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TEMA 6 DIREITOS DOS PRESOS Aula 02 Trabalho e Remição

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Aula 02 – Trabalho e Remição
O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá 
finalidade educativa e produtiva. O trabalho poderá ser gerenciado por fundação, ou em-
presa pública, com autonomia administrativa, e terá por objetivo a formação profissional 
do condenado.
Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não 
podendo ser inferior a 3/4 do salário mínimo.
Porém, estabelece a CF: 
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que 
visem à melhoria de sua condição social: (...) IV - salário mínimo, fixado em 
lei, nacionalmente unificado. ADPF 336
O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender:
a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judi-
cialmente e não reparados por outros meios;
b) à assistência à família;
c) a pequenas despesas pessoais;
d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do 
condenado, em proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras 
anteriores.
Tem como características:
a) Obrigatório
Consoante dispõe o art. 31: O condenado à pena privativa de liberdade está obri-
gado ao trabalho na medida de suas aptidões e capacidade.
Obs.: Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser execu-
tado no interior do estabelecimento (art. 31, p. único)
Ainda, dispõe a LEP, art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de 
liberdade que: (...)
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
Art. 39. Constituem deveres do condenado: (...) 
V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas
No mesmo sentido, caminha a jurisprudência:
DIREITO PENAL. RECUSA INJUSTIFICADA DO APENADO AO TRABALHO 
CONSTITUI FALTA GRAVE. Constitui falta grave na execução penal a recusa 
injustificada do condenado ao exercício de trabalho interno. O art. 31 da 
Lei 7.210/1984 (LEP) determina a obrigatoriedade do trabalho ao apena-
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5 Aspectos Relevantes do Crime e da Pena
do condenado à pena privativa de liberdade, na medida de suas aptidões 
e capacidades, sendo sua execução, nos termos do art. 39, V, da referida 
Lei, um dever do apenado. O art. 50, VI, da LEP, por sua vez, classifica como 
falta grave a inobservância do dever de execução do trabalho. Ressalte-
-se, a propósito, que a pena de trabalho forçado, vedada no art. 5º, XLVIII, 
“c”, da CF, não se confunde com o dever de trabalho imposto ao apenado, 
ante o disposto no art. 6º, 3, da Convenção Americana de Direitos Humanos 
(Pacto San José da Costa Rica), segundo o qual os trabalhos ou serviços 
normalmente exigidos de pessoa reclusa em cumprimento de sentença 
ou resolução formal expedida pela autoridade judiciária competente não 
constituem trabalhos forçados ou obrigatórios vedados pela Convenção 
(HC 264.989-SP, STJ – 6ª TURMA – Rel. Min. Ericson Maranho, julgado em 
4/8/2015, DJe 19/8/2015).
b) Adequado às condições pessoais do preso
Dispõe o artigo 131 que o condenado à pena privativa de liberdade está obrigado 
ao trabalho na medida de suas aptidões e capacidade. Os maiores de 60 anos poderão 
solicitar ocupação adequada à sua idade. Os doentes ou deficientes físicos somente exer-
cerão atividades apropriadas ao seu estado.
c) Jornada de 6 a 8 horas diárias, em regra
O art. 33. e o parágrafo único asseguram que a jornada normal de trabalho não 
será inferior a 6 nem superior a 8 horas, com descanso nos domingos e feriados. Poderá 
ser atribuído horário especial de trabalho aos presos designados para os serviços de con-
servação e manutenção do estabelecimento penal.
Trabalho Externo
Quanto ao trabalho externo, prevê o artigo 36, seus parágrafos e o artigo 37 que o 
trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em serviço 
ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades 
privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina. O limite 
máximo do número de presos será de 10% do total de empregados na obra. Caberá ao 
órgão da administração, à entidade ou à empresa empreiteira a remuneração desse tra-
balho. A prestação de trabalho à entidade privada depende do consentimento expresso do 
preso.
