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Eletricista_instalador_predial

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Prévia do material em texto

Eletricista 
Instalador Predial
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Armando de Queiroz Monteiro Neto
Presidente
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Conselho Nacional
Armando de Queiroz Monteiro Neto
Presidente
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - SENAI
Departamento Nacional
José Manuel de Aguiar Martins
Diretor Geral
Regina Maria de Fátima Torres
Diretora de Operações
Confederação Nacional da Indústria 
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
Departamento Nacional
Eletricista 
Instalador Predial
Brasília 
2010
Júlio Cezar Págio
© 2010. SENAI – Departamento Nacional
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio 
consentimento do editor. 
Equipe técnica que participou da elaboração desta obra
 
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB 14/937 – SENAI/SC Florianópolis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 P136e 
Págio, Júlio Cezar 
 Eletricidade instalador predial / Júlio Cezar Págio. Brasília: 
SENAI/DN, 2010. 
 485 p. : il. color ; 30 cm.
 
Inclui bibliografias. 
 
 1. Eletricidade. 2. Instalações elétricas. 3. Circuitos elétricos. 4. 
Energia elétrica - Distribuição. I. SENAI. Departamento Nacional. II. 
Título. 
 
 CDU 621.316.17 
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Nacional
Setor Bancário Norte, Quadra 1, Bloco C 
Edifício Roberto Simonsen – 70040-903 – Brasília – DF 
Tel.:(61)3317-9000 – Fax:(61)3317-9190 
http://www.senai.br
Coordenador Projeto Estratégico 14 DRs
Luciano Mattiazzi Baumgartner - Departamento 
Regional do SENAI/SC
Coordenador de EaD - SENAI/ES
Fernanda Pagani Tessinari - DETEC - Divisão de 
Educação e Tecnologia
Coordenador de EaD – SENAI/SC em Florianópolis
Diego de Castro Vieira - SENAI/SC em 
Florianópolis
Design Educacional, Design Gráfico, 
Diagramação e Ilustrações
Equipe de Desenvolvimento de Recursos 
Didáticos do SENAI/SC em Florianópolis
Revisão Ortográfica e Normativa
FabriCO 
 
Fotografias
Banco de Imagens SENAI/SC
Http: //www.sxc.hu/
http://office.microsoft.com/en-us/images/
http://www.morguefile.com/
Sumário
Apresentação do curso ..............................................................................07
Plano de estudos .........................................................................................09
Unidade 1: Iniciando na Eletricidade ....................................................11
Unidade 2: Medidas das Grandezas Elétricas ....................................163
Unidade 3: Riscos Elétricos .......................................................................197
Unidade 4: Tecnologias e Práticas Profissionais ...............................217
Unidade 5: Interpretando um Projeto Elétrico Residencial ...........387
Sobre o autor ................................................................................................451
Referências .....................................................................................................453
7
Apresentação 
do Curso
Prezado aluno,
É com grande satisfação que apresento a você, o 
curso de Eletricista Instalador Predial. Você deve 
estar pensando: é possível um curso tão prático na 
modalidade à distância? Foi pensando nisso, que 
toda uma equipe multidisciplinar de profissionais 
trabalhou cuidadosamente para torná-lo uma reali-
dade.
O curso está dividido em cinco unidades, nas quais 
você será o protagonista do seu processo de apren-
dizagem. Todas as unidades apresentam informa-
ções na medida certa, começando pelos fundamen-
tos básicos da eletricidade. Na segunda unidade 
você conhecerá o que são grandezas elétricas e 
como mensurá-las.
Os riscos elétricos inerentes à profissão do eletri-
cista e às instalações elétricas também serão estu-
dados. A quarta unidade será voltada para a parte 
prática, são as tecnologias e práticas profissionais 
que lhe darão a oportunidade de executar algumas 
tarefas. E, por fim, você aprenderá a fazer algumas 
etapas de um pequeno projeto elétrico residencial. 
Você perceberá que, ao longo do curso, existe uma 
preocupação constante com as normas de seguran-
ça e as normas de execução das instalações elétri-
cas. O objetivo é torná-lo um profissional conscien-
te na sua prática profissional.
Desejo a você um ótimo aprendizado, na certeza de 
que, com seu empenho e nosso apoio, você concre-
tizará o seu objetivo: a sua qualificação profissional 
como eletricista instalador predial.
8
Para reforçar o aprendizado, junto a este material impresso, você receberá um 
DVD, cuja finalidade é tornar a aprendizagem mais dinâmica e interativa. Assim, 
tenha certeza, você se tornará um profissional de primeira categoria na área de 
instalações elétricas prediais.
Bons estudos!
Júlio Cezar Págio
Núcleo de Educação a Distância SENAI - ES
9
Plano de Estudos
Carga horária:
 � 160 horas
Ementa 
Iniciando na eletricidade. Medidas das grandezas 
elétricas. Riscos elétricos. Tecnologias e práticas 
profissionais. Interpretando um projeto elétrico resi-
dencial.
Objetivos
Objetivo Geral
Planejar e executar instalações elétricas prediais de 
acordo com os padrões, a norma regulamentadora 
de segurança e as normas técnicas da ABNT (Asso-
ciação Brasileira de Normas Técnicas). 
Objetivos Específicos
 � Ler, analisar, executar projetos elétricos;
 � Fazer manutenção;
 � Calcular corrente, tensão, potência; 
 � Distribuir circuitos de instalações elétricas pre-
diais;
 � Adquirir conhecimentos e habilidades nos estu-
dos de tecnologia, de eletrotécnica e prática;
 � Conhecer as normas técnicas e de segurança.
11
1Iniciando na EletricidadeAulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das aulas 
seguintes:
Aula 1: Estrutura da matéria
Aula 2: Princípio da eletricidade estática
Aula 3: Geração e uso de eletricidade
Aula 4: Circuitos elétricos
Aula 5: Grandezas elétricas
Aula 6: Leis de Ohm
Aula 7: Condutores e isolantes
Aula 8: Tipos de circuitos elétricos
Aula 9: Aplicação da lei de Ohm aos circuitos
Aula 10: Resistividade dos materiais
Aula 11: Energia e potência
Aula 12: Produção e distribuição de energia
Aula 13: Potência de corrente alternada
12
Para iniciar 
Está unidade apresenta assuntos fundamentais para você que deseja 
ser um eletricista instalador predial. Conhecerá a origem da eletricida-
de para entender suas fontes. Também estudará como é gerada, produ-
zida e distribuída a eletricidade. Circuitos elétricos, energia, potência, 
condutores e isolantes serão abordados de forma clara e objetiva para 
que você possa, profissionalmente, exercer com qualidade seu trabalho. 
Com disciplina e dedicação, você fará da sua aprendizagem um proces-
so de construção do conhecimento.
Bons estudos!
Aula 1: 
Estrutura da matéria
Ao final desta aula você estará apto a:
 � Compreender os conceitos básicos da estrutura da matéria;
Nesta aula você conhecerá o princípio da matéria e a sua constituição. Este co-
nhecimento será muito útil para que você entenda como tudo começa. Nos ele-
mentos da matéria, se origina a eletricidade.
Eletricista Instalador Predial
13Unidade 1
Pergunta
O que é matéria?
Matéria é tudo que existe no universo, tem uma massa e ocupa um lugar no 
espaço. 
Reflita
Existem “coisas” no universo que não ocupam lugar no espaço?
Sim, coisas como o calor, o som ou a eletricidade não ocupam lugar no espaço.
Toda a matéria existente no universo é constituída por:
Moléculas: é combinação de dois ou mais átomos
14
Veja uma molécula de água: 2 átomos de hidrogênio e 1 de oxigênio;
Átomo de
Oxigênio
Átomos de
Hidrogênio
Figura 1 - Molécula de água – H2O 
Fonte: Theodoro Filho (2007,p. 07)
Toda a matéria existente no universo é constituída por:
Átomos: é a menor partícula em que um elemento pode se dividido, conser-
vando suas propriedades originais.
Figura 2 - Sistema solar (Mercúrio, Venus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão)
Fonte: SENAI (1980, p. 11)
Eletricista Instalador Predial
15Unidade 1
Ele é semelhante ao nosso sistema solar. No centro fica o sol, que é o núcleo. Em 
volta giram os planetas, formando as camadas.
Figura 3 - Átomo e suas partículas subatômicas (prótons, elétrons e nêutrons)
Texto da figura: Nêutrons Prótons Núcleo Atômico Elétron
Pergunta
Quer saber mais sobre cada uma das partes que compõe o átomo? 
Confira a seguir.
Núcleo: é o centro dos átomos. Nele, temos as partículas subatômicas prótons 
e nêutrons.
Prótons: são as partículas subatômicas positivas.
Nêutrons: são as partículas subatômicas sem carga elétrica.
Eletrosfera: são as camadas ou órbitas formadas pelos elétrons, que se movi-
mentam em volta do núcleo. 
Elétrons: são partículas subatômicas com carga elétrica negativa.
É por meio de alguns elementos encontrados na natureza que ocorrerá o fenô-
meno conhecido como eletricidade e os efeitos produzidos por ela, como luz, 
calor, som e outros.
Na próxima aula, você estudará os princípios da eletricidade gerados por cargas 
elétricas em repouso. Também conhecido com eletricidade estática. Vamos em 
frente, com dedicação e motivação!
16
Relembrando
Nesta primeira aula você conheceu a origem da eletricidade, além dos se-
guintes assuntos:
 � A matéria é constituída por moléculas;
 � Molécula é a combinação de dois ou mais átomos;
 � O átomo é a menor partícula em que um elemento pode ser dividido;
 � O átomo é constituído por um núcleo, onde se encontram os prótons, 
elétrons e nêutrons;
 � É de alguns elementos da matéria que se origina a eletricidade.
 Colocando em Prática 
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos 
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.
Eletricista Instalador Predial
17Unidade 1
Aula 2:
Princípio da eletricidade 
estática
Ao final desta aula você estará apto a:
 � Reconhecer e definir o princípio básico que rege a eletricidade estática; 
 � Reconhecer os processos de eletrização dos corpos;
 � Reconhecer aplicações da eletricidade estática.
Na aula anterior você aprendeu o conceito elementar, o que é matéria e que, 
por meio de alguns elementos encontrados na natureza. ocorre o fenômeno da 
eletricidade e seus efeitos.
Nesta aula você conhecerá os princípios básicos da eletricidade estática e como 
ela aparece. É um conhecimento importantíssimo, pois, levará você a compre-
ender porque ela ocorre, e onde ela pode ser observada e aplicada em muitos 
momentos do mundo moderno.
Embora a eletrostática ou eletricidade estática tenha pouca aplicação prática 
para você, futuro eletricista predial, ela permitirá a você entender como ela se 
origina e se aplica na sua futura profissão.
18
Por muitas vezes, a presença da eletricidade estática pode ser indesejável e 
perigosa em equipamentos ou instalações elétricas, quando se descarrega por 
centelha. 
No nosso dia a dia, estamos constantemente adquirindo cargas estáticas po-
sitivas e negativas por fricção, ao nos movimentarmos por meio do ar ou em 
contatos com outros objetos.
Um raio é um exemplo de eletricidade estática
O acúmulo de cargas estáticas nas nuvens pode provocar uma descarga elétrica 
para a terra.
Nos para-raios as descargas são direcionadas para terra. 
Atração e Repulsão entre corpos carregados
Percebeu? Na eletricidade estática, é exatamente assim que ocorre a eletriza-
ção dos corpos, ou seja, eles ficam eletricamente carregados. 
Eletricista Instalador Predial
19Unidade 1
Pergunta
Este processo ocorre por quê?
Porque se baseia no seguinte princípio:
Figura 4 - Atração e repulsão de cargas elétricas
Fonte: Valkenburgh. Van & Nooger & Neville, INC. (1982)
Isso ocorre devido ao campo elétrico existente nas cargas elétricas:
Figura 5 - Linhas de forcas das cargas elétricas
Fonte: Valkenburgh. Van & Nooger & Neville, INC. (1982)
20
 Pergunta
Como ocorre esse processo?
A eletrização acontece por três processos. Confira quais são eles:
a Eletrização por fricção
Devido ao contato por fricção, algumas eletrosferas se cruzam, e uns dos corpos 
têm a facilidade de fornecer elétrons (-) para o outro. Assim, um corpo fica com 
muitos elétrons (negativo) e o outro fica com falta de elétrons (mais positivo). 
Com isso, podemos dizer que a fricção funciona como uma fonte de eletricidade. 
<inserir ilustra 1.2.7>
Figura 6 - Eletrização por fricção
Fonte: Valkenburgh. Van & Nooger & Neville, INC. (1982)
b Eletrização por contato
Os corpos são colocados em contato, favorecendo uma nova distribuição de 
cargas pela superfície dos condutores. Veja o esquema a seguir:
Eletricista Instalador Predial
21Unidade 1
Figura 7 - Eletrização por contato 
c Eletrização por indução
Esse processo pode ocorrer por simples aproximação de um corpo eletrizado, 
em outro que esteja equilibrado eletricamente, sem que haja o contato entre 
eles. Também é conhecido como indução eletrostática.
Figura 8 - Eletrização por indução
d Aplicações da eletricidade estática
Embora não seja comum a produção deste tipo de eletricidade para o seu uso 
no dia a dia- e até mesmo indesejável, como foi dito anteriormente - ela tem 
aplicações importantes na indústria, tais como: dispositivo eletrostático para 
remoção de partícula sólidas poluidoras do meio ambiente e processo eletros-
tático de pinturas industriais.
 
