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Apostila saindo das quatro paredes

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SAINDO DAS QUATRO PAREDES 
MISSIONÁRIA PRISCILA LINHARES 
@TIAPRISCILA / 61.99865 7172 
 
09 DE JANEIRO DE 2023 
 
 
MISSIOLOGIA / MISSÕES / EVANGELISMO CRIATIVO 
Qual a missão da igreja? Depende, em grande parte, do que significa 
“missão”. Costumava acontecer que a palavra missão se referia muito 
restritamente a cristãos enviados a outras culturas a fim de converter os nãos 
cristãos e plantar igrejas. Agora, porém, missão é entendido muito mais 
amplamente. Abençoar a vizinhança é missão, administração do ambiente é 
missão, renovação da comunidade é missão. Missão é aqui. Missão é lá. Missão 
é em todo lugar. Em seu aspecto mais elementar, o termo missão implica dois 
aspectos para muitas pessoas: 
1. Ser enviado; 
2. Receber uma tarefa. 
A primeira ideia é coerente porque a palavra missão vem de uma palavra 
latina (mittere) que significa “enviar”. A segunda ideia implícita na primeira. 
Quando somos enviados numa missão, somos enviados para fazer alguma coisa 
– e não tudo; recebemos uma tarefa específica. John Stott argumentou que 
missão não é tudo que a igreja faz, mas, antes, missão descreve “tudo que a 
igreja é enviada a fazer no mundo”. 
A missão da igreja é resumida nas passagens da Grande Comissão – as 
últimas ordens de Jesus comunicadas no final dos evangelhos e no começo de 
Atos dos Apóstolos. Cremos que a igreja é enviada ao mundo para testemunhar 
de Jesus, por proclamar o evangelho e fazer discípulos de todas as nações. Esta 
é a nossa tarefa, é a nossa chamada, única e central. 
Missão segundo o dicionário, é a incumbência que alguém deve executar 
a pedido ou por ordem de outrem; encargo. Logo, entendemos que o próprio 
Senhor Jesus nos deu a incumbência de dar as boas novas da salvação a todos, 
incluindo crianças, sendo testemunhas de fé, caráter e cristianismo. Em resumo, 
missão não é tudo que fazemos em nome de Jesus, nem tudo que fazemos em 
obediência a Cristo. É o que Jesus nos envia a fazer no mundo. 
MISSÃO: 
Um mandamento (Marcos 15:16) 
Uma obrigação (1 Coríntios 9:16) 
 
 
Um dever (2 Timóteo 4:2) 
Uma responsabilidade (Ezequiel 33:8-11) 
Um desafio (Mateus 18:12-13) 
 
Toda passagem da Escritura é inspirada por Deus e útil para nós (2 Tm 
3:16). Contudo – e aqui está o embaraço -, toda passagem é útil somente se a 
entendemos e a aplicamos da maneira correta. Mateus enfatiza o discipulado, 
Lucas e Atos ressaltam o ser testemunha e João salienta a natureza teológica 
de servos enviados. Esses relatos mostram mais semelhanças do que 
diferenças. Juntos, eles pintam um quadro complementar e abrangente da 
missão dos primeiros discípulos. Podemos resumir esta missão por 
respondermos sete perguntas: 
1. Quem? Jesus deu esta missão verbalmente aos primeiros 
discípulos, mas ela não terminou com a morte deles. Como Senhor 
da igreja, Jesus espera que seus seguidores realizem esta missão 
“até aos confins da terra”. A missão deles é a nossa missão. 
2. Por que? A autoridade de nossa missão vem de Cristo. Está 
alicerçada na Palavra de Deus e baseada no envio do Filho por 
parte do Pai. Somos enviados porque Cristo foi enviado e vamos 
em nome Dele, sob a sua autoridade. 
3. O quê? A missão consiste em pregar e ensinar, anunciar e 
testificar, fazer discípulos e dar testemunho. A missão se focaliza 
na inicial e contínua declaração verbal do evangelho, o anúncio da 
morte e da ressureição de Cristo e da vida que achamos nele, 
quando arrependemos e cremos. 
4. Onde? Somos enviados ao mundo. Nossa estratégia não é mais 
“venham e vejam”, e sim “vão e falem”. A mensagem da salvação 
é para todos os grupos de pessoas – perto, longe e em todos os 
lugares intermediários. 
5. Como? Vamos no poder do Espírito Santo, em submissão ao Filho, 
assim como ele foi obediente ao Pai e dependente dele. 
 
 
6. Quando? A missão durará até enquanto durar a promessa da 
presença de Cristo, ou seja, até ao fim desta era. 
7. A quem? A igreja deve fazer discípulos das nações. Temos de ir a 
todos os grupos de pessoas, proclamando as boas novas até aos 
confins da terra. 
Como ministros temos uma mensagem a anunciar, é uma ordem divina. 
A palavra de Deus nos garante que teremos a companhia permanente do Mestre: 
“Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que 
eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” 
Mateus 28:20. E que a obra será concluída: “E este evangelho do reino será 
pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o 
fim.” Mateus 24:14 
O nosso papel como evangelistas é pregar Cristo, não somente para os 
perdidos, a mensagem vem para salvá-los, mas também para os que já foram 
achados, a mensagem vem para discipulá-los. 
 A evangelização acontece quando o evangelho é comunicado 
claramente. Não é entretenimento, distração ou recreação, mas anunciar às 
pessoas as grandes notícias sobre Jesus Cristo. Precisamos entender que o 
evangelho é o próprio Jesus: “Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de 
Deus”. Marcos 1:1. O pecador sem Cristo estar perdido: Não há salvação fora 
de Cristo. A Bíblia diz que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus 
(Rm 3.23). Jesus é o único caminho para Deus, Ele é a única porta de entrada 
para o céu. O propósito maior da evangelização é que os povos todos glorifiquem 
a Deus e exaltem seu nome. O centro da obra evangelística da igreja não é o 
homem, mas o próprio Deus. 
O evangelho é uma ordem de Deus: essa é uma missão exclusiva da 
igreja. Não podemos nos calar. A grande comissão deixa clara que a 
evangelização/discipulado é uma ordem divina: “fazei discípulos de todas as 
nações” (Mt 28.19). A evangelização é uma ordem e não uma opção para a 
igreja. 
A igreja é o instrumento escolhido por Deus para anunciar o evangelho. 
Mas antes de Deus fazer algo através da igreja, ele faz algo na igreja. Qualquer 
https://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/28/20+
https://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/24/14+
https://www.bibliaonline.com.br/acf/mc/1/1+
 
 
esforço evangelístico sem santidade se dará em fracasso. É preciso tratarmos o 
coração antes de nos envolver na missão. O nosso caráter cristão precede a 
nossa missão cristã. Não podemos sair para evangelizar se a nossa vida pessoal 
esta esfacelada. 
Somos apenas instrumentos. Um planta, outro rega; mas é Deus quem dá 
o crescimento (1Co 3.6-7). A igreja ora, estuda, busca comunhão, teme a Deus, 
reúne-se no templo, mas é Deus quem acrescenta os que vão sendo salvos: “E 
todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. 
Atos 2:47. Não são os nossos métodos e formas de abordagem. Quem salva é 
Deus, em Cristo pela orientação do Espírito Santo. 
A evangelização bíblica não é centrada no homem ou nos métodos, nem 
em eventos, campanhas ou igrejas. Cristo é o centro do anúncio evangelístico, 
Ele é o fundamento, é a mensagem, é o Salvador. 
Quando a mensagem evangelística é guiada pelo Espírito Santo de Deus 
almas são alcançadas em todas as suas necessidades, passando a desfrutar a 
vida abundante garantida pelo Senhor Jesus: “eu vim para que tenham vida, e a 
tenham com abundância”. João 10:10 
Precisamos acreditar no poder da Palavra que anunciamos: “Porque a 
palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de 
dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, 
e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”. Hebreus 4:12. 
Devemos zelar pela qualidade da mensagem, pois sendo cristocêntrica, ela será 
abrangente e eficaz em seus resultados. 
O mundo inteiro é o nosso campo evangelístico. O missionário 
transcultural Ronaldo Lidório (2014) é contundente quando diz: “se o campo é o 
mundo (Mt 13:38) e nós somos a luz do mundo (Mt 5:14), qualquer visão menor 
que o mundo estará fora da visão de Deus”. De acordo com Mt 4:23 - 25 e 9:35 
- 10:5, Jesus ministravaem vários lugares: cidades, povoados, centros urbanos, 
semiurbanos e rurais. Ministrava ao povo, mas também há uma só pessoa. 
Mas onde iniciar? Onde Cristo ainda não foi anunciado (Rm 15:20). 
https://www.bibliaonline.com.br/acf/atos/2/47+
https://www.bibliaonline.com.br/acf/jo/10/10+
https://www.bibliaonline.com.br/acf/hb/4/12+
 
 
Pregue embasado na Bíblia. Leighton Ford listou seis métodos de 
evangelização encontrados no Novo Testamento: 
1. Evangelismo em massa: o tipo praticado por João Batista, Pedro, 
Jesus, Estevão e Paulo; 
2. Evangelismo pessoal: os evangelhos registram 30 conversas 
pessoais só de Jesus; 
3. Evangelismo de improviso: Jesus no poço, Pedro e João na porta 
Formosa; 
4. Evangelismo em diálogo: Paulo no Areópago, Apolo em Éfeso 
(Atos 18:24); 
5. Evangelismo sistemático: os 70 enviados dois a dois por Jesus, a 
visitação de porta em porta mencionada em Atos 5:42; 
6. Evangelismo literário: Jo 20:31 e Lc 1:1-4 expõem claramente as 
intenções evangelísticas dos escritores desses Evangelhos. 
 
