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FÍSICA I PRÉ-VESTIBULAR 267SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO 10 CINEMÁTICA ANGULAR GRANDEZAS ANGULARES No estudo da cinemática angular, os conceitos fundamentais como espaço, velocidade e aceleração serão redefinidos para adaptação à realidade angular. ESPAÇO ANGULAR (θ) Suponha que o ponto P da figura a seguir esteja realizando um movimento circular. Sua posição pode ser determinada através do espaço S que ele percorreu. Como se trata de um movimento circular, também podemos obter sua localização através do ângulo percorrido, que consiste no ângulo central da circunferência correspondente ao arco S. As unidades do espaço angular serão as mesmas utilizadas na medição de ângulos, basicamente, graus e radianos. Será mais frequentemente encontrada e utilizada a unidade radiano (rad), pois se relaciona mais simplesmente com metros (m). Radiano Um radiano é a medida do ângulo central θ, tal que determina sobre a circunferência um arco AB de comprimento igual ao raio da circunferência. Dessa forma, com base na figura abaixo, concluímos que o ângulo θ será igual a 1 rad caso o arco AB seja igual a R. 1rad R S = ∆θ ∆ O espaço angular pode ser obtido em função do espaço S, por uma expressão matemática. Sendo S o arco correspondente do ângulo ϕ e R o raio da circunferência, teremos: � S R ϕ = Logo: ∆S = ∆θ · R VELOCIDADE ANGULAR: MÉDIA (ΩM) E INSTANTÂNEA (Ω) Na cinemática escalar definimos a velocidade média como sendo a variação do espaço angular sobre a variação do tempo. A velocidade angular média se refere à variação do ângulo central. Dessa forma, a velocidade angular média consiste em: m t ∆θ ω = ∆ Unidade no S.I.: rad/s Ao fazer uma analogia com a cinemática escalar, veremos que a velocidade angular instantânea será dada pela fórmula: m lim t ∆θ ω = ∆t 0∆ → Pode-se tirar uma relação que envolva a velocidade linear e a velocidade angular: S Rv t t ∆ ∆θ⋅ = = ∆ ∆ Como t ∆θ ω = ∆ , teremos v R= ω⋅ ACELERAÇÃO ANGULAR: MÉDIA (∆M) E INSTANTÂNEA (∆) A aceleração angular média é definida como: m t ∆ω α = ∆ Unidade no S.I.: rad/s2 Já a aceleração angular instantânea, seguindo a regra, é dada por: lim t ∆ω α = ∆ t 0∆ → Como pôde ser verificado, todas as grandezas angulares podem ser obtidas através dos valores das grandezas lineares, sendo que basta dividir essa pelo raio da circunferência. PRÉ-VESTIBULAR268 FÍSICA I 10 CINEMÁTICA ANGULAR SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO Resumo das Relações Grandeza Linear = Grandeza Angular x Raio S = θ · r V = ω · r a = γ · r PERÍODO (T) E FREQUÊNCIA (F) A maioria dos problemas de movimento circular mencionam dois conceitos importantes: período e frequência. Certos fenômenos são chamados de periódicos, pois se repetem sempre em intervalos de tempo iguais. Em um movimento periódico, define- se como período (T) o menor tempo para que esse fenômeno se repita. No caso mais específico do movimento circular, o período será o tempo necessário para que a partícula complete uma volta. A unidade do período, no SI, é o segundo (s). o tT n de voltas ∆ = A frequência (f) de um movimento consiste no número de vezes que um dado fenômeno ocorre em uma unidade de tempo. O valor da frequência depende da unidade de tempo escolhida. No SI, a unidade de frequência é o hertz (Hz), que é o inverso do segundo (s-1), e que no movimento circular também recebe a denominação de rps (rotações por segundo). Outra