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Dissídio coletivo

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Dissídio coletivo
Apresentação
Os dissídios coletivos foram, por muito tempo, a alma do direito coletivo do trabalho, pois as 
divergências entre empregados e empregadores sempre terminavam judicializadas. Com a exigência 
de prévia negociação coletiva para o ajuizamento da ação, os dissídios reduziram 
significativamente.
Entretanto, os impasses na negociação coletiva são esperados e naturais, servindo como 
motivadores para que as entidades de empregados e de empregadores cedam no que for possível e 
pactuem melhores condições de trabalho.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre o dissídio coletivo e seu procedimento, 
assim como sobre as suas modalidades.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir dissídio coletivo.•
Descrever o procedimento do dissídio coletivo.•
Analisar as modalidades de dissídio coletivo.•
Desafio
As negociações coletivas deverão preceder o ajuizamento da ação de dissídio coletivo, pois se deve 
valorizar a autonomia da vontade coletiva e a possibilidade de as entidades sindicais encontrarem 
denominadores comuns.
O Sindicato dos Empregados dos Calçados de Parnaíba (PI) chamou o Sindicato dos Empregadores 
da cidade para a negociação de reajuste salarial e aumento do vale-transporte dos trabalhadores do 
sindicato. Entretanto, no dia aprazado para a reunião, o Sindicato dos Empregadores não 
compareceu. O Sindicato dos Empregados o chamou mais duas vezes para a negociação, o que não 
foi atendido.
O Presidente do Sindicato dos Empregados requereu ao Presidente do Sindicato dos Empregadores 
a assinatura de uma concordância para o ajuizamento de um dissídio coletivo, considerando o 
expresso na Constituição Federal, no art. 114, § 2º, de “comum acordo”. O Presidente dos Sindicato 
dos Empregadores se recusou a assinar.
Você, como advogado do Sindicato dos Empregados, proporia qual solução ao presidente? 
Justifique juridicamente sua resposta.
Infográfico
O dissídio coletivo é uma ação ajuizada no Tribunal para a solução de conflitos entre as partes que 
compõem uma relação de trabalho. A ausência de regras claras sobre os requisitos da ação inicial 
do dissídio coletivo gera, muitas vezes, o ajuizamento equivocado da ação, fazendo com que as 
entidades sindicais percam tempo e recursos financeiros. No passado, o Tribunal Superior do 
Trabalho editou diversas resoluções para regrar o dissídio coletivo, as quais foram sendo revogadas 
ao longo do tempo, a exemplo da Instrução Normativa nº 04/93.
Neste Infográfico, aprenda sobre os elementos da petição inicial do dissídio coletivo, os quais foram 
consolidados pela jurisprudência. Veja os elementos intrínsecos e extrínsecos necessários da 
petição inicial.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Conteúdo do livro
As conquistas sociais dos trabalhadores não se resumem apenas ao aumento de vantagens 
financeiras, mas também às melhores condições de trabalho, como períodos de descanso maiores, 
planos de saúde, planos odontológicos, entre outras vantagens.
Leia o capítulo Dissídio coletivo, da obra Direito coletivo do trabalho, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem, em que você vai aprender sobre os conflitos de natureza econômica e jurídica, 
constando que o dissídio coletivo pode consistir em uma necessidade quando empregados e 
empregadores não conseguirem interpretar uma cláusula contratual, por exemplo. Também, veja 
sobre as modalidades de dissídio coletivo e seu procedimento.
Boa leitura.
DIREITO COLETIVO 
DO TRABALHO 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Definir dissídio coletivo.
 > Descrever o procedimento do dissídio coletivo.
 > Analisar as modalidades de dissídio coletivo.
Introdução
O Direito Coletivo evoluiu para que os envolvidos na relação trabalhista pudes-
sem negociar as melhores condições de trabalho para o seu caso específico, 
responsabilizando-se pela negociação e cumprindo voluntariamente as cláusu-
las pactuadas. Entretanto nem sempre as entidades sindicais conseguem chegar 
a um consenso. O Poder Judiciário tem o dever de harmonizar os interesses das 
entidades sindicais quando estas não conseguirem chegar a um consenso, razão 
pela qual a Constituição Federal prescreve a possibilidade de essas entidades 
ajuizarem o chamado dissídio coletivo. 
Neste capítulo você estudará o dissídio coletivo como meio de resolução de 
conflitos coletivos. Você verá o conceito e o procedimento do dissídio coletivo, 
bem como suas modalidades.