Como ocorre esse processo?
A eletrização acontece por três processos. Confira quais são eles:
a Eletrização por fricção
Devido ao contato por fricção, algumas eletrosferas se cruzam, e uns dos corpos 
têm a facilidade de fornecer elétrons (-) para o outro. Assim, um corpo fica com 
muitos elétrons (negativo) e o outro fica com falta de elétrons (mais positivo). 
Com isso, podemos dizer que a fricção funciona como uma fonte de eletricidade. 
<inserir ilustra 1.2.7>
Figura 6 - Eletrização por fricção
Fonte: Valkenburgh. Van & Nooger & Neville, INC. (1982)
b Eletrização por contato
Os corpos são colocados em contato, favorecendo uma nova distribuição de 
cargas pela superfície dos condutores. Veja o esquema a seguir:
22
Figura 9 - Aplicações da eletricidade estática
Relembrando
Nesta aula você teve a oportunidade de aprender:
Que a eletricidade estática é baseada no princípio da atra-
ção e repulsão de cargas eletricas, o qual, cargas iguais se 
repelem e diferentes se atraem.
Que a eletricidade estática pode ser produzida por ficção, 
contato e indução de corpos carregados.
Aprendeu também que a eletricidade estática pode trazer 
ao homem efeitos benéficos em algumas aplicações, princi-
palmente na indústria, ou maléficos, quando ocorre dandos 
ao homem e ao seu patrimônio.
Na nossa próxima aula você estudará a geraçao de eletrici-
dade e suas aplicações. Prepare-se para mais essa jornada.
Eletricista Instalador Predial
23Unidade 1
 Colocando em Prática 
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos 
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.
Aula 3: 
Geração e uso de 
eletricidade
Ao final desta aula você estará apto a: 
 � Reconhecer os processos de geração de eletricidade;
 � Entender o processo de geração por ação química e suas aplicações;
 � Entender o processo de geração por magnetismo e suas aplicações.
Nas aulas anteriores você viu:
 � A matéria é constituída de átomos, e esses, de prótons, elétrons e nêutrons;
 � O princípio básico que rege a eletricidade estática é que os pólos iguais se 
repelem e os diferentes se atraem;
 � Os processos de eletrização dos corpos são fricção, contato e indução;� A eletricidade estática tem aplicações importantes na indústria.
24
Agora, nesta aula, você conhecerá as principais formas de geração de eletricida-
de. Aproveite bastante esta aula, para conhecer as formas de geração de eletri-
cidade, que serão utilizadas na sua prática profissional. 
Geração e uso da eletricidade
Pergunta
Como se dá a geração de eletricidade?
A geração de eletricidade pode se dar por uma ação química, pelo magnetis-
mo, luz, calor, pressão e fricção.
Você conhecerá as duas mais utilizadas em grande escala no mundo moderno: 
a eletricidade gerada pela ação química e pelo magnetismo. O processo de ge-
ração eletrostático (atrito ou fricção) você conheceu na aula anterior.
A eletricidade gerada pela ação química
A eletricidade gerada pela reação química dos elementos é, talvez, o segundo 
processo mais importante de geração de eletricidade pelo homem. A pilha mais 
simples, uma pilha úmida é constituída por duas placas, de ZINCO e de COBRE, 
conhecidas como elétrodos, e uma solução ácida, como ácido sulfúrico + água 
que funciona como um eletrólito.
Figura 10 - Geração de eletricidade por ação química
Fonte: Valkenburgh, Van & Nooger & Neville, INC. (1982)
Terminal Negativo 
(Zinco)
Terminal Positivo 
(Cobre)
Pilha Primária
Eletricista Instalador Predial
25Unidade 1
Pergunta
E como ocorre a produção de eletricidade?
Ocorre pela reação química do eletrólito (ácido sulfúrico+ água) em contato 
com os elétrodos (zinco e cobre),esses elétrodos liberam elétrons de seus áto-
mos para a solução. O zinco, lentamente dissolvido pela solução, deixa elétrons 
na parte não dissolvida, ficando mais negativo. Processo semelhante ocorre 
com elétrodo de cobre que não é dissolvido, mas libera elétrons que se unem 
aos átomos hidrogênio da solução, originando uma carga positiva e tornando o 
elétrodo mais positivo. 
Esse processo dura até as duas placas ficarem totalmente carregadas, formando 
o que chamamos de diferença de potencial (d.d.p), um mais positivo e outro 
mais negativo.
Agora veja o que ocorre quando ligamos o terminal negativo e positivo:
Figura 11 - Liberação de elétrons pelo processo químico chamado de eletrólise
Fonte: Valkenburgh. Van & Nooger & Neville, INC. (1982)
Haverá um fluxo de elétrons do elétrodo negativo para o positivo por meio do 
fio. Assim, com espaço deixado na placa negativa, haverá o fluxo de elétrons do 
elétrodo positivo para o negativo por meio da solução ou eletrólito, gerando 
assim, um fluxo constante de elétrons em uma única direção. 
26
Esta eletricidade que tem uma mesma in-
tensidade e um único sentido, chamamos de 
eletricidade continua ou corrente contínua.
Hoje, a eletricidade produzida pela ação química está muito presente no nosso 
cotidiano, por meio das modernas pilha e baterias. 
A eletricidade gerada pela ação do magnetismo
Hoje, é o principal processo de geração de eletricidade em grande escala são as 
usinas hidroelétricas, usinas nucleares, usinas térmicas e outras. 
Baseia-se no movimento relativo entre um ímã e um condutor.
Como você pode observar na figura a seguir, com movimentos circulares do 
condutor dentro do campo magnético do imã, este “cortará” a linha de força 
do imã. O resultado deste processo será o deslocamento dos elétrons livres do 
condutor, gerando uma eletricidade que varia de intensidade e movimento.
Figura 12 - Geração de Eletricidade por Ação do Magnetismo
Fonte: Valkenburgh. Van & Nooger & Neville, INC. (1982)
Eletricista Instalador Predial
27Unidade 1
Esta eletricidade que varia de intensidade e 
alterna o seu movimento chamamos de ele-
tricidade alternada ou corrente alternada.
Quase toda eletricidade usada no nosso dia a dia é produzida por grandes 
plantas de geração de eletricidade alternada. Com exceção das utilizadas em 
aparelhos portáteis, os quais são alimentados por pilhas e baterias que forne-
cem eletricidade contínua.
Figura 13 - Geração de eletricidade por energia termoelétrica e hidroelétrica
Esquema de usina nuclear
Esquema de usina hidrelétrica
28
Relembrando
Muito bem, mais uma aula chega ao fim. Ela oportunizou 
você a aprender que existem vários processos de geração 
de eletricidade, porém, as mais utilizadas são: por ação quí-
mica e pelo magnetismo.
No processo de geração química há um fluxo constante de 
elétrons em uma mesma direção. É chamado de corrente 
contínua. Exemplos: pilha e baterias.
O processo de geração por ação do magnetismo existe uma 
alteração do sentido de movimentos dos elétrons. Chama-
mos esta variação de corrente alternada. Ela é produzida 
por grandes plantas de geração de eletricidade.
A partir da próxima aula você estará conhecendo o que é 
um circuito elétrico, como ele é constituído. Então, vamos 
em frente?
 Colocando em Prática 
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos 
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.
 