A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, 
dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de 1/6 
da pena.
Dispensa do lapso temporal: “EXECUÇÃO PENAL. AUTORIZAÇÃO PARA 
TRABALHO EXTERNO. APENADO EM REGIME SEMIABERTO. PRESCINDIBI-
LIDADE DO ADIMPLEMENTO DE 1/6 (UM SEXTO) DA PENA. FLAGRANTE 
ILEGALIDADE EVIDENCIADA. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. OR-
DEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. (...) 2. A jurisprudência do Superior Tribunal 
de Justiça é firme no sentido de que, para os apenados que cumprem 
pena em regime semiaberto, afigura-se prescindível o adimplemento 
de requisito temporal para a autorização de trabalho externo, desde 
que verificadas condições pessoais favoráveis pelo Juízo das Execuções 
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Tema 06 - Aula 02 6
Penais. Precedentes. Assim, constitui constrangimento ilegal a negativa 
do trabalho externo ao apenado com fundamento somente na ausência de 
cumprimento de 1/6 (um sexto) da pena pelo condenado em regime semia-
berto, como in casu. Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida, 
de ofício, para restabelecer a decisão do Magistrado das Execuções, que 
autorizara o trabalho externo pelo paciente” (STJ, HC 355674 / RS, Rel. Min. 
JOEL ILAN PACIORNIK, 5a. T., j. 10/11/2016, v.u.).
Para revogação da autorização (art. 36, p. Único) deverá ter ocorrido a pra-
tica de fato definido como crime; for punido por falta grave; tiver compor-
tamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo (disciplina e 
responsabilidade).
Para remição no regime fechado e semiaberto a cada 3 dias de trabalho, 1 
dia de cumprimento de pena.
A remição se dá por dias trabalhados, e não por horas, sendo que a conta-
gem de tempo será feita à razão de um dia de pena a cada 3 dias trabalha-
dos, exigindo-se, para cada dia a ser remido, o labor de no mínimo 6 e no 
máximo 8 horas (STJ, AgRg no HC n. 289.635/MG, Sexta Turma, Rel. Min. 
Rogerio Schietti Cruz, DJe de 3/2/2015). 
Apenas as horas trabalhadas após a jornada máxima legal poderão ser so-
madas a fim de que, atingindo 6 horas, sejam computadas como 1 dia para 
fins de remição” (STJ, HC 338.220/MG, j. 21/06/2016).
A culpa do Estado na falha fiscalização do cumprimento da carga horária 
de trabalho não afasta a necessidade de demonstrar que os requisitos para 
a remição foram cumpridos. (STJ, AgRg no HC 351.918/SC, j. 09/08/2016).
A remição pelo trabalho beneficia o condenado mesmo na situação em que 
a atividade laborativa efetivamente desempenhadao tenha sido sem auto-
rização do juízo ou da direção do estabelecimento prisional, e ainda que em 
decorrência de trabalho desempenhado em domingos e feriados. (STJ, HC 
346.948/RS, j. 21/06/2016).
EXECUÇÃO PENAL. HABEAS CORPUS. SUBSTITUTIVO DE RECURSO ESPE-
CIAL. NÃO CABIMENTO. NOVA ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL. TRABA-
LHO EXTERNO EM EMPRESA FAMILIAR. POSSIBILIDADE. FISCALIZAÇÃO. 
RISCO DE INEFICÁCIA DA MEDIDA NÃO PODE SER ÓBICE AO BENEFÍCIO DO 
TRABALHO EXTERNO. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. ORDEM CON-
CEDIDA DE OFÍCIO. (...) III - A execução criminal visa o retorno do condena-
do ao convívio social, com o escopo de reeducá-lo e ressocializá-lo, sendo 
o trabalho essencial para esse processo. IV - In casu, o fato do irmão do 
apenado ser um dos sócios da empresa empregadora não constitui óbice à 
concessão do trabalho externo, sob o argumento de fragilidade na fiscali-
zação, até porque inexiste vedação na Lei de Execução Penal. (Precedente 
do STF). Habeas Corpus não conhecido. Ordem concedida, de ofício, para 
restabelecer a decisão do Juízo da Execução que deferiu o trabalho externo 
ao paciente” (STJ, HC 310.515-HC 310515, Rel. Min. Felix Fischer, julgado 
em 17/9/2015, DJe 25/9/2015).
