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1 ILUMINAÇÃO NO PAISAGISMO 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 SUMÁRIO 1. ILUMINAÇÃO NO PAISAGISMO – CONCEITO E HISTÓRICO .......................... 4 1.1 Iluminação..................................................................................................... 4 1.1.1 Luz.............................................................................................................. 5 1.2 Paisagismo ................................................................................................. 10 1.3 Conceitos Básicos De Lâmpada E Luminária.............................................. 12 1.4 Grandezas e Conceitos ............................................................................... 14 1.5 Características das lâmpadas e acessórios .................................................... 19 2. ILUMINAÇÃO .................................................................................................... 24 2.1 Tipos de Iluminação - Efeitos e Composição .............................................. 25 2.1.1 Luz Natural ............................................................................................... 25 2.1.2. Luz Difusa, Direta E Indireta .................................................................... 26 2.1.3 Luz direta .................................................................................................. 26 2.1.3 Lua Indireta ............................................................................................... 27 2.1.4 Luz Quente ou Luz Fria ............................................................................ 27 2.2 Iluminação de Tarefa, de Destaque e de Orientação ...................................... 27 2.2 Iluminação por Ambiente ................................................................................ 30 2.2.1 Iluminação da Sala ................................................................................... 31 2.2.2 Iluminação da cozinha .............................................................................. 31 2.2.3 Iluminação do Quarto ............................................................................... 32 2.2.4 Iluminação de Banheiro ............................................................................ 33 2.2.5 Iluminação De Áreas Externas .................................................................. 34 2.2.6 Iluminação de Escritório ............................................................................ 34 2.3 Técnicas de Iluminação no Paisagismo ...................................................... 35 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 37 4 1. ILUMINAÇÃO NO PAISAGISMO – CONCEITO E HISTÓRICO 1.1 Iluminação Candela? Lúmen? Temperatura de cor? Eficiência? Você fica perdido com todos esses nomes? Acredite, entender os conceitos luminotécnicos é mais fácil do que parece. Os conceitos luminotécnicos básicos definem as características das lâmpadas/LEDs e luminárias. Isso garante uma padronização das unidades de medidas. Abordaremos aqui alguns dos principais termos, suas diferenças e aplicações. Para a Iluminação, tanto natural quanto artificial, a função é o primeiro e mais importante parâmetro para a definição de um projeto. Ela irá determinar o tipo de luz que o ambiente precisa. Muitos erros são cometidos em um projeto luminotécnico, como partir inicialmente da definição de lâmpadas ou luminárias. Após estudado as atividades do local a ser estudado, leva-se em conta a ambientação escolhida para o local e então, 5 o primeiro passo de um projeto luminotécnico é definir os sistemas de iluminação e ter respondido três questões importantes: Como a luz deverá ser distribuída no ambiente? Qual a ambientação que queremos dar a este espaço? Como a luminária irá distribuir a luz? 1.1.1 Luz Radiação eletromagnética é capaz de produzir uma sensação visual: FLUXO LUMINOSO Quantidade total de luz emitida por uma fonte luminosa em todas as direções. Unidade: Lumen (lm) INTENSIDADE LUMINOSA Fluxo luminoso (lm) emitido por