EVANGELIZANDO CRIANÇAS 
A Bíblia é muito clara sobre a valorização da criança e a importância do 
investimento espiritual ainda na infância. Ganhar almas é o dever de todo cristão, 
evangelizar não é ministério, é obrigação. Infelizmente muitas pessoas não 
acreditam que a salvação é extensiva às crianças, criando em sua cabecinha 
que o fato de Jesus dizer para sermos como criança para herdar o reino dos 
céus é como se a salvação fosse automática para elas. 
O trabalho com crianças tem três finalidades e a primeira delas é a 
salvação. E os dois últimos são condicionados ao primeiro, simplesmente pelo 
fato de que não existe crescimento se não houver nascimento. A segunda é o 
crescimento espiritual e a terceira é o serviço, uma criança salva representa uma 
vida toda disponível para servir ao Senhor! 
Podemos evangelizar elas: 
• Nos cultos infantis; 
• Nas ruas e bairros; 
 
 
• Evangelismo pessoal; 
• Realizando trabalhos especiais nas escolas públicas; 
• Ao ar livre nas praças públicas; 
• Evangelismos em hospitais ; 
• Evangelismos em centros de recuperação para menores; 
• Realizando campanhas evangelísticas em lugares estratégicos; 
• E até aproveitando as festas de aniversário. 
 
A igreja primitiva agia em favor da evangelização de almas: 
 Louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o senhor lhes 
acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos. Atos 2:47 
• Os que aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia houve um 
acréscimo de cerca DE TRÊS MIL PESSOAS. Atos 2:41 
• Muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram, e chegou o número 
desses homens a quase cinco mil. Atos 4:4 
• E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, 
porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; Atos 8:6 
• Paulo termina o trabalho nessas regiões. Romanos 15:23 
A igreja não tinha: 
• Rádio, TV; 
• Redes sociais; 
• Não eram doutorados; 
• Não tinha energia elétrica; 
• Não tinha doutorado; 
• Não tinham banda, orquestras, e nem microfones; 
• Não tinha uma estrutura boa. 
Os ministros não tinham: 
• Carros; 
• Avião; 
https://www.bibliaonline.com.br/nvi/atos/2/47+
https://www.bibliaonline.com.br/nvi/atos/2/41+
https://www.bibliaonline.com.br/acf/atos/4/4+
https://www.bibliaonline.com.br/acf/atos/8/6+
https://www.bibliaonline.com.br/acf/atos/8/6+
 
 
• Microfones; 
• Recursos visuais; 
• Mascotes; 
• Fantoches; 
• Roupas diferenciadas. 
Precisamos despertar. Em Marcos, Jesus disse: “Ide por todo mundo, 
pregai o evangelho a toda criatura”. As crianças entram nessa totalidade, é 
vontade de nosso Deus que elas sejam salvas. Devemos treiná-las para serem 
instrumentos de Deus, pois a Palavra diz: “Ensina enquanto for menino e mesmo 
quando for velho não se desviará do caminho” Pv 22:6. Treiná-las para, não só 
aprender os princípios do Senhor, mas também que a Palavra possa ser levada 
a mais pessoas, que vidas e famílias sejam transformadas. Elas não são a “Igreja 
do amanhã”, mas sim a “Igreja de agora, de hoje”, sem essa visão as igrejas não 
terão o cuidado necessário para o desenvolvimento cristão dessas pequenas 
almas e consequentemente não teremos adolescentes, jovens, círculo de oração 
e obreiros dentro nas igrejas. Entre outras palavras como a igreja terá 
continuidade? 
“Quando você pensar no crescimento da igreja... pense em crianças!” Esse é um 
título dum folheto da APEC (Aliança Pró Evangelização das Crianças). 
A palavra de Deus fala sobre a preocupação com os pequeninos, como 
Jesus já dizia: “Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque de tais é 
o reino de Deus” Lucas 18:16. Descrevendo a sua pureza: “Em verdade vos digo 
que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum 
entrareis no reino dos céus” Mateus 18:3. Por que elas são um alvo para o 
inimigo? Porque transformam gerações e ganham vidas para Jesus. Desta 
forma, é de suma importância o ministério infantil, como descrito em: “Vede, não 
desprezeis a nenhum destes pequeninos, pois Eu vos digo que os seus anjos 
nos céus sempre vêm a face de meu Pai, que está no céu” Mateus 18:10 e 
“Assim também não é da vontade de vosso Pai que está nos céus, que venha a 
perecer um só destes pequeninos” Mateus 18:14. 
As crianças estão em desenvolvimento e crescimento constantes, essa é 
a melhor fase para semearmos a palavra de Deus. Pense num vaso sendo 
 
 
fabricado; a fase em que você molda ele é quando o barro esta mole e de fácil 
manuseio, depois que seca fica rígido e para moldá-lo teremos que quebrar, 
derreter o barro e refazer, ou seja, na infância podemos estruturar a 
personalidade, os pais e professores devem utilizar todos os recursos e meios 
possíveis para que a criança desenvolva uma personalidade adequada aos 
padrões divinos. Estudiosos afirmam que nosso caráter é moldado até os seis 
ou sete anos de idade. A primeira infância é uma fase de grandes aquisições e 
conquistas, nela aprendemos a falar, a andar e nos relacionar, e também a agir 
e reagir diante de situações da vida, assim se semearmos e cultivarmos a 
palavra de Deus na infância traremos valores que conduzirão a criança por toda 
a vida. 
Precisamos nos preocupar com o crescimento espiritual saudável das 
crianças que Deus colocar em nosso caminho, e para isso será necessário um 
trabalho especializado, voltado exclusivamente para as crianças, não adianta 
abraçar o mundo com as mãos, ter um monte de cargos na igreja para satisfazer 
a A e B porém não é aquilo que Deus lhe chamou para fazer. 
Segundo a Bíblia sagrada, face a realidade concreta da criança, temos os 
seguintes objetivos gerais e prioritários para o êxito do ensino bíblico: 
 Transmitir conhecimentos bíblicos para que a criança aprenda a viver 
neste mundo de pecados. 
Nossas crianças geralmente não sabem conviver com crianças não 
evangélicas sem adquirir seus costures e hábitos, por não estarem 
devidamente preparadas para terem uma atitude bíblica. Com a palavra de 
Deus podemos conduzir nossas crianças ao um relacionamento saudável 
com esses amiguinhos não evangélicos, e permitir a convivência sem 
contaminação das ofertas mundanas ao seu redor. A bíblia deverá ser 
apresentada como limite e filtro, onde serão analisadas decisões, condutas, 
escolhas, situações e necessidades. 
 Receber conhecimentos bíblicos para libertar-se do pecado. 
Deve haver uma preocupação com respeito ao momento em que o pequenino 
enfrentará o pecado. Quando a criança perde o seu estado de pureza e 
 
 
inocência sabendo perfeitamente distinguir entre o bem e o mal, nessa fase 
ele enfrentará o poder de escolha. Pecar ou não pecar? Se ele for bem 
instruído, vai ser distinguido como sal e luz mesmo no meio de uma geração 
má, rebelde e corrompida. 
 Obter conhecimento bíblico para transmitir aos coleguinhas não-
evangélicos a palavra de Deus. 
Para enfrentar o mundo acriança vai precisar de subsídios bíblicos que 
refutem os conceitos mundanos sobre: 
CÉU X INFERNO 
PECADO X PUREZA 
ÍDOLOS X DEUS 
 Adquirir conhecimento bíblico para a transformação de hábitos e atitudes 
não cristãs. 
Esse objetivo só será atingido através da operação do Espírito Santo que 
promove uma sensível mudança no íntimo do pequenino. Para isso o ensino tem 
que ser transmitido com autoridade e unção. “Por que a palavra de Deus é viva 
e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra 
até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir 
os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). 
A criança é alvo do amor de Deus e da sua Salvação a ponto do próprio 
Jesus declarar nos Evangelhos que é preciso deixa-las irem até Ele. O mestre 
chega até ser duro com os discípulos dizendo que “ai daquele que fizer tropeçar 
qualquer um destes pequeninos” (Mateus 18.6). Jesus declara, publicamente, 
que o Reino de Deus é dos que se assemelham às crianças. 
Da mesma forma satanás interessado em destruir todo alvo do Amor de 
Deus, tem investido em todo o tipo de instrumentos de influência na vida das 
crianças. Elas são tão estratégicas e sedutoras que chegam a encantar e iludir 
até os adultos responsáveis pelos pequeninos. 
Com isso enfrentamos dois grandes desafios: 
 