Aula 4: 
Circuitos elétricos
Ao final desta aula você estará apto a:
 � Definir o que é um circuito elétrico;
 � Conhecer os principais componentes que constitui um circuito elétrico básico.
Eletricista Instalador Predial
29Unidade 1
Na aula anterior você estudou os seguintes assuntos:
 � Os processos mais utilizados para geração de energia na atualidade são: a 
ação química e pela ação do magnetismo.
 � A corrente contínua é um fluxo constante de elétrons em uma mesma dire-
ção e a alternada acontece é um movimento ordenado de cargas elétricas 
com alteração do sentido de movimentos dos elétrons.
Agora você é convidado a ampliar seus conhecimentos, conhecendo o que é 
um circuito elétrico e seus componentes. E também poderá iniciar sua prática 
profissional na manipulação dos circuitos nas instalações elétricas. 
Circuito elétrico elementar
Você já ouviu falar muito nos circuitos de Fórmula 1. Neles os carros dão suces-
sivas voltas num caminho fechado. 
Pergunta
Mas, o que um circuito de Fórmula 1 tem a ver com um circuito elétrico? 
Observe as figuras a seguir:
Figura 14 - Analogia entre circuitos: um autódromo e um circuito elétrico
30
Atenção
Num circuito de Fórmula 1, o caminho por onde circulam os carros de 
corrida é fechado. Num circuito elétrico, há um caminho fechado por 
onde circulam as cargas elétricas.
Em uma instalação elétrica existe um conjunto de circuitos elétricos que de-
sempenham varias funções: ligar uma lâmpada, um ventilador, uma TV e muitos 
outros utensílios e equipamentos elétricos.
Um circuito elétrico básico é constituído dos seguintes componentes: 
 TEM NO TELECOM
Interruptor – é um 
dispositivo de manobra
Um fio condutor. Por 
onde circulam as 
cargas elétricas;
BATERIA - Fonte 
geradora
produz d.d.p
Lâmpada – é um receptor, 
aparelho consumidor de 
energia;
→
página 9
 ilustra 1.4.3
Figura 15 - Circuito elétrico elementar
Confira cada um deles!
Eletricista Instalador Predial
31Unidade 1
Componentes do circuito elétrico
Fonte geradora
É a que gera ou produz energia elétrica a partir de outro tipo de energia.
Veja alguns exemplos:
Consumidor
O aparelho consumidor é o elemento que emprega a energia elétrica e a con-
verte em outra forma de energia.
A forma de energia convertida realizará uma forma de trabalho que nós usamos 
no nosso dia a dia. Confira alguns exemplos:
32
Figura 16 - Efeitos produzidos pela eletricidade (luz, ventilação e calor respectivamente)
Condutor
O Condutor elétrico é o responsável pela ligação entre o consumidor e a fonte 
geradora, ele permite a circulação de corrente elétrica, da fonte ao consumidor 
e o retorno da mesma à fonte. Você certamente já deve conhecer o condutor 
elétrico por outro nome. Ele mais conhecido por fio elétrico. 
Eletricista Instalador Predial
33Unidade 1
Na verdade, o fio é um dos tipos de condutores, que podem também levar o 
nome de fio, ou cabos, flexíveis ou rígidos, isolados ou nus. Veja!
Quadro 01 - Exemplos de condutoresusados nas instalações elétricas.
Fios rígidos Cabo rígido
Cabo flexível com 
isolação adicional
Cabo flexível multipolar Cordão flexível torcido Cabo flexível paralelo
Dispositivo de manobra
O dispositivo de manobra é um componente que permite operar ou manobrar 
qualquer circuito elétrico. Ele interrompe ou permite a passagem da corrente 
elétrica dando total autonomia ao operador ao manipular o circuito, no ato dei-
xar ou não o circuito ligado e ou desligado. Veja alguns exemplos:
Quadro 02 - Exemplo de chaves de manobras
Interruptor externo Chave seccionadora Botoeira liga/desliga
34
Relembrando
Nessa aula você aprendeu que o circuito elétrico é um 
caminho fechado por onde circulam as cargas elétricas. Viu 
também que o circuito elétrico é composto por uma fonte 
geradora, um condutor que interliga a fonte ao consumidor 
e o dispositivo de manobra, que permite o comando de 
ligar ou desligar o circuito elétrico.
Na próxima aula você terá oportunidade de conhecer quais 
as grandezas elétricas que estão presentes e que aparecem 
quando você liga e desliga um circuito elétrico.
 Colocando em Prática 
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos 
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.
Aula 5: 
Grandezas elétricas
Ao final desta aula você estará apto a:
 � Reconhecer as principais grandezas elétricas que surgirão em um circuito 
elétrico;
 � Conceituar corrente elétrica, tensão elétrica e resistência elétrica;
 � Reconhecer os múltiplos e submúltiplos das principais grandezas elétricas.
Eletricista Instalador Predial
35Unidade 1
Lembre-se que você já estudou anteriormente o que é Circuito elétrico e seus 
componentes: a fonte geradora, o consumidor, o condutor e o dispositivo de 
manobra.
Nesta aula, você estudará as grandezas elétricas que podem estar presentes 
nos circuitos elétricos. Isso lhe dará subsídios para aprender os conceitos para 
serem utilizados nas próximas aulas.
Grandezas elétricas de um circuito 
Pergunta
Você deve estar imaginando o que é uma grandeza elétrica, não é 
mesmo?
Então, vamos lembrar algumas grandezas físicas.
Volume = Litro Massa = Grama Comprimento = Metro
Estas são unidades de medidas que utilizamos no nosso cotidiano que chama-
mos de grandezas físicas. Portanto, uma grandeza é tudo aquilo que pode ser 
medido. Assim, como estas grandezas são utilizadas no dia a dia, um eletricista 
também deve utilizar as grandezas elétricas, medindo e comparando os seus 
valores.
36
Veja a representação gráfica do circuito elétrico:
 
Força 
eletromotriz 
(bateria)
+
-
Condutor 
(fio) Corrente 
elétrica
Carga 
(lâmpada)
Controle 
(chave)
Figura 17 - Circuito elétrico elementar
Fonte: SENAI (2009, p. 23)
Conheça as grandezas da fonte geradora, corrente elétrica e da resistência elé-
trica. 
Fonte geradora 
A fonte geradora produz uma força eletromotriz (f.e.m.). Essa energia movimen-
ta os elétrons de um extremo ao outro do material, mantendo o desequilíbrio 
elétrico dos átomos do material. Isso ocorre nas baterias e geradores de eletri-
cidade.
Veja!
Figura 18 - Deslocamento de eletros provocado por uma força eletromotriz
Fonte: SENAI (1980, p. 11)
Eletricista Instalador Predial
37Unidade 1
O desequilíbrio elétrico é uma grandeza elétrica que está 
presente nos terminais dos geradores, chamada diferença 
de potencial (d.d.p.) ou tensão elétrica, e seu símbolo é a 
letra E.
Então:
Grandeza
Diferença de potencial
Símbolo 
E V
Unidade
Figura 19 - Diferença de Potencial
Confira o exemplo: 
E = 5V
+
-
Figura 20 - A d.d.p. ou tensão fornecida pelo gerador é de 5 Volts
Corrente elétrica
Quando a lâmpada é acessa no circuito haverá um movimento ou um fluxo de 
elétrons de um extremo ao outro do condutor metálico. Seu símbolo e a letra I 
(Intensidade de corrente ele elétrica).
Figura 21 - Movimento de elétrons em um condutor
Fonte: SENAI (1980, p. 11)
38
O sentido da corrente elétrica pode ser: convencional ou real.
Figura 22 - Sentidos da corrente elétrica
Fonte: Valkenburgh. Van & Nooger & Neville, INC. (1982)
Ao movimento ordenado de cargas elétricas num condutor, 
denominamos de corrente elétrica.
 
Grandeza
Corrente Elétrica
Símbolo 
I A
Unidade
Figura 23 - Corrente Elétrica
Exemplo: 
Figura 24 - A Intensidade de corrente elétrica que passa pela lâmpada é de 5 Coulomb por segundo 
ou, simplesmente, 5 Ampères.
Eletricista Instalador Predial
39Unidade 1
Resistência elétrica
Vamos adiante?
Os exemplos anteriores se referem à corrente elétrica circulante pelos materiais. 
Porém, não foi mencionado, sobre a dificuldade que as cargas elétricas têm ao 
atravessar esses materiais. 
Figura 25 - Comparativa de resistência elétrica nos materiais
Fonte: SENAI (1980, p. 11)
A oposição ao movimento dos 
elétrons no meio condutor deno-
minou-se resistência elétrica.
Grandeza
Resistência Elétrica
Símbolo 
R Ω
Unidade
Figura 26 - Resistência Elétrica
40
Para ficar mais claro o assunto, veja o exemplo: 
Figura 27 - A resistência oferecida pela lâmpada à passagem da corrente elétrica é de 1Ω (lê-se 1 
Ohm).
Múltiplos e submúltiplos das grandezas elétricas
Assim como as grandezas físicas, comprimento, massa ou volume, as grandezas 
elétricas têm também suas unidades maiores ou menores:
Veja alguns exemplos:
Ampères 
Para expressar a quantidade de corrente elétrica em ampères (A).
I = 3 ampères ou I = 3A
Figura 28 - Escala em Ampères
Para corrente inferiores, utilizar o miliampère (mA)
Para correntes superiores, utilizar o kiloampères (kA)
Eletricista Instalador Predial
41Unidade 1
Exemplo:
I = 2mA k A I = 0,000002kA
I = 6k A A I = 6000 A
Volts
Para expressar a quantidade de tensão elétrica em Volts (V).
Exemplo:
E = 3 Volts ou E = 3V
Figura 29 - Escala em Volts
Para corrente inferiores, utilizar o miliVolts (mV)
Para correntes superiores, utilizar o kiloVolts (kV)
Exemplo:
I = 2mV kV E = 0,000002 kV
I = 6kV V E = 6000 V
Ohms
Para expressar a quantidade de resistência elétrica em Ohms (Ω)
42
Exemplo:
R = 3 Ohms ou R = 3Ω
Figura 30 - Escala em Ohms
Para corrente inferiores, utilizar o miliOhm (MΩ)
Para correntes superiores utilizar o kiloOhm (kΩ)
Exemplo:
I = 2mΩ kΩ R = 0, 000002kΩ
I = 6kΩ Ω R = 6000 Ω
Eletricista Instalador Predial
43Unidade 1
Relembrando:
Conceituar as principais grandezas elétricas, a corrente elétrica, resistência 
elétrica e a diferença de potencial, foi assunto desta aula.
Aprendeu também que, como são grandezas, podem ser mensuradas, 
e que cada grandeza tem sua forma de representação e suas unidades 
padrão, bem como, suas correspondências menores e maiores. Conforme 
você observa no quadro a seguir 
Quadro 03 Grandezas elétricas (tensão, corrente e resistência)
Grandeza Símbolo Unidade Submúltiplos Múltiplos
Diferença de 
potencial
E V - Volts uV - mV kV - MV
Corrente 
elétrica
I A - Ampéres uA - mA kA - MA
Resistência 
Elétrica
R Ω -Ohm uΩ - mΩ kΩ - MΩ
Siga em frente, pois a próxima aula traz para você Lei de Ohm, um assun-
to imprescindível para continuidade de seu aprendizado em eletricidade.
 Colocando em Prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos 
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.
44
Aula 6: 
Leis de Ohm
Ao final desta unidade você estará apto a:
 � Conhecer e compreender as Leis de Ohm;
 � Aplicar as Leis de Ohm nos circuitos elétricos.
Pergunta
Você lembra o que estudou na aula anterior? 
Você viu as principais grandezas presentes no circuito elétrico. A diferença de 
potencial (d.d.p. ou tensão), corrente elétrica e resistência elétrica. 
Agora, um novo assunto é apresentado a você: Lei de Ohm. Essa lei será impor-
tante para você calcular a tensão elétrica, a resistência elétrica ecorrente elétri-
ca sem uso de instrumentos de medição. E assim, resolver situações problemas 
no seu dia a dia. 
Lei de Ohm
Observe o circuito a seguir:
Figura 31 - Circuito elétrico elementar
Fonte: SENAI (2009, p. 26).
Eletricista Instalador Predial
45Unidade 1
É neste circuito elétrico elementar que você compreenderá a aplicação das Leis 
de Ohm. 
No início do século XIX, o físico e matemático alemão George Simon Ohm de-
senvolveu as teorias conhecidas como Leis de Ohm.
Foi entre as três grandezas elétricas que você já conhece (R, E e I), que Ohm 
estabeleceu uma relação para os circuitos elétricos.
R= Resistência elétrica em ohm (Ω)
E= Tensão elétrica em volts (V)
I= Corrente elétrica em ampères (A)
E para facilitar ainda mais, observe as três letras dentro do triângulo, chamadas 
de triângulo mágico:
 