uma fonte de luz em uma direção específica irradiada por segundo. Unidade: Candela (cd) 6 ILUMINÂNCIA Indica a quantidade de luz que incide em uma superfície e a unidade de área da mesma, logo, a quantidade de luz que atinge um determinado ponto de uma superfície. Unidade: lux (lx)= lm/m² LUMINÂNCIA Brilho ou intensidade emitida ou refletida por uma superfície iluminada em direção ao olho humano. Unidade: candela/m² (cd/m²) TEMPERATURA DE COR A temperatura de cor é indicada pela unidade Kelvin (K) e seu valor determina se as lâmpadas emitem luz suave ou clara. Quanto mais alta a temperatura de cor, branco azulado é a cor que se vê e, quanto mais baixa a temperatura mais branca amarelada é a luz emitida. Existem várias possibilidades dentre as cores dos LEDs, atualmente é fácil encontrar de 2.000K a 6000K no mercado. Valores além desta 7 faixa também são encontrados, porém deve- se sempre levar em consideração onde e qual objetivo é o da área a ser utilizado. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Sua unidade é lm/W e se refere ao quanto o LED consome (potência) por quanto ele entrega de luz. Antigamente as lâmpadas consumiam excessivamente e grande parte desse consumo era transformado em calor enquanto apenas uma pequena parte se transformava em luz. Exemplo: 8 O fluxo luminoso é sempre mais importante que a potência pois a eficiência pode variar muito de um LED/lâmpada para outra. LÂMPADAS INCANDESCENTES São lâmpadas mais antigas que todos nós já tivemos em nossas casas. Por terem baixa eficiência, estão sendo substituídas pelas fluorescentes (apenas 5% da energia elétrica consumida por uma incandescente é transformada em luz, o restante é transformado em calor). Uso: em residências e espaços comerciais-para iluminação (em pendentes, plafons, lustres) e para iluminação decorativa ou de efeito (abajures, arandelas, luminárias de piso). Os modelos de lâmpadas espelhadas são para o uso em spots, para que a luz não seja desperdiçada, mas sim focada. Características: Luz amarelada- aconchegante, ótima reprodução de cores, emitem calor. 9 LÂMPADAS LED As lâmpadas de LED são as mais modernas e consideradas as do futuro. Sua tecnologia moderna permite um baixíssimo consumo de energia que a tornam muito atraente. Como desvantagens temos ainda o seu altíssimo custo e a baixa luminosidade, a menos que seja usada a super LED. Atualmente a lâmpada soft LED é utilizada para substituir as antigas incandescentes. Lembrandoque, diferentemente das incandescentes, as Soft LED não emitem luz para todos os lados, portanto, deve-se levar em consideração esse fator na escolha da luminária adequada 10 Sugestão de luminárias 1.2 Paisagismo Paisagismo é um conceito que admite duas grandes acepções. Por um lado, o termo refere-se à arte que consiste na planificação, na concepção e na conservação de parques e jardins. Por outro, a noção diz respeito ao gênero pictórico que se dedica à representação de paisagens (a extensão de terreno visível a partir de um sitio). O paisagismo, por conseguinte, pode associar-se ao conjunto de atividades destinadas a modificar os aspectos visíveis de um terreno. O artista que se dedica a esta tarefa recebe o nome de paisagista. Os paisagistas encarregam-se de trabalhar com seres vivos (como plantas, flores e árvores), elementos naturais (um rio, um riacho, uma colina, etc.), criações humanas (edifícios, caminhos, pontes) e questões abstratas (como as condições climatéricas). Com base no estudo destes fatores, os especialistas em paisagismo tentam criar um ambiente que seja atrativo a nível estético. Pode-se dizer que a paisagem manipulada é a obra de arte do paisagista, pois é desta forma que exprime as suas ideias e os seus sentimentos. Essa técnica tem passado por constantes aprimoramentos a fim de que se consiga desenvolver áreas paisagísticas que substituam áreas que foram destruídas pela ação do homem. Cabendo ao paisagista o papel de reconstruir as áreas afetadas, então, para isso, ele utiliza-se da ecologia, botânica, entre outros elementos. Nos dias atuais, como as áreas naturais