 
1- Auxiliar as famílias a resgatarem o seu papel de primeiros e principais 
responsáveis pela vida espiritual de suas crianças; 
2- Assumir a responsabilidade de também se empenhar em oferecer um ambiente 
acolhedor e propício para que a família e, principalmente a criança, possam 
adorar, servir e aprender de Deus afim de crescer na fé para Salvação. 
(MAGALHÃES, 2018). 
A importância de ensinar é algo tão remoto quanto a própria humanidade. 
O ensino em todos os sentidos era sempre uma obrigação e motivo de ameaças 
para os pequeninos. Era centralizado em quem ensinava e no assunto em foco. 
O objetivo fundamental era produzir aumento de conhecimento nas crianças sem 
se preocupar com elas como seres humanos, dotados de características 
diferentes. 
Essa mesma maneira também era usada para ensinar a palavra de Deus, 
com características rígida e severa. Com o passar do tempo a modernidade 
trouxe mudanças às práticas educativas. Novas técnicas e métodos passaram a 
ser aplicados nas escolas, causando uma revolução na transmissão de 
conhecimentos. A criança passou a ser valorizada como um todo, tendo sempre 
em vista sua maturidade física e mental, sua vivência em sociedade, suas 
emoções, seu ambiente cultural, seus sentimentos e suas experiências. 
 
Elementos de ensinos necessários na visão moderna: 
 Materiais didáticos; 
 Motivação e incentivo; 
 Comunicação; 
 Criatividade; 
 Planejamento; 
 Disciplina; 
 Objetivo; 
 Métodos e técnicas. 
Esses elementos também passaram a enriquecer o ensino religioso. A 
criança passou a ser valorizada em todos os aspectos. Os sentimentos, as 
reações psicológicas e seu aspecto espiritual passaram a ter grande peso no 
 
 
momento das ministrações. No momento de avaliar os rendimentos o que 
passou a ter mais valor foi a qualidade da mensagem que fica no coração da 
criança. O que ela precisa agora é receber a semente da palavra de Deus de 
forma clara e objetiva. 
O ensino da palavra de Deus só será aplicado de maneira satisfatória 
quando os objetivos, que indicam o rumo e o ponto de chegada a determinado 
fim forem estipulados e consequentemente alcançados. A bíblia define 
claramente os objetivos gerais do ensino. São os mesmos pronunciados por 
Moisés diante do povo no monte Sinai: 
 Aprender os mandamentos para temer ao Senhor; 
 Aprender os mandamentos para guardá-los no coração e ensiná-los aos filhos; 
 Aprender os mandamentos para amar ao Senhor de todo o coração. 
Jesus Cristo reforçou o que Moisés ensinou visando uma união perfeita 
entre os elementos do Reino dos Céus, dizendo: “Amaras o teu próximo como a 
ti mesmo” (Mt 22.39). Além de levar aos homens uma nova proposta de vida, 
Jesus apresentou objetivos específicos em sua missão no mundo. Observe: 
 Despertar o sentimento de misericórdia nos seus ouvintes; 
 Ensinar as leis e conceitos acerta do Reino de Deus; 
 Despertar o senso de justiça; 
 Apresentar o amor como regra áurea para todos os que quiserem segui-lo; 
 Excluir os preconceitos sociais, raciais e morais quando uma alma pecadora 
precisasse de socorro; 
 Solucionar questões através de palavra de sabedoria; 
 Socorrer os aflitos e angustiados de espírito; 
 Expulsar os demônios com autoridade e poder de Deus; 
 Curar enfermidades e ressuscitar mortos; 
 Perdoar pecadores e indicar um novo caminho para o pecador arrependido; 
 Formar futuros líderes para anunciar a mensagem do Reino; 
 Preparar os crentes para morar na Cidade Santa. 
O progresso não alterou nenhum dos objetivos, a modernidade trouxe 
novas técnicas e métodos pedagógicos que proporcionaram ao obreiro a 
 
 
oportunidade de aplicar recursos em abundância para que, em tempo hábil, o 
objetivo da mensagem bíblica seja alcançada. 
CRIATIVIDADE 
É o substantivo feminino com origem no latim creare, que indica 
a capacidade de criar, produzir ou inventar coisas novas. É o ato de transformar 
ideias novas e originais em realidade 
Essa habilidade tem dois processos: pensamento e produção. Ou seja, se 
você tem ideias, mas não age sobre elas, você é apenas imaginativo e não 
criativo. 
A criatividade não é um dom, mas uma habilidade do ser humano ligada 
à nossa capacidade de invenção e inovação. Assim como qualquer competência, 
é possível praticar a criatividade para despertá-la e desenvolvê-la, tornando-se 
uma pessoa mais criativa. 
A maior causa da ausência da criatividade é a falta de estímulos. 
Problemas pessoais, cansaço físico, baixa autoestima, ruídos externos. Tudo 
isso pode acabar com a produtividade de especialistas em criação de conteúdo. 
Segundo o sociólogo e psicólogo inglês Graham Wallas, existem quatro fases 
para o surgimento de uma ideia: 
1- PREPARAÇÃO: Consiste no estudo preparatório acerca de um tema. (Entender 
o problema) 
2- INCUBAÇÃO: O tempo em que a ideia é formulada dentro da mente, de maneira 
despercebida pelo ser. (O problema no inconsciente) 
3- ILUMINAÇÃO: É quando a ideia chega à consciência. (Intuição – Ahá) 
4- VERIFICAÇÃO: Ocorre ao “checar” se a ideia é realmente boa. 
Quer ser mais criativo? Mude sua forma de pensar e trabalhe para 
remover os obstáculos do caminho de sua criatividade natural, permitindo que 
você a alcance e a desenvolva: 
 Tenha propósito (um motivo); 
 Estude mais (não existe ideia sem conhecimento) assim terá uma base para a 
criatividade surgir; 
 
 
 Saia da zona de conforto; 
 Observe as coisas ao seu redor; 
 Passe as ideias para um papel e não tenha medo de errar. 
O LÚDICO 
O lúdico tem sua origem na palavra “LUDUS” que quer dizer jogo. O 
Lúdico e suas atividades são ferramentas, ou todo e qualquer movimento, que 
tem como objetivo produzir prazer e satisfação em sua execução. Ou seja, é 
relativo à “jogos, brinquedos e divertimento”, ele está vinculado com a alegria, a 
espontaneidade, o humor, e o prazer. 
Ele é importante porque: 
• Ele está diretamente relacionado ao desenvolvimento da capacidade de 
pensar e de falar; 
• Desperta a imaginação, aguça a percepção da criança; 
• Fornece à criança um desenvolvimento sadio e harmonioso. 
 A infância é a idade das brincadeiras. Acreditamos que por meio delas a 
criança satisfaz, em grande parte, seus interesses, necessidades e desejos 
particulares, sendo um meio privilegiado de inserção na realidade, pois expressa 
a maneira como a criança reflete, ordena, desorganiza, destrói e reconstrói o 
mundo. Trabalham o corpo e a mente e favorecem a socialização, a liberdade e 
o raciocínio critico, possibilita a comunicação entre o acervo culturalde cada 
aluno. 
O diálogo que se estabelece no jogo é extremamente saudável para 
despertar na criança a percepção, a atenção e a responsabilidade para o papel 
social que irão desempenhar em todas as ocasiões futuras, e mesmo no 
momento da realização do jogo, quando os acordos tácitos entre os participantes 
irão treiná-los na socialização e na observação de regras. 
Ao brincar, a criança encontra um intenso prazer, visto que, por meio dos 
jogos e brincadeiras, realiza seus desejos, como também busca minimizar os 
desprazeres, uma vez que o brincar possibilita o domínio da angústia. Para a 
 
 
criança brincar é um compromisso tão sério como ler e escrever para o adulto. 
É algo inerente na criança, é sua forma de trabalhar, refletir e descobrir o mundo 
que a cerca. Na infância as crianças colocam nas brincadeiras seus sentimentos, 
suas percepções, a forma como enxerga o dia–a–dia e os assuntos 
correlacionados ao mesmo. 
Benefícios: 
• Aumenta a independência; 
• Assimila regras; 
• Estimula sua sensibilidade visual e auditiva; 
• Desenvolve habilidades motoras; 
• Diminui a agressividade; 
• Exercita a imaginação e a criatividade; 
• Aprimora a inteligência emocional; 
• Aumenta a integração; 
• Aumenta sua autoestima. 
Desenvolve capacidades indispensáveis como: 
• Afetividade; 
• Concentração; 
• E até mesmo habilidades psicomotoras. 
Promovendo assim: 
• O desenvolvimento sadio; 
• O crescimento mental; 
• A adaptação social. 
As brincadeiras permitem à criança imaginar e ao interagir nas 
brincadeiras ela, ao mesmo tempo em que cria ‘saídas’ para situações reais, 
assimila regras sociais, observa o outro e elabora novos conhecimentos. 
 
