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2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: A transição para o Medievo e o conceito de antiguidade tardia 
 
 
Desafio 
 
Romanos eram conhecidos por serem religiosamente tolerantes e agregadores, tendendo antes 
a conquistarem os deuses dos inimigos para o lado de Roma com promessas de culto e 
construção de templos para que ficassem ao seu lado contra seus povos. Porém, em dois casos 
isso não deu certo: com os judeus e com os cristãos. Os primeiros tiveram seu templo e sua 
cidade sagrada aniquilados em 70 d.C., o que ocasionou sua diáspora. Os segundos 
espalharam-se pelo mundo, pelo Império, mas vivenciaram conflitos com Roma antes de se 
tornarem sua religião oficial. O maior deles, “A Grande Perseguição”, ocorreu durante o governo 
de Diocleciano (285 -305 d.C.). 
 
Diocleciano acreditava que o Império Romano e seu destino estão vinculados aos seus deuses, 
portanto, se os deuses não estivessem satisfeitos, não estariam ao lado de Roma. Assim sendo, 
a piedade (cumprimento dos deveres religiosos) para com os deuses romanos deveria ser 
cumprida por todos, independentemente de suas crenças e religiões. 
 
Você é um professor de História e em uma de suas aulas foi interpelado por um aluno quanto às 
questões de intolerância religiosa na Antiguidade Romana. Para responder ao questionamento 
do aluno, você pensou em abordar o tema partindo do relacionamento entre cristãos e a Roma 
Imperial no período de Diocleciano e Constantino. 
 
Para isso, você deverá descrever para seu aluno: 
 
a) Que motivações e legislações foram mais marcantes nos conflitos e para as relações entre 
cristãos e governos do Império no período entre 285 e 313 d.C.? 
 
Resposta: 
 
Como fatores marcantes nos conflitos, eu destacaria: 
 
Conflitos durante o governo do Imperador Diocleciano: 
 
Diocleciano, imperador romano que assumiu em 285 d.C. organizando o Império e dividindo-o 
em um tetrarcado para melhor governar, foi um governante para quem a piedade para com os 
deuses romanos era fundamental para a existência e a manutenção do Império. Em princípio 
era tolerante, mas percebeu o crescimento da Igreja e a resistência de cristãos em cumprir os 
ritos determinados para com os deuses do Império. O imperador, também um deus, proclamou 
um édito exigindo o cumprimento da norma básica da religião romana: era necessário sacrificar 
aos deuses romanos e quem não o fizesse seria punido. 
 
Desobediência ao Édito Imperial pelos cristãos: 
 
Os cristãos, em razão de sua doutrina que considerava todos os outros deuses falsos ídolos e o 
sacrifício de Jesus como o último necessário à salvação, negavam-se a prestar culto e sacrificar 
aos deuses de Roma, criando com isso problemas de ordem religiosa e política para o Império. 
Cabe aqui notar que, ao desobedecer ao Édito Imperial, os cristãos tornavam o problema que 
inicialmente poderia ser visto como de ordem religiosa, também em problema político e militar, 
visto que havia cristãos no exército se negando ao cumprimento do sacrifício, importando esse 
ato em desobediência militar. Desobediência é algo que jamais seria admitido em um exército, 
menos ainda no romano. 
 
Grande perseguição: 
 
Por isso, em 303 a.C., Diocleciano libera um édito cujo período de vigência ficou conhecido com 
“A Grande Perseguição”. Por ele era ordenado perseguir, prender e até mesmo levar à pena de 
morte aqueles que se negassem ao sacrifício, considerando-os inimigos do Estado Romano. O 
édito também permitia que textos e objetos sacros fossem estruídos e bens fossem tomados aos 
cristãos, o que por essa época incluía muitos cidadãos romanos e alguns patrícios e equestres 
de grande poder, causando conflitos imensos e mortes em todo o Império, embora o édito tenha 
se cumprido de forma diferente conforme o local, já que nem todos os coimperadores pensavam 
como Diocleciano. 
 
Disputas políticas pelo Império Romano: 
 
Com a abdicação de Dioclecinano em 305 d.C. por motivos e doença, o Império mais uma vez 
ameaçou ruir e os conflitos se alastraram também rumo às disputas políticas. Essas disputas 
são vencidas por Constantino, que reunificou o Império. Por meio do Édito de Milão (313 d.C.), 
o já Imperador Constantino criou uma lei de tolerância religiosa no Império. 
 
A História contada é que Constantino teve uma visão ou sonho com um símbolo que era usado 
pelos cristãos, e os colocou na bandeira e nos escudos antes da batalha, vencendo-a. Por isso, 
ele acaba liberando todas as religiões, para exercerem suas práticas no Império, inclusive o 
Cristianismo. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: A pratica de ensino na Historia Antiga 
 
 
Desafio 
 
A educação, em seus diversos aspectos formais ou informais, sempre esteve presente nas 
sociedades: é a partir dela que as sociedades crescem e se reproduzem, mantêm as tradições 
e a cultura, renovam os costumes ao longo do tempo. Ela se apresenta de modo informal desde 
o berço, mas também se organiza com formalidade dentro das sociedades, via ritos de passagem 
e ciclos educativos diversos. 
 
 
 
Nesse sentido, com base na leitura da Ciropédia de Xenofonte, o seu desafio consiste em 
elaborar dois textos de apoio para os alunos a partir da resolução das duas questões a seguir: 
 
a) Apresentar o povo escolhido para o trabalho, com sua localização geográfica e contexto geral. 
b) Qual é a proposta de educação entre os persas segundo Xenofonte? 
 
Resposta: 
 
 
a) O império que começa com Ciro o Grande, em 539 a.C., e vai até 330 a.C., quando os persas 
são vencidos por Alexandre, o Grande, da Macedônia. Xenofonte, historiador, filósofo, 
discípulo de Sócrates e general grego nascido em Atenas, que viveu entre 430 e 
355 a.C. escreveu diversas obras, entre as quais Anábase e Ciropédia; nesta última, o 
autor retrata a forma de viver dos persas e como se dava a educação entre os persas de sua 
época. 
 
 
b) Segundo as informações de Xenofonte, na Pérsia, a educação é pública e 
obrigatória. Dá-se numa praça chamada Eleutéria, que se divide em quatro repartições: 
crianças, púberes, homens feitos e os que não têm mais idade para o serviço militar 
(velhos/idosos). As crianças e os homens feitos comparecem às suas classes diariamente 
ao amanhecer; os idosos, somente em dias marcados ou quando desejam; os púberes 
celibatários pernoitam armados em roda dos tribunais; os casados somente são obrigados a 
comparecer se avisados. Cada classe tem doze chefes. Os chefes mais capazes das classes 
dos anciãos governam as crianças, para lhes dar educação fecunda; os púberes são 
dirigidos por superiores dos homens feitos. Os chefes dos homens feitos são da 
mesma classe e dos idosos. Os meninos até dezesseis ou dezessete anos aprendem sobre 
justiça, e os crimes são castigados com severidade, assim como as acusações 
infundadas. Aprendem a gratidão, pois a ingratidão é considerada ato de desprezo 
para com os deuses, os pais, a pátria e os amigos. Aprendem sobriedade pelo 
exemplo dos mais velhos, a obedecer aos superiores, a não ser escravos de 
suas necessidades estomacais. Comem à mesa com seus mestres na hora por eles 
determinada, trazendo de casa a comida. Aprendem a manejar o arco e a seta. Pelo espaço 
de dez anos depois da primeira classe, já guardas púberes, alguns pernoitam nos tribunais 
para guardar a cidade e exercitar a temperança. Vão à caça com o rei, munidos de duas 
lanças (uma para arremessar e outra para ferir de perto), espada na bainha ou 
machado, escudo, arco, aljava, sendo a caça entendida como uma espécie de simulacro 
de guerra. Orei vai à caça e os obriga a caçar. Criam-se hábitos como levantar-se 
pela madrugada, aguentar o frio e as calmas e fazer exercícios que predispõem a 
grandes marchas. A alimentação (jantar) também pode ser adiada se preciso. Na caça, 
se não apanham animal algum, não têm mais do que mastruço (erva) e água, ficando sem 
o pão. Os que permanecem na cidade fazem rondas, perseguem ladrões e exercitam-se 
com arcos e setas, disputando entre si ou praticando exercícios públicos com direito 
a prêmio. As tribos de mancebos bem disciplinados recebiam elogios dos cidadãos, 
que honram seus chefes. Após dez anos, entram na classe dos homens feitos, 
onde permanecem por vinte e cinco anos, período em que se tornam magistrados, 
prestam serviços públicos e vão para a guerra, fase em que usam armas curtas e 
escudo na mão esquerda, e não mais lanças e arco. Após esse período, passam à 
classe dos velhos 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Historia Antiga – recortes temas e fontes 
 
 
Desafio 
 
Entre os antigos, em algumas sociedades, a prática de infanticídio era comum. Ocorria por 
razões diversas: para evitar o resultado de uma profecia, para esconder um ato social ou 
religiosamente não permitido, porque a criança nasceu com deficiência, etc. Esses são alguns 
exemplos de motivos para a prática em si, registrados em lendas e literaturas, em alguns casos 
confirmados pela arqueologia. Diferente situação ocorria com relação aos sacrifícios humanos, 
em geral, realizados em rituais de cunho religioso por exigência de um deus, como 
agradecimento ou moeda de troca. É necessário lembrar que para aquelas populações e 
culturas, tais atos, infanticídios e sacrifícios, eram práticas normais no contexto cultural em que 
viviam. 
 