Conceito de dissídio coletivo
O estudo do dissídio coletivo parte da compreensão de três categorias que 
permitirão delinear a importância do instituto: a representação sindical, 
o conflito coletivo e as fontes de Direito do Trabalho. O Direito do Trabalho 
foi forjado a partir da união dos trabalhadores em torno da luta por melhores 
condições de trabalho na Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX. 
Dissídio coletivo
Eduardo Zaffari
Carlos Henrique Bezerra Leite recorda que o trabalho surge na histó-
ria humana como um castigo, em que o instrumento de tortura tripalium 
serviu para nomear o labor humano, que, na Antiguidade, era considerado 
uma atividade indigna e destinada às camadas mais baixas da sociedade. 
Identificando, basicamente, cinco regimes de trabalho humano — primitivo, 
escravo, feudal, capitalista e comunista —, o autor ressalta que, atualmente, 
o trabalho é reconhecido como um direito humano consoante prescrito no 
art. 23 da Declaração Universal dos Direitos do Homem. No Brasil, o trabalho 
é reconhecido como um valor estruturante do Estado Democrático de Direito 
(CF, art. 1º, IV) e um direito fundamental social, conforme art. 6º da Constituição 
Federal de 1988 (CF) (LEITE, 2017).
O Direito do Trabalho, entretanto, surge com a sociedade industrial e 
trabalho assalariado, fundamentando-se em razões políticas, econômicas 
e jurídicas. Em termos econômicos, a Revolução Industrial trouxe profunda 
transformação, com o surgimento da máquina a vapor e da energia elétrica 
na indústria. Substitui-se o trabalho escravo, das corporações e servil por 
trabalhadores assalariados. A conexão entre os fatores econômicos e as 
regras trabalhistas se tornaram cada vez mais próximas, surgidas para conter 
os abusos dos empregadores e proteger os trabalhadores à época (NASCI-
MENTO, 2015). 
Para Delgado “[...] o Direito do Trabalho é produto do capitalismo, atado 
à evolução histórica desse sistema, retificando-lhe distorções econômico-
-sociais e civilizando a importante relação de poder que sua dinâmica econô-
mica cria no âmbito da sociedade civil, em especial no estabelecimento e na 
empresa” (DELGADO, 2017, p. 89). Em outras palavras, o Direito do Trabalho é 
produto do capitalismo, pois há a necessidade de elementos socioeconômicos, 
políticos e culturais, que despontaram apenas nesse sistema. 
O estudo do surgimento desse ramo do Direito se direciona à compreensão 
da relação entre capital e trabalho. Em termos políticos, Amauri Marcaro do 
Nascimento afirmava que a transformação do Estado liberal em um Estado 
mais intervencionista cria a condição de possibilidade de se impedir que 
o capitalista pudesse impor as condições de trabalho livremente aos seus 
trabalhadores. O Estado passa a intervir na ordem econômica e social, limi-
tando a plena liberdade das partes na pactuação das relações de trabalho 
(NASCIMENTO, 2015).
Dissídio coletivo2
Amauri Mascaro do Nascimento escreveu, juntamente com Irany 
Ferrari e Ives Gandra da Silva Martins Filho, um clássico da história 
do Direito do Trabalho, a obra História do Trabalho, do Direito do Trabalho e da 
Justiça do Trabalho, cuja primeira edição data de 1998. Aprofunde seus estudos 
sobre a história do trabalho e das relações de trabalho com a leitura desse 
clássico (NASCIMENTO; FERRARI; MARTINS FILHO, 1998).
Em termos de aspectos jurídicos, os trabalhadores se uniram e lutaram pela 
organização do movimento sindical, que passoua ser tolerado e conseguiu 
impor a confecção de leis que regem trabalhos coletivos e individuais de 
trabalho, respeitando-se a dignidade da pessoa humana e a função social do 
contrato. Alie-se, nos aspecto jurídico, o surgimento da ideia de justiça social, 
fomentada pelo marxismo, que une os trabalhadores, e a doutrina social da 
Igreja, com suas Encíclicas, como a Rerum Novarum (1891), que iniciou uma 
linha seguida até a atual Laborem Exercens (1981). Godinho concorda que o 
Manifesto Comunista (1848), as Encíclicas e a criação da Organização Inter-
nacional do Trabalho (1919) foram fundamentais para a formação do Direito 
do Trabalho (DELGADO, 2017).