 
O lúdico na atualidade é visto como algo tão sério e de caráter educativo 
que não é somente utilizado no campo infantil, mas também em diversas áreas 
do conhecimento: 
• Nas empresas: Os jogos empresariais utilizados nas empresas que 
agregam de forma diferenciada conhecimentos em sua área. 
• Nos hospitais: O lúdico utilizado como uma forma de minimizar as 
doenças e o sofrimento das crianças que estão internadas nos 
hospitais ou para trazer avanços físicos e emocionais às crianças 
“especiais”, entre outros. 
• Utilizados pelos psicólogos: Uma das formas de detecção de 
problemas de comportamento e de desenvolvimento é a 
observação de como a criança se porta e age dentro de uma 
situação lúdica estimulada. 
Graças à brincadeira, a criança consegue transformar as experiências que 
vivenciou passivamente em um desempenho ativo, convertendo a dor em prazer, 
ao dar às experiências originalmente dolorosas um desfecho feliz. Transpondo 
para a educação, inclusive religiosa, o lúdico é o brincar que dá início a um 
significado é seduzir os seres humanos para o prazer de conhecer. Uma vez que 
a criança brinca e desenvolve a capacidade para determinado tipo de 
conhecimento, ela dificilmente perde esta capacidade. 
O brincar e o jogar geram um espaço para pensar, a criança avança no 
raciocínio, desenvolve o pensamento, estabelece contatos sociais, compreende 
o meio, satisfaz desejos, desenvolve habilidades, conhecimentos e criatividade. 
Quando utilizado a atividade lúdica no campo da educação, ela permite 
aprendizado, desenvolvimento social, cultural e cognitivo (envolve fatores 
diversos como o pensamento, a linguagem, a percepção, a memória, o raciocínio 
etc). 
No que se refere à questão da existência de algum ponto negativo que 
interfere na utilização da ludicidade nas aulas de Educação Infantil, seria o 
despreparo do profissional, falta de brinquedos e espaço adequado para as 
 
 
brincadeiras, influenciam negativamente na utilização da ludicidade nas aulas, 
às vezes, até impedindo que ocorra. 
O LÚDICO NO ENSINO DA BÍBLIA 
Muitas instituições religiosas estão trabalhando ativamente e em prol da 
adoção da ludicidade no ensino da Bíblia. É um fator facilitador para o 
aprendizado, pois sentirá prazer em estar participando de forma viva 
(emocionalmente, espiritualmente e fisicamente) das palavras de Jesus. 
Vigiem é preciso ter cuidado para não banalizar, ridicularizar ou denegrir 
a mensagem do Evangelho, nem tornar-se motivo de chacota. É preciso ter em 
mente que existe um saber eterno para ser compartilhado, apresentado, exposto 
e transmitido. Elas não são a Igreja do amanhã, mas sim a Igreja do agora, de 
hoje. 
Quando se quer transmitir um saber acessível, nada melhor que utilizar 
uma linguagem que esteja no nível de compreensão dos ouvintes. 
 ENTENDA A CRIANÇA 
É de extrema importância que o obreiro entenda a criança, ela é 
completamente diferente de um adulto e está em contínua evolução. Ela não 
deve ser tratada com um ser que não entende nada, mas sim como alguém que 
está iniciando seu caminho na aprendizagem. Devemos observar alguns pontos 
fundamentais em relação à criança: 
 A idade 
É o primeiro tópico a ser estudado quando se pretende trabalhar com 
crianças. Elas nem sempre crescem de forma equilibrada e harmônica; uns 
órgãos desenvolvem-se mais e outros menos. Com as funções vitais do 
organismo pode acontecer a mesma coisa. Vejamos: 
- A idade cronológica: é o nascimento que marca a idade cronológica, que 
equivale à idade civil. Pode ser que a criança tenha vivido uma quantidade de 
anos, por exemplo 11 anos e, no entanto, essa idade não corresponde ao seu 
desenvolvimento físico, psíquico ou mental. 
 
 
- A idade física: Ela não é determinada em função dos anos de vida que a criança 
tem. A idade fisiológica é marcada pela estrutura física, tamanho do esqueleto, 
dentição, força muscular, peso, timbre de voz etc. 
- A idade mental: Há crianças em que a inteligência caminha de forma mais lenta 
ou mais rápida do que o normal. Esse desenvolvimento mental é influenciado 
por quatro fatores relacionados: 
1 – Maturidade: amadurecimento físico, especialmente do sistema nervoso. 
2 – Experiência: movimentos e pensamentos sobre objetos concretos e a 
maneira de pensar sobre tudo o que as envolve. 
3 – Integração social: maneira de agir no grupo quando estiver conversando 
e brincando com as outras crianças. 
4 – Equilíbrio: Amadurecimento X Experiência X Sociabilização 
 Fases evolutivas 
A infância é dividida em três períodos menores, que são: 
1° infância: do nascimento até os três anos; 
2º infância: dos três anos aos sete anos; 
3° infância: dos sete anos aos 12 anos. 
Essas fases são marcadas por situações que elas passam no cotidiano. 
Nelas a criança aprende muitas coisas como, por exemplo: andar, falar, comer, 
beber, pedir para fazer necessidades fisiológicas, vestir-se, lavar-se, escovar os 
dentes, guardar as roupas e os brinquedos, etc. Quando ela se sente realizada 
e satisfeita com alguma atividade ela automaticamente irá repetir ela, assim 
podemos constatar que a satisfação faz parte do aprendizado dela. 
A infância é a parte mais importante para a formação da personalidade do 
indivíduo, o que nem sempre é entendido pelos adultos. Frequentemente, exige-
se comportamentos, senso de responsabilidade e um nível de compreensão 
intelectual que não podem ter. São crianças! Elas devem ser orientadas de 
acordo com suas limitações e capacidades para que, assim, possamos dar o 
máximo de retorno em termos de cooperação e assimilação com respeito ao que 
 
 
foi ensinado. Nunca o obreiro deve esquecer que as diferenças de assimilação 
e comportamentos são tão reais quanto a diferenças físicas entre elas. 
 Características das fases infantis 
Muitas vezes, não é fácil para o adulto entender a criança, por isso o trabalho 
com elas deve começar a partir do conhecimento de suas características: 
- Agitada e inquieta; 
- Curiosa; 
- Imaginativa; 
- Afetiva; 
- Está sempre em desenvolvimento; 
- Instável; 
- Receptiva; 
- Detalhista; 
- Espontânea; 
- Vive no mundo presente; 
- Egocêntrica. 
 Necessidade da criança: 
- Carinho; 
- Elogios;- Segurança; 
- Orientação; 
- Controle; 
- Aceitação. 
Com base nessas informações o obreiro precisar se preocupar com a 
forma que irá se comunicar com a criança. Comunicar significa: entender, 
 
 
compreender, transmitir sentimentos e ideias. Hoje a comunicação tornou-se 
algo muito importante nas relações entre as pessoas e na transmissão dos 
conteúdos bíblicos 
O obreiro infantil é um transmissor da palavra de Deus e precisa tomar 
cuidado com a linguagem que utilizará, em Efésios 4:29 diz: Não saia da vossa 
boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, 
para que dê graça aos que a ouvem. Usando uma boa comunicação iremos 
edificar a vida das crianças que nos ouvi. Deus em sua infinita sabedoria utilizar-
se de todos os meios para ensinar Sua palavra e chamou os homens para que 
eles a transmitissem por meio da linguagem. 
Não podemos admitir que algo tão valioso seja usado mal e desvalorizado 
entre o povo de Deus, e nem nos conformar em falar mal, ler mal e escrever mal 
por falta de oportunidades de frequentar escola. É se exercitando diariamente 
que vamos aprendendo o que é agradável, bom e valoroso aos nossos ouvidos 
e dos demais. Para isso: 
 Leia mais a palavra de Deus, enriqueça seus conhecimentos; 
 Cultive o hábito de escrever; 
 Falar para si mesmo (pensar antes de falar), falar pausadamente, pedir feed 
backs; 
Sempre consulte o dicionário, sempre traduza o significado para as 
crianças, e use palavra simples. 
Para uma boa comunicação: 
 Desça a altura das crianças; 
 Fale olhando nos olhos; 
 Use o toque a seu favor; 
 Não grite; 
 Use tom de voz adequado; 
 Use palavras e expressões simples; 
 Dê exemplos; 
 Dialogue, deixe a criança falar também. 
 Escolha a hora certa. 
 