Imagine que, como professor de História, você tenha sido convidado a participar de um seminário 
ou simpósio sobre História Antiga e a apresentar uma comunicação em uma mesa dividida com 
mais dois colegas e seu tema seja o "sacrifício humano na antiguidade mediterrânica". Para a 
comunicação (15 minutos), você deverá compor um texto sobre a prática de sacrifícios humanos 
na antiguidade mediterrânica utilizando exemplos da prática do sacrifício entre pelo menos dois 
povos da antiguidade, podendo os exemplos ser provenientes da literatura e da mitologia antiga 
ou de estudos históricos e arqueológicos. 
 
 
Resposta: 
 
Na antiguidade, a prática de orações, cânticos, hinos, procissões, festivais religiosos, oferendas 
e sacrifícios aos deuses eram comuns, e algumas sociedades praticavam sacrifícios humanos. 
Os sacrifícios eram realizados por obrigação religiosa, para aplacar a ira dos deuses ou para 
agradecer ou persuadir os deuses a propiciarem o que se desejasse. Também podiam ser 
considerados como “preço de sangue” a ser pago ao deus ou ao inimigo que o representava. 
Dentre os povos mediterrânicos que praticavam sacrifícios humanos estão os egípcios e os 
gregos 
 
No Egito Antigo, os faraós praticavam uma religião funerária e acreditavam numa vida melhor na 
pós-morte para aqueles que conseguissem passar pelo julgamento de Amenti, em que o coração 
do morto era pesado e deveria ser mais leve que uma pena para que ele pudesse entrar no reino 
de Osiris seguindo em direção à próxima vida. 
 
Por isso, pensando em seu conforto na pós-vida, inicialmente, faraós e outros poderosos 
egípcios levavam para suas tumbas ou pirâmides, além de seu enxoval mortuário (móveis, 
roupas, ouro, riquezas, comidas, bebidas, etc.), os servos (que eram enterrados vivos na tumba 
junto ao morto) para servi-los na próxima vida. Assim sendo, o sacrifício humano era parte da 
crença religiosa que incluía uma outra vida, a pós-vida em que tudo era melhor, de qualidade e 
em quantidade superior. Os servos sacrificados com o seu senhor, fosse este o faraó ou outro 
morto, seriam ressuscitados também para servi-los no além. 
 
Posteriormente, os egípcios passaram a utilizar Ushabtis em substituição dos servos vivos. Os 
Ushabits são pequenas estatuetas que passaram a representar os servos, os seus trabalhos e 
as diversas funções realizadas para os seus senhores na próxima vida. 
 
Entre os gregos, um exemplo famoso de sacrifício humano é o ocorrido durante a Guerra de 
Troia. A literatura homérica registra que, estando os gregos prontos para ir guerrear contra Troia, 
uma calmaria se faz e os navios ficam parados. Questionando ao sacerdote sobre o motivo, 
Agamenon, o líder dos gregos, é informado de sua culpa porque anteriormente despertara ira de 
Ártemis, a deusa da caça, pois havia matado uma corsa a ela consagrada e se vangloriado disso. 
Ele então fizera uma promessa à deusa. Prometera à Ártemis (sem saber da gravidez de sua 
esposa Clitemnestra) sacrificar a mais bela menina nascida em seu reino, Micenas, no ano em 
que Ifigênia nasceu. Mas à época não tivera coragem de sacrificar a própria filha recém-nascida. 
Lembrado disso, sabendo da ira da deusa, cumpre o prometido e sacrifica sua própria filha, 
Ifigênia, a Ártemis para aplacar a ira e para que os gregos vencessem a guerra. Nenhum apelo, 
fosse da esposa Clitemnestra ou mesmo de Aquiles, foi capaz de demover Agamenon da ideia 
de que sacrificar sua filha era válido/necessário para vencer a guerra, mesmo porque havia 
muitas cobranças e, a tal altura, os gregos, dadas suas crenças, não o seguiriam se não 
cumprisse a promessa, exigiriam seu cumprimento. 
 
Esses são dois entre muitos exemplos em que a literatura, a mitologia e a arqueologia nos 
mostram sobre a religião, a política e os sacrifícios humanos realizados para os deuses na 
antiguidade. 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: A idade media diferentes visões ao longo do tempo 
 
 
Desafio 
 
Nossos alunos chegam às salas de aula com inúmeros conhecimentos prévios sobre História, 
que adquiriram assistindo a filmes e séries, navegando na Internet ou por meio de leituras. Esses 
saberes não podem ser desprezados pelos professores, mas devem ser problematizados 
quando apresentarem incorreções históricas. Em relação ao aprendizado formal nas escolas, um 
dos principais materiais de trabalho para o professor, e de referência para os alunos, é o livro 
didático.Isso não significa, no entanto, que esse recurso esteja isento de problemas ou com 
determinadas concepções historiográficas que dificultam o aprendizado histórico. 
 
Vejamos um diagnóstico feito pelo professor Nilton Mullet Pereira (2009): 
 
 
Imagine que você, ao preparar suas aulas sobre a Idade Média, percebeu que o livro didático, 
ao abordar o período, apresenta uma série de generalizações e contrastes oriundos de uma 
historiografia que é considerada ultrapassada. 
 
a) Como você explicaria para os alunos o processo de construção do conhecimento histórico e 
sua periodização, para que eles compreendessem os preconceitos formados em relação ao 
medievo? 
 
b) Que atividades você proporia para complementar a formação dos alunos sobre Idade Média, 
para além da utilização do livro didático? 
 
 
Resposta: 
 
a) Um dos grandes desafios para o professor da Educação Básica é trabalhar com noções da 
escrita da história e da historiografia, devido, muitas vezes, ao grau de abstração e as 
peculiaridades dos debates historiográficos. Contudo, é importante que nossos alunos saibam 
como se escreve a história, e que esse procedimento extrapola a crítica documental e a narrativa, 
passando por definições cronológicas e relações de poder que instituem determinados 
conteúdos para serem aprendidos e, nesses conteúdos, certas representações. De acordo com 
a faixa etária dos alunos, bastaria explicar-lhes que as pessoas que habitavam o território que 
chamamos hoje de Europa não se reconheciamvivendo na "Idade Média", que esse foi um termo 
criado a posteriori para caraterizar determinado período, e que essa criação foi feita cheia de 
preconceitos porque cumpria exigências do momento. Ou, para outros níveis de ensino, é 
possível demonstrar aos alunos como esses preconceitos cristalizaram-se como leituras 
historiográficas, não encontrando respaldo nas fontes sobre o período. 
 
b) Da desconstrução da noção de "Idade Média", ou "Idade das Trevas", como muitas vezes foi 
denominada na historiografia, pode-se propor uma série de atividades que extrapolem os textos 
presentes nos livros didáticos. É possível trabalhar com a cultura durante a Idade Média, a 
criação das universidades, as práticas de cura, o papel das mulheres e das crianças nas 
sociedades, e, juntamente aos alunos, estabelecer comparativos com os dias de hoje ou com 
outras realidades sincrônicas, como na América ou na África. Essas atividades permitem 
extrapolar as dicotomias que se estabelecem, tais como o bom/o ruim, o atrasado/o moderno, 
que em nada contribuem para o aprendizado histórico, e ressaltar a diferença e a diversidade de 
experiências existentes na história. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: A mentalidade Medieval 
 
 
Desafio 
 
As pesquisas sobre a mentalidade medieval trazem à tona complexas interpretações para nossa 
contemporaneidade. O consenso sobre o tema gira em torno da influência do Cristianismo nas 
camadas sociais e dinâmicas que os dogmas cristãos provocavam entre tais camadas do 
medievo. Trata-se de um período em que apenas membros da Igreja sabiam ler e escrever. A 
população não tinha acesso aos acervos, que eram oriundos da antiguidade, acondicionados 
nos mosteiros sob os auspícios dos clérigos, responsáveis pela educação e difusão dos dogmas 
cristãos. Num mundo descentralizado, os ensinamentos dos dogmas cristãos para a sociedade 
secular (os cidadãos que não faziam parte da Igreja) não eram escritos e as tradições orais se 
fortaleceram por intermédio do corpo eclesiástico. A visão de mundo era teocêntrica, com a 
máxima verdade pautada na afirmação de que "Deus era o centro de tudo" e a Igreja seu porta-
voz. 
 