E
R I
 
Figura 32 - Relação Fundamental de Ohm
Esta é a relação fundamental de Ohm.
Quadro 04 - Intensidade
 
E
R 
I = E 
 R
“A intensidade de corrente elétrica é 
diretamente proporcional a tensão e 
inversamente proporcional a resistên-
cia.”
 
 REI
46
Quadro 05 - Tensão Elétrica
 
E
R I
E = R x I
Desta relação fundamental George 
Simon Ohm também deduziu outra 
duas relações: 
A tensão elétrica é diretamente 
proporcional a corrente e resistência 
elétrica.
Quadro 06 - Resistência
 
E
R I
R = E 
 I
A resistência é diretamente propor-
cional a tensão e inversamente pro-
porcional a corrente.
Aplicações da Lei de Ohm no circuito elétrico elementar
Dica
Que tal, agora, você aplicar a Lei de Ohm no circuito elétrico elementar?
Se você conhecer o valor de tensão e a resistência empregada no circuito ele-
mentar apresentado na figura a seguir, você terá o valor da corrente. Veja! A 
corrente elétrica (I) no triângulo do REI está oculta. Então:
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47Unidade 1
 
E
R 
vv
I = E 
 R
Logo:
I = 12 = 1,2 A
 10
Conhecendo o valor de tensão e da corrente que passa no circuito elementar, 
conforme a figura a seguir, você terá o valor da resistência. 
48
 
E
E I
Veja! Ocultando a grandeza Resistência Elétrica (R) desconhecida, temos:
R = E 
 I
Logo:
R = 12 = 10 Ω
 1,2
Agora, conhecendo o valor da corrente que passa no circuito e o valor da resis-
tência empregada, você terá o valor da tensão elétrica (E). 
Eletricista Instalador Predial
49Unidade 1
 
E
R I
Veja! Ocultando a grandeza Tensão Elétrica, temos:
E = R x I
Logo:
E = 10 x 1,2 = 12 V
Relembrando
Nesta aula, você aprendeu como aplicar a Lei de Ohm num circuito ele-
mentar.
Conhecendo a analogia do triângulo mágico, foi mais fácil você desenvol-
ver as três relações desta Lei.
Confira! 
 
E
R I
 I = E R
 E = R x I
 R = E I
 
Na próxima aula, você terá a oportunidade de conhecer os materiais con-
dutores e materiais isolantes aplicados na eletricidade. 
Vamos em frente?
50
 Colocando em prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos 
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.
Aula 7: 
Condutores e isolantes
Ao final desta aula você estará apto a:
 � Reconhecer os materiais condutores de eletricidade; 
 � Reconhecer os materiais isolantes;
 � Conhecer as aplicações dos materiais condutores e isolantes.
Aplicar as Leis de Ohm nos circuitos elétricos elementares foi assunto estudado 
na aula anterior, certo? Agora, você conhecerá os materiais que permitem, ou 
não, o fluxo desses elétrons. São chamados de matérias condutores e isolantes 
de eletricidade.
São importantes por serem materiais que se aplicam nas instalações elétricas 
prediais.
Condutores 
Pergunta
Você sabe o que são condutores? 
Eletricista Instalador Predial
51Unidade 1
São materiais que possuem grande quantidade de elétrons livres, devido à sua 
estrutura atômica.
 
Materiais como prata cobre, ouro 
e alumínios são considerados 
bons condutores de eletricidade.
Pelo fato dos elétrons das últimas camadas dos materiais condutores estarem 
pouco presos aos núcleos dos seus átomos, os elétrons ficam mais fáceis de 
serem retirados. 
Figura 33 - Elétrons livres em um bom condutor
Fonte: SENAI (1980, p. 11)
Isolantes
São materiais que possuem pequena quantidade de elétrons livres, devido a sua 
estrutura atômica.
Materiais como: vidro, plástico, 
borracha, e baquelita são consi-
derados isolantes de eletricidade.
52
Pelo fato dos elétrons estarem muito presos aos núcleos dos seus átomos, os 
elétrons ficam difíceis de serem retirados. 
Figura 34 - Elétrons livres em um bom condutor
Fonte: SENAI (1980, p. 11)
Aplicações dos condutores e isolantes
Veja onde você pode aplicar estes materiais nas instalações elétricas:
Figura 35 - Isolante nas ferramentas para proteger contra choque elétrico, nos eletrodomésticos e 
outros.
Eletricista Instalador Predial
53Unidade 1
Figura 36 - Componentes elétricos (conjunto condutor +isolante)
Figura 37 - 1 Condutor sólido de cobre – aplicado principalmente nas instalações elétricas prediais 
para conduzir a eletricidade aos seus consumidores.
 2 - Isolante composto termoplástico de PVC – aplicado para isolar os condutores entre si.
Relembrando
Os materiais condutores são aqueles que possuem grande quantidade de 
elétrons livres, e por serem bons condutores de eletricidade, eles são utili-
zados nas instalações elétricas prediais. Ex: fio de cobre, fio de alumínio e 
outros.
Os isolantes são materiais que possuem pequenas quantidades de elé-
trons livres por serem maus condutores de eletricidade, são usados para 
isolar os fios, ferramentas e componentes elétricos de contatos acidentais, 
os quais podem causar um choque elétrico.
Os tipos de circuito elétricos que você pode utilizar em eletricidade será o 
assunto a seguir. Aproveite para fazer ótimas descobertas.
54
 Colocando em prática 
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos 
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.
Aula 8: 
Tipos de circuitos 
elétricos
Ao final desta aula você estará apto a:
 � Conhecer as principais características elétricas do circuito série, paralelo e 
misto;
 � Conhecer os principais símbolos gráficos de componentes aplicados aos 
circuitos, elétricos.
Você estudou na aula anterior o que é e quais são os condutores e isolantes 
elétricos, bem como suas aplicações. Você lembra que na aula 4 foi apresentado 
a você um circuito elétrico elementar? Agora, você conhecerá outros tipos de 
circuitos elétricos, isso complementará os seus conhecimentos sobre circuitos.
Eletricista Instalador Predial
55Unidade 1
Tipos de circuitos elétricos
Você é convidado a analisar outros tipos de circuitos elétricos, que também po-
dem ser montados com vários tipos de aparelhos consumidores, de diferentes 
formas.
Para entender o nosso circuito, vamos observar uma analogia!
Figura 38 - Analogia ao circuito elétrico série.
Veja que a água só terá um único caminho a percorrer ao sair do reservatório. 
Ela sai de uma casa chega até à casa seguinte. Se por algum motivo a água 
for interrompida na casa 2, a casa 3 ficará sem o abastecimento de água pelo 
reservatório. Caso seja interrompido na casa 1, a casa 2 e 3 também ficarão sem 
água.
Um circuito elétrico também pode 
ser montado desta mesma forma. A 
este tipo de circuito, damos o nome 
de circuito elétrico em série.
56
Pergunta
Vamos conhecer melhor esse circuito? 
Circuito elétrico em série 
Como você pode perceber, a corrente só tem um caminho para circular:
Figura 39 - Circuito elétrico série 
Fonte: SENAI (1980, p. 06)
Acompanhe as características do circuito em série:
 � Se uma lâmpada está queimada ou é retirada da série, acorrente tem o seu 
caminho interrompido;
 � A saída de um componente é ligada na entrada do outro;
 � Caso o interruptor seja desligado todas as lâmpadas se apagarão. 
Reflita
Seria viável uma instalação elétrica predial com este tipo de circuito?
Eletricista Instalador Predial
57Unidade 1
Se você respondeu que não, está totalmente certo. O circuito elétrico do tipo 
série se restringe a pequenas aplicações como um circuito de uma pequena 
árvore de natal por exemplo.
Para entender o segundo circuito elétrico, você pode fazer a mesma analogia, 
porém, mudar a forma de ligação da tubulação. Veja!
Figura 40 - Analogia ao circuito elétrico paralelo.
Observe que a água, agora, não terá mais um único caminho para percorrer. Ao 
sair do reservatório, ela entra nas casas por tubulações distintas. Se, por algum 
motivo, a água for interrompida na casa 2, a casa 1 e a casa 3 não ficarão sem o 
abastecimento de água pelo reservatório. O mesmo acontece se for interrompi-
do na casa 2 ou na casa 3, as demais também não ficarão sem água. 
Um circuito elétrico também 
pode ser montado desta 
mesma forma. A este tipo de 
circuito, damos o nome de 
circuito elétrico paralelo.
 