sendo cada vez mais destruídas, encontrando-se poucos locais assim, cresce a vontade e a necessidade das pessoas estarem em contato com a natureza, sendo que por meio do paisagismo isso é https://conceito.de/lado https://conceito.de/arte https://conceito.de/rio https://conceito.de/papel 11 possível. Assim, por meio dessa técnica, criam-se paisagens com elementos que prezarem pela estética, são também funcionais. Para além do lado artístico, também compete ao paisagista proteger o Ambiente e garantir a sustentabilidade da sua concepção. Essa técnica pode ser empregada para fazer a preservação de espaços urbanos ou não e de espaços públicos ou privados. A ONU (Organização das Nações Unidas) recomenda que as cidades possuam ao menos 16 metros quadrados de área verde por habitante, pois desse modo auxilia-se na diminuição do estresse nas áreas urbanas. Muitos acreditam que o paisagismo seja apenas o elaborar de jardins e de praças, mas não é bem assim. Ao contrário do que muitos pensam, o paisagismo lida com várias disciplinas para ser realizados, tais como as ciências naturais, a matemática, as artes, engenharia, entre outras. Desse modo, não deve ser visto apenas como um trabalho de jardinagem bem feito. Hoje em dia o paisagismo é praticado por arquitetos e engenheiros agrônomos também. Mas ele pode ser praticado por outros profissionais da área técnica. E é necessário que, além da técnica, o profissional tenha uma certa sensibilidade para combinar elementos. Enquanto gênero da pintura, o paisagismo consiste na representação de cenas da natureza. Os quadros ou as figuras com praias, montanhas e bosques são exemplos do paisagismo nas belas artes. Os paisagistas, de qualquer forma, não só pintam imagens naturais. Pode falar- se, neste sentido, de paisagens urbanas (a representação de cidades, com os seus edifícios, as respectivas ruas e os habitantes) ou de paisagens oníricas (refletem imagens dos sonhos). https://conceito.de/ser https://conceito.de/onu 12 1.3 Conceitos Básicos De Lâmpada E Luminária Uma fonte de radiação emite ondas eletromagnéticas. Elas possuem diferentes comprimentos e o olho humano é sensível a somente alguns (entre 380 nm a 780 nm). Luz é, portanto, a radiação eletromagnética capaz de produzir uma sensação visual. A sensibilidade visual para a luz varia não só de acordo com o comprimento de onda da radiação, mas também com a luminosidade. A curva de sensibilidade do olho humano demonstra que radiações de menor comprimento de onda (violeta e azul) 13 geram maior intensidade de sensação luminosa quando há pouca luz (ex. crepúsculo, noite, etc.), enquanto as radiações de maior comprimento de onda (laranja e vermelho) se comportam ao contrário. Figura 1 - Sensibilidade visual do olho humano. Figura 2 Curva de sensibilidade do olho humano a radiações monocromáticas As radiações infravermelhas são radiações invisíveis ao olho humano e seu comprimento de onda se situa entre 760 nm a 10.000 nm. Caracterizam-se por se forte efeito calorífico e são radiações produzidas normalmente através de resistores aquecidos ou por lâmpadas incandescentes especiais cujo filamento trabalha em temperatura mais reduzida (lâmpadas infravermelhas). As radiações infravermelhas são usadas na Medicina no tratamento de luxações, ativamente da circulação, na indústria na secagem de tintas e lacas, na 14 secagem de enrolamentos de motores e transformadores, na secagem de grãos, como trigo e café, etc. Já as radiações ultravioletas caracterizam-se por sua elevada ação química e pela excitação da fluorescência de diversas substâncias. Normalmente dividem-se em 3 grupos: UV-A: Ultravioleta próximo ou luz negra (315 a 400 nm) UV-B: Ultravioleta intermediário ( 280 a 315 nm) UV-C: Ultravioleta remoto ou germicida (100 a 280 nm). O UV-A compreende as radiações ultravioletas da luz solar, podendo ser gerado artificialmente através de uma descarga elétrica no vapor de mercúrio em alta pressão. Essas radiações não afetam perniciosamente a visão humana, não possuem atividades pigmentárias e eritemáticas sobre a pele humana, e