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Optometria: Origens e Importância

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Conteudista: Prof. Wellington Sales Silva  
Revisão Técnica: Marcia Regina Pinez Mendes
Revisão Textual: Esp. Aline Gonçalves da Silva 
 
Objetivos da Unidade:
Conceituar a optometria; 
Reconhecer sua importância e suas contribuições; 
Entender a origem dos óculos; 
Estudar o desenvolvimento das lentes de contato; 
Explorar os principais instrumentos e técnicas para avaliar a visão.
 Material Teórico
 Material Complementar
 Referências
Optometria: Origens, Conceito e Importância
Introdução
Você conhecerá um pouco da história dos óculos e das lentes de contato, e sobre como a
invenção dessas órteses contribuiu para o surgimento da Optometria. Conhecerá também como
a nossa profissão se desenvolveu ao longo dos séculos até se tornar a primeira barreira contra a
cegueira no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A propósito do curso Tecnológico em Óptica e Optometria ora em desenvolvimento, você
conhecerá outras modalidades e níveis de ensino de nossa profissão. Alguns aspectos legais
sobre a legitimidade da Optometria e a liberação de alvarás sanitários para o exercício
profissional também são temas abordados aqui.
Em muitos países, a Optometria tem crescido e desenvolvido a sua própria literatura. Alguns
periódicos na área são publicados há quase 100 anos. Mas, no Brasil, ainda são poucos os
trabalhos acadêmicos e científicos sobre a nossa profissão. A sua produção literária,
principalmente sobre a sua história, é muito incipiente no Brasil. Por isso, penso que, talvez, o
mais importante nesta disciplina seja fomentar o senso de curiosidade e interesse para buscar
cada vez mais conhecimento e produzi-lo.
Pensamos também que é importante conhecer os principais fatos históricos referentes à
Optometria e entender em que contexto eles ocorreram. Esperamos que o conteúdo aqui
apresentado possa contribuir para o seu crescimento profissional.
Bom, pronto para iniciar? Vamos em frente!
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 Material Teórico
Optometria: Origens, Conceito e Importância
O que é Optometria
O termo Optometria, etimologicamente, é derivado de dois termos gregos: ópsis, que significa
visão; e metron, que significa medida. Juntos, esses termos significam a medida da visão. 
A palavra Optometria foi usada pela primeira vez na Holanda, em 1865, por Jan Willem
Verschoor, um discípulo de Donders e que escreveu uma tese de doutorado sobre refração e
problemas a ela relacionados, denominada Optometers en Optometrie [Optometrista e
Optometria]. Verschoor (1865) definiu a Optometria como um método para medira refração e a
acomodação do olho.
Ao longo dos anos, a função do optometrista foi se enriquecendo e agregando várias atividades.
Atualmente, o optometrista é considerado um profissional de atenção primária à saúde,
responsável por realizar exames da visão e dos olhos; prescrever e adaptar órteses, próteses e
filtros terapêuticos; diagnosticar, tratar e reabilitar condições visuais e oculares por meio de
terapias ortópticas e de reeducação e ergonomia visuais. 
Do ponto de vista internacional, a conceituação da Optometria difere em alguns aspectos, de
acordo com o país ou região do mundo. A Associação Optométrica Americana, por exemplo,
uma das mais antigas instituições de Optometria do mundo, criada em 1898, considera que:
“Optometristas são profissionais primários de cuidados de saúde dos olhos. Os
optometristas examinam, diagnosticam, tratam e gerenciam doenças, lesões e
distúrbios do sistema visual, do olho e das estruturas associadas, bem como
identificam condições sistêmicas relacionadas que afetam o olho.
Os optometristas prescrevem medicamentos, reabilitação de baixa visão,
terapia de visão, lentes de óculos, lentes de contato e realizam certos
Já o Conselho Mundial de Optometria, órgão máximo de representação, criado em 1927, e
membro da Organização Mundial da Saúde, considera a Optometria como uma profissão
independente e declara que:
- (AOA, s.d. What is a Doctor of Optometry?)
- WCO, 2015, p. 5
procedimentos cirúrgicos;
Os optometristas orientam seus pacientes quanto às opções cirúrgicas e não
cirúrgicas que atendem às suas necessidades visuais relacionadas às suas
ocupações, atribuições e estilo de vida;
Um optometrista tendo concluído o ensino pré-profissional de graduação em
uma faculdade ou universidade e quatro anos de educação profissional em uma
faculdade de Optometria, leva ao grau de Optometry Doctor (O.D.) [Doutor em
Optometria]. Alguns optometristas completam uma residência opcional em
uma área específica de prática.
Os optometristas são profissionais de saúde ocular licenciados pelo Estado
para diagnosticar e tratar doenças e distúrbios do olho e do sistema visual. 
“Os optometristas são especialistas dos cuidados primários de saúde do sistema
visual e ocular, fornecendo cuidados extensivos em visão e sistema visual, que
incluem refração e prescrição, detecção/diagnóstico e
acompanhamento/tratamento de doenças oculares e a reabilitação/tratamento de
condições do sistema visual.”