58
Veja:
Circuito elétrico paralelo
Como você percebe a corrente agora tem três caminhos para circular:
Figura 41 - Circuito elétrico paralelo 
Fonte: SENAI (1980, p. 09)
Confira as características do circuito paralelo:
 � O circuito paralelo tem vários caminhos para corrente circular;
 � Os consumidores podem ser manobrados independentemente;
 � Cada consumidor tem seu próprio caminho.
Reflita
Seria viável uma instalação elétrica predial com este tipo de circuito?
Se você respondeu que sim, sua resposta esta totalmente certa. Pois, numa 
instalação elétrica predial, os seus elementos devem funcionar de forma inde-
pendente. O circuito elétrico do tipo paralelo se aplica a todas as instalações 
elétricas prediais e industriais.
Eletricista Instalador Predial
59Unidade 1
Agora que você já conhece o circuito série e paralelo, é hora de fazer a com-
binação dos dois circuitos.
Está combinação dos circuitos série e paralelo recebe o nome de circuito elétri-
co misto. Confira.
Circuito elétrico misto
O circuito elétrico misto apresenta parte de seus aparelhos consumidores liga-
dos em série e parte ligados em paralelo.
Figura 42 - Circuito elétrico série 
Fonte: SENAI (1980, p. 11)
Pergunta
Quer saber quais são suas características?
O circuito misto deve ser analisado por partes:
 � A parte série segue as características do circuito série;
 � A parte paralela segue as características do circuito paralelo.
60
Reflita
Seria viável uma instalação elétrica predial com este tipo de circuito?
Se você respondeu que não, sua resposta esta totalmente certa. Por ser, o cir-
cuito elétrico, misto a combinação dos dois outros circuitos, os seus elementos 
em série deixam os aparelhos consumidores do circuito elétrico mistos também 
dependentes. O circuito elétrico do tipo misto também se restringe a pequenas 
aplicações, como um circuito de uma pequena árvore de natal, por exemplo.
Representações por símbolos gráficos
Na realidade, quando os circuitos elétricos são representados em forma de de-
senho, na medida em que são acrescentados mais componentes, torna-se mais 
difícil representá-los. 
A partir de agora, você deverá conhecer algumas das representações gráficas 
utilizadas para leitura e interpretação dos circuitos elétricos.
Quadro 07 - Simbologia gráfica dos componentes de um circuito elétrico
Fonte 
geradora
Pilhas 
Baterias
Condutor
Fios
Cabos
Ponto de 
Ligação
Permanente
Não permanente
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61Unidade 1
Dispositivo de 
Manobra
Aberto
Fechado
Aparelho 
Consumidor
Lâmpada
Fonte: SENAI (1980, p. 03)
Relembrando
Nesta aula, você teve a oportunidade de aprender que, em 
um circuito elétrico em série, a corrente tem um só caminho 
para circular. Por isso, torna-se inviável sua utilização em 
instalações prediais.
No circuito elétrico paralelo, a corrente elétrica circula por 
vários caminhos, o que torna viável sua em instalações elé-
tricas prediais.
E, por último, você viu que o circuito elétrico misto possui a 
características dos circuitos - em série e em paralelo -, não 
sendo viável sua utilização em instalações prediais.
Para a próxima aula, reúna dedicação e disciplina, para que 
os seus objetivos de aprendizagem sejam alcançados.
62
 Colocando em prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos 
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado. 
Aula 9: 
Aplicação da Lei de Ohm 
aos circuitos elétricos
Ao final desta aula você estará apto a:
 � Aplicar a Lei de Ohm nos circuitos série, paralelo e misto;
 � Calcular a corrente tensão e resistência elétrica.
Dando continuidade aos seus estudos neste próximo desafio, você aplicará as 
Leis de Ohm e Kirchhoff nos circuitos série paralelo e misto. Esta aula lhe dará 
conhecimento para analisar um circuito de uma instalação elétrica como: circui-
tos de iluminação, tomadas e outros.
Aplicação das Leis de Ohm e Kirchhoff no circuito série
É importante que você conheça as características do circuito série:
1 Nos circuitos série, a corrente sempre será a mesma em todo o percurso do 
circuito;
Eletricista Instalador Predial
63Unidade 1
2 A tensão elétrica da fonte se divide, proporcionalmente, pelas suas cargas; 
3 A resistência total do circuito será sempre maior que a maior resistência do 
circuito.
Figura 43 - Circuito elétrico série (com três cargas associadas)
Fonte: SENAI (1980, p. 36)
Então, acompanhe um passo a passo para calcular o valor da corrente:
Exemplo 1:
1º: Calcular a resistência total do circuito:
Veja:
RT = R1 + R2 +R3 
RT = 10 +5 +15 
RT = 30Ω
RT= R1+ R2+R3...+Rn 
É a equação geral para o cálculo da resistência total para os circuitos série.
2º: Calcular a corrente total do circuito:
Dados: E = 15V; RT = 30Ω; Logo: IT = E IT = 15 I = 0,5A
 R 30
64
Quer outro exemplo? Então vamos lá!
Exemplo 2:
Aplicar a Lei de Ohm em um circuito série, o qual não se sabe qual a ten-
são elétrica que a fonte nos fornece:
Figura 44 - circuito elétrico série (calculando a tensão total)
Fonte: SENAI (1980, p. 36)
Acompanhe novamente o passo a passo para calcular o valor da tensão da 
fonte:
1º: Calcular o valor da resistência total:
RT = R1 + R2 +R3
RT = 10 +5 +15
RT = 30Ω
2º: calcular o valor da corrente total.
Dados: E = 15V RT = 30Ω Logo: IT = E IT = 15 I = 0,5A
 R 30
3º: Calcular o valor da tensão
Dados: RT = 30 Ω IT = 0,5 A Logo: E = R x I E = 30x0,5 E = 15V
Eletricista Instalador Predial
65Unidade 1
Para reforçar ainda mais seus conhecimentos, confira mais um exemplo:
Exemplo 3
Um dos valores de resistência é desconhecido. Também 
existe uma queda de tensão provocada pelo resistor R1, R2 e 
R3, que chamaremos de v1, v2 e v3.
Figura 45 - circuito elétrico série (calculando a tensão parcial de cada carga)
Fonte: SENAI (1980, p. 37)
Pergunta
Mas, o que é essa “Queda de Tensão”?
Você já deve ter vivenciado a seguinte situação:
Uma lâmpada está ligada a uma rede elétrica 110 Volts. Se ao mesmo tempo 
ligarmos um chuveiro elétrico, também de 110 Volts que está instalado na mes-
ma rede...
Pergunta
O que acontecerá?
66
Se você observar, a lâmpada sofrerá uma queda na sua luminosidade. Isso 
ocorre porque houve uma queda de tensão, provocada pelo chuveiro elétrico. 
Ao ser ligado, este exige maior corrente elétrica da rede, conseqüentemente há 
maior queda de tensão.
Coisa semelhante ocorre com a corrente de água encanada. Observe a figura a 
seguir:
Figura 46 - Analogia de queda de tensão na rede elétrica
Fonte: SENAI (1980, p. 38)
Você já deve ter observado quando uma torneira está aberta, a pressão do jatodiminui se alguém abre uma outra torneira na mesma rede. 
Abrindo a torneira 2, aumentou-se a vazão no condutor, fazendo cair a pressão 
na torneira 1. 
Em uma rede elétrica, o comportamento de perda de pressão ocorre de manei-
ra semelhante.
Agora, você tem o passo a passo para calcular o valor da resistência R3 e as 
quedas de tensão v1, v2 e v3. Vamos retomar o exemplo:
Eletricista Instalador Predial
67Unidade 1
1º passo: Calcular a queda de tensão na resistência R1; 
Dados: I = 0,5 A; R1 = 10Ω Logo v1 = R1 x I v1 = 10 x 0,5 v1 = 5V 
2º passo: calcular a queda de tensão em R2;
Dados: I = 0,5A; R2 = 5Ω Logo: v2 = R2 x I v2 = 5 x 0,5 v2 = 2,5V
3º passo: calcular a resistência R3 e a queda de tensão na resistência R3;
Dados: I = 0,5 A; E = 15V Logo: v3 = R3 x I R3 = v3
 I 
Atenção
Neste caso, você não pode calcular só pela Lei de Ohm, pois, não temos 
os valores de v3 e R3.Você precisa conhecer uma nova lei chamada 
Segunda Lei de Kirchhoff para complementar nossos cálculos. 
Segundo a teoria de Gustav Kirchhoff, a Lei para quedas de tensão, afirma que: 
A soma de todas as quedas de tensão 
em um circuito série é igual ao total 
da tensão fornecida por uma fonte 
geradora Et = v1 + v2 +v3...vN.
Logo, pela Lei de Kirchhoff: 
( ET = v1 + v2 +v3 )
Logo: ET= v1 + v2 +v3 
15 = 5 + 2,5 +v3
15 - 5 - 2,5 = v3
v3 = 7,5V
Agora sim, você conclui o 3º passo:
68
R3 = v3
 I 
R3 = 7,5
 0,5 
Logo: R3 = 15Ω
Relembrando
Para trabalhar com circuito série você precisa saber algumas de suas ca-
racterísticas:
Nos circuitos em série, a corrente sempre será a mesma em todo o per-
curso do circuito;
A tensão elétrica da fonte se divide, proporcionalmente, pelas suas cargas;
A resistência total do circuito será sempre maior que a maior resistência 
do circuito.
A queda de tensão pode ser representada por v = r.i (devido ao fato do 
condutor oferecer resistência à passagem da corrente elétrica).
Você conheceu uma nova teoria: a ASegunda Lei de Kirchhoff (A soma de 
todas as quedas de tensão em um circuito série é igual ao total da tensão 
fornecida por uma fonte geradora Et = v1 + v2 +v3...vN. l
Podemos seguir adiante? Os caminhos a percorrer estão cheios de surpre-
sas!
Aplicação das Leis de Ohm e Kirchhoff no circuito paralelo
Por meio da análise do circuito paralelo, você entenderá melhor como funciona-
rão os circuitos das instalações elétricas, pois é exatamente ele que você utiliza-
rá para fazer as suas instalações elétricas. 
Veja os exemplos a seguir:
Exemplo 1 
Para entender como aplicar a primeira Lei de Ohm no circuito paralelo você 
precisa saber as características do circuito paralelo: 
1 Nos circuitos associados em paralelo, a tensão elétrica sempre será a mesma 
em todo o percurso do circuito;
2 A corrente elétrica será dividida, proporcionalmente, a cada consumidor;
Eletricista Instalador Predial
69Unidade 1
3 A resistência total do circuito será sempre menor que a menor resistência 
do circuito paralelo.
Figura 47 - Circuito elétrico paralelo (com três cargas associadas)
Agora você já sabe que, nos circuitos paralelos, a tensão elétrica será a mesma, 
a corrente se dividirá e a resistência total será sempre menor que a menor resis-
tência do circuito.
Confira o passo a passo:
1º: Calcular a resistência total (R T) utilizar três possibilidades de equações.
 