A luta por melhores condições de trabalho no Brasil é realizada igualmente 
pelos sindicatos, que, conforme o art. 8º da CF, têm o dever de “[…] defesa dos 
direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em ques-
tões judiciais ou administrativas”, assim como “é obrigatória a participação 
dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho” (BRASIL, 1988, docu-
mento on-line). Os sindicatos atuarão nos chamados conflitos trabalhistas, 
que são aqueles surgidos entre empregados e empregadores, decorrentes de 
insatisfação com as circunstâncias fáticas, econômicas, jurídicas ou de outros 
vieses oriundos da relação de trabalho. Ao contrário do que se poderia pensar, 
os conflitos trabalhistas são um importante meio de desenvolvimento das 
relações trabalhistas e implemento de melhores condições de trabalho, pois 
obrigarão empregados e empregadores a encontrar soluções para as suas 
divergências, sejam essas de natureza econômica ou jurídicas. 
Uma vez que tais conflitos permitem a evolução das relações trabalhistas, 
é possível concluir que eles atuarão como fonte de Direito. Conforme leciona 
Maurício Godinho Delgado, as “[…] fontes do Direito consubstanciam a ex-
pressão metafórica para designar a origem das normas jurídicas” (DELGADO, 
2017, p. 146). Tais fontes se dividem em fontes materiais e fontes formais, 
a depender da concepção. Enquanto as fontes materiais constituem-se nos 
Dissídio coletivo 3
fatores políticos, econômicos, sociológicos ou filosóficos, as fontes formais 
representam a “[…] exteriorização final das normas jurídicas, os mecanismos 
e modalidades mediante os quais o Direito transparece e se manifesta” 
(DELGADO, 2017, p. 148). A distinção entre fontes materiais e formais para de-
signar o origem do Direito e a sua forma de exteriorização, respectivamente, 
é mais facilmente encontrável na doutrina e jurisprudência.
Entre as diversas fontes de Direito do Trabalho, destacam-se as sentenças 
normativas, que decorrem da atribuição constitucional de competência ao 
Poder Judiciário de fixar regras jurídicas trabalhistas nos processos de dissídio 
coletivo. Nos dizeres de Maurício Godinho Delgado, a “[…] sentença normativa 
estrutura um espectro de normas gerais, abstratas, impessoais, obrigatórias, 
como resultado de um único e específico processo posto a exame do tribunal 
trabalhista para aquele preciso e especificado fim, no exercício de função 
típica e tradicional do Poder Legislativo (e não do Judiciário)” (DELGADO, 2017, 
p. 169–170).
As fontes de Direito, materiais e formais, foram estudadas pro-
fundamente por Rubens Limongi França, professor catedrático 
da Universidade de São Paulo (USP) no século passado. Em artigo intitulado 
“Das formas de expressão do direito”, recentemente publicado na “Coleção 
doutrinas essenciais”, da Revista dos Tribunais, é possível se aprofundar no 
estudo realizado pelo eminente jurista. 
Rodolfo Pamplona Filho e Tercio Roberto Peixoto Souza afirmam que 
“[...] os dissídios coletivos são relações jurídicas formais, de competência 
originária dos Tribunais, destinadas à elaboração de normas gerais. Confia-se, 
assim, à jurisdição a função de criar direito novo, como meio de resolver as 
controvérsias dos grupos coletivos em conflito” (PAMPLONA FILHO; SOUZA, 
2020, p. 1246). Não se pode confundir os dissídios coletivos com as chamadas 
ações plúrimas, em que há um litisconsórcio na ação individual, com diversos 
reclamantes em face de um mesmo reclamado ou mais reclamados. Enquanto 
no dissídio coletivo há uma finalidade específica decorrente do interesse de 
uma coletividade, na ação plúrima cada reclamante é considerado individual-
mente em relação aos direitos pleiteados. 
Dissídio coletivo4
A jurisdição coletiva, representada no dissídio coletivo, terá por finalidade 
a constituição de sentenças normativas e a extensão ou a revisão de regula-
mentos coletivos existentes. Dadas as finalidades distintas entre o dissídio 
individual e o coletivo, os procedimentos diferem entre si e se justificam na 
medida em que os efeitos são significativamente diferentes. No processo 
individual, os efeitos da jurisdição são oponíveis apenas entre os sujeitos 
individualizados na relação jurídica processual. Na demanda coletiva se estará 
em frente a um efeito normativo, com alcance, inclusive, face aqueles que não 
participaram do dissídio individual. Isso porque, via de regra, participam da 
relação processual da demanda coletiva uma das categorias de empregadores 
ou empregados, as quais estarão representando toda aquela coletividade. 
Enquanto o dissídio individual tem um amplo regramento que lhe disciplina, 
a demanda coletiva se socorre das regras dos processos individuais.