atravessam praticamente todos os tipos de vidros comuns. Possuem grande atividade sobre material fotográfico, de reprodução e heliográfico (l à 380 nm). O UV-B tem elevada atividade pigmentária e eritemática. Produz a vitamina D, que possui ação antirraquítica. Esses raios são utilizados unicamente para fins terapêuticos. São também gerados artificialmente por uma descarga elétrica no vapor de mercúrio em alta pressão. O UV-C afeta a visão humana, produzindo irritação dos olhos. Essas radiações são absorvidas quase integralmente pelo vidro comum, que funciona como filtro, motivo pelo qual as lâmpadas germicidas possuem bulbos de quartzo. 1.4 Grandezas e Conceitos Luminotécnica é o estudo minucioso das técnicas das fontes de iluminação artificial, através da energia elétrica. Portanto, toda vez que se pensa em fazer um estudo das lâmpadas de um determinado ambiente, está se pensando em fazer um estudo luminotécnico. Na luminotécnica distinguem-se as seguintes grandezas: Intensidade Luminosa Símbolo: I Unidade: candela (cd) 15 Se a fonte luminosa irradiasse a luz uniformemente em todas as direções, o Fluxo Luminoso se distribuiria na forma de uma esfera. Tal fato, porém, é quase impossível de acontecer, razão pela qual é necessário medir o valor dos lumens emitidos em cada direção. Essa direção é representada por vetores, cujo comprimento indica a Intensidade Luminosa. Em outras palavras é a potência da radiação luminosa em uma dada direção. Como a maioria das lâmpadas não apresenta uma distribuição uniformemente em todas as direções é comum o uso das curvas de distribuição luminosa, chamadas CDL´s. Curva de Distribuição Luminosa Símbolo: CDL Unidade: candela (cd) Considerando a fonte de luz reduzida à um ponto no centro de um diagrama e que todos os vetores que dela se originam tiverem suas extremidades ligadas por um traço, obtém-se a Curva de Distribuição Luminosa (CDL). Em outras palavras, é a representaçãoda Intensidade Luminosa em todos os ângulos em que ela é direcionada num plano. Para a uniformização dos valores das curvas, geralmente essas são referidas a 1000 lm. Nesse caso, é necessário multiplicar-se o valor encontrado na CDL pelo Fluxo Luminoso da lâmpada em questão e dividir o resultado por 1000 lm. A curva CDL geralmente é encontrada nos catálogos dos fabricantes de lâmpadas e iluminarias como o mostrado no final deste material. Fluxo Luminoso Símbolo: ϕ Unidade: lúmen (lm) É a potência de radiação total emitida por uma fonte de luz em todas as direções do espaço e capaz de produzir uma sensação de luminosidade através do estímulo da retina ocular. Em outras palavras, é a potência de energia luminosa de uma fonte percebida pelo olho humano. 16 Um lúmen é a energia luminosa irradiada por uma candela sobre uma superfície esférica de 1 m2 e cujo raio é de 1 m. Assim o fluxo luminoso originado por uma candela é igual à superfície de uma esfera unitária de raio (r = 1 m) ϕ = 4π.r 2 = 12.57 lm As lâmpadas conforme seu tipo e potência apresentam fluxos luminosos diversos: Lâmpada incandescente de 100 W: 1000 lm; Lâmpada fluorescente de 40 W: 1700 a 3250 lm; Lâmpada vapor de mercúrio 250W: 12.700 lm; Lâmpada multi-vapor metálico de 250W: 17.000 lm Iluminância (Iluminamento) Símbolo: E Unidade: lux (lx) É a relação entre o fluxo luminoso incidente numa superfície e a superfície sobre a qual este incide; ou seja, é a densidade de fluxo luminoso na superfície sobre a qual este incide. A unidade é o LUX, definido como o iluminamento de uma superfície de 1 m² recebendo de uma fonte puntiforme a 1m de distância, na direção normal, um fluxo luminoso de 1 lúmen, uniformemente distribuído. A relação é dada entre a intensidade luminosa e o quadrado da distância, ou ainda, entre o fluxo luminoso e a área da superfície. Na prática, é a quantidade de luz dentro de um ambiente, e pode ser medida com o auxílio de um luxímetro. Como o fluxo luminoso não é distribuído uniformemente, a iluminância não será a mesma em todos os pontos da área em questão. Considerasse por isso a iluminância média (Em). Existem normas 17 