O optometrista pode ser entendido como o profissional responsável pelos cuidados primários da
saúde visual. Mundo afora, ele examina, diagnostica e trata doenças, alterações e disfunções do
sistema visual, bem como identifica a relação de condições sistêmicas de saúde que afetam a
visão e os olhos, sendo que a atuação desse profissional é determinada e regulamentada de
acordo com a realidade e comas necessidades de cada país.
No Brasil, em consonância com as normas legais em vigência no País, o Conselho Brasileiro de
Óptica e Optometria (CBOO) defende que:
- CBOO, 2019
“O optometrista é o profissional da área da saúde, não médico, responsável pela
avaliação primária da saúde visual e ocular. Formado em Optometria por
Instituições de Ensino devidamente autorizadas, está capacitado para identificar,
diagnosticar, corrigir alterações visuais (ex. miopia, astigmatismo, hipermetropia,
presbiopia, estrabismo, ambliopias, daltonismo) e ou reabilitar as condições de
todo o sistema visual, prescrevendo, quando necessário, soluções ópticas (óculos,
lentes de contato, filtros, prismas, terapias e exercícios visuais). Previne, sempre
que possível, a insurgência de distúrbios visuais por meio da reeducação ou
aplicação de metodologias para melhorar a eficiência da visão. Sua formação
permite ainda identificar uma alteração visual de ordem patológica ocular (ex.
catarata, glaucoma) ou sistêmica (ex. hipertensão, diabetes), nesses casos,
encaminhando prontamente o paciente ao profissional médico. Para o
desempenho de seu trabalho, o optometrista não utiliza qualquer medicamento ou
técnica invasiva ao corpo humano.”
 
A Optometria tem uma origem que nos remonta ao tempo da invenção e
difusão dos óculos, por volta do Século X, aproximadamente. No
entanto, enquanto profissão, com a responsabilidade de promover os
cuidados primários da visão e dos olhos, ela surge entre o final do Século
XIX e o início do Século XX, inicialmente nos Estados Unidos, tendo
rapidamente se espalhado pelo mundo em mais de 130 países (SALES,
2017).
Esta era uma designação para aquele profissional que, além de realizar o exame de visão das
pessoas, confeccionava os óculos, sendo que, atualmente, a confecção dos óculos faz parte das
atribuições de outro profissional: o óptico. A realização do exame de vista, propriamente dito,
tendo em vista a prescrição e adaptação de órteses e próteses, é uma atividade, dentre outras,
realizada efetivamente pelo optometrista. Na verdade, de certa forma, o optometrista é a
evolução do próprio óptico e do oculista, sendo que ao longo da história a figura do oculista
desapareceu, e o óptico, por sua vez, se tornou um profissional com responsabilidades e atuação
distintas (SALES, 2017). 
 
Importante! 
O optometrista era conhecido anteriormente
como oculista.
Com relação ao óptico, trata-se de um profissional formado em curso Técnico ou Tecnólogo em
Óptica, que se responsabiliza tecnicamente por estabelecimentos ópticos
(óticas, laboratórios,
indústria oftálmica etc.) e que, dentre muitas funções, realiza o aviamento de prescrições ópticas
e confecciona os óculos.
Figura 1 
Fonte: Freepik
Assim, em síntese, a Optometria é uma profissão da área da Saúde, autônoma, responsável por
promover atenção e cuidados primários à saúde da visão e dos olhos (WCO, 2015), sendo que a
promoção da Atenção Primária à Saúde é uma estratégia da Organização Mundial da Saúde
(OMS), dentro de outros níveis de atenção, como forma de organização dos sistemas de saúde
(WHO, 2014).
O cuidado primário da saúde visual, especificamente, se refere a uma atividade que proporciona a
identificação precoce de problemas visuais e oculares, antes que eles se convertam em
problemas graves que requeiram intervenção médica (OMS, 2008).
Por que a Optometria é Importante?
Segundo a OMS, há, no mundo, aproximadamente 285 milhões de pessoas com deficiência
visual, sendo que 80% dos casos de deficiência poderiam ter sido evitados ou tratados.
Desses 285 milhões de pessoas deficientes visuais, 39 milhões são cegas e 246 milhões
apresentam baixa visão (WHO, 2012).
Os erros refrativos não corrigidos constituem a causa mais importante de deficiência visual, que
atinge pessoas de todas as idades e grupos étnicos, representando 42% dos casos, seguindo-se
de catarata com 33% (WCO, 2015).
Há, aproximadamente, 517 milhões de pessoas com deficiência visual devido à presbiopia não
corrigida (WHO, 2012).
Por isso a OMS defende a Optometria como a primeira profissão de conta todas pessoas que
padecem de alterações visuais e oculares (IAPB, 2013). 
A Optometria é a primeira barreira contra a cegueira evitável, tendo em vista que o mais grave
problema visual que afeta a população com menos de 40 anos pode ser evitado com prevenção
primária, função muito bem realizada por optometristas do mundo inteiro (WCO, 2007).