 
Vamos conhecer e entender algumas características e necessidades 
infantis por faixa etária, para que nossas atividades sejam de acordo com a 
maturidade delas. 
Destacamos a seguir algumas dessas características: 
BERÇÁRIO 00 A 02 ANOS 
 Características Físicas: 
Estímulos sensoriais (deve-se evitar monotonia); 
Desenvolvimento psicomotor (preensão, sentar, engatinha, andar); 
Rápida aprendizagem; 
Descoberta de novas respostas (choro, contato físico, etc). 
 
 Características Emocionais: 
Desenvolvimento do afeto; 
Expressão das emoções (sentimentos); 
Relacionamento materno-infantil; 
O choro como forma de expressão. 
 
 Características Sociais 
Início da fala; 
Aprendizagem de rotinas estabelecidas; 
Influência da família. 
 
 Características Espirituais: 
Influência da espiritualidade dos pais; 
Imitação. 
 
A criança não compreende com perfeição a mensagem bíblica, mas sente 
perfeitamente e sabe o quanto é amada pelo Salvador. 
 
ASPECTOS IMPORTANTE 
 
 Chegar cedo; 
 
 
 Ter autoridade (a criança rebelde sente a autoridade e o poder do Espírito 
Santo); 
 Professor a oração tem que fazer parte de sua vida; 
 O amor é imprescindível; 
 Esta criança ainda está muito ligada a mãe; 
 Procure passar muita calma para a criança; 
 O tom de sua voz também é muito importante, procure falar baixo e com clareza; 
 Ensine todo o conteúdo com muito preparo, dedicação e criatividade; 
 Os cânticos devem ser curtos e de acordo com o conteúdo ensinado; 
 Ser humilde, principalmente ao receber uma orientação da liderança. 
 
MATERNAL – 03 A 04 ANOS 
 Características Físicas: 
Energia; 
Atividade; 
Desenvolvimento físico acelerado; 
Cansaço; 
Desenvolvimento do sistema nervoso. 
 
 Características Mentais: 
Concentração curta, mas intensa; 
Compreensão limitada; 
Memória curta (em desenvolvimento); 
Descobridora, curiosa. 
 
 Características Emocionais: 
Reage ao clima emotivo que o cerca; 
Procura novas sensações (tato, olfato, paladar, visão, audição); 
Não tem inibições, expressa-se com facilidade; 
Muito sensível; 
Assusta-se com facilidade; 
Confiante. 
 
 
 
 Características Volitivas (de vontade) 
Individualização (construção da própria personalidade, tornando-se uma pessoa 
única); 
Desenvolvimento da disciplina. 
 
 Características Sociais 
Presença do egoísmo; 
Tona-se cada vez mais simpática. 
 
 Características Espirituais: 
Tem impulso de buscar a Deus; 
Imita as crianças maiores e os adultos em relação às atitudes espirituais 
Oração (curta e simples); 
Bíblia (repete os versículos aprendidos na classe com a ajuda da mamãe ou 
papai); 
Música (simples e curta); 
Salvação (nesta faixa etária já pode-se falar sobre o que é a salvação). 
 
COMO TRABALHAR COM O MATERNAL 
 
 Sala adequada; 
 Mobília própria; 
 Centros de interesse; 
 Clima emocional favorável; 
 Material abundante; 
 Música. 
JARDIM DE INFÂNCIA – 05 A 06 ANOS 
 Características Físicas: 
Energia e atividade física constante; 
Desenvolvimento dos músculos menores; 
Cansa-se com facilidade; 
 
 
Gosta de cuidar de seu próprio corpo; 
Crescente sentido de ritmo. 
 
 Características Mentais: 
Atenção limitada, mas aumentando; 
Vocabulário crescente; 
Curiosidade e perguntas; 
Começa a relacionar informações e usá-las para resolver problemas; 
Memória em desenvolvimento. 
 
 Características Emocionais: 
Sentimentos intensos. 
 
 Características Volitivas (de vontade) 
Imita os adultos; 
Cooperadora; 
Aceita a disciplina dos pais e professores. 
 
 Características Sociais 
Egoísmo mais brando; 
Necessidade de aceitação social (brincadeiras). 
 
 Características Espirituais: 
Interesse pelas coisas de Deus; 
Início do reconhecimento do certo e do errado; 
Confiantes nas pessoas com as quais convive. 
 
COMO TRABALHAR COM O JARDIM DE INFÂNCIA 
 
 Uma ideia complexa de cada vez, repetida e variada; 
 Sala, música, clima emocional favorável; 
 Dramatização de histórias (faz-de-conta); 
 Usar métodos variados. 
 
 
 
PRIMÁRIOS – 07 A 08 ANOS 
 Características Físicas: 
Capacidade manual (uso da coordenação motora fina); 
Crescimento mais lento. 
 
 Características Mentais: 
Independência; 
Memória mais desenvolvida; 
Imaginação Fértil; 
Alfabetização (números e palavras); 
Atenção com duração de 8 a 20 minutos; 
Dificuldade em entender linguagem figurada. 
 
 Características Emocionais: 
Gosta de experiências satisfatórias; 
Fica zangado quando fracassa; 
Fica ressentida quando é interrompida em atividades interessantes; 
O medo influencia suas emoções; 
Início de altruísmo. 
 
 Características Volitivas (de vontade) 
Cooperação; 
Vontade própria; 
Aceita melhor a sugestão; 
Amável. 
 
 Características Sociais 
Gosta de brincar com outras crianças da mesma idade; 
Desejo de aprovação social. 
 
 Características Espirituais: 
Faz sua decisão por Cristo com afinidade; 
 
 
Quer ser boa, mas nem sempre consegue; 
Sente curiosidade pelos assuntos dos céus; 
Crianças convertidas demonstram crescimento espiritual. 
 
COMO TRABALHAR COM OS PRIMÁRIOS 
 
 Ensino adequado: plano da salvação e ensinamento bíblico da vida e da conduta 
cristã. 
 Histórias mais detalhadas; 
 Versículos um pouco maiores; 
 Cânticos com letras e gestos; 
 Métodos variados e interessantes. 
 
JUNIORES – 09 A 10 ANOS 
 Características Físicas: 
 
Crescimento mais lento; 
Apetite acentuado; 
Movimentação; 
Boa saúde; 
Controle muscular. 
 
 
 Características Mentais: 
 
Gosta de saber e tem desejo de aprender; 
Gosta de ler, se adquiriu esse hábito nas fases anteriores; 
Boa memória; 
Colecionador (ganhar carimbo); 
Gosta de observar detalhes e questiona pontos da história bíblica e outras; 
Faz diferenciação entre o real e o imaginário; 
Projeta-se no herói da historia. 
 
 
 
 
 Características Emocionais: 
 
Confiança na sua capacidade de vencer; 
Não gosta de demonstração de afeição (em público); 
Gosta de se sentir amado, através de olhares, tom de voz e atitudes; 
Tem senso de humor. 
 
 Características Volitivas(de vontade) 
 
Rebela-se contra ditadores; 
Gosta de orientações seguras. 
 
 Características Sociais 
 
Competidor; 
Barulhento; 
Briguento; 
Gosta de brincar ao ar livre; 
Não aprecia o sexo oposto; 
Quer fazer parte do grupo; 
Início do senso de responsabilidade. 
 
 Características Espirituais: 
 
Compreende o que é o pecado; 
Sente necessidade do perdão; 
Experimenta a consagração e vida vitoriosa com Cristo; 
Estabelece altos padrões de conduta para si e para os adultos com os quais 
convive; 
Necessidade de se preparar para o serviço do Mestre Jesus. 
 