Todos os aspectos da vida social estavam ligados ao sobrenatural e ao rígido código que 
colocava o ser humano como a expressão máxima do pecado. Nesse sentido, a ideia de 
conformismo e da busca contínua pela expiação dos pecados pelo uso de símbolos católicos era 
a razão da existência medieval. A salvação da alma, o louvor ao criador, a fuga das tentações e 
a prática dos sacramentos cristãos eram o modus operandi da sociedade estamental do medievo. 
 
 
A partir dessas informações, analise a organização da sociedade, o contexto histórico e o papel 
da mulher no mundo medieval. Apresente argumentos que justifiquem a construção da história 
da mulher na Idade Média e os motivos que influenciaram algumas interpretações presentes até 
a atualidade. 
 
Resposta: 
 
A renúncia pelo corpo na Idade Média foi um processo construído pela Igreja Católica, pois, no 
entendimento da instituição, o “corpo”, ou a “carne”, era a representação do pecado e colocava 
a mulher num contexto delicado e muito complexo. Em uma das visões da época, o corpo 
feminino era a representação de algo diabólico, que poderia colocar em tentação homens 
cristãos e levá-los ao pecado. 
 
Nesse sentido, a sexualidade da mulher, sua constituição física, suas ações e maneiras de agir 
seriam cuidadosamente observadas pela Igreja e pela sociedade. Por outro lado, a 
representação do feminino também foi associada a aspectos positivos, de santidade, de 
reprodução, de cuidado para com a família, castidade e conexão com elementos de pureza, 
construídos a partir da narrativa bíblica da Virgem Maria. 
 
Portanto, uma importante construção histórica, como a história das mulheres no período 
medieval, não pode ser generalista. Devem ser considerados diversos aspectos, neste caso, em 
específico, um dos mais importantes, o patriarcalismo bíblico. Evidentemente, a mulher medieval 
não teve acesso a cargos e poder na Igreja Católica, mesmo que já existissem classes sociais 
distintas. Por outro lado, é inegável que a interpretação sobre o papel das mulheres na Idade 
Média passa por um processo de reconstrução na historiografia recente. As novas pesquisas, 
fontes e narrativas têm problematizado sua importância para o período, consequentemente, 
ampliando as possibilidades de compreensão da época. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: O Direito no mundo Medieval 
 
 
Desafio 
 
A Idade Média foi um período de, aproximadamente, mil anos. Ao contrário do que algumas 
crenças populares dizem sobre essa fase da civilização, a Idade Média não pode ser 
compreendida como uma época de “imobilidade”: cada uma de suas diferentes fases apresenta 
mudanças profundas e significativas no que diz respeito a economia, política, direito, filosofia, 
ciência, artes e religião. 
Fizeram-se ausentes as complexas estruturas públicas e políticas que atuaram de forma tão 
marcante na antiga Roma ou na Grécia clássica. O poder era exercido de forma localizada e 
fracionada, em cada feudo, por um senhor feudal. Logo, a vida política e a ideia de cidadania 
desaparecem do cenário social. 
Acompanhe, a seguir, duas imagens representativas da Idade Média: uma vinculada ao Estado 
e a outra, ao modo de produção. A partir dessas imagens, fale sobre a relação entre o Estado e 
a Igreja na Idade Média, bem como sobre o seu modo de produção. 
 
 
 
 
Resposta: 
 
1. A primeira figura é a imagem de um Papa coroando um Rei, mais especificamente Carlos 
Magno, pelo Papa Leão III. A imagem demonstra o quanto era próxima a relação entre Estado e 
Igreja, ou melhor, era a Igreja quem legitimava os poderes dos reis, uma vez que, na Idade Média, 
eles eram os "representantes divinos". Nesse sentido, a Igreja tinha interferência direta nos 
assuntos do Estado. 
 
2. A segunda imagem apresenta o modo de produção tipicamente medieval, isto é, o feudalismo, 
que consistiu essencialmente na transformação de grande parte da Europa em uma 
multiplicidade de propriedades privadas, nas quais um senhor feudal atuava de forma soberana, 
fornecendo segurança e acesso à terra para os trabalhadores rurais, que pagavam por isso 
cedendo parte dos frutos de seu trabalho ao senhor feudal. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Fontes e problemas no estudo da Idade Média 
 
 
Desafio 
 
A Idade Média foi um período de, aproximadamente, mil anos. Ao contrário do que algumas 
crenças populares dizem sobre essa fase da civilização, a Idade Média não pode ser 
compreendida como uma época de “imobilidade”: cada uma de suas diferentes fases apresenta 
mudanças profundas e significativas no que diz respeito a economia, política, direito, filosofia, 
ciência, artes e religião. 
Fizeram-se ausentes as complexas estruturas públicas e políticas que atuaram de forma tão 
marcante na antiga Roma ou na Grécia clássica. O poder era exercido de forma localizada e 
fracionada, em cada feudo, por um senhor feudal. Logo, a vida política e a ideia de cidadania 
desaparecem do cenário social. 
Acompanhe, a seguir, duas imagens representativas da Idade Média: uma vinculada ao Estado 
e a outra, ao modo de produção. A partir dessas imagens, fale sobre a relação entre o Estado e 
a Igreja na Idade Média, bem como sobre o seu modo de produção. 
 
Alguns professores da Educação Básica costumam afirmar que existe uma distância significativa 
entre o saber acadêmico, ou a historiografia, e o saber escolar, ou a história que é ensinada nas 
escolas. Em sua percepção, parece não haver uma proximidade entre os avanços 
historiográficos e a narrativa dos livros didáticos, fazendo com que siga sendo repetida uma série 
de preconceitos e estereótipos nas salas de aula. Em relação ao ensino da Idade Média, leia a 
observaçãofeita pela historiadora Miram Coser: 
 
"A transposição de discussões historiográficas complexas para a sala de aula é sempre um 
problema e um dilema para os professores. Sem dúvida, não se trata de propor que tais questões 
sejam minuciosamente abordadas, mas já é hora de crianças e jovens terem acesso à 
informação de que, na Idade Média, havia outros grupos sociais além da tradicional divisão 
padres/guerreiros/camponeses tão preconizada pela Igreja e que as cidades faziam parte da vida 
medieval." 
 
Você, como futuro professor, quais outros temas poderia abordar sobre a Idade Média que não 
a tríade comentada por Miram Coser? Como você realizaria essa abordagem? Descreva. 
 
Resposta: 
 
Existem muitas temáticas que podem ser exploradas sobre a Idade Média que extrapolam as 
noções de feudalismo ou da sociedade de ordens, e as formas clássicas de se abordar o período. 
As contribuições da história cultural, da micro-história e da história das mentalidades trouxeram 
novos objetos de pesquisa que podem contribuir para extinguir certos preconceitos e 
estereótipos sobre a Idade Média. É possível trabalhar com a história das mulheres, a cultura 
popular, o desenvolvimento da filosofia e da ciência, as manifestações culturais e a arquitetura, 
os inventos dos camponeses, etc. 
 