É notório que não existem profissionais de saúde dos olhos suficientes para dar conta das
demandas visuais da população, incluindo optometristas. Além disso, os profissionais
existentes são mal distribuídos, e a grande maioria está concentrada nas capitais e nos grandes
centros urbanos; não obstante o valor elevado das consultas e a incapacidade de pagamento por
parte significativa da população (WHO, 2012).
A OMS preconiza que um optometrista deve possuir habilidades e competências para realizar
avaliação visual, prescrever óculos e lentes de contato, diagnosticar e tratar disfunções visuais
(WHO, 2014).
Origens da Optometria: Contribuições
Historicamente, as profissões formam um sistema competitivo de espaço e poder. Não é
novidade que a interdependência que há entre as profissões possibilita uma permanente disputa
por espaço. Profissões como a Optometria, a Óptica e a Oftalmologia são um clássico exemplo
disso.
Cada profissão se dedica a um conjunto de atividades específicas ligadas por uma cultura, uma
estrutura social e uma estrutura cognitiva de direitos. Neste sentido, nenhuma profissão se
desenvolve isoladamente, mas influencia e é influenciada pelas demais. As profissões são uma
especialização do trabalho, que evolui por meio de educação formalizada (SALES, 2017).
Na história da Optometria comprovamos o quanto algumas profissões contribuíram para o seu
surgimento. É preciso levar em conta que o avanço científico, tecnológico e humanístico serviu
para aprimorar a atividade profissional e, consequentemente, melhorar o bem-estar social. 
Muitos conhecimentos de várias ciências contribuíram para o surgimento da Optometria. As
ciências de base, em grande maneira, contribuíram para a Optometria mais do que para qualquer
outra profissão do mundo. Ao longo do tempo, a Optometria incorporou conhecimentos da
Física Óptica, da Geometria, da Matemática, da Psicologia, da Fisiologia, da Microbiologia, da
Neurologia e de muitas outras ciências (SALES, 2017).
Figura 2 
Fonte: Freepik
Uma Breve História dos Óculos
Segundo o cientista e historiador britânico de ciências Noel Joseph Terence Montgomery
Needham (1900-1995), o Século X é considerado o período da invenção dos óculos pelos
chineses, em seus relatos sobre a história da ciência chinesa (NEEDHAN apud SALES, 2017).
Figura 3 
Fonte: Adaptada de Freepik
Mas, a história dos óculos é controversa, pois, no decorrer do tempo, surgiram algumas
divergências sobre a sua real origem. Como a que ocorreu em 1907, quando o antropólogo
alemão Berthold Laufer (1874-1934) publicou a “Origem dos Óculos na Índia”, afirmando que,
provavelmente, os óculos teriam sido originados e conhecidos na Índia (LAUFER apud SALES,
2017).
Em 1263, o monge, filósofo e matemático inglês Roger Bacon (1214-1294), discípulo do
matemático e astrônomo Robert Grossetest (1168-1253), prescreveu lentes para os chamados
“Fracos de Visão”. Bacon foi engenhoso no desenho de lentes côncavo-convexas, fabricadas de
cristal ou vidro, e foi o pioneiro na fabricação dos primeiros óculos (SALVETTI apud SALES,
2017).
Em seu principal trabalho, publicado em 1266, Bacon escreve:
“Se alguém examinar letras ou outros objetos hora por meio de cristal ou vidro ou
outra substância transparente... Ele vai ver as letras muito melhor e elas lhes
parecerão maiores.”
Em 1275, o mercador e explorador italiano Marco Polo (1254-1324), no relato de suas viagens à
China antiga, se referiu à prática comum dos chineses em usar óculos na corte do imperador
mongol Kublai Khan (BURGAN apud SALES, 2017).
Mas, contraditoriamente, um manuscrito, da biblioteca do mosteiro de Santa Catarina em Pisa,
na Itália, atribui a invenção dos óculos ao monge dominicano de Pisa Alexandro della Spina, que,
segundo ele, não deixa dúvida de que os óculos apareceram pela primeira vez na Itália, em algum
momento entre o ano de 1285 e o final do Século XIII.
Um fato importante é que os primeiros negociadores de óculos italianos tiveram acesso às
fábricas de vidro estabelecidas nos arredores de Veneza. E a fabricação de óculos convexos
aumentou assim que a notícia de seus “efeitos milagrosos” chegou a outros países no início do
Século XVI, quando apareceram os vidros côncavos. 
Um manuscrito muito interessante, datado de 1299, é citado pelo filósofo e político irlandês
William Molyneux (1656-1698), em sua obra “Dióptrica Nova”, de 1692, onde traz uma
referência sobre os óculos. Molyneux declara suas ideias e discute os ocasionais problemas de
ponto próximo em miopia e outros problemas da visão (GOSS apud SALES, 2017). Em um trecho
da obra há a seguinte referência:
- WADE apud SALES, 2017, p. 51
- KING apud SALES, 2017, p. 52
“Eu me acho tão pressionado pela idade que nem posso ler nem mesmo escrever
sem aqueles óculos chamados de espetáculos, recentemente inventados, para
grande vantagem dos pobres velhos quando enfraquecem a sua visão.”