COMO TRABALHAR COM OS JUNIORES 
 
 
 
 A prática é o melhor método; 
 Histórias interessantes, enfatizando as qualidades do herói; 
 Dramatização; 
 Bibliografia; 
 Geografia bíblica; 
 Concursos de memorização de versículos bíblicos; 
 Jogos e brincadeiras que testem o conhecimento bíblico; 
Amam desafios, disputas, competições. 
O uso do lúdico facilitará o entendimento dos estudos bíblicos, 
preparando-os futuramente para um entendimento maior da Bíblia na vida 
adulta. 
Houve uma época em que, talvez, os educadores cristãos pensassem que 
as crianças só deviam memorizar uns versículos, conhecer umas poucas 
histórias e achar algumas passagens na Bíblia. Hoje, no entanto, com o rápido 
declínio moral e espiritual do mundo onde as crianças vivem, sabemos que elas 
necessitam de mais. Elas precisam de ajuda para entender a Bíblia e nela buscar 
orientações para o presente e o futuro. Hoje enfrentamos desafios e 
necessidades maiores que os de antigamente. Precisamos concentrar nossos 
esforços em ajuda-las a buscar a Deus, por meio de sua palavra escrita. 
Ensinar a Bíblia é emocionante, e para criança é ainda mais emocionante, 
não é fácil transmitir seus conceitos, que, muitas vezes, contrariam as normas 
da sociedade que vivemos. 
As crianças aprendem pela repetição, podemos usar atividades e jogos 
que contribuem no processo de aprendizagem durante toda a programação da 
palavra de Deus, dessa forma aperfeiçoaremos o aprendizado e a Bíblia se 
transforma em uma verdade central, fascinante e relevantes nas atividades do 
grupo. 
A criança tem mais tendência de guardar os ensinamentos bíblicos para 
toda sua vida se em cada ensinamento seus cinco sentidos forem estimulados. 
 
 
Nesse sentido o lúdico pode contribuir de forma significativa para o 
desenvolvimento do ser humano cristão, seja ele de qualquer idade, auxiliando 
não só na aprendizagem, mas também no processo de socialização, 
comunicação, expressão e construção do pensamento. 
Cuidado, o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou 
brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, 
cognitivo, afetivo e moral. Ele não é um passatempo para distrair os alunos, ele 
corresponde a uma profunda exigência do organismo e ocupa lugar de 
extraordinária importância na educação cristã. 
São diversos os recursos lúdicos utilizados para o ensino da Bíblia, tendo 
os filmes, os livros, as revistas e os CD´s de cunho bíblico, inclusive a própria 
Bíblia infantil. Além disto, o desenho, as músicas cantadas como forma de 
ensinar, explicar algo, o teatro, a encenação, os fantoches, os jogos, os 
brinquedos e as brincadeiras correlacionadas aos textos bíblicos são os 
principais recursos lúdicos facilitadores do estudo da Bíblia para as crianças. 
Porém, mediar os momentos da ludicidade com os momentos de ensino e 
interpretação dos temas bíblicos é essencial. Para cada brincadeira, uma 
REFLEXÃO, uma DISCUSSÃO. 
Jesus fez uso de muitas histórias e ilustrações para transmitir sua 
mensagem. O cuidado a ser tomado é que o recurso utilizado tenha contexto 
na mensagem e, mesmo sendo algo engraçado, precisa transmitir um 
conceito eterno. 
O lúdico enquanto recurso pedagógico na aprendizagem deve ser 
encarado de forma séria, competente e responsável. Usado de maneira correta, 
poderá oportunizar ao educador da Bíblia e ás crianças importantes momentos 
de aprendizagens em múltiplos aspectos. 
Vamos seguir o exemplo do mestre dos mestres: 
• Ele usava situações da vida real como oportunidades para ensinar 
verdades espirituais; 
 
 
• Usou sementes de mostarda, figueiras, odres, lâmpadas de óleo, dinheiro, 
tesouro, administradores, funcionários, juízes, donas de casa, e festas de 
casamento. 
• Ele não se desviava do seu objetivo: dirigia-se ao ponto central das 
questões; 
• Jesus consistentemente incorporou as escrituras em seu ensino; 
• Ele sempre incentivava seus alunos a aplicar a lição em sua vida diária. 
Podemos tornar os textos bíblicos ainda mais claros para a criança, para elas 
conhecerem à Deus e se aproximarem Dele. 
As histórias bíblicas não são simplesmente histórias. Elas são palavras de 
Deus ensinada e vivenciada. Por isto, nós devemos dar importância à narração 
de histórias. E não somente histórias bíblicas, mas também outras histórias que 
tenham um conteúdo cristão. Os textos bíblicos devem ser transmitidos de forma 
empolgante. Apresente à criança a Bíblia como sendo “o livro mais importante 
que há no mundo”. 
Em várias passagens bíblicas Deus revela seu caráter lúdico: 
• Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos 
aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou 
manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas 
almas. Mateus 11:28,29 
• Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito Santo, e disse: 
Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas 
coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim 
é, ó Pai, porque assim te aprouve. Lucas 10:21 
• E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: 
Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. 
Lucas 15:6 
Face a realidade concreta da criança, temos os seguintes objetivos gerais 
e prioritários para o êxito do ensino bíblico: 
https://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/11/28,29+
https://www.bibliaonline.com.br/acf/lc/10/21+
https://www.bibliaonline.com.br/acf/lc/15/6+
 
 
• Transmitir conhecimentos bíblicos para que a criança aprenda a 
viver neste mundo de pecados. 
• Receber conhecimentos bíblicos para libertar-se do pecado. 
• Obter conhecimento bíblico para transmitir aos coleguinhas não-
evangélicos a palavra de Deus. 
• Adquirir conhecimento bíblico para a transformação de hábitos e 
atitudes não cristãs. 
A Transformação só será atingida através da operação do Espírito Santo 
que promove uma sensível mudança no íntimo do pequenino. Para isso, o ensino 
tem que ser transmitido com autoridade e unção. “Porque a palavra de Deus é 
viva e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e 
penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para 
discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). 
Ludicidade é utilizar de um meio simbólico para transmitir um saber 
eterno, visando nivelar a mensagem à compreensão do ouvinte, resultando em 
aprendizagem de conceitos eternos para a consciência de Deus. 
O cuidado a ser tomado é para que o lúdico não banalize a mensagem 
eterna, tornando-a alvo de chocarrice ou chacota. 
O seu uso deve ser moderado e suficiente para se atingir o contexto pré-
estabelecido, primeiramente por Deus e, em seguida pelo Seu mensageiro. Em 
nenhum momento, o lúdico pode permitir que o mensageiro tome o lugar 
soberano de Deus. 
Vamos conhecer métodos práticos, dinâmicos, divertidos e eficientes que 
transformarão o ensino para crianças de forma prazerosa. Essa foi a metodologia 
encontrada para ensinar sobre Jesus, o Filho de Deus, às crianças há mais de 
quatro décadas. As técnicas lúdicas fazem com que a criança aprenda com 
prazer, alegria, entretenimento, sendo relevante ressaltar que a educação lúdica 
está distante da concepção ingênua de passatempo, diversão superficial. 
Alguns exemplos: 
 
 
• Quadro depregas; 
• Flanelógrafo; 
• Figuras; 
• Receitas caseiras; 
• Músicas e gestos; 
• Teatro, encenação e fantoches; 
• Desenhos e atividades; 
• Filmes sobre a Bíblia; 
• Jogos; 
• Dinâmicas; 
• Gincanas; 
• Maratonas bíblicas; 
• História contada. 
HOMILÉTICA KIDS 
A pregação da palavra não é uma opção humana, mas é uma ordem 
divina: “Pregai a palavra” (II Tm. 4:2). Deus confiou a mim e a você essa nobre 
missão e o grande privilégio de serem ministros da reconciliação, porém não 
existem prestígios sem responsabilidades. 
Há um compromisso que pesa sobre nossos ombros como pregadores da 
palavra de Deus, o que é justamente ser testemunha da verdade, na consciência 
que a palavra é suficiente. O pregador sensato reconhece que a palavra de Deus 
é viva e poderosa, ela tem transformado vidas, comunidades, civilizações e a 
história geral de uma forma surpreendente, porém, a razão disso tudo não se 
encontra na pessoa do pregador, mas no poder que na palavra cujo propósito é 
a glória de Deus. “Preguei o evangelho tendo em vista unicamente a glória de 
Deus”. Charles Spugeon. 
O termo “homilética” é universalmente reconhecido como uma disciplina 
teológica que explora a ciência, arte e técnica da oratória sacra, ou seja, é o 
estudo geral que envolve todos os aspectos relacionados a comunicação, 
levando em consideração todas as respectivas etapas, desde a preparação do 
esboço, até a proclamação do discurso. O seu propósito, visa tão somente 
 
 
auxiliar o pregador a cumprir sua missão com excelência, alcançando com êxito 
o objetivo desejado, através da pregação da palavra. 
Vejamos a definição por meio do sentido etimológico, morfológico e 
semântico que envolve a homilética: 
 Definição Etimológica: a palavra homilética deriva do grego: 
“homiletike”, com o seguinte significado: “Ensino em tom familiar”. 
Assim era a educação nos tempos antigos, em conversações nos 
lares e dessa forma, se fortaleceu a igreja primitiva por meio das 
pregações que ocorriam de casas em casas. 
 Definição mofológica: Homilética vem da junção de dois vocábulos 
de origem grega: “homilia+ética”, cujo significado é: Homilia: 
“Dialogo familiar” e Ética: “Boas maneiras”. Em suma, 
morfologicamente falando, a homilética significa: “O diálogo familiar 
por meio de boas maneiras”. 
 Definição semântica: A homilética é uma ciência, uma arte e uma 
técnica. 
ARTE: envolve diversos elementos existentes, relacionados ao que 
se entende por arte, pois o uso da homilética exige dedicação, 
criatividade, imaginação, inovação, desenvoltura, performance e 
persuasão por meio das expressões verbais e não verbais. 
TÉCNICA: por causa da possibilidade de poder obter, adaptar e 
aprimorar as habilidades referentes à comunicação, evidentemente 
a boa prática conduz ao bom aperfeiçoamento. 
CIÊNCIA: devido aos fundamentos teóricos, históricos, 
psicológicos e sociais que são essências ao discurso público, 
assim como as análises aos métodos e recursos relacionados às 
áreas específicas da comunicação. “Oratória, retórica e 
eloquência”. 
 