especificando o valor mínimo de em, para ambientes diferenciados pela atividade exercida relacionados ao conforto visual. A iluminância também é conhecida como nível de iluminação. Abaixo são mostrados valores práticos de iluminância: Dia ensolarado de verão em local aberto = 100.000 lux Dia encoberto de verão = 20.000 lux Dia escuro de inverno = 3.000 lux Boa iluminação de rua = 20 a 40 lux Noite de lua cheia = 0,25 lux Luz de estrelas = 0,01 lux. Luminância Símbolo: L Unidade: cd/m2 É um dos conceitos mais abstratos que a luminotécnica apresenta. É através da luminância que o homem enxerga. No passado denominava-se de brilhança, querendo significar que a luminância está ligada aos brilhos. A diferença é que a luminância é uma excitação visual, enquanto que o brilho é a resposta visual a luminância é quantitativa e o brilho é sensitivo. É a diferença entre zonas claras e escuras que permite que se aprecie uma escultura; que se aprecie um dia de sol. As partes sombreadas são aquelas que apresentam a menor luminância em oposição às outras mais iluminadas. Luminância liga-se com contrastes, pois a leitura de uma página escrita em letras pretas (refletância 10%) sobre um fundo branco (papel, refletância 85%) revela que a luminância das letras é menor do que a luminância do fundo e, assim, a leitura “cansa menos os olhos”. A luminância depende tanto do nível de iluminação ou iluminância quanto das características de reflexão das superfícies. A equação que permite sua determinação é: 18 Onde: L = Luminância, em cd/m² I = Intensidade Luminosa, em cd A = área projetada, em m² α= ângulo considerado, em graus. Como é difícil medir-se a Intensidade Luminosa que provém de um corpo não radiante (através de reflexão), pode-se recorrer à outra fórmula, a saber: Onde: ρ= Refletância ou Coeficiente de Reflexão E = Iluminância sobre essa superfície Vale lembrar que o Coeficiente de Reflexão é a relação entre o Fluxo Luminoso refletido e o Fluxo Luminoso incidente em uma superfície. Esse coeficiente é geralmente dado em tabelas, cujos valores são função das cores e dos materiais utilizados. A luminância de uma fonte luminosa ou de uma superfície luminosa estabelece a reação visual da vista. Quando a luz de uma fonte ou de uma superfície que reflete a luz, atinge a vista com elevada luminância, então ocorre o ofuscamento, sempre que a luminância é superior a 1 sb. As luminâncias preferenciais em um ambiente de trabalho pode variar entre as pessoas, principalmente se estiverem desenvolvendo tarefas diferentes. O melhor conceito de iluminância talvez seja “densidade de luz necessária para realização de uma determinada tarefa visual”. Isto permite supor que existe um valor 19 ótimo de luz para quantificar um projeto de iluminação. Esses valores relativos a iluminância foram tabelados por atividade. 1.5 Características das lâmpadas e acessórios Vida Útil de uma Lâmpada É definida pela média aritmética do tempo de duração de cada lâmpada ensaiada e é dado em horas. Comparadas com as lâmpadas incandescentes, as lâmpadas de descarga têm vida média muito mais longa. Ciclos de funcionamento mais curtos partidas mais frequentes, encurtam a vida das lâmpadas de descarga e os ciclos de funcionamento mais longos, partidas menos frequentes, aumentam a vida. Eficiência Luminosa ou Energética Símbolo: ηw (ou K, conforme IES) Unidade: lm/W As lâmpadas se diferenciam entre si não só pelos diferentes Fluxos Luminosos que elas irradiam, mas também pelas diferentes potências que consomem. Para poder compará-las, é necessário que se saiba quantos lumens são gerados por watt absorvido, ou seja, a razão entre o fluxo luminoso total emitido φ e a potência elétrica total P consumida pela mesma. A essa grandeza dá-se o nome de Eficiência Energética (antigo “Rendimento Luminoso”). É útil para averiguarmos se um determinado tipo de lâmpada é mais ou menos eficiente do que outro. A Eficiência Luminosa é um indicador da eficiência do processo de emissão de luz utilizada sob o ponto de vista do aproveitamento energético. 