Outra evidência é fornecida pelo frade dominicano Giordano de Rivalto (1260-1311), um monge
artesão de Pisa, na Itália. Em um sermão proferido em Santa Maria Novella, na cidade de
Florença, em 23 de fevereiro de 1305, Giordano declara:
Outra evidência um pouco duvidosa, mas frequentemente citada, são os dizeres gravados no
túmulo do italiano Salvino d’Armati de Florência, morto em 1317, atribuindo a ele a invenção dos
óculos. O historiador florentino Domenico Manni (1690-1788) relata que houve uma lápide na
igreja, agora demolida, de Santa Maria Maggiore com os seguintes dizeres:
- Ibidem
- Ibidem; ACO
“Ainda não tem vinte anos que se descobriu a arte de fazer óculos, o que torna a
visão muito boa... E é tão curto o espaço de tempo que esta nova arte, nunca antes
existente, foi descoberta... Eu vi o primeiro que a descobriu e a praticou, e eu falei
com ele.”
“Aqui jaz Salvino D’Armato degli Armati de Florença. Inventor dos óculos. Deus
perdoe seus pecados. Anno Domini 1317.”
Com a invenção da imprensa, em 1440, pelo alemão Johannes Gutenberg Gensfleisch (1398-
1468), os livros, como se sabe, passaram a ser produzidos em grande escala. Desde então, houve
grande
crescimento do negócio da leitura, o que, consequentemente, criou uma nova demanda
por óculos (WALLAU apud SALES, 2017).
A primeira guilda dos oculistas foi criada no Século XV, em 1465, na França; a segunda guilda
foi criada na Alemanha, em 1577. Tratava-se de uma instituição que agrupava e regulava o
acesso a esse novo ofício e estabelecia normas de conduta aos seus integrantes (THAL;
QUINTERO, 2010, apud SALES, 2017, p. 53).
Os primeiros oftalmologistas eram contra o uso de óculos. Georg Bartisch (1535-1607) foi o
primeiro europeu a ser considerado cientificamente “médico oftalmologista”. Ele se opôs ao
uso dos óculos para corrigir defeitos refrativos (AOA).
Em 1784, o estadista e cientista americano Benjamin Franklin (1706-1790) inventou os óculos
bifocais. Em 23 de maio de 1785, ele escreveu uma carta onde faz referência aos seus “óculos
duplos”, explicando o seu significado (LETOCHA apud SALES, 2017).
Em 1827, o matemático e astrônomo britânico George Biddell Airy (1801-1892) foi o primeiro a
projetar, fabricar e usar uma lente esfero cilíndrica para corrigir o seu próprio astigmatismo
(AIRY apud SALES, 2017).
Quase um Século depois, em 1920, o optometrista americano Andrew Jay Cross (1855-1925),
segundo presidente da Associação Optométrica Americana, patenteou as lentes oftálmicas
multifocais, nos Estados Unidos (SALES, 2017, p. 55).
A invenção dos óculos envolveu diversos cientistas, matemáticos, ópticos e oftalmologistas.
Nesse contexto, os oculistas foram, inicialmente, desenvolvendo técnicas rudimentares e
evoluindo na tentativa de descobrir as lentes que melhor se adequavam à visão, de tal forma que
isto foi começando a demarcar os limites da nova profissão que estava por surgir.
O Desenvolvimento das Lentes de Contato
De forma semelhante aos óculos, as lentes de contato são até hoje objeto de disputa entre as
profissões de óptico, optometrista e oftalmologista. Ao longo da história, a criação dessas lentes
teve também a contribuição de muitas ciências de base.
Figura 4 
Fonte: Freepik
De forma semelhante aos óculos, as lentes de contato são até hoje objeto de disputa entre as
profissões de óptico, optometrista e oftalmologista. Ao longo da história, a criação dessas lentes
teve também a contribuição de muitas ciências de base.
Físicos, matemáticos, anatomistas e médicos tiveram papel importante em sua concepção, e até
hoje vem revolucionando a correção refrativa e até mesmo contribuindo para a redução de erros
refrativos, como a miopia, por meio da Ortoqueratologia. O tratamento de ectasias corneanas e
outras condições oculares através do uso de lentes de contato terapêuticas especiais é uma
realidade e grande avanço para a Optometria e demais ciências da visão atualmente (SALES,
2017).
O conceito de lentes de contato foi proposto no início do Século XVI. Em 1508, o famoso pintor,
matemático, engenheiro e anatomista italiano Leonardo di Ser Pieroda Vinci (1452-1519)
propôs o conceito de neutralizar erro refrativo opticamente com uma lente que fechasse um
reservatório de líquido sobre a sua superfície frontal do olho, a esclera (DA VINCI apud SALES,
2017).