1. Oratória: é a arte de falar em público com a finalidade de comover 
os ouvintes; 
2. Eloquência: é o poder de persuadir por meio da palavra, gesto e 
recursos. 
 
 
3. Retórica: é o conjunto de regras que aprimoram a eloquência e a 
pregação. 
Trazendo para Homilética kids (a arte de pregar para crianças) 
precisamos: 
1. Oratória kids: Falar a linguagem da Criança; 
2. Eloquência kids: Envolver a criança através dos gestos e fala 
simples, elegância no falar; 
3. Retórica kids: usar recursos atrativos junto com o falar bem e o 
envolvimento das crianças. 
 
PERIGOS EXISTENTES REFERENTE AO MAU USO DA HOMILÉTICA 
• ARTIFICIAL: em alguns casos tende a tornar o pregador displicente 
quanto ao conteúdo da mensagem, semelhante ao cozinheiro que segue 
todas as regras da cozinha, mas serve uma refeição sem sustância, uma 
espécie de sopa rala que não nutre. Apenas entretêm. 
• TÉCNICO: pode tornar o pregador insensível, semelhante aos maus 
médicos que agem indiferentes, ótimos em prescrever medicamentos, 
mas péssimos em atender pacientes. Esse pregador tende a depender 
mais da estruturação do seu sermão, a investir em relacionamentos 
saudáveis com Deus e com as pessoas. 
• METÓDICO: ocasionalmente gera uma tendência em priorizar mais a 
importância do esboço, sem atentar para a real necessidade do povo. É 
semelhante a um professor sistemático que até transmite informações 
com eloquência, mas não gera conhecimento transformador. 
• PRAGMÁTICO: atentam mais aos resultados, assim como os conhecidos 
“advogados do diabo” que recorrem ao jogo do vale tudo, tão somente 
para obter seus sórdidos interesses. Pregadores que colocam seus 
esboços, acima da revelação suprema das escrituras sagradas. 
Precisamos pregar em linguagem infantil, envolvendo-os com gestos e 
fala simples e usando recursos atrativos que as façam entender a Palavra do 
Senhor. 
 
 
 Como precursores da palavra de Deus o obreiro infantil tem um grande 
desafio: Ensinar a palavra de Deus com o objetivo de produzir mudanças, e para 
isso nosso próprio Jesus Cristo, em sua infinita sabedoria nos ensinou a melhor 
das técnicas: Contar histórias. Na bíblia encontramos em vários versículos 
parábolas com mensagens maravilhosas que nosso Jesus utilizou para ensinar 
a Sua palavra. História é definida como “registro de fatos importantes 
relacionados entre si; descrição de fatos relevantes do passado”. Mas o tipo de 
história que temos em mente para o Culto Infantil e EBD abrange mais coisas do 
que esta definição. A história que tem valor no ensino deve despertar emoções, 
incitar o interesse e gravar uma verdade no coração. 
Por que usar histórias? 
 É o método mais antigo e atual ao mesmo tempo; 
 Ela mantém o interesse dos ouvintes; 
 É uma das formas mais vitais, interessantes e efetivas de 
apresentar as verdades espirituais; 
 Desenvolve a imaginação e a criatividade; 
 Estimula o interesse pela leitura bíblica; 
 É facilmente lembrada; 
 É a palavra de Deus e ela liberta e transforma. 
 
 Com o que devo me preocupar ao contar uma história? 
 Seja dependente do Senhor: seja íntimo de Deus, lembre-se que você é 
um canal, logo, quem fala é o Senhor; 
 Conheça bem a história: a leitura Bíblica é indispensável, use dicionários 
bíblicos, mapas e livros sobre o tempo Bíblico para complementar seus 
estudos; 
 Viver/sentir a história; 
 Conquiste seu público; 
 Ensaie: a sua expressão é o que dá vida na história. Não faça cara de 
parede, viva o personagem. 
 Analise com cuidado o tipo de ouvinte para o qual você contará a história; 
 
 
 Se você vai usar algum tipo de caracterização, cuidado: quem deve 
chamar a atenção é a Palavra e não as roupas; 
 Dê vida ao livro da Vida: crianças aprendem com seus sentidos, elas 
adoram sentir, cheirar, tocar, escutar e ver. A gesticulação faz parte do 
trabalho de narração, assim como na atividade de oratória. Expressão 
corporal e expressão facial são recursos poderosos; 
 Imagine que você esteja no lugar da criança, e pense: Como eu ficaria fez 
se a história fosse contada assim... Feche os olhos e imagine o cenário, 
os personagens... 
CONTADOR DE HISTÓRIAS 
 Narrar com entusiasmo/emoção; 
 Linguagem simples e clara; 
 Usar a riqueza de gestos; 
 Tom de voz adequado; 
 Dominar a história; 
 Viva a história; 
 Emocione-se com os próprios episódios, dando um cunho de realidade. 
PRECURSOR DA PALAVRA 
 Vida com Deus em ordem; 
 Estudar a bíblia; 
 Apto a ensinar; 
 Vida de oração; 
 Chamada. 
 
EXEMPLO: 
 
 
 
Estrutura da Narrativa 
Um dos nossos maiores desafios é fazer a criança entender a sequência 
de fatos e organizar os pensamentos para tal objetivo precisamos contar a 
história de forma ordenada. Segundo alguns estudiosos os elementos essenciais 
e sequencias de uma históriasão: 
INTRODUÇÃO 
É a parte inicial, onde apresentamos os principais personagens e características, 
ela deve ser curta e obter informações necessárias para facilitar a compreensão 
do que se vai escutar. 
ENREDO/DESENVOLVIMENTO 
É a sucessão dos episódios, o desenrolar dos fatos que compõe a história. Os 
conflitos que surgem e a ação dos personagens. 
CLÍMAX 
É o resultado dos acontecimentos que formam no enredo. Chegamos nele 
depois de vários suspenses, ele é ponto culminante da história, ele determina a 
ligação moral que se quer ministrar. 
“Hoje eu aprendi a história de 
Davi e Golias”
“Hoje eu aprendi como posso 
confiar em Deus para vencer os 
gigantes na minha vida”
 
 
CONCLUSÃO 
Muitas histórias terminam no próprio clímax, mas ás vezes, é necessário 
acrescentar uma ou duas sentenças a mais para satisfazer á curiosidade da 
mente dos ouvintes na sua indagação do que, afinal, aconteceu com o 
personagem principal. 
A escolha da história 
 Na escolha da história deve-se definir bem o fim específico; 
 Ela deve ser de fácil compreensão; 
 Ter enredo simples e atraente; 
 Riqueza de imaginação. 
A mesma história pode ser usada com objetivos diferentes, isso depende do 
narrador. 
MATERIAIS AUXILIARES A HOMILÉTICA 
• BÍBLIA SAGRADA: evidentemente a ela é a única fonte para o pregador, 
os demais materiais referidos, são apenas meios eficazes em que 
podemos extrair, a água que jorra dessa fonte. 
• CONCORDÂNCIA BÍBLICA: seja temática ou alfabética, apresenta uma 
relação de palavras semelhantes, registradas em toda a bíblia, 
juntamente com suas respectivas referências, dando um leque de opções 
de versículos que contém as mesmas palavras, o que em si, corrobora 
bastante com a mensagem que deseja propagar. 
• DICIONÁRIO BÍBLICO: convém ao que ministra a palavra, o hábito de 
consultar o sentido correto das expressões para melhor compreensão da 
leitura, domínio do assunto e sobretudo, segurança na exposição da 
mensagem que será transmitida ao público. 
• COMENTÁRIOS BÍBLICOS: amplia o entendimento porque contêm 
diversas informações essenciais para o melhor aprendizado do texto e 
todo o seu contexto nos mais variados aspectos: histórico, cultural, 
político, social e econômico. 
 