 
Essas abordagens podem ser realizadas a partir da bibliografia existente sobre esses temas, 
mas também explorando-se fontes primárias que se encontram digitalizadas e traduzidas em 
inúmeros sites e diferentes revistas especializadas. As cantigas, a iconografia e os documentos 
escritos despertam a atenção dos jovens e possibilitam, ainda, explicar para os alunos como se 
dá o trabalho dos historiadores. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: A transicao da Idade Média para a Modernidade 
 
 
Desafio 
 
Uma tendência historiográfica contemporânea, a história conectada ou história global, vem 
permitindo a abordagem de determinadas realidades de forma paralela, buscando conexões 
entre espacialidades ou temporalidades distintas. Para o professor da educação básica, trabalhar 
com essa noção de história pode ser um desafio em função da estruturação dos currículos (que 
tendem a separar os conteúdos da "história geral" e do "Brasil") e da organização dos livros 
didáticos (cujos capítulos temáticos, por vezes, não se conectam). Contudo, a perspectiva da 
história conectada permite conexões interessantes, como algumas características da Idade 
Média e a colonização da América Portuguesa. Veja o que diz o historiador Jacques Le Goff: 
 
"[...] sejam quais forem as diferenças entre a Europa medieval e a América colonial do século 
XVI, o essencial do feudalismo medieval volta a ser encontrado na América: o papel dominante 
e estruturador da Igreja; o equilíbrio da tensão entre monarquia e aristocracia modifica-se, sem 
que se rompa, no entanto, a lógica feudal; as atividades cada vez mais importantes dos homens 
de negócios, comprometidos com o comércio atlântico ou com a exploração dos recurso minerais 
e agrícolas do mundo colonial, permanecem dentro dos marcos corporativos e monopolistas 
tradicionais, e estes homens seguem orientado seus ganhos para a propriedade da terra e a 
aquisição do estatuo de nobre." 
 
Neste cenário, imagine-se como futuro professor e responda: 
Como organizaria uma aula sobre a feudalidade, a história da América Portuguesa e a sociedade 
brasileira contemporânea? 
 
Resposta: 
 
Para organizar uma aula de história conectada que relacione a feudalidade, a história da América 
Portuguesa e a sociedade brasileira contemporânea, é preciso que os alunos conheçam a 
estrutura da sociedade feudal, as relações das pessoas entre si e com a terra e como se organiza 
o poder político. A partir desse estudo prévio, pode-se passar ao aprendizado da colonização, 
questionando os alunos quanto às experiências econômicas, políticas, religiosas e sociais que 
estavam disponíveis para os portugueses e que foram trazidas para a América. Assim, pode-se 
estabelecer um continuum e uma aproximação entre a sociedade feudal e o sistema colonial, 
suas instituições e as relações sociais, cuidando com os anacronismos e generalizações. Por 
fim, tendo esse quadro comparativo estabelecido, pode-se perguntar aos alunos que aspectos 
culturais, econômicos, políticos e sociais eles veem como continuidade da feudalidade e do 
sistema colonial. Pode-se elencar a ideia do patrimonialismo e do patriarcado, a importância da 
religião para algumas comunidades, etc. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Historiografia e fontes da história da América colonial 
 
 
Desafio 
 
Ensinar História é evitar anacronismos, desviar das respostas fáceis e auxiliar o estudante a 
despertar seu olhar crítico sobre eventos, fenômenos e processos históricos. Assim, toda forma 
de abordagem essencialista que atribua características inatas e imutáveis a determinados povos, 
além de ser evitada, deve ser refutada com firmeza. Combater esse tipo de abordagem se refere 
ao uso do método científico, que permite desmistificar as aparências dos objetos históricos. 
 
Pense na seguinte situação: 
 
O seu desafio é descontruir esse discurso com base em argumentação histórica, de forma que 
o aluno compreenda as determinações que fazem com que uma sociedade seja diferente da 
outra, percebendo que isso não é algo a ser considerado negativo. Um exemplo disso pode ser 
a dicotomia entre a civilização e a barbárie. 
 
Resposta: 
 
Em primeiro lugar, pode-se convidar o aluno a refletir sobre a origem desse discurso, se ele serve 
ou serviu a algum interesse. O aluno seria instigado a refletir que os europeus, ao conquistarem 
as terras do continente americano e promoverem a escravidão/exploração/genocídio indígena, 
necessitavam de justificativas ideológicas para colocar em prática tal projeto. Portanto, o aluno 
deve considerar que era preciso, do ponto de vista do conquistador, caracterizar os índios como 
atrasados, pouco inteligentes, preguiçosos, selvagens, etc. 
O aluno deve ser provocado a conectar o seu próprio discurso com suas origens históricas. Isso 
pode ser ilustrado pelo exemplo de que o pensamento atual, a cultura e até o idioma são frutos 
de décadas ou séculos de acúmulo de experiências que resultam no presente como se conhece. 
O mesmo ocorre no caso dos preconceitos contra os índios; eles foram construídos ao longo do 
tempo, de forma a se enraizarem no senso comum e nas opiniões de muitas pessoas sobre os 
povos pré-colombianos. 
É possível, então, elencar diversas características das civilizações indígenas, começando pelo 
fato de que elas são muitas e, por isso, ricas em sua complexidade. O aluno deve compreender 
que os povos pré-colombianos apresentaram cultura, religião, arquitetura, arte e diversos outros 
elementos que frequentemente são usados para caracterizar uma civilização. Da mesma forma, 
sobre as diferenças entre esses povos, e deles em relação aos europeus, é possível afirmar que 
as características locais, como topografia, recursos hídricos, clima, etc., influenciam no 
desenvolvimento das sociedades, moldando suas características. 
Dessa maneira, o aluno poderá compreender que esta ou aquela civilização se desenvolvem de 
uma ou de outra forma através de processos históricos que determinam como elas são. Não 
existe uma natureza, uma essência de um povo; são pelas determinações históricas as quais 
esteve submetido que se definem. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: A formação da América portuguesa 
 
 
Desafio 
 
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular, a área de História no Ensino Fundamental 
deve trabalhar os conteúdos a partir dos processos de "identificação, comparação, 
contextualização, interpretação e análise de um objeto"(BRASIL, 2018, p. 398). Assim sendo, ao 
investigar determinado objeto histórico em sala de aula - por exemplo,a chegada dos 
portugueses à América e o início da colonização -,o professor deve levar em consideração todos 
esses elementos em sua metodologia para que possa ensinar com mais qualidade. 
 
Uma maneira interessante de atingir esses objetivos, quando se trata da Educação Básica, é 
criar propostas conjuntas com professores de áreas afins, como a Geografia. 
 
Sendo assim, observe o cenário hipotético a seguir: 
 
 
Tendo em vista essa situação, responda a seguinte questão: Como você abordaria a chegada 
dos portugueses e a colonização considerando os parâmetros expostos pela BNCC e a 
interdisciplinaridade? 
Resposta: 
 
Em primeiro lugar, é feita a identificação do objeto, ou seja, os alunos são apresentados ao 
recorte temático, que é dividido em dois pontos complementares: a chegada dos portugueses ao 
Brasil e a colonização. A geografia pode ajudar explicando que os navegadores pioneiros 
precisavam analisar corretamente a direção dos ventos e das correntes marítimas. Assim, os 
riscos de naufrágio eram reduzidos e as viagens se tornavam mais rápidas. A colonização 
começou, de fato, após 1530, quando as terras foram divididas entre os capitães donatários. As 
condições climáticas do Nordeste favoreceram o plantio da cana de açúcar, que se tornaria a 
ponta de lança dos produtos coloniais. No entanto, para que isso faça mais sentido, é necessário 
situar os alunos no tempo e no espaço, explicando sobre a crise pela qual passavam os países 
europeus e a posição geográfica de Portugal, que lhe favoreceu a conquistar Ceuta e a navegar 
pela costa africana. É possível efetuar uma comparação entre a centralização política portuguesa 
com o fato de ainda não existir nos outros países, permitindo que Portugal se tornasse mais 
eficiente em decisões importantes, como a de descobrir novas rotas marítimas e de montar fortes 
esquadras navais. Por fim, feita essa análise preliminar do objeto, é possível passar à 
interpretação: quais os sentidos das navegações portuguesas, das colônias criadas e os 
resultados disso em perspectiva histórica? Portugal adquiriu grande proeminência no século XVI, 
tornando-se uma verdadeira "potência" pelo fato de ter encontrado a rota marítima para as Índias 
e, desde então, ter lucrado muito com seus entrepostos na Ásia, no extremo Oriente, na África e 
no Brasil. Ou seja, os portugueses estavam presentes em todos os continentes conhecidos, 
antecipando o imperialismo e a globalização. Contudo, com a entrada da Inglaterra na conquista 
dos mares, Portugal perdeu espaço. Como resultado para o Brasil, o país experimentou a 
dizimação dos povos indígenas, viveu a escravidão africana, que ainda possui marcas na 
sociedade atual, e adquiriu a cultura ibérica, tendo como principal característica a língua 
portuguesa, que, como também estuda a Geografia Humana, está presente em diversos países 
colonizados por Portugal. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: A urbanização latino-americana 
 
 
Desafio 
 
A Geografia pode ser caracterizada como uma disciplina social, já que tem como um dos seus 
objetos de estudo o espaço geográfico, que é o campo de ação da sociedade em interação 
constante com o meio natural. O processo de urbanização e o comportamento das cidades, bem 
como sua relação com a rede urbana, podem ser considerados espaços e produtos sociais que 
são usufruídos de forma diferente pelos diversos grupos sociais que compõem e produzem a 
cidade. 
 