20 Figura 2 - Gráfico da Eficiência Energética dos principais tipos de lâmpadas Temperatura de Cor Símbolo: T Unidade: K (Kelvin) No instante que um ferreiro coloca uma peça de ferro no fogo, esta peça passa a comportar-se segundo a lei de Planck e vai adquirindo diferentes colorações na medida que sua temperatura aumenta. Na temperatura ambiente sua cor é escura, tal qual o ferro, mas será vermelha a 800 K, amarelada em 3.000 K, branca azulada em 5.000K. Sua cor será cada vez mais clara até atingir seu ponto de fusão. Pode-se então, estabelecer uma correlação entre a temperatura de uma fonte luminosa e sua cor, cuja energia do espectro varia segundo a temperatura de seu ponto de fusão. Por exemplo, uma lâmpada incandescente opera com temperaturas entre 2.700 K e 3.100 K, dependendo do tipo de lâmpada a ser escolhido. A temperatura da cor da lâmpada deve ser preferencialmente indicada no catálogo do fabricante. A observação da experiência acima indica que, quando aquecido o corpo negro (radiador integral) emite radiação na forma de um espectro contínuo. No caso de uma lâmpada incandescente, grande parte desta radiação é invisível, seja na forma de 21 ultravioletas, seja na forma de calor (infravermelhos), isto é, apenas uma pequena porção está na faixa da radiação visível, motivo pelo qual o rendimentodesta fonte luminosa é tão baixo conforme pode ser visto abaixo: Figura 5 - Energia espectral dos radiadores integrais segundo a lei de Planck A figura acima permite observar que quanto maior for a temperatura, maior será a energia produzida, sendo que a cor da luz está diretamente relacionada com a temperatura de trabalho (mais fria quanto maior for a temperatura). Um aspecto importante é que a temperatura da cor não pode ser empregada isoladamente e sim em conjunto com o IRC, mas independentemente deste aspecto, se aceita que cores quentes vão até 3.000K, as cores neutras situam-se entre 3.000 e 4.000K e as cores frias acima deste último valor. As cores quentes são empregadas quando se deseja uma atmosfera íntima, sociável, pessoal e exclusiva (residências, bares, restaurantes, mostruários de mercadorias); as cores frias são usadas quando a atmosfera deva ser formal, precisa, limpa (escritórios, recintos de fábricas). Seguindo esta mesma linha de raciocínio, conclui-se que uma iluminação usando cores quentes realça os vermelhos e seus derivados; ao passo que as cores frias, os azuis e seus derivados próximos. As cores neutras ficam entre as duas e são, em geral, empregadas em ambientes comerciais. Abaixo são mostradas as diversas temperaturas de cor. 22 Figura 7 - Tonalidade de Cor e Reprodução de Cores Símbolo: I RC ou Ra Unidade: R Objetos iluminados podem no parecer diferente, mesmo se as fontes de luz tiverem idêntica tonalidade. As variações de cor dos objetos iluminados sob fontes de luz diferentes podem ser identificadas através de um outro conceito, Reprodução de Cores, e de sua escala qualitativa Índice de Reprodução de Cores (Ra ou IRC). O mesmo metal sólido, quando aquecido até irradiar luz, foi utilizado como referência para se estabelecer níveis de Reprodução de Cor. Define-se que o IRC neste caso seria um número ideal = 100. Sua função é como dar uma nota (de 1 a 100) para o desempenho de outras fontes de luz em relação a este padrão. Portanto, quanto maior a diferença na aparência de cor do objeto iluminado em relação ao padrão (sob a radiação do metal sólido) menor é seu IRC. Com isso, explica-se o fato de lâmpadas de mesma Temperatura de Cor possuírem Índice de Reprodução de Cores diferentes. 