Procedimento do dissídio coletivo
A justiça do trabalho, inicialmente, julgava apenas demandas coletivas que 
versavam sobre reajustes salariais decorrentes da corrosão inflacionária, e 
o Decreto-Lei nº 1.237, de 2 de maio de 1939, permitia a instauração de ofício 
das demandas coletivas em caso de suspensão do trabalho, conforme seu 
art. 57. Funcionando como um moderador de interesses entre o capital e 
o trabalho, o juiz do trabalho passou, ao longo do tempo, a julgar outros 
demandas proletárias, além de interesses econômicos. 
O dissídio coletivo é o processo por meio do qual se solucionarão confli-
tos coletivos por sentença judicial, que criará, ou modificará, determinadas 
condições de trabalho. A justiça do trabalho também poderá ser instada a 
dar interpretação a determinada norma legal ou convencional. Considerando 
que se discutem interesses de grupos de trabalhadores e empregadores, 
devidamente representados por suas entidades de classe, são os interesses 
coletivos que serão julgados, não s interesses individuais. Será da justiça 
do trabalho, por exemplo, o dever de julgar a ilegalidade ou abusividade de 
determinada greve.
Com a competência para declarar a existência ou inexistência da relação 
jurídica, de criar, extinguir ou modificar condições de trabalho, a Justiça do 
Trabalho é usada quando os sindicatos não conseguem negociar ou quando 
surge impasse intransponível. A sentença do dissídio coletivo, denominada 
sentença normativa, terá o condão de criar direito em substituição a eventuais 
acordos ou convenções coletivas anteriores. 
Dissídio coletivo 5
Os Tribunais Regionais do Trabalho têm entendido que os autores 
das ações coletivas têm o dever de juntar cópias dos acordos ou 
convenções coletivas vigentes, devidamente depositados junto ao Ministério 
do Trabalho (atualmente denominado Secretaria Especial de Previdência e 
Trabalho), sob pena de não recebimento da petição inicial.
A competência originária para processar e julgar os dissídios coletivos é 
dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) da base territorial dos sindicatos 
em conflito. Quando a base territorial ultrapassar a jurisdição de determinado 
Tribunal Regional do Trabalho, ela será da competência do Tribunal Superior do 
Trabalho (TST). No TST, a competência para o julgamento dos dissídios coletivos 
é da Seção de Dissídios Coletivos, conforme art. 2º da Lei nº 7.701, de 21 de 
dezembro de 1988, pois a competência era do Pleno do TST anteriormente.
Sérgio Pinto Martins salienta que, no Estado de São Paulo, em que 
há dois TRTs, a competência será do TRT da 2ª Região (São Paulo)caso a base territorial dos sindicatos abranja mais de uma região; entretanto, 
se a base territorial dos sindicatos estiver dentro da jurisdição exclusiva do TRT 
da 15ª Região (Campinas), será exclusivamente deste a competência (MARTINS, 
2016). Usualmente será designada uma turma especializada para o julgamento 
dos dissídios coletivos nos Tribunais divididos em turmas, mas competirá ao 
Pleno nos Tribunais, que assim não são divididos. 
Segundo Sérgio Pinto Martins, o “[...] poder normativo é a competência 
atribuída à Justiça do Trabalho para estabelecer normas e condições de 
trabalho nos dissídios coletivos” (MARTINS, 2016, p. 918). O art. 94 do Decreto-
-Lei nº 1.237/1939 previa que, na falta de disposição expressa de lei ou de 
contrato, as decisões da Justiça do Trabalho deverão fundamentar-se nos 
princípios gerais de direito, na equidade, buscando harmonizar o interesse 
dos litigantes com os interesses sociais, impedindo que os interesses privados 
se sobrepusessem aos públicos. 
Foi a Constituição de 1946 que, pela primeira vez, prescreveu que a lei 
iria regulamentar os casos em que as sentenças normativas teria a possibi-
lidade de estabelecer regras para as relações trabalhistas (art. 123). Embora 
Dissídio coletivo6
a Constituição de 1969 tenha repetido a possibilidade da sentença normativa 
estabelecer regras para as relações de trabalho, o que seria estabelecido 
por lei específica, não se chegou a confeccionar a lei que regulamentaria a 
possiblidade. A Constituição Federal de 1988 dispensou a necessidade de 
regulamentação posterior, conforme redação constante no parágrafo 2º do 
art. 114 da CF:
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, 
é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza 
econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as dis-
posições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas 
anteriormente. (BRASIL, 1988, documento on-line).
Além dos limites impostos pela CF ao prescrever a separação de poderes, 
em que não poderá a Justiça do Trabalho disciplinar em vedação à proprie-
dade privada, à livre concorrência, à função social da propriedade privada 
e à valorização do trabalho humano, a Reforma Trabalhista, Lei nº 13.467, 
de 13 de julho de 2017, alterou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, 
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943), prescrevendo as matérias que 
poderão ser negociadas pelas entidades sindicais (art. 611-A) e os conteúdos 
expressamente vedados (art. 611-B), o que impedirá a discussão de matérias 
vedadas previstas na CLT (art. 611-B).