 
• ATLAS BÍBLICO: os atlas apresentam mapas, relacionados a história e 
geografia do povo no período bíblico, e tais informações nos auxiliam a 
compreender melhor a localização exata dos eventos históricos, conhecer 
os costumes sociais e as tradições culturais dos povos antigos, e entender 
as regiões e climas dos diversos lugares mencionados nas escrituras 
sagradas. 
• ENCICLOPÉDIA BÍBLICA: é uma coletânea de vários estudos bíblicos, 
análises acerca da história e todo o seu contexto cultural, cronologia dos 
povos e economia, organização em sociedade e as formas de cultos e 
crenças das antigas religiões. 
• LEITURA DE LIVROS: é fundamental para o pregador da palavra, no 
entanto, o mesmo precisa ser selecionado diante de inúmeras opções 
existentes 
Pregador da palavra é alguém que está sempre escavando o solo do 
conhecimento, pois bem sabe que quanto mais profundo for a perfuração, mais 
puras serão as águas de sabedorias a serem encontradas. 
Compete ao bom pregador, procurar conhecer e dominar as principais 
regras da homilética, porém não é sensato se tornar um subordinado das normas 
ao ponto de perder a sensibilidade espiritual, nesse caso convém que haja 
sempre uma flexibilidade sadia para que no limite do bom senso, o pregador 
tenha discernimento e experiência para escolher quando se faz necessário 
aplicar ou não tais técnicas aprendidas. 
 
RECURSOS DIDÁTICOS 
Didática é um ramo da ciência pedagógica que tem como objetivo ensinar 
métodos e técnicas que possibilitem a aprendizagem do aluno por parte do 
professor ou instrutor. Já recurso didático é interpretada como ajuda ou auxílio 
para tornar o ensino mais eficiente. 
A escolha depende: 
 Do aluno; 
 
 
 Do tipo de assunto a ser abordado; 
 Dos propósitos e objetivos a serem alcançados; 
 Do tamanho da turma; 
 Da habilidade do professor. 
Recursos à disposição: 
 O professor; 
 A voz; 
 Os gestos; 
 O ambiente físico. 
 Os conhecimentos; 
 
RECURSOS AUDIOVISUAIS 
É reconhecido há muito tempo o valor dos recursos audiovisuais para o 
ensino, em qualquer tipo e nível. Seu uso oferece inúmeras vantagens para os 
professores. Dentre eles, destacamos: 
 Enriquece a experiência sensorial, base da aprendizagem. 
 Materializa conceitos, economizando tempo e palavras. 
 Dá informações. 
 Estimula a imaginação. 
 Facilita a compreensão e afixação da aprendizagem. 
 Desperta a atenção e mantém o interesse. 
 Traz o remoto no tempo. 
 Estimula a discussão. 
 Incentiva a ação. 
 Serve de roteiro para o professor. 
 
 
Apesar de todas essas vantagens, eles não são substitutos, nem 
alternativas para o ensino. Seu uso é apenas um auxílio, para tornar o ensino 
mais compreensivo, interessante e duradouro. 
Vamos repensar em nossas aulas, pregações e ensinamentos, 
precisamos fazer a diferença no Ministério infantil! Formar crianças com 
compromissos com a palavra de Deus, com atitudes e pensamentos cristão. 
Precisamos desenvolver em nossas crianças princípios bíblicos, e por que não 
de forma lúdica, divertida e muito satisfatória? 
Nunca devemos esquecer que nosso maior foco é a salvação de almas, 
nós podemos ganhá-las em qualquer lugar e hora. O Livro sem palavras pode 
nos ajudar muito nesse sentido. Ele tem sido um dos métodos mais simples e 
eficientes para levar as crianças a Cristo. A mensagem da salvação é anunciada 
através de cinco cores diferentes: 
DOURADA: para falar do céu; 
PRETA: para falar do pecado; 
VERMELHA: para falar do sangue de Cristo derramado na cruz; 
BRANCA: para elas serem limpas e reconhecerem e confessarem seus pecados, 
e receber Cristo como seu único Salvador. 
VERDE: nova vida, com a certeza da salvação. 
Você é o instrumento que Deus quer usar, reflita sobre todos os assuntos 
que abordamos hoje e busque renovação dos métodos que você tem utilizado. 
Se preocupe com o resultado das ministrações, verifique: 
 O método que utilizou foi efizar? 
 O ensino provocou interesse? 
 As crianças retornarão? 
 Houve aprendizagem de fato? 
Esses questionamentos vão lhe dar uma visão de como deve proceder. 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
O evangelho não é autoajuda, confissão positiva ou teologia da 
prosperidade. É uma fé crescente, uma esperança firme e segura quanto ao que 
há de vir. Só existe um evangelho verdadeiro e é o de Cristo, o evangelho da 
cruz, da graça. Qualquer outro acréscimo está em desacordo com a mensagem 
bíblica. Não existe outra mensagem, somente o evangelho puro e simples pode 
salvar o pecador. Não existe outro instrumento do que a igreja, a missão é 
intransferível e irrevogável. 
Em Atos 1:8 diz: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santos, que há de 
vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda 
Judéia e Samaria e até aos confins da terra”. O que isso significa? 
A primeira ação missionária exigida é “ficar em Jerusalém até que...” 
(Lucas 24:49; Atos 1:4), onde nos ensina a ficar em oração, obediência, 
preparação e na sincera atitude de esperar as orientações do Senhor. Se você 
o desejo de fazer viagens missionárias, mesmo que seja de curto prazo, é 
necessário ter confirmação dos altos céus. 
Nossa missão não pode ser feita com emoção, vislumbre ou como 
“currículo ministerial”, muito menos como algo romantizado, mas, sim como uma 
obediência celestial. Missões continua sendo a principal tarefa da Igreja e o 
ministério infantil faz parte desta Igreja. 
Que através dessa leitura você possa abrir seus olhos em relação a 
importância de seu trabalho no ministério com crianças. Muitas vezes nos 
sentimos pequenos comparados ao grande compromisso que o Pai confiou em 
nossas mãos,mas o Deus que servimos capacita os escolhidos, Ele não olha 
currículo, aparência e muito menos como esta a nossa conta bancária, Ele viu 
em nós o que o homem não viu. 
Ele não abre mão de você no campo de batalha. Ele lhe espera soldado 
valoroso, e conta contigo nesse batalhão. 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 Bíblia sagrada; 
 SILVA, Márcia, 2014 Liderança de crianças e juvenis: formando líderes para a 
próxima geração / Márcia Silva – Goiânia: VIDEIRA Editora, 2014 
 LANDIM, Luciano, 2022 A evangelização Bíblica – Não comprometa o evangelho 
/ Luciano Paes Landim. 
 COSTA, Débora Ferreira. Evangelização e Discipulado infantil. Rio de Janeiro: 
CPAD. 
 MAGALHÃES, Vanessa de Educação Cristã na Infância: uma proposta 
metodológica para as igrejas locais / Vanessa de Magalhães – A. D. Santos 
Editora, Curitiba, 2018. 184 páginas. 
 SPURGEON, C. H. Pescadores de crianças: orientação prática para falar de 
Jesus às crianças. São Paulo: Shedd publicações, 2004. 
 SOUZA, Ester Maris Leandro de. Métodos para o Ensino Infantil – A arte de 
capacitar líderes de crianças. A. D. Santos Editora, Curitiba, 2015. 
 PINTO, Tânia Adel Merege de Mello Cruz. Como contar histórias – A arte de 
contar histórias para evangelismo infantil – Tânia Abel Merege de Mello Crus 
Pinto – Curitiba: A. D. Santos Editora, 2011. 128 páginas. 
 GRÉGIO, Flávia. A arte de pregar para crianças – Flávia Grégio – Curitiba: A.D. 
Santos Editora, 2020. 160 páginas. 
 GRÉGIO, Flávia. Missiologia Kids: como ensinar crianças a amar, orar, investir 
e fazer missões / Flávia Grégio – Rio de Janeiro: Editora do Reino, 2022. 144 p.; 
21 cm. 
 FORTUNA, Tânia Ramos. Formando professores na Universidade para brincar. 
In: SANTOS, Santa Marli P.dos (org.). A ludicidade como ciência. Petrópolis: 
Vozes, 2001, p.116. 
 LUCKESI, Cipriano Carlos. Educação, ludicidade e prevenção das neuroses 
futuras: uma proposta pedagógica a partir da Biossíntese. In: LUCKESI, Cipriano 
Carlos (org.) Ludopedagogia - Ensaios 1: Educação e Ludicidade. Salvador: 
Gepel, 2000. 
 FERREIRA, Sidnei Osvaldo Ferreira. A pregação da palavra: curso de homilética 
– Sidnei Osvaldo Ferreira Ferreira – Paulo Afonso BA: Ed. Oxente; 2° edição, 
2018.

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