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7 Aspectos Relevantes do Crime e da Pena
Estudo
Fechado, semiaberto, aberto, livramento condicional
Para cada 12 horas de estudo (divididas em 3 dias, no mínimo), 1 dia de cumpri-
mento de pena
Acrescido de 1/3 no caso de conclusão do ensino fundamental, médio ou superior 
durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão competente do sistema 
de educação. 
Atividade de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, 
ou ainda de requalificação profissional
Forma presencial ou ensino a distância: Admissível mesmo durante regime aberto 
ou em livramento condicional (período de prova)
A remição pelo estudo não pressupõe frequência mínima no curso nem é 
condicionada a desempenho satisfatório. (STJ, AgRg no Resp 1.453.257/
MS, Rel. Min. JOEL ILAN PACIORNIK, 5ª T., j. 02/06/2016j. 02/06/2016).
A remição por leitura deve ser concedida em analogia in bonam partem em 
relação à possibilidade de desconto da pena por meio do estudo. No en-
tanto, para que o benefício seja criterioso o tribunal tem decidido que deve 
haver a instalação de projeto de leitura com a observância das diretrizes 
estabelecidas na Recomendação nº 44/13 do CNJ. (STJ, AgRg no Resp 
1.616.049/PR, Rel. Min. Felix Fischer, 5ª T., j. 27/09/2016).
Regras gerais:
- Cumulação trabalho + estudo – possível, desde que se compatibilizem
- Impossibilidade de prosseguir em razão de acidente – continuará se beneficiando
- Falta de trabalho/estudo – não (STJ, HC 175.718, 6ª T., Rel. Marilza Maynard, j. 
05/12/2013)
- Prisão cautelar – admissível
- Tempo remido – computado como pena cumprida
- Relatório encaminhado mensalmente pela autoridade administrativa ao juízo da 
execução
- Perda dos dias remidos – perda de até 1/3 em caso de cometimento de falta 
grave.
A quantidade dos dias remidos perdidos em razão do cometimento de falta 
grave deve ser fundamentada. Por isso, o juiz não pode simplesmente de-
clarar a perda do máximo de 1/3 sem especificar as circunstâncias que o 
levaram a decidir daquela forma. (STJ, HC 338.188/SP, Rel. Min. Reynaldo 
Soares da Fonseca, 5ª T., j. 02/06/2016).
A prática de falta grave impõe a decretação da perda de até 1/3 dos dias re-
midos, devendo a expressão “poderá” contida no art. 127 da Lei 7.210/1984 
ser interpretada como poder-dever do magistrado, ficando no juízo de dis-
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cricionariedade do julgador apenas a fração da perda, que terá como limite 
máximo 1/3 dos dias remidos. (STJ, AgRg no REsp 1.430.097-PR, Rel. Min. 
Felix Fischer, j. 19/3/2015).
O cálculo da remição deve ser efetuado com base no disposto no súmula 
nº 715 do STF, ou seja, a subtração dos dias incide no total da pena apli-
cada, não no máximo de trinta anos de que trata o art. 75 do CP. (STJ, HC 
328.548/SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, 5ª T., j. 16/06/2016).
A remição de pena, ou seja, o direito do condenado de abreviar o tempo 
imposto em sua sentença penal, pode ocorrer mediante trabalho, estudo e, 
de forma mais recente, pela leitura, conforme disciplinado pela Recomen-
dação n. 44/2013 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A remição de 
pena, prevista na Lei n. 7.210/84 de Execução Penal (LEP), está relacionada 
ao direito assegurado na Constituição Federal de individualização da pena. 