O prazo para a instauração do dissídio coletivo será nos 60 dias anteriores 
ao término de vigência da convenção, acordo ou sentença normativa em 
vigor quando do ajuizamento, sob pena de a sentença normativa não retro-
ceder ao dia seguinte à perda de vigência da norma coletiva anterior. O prazo 
prescrito no art. 616, § 3º, da CLT tem a finalidade de evitar a inexistência de 
normatividade específica pelo impasse de negociação ou recusa de alguma 
das entidades sindicais. 
O dissídio coletivo, no caso de atividades essenciais, poderá ser instaurado 
a requerimento do Ministério Público do Trabalho (MPT) em caso de greve, 
nos termos do art. 114, § 3º da CF. O ajuizamento da ação ex officio decorre da 
cumulação do art. 856 da CLT combinado com o art. 8º da Lei nº 7.783, de 28 
de junho de 1989. Usualmente, porém, as ações coletivas são ajuizadas pelas 
entidades sindicais, haja vista a previsão constitucional de sua intervenção 
conforme art. 8º da Carta Magna. Quando não houver entidade profissional 
ou econômica na base territorial, terá a respectiva federação nacional a 
legitimidade ativa para a proposição da ação de dissídio coletivo.
A ação deverá ser ajuizada na forma escrita, e a petição inicial deve obser-
var o regramento do Código de Processo Civil (CPC) quanto aos requisitos (art. 
Dissídio coletivo 7
319, CPC), aqui usado subsidiariamente. Dirigida ao presidente do TRT, con-
forme art. 856 da CLT, a petição inicial deverá informar os suscitados na ação 
(art. 858, CLT), informando os motivos do dissídio e as bases para conciliação 
(art. 858, b, CLT). Não há a necessidade de procuração pelo sindicato, posto 
que esse representa a categoria por prescrição constitucional, mas deverá 
ser comprovada a autorização de seus afiliados pela ata da assembleia geral 
da categoria do sindicato, com a demonstração de que a negociação coletiva 
ou arbitragem restaram frustradas. Há a necessidade, ainda, de comprovação 
das normas coletivas em vigor, juntando-se acordo, convenção ou sentença 
normativa atual.
Sérgio Pinto Martins afirma que é necessário indicar as pretensões cole-
tivas aprovadas em assembleia de categoria profissional, apontando o que 
impediu a negociação coletiva e apresentando as reivindicações em forma 
de cláusula de cada um dos pedidos, justificando cada uma das cláusulas 
motivadamente (MARTINS, 2016). Autuada a petição inicial, as partes serão 
intimadas a comparecer para audiência de conciliação o mais breve possível, 
dentro do prazo de 10 dias, conforme art. 860 da CLT. Necessariamente, o MPT 
será intimado a intervir no processo.
O representante do empregador ou da entidade sindical, acompanhado 
de seus respectivos advogados, comparecerá à audiência de conciliação e 
negociará, podendo o magistrado que preside o ato apresentar aos interes-
sados uma solução intermediária que, aceita pelas partes, será submetida 
à primeira sessão do Tribunal para homologação, nos temos do art. 863 da 
CLT. O acordo realizado pelas partes em audiência, a ser submetido à sessão 
do Tribunal para homologação, não comporta recurso pelas partes, salvo se 
forem excluídas cláusulas negociadas.
Inexistindo acordo entre as partes, ou não comparecendo alguma delas 
à audiência de conciliação designada, o dissídio coletivo será submetido à 
sessão da Turma responsável pelo julgamento para a apreciação. Nos dis-
sídios coletivos não se consideram os efeitos da revelia, posto que se trata 
da criação ou modificação de norma jurídica. Embora a CLT não prescreva 
a possibilidade de contestação pelas entidades suscitadas (sindicatos de 
empregadores reclamados, por exemplo), a apresentação de contestação 
é recomendável e esperada, pois, na defesa, poderão ser propostos termos 
de solução alternativos ou ser impugnados os termos propostos pelo autor 
do dissídio coletivo. 
Dissídio coletivo8
Na contestação não há uma instrução tal qual no dissídio individual, 
posto que o art. 864 da CLT prescreve a possibilidade de realização 
de diligências (como a pesquisa sobre índices inflacionários, por exemplo). 
Da audiência contestada, o processo será submetido à sessão do Tribunal 
e será julgado, gerando uma sentença normativa (acórdão, conforme art. 204 
do CPC, que é designado como sentença coletiva nos dissídios normativos). 