Sabendo da importância desse processo, e estando você no papel de professor de Geografia 
dos anos finais do Ensino Fundamental, responda: 
 
Como ensinar e discutir a cidade latino-americana com os alunos, de forma que eles possam 
entender as variáveis que atuaram e atuam na dinâmica das cidades e, ao mesmo tempo, 
desenvolver sua cidadania e sua sensibilidade em relação aos problemas urbanos? 
 
Resposta: 
Os conteúdos relacionados ao estudo das cidades latino-americanas devem obedecer às 
diversas abordagens teórico-metodológicas existentes na Geografia. A partir da análise destas e 
de sua adaptação aos níveis de ensino a serem trabalhados, é importante iniciar a temática 
fazendo com que o aluno entenda quais foram os processos que originaram as cidades e toda a 
sua dinâmica, pretérita e atual. Para que isso seja possível, poderão ser utilizados relatos da 
época, disponíveis em livros, imagens e pinturas, e, para o período atual, mapas e cartas 
topográficas, além de imagens de satélite. Ao mesmo tempo, é relevante que o aluno 
compreenda, com o intuito de desenvolver sua cidadania e sua sensibilidade em relação aos 
problemas urbanos, que, desde o início das cidades, as desigualdades territoriais e sociais já 
existiam e imprimiram seus reflexos na organização das cidades atuais, bem como nos 
problemas urbanos. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Crise colonial e origens da independência na América 
 
 
Desafio 
 
O processo de independência na América foi um fenômeno de longa duração, forjando resultados 
distintos a partir das singularidades de cada sociedade em que esses eventos foram gerados. 
Dessa forma, é fundamental a compreensão histórica desses acontecimentos para que não 
sejam realizadas análises subjetivas, superficiais e até mesmo anacrônicas acerca desses fatos. 
 
Considere que você faz parte do corpo docente de uma escola de Educação Básica e ministra 
aulas nas turmas do 8.° ano do Ensino Fundamental - Anos Finais. Sua prática docente é 
balizada pelos debates contemporâneos sobre a educação nacional, ancorada na BNCC (Base 
Nacional Comum Curricular). Sabe-se que, nessa etapa, a unidade temática trata de Os 
processos de independência nas Américas, e que os alunos devem ser capazes de desenvolver 
as habilidades (EF08HI07) e (EF08HI08), quais sejam: 
 
 
Durante uma aula, na qual você aborda o projeto colonizador português na América, são 
demonstradas as características desse processo e é feita uma comparação com a situação das 
outras colônias americanas. Após essa explicação, é aberto o diálogo para que sejam sanadas 
possíveis dúvidas referentes ao assunto. 
 
Nesse momento, três questionamentos levantados pelos alunos são pertinentes: 
 
a) Um dos seus alunos questiona se o problema do Brasil não seria o fato de termos sido 
colonizados pelos portugueses. 
b) Aproveitando a fala do colega, outro aluno pergunta se nossa situação seria melhor se no 
lugar dos portugueses tivéssemos sido colonizados pelos ingleses, tornando a situação do Brasil 
mais próxima dos Estados Unidos, ou seja, uma potência econômica e bélica. 
 
c) E por fim, um terceiro aluno questiona se as nações protestantes, como Inglaterra e Holanda, 
não foram melhores colonizadores do que os reinos católicos, como Portugal, Espanha e França. 
 
Como você, no papel de professor, responderia essas questões? 
 
Resposta: 
 
a) O processo de colonização é realizado a partir de um pressuposto de conquista, iniciado com 
a ocupação de um território, enfrentamento e submissão da população nativa, bem como a 
imposição de um aparato técnico e administrativo que corresponda aos interesses da metrópole. 
Nesse sentido, o problema em si não está nos portugueses, mas sim na gestação da nação, que 
foi realizada em um contexto de exploração. 
 
b) As singularidades dos desdobramentos dos processos de independência ocorridos na América 
dizem menos respeito aos colonizadores do que ao contexto das sociedades coloniais. A Coroa 
britânica possuiu colônias na América, África, Ásia e Oceania, e, em cada uma dessas 
localidades, a relação foi diferenciada. Então, o que ocorreu nos Estados Unidos da América não 
poderia ser restrito ao fato de terem sido colonizados por ingleses. 
 
c) A relação entre metrópole e colônia, em todos os aspectos, sempre foi sustentada pela 
dependência e pelo pacto colonial. Uma diferença percebida nessa questão foi interpretada por 
Max Weber em A ética protestante e oespírito do capitalismo, em que nações protestantes, como 
Inglaterra e Holanda, adotaram valores calvinistas como a valorização do trabalho, a poupança 
e o lucro em oposição ao ideário católico, que compreendia o trabalho como um castigo divino. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: A escravidão africana nas Américas 
 
 
Desafio 
 
Atualmente, tem se tornado cada vez mais comum (e popular) um certo tipo de literatura histórica 
– em geral produzida por autores sem formação na área – contestando teses solidamente 
estabelecidas pela comunidade de historiadores a respeito da escravidão. 
 
Nesse tipo de texto, de caráter revisionista, afirmações não embasadas cientificamente dão 
conta de que Zumbi dos Palmares (um dos grandes ícones do movimento negro brasileiro), por 
exemplo, seria proprietário de escravos. Além dessas afirmações, existe ainda outra visão 
expressa por historiadores amadores defendendo a tese de que o instituto da escravidão – 
mesmo que terrível em si – teria, ao final das contas, sido benéfico para os descendentes de 
escravos, pois os teria inserido na civilização ocidental, entendida como a única possível e 
desejável. 
 
 
O seu desafio é apresentar uma argumentação para cada uma delas, de forma que comprove 
que estão incorretas. 
Resposta: 
Para rebater a ideia de que Zumbi tinha escravos é suficiente afirmar que a produção 
historiográfica séria, feita até hoje, em nenhum momento encontrou evidência de que isso possa 
ter acontecido. Não existe documentação ou qualquer outro tipo de fonte confiável da época que 
possa embasar a ideia de que a escravidão existia dentro dos quilombos, especialmente 
Palmares. Até mesmo porque isso seria algo muito contraditório, pois o quilombo era formado 
por ex-escravos que enxergavam a liberdade como algo positivo. Dessa forma, na 
impossibilidade de comprovar se havia ou não escravos em Palmares, mas devido ao contexto 
de conquista da liberdade pelos negros, a lógica conduz a encarar a possibilidade de que não 
existiam escravos naquele quilombo como a mais plausível. Portanto, afirmações categóricas 
como as de que Zumbi tinha escravos se tratam de reescrita da história, a partir de um viés 
ideológico determinado. 
 
Em relação à segunda ideia, sobre os supostos benefícios trazidos pela escravidão aos próprios 
negros, é preciso apontar para a realidade atual. Além da violência e da crueldade de quase 400 
anos de escravidão negra, basta observar os índices sociais atuais que demonstram a 
marginalização imposta à população negra. Evidentemente que esses dados não revelam 
fenômenos que surgiram do nada, pelo contrário, demonstram que existe um problema histórico, 
originado na escravidão, que até hoje não foi resolvido, como a violência, a baixa escolaridade, 
os menores salários, dentre outras mazelas, atingindo a parcela negra da população das 
Américas com maior intensidade. Além disso, se a perspectiva do defensor dessa visão 
distorcida da história da escravidão for a de que os negros foram tirados da barbárie e colocados 
na civilização, é possível afirmar que essa é uma ideia eurocêntrica, que considera a civilização 
ocidental superior às outras, fato que não encontra respaldo na realidade. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Historia do pensamento economico 
 
 
Desafio 
 
O desafio desta Unidade de Aprendizagem colocará você dentro da história do pensamento 
econômico, transformando-o em um pensador. Lembre-se de que você é um pensador 
econômico no século XVIII, ou seja, você não tem computador, nem planilhas eletrônicas e nem 
estatísticas. Você só tem algumas informações de como funcionam as relações econômicas 
entre três grupos sociais de uma pequena aldeia. Aqui, será possível observar como o sistema 
econômico funciona a partir de um fluxo de relações entre os agentes econômicos. 
 