NR
1
.....
2R
1
+
1R
1
=
RT
1
 
 
Esta é a equação geral para cálculo da resistência total para o circuito paralelo;
Particularidades:
Circuito paralelo para 2 resistores;
 
 
2R
2R
+1R
×1R
=RT 
 
Circuito paralelo para 2 ou mais resistores iguais; 
N
T R
R
=R v 
 
70
Pergunta
Então, vamos aplicar a primeira equação geral?
ET = 36V 
R1 = 12Ω 
R2 = 10Ω 
Ω=⇔=⇔=+=+⇔+= 45,5RT
11
60RT
60
11
60
6
60
5
10
1
12
1
2R
1
1R
1
RT
1
 
 
Atenção
Você deverá relembrar um conceito matemático!
Para o caso da soma das frações com denominadores diferentes você deve, an-
tes, retirar o mínimo múltiplo comum (m.m.c.) dos denominadores:
Veja: m.m.c. de 
12,10 2
6 5 2
3 5 3
1 5 5
1 60
2º: Calcular a corrente total. Pois, você já sabe a tensão total e já calculou a re-
sistência total do circuito:
Eletricista Instalador Predial
71Unidade 1
Dados: ET= 36V; RT = 5,45Ω Logo: 
 
A6,6I
45,5
36I
R
EI TT
T
T =⇔=⇔ 
 
 
Muito bem! Agora você esta pronto para encarar mais uma desafio. Calcular a 
tensão elétrica.
Exemplo 2
Calcular a tensão elétrica (E) que a fonte geradora fornece. Observe que ela 
agora é desconhecida.
Figura 48 - Circuito elétrico paralelo (Calculando a tensão total)
Lembre-se que, para calcular a tensão elétrica (E) você deve utilizar a seguinte 
expressão:
ET= RT X IT.
Pergunta
Você já aprendeu como calcular a resistência total (RT)?
72
Podemos iniciar o passo a passo?
1º: Calcular a resistência total do circuito paralelo com duas resistências.
Dados: R1 = 12Ω, R2 = 10Ω
 
NR
1
.....
2R
1
+
1R
1
=
RT
1
 
 
 
Esta é a equação geral para cálculo da resistência total para o circuito 
paralelo;
Particularidades:
Circuito paralelo para 2 resistores;
 
2R
2R
+1R
×1R
=RT 
 
Circuito paralelo para 2 ou mais resistores iguais; 
 
N
T R
R
=R 
 
Dica
Como no circuito só existe duas resistências, você poderá também 
calcular a resistência total do circuito paralelo utilizando a segunda 
expressão.
Lembre-se:
Como só tem duas resistências, você pode calcular com esta expressão. 
 
 
21
21
T R+R
R×R
=R 
 
Eletricista Instalador Predial
73Unidade 1
Veja como ficam mais rápidos os cálculos:
Agora sim, já é possível calcular a tensão total, pois você já a corrente total já 
dada no circuito! Veja:
2º: calcular a tensão elétrica (E) fornecida pela fonte.
Dados: RT = 5,45 Ω 
Pergunta
O mesmo cálculo foi apresentado de forma diferente, lembra?
IT = 6,6 A 
Logo: 
 
V36E6,645,5EIRE TTTTT =⇔×=⇔×= 
 
Avançando mais um pouquinho no conhecimento do circuito paralelo, confira 
um novo exemplo:
Exemplo 3
Neste exemplo, você deve calcular os valores da Tensão total (ET) e correntes 
elétricas (I1) e (I2) de uma das resistências.
Observe o circuito e veja as informações que ele oferece:
 
 
Ω=⇔
+
×
=
+
×
= 45,5
22
120
1012
1012
RR
RR
R
21
21
T 
 
74
Figura 49 - Circuito elétrico paralelo (calculando as correntes)
Dica
No circuito paralelo a tensão é a mesma!!
Confira o passo a passo:
1º: Calcular primeiro a tensão total ET. 
Como o circuito apresentado é paralelo, a tensão sobre os resistores é a mesma 
da fonte geradora. Se, v1 = 36V então v2 também será de 36v, logo, podemos 
concluir que a tensão (ET) será 36v.
Assim: Se v1=36V=v2 =ET =36V
Logo: ET=36V
2º: calcular a corrente elétrica I2. Para isso, utilizar a seguinte equação:
Eletricista Instalador Predial
75Unidade 1
Dados:
 
 
2
2
2 R
V
=I 
 
 Logo:
 
 
A6,3I
10
36
R
V
I 2
2
2
2 =⇔⇔= 
 
V2 = 36V Você já conhece.
R2= 10Ω Você também já conhece.
Agora, preste muita atenção que no terceiro e último passo você conhecerá 
uma nova teoria: a Primeira Lei de Kirchhof.
3º: para calcular a resistência R1 ,utilizar a equação já conhecida
1
1
1 R
V
=I 
 
Atenção
Neste caso, você não pode calcular só pela Lei de Ohm, pois não tem 
os valores R1e I1. Você conhecerá uma nova lei chamada “Primeira Lei de 
Kirchhoff” para complementar os cálculos. 
Veja os dados:
 � Temos V1? sim = 36V
 � Temos R1 ? não.
 � Temos I1 ? não.
Pergunta
Então, como calcular a corrente elétrica I1, se a equação apresenta dois 
valores desconhecidos?
76
Neste caso, você tem um conceito complementar às deduções de Ohm. Este 
conceito é primeira lei de Kirchhoff, conhecida como a “Lei dos nós”. Resumida-
mente, a lei afirma que: 
A soma de todas as correntes 
que chegam a um nó é igual 
das corrente que saem deste 
mesmo nó. It = I1 + I2 ...IN 
Observe novamente o circuito paralelo a seguir:
Figura 50 - Circuito elétrico paralelo (calculandoas correntes parciais)
Acompanhe a seta que representa a corrente total (IT) do circuito e veja o cami-
nho que ela percorre. 
Ela chega no ponto 1 (nó 1) e se divide proporcionalmente pela duas cargas (re-
sistências). Agora como I1 e I2, elas atravessam essas resistências e chegam no 
ponto2 (nó 2), se encontram e retornam de novo para fonte geradora como a 
corrente total (IT). Assim permanece, enquanto a fonte geradora estiver forne-
cendo diferença de potencial (d.d.p.).
página 27
1.9.7 e 1.9.8
Nó, emenda 
ou derivação 
Eletricista Instalador Predial
77Unidade 1
Agora você pode retomar ao 3º passo!
Neste caso, você poderá utilizar a Primeira Lei de Kirchhoff para auxiliá-lo:
V
 
21T I+I=I 
 
Dados:
IT= 6,6 (este valor de corrente já se encontra no circuito)
I2= 3,6 (informação do primeiro passo)
I1 = não temos
Logo:
 
 
A36,36,6IIII 12T1 =⇔=⇔= 
 
 I1 = 3 A
Pergunta
Vamos rever alguns tópicos importantes do circuito paralelo?
Para trabalhar com o circuito paralelo você precisa conhecer algumas de suas 
características:
 � Nos circuitos com cargas em paralelo a tensão elétrica (E), será a mesma em 
todo o percurso do circuito;
 � A corrente elétrica (IT) será dividida proporcionalmente a cada consumidor 
do circuito; 
 � A resistência total do circuito será sempre menor que a menor resistência 
do circuito paralelo.
Aprendeu a calcular a resistência no circuito paralelo utilizando-se da associa-
ção de resistores com a equação geral e a equação 
simplificada 
 
21
21
T R+R
R×R
=R 
 
 
NR
1
.....
2R
1
+
1R
1
=
RT
1
 
 
78
Você conheceu também a 1ª Lei de Kirchhoff, também conhecida como a Lei 
dos nós 
 
I+I=I 1T 2 
 
Muito bem! Conceitos básicos do circuito paralelo relembrados. É hora de con-
tinuar o desafio analisando o circuito misto!
Aplicação das Leis de Ohm e Kirchhoff no circuito misto
Este circuito é uma combinação dos circuitos série e paralelo. Portanto, para 
você fazer uma análise, deverá levar em consideração as características elétricas 
de cada pedaço do circuito.
No circuito a seguir, temos os resistores R2 e R3 em série e RI em paralelo com a 
fonte geradora e também com os resistores R2 
Figura 51 - Circuito elétrico misto (com três cargas associadas)
Fonte: SENAI (1980, p. 16)
Para fazer a análise do circuito elétrico misto, acompanhe o passo a passo para 
calcular os valores desconhecidos do circuito.
1º: calcular a resistência total do circuito.
Para isso você precisa dividir o circuito em dois, um paralelo e um em série e 
calcular separadamente.
Você terá que iniciar a análise começando pela a associação de resistências para 
o circuito misto. Então, voltando ao circuito da figura, você verá que: R2 é resis-
tente para os dois circuitos, e a chamaremos de Ra. Veja no circuito da figura 2. 
Veja como ficou o circuito da figura 2:
Figura 52 - Circuito elétrico misto (calculando a resistência total)
Fonte: SENAI (1980, p. 16)
Observou como deverá ser feito? 
Você deve aplicar os conceitos apreendidos do circuito série e paralelo, anali-
sando o circuito misto por suas partesque esta em série e paralelo para fazer 
uma nova combinação do circuito, como indica a seta para o circuito da figura a 
anterior. 
Eletricista Instalador Predial
79Unidade 1
Você terá que iniciar a análise começando pela a associação de resistências para 
o circuito misto. Então, voltando ao circuito da figura, você verá que: R2 é resis-
tente para os dois circuitos, e a chamaremos de Ra. Veja no circuito da figura 2. 
Dados para calcular os resistores em série: 
R2= 8Ω; R3= 2Ω
Logo: 
 
Ω=+⇔+= 10283R2RRa 
 
Veja como ficou o circuito da figura 2:
Figura 52 - Circuito elétrico misto (calculando a resistência total)
Fonte: SENAI (1980, p. 16)
Atenção
Observou como deverá ser feito? 
Você deve aplicar os conceitos apreendidos do circuito série e paralelo, anali-
sando o circuito misto por suas partesque esta em série e paralelo para fazer 
uma nova combinação do circuito, como indica a seta para o circuito da figura a 
anterior. 
80
Dados: Ra = 
 
 
 
 
Ra = Ω10 
 
; R1= 10Ω;
Observe que, no circuito da figura, R1 e Ra estão 
em paralelo. Agora você pode calcular RT pela 
equação simplificada.
 