A sentença normativa devidamente publicada criará, ou modificará, direitos 
aplicáveis às relações trabalhistas daquela categoria profissional naquela 
base territorial durante o próximo período de tempo — usualmente um ano, 
limitado a dois —, conforme proposto no dissídio coletivo.
Modalidades de dissídio coletivo
O ajuizamento de um dissídio coletivo decorre da impossibilidade de ne-
gociação coletiva entre as categorias profissionais e econômicas, em que 
há a necessidade de harmonizar os conflitos trabalhistas decorrentes de 
insatisfação com as circunstâncias fáticas, econômicas, jurídicas ou de outros 
vieses oriundos da relação de trabalho. Os dissídios coletivos são classifica-
dos, basicamente, em duas modalidades, conforme os conflitos que deram 
origem à ação: os conflitos econômicos (ou de interesse) e os conflitos de 
natureza jurídica.
Os conflitos de natureza econômica, ou de interesse, são aqueles em que 
os trabalhadores reivindicam novas e melhores condições de trabalho, assim 
como condições salariais (MARTINS, 2016). Afirma Delgadoque, nos conflitos 
de natureza econômica “[…] a divergência abrange reivindicações econômico-
-profissionais dos trabalhadores, ou pleitos empresariais perante aqueles, 
visando alterar condições existentes na respectiva empresa ou categoria” 
(DELGADO, 2017, p. 1466). Nesta espécie de conflito a ser decidido no dissídio 
coletivo, haverá a criação ou modificação de uma norma, convenção, acordo 
ou sentença normativa (MARTINS, 2016). 
Dissídio coletivo 9
Segundo alguns doutrinadores, apenas existiria essa espécie de dissídio 
coletivo, posto que o art. 114, § 2º, da CF refere apenas os dissídios de natureza 
econômica, como consta no dispositivo legal: 
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, 
é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza 
econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as dis-
posições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas 
anteriormente. (BRASIL, 1988, documento on-line, grifo nosso).
Apesar disso, está superada a compreensão de que apenas se poderia 
ajuizar ação para a discussão de conflitos de natureza econômica. Observe, no 
seguinte julgado, que o TRT examina os conflitos econômicos objetivamente 
trazidos ao Poder Judiciário:
EMENTA DISSÍDIO COLETIVO ORIGINÁRIO. Deferimento parcial dos pedidos que se 
encontram em consonância com os entendimentos majoritários desta Seção de 
Dissídios Coletivos, dos Precedentes deste Tribunal e dos Precedentes Normativos 
do TST ou por serem razoáveis. Indeferimento das demais pretensões pela ausência 
de indicadores econômicos objetivos ou por tratarem de matéria regulada na legis-
lação ou própria para acordo entre as partes. (BRASIL, 2020, documento on-line).
Os conflitos de natureza jurídica, ou de direito, por sua vez, são aqueles 
em que há divergência na aplicação ou interpretação de determinada norma 
jurídica. Os conflitos de natureza jurídica se referem à interpretação de deter-
minadas normas jurídicas e/ou contratuais, o que levará à discussão, entre as 
categorias profissional e econômica, sobre a sua aplicação. Para Nascimento, 
a finalidade do dissídio de natureza jurídica “[…] não é a obtenção, mas a 
declaração sobre o sentido de um contrato coletivo ou de uma ou mais de 
uma cláusula de um contrato coletivo ou a execução de uma norma que o 
empregador não cumpre […]” (NASCIMENTO, 2009, p. 432).
O art. 114, § 2º, da CF, traz em sua redação a ideia de que que haveria a 
necessidade de mútuo consentimento para o ajuizamento da ação de dissídio 
coletivo, o que leva muitas entidades patronais a contestar o dissídio coletivo, 
postulando a extinção da ação em razão da ausência desta concordância. 
Segundo esse entendimento, que se fundamentaria na CF, surgido o impasse na 
negociação coletiva, não poderia o outro sindicato ajuizar o dissídio coletivo. 