23 Um IRC em torno de 60 pode ser considerado razoável, 80 é bom e 90 é excelente. Claro que tudo irá depender da exigência da aplicação que uma lâmpada deve atender. Um IRC de 60 mostra-se inadequado para uma iluminação de loja, porém, é mais que suficiente para a iluminação de vias públicas. São exemplos de IRC comuns encontrados nas lâmpadas comerciais: Fator de fluxo luminoso Símbolo: BF Unidade: % A maioria das lâmpadas de descarga opera em conjunto com reatores. Neste caso, observamos que o fluxo luminoso total obtido neste caso depende do desempenho deste reator. Este desempenho é chamado de fator de fluxo luminoso (Ballast Factor) e pode ser obtido de acordo com a equação: 24 2. ILUMINAÇÃO A iluminação no paisagismo é um recurso poderoso, se de dia o paisagista pode contar com a luz majestosa provinda do Sol, á noite o espetáculo só irá acontecer se investir em técnicas adequadas de iluminação. Feliz o paisagista que além de conhecer técnicas de criação de projeto paisagístico, irrigação, botânica, entre outros, também domine as táticas de iluminação, pois ele terá nas mãos o poder da transformação. É através do jogo de luz e sombras, da silhueta destacada de um arbusto que não é muito notado de dia, do realce da cor, da forma e da textura de determinada vegetação que a transformação no paisagismo acontece. São técnicas como essas que tornam a natureza e a iluminação os protagonistas do espetáculo. Como se pode notar a iluminação no paisagismo é extremamente complexa, pois além de ter o papel de valorizar a natureza, tem a difícil tarefa de descobrir o ambiente para identificar tecnicamente o que requer ser destacado e o que é preferível ser amenizado. 25 2.1 Tipos de Iluminação - Efeitos e Composição A iluminação ambiente é extremamente importante. Dependendo dos tipos de iluminação empregados, é possível valorizar a decoração, melhorar a funcionalidade dos cômodos e até expandir a segurança, como na iluminação de jardim e a iluminação externa. Qualquer projeto de iluminação sempre deve considerar maneiras de integrar a luz natural e de harmonizá-la com a luz artificial, criando espaços aconchegantes e funcionais. 2.1.1 Luz Natural É fundamental, aumentando o bem-estar dos usuários e reduzindo a necessidade de energia elétrica. Já a luz artificial poderá ser empregada de diversas maneiras e finalidades, desde para melhorar a iluminação geral, até para destacar objetos decorativos ou criar uma sensação maior de intimidade. 26 2.1.2. Luz Difusa, Direta E Indireta A luz difusa é o modelo mais tradicional, com a lâmpada centralizada no ambiente e instalada no teto, iluminando todo o espaço uniformemente e sem contrastes. Por ser mais confortável, a iluminação difusa é usada em salas, quartos e banheiros. Mas também pode aparecer em conjunto com outros tipos, como a iluminação direta. 2.1.3 Luz direta A luz direta aquela que incide diretamente sobre algum objeto ou superfície com o suporte de um abajur ou luminária. A iluminação direta é mais presente em salas de estudos, home office e escritórios, embora também possa ser usada para destacar paredes, objetos decorativos ou plantas. 27 2.1.3 Luz Indireta A luz indireta é aquela na qual se utiliza alguma superfície (como o gesso) para rebater o fluxo luminoso. Com a iluminação indireta consegue-se criar ambientes decorativos e mais intimistas, aparecendo, portanto, com mais destaque nos quartos e salas. 2.1.4 Luz Quente ou Luz Fria Luz amarela (também chamada de luz quente) traz um efeito visual mais aconchegante, é mais acolhedora e, por isso, funciona bem em salas e quartos. Luz branca (ou luz fria), por sua vez, ao contrário da amarela, aumenta a concentração e, portanto, é indicada para espaços como cozinhas e escritórios. 2.2 Iluminação de Tarefa, de Destaque e de Orientação Podemos escolher os tipos de iluminação de acordo com o uso do ambiente. A Iluminação de tarefa (ou de escritório) é aquela usada em ambientes nos quais a luz é indispensável para auxiliar nas atividades como escrever, ler, cozinhar ou costurar. Assim, é possível usar luzes mais fortes e com focos menores. 28 A iluminação de destaque é aquela que ressalta os itens da decoração e ajuda a enxergar os detalhes em uma escultura, tela ou objeto. Por isso, é uma luz mais concentrada, que atrai o olhar para o ponto focal. Pode ser usada para destacar objetos de arte e de decoração, azulejos, estantes, coleções, adegas, detalhes arquitetônicos dentre outros. 29 A iluminação de orientação é aquela instalada próxima de degraus e corredores, auxiliando no deslocamento entre os ambientes. Pode estar presente em nichos de gesso, balizadores, embutidas nas paredes ou em pequenos postes de jardim. 