Por volta do ano de 1636, o filósofo, físico e matemático francês René Descartes (1596-1650)
sugeriu a colocação de uma lente no final de um tubo cheio de água, e a outra extremidade
colocada na córnea. O matemático francês Philippe de la Hire (1640-1718) aperfeiçoou a ideia de
Descartes e sugeriu utilizar um vidro côncavo sobre a superfície do globo ocular, sendo que a
curvatura interna do vidro deveria ser igual à curvatura da córnea, tendo em vista eliminar a
refração da córnea, fazendo com que o humor aquoso e o vidro pudessem ser considerados
como um mesmo meio óptico (SCHIFRIN et al. apud SALES, 2017).
Em 1801, o físico inglês Thomas Young (1773-1829) fabricou um conjunto rudimentar de lentes
de contato com base no modelo de Descartes. Usando cera, ele fixou as lentes de contato cheias
de água aos olhos, neutralizando o seu poder refrativo. Depois, ao fazer uma sobrerrefração, ele
melhorou a acuidade visual usando um par de óculos. Seu dispositivo óptico reafirmou os
princípios formulados por Da Vinci e Descartes.
Na década de 1820, o matemático e astrônomo inglês John Frederick William Herschel (1792-
1871) idealizou tirar um molde da córnea para que a lente de contato se ajustasse exatamente à
superfície do olho. Mas isto só se tornou possível em 1884, após a descoberta da anestesia
(Ibidem).
Mas é o ano de 1887 que marca o início da invenção das lentes de contato. O fisiologista e
biofísico alemão Adolf Eugen Fick (1829-1901) desenhou seu primeiro modelo. Era uma concha
afocal, de contato escleral, feita de vidro, a qual ele testou primeiramente em coelhos, depois em
si mesmo. Sua ideia era neutralizar os efeitos ópticos da distorção da córnea em pacientes com
astigmatismo irregular (LEAL, 2008).
O médico alemão Adolf Gaston Eugen Fick (1852-1937) realizou experimentos e descreveu a
primeira lente de contato sob as pálpebras com o poder refrativo do olho, em seu tratado
“Óculos de Contato”, publicado em 1888. Ele também realizou experimentos em olhos de
coelhos, em seguida, fez moldes de olhos de cadáveres. Experimentou a lente de contato escleral
em si mesmo e em pessoas próximas a ele que tinham astigmatismo irregular, cicatrizes
corneanas e ceratocone (GOES apud SALES, 2017).
As lentes de contato de plástico foram introduzidas em1935, em Nova York, por Theodore E.
Obrig (1896-1967) e John Mullen, a partir da criação do polimetilmetacrilato (PMMA) para
manter a sua forma. Em 1935, Obrig publicou “Modernas Lentes Oftálmicas e Vidro Óptico”
(BENNETT apud SALES, 2017).
Em 1936, o optometrista americano William Feinbloom (1903-1985) também usou PMMA em
lentes de contato. William Feinbloom foi considerado um pioneiro no campo da visão subnormal
e da reabilitação visual, e no desenvolvimento de dispositivos para portadores de baixa visão
(AOA).
Em 1938, por acidente, Theodore Obrig descobriu o uso do azul cobalto com fluoresceína,
técnica amplamente utilizada até hoje nas adaptações de lentes de contato rígidas. Em 1942,
Obrig publicou o primeiro livro sobre lentes de contato denominado “Contact Lenses” (Ibidem).
Em 1941, o optometrista tcheco Lawrance Lester Beacher (1905-1987) produziu um livro sobre
técnicas de lente de contato, denominado “Técnica de Lente de Contato: Um Livro Conciso e
Abrangente para os Profissionais” (MANDELL et al. apud SALES, 2017).
A mudança das lentes de contato escleral para as lentes de contato corneano de plástico foi um
avanço muito importante. Na década de 1940 foram desenvolvidas as primeiras lentes de contato
corneanas de PMMA pelo optometrista americano Kevin M. Tuohy (1919-1968), o qual a
patenteou no ano de 1948. Elas se assemelhavam às lentes de contato de gás permeáveis de hoje.
Acidentalmente, uma lente escleral foi torneada em duas, deixando a área da córnea um pouco
menor. Então, Tuohy fez várias experimentações com a lente danificada em si mesmo,
publicando um manual de adaptação para as novas lentes. Essas lentes de contato eram grandes,
grossas e com bordas sem corte. Mas, no final de 1940, marcou uma grande mudança a partir
das lentes de contato escleral.
Em 1950, o óptico George Hiram Butterfield (1895-1973), junto com Kevin Tuohy e outros
pesquisadores, desenvolveram e construíram novos designs de lentes de contato e o resultado
foi uma lente pequena, leve, de elevada qualidade óptica e um desenho que se adaptou muito à
córnea, tendo inclusive um pequeno levantamento nas bordas para melhorar a fluidez da
lágrima e permitir maior lubrificação e entrega de oxigênio (SALES, 2017).