unidade muito utilizada é o rpm (rotações por minuto). Para a conversão de rpm para Hz podemos utilizar uma regra de três: on de voltasf t = ∆ Nº DE VOLTAS TEMPO (s) 1 Hz 1 1 rpm 60 A relação entre período e frequência também pode ser obtida a partir de uma regra de três: Nº DE VOLTAS TEMPO 1 T f 1 f ⋅ T = 1 T = 1/f Logo: 1f T = A frequência é dada pelo inverso do período. Para exemplificar período e frequência lembre-se do movimento de rotação do planeta Terra. A Terra leva em torno de 24 horas para completar 1 volta em torno do seu eixo, e repete periodicamente essa rotação. Logo o período de rotação da Terra é de 24 horas (T = 24 h) e a frequência é 1 volta a cada 24 horas ( 1(volta)f 24(horas) = ) ACELERAÇÃO CENTRÍPETA Para que um movimento circular possa existir é necessário que a direção da velocidade varie, isso é claro, pois se a direção permanecesse constante o movimento seria retilíneo. A aceleração centrípeta (direção radial apontando para o centro) provoca mudança na direção da velocidade, seu módulo é calculado por: 2 cp va R = MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME (MCU) É todo movimento de trajetória circular em que o módulo da velocidade é constante, percorrendo arcos de comprimentos iguais e varrendo ângulos iguais em iguais intervalos de tempo. V constante 0 e constante 0= ≠ ω = ≠ Direção do vetor velocidade: Sempre tangente à trajetória. Como todo movimento, o MCU possui a função horária do movimento que apresenta duas formas: linear e angular. A forma linear é a mesma da cinemática escalar: S = S0 + V · t Partindo desta expressão e dividindo cada termo pelo raio da circunferência, teremos a forma angular: 0 0 SS v t t R R R = + ⋅ → θ = θ + ω⋅ t ∆θ ω = ∆ Existem expressões que relacionam a velocidade angular com o período e a frequência. A velocidade angular é dada pela expressão: 2 T π ω = e 2 fω = π⋅ Considerando uma volta completa, sabe-se que ∆θ = 2π em radianos, e o tempo (T) é o período. PRÉ-VESTIBULAR 10 CINEMÁTICA ANGULAR 269 FÍSICA I SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO Gráficos no MCU Sinal de ω Gráfico de θ x t Gráfico de ω x t Por convenção anti-horário: positivo � > 0 � t tg(�) = � � + � � t Área = |��| ������ �� Por convenção sentido horário: negativo � < 0 � t tg(�) = |�| ����� � � - � t Área = |��| ������ �� MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORMEMENTE VARIADO (M.C.U.V.) O MCUV é um movimento circular cujo módulo da velocidade varia a uma taxa constante, essa variação é indicada pela aceleração tangencial. Não consiste em um movimento periódico e, dessa forma, os conceitos de período e frequência não podem ser aplicados. A aceleração resultante passa a ser a soma vetorial da aceleração tangencial e centrípeta. As equações utilizadas podem ser obtidas ao se fazer uma analogia com a cinemática escalar, substituindo cada grandeza linear pela grandeza angular correspondente. Exemplo: 0 0 (forma linear) (forma angular) v v a t t= + ⋅ → ω = ω + α ⋅ 2 2 0 0 0 0 at tS S v t t 2 2 α = + + → θ = θ +ω + 2 2 2 2 0 0v v 2a S 2= + ∆ → ω = ω + α∆θ TRANSMISSÃO DE MOVIMENTO ACOPLAMENTO TANGENCIAL Em uma bicicleta, duas rodas dentadas são ligadas por uma corrente com o objetivo de que ambas possuam a mesma velocidade linear, isto é, que percorram arcos iguais em tempos iguais para o bom funcionamento da bicicleta. Na Física, chamamos este fenômeno de transmissão de movimento. Ele ocorre quando duas circunferências (rodas, discos, polias etc.) estão juntas ou ligadas por uma corrente ou correia. Em ambos os casos, exemplificados nas figuras a seguir, a velocidade linear é igual em todas as rodas interligadas. Apesar das velocidades lineares serem iguais em módulo as velocidades angulares são diferentes, isso ocorre pois os raios dos discos são diferentes, veja abaixo a relação entre essas grandezas: VA = VB A A B BR Rω ⋅ = ω ⋅ Como 2 fω = π⋅ e 2 T π ω = , teremos: A B A B R R T T = e A A B Bf R f R⋅ = ⋅ ACOPLAMENTO COAXIAL Quando dois discos estão presos pelos seus centros, o movimento é transmitido de maneira sincronizada, com os dois executando as voltas simultaneamente, portanto: A Bω = ω A B A B A B A B f f T T V V R R = = = PRÉ-VESTIBULAR270 FÍSICA I 10 CINEMÁTICA ANGULAR SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO O funcionamento de uma bicicleta segue o princípio básico da transmissão de movimento entre duas polias. Este é o mesmo princípio do funcionamento de engrenagens dentadas, como as de uma máquina de relógio. Neste caso, a relação entre o raio e a frequência de girodeve ser considerada. 01. Duas polias, A e B ligadas por uma correia têm 20 cm e 5 cm de raio, respectivamente. A polia A efetua 20 rpm. Assinale a alternativa que indica a frequência da polia B. a) 40 rpm b) 60 rpm c) 80 rpm d) 120 rpm e) 160 rpm Resolução: C Temos um acoplamento por polias Dados: ƒA = 20 rpm; RA = 20 cm; RB = 5 cm ƒA RA = ƒB RB 20 ⋅ 20 = ƒB ⋅ 5 ƒB 20.20 400 5 5 = = ƒB = 80 rpm EXERCÍCIO RESOLVIDO 02. (UNICAMP) As máquinas cortadeiras e colheitadeiras de cana-de-açúcar podem substituir dezenas de trabalhadores rurais, o que pode alterar de forma significativa a relação de trabalho nas lavouras de cana-de-açúcar. A pá cortadeira da máquina ilustrada na figura abaixo gira em movimento circular uniforme a uma frequência de 300 rpm. A velocidade de um ponto extremo P da pá vale. (Considere π ≈ 3) a) 9 m/s. b) 15 m/s. c) 18 m/s. d) 60 m/s. e) 120 m/s. Resolução: C Dados: � = 300 rpm = 5 Hz; �= 3; R = 60 cm = 0,6 m. ��60 ��60 rpm Hz x�60 A velocidade linear do ponto P é: V = ω ⋅ R = 2 π ƒ R → V = 2 ⋅ 3 ⋅ 5 .⋅ 0,6 v = 18 m/s PROTREINO EXERCÍCIOS 01. Um avião, antes de aterrissar no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão), faz uma curva no ar, mostrando aos passageiros a bela vista da Cidade Maravilhosa. Suponha que essa curva seja um círculo de raio 3000 m e que a aeronave trace essa trajetória com velocidade de módulo constante igual a 432,0 km·h-1 em relação ao solo. Aplicando seus conhecimentos sobre aceleração centrípeta calcule a aceleração da aeronave, em relação ao solo, em m/s² 02. Considere um carro que viaja em trajetória retilínea. Cada pneu desse veículo tem raio de 0,3 metros e gira em uma frequência de 900 rotações por minuto. Aplicando seus conhecimentos de M.C.U calcule a velocidade desse automóvel, aproximadamente. (Dados: considere π = 3.) 03. Um disco, do tipo DVD, gira com movimento circular uniforme, realizando 60 rpm. Calcule a velocidade angular dele, em rad/s. Resposta: ω = 2 · π rad/s 04. As engrenagens estão associadas conforme imagem abaixo: Sendo RA = 1,5 RB = 2RC a relação entre os raios de A, B e C e ƒA = 300 rpm a frequência de A, calcule a frequência de B e C, em Hz. PRÉ-VESTIBULAR 10 CINEMÁTICA ANGULAR 271 FÍSICA I SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO 05. O esquema abaixo representa uma bicicleta convencional. Considere os raios de A, B e