Imagine que você é um pensador econômico no século XVIII. 
 
Durante o fim de semana, você visitou uma sociedade tribal e pôde observar as relações 
econômicas entre os indivíduos daquela sociedade. Era uma sociedade simples e sem moedas, 
realizando o rudimentar escambo (que é a troca de mercadorias). Naquela sociedade tribal, você 
pôde observar as relações econômicas entre um pescador, um coletador de frutas e uma artesã 
de roupas. Motivado com a observação empírica, você elaborou o seguinte diagrama: 
 
 
Agora, você retornou à sua pequena cidade e está animado para realizar um quadro econômico 
dela, assim como fez com aquela sociedade tribal. Faça um diagrama da sociedade tribal de 
acordo com cada situação. 
 
 
 
Informações: 
 
Primeira situação: 
• Você observou três grupos sociais importantes: os proprietários de imóveis, os comerciantes 
locais e os trabalhadores urbanos. 
• José, que é proprietário de uma casa e aluga o imóvel por 3 barras de ouro para João, que é 
um trabalhador da loja de tecidos da cidade. 
• Manuel é o proprietário da loja de tecidos da cidade e paga 5 barras de ouro para que João 
trabalhe no seu negócio. 
• Manuel também aluga um imóvel de José — uma loja para seu comércio — e paga 4 barras de 
ouro. 
 
Segunda situação: 
• João comprou 2 barras de ouro de tecidos no comércio de Manuel. 
• José também compra tecidos na loja de Manuel. No total, José gastou 3 barras de ouro em 
tecidos novos. 
• Algumas vezes, José contrata João para limpar seu imóvel e paga para ele 6 barras de ouro 
por um mês de trabalho. 
 
Resposta: 
Sendo, os numerais a quantidade de barras de ouro, a primeira situação está representada 
abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por sua vez, a segunda situação está exibida abaixo: 
 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Teorias Liberais 
 
 
Desafio 
 
O liberalismo surgiu a fim de contestar o poder do Estado contra a liberdade dos indivíduos. A 
partir dos anos 1980, com o surgimento do novo liberalismo (ou neoliberalismo), buscou-se 
renovar o conjunto de doutrinas liberalistas. 
 
Considere que, após um processo eleitoral acirrado, você foi eleito Presidente do Brasil. 
Considere também que o país está em uma crise financeira e econômica profunda e que a 
sociedade clama urgentemente por mudanças de rumo e orientação das políticas econômicas 
do governo. 
 
Vários economistas aconselharam você a mudar a trajetória do país a partir de políticas 
neoliberais, que se alinham às práticas implementadas pelos países mais desenvolvidos e que 
são recomendadas por organismos internacionais. Para isso, você pretende propor ações a partir 
de opções que solucionem a crise dentro desse espectro do pensamento econômico. Veja suas 
opções: 
 
 
Considerando as teorias liberais como norte de suas decisões, indique as opções corretas e 
incorretas a se adotar, justificando-as. 
 
Resposta: 
 
Considera-se a opção 1 incorreta, pois ela trata de uma política de controle absolutista. No 
pensamento liberal, o controle do comércio internacional é considerado um "pecado", 
atrapalhando o progresso econômico que se baseia na expansão continua da produção e das 
vendas. A opção 3 também é considerada incorreta, por não estar relacionada a uma politica 
neoliberal, já que a ampliação dos gastos públicos aumenta a dependência da economia pelas 
políticas intervencionistas. Nesse caso, é a teoria keynesiana que defende a ampla intervenção 
da economia a partir dos gastos públicos para solucionar crises financeiras e econômicas. 
A opção 2 é a opção correta, já que a privatização é parte da política de redução do governo, 
logo, da máquina pública. A lógica é de que a economia deve ser operada por empresas privadas 
e não empresas públicas. Trata-se de uma política neoliberal clássica. A opção 4 também pode 
ser considerada correta, já que também é uma política neoliberal clássica. A redução das 
despesas públicas busca criar disciplina fiscal e um estado mínimo que arrecade menos e gaste 
menos.Essa lógica defende que a disciplina fiscal faz com que o Estado precise de menos 
recursos, logo, esses recursos são utilizados pela iniciativa privada, tirando o país da crise 
financeira e econômica. 
 
 
 
 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Abordagens do pensamento liberal progressista 
 
 
Desafio 
 
. Ao colocar o estudante como figura central para que a aprendizagem escolar ocorra, 
entendendo que os aspectos subjetivos têm importância e que o meio intervém nesse processo 
de desenvolvimento cognitivo e social, as tendências pedagógicas liberais progressistas se 
opõem radicalmente ao paradigma educacional liberal tradicional do século 
XIX e início do século XX. Seus efeitos são percebidos nas práticas escolares até os dias atuais. 
Veja na imagem a seguir o caso de 
uma professora recém-formada que passou a atuar como regente 
de uma turma. 
 
 
Agora é com você. Na função de coordenador pedagógico de Paula e com base no pensamento 
liberal renovador, combine com a professora algumas práticas pedagógicas e avaliativas que 
poderiam ser implementadas em sala de aula para reverter esse quadro. 
 
Resposta: 
Tendo em vista uma prática pedagógica liberal progressista pude identificar vários erros na 
condução de ensino Paula. Como coordenador pedagógico ensinarei para ela que ela deve por 
em prática técnicas de não confrontamento, colocando ela e seus alunos não em posições 
hierarquias de retentor do conhecimento e o outro um simples receptor, é preciso trabalhar para 
que tanto docente quanto discente consigam construir o conhecimento juntos(antiautoritarismo). 
Outro ponto importante é a forma individualista que ela adotou, para superar isso é preciso que 
ela realize atividades em grupo, estimule a curiosidade e o pensamento crítico, além de uma 
tentativa de autogestão pedagógica, onde os alunos possam aprender através de metodologias 
ativas com o professor servindo de guia. 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Historiografia política brasileira 
 
 
Desafio 
 
A historiografia política brasileira aborda diversos temas que estão, invariavelmente, conectados 
aos ideais do presente. Portanto, ainda que o autor analise o passado, sua subjetividade e 
historicidade fazem parte da operação historiográfica. 
 
Francisco José de Oliveira Vianna (1883-1951) foi um conhecido jurista e sociólogo nascido no 
Estado do Rio de Janeiro que teve voz no governo de Getúlio Vargas, entre 1930 e 1945. Suas 
discussões acerca da divisão do Direito em Comum e Trabalhista ficaram famosas e ajudaram a 
moldar a Legislação do Trabalho. Essa influência o colocava como um dos intelectuais mais 
conceituados do País. Em 1934, após a leitura de obras seminais sobre o determinismo racial e 
a eugenia, que surgiram no século XIX, e principalmente as de Arthur de Gobineau (1816-1882) 
e Georges Vacher de Lapouge (1854-1936), Vianna publicou Raça e assimilação. Seu objetivo 
era analisar cientificamente a evolução da sociedade brasileira. 
 
Imagine que você é professor de História e vai estudar essa ideia com os alunos do 8º ano do 
Ensino Fundamental II, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular. 
 
A partir da leitura do texto, e considerando o trabalho a ser feito com seus alunos em sala de 
aula, crie uma relação sobre a eugenia, principalmente sob a perspectiva do negro e do índio em 
um mundo que acreditava na superioridade branca. 
 
 
Resposta: 
 
No trecho destacado, Vianna afirma que os índios do Brasil eram mais selvagens, menos 
civilizados que as populações asteca e inca, por exemplo. Estes, que viveram na América do 
Norte e do Sul, respectivamente, eram classificados dessa maneira por terem organizações 
sociais, políticas e econômicas consideradas avançadas pelos europeus. Essas ideias já eram 
disseminadas nos séculos XVI e XVII, e a surpresa diante das construções monumentais ao 
aportarem na América demonstra o julgamento inferior direcionado aos nativos. 
 
Para Vianna, os índios daqui demonstravam sua baixa hierarquia na cadeia evolutiva pela falta 
de organização social, política, econômica e um exemplo disso era a parca tecnologia aplicada 
nas moradias. O nomadismo, citado por ele, era uma característica das sociedades nômades na 
Pré-História antes da sedentarização e do aparecimento da agricultura. 
 