Observe a interpretação dada pelos Tribunais: 
Dissídio coletivo10
EMENTA DISSÍDIO COLETIVO REVISIONAL. PRELIMINARMENTE. AUSÊNCIA DE COMUM 
ACORDO. Comprovadas nos autos as tentativas de negociação e não logrando êxito 
a autocomposição dos interesses coletivos, têm as partes a faculdade de ajuizar 
ação de dissídio coletivo. A exegese do texto constitucional é no sentido de que o 
poder constituinte derivado consagrou mera faculdade ao tratar do consenso das 
partes na proposição da ação coletiva de natureza econômica. Na hipótese, como 
no caso em análise, em que é buscada a conciliação entre as partes (negociação 
prévia), mas esta não é alcançada, é possível o ajuizamento do dissídio coletivo de 
natureza econômica por quaisquer das entidades sindicais, sob pena de se eliminar 
o direito constitucional de ação previsto como norma pétrea no inciso XXXV do 
art. 5º da Constituição Federal. JULGAMENTO CLÁUSULA A CLÁUSULA. Parcialmente 
deferidos os pedidos que se encontram em consonância com os entendimentos 
majoritários da Seção de Dissídios Coletivos, dos Precedentes deste Tribunal e dos 
Precedentes Normativos do TST. Indeferidos os demais pedidos visto que são maté-
rias próprias para acordo ou reguladas por lei. (BRASIL, 2020, documento on-line). 
Os Tribunais têm entendido, conforme inteligência do dispositivo cons-
titucional, que as entidades sindicais poderão ajuizar o dissídio coletivo 
por mútuo consentimento, ou seja, pactuando que se socorrerão do Poder 
Judiciário para decidir eventual impasse negocial. Entretanto a compreensão 
de que a entidade sindical poderia ajuizar o dissídio coletivo apenas mediante 
a concordância da outra parte consistiria em vedação de acesso à justiça, 
cujo direito fundamental vem prescrito no art. 5º, XXXV, da CF, em que “a lei 
não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.
Referências
BRASIL. Constituição (1998). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
Brasília: Presidência da República, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 21 nov. 2020.
BRASIL. Tribunal Regional do Trabalho (4ª Região). Seção de Dissídios Coletivos. 0021330-
90.2018.5.04.0000 DC. Desembargador Luiz Alberto de Vargas. Julgamento em: 12 ago. 
2020. JusBrasil, set. 2020. Disponível em: https://trt-4.jusbrasil.com.br/jurispruden-
cia/906317318/dissidio-coletivo-dc-213309020185040000. Acesso em: 21 nov. 2020.
BRASIL. Tribunal Regional do Trabalho (4ª Região). Seção de Dissídios Coletivos. 0020872-
39.2019.5.04.0000 DC. Desembargador Claudio Antonio Cassou Barbosa. Julgamento 
em: 16 mar. 2020. JusBrasil, abr. 2020. Disponível em: https://trt-4.jusbrasil.com.br/
jurisprudencia/822179692/dissidio-coletivo-dc-208723920195040000. Acesso em: 21 
nov. 2020.
DELGADO, M. G. Curso de direito do trabalho. 17. ed. São Paulo: LTR, 2017.
LEITE, C. H. B. Curso de direito do trabalho. 8. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2017.
MARTINS, S. P. Direito processual do trabalho. 38. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
NASCIMENTO, A. M. Iniciação ao direito do trabalho. 40. ed. São Paulo: LTr, 2015.
NASCIMENTO, A. M. Compêndio do direito sindical. 6. ed. São Paulo: LTr, 2009.
Dissídio coletivo 11
NASCIMENTO, A. M.; FERRARI, I.; MARTINS FILHO, I. G. da S. (org.). História do trabalho, 
do direito do trabalho e da justiça do trabalho. São Paulo: LTr, 1998. 
PAMPLONA FILHO, R.; SOUZA, T. R. P. Curso de direito processual do trabalho. 2. ed. São 
Paulo: Saraiva Educação, 2020.
Leituras recomendadas
SUSSEKIND, A. Curso de direito do trabalho. 3. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2010.
TEIXEIRA FILHO, M. A. O processo do trabalho e a reforma trabalhista: as alterações 
introduzidas no processo do trabalho pela Lei 13.467/2017. São Paulo: LTr, 2017.
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Dissídio coletivo12
Dica do professor
Alguns empregadores receiam que as normas coletivas negociadas sejam incorporadas aos 
contratos de trabalho de seus empregados e não possam mais ser retiradas, tal como acontece no 
contrato individual do trabalho, em que o empregador concede uma vantagem por mera 
liberalidade.
No entanto, as sentenças normativas respeitam uma ultratividade mitigada, que permite que se 
concedam direitos aos trabalhadores por tempo limitado, conforme previsto na Súmula nº 277 do 
Tribunal Superior do Trabalho.
Confira, nesta Dica do Professor, as teorias sobre a aderência da norma coletiva ao contrato de 
trabalho.
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Exercícios
1) O trabalho foi considerado indigno por longo período na história da humanidade.
Sobre o trabalho, é correto afirmar que:
A) o legislador brasileironão considera o trabalho como um valor fundamental, deixando de 
prescrever normas a esse respeito.
B) o trabalho fundamenta sua importância na Constituição Federal de 1988 em mais de um 
dispositivo.