R, respectivamente, iguais a 15,0 cm, 3,75 cm e 30 cm. Sabendo que um ciclista gira o pedal uma vez a cada segundo aplique seus conhecimentos sobre transmissão de movimento e calcule a velocidade dessa bicicleta, em m/s. (Dados: considere π = 3.) PROPOSTOS EXERCÍCIOS 01. (ENEM) Na madrugada de 11 de março de 1978, partes de um foguete soviético reentraram na atmosfera acima da cidade do Rio de Janeiro e caíram no Oceano Atlântico. Foi um belo espetáculo, os inúmeros fragmentos entrando em ignição devido ao atrito com a atmosfera brilharam intensamente, enquanto “cortavam o céu”. Mas se a reentrada tivesse acontecido alguns minutos depois, teríamos uma tragédia, pois a queda seria na área urbana do Rio de Janeiro e não no oceano. De acordo com os fatos relatados, a velocidade angular do foguete em relação à Terra no ponto de reentrada era a) igual à da Terra e no mesmo sentido. b) superior à da Terra e no mesmo sentido. c) inferior à da Terra e no sentido oposto. d) igual à da Terra e no sentido oposto. e) superior à da Terra e no sentido oposto. 02. (ENEM) Visando a melhoria estética de um veículo, o vendedor de uma loja sugere ao consumidor que ele troque as rodas de seu automóvel de aro 15 polegadas para aro 17 polegadas, o que corresponde a um diâmetro maior do conjunto roda e pneu. Duas consequências provocadas por essa troca de aro são: a) Elevar a posição do centro de massa do veículo tornando-o mais instável e aumentar a velocidade do automóvel em relação à indicada no velocímetro. b) Abaixar a posição do centro de massa do veículo tornando-o mais instável e diminuir a velocidade do automóvel em relação à indicada no velocímetro. c) Elevar a posição do centro de massa do veículo tornando-o mais estável e aumentar a velocidade do automóvel em relação à indicada no velocímetro. d) Abaixar a posição do centro de massa do veículo tornando-o mais estável e diminuir a velocidade do automóvel em relação à indicada no velocímetro. e) Elevar a posição do centro de massa do veículo tornando-o mais estável e diminuir a velocidade do automóvel em relação à indicada no velocímetro. 03. (ENEM) Um professor utiliza essa história em quadrinhos para discutir com os estudantes o movimento de satélites. Nesse sentido, pede a eles que analisem o movimento do coelhinho, considerando o módulo da velocidade constante. Desprezando a existência de forças dissipativas, o vetor aceleração tangencial do coelhinho, no terceiro quadrinho, é a) nulo. b) paralelo à sua velocidade linear e no mesmo sentido. c) paralelo à sua velocidade linear e no sentido oposto. d) perpendicular à sua velocidade linear e dirigido para o centro da Terra. e) perpendicular à sua velocidade linear e dirigido para fora da superfície da Terra. 04. (UFRGS) A figura apresenta esquematicamente o sistema de transmissão de uma bicicleta convencional. PRÉ-VESTIBULAR272 FÍSICA I 10 CINEMÁTICA ANGULAR SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO Na bicicleta, a coroa A conecta-se à catraca B através da correia P. Por sua vez, B é ligada à roda traseira R, girando com ela quando o ciclista está pedalando. Nesta situação, supondo que a bicicleta se move sem deslizar, as magnitudes das velocidades angulares, ωA, ωB, e ωR, são tais que a) ωA < ωB = ωR b) ωA = ωB < ωR c) ωA = ωB = ωR d) ωA < ωB < ωR e) ωA > ωB = ωR 05. (ENEM) Para serrar ossos e carnes congeladas, um açougueiro utiliza uma serra de fita que possui três polias e um motor. O equipamento