O autor mantém a visão construída por historiadores que exaltavam a colonização portuguesa 
como a salvação civilizacional dos povos indígenas. Ao longo da sua obra, Vianna expõe como 
o embranquecimento da população brasileira seria, portanto, a "saída ideal" para a evolução, 
corroborando a ideia eugenista da época. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Políticas econômicas neoliberais e a realidade brasileira 
 
 
Desafio 
Observe atentamente as imagens abaixo. São imagens que possivelmente, você como 
Assistente Social verá costumeiramente, em seu cotidiano profissional, ou atenderá 
cidadãos nessas condições. 
 
 
 
Com base na análise das imagens acima e no conteúdo estudado, em que foram 
apontadas as diversas consequências que as políticas neoliberais trazem aos direitos 
de cada cidadão, mesmo após a promulgação da Constituição Federal do Brasil em 
1988, aponte no mínimo cinco direitos dos cidadãos brasileiros que atualmente vêm 
sendo negados ou prejudicados e contextualize com base no conteúdo abordado. 
 
Resposta: 
 
Muitos são os direitos dos cidadãos que vêm sendo negados e prejudicados atualmente pelas 
políticas neoliberais, tais como: direitos à saúde, educação, emprego, moradia, assistência 
social, alimentação, lazer, convivência familiar saudável, direito à proteção, previdência social e 
aposentadoria digna. Percebe-se que o Estado cada vez mais se omite em relação às políticas 
sociais, optando por se adaptar às necessidades do capitalismo, que tem como prioridade o lucro 
em detrimento das necessidades humanas. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Povos indígenas e seus aspectos culturais 
 
 
Desafio 
No ano de 2003, por meio daLei n.º 10.639, modificou-se a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (LDB)para incluir a temática da história e da cultura afro-brasileira 
nos currículos da Educação Básica. Alguns anos mais tarde, com a promulgação da Lei 
n.º 11.645, de 2008, houve nova redação desse artigo, contemplando a história e a 
cultura dos povos indígenas. 
 
Imagine que você seja professor de História do Ensino Médio. 
 
Elabore uma sugestão de atividade relacionada à ecologia e à história indígena que leve 
em consideração os saberes indígenas e a contribuição da História para esse tema. 
 
Resposta: 
A proposta deve ressaltar as formas como os indígenas se relacionam com a natureza, sem 
hierarquização entre os seres humanos e os demais seres vivos, incluindo os animais e as 
plantas. É possível explorar as formas sustentáveis utilizadas pelos indígenas a partir dessa 
compreensão de mundo que enxerga o ser humano como parte de um todo, em íntima relação 
com o entorno que habita. Nesse sentido, os alunos compreenderão que a preservação da 
natureza, para os indígenas, é compreendida como única forma de existência. Para as 
atividades, seria interessante organizar relatos de indígenas, presencialmente ou a partir de 
documentários produzidos por diferentes povos ou a partir da exploração de histórias indígenas. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Direitos étnicos-culturais dos povos indígenas 
 
 
Desafio 
Os povos indígenas apresentam alguns tipos de habitações que variam de acordo com 
sua função e a quantidade de famílias que vão ocupar determinada unidade. Essas 
diferenciações de uso resultam em nomenclaturas distintas. 
 
Imagine que você deva propor uma aldeia indígena que atenda os seguintes aspectos: 
a. Deve ter um local para a realizaçãode rituais e festas. 
b. Deve ter três unidades de habitação comunitária. 
c. Deve ter 5 unidades de habitações menores para apenas uma família cada. 
d. É necessário um espaço aberto para uma praça. 
 
Com base nesse programa de necessidades mínimas, responda as seguintes questões: 
1. Que tipos de habitações você indicaria para atender o uso e função dos itens a, b e 
c? 
2. Com base nas características das aldeias, como deveria ser a distribuição destes 
abrigos e qual seria o local mais indicado para a localização da praça? 
 
Resposta: 
 
1 – O local para a realização de rituais e festas deveria ser uma construção chamada, na língua 
indígena, de “opy”, que é o nome dado à casa de rezas dos índios. Uma "opy", para os indígenas, 
é como se fosse uma capela para o povo branco. Esse local é o que serve também para a 
realização de festas religiosas e rituais sagrados. Para as três unidades de habitação coletivas, 
deveriam ser construídas três ocas ou malocas, que são os tipos de habitações maiores, que 
comportam mais pessoas internamente. Para as 5 habitações menores, que devem comportar 
apenas uma família cada, deveriam ser construídas 5 tabas, que são abrigos menores que as 
ocas ou malocas e servem, assim, para abrigar uma família cada. 
 
2 – A distribuição destes abrigos deveria ser de forma ortogonal, deixando livre o espaço central 
que abrigaria a praça. Essa praça central é normalmente utilizada para a realização de atividades 
cotidianas, festas, cerimônias e rituais sagrados. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Direitos étnicos-culturais dos povos indígenas 
 
 
Desafio 
O conflito entre a sociedade e os povos indígenas constitui toda a história do Brasil 
desde a chegada dos portugueses. Assim, os povos ameríndios nunca receberam um 
tratamento digno, e muitos, na atualidade, ainda não recebem. Apesar da importante 
conquista constitucional de 1988, as terras demarcadas são tratadas por parte do 
Estado de forma hostil, e os indígenas nem sempre são tratados de acordo com o que 
consta na Constituição. Ou seja, além de terem difícil acesso a serviços básicos, os 
indígenas ainda são hostilizados. 
 
Considerando o contexto apresentado, suponha a situação a seguir: 
 
 
Com base nos seus conhecimentos, responda as seguintes questões: 
a) Descreva em quais condições o ambulatório deverá ser construído. 
b) Explique como os profissionais da área da saúde devem proceder em relação a essa 
comunidade indígena de modo a preservar e a respeitar seu modo tradicional de vida. 
 
Resposta: 
a) O ambulatório indígena deve ser construído dentro da comunidade de modo a aproximar o 
contato dos profissionais da saúde com os indígenas. 
b) O tratamento de doenças que afetam o povo deve respeitar seu modo tradicional. Ele deve 
ser oferecido, e nunca imposto. Os profissionais que atuarem nessa comunidade devem sempre 
buscar contato com o pajé ou com os curandeiros da tribo para a atuação em conjunto com essas 
importantes figuras de liderança da comunidade. Deve, ainda, ser garantida a manutenção dos 
cuidados médicos tradicionais desse povo, que devem ser aliados aos cuidados médicos trazidos 
pelos órgãos públicos. Os profissionais da saúde devem focar nos cuidados básicos e na 
orientação em relação a eventuais questões de saneamento básico com vistas à prevenção de 
doenças. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Políticas públicas voltadas às populações indígena e quilombola 
 
Desafio 
O Serviço Social está presente no atendimento à população indígena tanto nas aldeias quanto 
nas áreas próximas a elas. Nessa perspectiva, a atuação prevê uma prática direcionada para 
resguardar os direitos e as características das comunidades. 
 
Você é assistente social de uma Unidade Básica de Saúde de um município do interior paulista 
com aproximadamente 14 mil habitantes. Em uma das cidades vizinhas, há uma aldeia indígena 
e comumente os habitantes dessa comunidade vão a esse município quando necessitam de 
serviços de saúde e até mesmo do comércio local. 
 
 
Enquanto assistente social da Unidade Básica de Saúde, analise as possibilidades de 
atendimento a essa demanda. 
 
Resposta: 
 
As populações indígenas têm direitos assegurados pela Constituição Federal de 1988 e devem 
ser tratadas em igualdade de condições, apesar de consideradas as suas especificidades. 
Nesse caso, após entrevista e acolhimento às demandas trazidas pelo casal, é importante 
assegurar o direito à saúde e acompanhamento pré-natal, conforme consta na Constituição 
Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente. 
Tendo feito isso, é igualmente importante conhecer a história de vida do casal e da adolescente, 
a fim de verificar a necessidade de encaminhamentos para a rede socioassistencial do município 
de origem. Isso pode ser feito mediante contato telefônico com o técnico de referência no 
município. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Culturas afro-brasileira e indígena na sociedade brasileira 
contemporânea 
 
Desafio 
rante a educação básica, a escola é responsável por proporcionar formas de conhecimento do 
mundo e construir o sentimento de alteridade no alunado. É por meio do processo educacional, 
desenvolvido no ambiente escolar, que diversos indivíduos se reconhecerão como pertencentes 
à sociedade ou terão as suas práticas invisibilizadas e silenciadas pelas atividades propostas 
pelo currículo. 
 