 
 
Ω=⇔⇔
+
×
= 5R
20
100
10
10
10
10R TT 
 
 
Ra
Ra
+R
×R
=R
1
1
T 
 
Confira mais uma etapa dos cálculos:
2º: Calcular a tensão total (ET) do circuito;
Dados: RT = 5Ω IT = 10 A
Logo: 
 
50R105IRE TTTT =⇔×⇔×= 
 
V
3º: Calcular a corrente (I1) do circuito;
Dados: ET = 50V; R1 = 10V
Logo: 
 
A5I
10
50
R
E
I 1
1
T
1 =⇔== 
 
Eletricista Instalador Predial
81Unidade 1
Figura 53 - Circuito elétrico paralelo equivalente (calculando os valores de tensão corrente e resistência 
total)
Fonte: SENAI (1980, p. 17)
4º Passo: Calcular a corrente elétrica (I2) do circuito;
Dados:
IT = 10 A já foi dada no circuito.
I1 = 5 A já calculada no 3º passo.
Logo: 
 
5I510IIII 221T2 =⇔=⇔= 
 
Você venceu mais esta etapa. Este é o circuito que equivale ao circuito misto que 
você acabou de analisar.
82
Figura 54 - Circuito elétrico equivalente da associação (calculando os valores de tensão corrente e 
resistência total)
Fonte: SENAI (1980, p. 17)
Pergunta
Como ficou?
 � A tensão total (ET) do circuito é de 50V;
 � A Corrente total (IT) que circulará no circuito é de 10 A e;
 � A resistência total (RT) do circuito é de 5Ω.
Eletricista Instalador Predial
83Unidade 1
Relembrando
Para fechar esta aula, é muito importante relembrar alguns conceitos. O 
quadro resumo a seguir demonstra os principais tópicos:
Quadro 08 – Resumo dos conceitos circuitos (série, paralelo e misto)
 Circuito série
Calcular Equação Importante
Resistência total (RT)
Circuito em série
RT = R1 + R2 +R3
A resistência total é sem-
pre a soma das resistências 
circuitos em série
Corrente total IT 
 
R
E
=IT 
 
A corrente sempre será a 
mesma em todo o percurso 
do circuito
Queda de tensão
v= i x r
Et = v1 + v2 
+v3...+vn.
A tensão elétrica sempre se 
divide, havendo queda de 
tensão em cada resistência 
do circuito
Segunda Lei de Kirchhoff: 
a soma de todas as quedas 
de tensão em um circuito 
série é igual fonte geradora 
Circuito paralelo
Resistência total (RT)
Circuito paralelo
 
 
2R
1
+
1R
1
=
RT
1
 
 
 
 
21
21
T R+R
R×R
=R 
 
A resistência total será sem-
pre menor que 
a resistência que estiver 
presente no circuito.
84
Corrente total IT IT= I1 +I+I3...+In
A corrente sempre será 
dividida, proporcionalmen-
te, a cada consumidor do 
circuito.
Primeira Lei de Kirchhoff: a 
soma de todas as correntes 
em um circuito paralelo é 
igual ao total da corrente 
fornecida por uma fonte 
geradora .
Tensão elétrica (E) ET= RT X IT
Num circuito, paralelo a 
tensão sempre é a mesma
Circuito Misto
Lembre-se! No circuito misto você deverá seguir os mesmos critérios 
seguidos no circuito série e no circuito paralelo. Contudo, você deverá 
analisar o circuito em partes. As cargas em série, você deverá seguir as 
características do circuito serie, e aquelas que estiverem em paralelo, 
seguir as características do circuito paralelo.
 
 Colocando em Prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos 
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.
Eletricista Instalador Predial
85Unidade 1
Aula 10: 
Resistividade das 
matérias
Ao final desta unidade você estará apto a: 
 � Compreender a influência da resistividade ao planejar os circuitos das insta-
lações elétricas;
 � Reconhecer os fatores que influenciam na resistência dos materiais empre-
gados nas instalações elétricas;
 � Reconhecer a resistência específica de cada material e constatar sua influên-
cia nas redes elétricas;
 � Aplicar a Lei de Ohm para constatar que o valor de resistência de cada ma-
terial é diferente e depende de vários fatores.
Pergunta
Antes de iniciaro seu estudo, vamos relembrar o que foi estudado na 
aula anterior? 
 � Aplicação das deduções de Ohm para os circuitos série, paralelo e misto;
 � Cálculo dos valores de tensão, corrente e resistência nos circuitos associa-
dos; 
 � Conhecimento das definições da primeira e segunda Lei de Kirchhoff e suas 
aplicações nos circuitos série, paralelo e misto; 
Resistividade dos materiais será o assunto desta aula. Conheça os fatores que 
influenciarão na resistência de alguns materiais condutores empregados nas 
instalações elétricas, como o cobre e o alumínio. Veja a importância destes fato-
res na escolha e dimensionamento correto das bitolas dos condutores.
86
Resistividade dos materiais
Quando falamos em resistividade, estamos falando da oposição ou resistência 
de um material à resistividade. Mais facilmente, o material permitirá a passagem 
de uma carga elétrica.
Fatores que influenciam na resistência dos materiais
O comprimento do material tem uma influência direta na queda de tensão da 
instalação elétrica. Porém, é necessário saber que a resistência de um condutor 
depende, também, de outros fatores.
Os valores de resistência elétrica variam de acordo com quatro fatores que são:
 
Figura 55 - Fatores que influenciam diretamente na resistência dos materiais
Fonte: SENAI (1980, p. 12)
Pergunta
Vamos analisar cada um deles?
Natureza dos materiais
A diferença nos valores de resistência e condutibilidade oferecidos pelos dife-
rentes materiais está relacionada ao fato de que cada material tem um tipo de 
constituição atômica diferente.
Observe a figura a seguir.
Eletricista Instalador Predial
87Unidade 1
 
Figura 56 - Fatores que influenciam diretamente na resistência dos materiais
Fonte: SENAI (1980, p. 12)
 
Figura 57 - Fatores que influenciam diretamente na resistência dos materiais
Fonte: SENAI (1980, p. 12)
Comprimento do Material
Lembre-se! Este é um fator que você também não pode deixar de levar em con-
sideração quando for planejar um circuito elétrico em uma instalação. Porque, 
quanto maior for o comprimento dos fios deste circuito, maior será a resistência 
dos mesmos, provocando maior queda de tensão e perda de energia. Observe a 
figura a seguir:
Outros materiais dificilmente 
liberam seus elétrons da última 
camada de seus átomos, por isso 
resistores ou isolantes.
Alguns materiais liberam facil-
mente seus elétrons da última 
camada de seus átomos, por isso 
são condutores.
88
Figura 58 - Fatores que influenciam diretamente na resistência dos materiais
Fonte: SENAI (1980, p. 23)
Seção Transversal do Material
A seção transversal do condutor é a bitola do fio ou cabo utilizado nas instala-
ções elétricas. Quanto maior for à bitola de um condutor, menor será sua resis-
tência elétrica.
Por este motivo, é muito importante que você, eletricista, saiba qual a bitola do 
condutor será utilizada nos circuitos elétricos.
Veja:
Figura 59 - Fatores que influenciam diretamente na resistência dos materiais
Fonte: SENAI (1980, p. 23)
Temperatura
Como os outros fatores, a temperatura também deve ser observada com bas-
tante atenção pelo eletricista. Se fios de uma instalação elétrica estiverem aque-
cendo muito, é sinal de que alguma coisa de errado está ocorrendo.
Veja o exemplo:
Eletricista Instalador Predial
89Unidade 1
Tabela 01 - Temperatura x Resistência
Temperatura Resistência
20ºC 1,5Ω
40ºC Maior que 1,5Ω
Isso significa que temperatura e resistência são duas grandezas diretamente 
proporcionais. Se aumentarmos a temperatura aumentamos também a resistên-
cia. Todo cuidado e pouco com o aumento de temperatura nos fios da instala-
ção elétrica.
<inserir ilustra 1.10.6>
Figura 60 - Alguns exemplos de sobrecargas nos componentes gerados por excesso de temperatura 
Fios e cabos compridos demais ou muito 
finos, emendas ou conexões elétricas mal fei-
tas, excesso de cargas nas tomadas, podem 
também provocar aumento de temperatura 
nas instalações.
90
Pergunta
Você se sente seguro para enfrentar um problema mais complexo na 
eletricidade? 
Veja a seguinte instalação elétrica:
Figura 61 - Fatores que influenciam diretamente na resistência dos materiais
Fonte: SENAI (1980, p. 24)
Uma torneira elétrica de 110V e 30A está instalada a 25 metros da sua fonte de 
energia.
A pergunta é: qual a bitola (diâmetro) do condutor de cobre que deverá ser 
usada para que uma queda de tensão não ultrapasse os 4%?
Para resolver este problema, faça uso da primeira e segunda Leis de Ohm. Tam-
bém conhecida como resistividade (resistência especifica).
Veja: 
 
S
L×ρ
=R 
 
 
Eletricista Instalador Predial
91Unidade 1
Onde:
 � R = resistência em ohm (Ω)
 � ρ = resistência especifica em (Ω.m)
 � L = comprimento condutor em (m)
 � S = área de seção transversal em (mm2)
A resistividade é a resistência especifica de cada material. Para que isso fosse 
possível de determinar, uma tabela foi criada.
 
Resistência específica é a resis-
tência oferecida por um material 
de 1 metro de comprimento e 
1mm2 de seção transversal, e es-
tando na temperatura de 20ºC.
Confira a tabela de resistividade:
Tabela 02 – Tabela de resistividade
MATERIAL
RESISTIVIDA-
DE
Prata 0,016Ω
Cobre 0,017Ω
Alumínio 0,030Ω
Tungstênio 0,050Ω
Constantan 0,500Ω
Níquel-cromo 1,000Ω
Fonte: SENAI (1980, p. 23)
Retome o exemplo da instalação da torneira!
Representação esquemática da instalação elétrica da torneira
92
Figura 62 - Circuito elétrico equivalente torneira elétrica
Fonte: SENAI (1980, p. 23)
Dados da instalação:
I = 20 A
ET = 110V
L= 25 m
ρ = 0,017Ω.mm2
A queda de tensão foi de: ET= 110 -80 = 30V
Com este valor de queda de tensão, você poderá agora, calcular qual foi a resis-
tência oferecida pelos os fios da instalação.
Veja como: 
 
 
I
E
=R 
 
 pela primeira Lei de Ohm
Então: 
 
20
30R
I
ER =⇔= 
 
 Logo, a resistência dos condutores será: R= 1,5Ω
Se você quiser saber qual queda de tensão deverá ter a instalação de sua tor-
neira, você deve consultar a norma de instalações elétricas: NBR 5410 de 2004. 
Essa norma, você estudará mais adiante.
Então, vamos adotar o permitido pela norma que é , no máximo de 4%.
Observe que a máxima queda de tensão admitida no circuito da torneira elétri-
ca é de 4% ou 4,4v. Podemos facilmente fazer uma regrinha de três simples.
Eletricista Instalador Predial
93Unidade 1
Assim:
110 100%
 X 4%
Logo: X = 4,4v
Então: 
 