pode ser montado de duas formas diferentes, P e Q. Por questão de segurança, é necessário que a serra possua menor velocidade linear. Por qual montagem o açougueiro deve optar e qual a justificativa desta opção? a) Q, pois as polias 1 e 3 giram com velocidades lineares iguais em pontos periféricos e a que tiver maior raio terá menor frequência. b) Q, pois as polias 1 e 3 giram com frequências iguais e a que tiver maior raio terá menor velocidade linear em um ponto periférico. c) P, pois as polias 2 e 3 giram com frequências diferentes e a que tiver maior raio terá menor velocidade linear em um ponto periférico. d) P, pois as polias 1 e 2 giram com diferentes velocidades lineares em pontos periféricos e a que tiver menor raio terá maior frequência. e) Q, pois as polias 2 e 3 giram com diferentes velocidades lineares em pontos periféricos e a que tiver maior raio terá menor frequência. 06. (UNICAMP) As agências espaciais NASA (norte-americana) e ESA (europeia) desenvolvem um projeto para desviar a trajetória de um asteroide através da colisão com uma sonda especialmente enviada para esse fim. A previsão é que a sonda DART (do inglês, “Teste de Redirecionamento de Asteroides Duplos”) será lançada com a finalidade de se chocar, em 2022, com Didymoon, um pequeno asteroide que orbita um asteroide maior chamado Didymos. O asteroide satélite Didymoon descreve uma órbita circular em torno do asteroide principal Didymos. O raio da órbita é r = 1,6 km e o período é T = 12 h. A aceleração centrípeta do satélite vale a) 8,0 × 10-1 km/h2 b) 4,0 × 10-1 km/h2 c) 3,125 × 10-1 km/h2 d) 6,667 × 10-2 km/h2 07. (UECE) Considere um carrossel que gira com velocidade angular tal que cada cavalo percorre duas voltas completas em 4π/3 segundos. Assim, a velocidade angular do carrossel, em radianos/s, é a) 4/3 b) 4π/3 c) 2π/3 d) 3 08. (FUVEST) Em uma fábrica, um técnico deve medir a velocidade angular de uma polia girando. Ele apaga as luzes do ambiente e ilumina a peça somente com a luz de uma lâmpada estroboscópica, cuja frequênciapode ser continuamente variada e precisamente conhecida. A polia tem uma mancha branca na lateral. Ele observa que, quando a frequência de flashes é 9 Hz, a mancha na polia parece estar parada. Então aumenta vagarosamente a frequência do piscar da lâmpada e só quando esta atinge 12 Hz é que, novamente, a mancha na polia parece estar parada. Com base nessas observações, ele determina que a velocidade angular da polia, em rpm, é a) 2.160 b) 1.260 c) 309 d) 180 e) 36 09. (UERJ) Em um equipamento industrial, duas engrenagens, A e B, giram 100 vezes por segundo e 6.000 vezes por minuto, respectivamente. O período da engrenagem A equivale a TA e o da engrenagem B, a TB. A razão A B T T é igual a: a) 1 6 b) 3 5 c) 1 d) 6 10. (UECE) Um disco, do tipo DVD, gira com movimento circular uniforme, realizando 30 rpm. A velocidade angular dele, em rad/s, é a) 30 b) 2 c) π d) 60π 11. (UFRGS) Em voos horizontais de aeromodelos, o peso do modelo é equilibrado pela força de sustentação para cima, resultante da ação do ar sobre as suas asas. Um aeromodelo, preso a um fio, voa em um círculo horizontal de 6 m de raio, executando uma volta completa a cada 4 s. Sua velocidade angular, em rad/s, e sua aceleração centrípeta, em m/s2, valem, respectivamente, a) π e 6π2 b) π/2 e 3π2/2 c) π/2 e π2/4 d) π/4 e π2/4 e) π/4 e π2/16 12. (UNICAMP) Anemômetros são instrumentos usados para medir a velocidade do vento. A sua