Por isso, é fundamental que o professor tenha conhecimento das diferentes práticas culturais 
desenvolvidas pelos grupos que formam a sociedade, com vistas a contemplar a diversidade 
étnica e cultural e não reproduzir uma visão de mundo unilateral, baseada apenas em uma 
expressão desse contexto ou visões estereotipadas presentes no senso comum. 
 
 
 
Buscando uma prática educativa antirracista, você decide agir: 
a) Existe um erro de interpretação do livro didático sobre a escravidão? Identifique-o e 
contextualize a discussão. 
b) Considerando a resposta da questão anterior, de que forma a escravidão pode ser abordada 
em sala de aula sem justificar a colonização? 
 
Resposta: 
a) Sim. Os livros didáticos apresentam a escravidão como um discurso que retirou dos africanos 
a sua alma, afirmando que eles eram inferiores e, por causa disso, deveriam ser escravizados 
pelas potências europeias. 
Quando essa prática é naturalizada, reflete o pensamento da época, sendo necessário explicar 
que a burguesia e as elites africanas lucraram mutuamente com o comércio de seres humanos 
e expor as consequências para essas sociedades. 
b) Uma forma de trabalhar a escravidão em sala de aula é mostrando as formas de resistência 
utilizadas pela população africana e afrodescendente, para manter viva a sua cultura e sobreviver 
em um ambiente hostil. 
As práticas religiosas, as manifestações culturais e a formação de quilombos são exemplos de 
formas que podem ser utilizadas, ainda mais considerando a diversidade cultural das regiões. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Colonialismo 
 
Desafio 
No livro O universalismo europeu, o autor fala da criação do sistema "mundo europeu", que 
significaria basicamente a inserção de maneira violenta da cultura europeia como sendo a única 
e a melhor maneira de viver. 
 
Estabelecendo-se que as culturas existentes em solo latino-americano, por exemplo, deveriam 
ser erradicadas, a fim de se constituir uma evolução da sociedade. Dentro desse quadro, 
construa um texto, em que opte pela defesa dos invasores europeus ou pela defesa dos 
indígenas. Nessa construção, é importante explorar o conceito de colonialismo e mostrar suas 
nuanças; por um lado a defender os povos indígenas da dizimação de sua cultura, e por outro, 
evidenciando os pontos positivos da evolução da sociedade, que aparece a partir do contato com 
as novidades e diferenças.1 - Elaborar um texto, de uma lauda, que tenha como base a fundamentação da escolha do lado 
a ser defendido: indígenas ou europeus. 
2 - Evidenciar o que seria o colonialismo, e como ele se deu com a chegada dos europeus na 
América Latina. 
3 - Explicar os motivos para a aceitação da colonização como uma maneira de se construir uma 
sociedade mais evoluída. 
 
Resposta: 
 
A questão da colonização pode ser vista sob duas perspectivas: a do colonizador e a do 
colonizado. Na primeira, a mais passível de críticas, aparecem relatos que vão desde a 
dizimação de uma cultura até o esquecimento do culto ao passado. No entanto, é importante 
perceber que há nesse encontro entre culturas um componente importante. Estamos nos 
referindo aos frutos que nascem quando duas culturas se encontram. A história nos mostra que 
essa simbiose é inevitável, ou seja, desse encontro nascem novas dimensões para o ser 
humano, tornando mais fáceis e evoluídas as relações sociais. 
 
Assim, em relação à chegada dos europeus à América Latina, podemos perceber que a ideia de 
colonialismo possui diferentes dimensões. Queremos mostrar que a colonização acompanha a 
própria marcha do humano na construção de seu tempo. Expliquemos. O encontro entre culturas 
possibilita que ambas sejam tocadas, uma pela outra, e isso as conduz a um avanço que as 
recria e reinventa, culturalmente. Esse outro lado é importante, os povos ameríndios, a partir do 
contato com o europeu, acrescem sua cultura e recebem ensinamentos, outrora desconhecidos. 
 
Os valores são tocados, isso implica não uma mera dizimação de culturas, mas sim, a construção 
de novas. Nesse sentido, o conceito de colonialismo pode ser percebido de maneira menos 
negativa, não apenas com o maniqueísmo do bom e do mau. Há, em verdade, na concepção 
que trazemos, uma verdadeira abertura de possibilidades para as culturas, na qual o encontro 
figura como mola que impulsiona as mesmas para um local desconhecido pelas culturas antes 
do encontro. Não há um simples choque de culturas, mas um encontro que será sempre fecundo. 
 
Quando falamos do encontro entre culturas, da colonização, estamos pensando, portanto, na 
própria história da humanidade, que se reinventa exatamente por trazer em seu DNA a própria 
característica de inacabamento. O ser humano é um animal inacabado. E sua tarefa é sua própria 
construção, sendo assim, a colonização será inevitável para o avanço das culturas. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Colonialismo na África: a escravidão e o tráfico de escravos 
 
Desafio 
 
O catolicismo é a religião com o maior número de adeptos no Brasil. Segundo o Censo do IBGE 
de 2010, 64,6% da população brasileira se declarou católica. O Brasil teve o catolicismo como 
religião oficial até 1891, quando passou a ser um Estado laico. Juntos, católicos e evangélicos 
somam 86,8% da população brasileira, fazendo do Brasil um país de maioria cristã. 
 
Você, como professor do Ensino Fundamental, precisa trabalhar, com as turmas de 7º e 8º ano, 
sobre a influência da cultura africana na sociedade brasileira. Veja mais informações sobre o 
assunto: 
 
 
Considerando o argumento do aluno, de que forma você trabalharia esse tema em sala de aula? 
Elabore a sua resposta abordando o processo de cristianização do Reino do Congo. 
 
 
Resposta: 
 
A ideia seria organizar um debate em sala com o objetivo de demonstrar aos alunos que os 
escravos vindos nunca tentaram impor suas crenças, mas apenas manter a sua cultura e religião. 
Textos complementares podem ajudar a entender que o mesmo não aconteceu quando os 
portugueses chegaram ao Brasil e ate mesmo no Reino do Congo, por exemplo. 
É nítido que os portugueses tentaram impor o catolicismo aos nativos, ignorando completamente 
as crenças locais/nativas. Na visão deles, a cultura do “homem branco e do catolicismo” iriam 
tornar os nativos civilizados. Total falta de respeito! 
Atualmente, existe a garantia na Constituição Federal de liberdade de crença, protegendo ate 
mesmo os locais de culto e as suas liturgias. 
É obvio, portanto, que todas as religiões e seus adeptos devem ser respeitados, sem nenhum 
tipo de discriminação. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: A África e os africanos antes da chegada dos europeus: reinos, 
povos e culturas 
 
Desafio 
 
O termo Iorubá (ou Yorubá) chegou ao conhecimento do mundo ocidental por volta de 1826 com 
o capitão escocês Hugh Clapperton, que trouxe consigo um manuscrito árabe das terras haussás 
– africanos islamizados – no Ocidente da África. O termo foi utilizado para definir os povos do 
reino de Oyó. O processo de desenvolvimento urbano do povo iorubá iniciou-se por volta de 
5.500 anos atrás. Na idade do Ouro, as cidades e vilas iorubás constituíram um império, que 
chegou ao fim por volta de 1800, e incluíam diferentes etnias, como: Oyó, Egbá, Egbado, Ijebu, 
Ijexá, Ekiti, Ondo, Akoko e Owo. 
 
 
 
Seu desafio consiste em: 
 
A) Explicar os equívocos do uso do termo Yorubá pelo reverendo John Raban. 
 
B) Propor uma orientação para os guias do museu. 
 
Resposta: 
 
A) O reverendo John Raban não respeitou as diferenças desses povos e fez com que se 
perpetuasse através da história a denominação "povos yorubás", o que, por sua vez, fez com 
que eles fossem vistos como um povo único. Percebe-se o pensamento hegemônico euro-
ocidental impondo a homogeneização dos povos de língua e cultura semelhantes na África, mas 
que são diferentes em suas especificidades. 
 
B) Quando os guias do museu forem apresentar o dicionário aos visitantes, eles devem 
mencionar que os iorubás (ou yorubás) inicialmente não tinham consciência de si próprios como 
um grupo (até a formação do Império), porém partilhavam de culturas em comum, como ritos 
religiosos, línguas, dialetos e estruturas políticas. Com o decorrer do tempo, formaram reinos, 
sendo que o mais bem-sucedido foi o de Oyó.

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