Em 1952, um polímero hidrofílico reticulado chamado hidroxietilmetacrilato (HEMA) foi
descoberto pelo químico e inventor tcheco Otto Wichterle (1913-1998), que inaugurou a era da
lente de contato flexível ou gelatinosa. Esse polímero absorvia 40% de água. Esta lente foi
patenteada sob o nome de Hydron
(SCHAEFFER et al. apud SALES, 2017).
Em 1965, a Johnson & Johnson lançou ao mercado as primeiras lentes de contato descartáveis
macias de substituição frequente com a marca ACUVUE. E, no mesmo ano, os Estados Unidos
assinaram um acordo de licença com Robert Morrison e a Corporação Nacional de
Desenvolvimento de Patentes, estabelecendo uma sociedade anônima de lentes de contato
flexíveis, que, em 1966, se tornou a empresa Bausch & Lomb (Ibidem).
Nos últimos 30 anos, a partir da década de 1980, o uso das lentes de contato seguiu aumentando
no mundo inteiro, sendo uma atividade praticada tanto por optometristas quanto por
oftalmologistas. Atualmente, o avanço tecnológico e científico tem contribuído muito para
novas descobertas e o desenvolvimento de novos materiais e insumos de lentes de contato
(SALES, 2017).
O interesse pelo estudo de lentes de contato tem contribuído para a formação de instituições
representativas e de pesquisa específica em lentes de contato. A Associação Internacional de
Educadores em Lentes de Contato (IACLE), com sede na Austrália, atualmente é a maior
autoridade em lentes de contato no mundo.
Figura 5 
Fonte: Getty Images
Principais Instrumentos e Técnicas para Avaliar a
Visão
A Caixa de Provas
Segundo a Associação Americana de Optometria, foi em 1843 que surgiu a ideia de se agrupar as
lentes côncavas e convexas em uma caixa, a famosa caixa de provas. Tendo as lentes
organizadas por potência dióptrica, a caixa de provas facilitou a determinação das lentes tanto
para miopia quanto para hipermetropia, independentemente da venda e distribuição de óculos
(SALES, 2017, p. 42).
As Tabelas de Acuidade Visual
Em 1862, com base nas descobertas do raio visual e ângulo minuto séculos antes, o médico
oftalmologista holandês Hermann Snellen (1834-1908) inventou a primeira tabela para estudar
e medir a acuidade visual, conhecida como Tabela de Snellen. Ele calculou matematicamente
qual era, em condições normais, o mínimo separável entre dois objetos que podiam ser
reconhecidos a determinada distância. Foi Snellen quem introduziu o termo optotipo, e adotou
um padrão científico para a medida da acuidade visual (MUNOA apud SALES, 2017);
O Optômetro
William Porterfield foi o primeiro a descrever o “optômetro”, também chamado refrator ou
foróptero, para medir a visão de perto e de longe dos pacientes. Um princípio com base em obter
a refração do olho mediante uma lente convergente e um teste em que o sujeito se movimentava
até ver nitidamente e, por meio de uma escala, era possível ver a ametropia esférica do sujeito
(HENSON apud SALES, 2017).
Esse equipamento foi inventado com base na utilização de lentes convergentes e divergentes;
isso possibilitou movimentá-las até que o paciente pudesse ver nitidamente e, por meio de uma
escala, o examinador pudesse encontrar as ametropias esféricas.
Em 1737, William Porterfield traz uma contribuição importante, com a publicação de dois longos
artigos sobre os movimentos dos olhos para o jornal da Sociedade de Edimburgo para o
Desenvolvimento da Ciência Médica. No primeiro artigo, Porterfield descreve os movimentos
dos olhos pelas ações dos músculos extraoculares retos e oblíquos. No segundo artigo,
publicado em1738, ele discute os movimentos internos do olho, principalmente aqueles
relacionados com a acomodação.
Em 1876, o oftalmologista francês Jules-Antoine Badal (1840-1929) desenvolveu uma versão
melhorada do optômetro de Porterfield.
A Descoberta da Acomodação Visual
No ano de 1759, os estudos de Porterfield com um homem afáquico (ou afácico) estabeleceram a
base lenticular da acomodação, um termo criado por ele (DOYLE apud SALES, 2017).
No ano de 1800, o físico inglês Thomas Young (1773-1829) deu uma palestra sobre o tema do
“Mecanismo do Olho”, que foi publicada em 1801. Ainda jovem, Young usou seu próprio projeto
de optômetro para medir a refração e a acomodação visual, e acabou descobrindo o seu próprio
astigmatismo.
Young considerou as diferentes origens possíveis de acomodação visual e confirmou que ela
ocorria devido a alterações na forma do cristalino, em vez de uma mudança na forma da córnea
ou no comprimento axial do olho. Young considerou também muitos outros aspectos de óptica
visual e oftálmica, tais como: parâmetros biométricos; refração periférica; aberração cromática;
profundidade de foco; miopia instrumental; e a teoria tricromática da visão de cores.