construção mais conhecida é a proposta por Robinson em 1846, que consiste em um rotor com quatro conchas hemisféricas presas por hastes, conforme figura abaixo. Em um anemômetro de Robinson ideal, a velocidade do vento é dada pela velocidade linear das conchas. Um anemômetro em que a distância entre as conchas e o centro de rotação é r = 25 cm, em um dia cuja velocidade do vento é v = 18 km/h, teria uma frequência de rotação de Se necessário, considere π ≈ 3. a) 3 rpm b) 200 rpm c) 720 rpm d) 1200 rpm PRÉ-VESTIBULAR 10 CINEMÁTICA ANGULAR 273 FÍSICA I SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO 13. (ESPCEX) Duas polias, A e B, ligadas por uma correia inextensível têm raios RA = 60 cm e RB = 20 cm, conforme o desenho abaixo. Admitindo que não haja escorregamento da correia e sabendo que a frequência da polia A é fA = 30 rpm, então a frequência da polia B é a) 10 rpm b) 20 rpm c) 80 rpm d) 90 rpm e) 120 rpm 14. (EEAR) Duas polias estão acopladas por uma correia que não desliza. Sabendo-se que o raio da polia menor é de 20 cm e sua frequência de rotação f1 é de 3.600 rpm, qual é a frequência de rotação f2 da polia maior, em rpm, cujo raio vale 50 cm? a) 9.000 b) 7.200 c) 1.440 d) 720 15. (ENEM) A invenção e o acoplamento entre engrenagens revolucionaram a ciência na época e propiciaram a invenção de várias tecnologias, como os relógios. Ao construir um pequeno cronômetro, um relojoeiro usa o sistema de engrenagens mostrado. De acordo com a figura, um motor é ligado ao eixo e movimenta as engrenagens fazendo o ponteiro girar. A frequência do motor é de 18 rpm, e o número de dentes das engrenagens está apresentado no quadro. Engrenagem Dentes A 24 B 72 C 36 D 108 A frequência de giro do ponteiro, em rpm, é a) 1 b) 2 c) 4 d) 81 e) 162 16. (MACKENZIE) As engrenagens A, B e C, de raios RA, RB e RC, acima desenhadas, fazem parte de um conjunto que funciona com um motor acoplado à engrenagem de raio RA = 20 cm, fazendo-a girar com frequência constante de 120 rpm, no sentido horário. Conhecendo-se o raio RB = 10 cm e RC = 25 cm, pode-se afirmar que no SI (Sistema Internacional de Unidades) a aceleração de um ponto da periferia da engrenagem C, tem módulo igual a (Considere π2 = 10) a) 1,6 b) 16,0 c) 25,6 d) 32,0 e) 2560 17. (UNESP) Um pequeno motor a pilha é utilizado para movimentar um carrinho de brinquedo. Um sistema de engrenagens transforma a velocidade de rotação desse motor na velocidade de rotação adequada às rodas do carrinho. Esse sistema é formado por quatro engrenagens, A, B, C e D, sendo que A está presa ao eixo do motor, B e C estão presas a um segundo eixo e D a um terceiro eixo, no qual também estão presas duas das quatro rodas do carrinho. Nessas condições, quando o motor girar com frequência fM, as duas rodas do carrinho girarão com frequência fR. Sabendo que as engrenagens A e C possuem 8 dentes, que as engrenagens B e D possuem 24 dentes, que não há escorregamento entre elas e que fM = 13,5 Hz, é correto afirmar que fR, em Hz, é igual a a) 1,5 b) 3,0 c) 2,0 d) 1,0 e) 2,5 18. (UNESP) A figura representa, de forma simplificada, parte de um sistema de engrenagens que tem a função de fazer girar duas hélices, H1 e H2. Um eixo ligado a um motor gira com velocidade angular constante e nele estão presas duas engrenagens, A e B. Esse eixo pode se movimentar horizontalmente assumindo a posição 1 ou 2. Na posição 1, a engrenagem B acopla-se à engrenagem C e, na posição 2, a engrenagem