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CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO EDILIANE RODRIGUES MALTA- 8132725 DIREITO COMERCIAL E EMPRESARIAL São Miguel do Guaporé 2022 Descrição da atividade Com base nas leituras propostas, através de uma dissertação, responda às questões a seguir: Em que contexto surgiu o Direito Comercial? Quais as principais distinções entre a Teoria dos Atos de Comércio e a Teoria da Empresa? Em sua opinião, qual das duas teorias, melhor se adequa ao atual contexto das organizações dentro de um contexto de mundialização e novas tecnologias? O Direito Comercial surgiu na idade média com o aparecimento das corporações de ofício também conhecidas como guildas, as guildas regulamentavam e protegiam as atividades relacionadas ao comércio, e com isso tinham o poder de fazer leis, e executá-las caso houvesse o descumprimento de tais. Como as guildas se instalavam geralmente em palácios e junto às catedrais, se tornavam centro das cidades da europa, que viviam um momento de reurbanização, graças ao movimento de comércio que as guildas causavam. Com isso o direito comercial se via obrigado a regular cada vez mais, várias espécies de contratos de sociedades que surgiam. No século 17 e 18 os Estados tentando mostrar poder, apanharam muitas responsabilidades das guildas, com o objetivo de também guardas lucros para si. Porém no século 19 a intervenção do Estado na atividade comercial foi rejeitada pela economia,então o estado abandonou sua postura de regulamentador, atentando aos desejos da crescente burguesia, então para que o comércio se mantivesse de pé sem interferência das guildas e do Estado, foi então estabelecido o código de comércio de 1806 pela França, e foi este que deu tratamento jurídico-científico ao Direito Comercial, e assim se tornou o direito de todo os que praticam atos de comércio. Os atos de comércio eram os caracterizadores da mercantilidade dos negócios realizados pelos mercadores. Eles têm origem na França, com o Código Napoleônico, no auge do liberalismo, os atos de comércio eram definidos pelo caráter da mercantilidade, tendo o objeto da ação do sujeito, e não ele como principal agente para a prática desses atos. Desta forma, tanto a legislação da época, quanto a doutrina não enfrentaram a tarefa de definir o comerciante. Todos os cidadãos poderiam realizar a atividade econômica, desde que seus atos estivessem previstos em lei. Assim, a qualificação do comerciante não tinha mais sua importância no sujeito da ação, mas na prática de atos denominados comerciais. Em 1942 a Teoria da Empresa possuía bases principiológicas para abarcar as diversas atividades econômicas existentes. Nesse sentido, a empresa é conceituada como uma relação entre a atividade econômica final de uma organização, a alocação de recursos e trabalho e a assunção de riscos dessa atividade econômica. Observa-se portanto a mudança de tratamento do direito comercial sobre a atividade econômica em si, ao invés de um rol exemplificativo de atos comerciais. Dessa forma, a Teoria da Empresa foi se adaptando aos contextos econômicos de cada época e, com isso, especializando ainda mais suas definições de empresa. Por exemplo, no nosso contexto atual é importante pensar nos contornos jurídicos do empreendedor individual, fato jurídico que não existia até alguns anos atrás, mas se torna relevante no contexto socioeconômico atual. No cenário atual a teoria que melhor se enquadra nesse mundo globalizado e que cada dia mais se atualiza a novas e mais qualificadas tecnologias, no nosso ordenamento jurídico e comercial é a Teoria das Empresas pois ela abrange concepções e direitos mais atualizados que se enquadram perfeitamente com os direitos proporcionados a todos os que desejam e podem ser comerciantes.
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