O médico oftalmologista holandês Franciscus Donders Cornelis (1818-1889) publicou
“Anomalias de Acomodação e Refração do Olho com um Ensaio Preliminar sobre Dióptrica
Fisiológica”, estabelecendo normas e princípios para prescrição de lentes. Sua obra foi traduzida
para o inglês em 1864.
Em 1922, o médico oftalmologista americano Alexander Duane (1858-1926) mediu a
acomodação de 4.000 moradores de Nova York, de diferentes idades. Os resultados desse estudo
serviram de base para a chamada curva de acomodação de Duane, que dá o valor da acomodação
de acordo com a idade e que é usada ainda hoje (SALES, 2017, p. 78).
Primeiros Estudos sobre Visão Binocular e Ortotóptica
Em 1613, o físico e matemático belga François d’Aguillon (1567-1617) publicou um tratado
óptico de seis livros denominado “Opticorum Libri Sex: Philosophis Juxta ac Mathematicis Utiles”,
onde tece uma das primeiras análises significativas sobre a visão binocular. Ele foi o primeiro a
utilizar o termo horóptero, descrevendo como um único objeto no horóptero é visto em sua
verdadeira localização e como dois olhos conseguem ver uma única imagem (NEETENS
apud SALES, 2017)
Em 1838, o físico britânico Charles Wheatstone (1802-1875) inventou o espelho estereoscópio,
um dispositivo de visualização de imagens tridimensionais. Ele utilizou o espelho para um
experimento sobre a visão binocular e estereoscópica (BOWERS apud SALES, 2017).
Em 1856, o fisiologista dinamarquês Peter Ludvig Panum (1820-1885), durante a realização de
experimentos com um estereoscópio, detectou que a visão binocular sem diplopia é possível
mesmo quando ambas as imagens da retina não são exatamente correspondentes. Isto
conduziu ao conceito da conhecida Área de Panum, fundamental para a compreensão da visão
binocular (VOGEL et al. apud SALES, 2017).
Em 1865, o médico oftalmologista francês Louis Émile Javal (1839-1907), conhecido por seus
estudos sobre óptica fisiológica, introduziu o uso de exercícios ortópticos e impulsionou o uso
do estereoscópio no tratamento do estrabismo. Ele descreveu os movimentos oculares durante a
leitura e relatou que os olhos não se movem continuamente ao longo de uma linha de texto, mas
fazem curtos movimentos rápidos (sacadas) intercalados com momentos de fixação. Por seus
estudos Javal é considerado o pai da ortóptica (JAVAL apud SALES, 2017).
A Oftalmoscopia
Em 1847, o matemático, engenheiro mecânico e inventor inglês Charles Babagge (1791-1871),
conhecido por inventar o primeiro computador, desenhou um instrumento para observar o
fundo do olho. Mas, por descrédito, ele não publicou o seu invento (GÜEMEZ-SANDOVAL
apud SALES, 2017).
Em 1851, o matemático, físico e médico alemão Hermann Ludwig Ferdinand Von Helmholtz
(1821-1894), que deixou muitas contribuições para a ciência em geral e algumas delas para a
Optometria, reinventou o oftalmoscópio e foi o primeiro homem a ver o interior do olho humano
vivo. Sua principal publicação foi “Manual de Óptica Fisiológica”, um tratado sobre fisiologia
óptica em três volumes, que foi traduzido do alemão para o inglês em 1924 (HELMHOLTZ
apud SALES, 2017).
A Keratometria
Em 1796, matemático, astrônomo e construtor de instrumentos científicos, o inglês Jesse
Ramsden (1735-1800) desenvolveu o oftalmômetro, também chamado de keratômetro
(GUTMARK; GUYTON apud SALES, 2017).
Em 1880, Javal apresentou o primeiro modelo de keratômetro, com a influência de Von
Helmholtz, sendo construído em colaboração com seu aluno norueguês Hjalmar Augusto
Schiötz (1850-1927).
A Revolução da Retinoscopia
Foi o médico militar francês Ferdinand Louis Joseph Cuignet (1823-1890) quem primeiro
descreveu a retinoscopia (ou esquiascopia), em 1873. Ele estabeleceu o primeiro diagnóstico
objetivo de erro refrativo. Cuignet utilizou um espelho de oftalmoscópio que refletia a luz da
lâmpada dentro do olho. Por meio desse espelho ele observava a variação do reflexo entre
pessoas com diferentes erros refrativos.
Ele descobriu que quando a luz do espelho plano se movia através da pupila, o reflexo do fundo
também se movia. Às vezes no mesmo sentido e outras vezes no sentido inverso, e ainda, outras
vezes, em meridianos diferentes. Cuignet foi considerado o pai da retinoscopia.
Em 1878, o médico oftalmologista suíço Edmund Landolt (1846-1926) deu a primeira explicação
correta do fenômeno da retinoscopia. Ele descreveu o princípio do funcionamento da técnica, e
foi quem sugeriu a exploração em meridianos perpendiculares para falar em astigmatismo.
