa bandeira nacional “ordem e progresso”. Você percebeu que as palavras, ética e moral são constantes em todo o momento histórico? E ao vivenciarmos situações tão discrepantes das condutas ideais tendo como parâmetro uma sociedade justa e igualitária, notoriamente entendemos a proposta e a necessidade da disciplina de Sociologia: a compreensão do homem em todas as suas artimanhas. A tecnologia passa a ser um recurso muito valorizado nas orientações dos PCNs, haja vista a crescente evolução deste meio em todos os setores, assim na educação não poderia ser diferente, analisando a ampliação de suas possibilidades enquanto recurso e/ou processo. Dos princípios que já discutimos, citado no documento da UNESCO, destacando seus quatro pilares, todas as competências e habilidades encontram-se permeadas por elas. Entretanto, quando falamos em aprender a conhecer, surge a necessidade da seguinte reflexão. Você sabe que a partir do momento em que aprendemos a nos conhecermos, simultaneamente sabemos nossos limites, o que nos prepara para cada ação conscientemente? Neste contexto, quando falamos deste pilar imediatamente devemos pensar na formação dos indivíduos pautada nas competências cognitivas, sócio-afetivas e psicomotoras que impulsionam a ampliação de suas habilidades. Para ficar claro vamos distinguir o que define competência e habilidade. Os dois conceitos estão interligados, a habilidade está intrinsecamente ligada ao saber fazer, são os conhecimentos que vão sendo adquiridos que lhe conduz a ter habilidade. As junções destas habilidades asseguram a execução de ações, condutas, porque suscitam na competência. Assim podemos entender que: Se aceitarmos que competência é uma capacidade de agir eficazmente num determinado tipo de situação, apoiada em conhecimentos, mas sem se limitar a eles, é preciso que alunos e professores se conscientizem das suas capacidades individuais que melhor podem servir o processo cíclico de Aprendizagem-Ensino-Aprendizagem (PERRENOUD, 1999, p 7). Além disso: A construção de competências é inseparável da formação dos esquemas mentais que mobilizam os conhecimentos adquiridos, num determinado tempo ou circunstância. A mobilização dos diversos recursos cognitivos, numa determinada situação, assegura-se pela experiência vivenciada. O sujeito não consegue desenvolvê-la apenas com interiorização do conhecimento. É preciso internalizá-la buscando uma postura reflexiva, capaz de torná-la uma prática eficaz (FERREIRA, 2001, p. 48). O ensino de Sociologia no Ensino Médio está relacionado a sua maturidade, bem como seu ingresso ao mercado de trabalho, o que configura uma complexidade maiorem sua interação com o meio. O que configura a relevância das Ciências Sociais, neste momento. Pois a Sociologia, Antropologia e Política estão presentes em seu cotidiano. Estudamos na Unidade I, alguns pensadores Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim, suas teorias são muito atuais, há uma necessidade de incentivar estas discussões tendo em vista todas as crises, conflitos passados que se identificam com muitos acontecimentos atuais, tendo o indivíduo e a sociedade como princípio. Essa relação indivíduo e sociedade exemplifica o comportamento de uma pessoa, que desencadeia uma reação na sociedade, seja de forma positiva ou negativa, as divergências de pensamento, de conduta não devem causar desrespeito com o próximo, respeitar a opinião contrária do outro, não fere seus pensamentos, seus valores. As discussões, os embates que acometem os processos sociais, frutos do sistema capitalista, em ebulição com as dinâmicas políticas e econômicas, mobilizam muitas pessoas, as quais quanto críticas e conscientes contribui para a continuidade da ordem, alavancando o progresso, sequenciando mudanças sociais e significativas. [...] A leitura ocorre de forma natural, independente da aprendizagem escolar, sendo vital na interação no mundo em que vivemos, pois contribui para o crescimento intelectual, afastando a ignorância. Lobato afirma: “A novela popular pelo sistema antigo quer em folhetins de jornais quer em brochuras baratas está quase morta entre nós, onde, aliás, nunca teve grande desenvolvimento graças ao nosso fantástico analfabetismo”. E segue descrevendo que “A proporção nas capitais e no interior do país entre a novela vista e a lida será, talvez, de uma para mil” (LOBATO, 2009, p. 29). A família e o estado passam a ter novas posturas e papéis. Modelos familiares das mais diversas e o Estado também passa a ter direitos e deveres. E os indivíduos passam a cobrar do poder público, destacando por meio dos votos seu descontentamento ou sua aprovação. Façamos uma pausa! Você gosta de política? Até que ponto está envolvida (o)? Uns são mais apaixonados que outros pela política. Alguns até exageradamente. Mas todos nós vivemos em meio a política, nossa vida está interligada a ela, seja, no trabalho, na religião, em nosso dia-a-dia. Se ela faz parte tão contundente devemos estar atentos a isso. Sem intenções partidárias. Estamos falando de engajamento na sociedade ( que é política) que resulta em oportunidade de trabalho, de estudo, de avanços coletivos. SAIBA MAIS As competências gerais da Educação Básica e com as da área de Ciências Humanas do Ensino Fundamental, no Ensino Médio a área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas deve garantir aos estudantes o desenvolvimento de competências específicas. Relacionadas a cada uma delas, são indicadas, posteriormente, habilidades a serem alcançadas nesta etapa. Seis são as competências que são descritas na Base Nacional Curricular Comum e cada uma delas explicita os objetivos orientando o professor para que compreenda as habilidades que devem ser desenvolvidas por meio de suas práticas pedagógicas para com o aluno. BASE NACIONAL CURRICULAR COMUM. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/.2017. Disponível em http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/historico/BNCC EnsinoMedio embaixa_site_110518.pdf. Acesso 26/08/2021. REFLITA Conhecer não é o ato através do qual um sujeito transformado em objeto, recebe dócil e passivamente os conteúdos que outro lhe dá ou lhe impõe. O conhecimento pelo contrário, exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer sua ação transformadora sobre a realidade. Demanda uma busca constante. Implica invenção e reinvenção (FREIRE, 1985, p.7). #REFLITA# CONSIDERAÇÕES FINAIS É notório como nosso conhecimento se amplia a cada dia, isso porque estamos inseridos em um contexto histórico que agrega valores a nossas ações. Aprendemos que a disciplina de Sociologia tem sua identidade na compreensão de como a sociedade se organiza, como ela age, tendo como o centro da observação o indivíduo, pois, ele insere nas questões sociais, religiosas, econômicas, culturais ofertando uma mobilização. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/.2017 Nem sempre as mobilizações são positivas, devido às diferenças de opiniões, crenças e valores. Tudo se adapta conforme as necessidades. A Sociologia é uma ciência capaz de nortear pontos que precisam ser melhorados e por meio da pesquisa, do processo investigativo, surgem novas possibilidades essenciais para o homem, seja, trabalho, tecnologia, vivências em mais diversos grupos sociais ou políticos. Além disso, todas as informações e conhecimentos pautados nas questões sociológicas são fontes de pesquisa para outras ciências, tais como a Psicologia, Economia, Antropologia, Ciências entre outras. Incrível, mas a interdisciplinaridade acontece nestas trocas de informações o que impulsiona os estudos de forma mais organizada e concisa. Como a sociedade vive em constante mudança, para se manter atualizado diante das questões que as envolve, as leituras, os estudos devem ser sistêmicos e pontuais. Todos os dias algo se inova. O papel do professor é estar sempre atualizado, sobre as diretrizes bem como assuntos relevantes que estão em evidência, para que possa conciliar os conteúdos do currículo com a realidade cotidiana. Esses atributos contribui para que a aprendizagem fique mais intrigante, no sentido de despertar no aluno (a) a curiosidade, para a busca da pesquisa e concomitantemente construa suas próprias hipóteses, discuta com seus pares, pesquisa, elabore argumentos e refute caso necessário. Entretanto é prudente compreender que para o ensino de sociologia problematizar é preciso. Agir é necessário. LEITURA COMPLEMENTAR PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. http://pne.mec.gov.br. 2014. Disponível em: http://pne.mec.gov.br/18-planos-subnacionais-de-educacao/543-plano-nacional-de- educacao-lei-n-13-005-2014. Acesso em: 13 set. 2021. Resumo: Plano Nacional de Educação, consequente da Lei nº 13.005/2014, expondo de forma detalhadas as 20 metas propostas para a educação, com vigência de 10 anos, na forma do Anexo, com vistas no cumprimento do disposto no art. 214 da Constituição Federal. http://pne.mec.gov.br/ LIVRO Título: O Ensino de Sociologia e de Filosofia no Brasil Autor: Bodart, Cristiano das Neves. Editora: Café com Sociologia. Sinopse: O referido livro é uma obra construída por intermédio de estudos acadêmicos (pesquisas) e políticas, focando na importância do ensino de Sociologia, bem como da Filosofia. O mesmo é dividido em oito capítulos que expressam reflexões que facilitam a compreensão acerca do ensino desta disciplina, deste seu contexto histórico à reflexão sobre a ação docente. FILME/VÍDEO Título: Tempos Modernos Ano: 1936 Sinopse: Um trabalhador devido a mecanização em seu trabalho é levado à loucura. Passa por tratamento, mas sofre a consequência ficando desempregado. Decide recomeçar, é preso, acusado injustamente. Para manter sua família (suas irmãs), começa a praticar delitos. REFERÊNCIAS BRASIL. Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em wwwp.fc.unesp.br/~lizanata/LDB%204024-61. BRASIL. Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e 2º graus, e dá outras providências. Disponível em www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5692.htm. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: Língua Portuguesa. Brasília: MECSEF, 1998. BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: Matemática. Brasília: MECSEF,
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