Ω=⇔= 22,0R
20
4,4R 
 
 é a 
resistência máxima oferecida pelos 
condutores.
Ou seja, o circuito da torneira deveria ter no máximo 0,22Ω e não 1,5Ω como 
ocorre com a queda de tensão proporcionada pela resistência dos condutores 
da instalação da torneira.
Atenção
Como o circuito da instalação da torneira é constituído por dois 
condutores, você deve dividir a resistência por dois, para saber a 
resistência de cada parte do condutor.
Logo: 
 
 
Ω11,0=
2
22,0
=R 
 
 então 
cada condutor deverá ter 0,11Ω
Conhecendo todos os dados da instalação, você pode calcular a seção trans-
versal ou bitola do fio com a 2ª Lei de Ohm
 
S
L×ρ
=R 
 
94
Dados:
R = 0,11Ω 
 ρ= 0,017 (como o condutor é de cobre, a sua resistividade é de 0,017Ω 
mm2,conforme mostra a tabela de resistividade dos materiais
L = 25 m (comprimento do circuito da torneira) 
S = é bitola do condutor que deveremos saber
Fazemos uma pequena transformação na equação de Ohm, veja:
 
S
L×ρ
=R 
 
 Logo: S = ρ x L 
 R
Então:
 
 
 
 
⇒
11,0
425,0S
11,0
25017,0
R
LS =⇔×⇔×ρ=
 
 
S= 3,86mm2 
 
Agora que já está calculada a seção transversal do condutor de cobre da insta-
lação da torneira, adote a medida imediatamente superior encontrada comer-
cialmente. Neste caso, S= 4mm2.
Relembrando 
Nesta aula, você viu como é importante saber aplicar corretamente os 
conceitos fundamentais da eletricidade. Você avançou mais uma etapa!
Viu quais os principais fatores que influenciam na resistência elétrica dos 
materiais 
Aprendeu a aplicar, na prática, a segunda Leide Ohm, conhecida como 
resistividade. 
S
L×ρ
=R 
 Também compreendeu por que o superaquecimento nos condutores deve 
se evitado;
E, por último, como calcular a resistência de um circuito, sabendo seu 
comprimento e o tipo de material condutor utilizado.
Na aula seguinte, o assunto é bastante interessante: potência e energia 
elétrica. Reúna dedicação e disciplina para seguir em frente!
Eletricista Instalador Predial
95Unidade 1
 Colocando em Prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos 
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.
Aula 11: 
Energia e potência 
elétrica 
Ao final desta unidade você estará apto a:
 � Reconhecer e compreender potência elétrica como uma grandeza funda-
mental na eletricidade;
 � Conceituar potência e energia elétrica;
 � Conhecer suas formas de conversão e aplicações nas instalações elétricas. 
Só para refrescar sua memória: na aula anterior você estudou sobre a influência 
da resistividade ao planejar os circuitos das instalações elétricas. Também viu 
quais os fatores que influenciam na resistência dos materiais, que cada material 
tem uma resistência específica, constatando sua influência nas redes elétricas.
A aplicação da Lei de Ohm, para constatar que o valor de resistência de cada 
material é diferente e depende de vários fatores, foi outro assunto muito impor-
tante para seu aprendizado profissional com eletricista predial.
A partir de agora, você estudará energia e potência elétrica. Os conhecimentos 
adquiridos poderão ajudar você a definir o consumo de energia de cada aparelho 
ou equipamento ligado às instalações elétricas.
96
Você por diversas vezes, você já deve ter visto esta inscrição: kilowatt- hora 
(kWh) ou Watts (W) nos equipamentos elétricos não é mesmo? Então nesta 
aula você entenderá por que isso acontece.
Energia e potência elétrica
Figura 63 - Potência de chuveiro elétrico
Quando você acende uma lâmpada, liga a TV ou o chuveiro para tomar um ba-
nho, está consumindo energia!
O trabalho realizado pelos elétrons ao atravessarem um aparelho consumidor 
(chuveiros, lâmpadas microondas e outros), representa um custo que virá na 
conta de energia de cada cliente.
Energia, potência e efeito Joule
Energia elétrica - É a capacidade de realização de trabalho. Essa energia é 
transportada pela corrente elétrica, proporcionando o funcionamento dos di-
versos equipamentos e aparelhos utilizados pelo homem.
Potência elétrica - É a rapidez com que um trabalho é realizado.
Vejamos alguns:
Eletricista Instalador Predial
97Unidade 1
<inserir ilustra 1.11.2>
Trabalho realizado: cinético Trabalho realizado: calor Trabalho realizado: calor e luz
 e ventilação
Figura 64 - Formas de trabalhos realizados por aparelhos elétricos 
Tanto energia como o trabalho realizado se utilizam da mesma unidade: 
 
 
t
T
=P 
 
 Onde: 
 P = Potencia em Watts (W)
 T= Trabalho em joule ( j)
 t = Tempo em segundos (s)
Efeito Joule - É observado em virtude do aquecimento sofrido pelos conduto-
res, quando, por eles, circula uma corrente elétrica.
O efeito Joule é mais evidente nos aparelhos elétricos que funcionam com re-
sistores.
Veja os exemplos: 
Figura 65 - Trabalho produzido por estes aparelhos e o calor ou efeito Joule
Fonte: Theodoro Filho (2007, p. 08)
98
Pergunta
Você já parou para observar sua conta de energia?
Figura 66 - Fatura de energia da prestadora de serviço local
Fonte: Edp/Escelsa (2010)
Como a energia elétrica é também uma grandeza elétrica, também pode ser 
medida:
Logo:
Quadro 09 - nome do quadro
Grandeza Unidade
Letra da 
Unidade
Aparelho
Energia Elétrica kWH T Medidor de Kilowatt-hora
Veja, na figura a seguir, a imagem de um modelo de medidor de Kilowatt hora, 
aparelho responsável em contar o consumo de energia elétrica, mês a mês.
Eletricista Instalador Predial
99Unidade 1
Onde: 
T= Energia elétrica consumida ou fornecida (kWh)
P = Potência elétrica em (W)
t = Tempo em horas (h)
Figura 67 - Principais componentes de um medidor de energia elétrica.
Fonte: SENAI (1980, p. 08)
O medidor de Energia integra os va-
lores de tensão e corrente e fornece o 
registro de consumo em kWh.
Pergunta
Além de poder medi-la, também posso calculá-la?
Como: Logo:
 
)kWh(
1000
t×P
=T 
 
 
 
)kWh(
1000
t×I×E
=T 
 
)W(I×E=P 
 
Sim. Veja um exemplo:
100
Qual a quantidade de energia gasta por um chuveiro elétrico de potência elétri-
ca de 4200watts, por 4 horas de funcionamento?
 
⇒
1000
16800
1000
44200T ⇔×= 
 
 
 
kWh8,16=T 
 
Portanto, um chuveiro elétrico de 4200W, trabalhando na sua potência máxima 
por quatro horas, consumirá 
 
kWh8,16=T 
 
de energia elétrica. 
Dica
Se você quiser saber qual o custo do consumo em Reais, você deverá ter 
em mãos o custo unitário do kWh fornecido pela companhia de energia.
Vamos retomar o conceito básico de potência elétrica?
Potência elétrica – É a rapidez com que um trabalho é realizado.
Como a potência elétrica é também uma grandeza elétrica, também pode ser 
medida:
Logo:
Quadro 10 - Nome do Quadro
Grandeza Unidade Letra da Unidade Aparelho
Potencia elétrica Watt (W) P Wattímetro
O Watt é a unidade padrão de potência elétrica. Teremos uma potência elétrica 
de 1Watt quando circular por um condutor uma corrente elétrica de 1Ampère, 
sob uma diferença de potencial de 1Volt, realizando um trabalho em 1 segun-
do.
 Logo: 
 
 
segundo
Joule1
=W1=P 
 
 
ou
 
 
W1P11PIEP =⇔×=⇔×= 
 
 
)W(I×E=P 
 
Eletricista Instalador Predial
101Unidade 1
Esta é a expressão principal para cálculo de potência elétrica 
 
 
I×E=P 
 
E sua unidade principal é o Watt (W). 
Outras expressões são também empregadas, quando são conhecidos os valores 
de resistência do circuito.
Veja:
 
 
2I×.R=P 
 
 ou 
 
 
R
E
=P
2
 
 
Também dadas em Watt
Assim, você poderá utilizar tranquilamente essas outras duas expressões, quan-
do for necessário. 
Muito bem. Você precisa entender como aplicar essas três equações nos circui-
tos elétricos.
Potência aplicada aos circuitos elétricos
No circuito a seguir você não conhece a potência da lâmpada, mas sabe a ten-
são e a corrente do circuito.
Veja:
 
Figura 68 - Circuito elétrico lâmpada (calculando a potência)
Fonte: SENAI DN, 1980,p 35.
Temos: 
 
⇒225IEP ×⇔×= 
 
 
 
W50=P 
 
102
Outra situação: não conhecendo a potência elétrica da lâmpada, mas sabendo 
a sua resistência elétrica e a corrente do circuito.
Veja:
Figura 69 - Circuito elétrico lâmpada (calculando a potência)
Fonte: SENAI (1980, p. 35)
Observe que não temos o valor da tensão E. Então, podemos usar a equação 
para facilitar nossos cálculos. 
Temos: Sabemos que
 
 
I×E=P 
 
 E = R x I
Logo, substituindo o E por R x I podemos concluir que:
 
 ( ) ⇔××= IIRP 2I×R=P 
 
 
4×5,12=2×5,12=P 2 
 
 
W50=P 
 
 
Agora, acompanhe o exemplo:
No circuito, não sabemos o valor da potência elétrica da lâmpada, mas sabemos 
o valor da sua resistência e da tensão do circuito.
Eletricista Instalador Predial
103Unidade 1
Veja: 
 
Figura 70 - Principais componentes de um medidor de energia elétrica.
Fonte: SENAI (1980, p. 08)
 
I×E=P 
 Lembre: Não tem I
Sabemos que I = 
 
 
I = 
R
E
 
 
⇒
Logo, substituindo I por
 
 
I = 
R
E
 
 
⇒
podemos concluir que:
 
P= E x ⇔)
R
E(
R
E
=P
2
 
 
 
 
⇒
5,12
625
=
5,12
25
=
R
E
=P
22
 
 
 
 
W50=P 
 
Logo, podemos concluir que:
 
 
( )W
R
E
=P
2
 
 
 
( )WI×E=P 
 
 
 
( )WI×R=P 2 
 
Outras unidades de potência
O cavalo vapor (cv)
Essa unidade de potência é muito utilizada em equipamentos elétricos, como 
motores.
104
Se você ler uma dessas placas de identificação e características elétricas de um 
motor, observará que a sua potência mecânica é expressa em (cv), e também é 
convertida em kW.
 
Um

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