Em 1880, a técnica da retinoscopia foi aperfeiçoada pelo francês H. Parent (1849-1924), com a
publicação de sua explicação sobre a refração objetiva quantificada. Para enfatizar o papel da
retina, Parent propôs o termo retinoscopia, mas depois, por sugestão de um linguista, escolheu
o termo esquiascopia (que significa sombra). Muitos outros termos foram propostos, mas
foram abandonados: eles incluíam dioptroscopia, pupiloscopia (korescopia), umbrascopia e
escotoscopia (SALES, 2017, p. 86).
Em 1911, Andrew Jay Cross (1855-1925), segundo presidente da Associação Optométrica
Americana, publica “Retinoscopia Dinâmica na Teoria e Prática”, introduzindo a teoria básica e
o método da retinoscopia dinâmica, fazendo uma abrangente associação com outros métodos
de Optometria em que a correlação entre acomodação e convergência devia ser considerada
(CROSS apud SALES, 2017).
Em 1926, o óptico americano Jack Colston Copeland (1900-1973) patenteou o retinoscópio de
franja, e desde então passou a ser considerado o pai da retinoscopia, tomando o lugar de
Cuignet.
Saiba Mais 
A retinoscopia é a principal atividade de um optometrista com relação
à prescrição dos óculos. É uma técnica bastante difundida e aprendida.
Existem muitas variações da técnica que são utilizadas para finalidades
diferentes de acordo com os achados e situação clínica do paciente.
Durante o curso, em disciplinas variadas, esse assunto será
amplamente abordado.
Em Síntese 
A Optometria é conceituada como a ciência da visão, mas sofre
variações sobre alguns aspectos a depender da região ou país. A
importância da Optometria reside na necessidade de atender à
população que sofre com deficiências visuais em todo o mundo. Há
diferença entre o óptico, o optometrista e o oftalmologista. O
optometrista é uma evolução do oculista e do próprio óptico.
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
  Vídeos  
Os 3 o's do Olhos 
2 / 3
 Material Complementar
Os 3 o's do Olhos
https://www.youtube.com/watch?v=-ZIl8CKfzKI
  Leitura  
Universal Eye Health: A Global Action Plan 2014-2019  
A International Agency for the Prevention of Blindness (IAPB – Agência Internacional para a
Prevenção da Cegueira), criada em 1975, lidera um grande esforço internacional no combate à
cegueira. Ligada à Organização Mundial da Saúde, a IAPB desenvolveu um Plano de Ação Global
para o combate e a prevenção da cegueira no mundo.
Clique no botão ao lado para conferir o conteúdo.
ACESSE
Perfil Profissional do Óptico Brasileiro 
Observe a seguir, a linha do tempo das principais referências sobre a invenção dos óculos.
Clique no botão ao lado para conferir o conteúdo.
ACESSE
https://www.who.int/publications/i/item/universal-eye-health-a-global-action-plan-2014-2019
https://www.cboo.org.br/perfil-optico#:~:text=O%20%C3%93ptico%20brasileiro%20%C3%A9%20um,cada%20uma%20das%20%C3%A1reas%20espec%C3%ADficas.
AMERICAN OPTOMETRIC ASSOCIATION (AOA). What is a Doctor of Optometric? Disponível em:
<https://www.aoa.org/healthy-eyes/whats-a-doctor-of-optometry?sso=y>. Acesso em:
30/09/2019.
CONSELHO BRASILEIRO DE ÓPTICA E OPTOMETRIA (CBOO). Perfil Profissional do Optometrista
Brasileiro. 1ª ed. Brasília: CBOO, 2019. v. 1. Disponível em: <https://www.cboo.org.br/perfil-
optometrista>. Acesso em: 13/08/2019.
INTERNATIONAL AGENCY FOR THE PREVENTION OF BLINDNESS (IAPB). Strategic Framework,
2013-2017. 2013. Disponível em: <https://www.iapb.org/>. Acesso em: 30/09/2019.
SALES, W. S. História da Optometria: Origens, Personagens, Instituições. Alagoinhas, BA: OPTO
Centro de Optometria, 2017.
VERSCHOOR, J. W. Optometers en Optometrie. PhD Dissertation. In: 6e Jaarlijksch Verslag van het
Nederlandsch Gasthuis voor Ooglijders, Utrecht, p. 97-160, 1865.
WORLD COUNCIL OF OPTOMETRY (WCO). Por que Optometria? O Modo de Fornecer Cuidados de
Saúde Oculares e Visuais de Qualidade, Avançados e Igualitários para Todos os Pacientes. Trad.
Vera Carneiro OD, APLO. WCO, 2015.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Global Data on Visual Impairments, 2010. WHO, 2012.
________. Global Initiative for the Elimination of Avoidable Blindness: Action Plan, 2006-
2011. Geneva: WHO, 2007, p. 43-44.
3 / 3
 Referências
________. Visual Impairment and Blindness. Fact Sheet, n° 282, 2014.
Sites Visitados
AUSTRALIAN COLLEGE OF OPTOMETRY (ACO). Disponível em: <https://www.aco.org.au/>.
Acesso em: 30/09/2019.

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