A acopla-se à engrenagem D. Com as engrenagens B e C acopladas, a hélice H1 gira com velocidade angular constante ω1 e, com as engrenagens A e D acopladas, a hélice H2 gira com velocidade angular constante ω2. Considere rA, rB, rC, e rD, os raios das engrenagens A, B, C e D, respectivamente. Sabendo que rB = 2 ⋅ rA e que rC, = rD, é correto afirmar que a relação 1 2 ω ω é igual a a) 1,0 b) 0,2 c) 0,5 d) 2,0 e) 2,2 PRÉ-VESTIBULAR274 FÍSICA I 10 CINEMÁTICA ANGULAR SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: As bicicletas possuem uma corrente que liga uma coroa dentada dianteira, movimentada pelos pedais, a uma coroa localizada no eixo da roda traseira, como mostra a figura. O número de voltas dadas pela roda traseira a cada pedalada depende do tamanho relativo destas coroas. 19. (ENEM) Em que opção a seguir a roda traseira dá o maior número de voltas por pedalada? a) d) b) e) c) 20. (ENEM) Quando se dá uma pedalada na bicicleta da figura acima (isto é, quando a coroa acionada pelos pedais dá uma volta completa), qual é a distância aproximada percorrida pela bicicleta, sabendo-se que o comprimento de um círculo de raio R é igual a 2πR, onde π 3? a) 1,2 m b) 2,4 m c) 7,2 m d) 14,4 m e) 48,0 m APROFUNDAMENTO EXERCÍCIOS DE 01. (UERJ) Para um teste, um piloto de caça é colocado em um dispositivo giratório. A partir de determinado instante, o dispositivo descreve um movimento circular e uniforme, com velocidade constante de 64,8 km/h. Admitindo que o raio da trajetória corresponde a 6 m, calcule, em m/s², o módulo da aceleração a que está submetido o piloto. 02. (UERJ) Uma pequena pedra amarrada a uma das extremidades de um fio inextensível de 1 m de comprimento, preso a um galho de árvore pela outra extremidade, oscila sob ação do vento entre dois pontos equidistantes e próximos à vertical. Durante 10 s, observou- se que a pedra foi de um extremo ao outro, retornando ao ponto de partida, 20 vezes. Calcule a frequência de oscilação desse pêndulo. 03. (UERJ) Dois móveis, A e B, percorrem uma pista circular em movimento uniforme. Os dois móveis partiram do mesmo ponto e no mesmo sentido com as velocidades de 1,5 rad/s e 3,0 rad/s, respectivamente; o móvel B, porém, partiu 4 segundos após o A. Calcule o intervalo de tempo decorrido, após a partida de A, no qual o móvel B alcançou o móvel A pela primeira vez. 04. (UFRJ) No dia 10 de setembro de 2008, foi inaugurado o mais potente acelerador de partículas já construído. O acelerador tem um anel, considerado nesta questão como circular, de 27 km de comprimento, no qual prótons são postos a girar em movimento uniforme. Supondo que um dos prótons se mova em uma circunferência de 27 km de comprimento, com velocidade de módulo v = 240.000 km/s, calcule o número de voltas que esse próton dá no anel em uma hora. 05. (UFPE) Uma bicicleta possui duas catracas, uma de raio 6,0 cm, e outra de raio 4,5 cm. Um ciclista move-se comvelocidade uniforme de 12 km/h usando a catraca de 6,0 cm. Com o objetivo de aumentar a sua velocidade, o ciclista muda para a catraca de 4,5 cm mantendo a mesma velocidade angular dos pedais. Determine a velocidade final da bicicleta, em km/h. GABARITO EXERCÍCIOS PROPOSTOS 01. B 02. A 03. A 04. A 05. A 06. B 07. D 08. A 09. C 10. C 11. B 12. B 13. D 14. C 15. B 16. C 17. A 18. D 19. A 20. C EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO 01. aC = 54 m/s² 02. f = 2 Hz 03. t = 8 s 04. 32.000.000 voltas 05. 16 km/h ANOTAÇÕES