C) a Constituição Federal de 1988 não versa sobre o trabalho humano, deixando para a 
legislação infraconstitucional tratar.
D) o ordenamento jurídico brasileiro deixa que os sindicatos regulem as relações de trabalho, 
não dispondo em lei sobre elas.
E) no plano internacional, não se trata do trabalho humano, pois cada país deve tratar na melhor 
forma que entender sobre a matéria.
2) O desenvolvimento social está diretamente ligado à melhoria das condições de trabalho na 
sociedade. 
Assim, pode-se afirmar que: 
A) os sindicatos têm o dever constitucional de representar seus afiliados na defesa de melhores 
condições de trabalho.
B) os sindicatos devem fiscalizar as condições de trabalho de seus afiliados, mas não podem 
negociar melhorias de suas condições laborais.
C) os sindicatos de trabalhadores não podem negociar diretamente com as empresas de seus 
afiliados.
D) os sindicatos de empregadores poderão se recusar a negociar com os sindicatos de 
empregados.
E) a negociação coletiva não poderá ser recusada pelos sindicatos de empregadores, mas os 
sindicatos de empregados podem recusar.
3) As normas coletivas poderão consistir em acordos, em convenções ou em sentenças 
normativas.
Sobre isso, assinale a alternativa correta:
A) A convenção coletiva é uma fonte heterônoma de direito.
B) O acordo coletivo é uma fonte heterônoma de direito.
C) A sentença normativa não cria direitos.
D) A sentença normativa é fonte autônoma de direito.
E) A convenção coletiva cria direitos.
4) Os dissídios coletivos tramitam no Poder Judiciário. 
Assim, observando as regras processuais sobre a matéria, pode-se afirmar que:
A) os sindicatos dependem de mútuo consentimento para pleitear em juízo a negociação coletiva 
pelo dissídio coletivo.
B) os sindicatos dos empregados poderão ajuizar dissídio coletivo e a ausência do sindicato dos 
empregadores irá gerar a sua revelia e confissão.
C) os dissídios coletivos não admitem a revelia e a confissão dos suscitados, pois se trata de 
matéria em abstrato a ser apreciada pelo Judiciário.
D) a lei prescreve expressamente a confissão e a revelia da entidade sindical ou da empresa que 
não comparecer na ação de dissídio coletivo. 
E) o demandado na ação de dissídio coletivo não poderá contestar a ação, pois não há previsão 
legal para contestação.
5) As regras do dissídio coletivo são escassas na CLT, usando-se as regras de dissídio individual 
subsidiariamente. 
É correto se afirmar que:
A) o processo tramitará em primeiro grau de jurisdição.
B) a primeira audiência será marcada dentro do prazo de 10 dias.
C) não haverá audiências marcadas nessa espécie de procedimento.
D) o processo não terá audiência de conciliação.
E) o processo tramitará na Vara do Trabalho local.
Na prática
As dificuldades financeiras das empresas têm servido como fator impeditivo para o avanço de 
conquistas trabalhistas nos últimos anos. Entretanto, as entidades sindicais e os empregadores têm 
a obrigação de participar das negociações coletivas em razão da função social das empresas e da 
participação de seus trabalhadores nos rumos da atividade econômica.
Veja, neste Na Prática, a conduta de uma empresa metalúrgica, sediada no Estado de São Paulo, 
que se recusava a participar de negociação coletiva. Observe que o Tribunal Regional do Trabalho 
adotou postura contundente com a empresa que se recusava a participar da negociação.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja a seguir as sugestões do professor:
O poder normativo e a consolidação da justiça do trabalho 
brasileira: a história da jurisprudência sobre o direito coletivo 
do trabalho
A Justiça do trabalho serve como importante instância intermediária nas tensões entre empregados 
e empregadores, ao harmonizar seus interesses e criar o direito. Leia no artigo a seguir uma análise 
sobre o poder normativo da Justiça do Trabalho, segundo Alisson Droppa.
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Proposta de acordo coletivo de trabalho 2018/2019
As entidades sindicais devem submeter a seus afiliados a proposta que negociarão com as 
entidades patronais. Veja a proposta de acordo coletivo apresentada pelo Sindicato dos 
Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino Privado da Paraíba para os anos 2018/2019.
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Prevalência do negociado sobre o legislado: limites e 
possibilidades
Assista, no vídeo a seguir, a uma entrevista com a Juíza do Trabalho Andrea Pasold, para a Justiça 
do Trabalho na TV, sobre a prevalência do negociado entre as partes e o legislado. Veja como a 
Reforma Trabalhista alterou a legislação nacional. 
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