Dessa forma, as penas devem ser justas e proporcionais, além de particu-
larizadas, levando em conta a aptidão à ressocialização demonstrada pelo 
apenado por meio do estudo ou do trabalho.
As possibilidades de remição de pena foram ampliadas pela Lei n. 12.433, 
de 2011, que alterou a redação dos artigos 126, 127 e 128 da Lei de Exe-
cução Penal e passou a permitir que, além do trabalho, o estudo contribua 
para a diminuição da pena. A ressocialização do preso é uma preocupação 
constante do CNJ, que incentiva iniciativas voltadas à redução da reinci-
dência criminal.
Lei de Execução Penal
Art. 126.  O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto 
poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. (Redação 
dada pela Lei nº 12.433, de 2011).
§ 1o  A contagem de tempo referida no caput será feita à razão de: (Redação dada 
pela Lei nº 12.433, de 2011)
I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade de 
ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalifi-
cação profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias; (Incluído pela Lei nº 12.433, de 
2011)
Leitura Complementar
PARA LEITURA DO TEXTO
NA ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI:
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https://www.cnj.jus.br/cnj-servico-como-funciona-a-remicao-de-pena/
9 Aspectos Relevantes do Crime e da Pena
II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho. (Incluído pela Lei nº 12.433, 
de 2011)
§ 2o  As atividades de estudo a que se refere o § 1o deste artigo poderão ser de-
senvolvidas de forma presencial ou por metodologia de ensino a distância e deverão ser 
certificadas pelas autoridades educacionais competentes dos cursos frequentados. (Re-
dação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 3o  Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho 
e de estudo serão definidas de forma a se compatibilizarem. (Redação dada pela Lei nº 
12.433, de 2011)
§ 4o  O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estu-
dos continuará a beneficiar-se com a remição. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 5o  O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 (um 
terço) no caso de conclusão do ensino fundamental, médio ou superior durante o cum-
primento da pena, desde que certificada pelo órgão competente do sistema de educação.
(Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 6o  O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que 
usufrui liberdade condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou 
de educação profissional, parte do tempo de execução da pena ou do período de prova, 
observadoo disposto no inciso I do § 1o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 7o  O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão cautelar. (Incluído 
pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 8o  A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério Público 
e a defesa. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
Art. 127.  Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo 
remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da in-
fração disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
Art. 128.  O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os 
efeitos. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
Art. 129.  A autoridade administrativa encaminhará mensalmente ao juízo da exe-
cução cópia do registro de todos os condenados que estejam trabalhando ou estudando, 
com informação dos dias de trabalho ou das horas de frequência escolar ou de atividades 
de ensino de cada um deles. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 1o  O condenado autorizado a estudar fora do estabelecimento penal deverá 
comprovar mensalmente, por meio de declaração da respectiva unidade de ensino, a fre-
quência e o aproveitamento escolar. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
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Tema 06 - Aula 02 10
§ 2o  Ao condenado dar-se-á a relação de seus dias remidos. (Incluído pela Lei nº 
12.433, de 2011)
Art. 130. Constitui o crime do artigo 299 do Código Penal declarar ou atestar fal-
samente prestação de serviço para fim de instruir pedido de remição.
BRASIL. Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. Lei de Execução Penal. Disponível: < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm>. Acesso em 23 jun. 2020.
CNJ Serviço – Saiba como funciona a remição de pena. CNJ. Disponível em: < 
https://www.cnj.jus.br/cnj-servico-como-funciona-a-remicao-de-pena/>. Acesso em 23 
jun. 2020.
DEMERCIAN, Pedro Henrique. MALULY, Jorge Assaf. Curso de Processo Penal. 9ª 
ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2014.
NUCCI, Guilherme de Souza, Código de Processo Penal Comentado. 16ª ed. Rev., 
Atual. e Ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2017.
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