30 2.2 Iluminação por Ambiente Cada ambiente necessitará de tipos de iluminação diferentes, pensando nos usos e nas sensações desses espaços. 31 2.2.1 Iluminação da Sala É possível usar luzes diretas e indiretas. No caso da luz direta ser o foco principal, os lustres e plafons ajudam na decoração. Para as luzes indiretas, invista em abajures ou luminárias direcionadas para o teto ou parede. A cor da lâmpada pode ser tanto branca como amarela, dependendo dos seus objetivos. Se desejarum ambiente mais aconchegante, prefira a lâmpada amarela. 2.2.2 Iluminação da cozinha Como essa é uma área que exige funcionalidade, prefira as luzes brancas, especialmente para o balcão de trabalho e a parte em cima da pia. O mais comum é a iluminação led ou com lâmpadas fluorescentes. Para a mesa de jantar ou bancadas, prefira luminárias pendentes com uma iluminação mais suave e lâmpadas amarelas. https://www.leroymerlin.com.br/lustres https://www.leroymerlin.com.br/plafons https://www.leroymerlin.com.br/abajures https://www.leroymerlin.com.br/luminarias https://www.leroymerlin.com.br/iluminacao-led https://www.leroymerlin.com.br/lampadas-fluorescentes-compactas 32 2.2.3 Iluminação do Quarto Precisa favorecer o relaxamento, por isso a dica é usar as lâmpadas amarelas e luzes indiretas, como abajures e luminárias (ao lado da cama ou em outras partes do cômodo). No entanto, se você também se arruma para o trabalho ou se maquia neste espaço, tenha uma opção de luz neutra em alguma parte do ambiente, porque ela não interfere na cor dos elementos que ilumina. 33 2.2.4 Iluminação de Banheiro Pode seguir as dicas da cozinha, com o uso de lâmpadas brancas. Se quiser algo mais moderno, opte por uma luz principal e outras indiretas, por exemplo, na bancada ou na área do espelho (evitando criar sombras). 34 2.2.5 Iluminação De Áreas Externas As lâmpadas de LED são a aposta para uma boa iluminação da área externa, pois seu consumo é menor e sua durabilidade mais longa do que os outros modelos Além disso, as lâmpadas LED possuem baixa temperatura, o que não prejudica as plantas. 2.2.6 Iluminação de Escritório Para o escritório ou home office, invista na luz direta e branca para a mesa e posicione os móveis próximos a janelas, para aproveitar melhor a luz natural. https://www.leroymerlin.com.br/lampadas-de-led https://www.leroymerlin.com.br/moveis 35 2.3 Técnicas de Iluminação no Paisagismo Iluminação de baixo para cima: Conhecida como Uplighting, essa técnica consiste em distribuir as luzes no nível do solo e direcioná-las para o plano alto (copas), formando um dégradée onde a maior intensidade de luz tem seu inicio no nível baixo. Esse tipo de iluminação também contribui para um efeito mais dramático. Iluminação de cima para baixo: Conhecida como Downlighting proporciona um efeito mais natural. Para essa iluminação pode-se usar postes e refletores instalados em um nível acima da vegetação ou através de luminárias instaladas na copa das árvores entre as folhagens. Iluminação Silhueta: Conhecida como Backlighting, essa técnica tem como foco valorizar a silhueta de vegetações mais altas, como as árvores, investindo em uma iluminação com refletores feita por trás da estrutura da planta, valorizando assim a silhueta. Iluminação frontal: Conhecida como Frontlighting, é utilizada para valorizar vegetações mais densas, pois a luz é aplicada de forma que atinge a copa e parte do tronco, realçando a vegetação na sua cor, forma e textura. Iluminação lateral: Conhecida como Sidelighting, tem o propósito de delinear um sombreamento através do destacamento da vegetação através de refletores instalados nas laterais. 36 6.Iluminação selva: Conhecido como Backlight, as luminárias ficam entre as plantas o que proporciona um jardim com pontos iluminados e mais sombras, dando um ar mais dramático ao ambiente. A iluminação no paisagismo é composta por técnicas que se bem trabalhadas a cada elemento compõem um espaço harmonioso, agradável e de uma sofisticação despretensiosamente espontânea. 37 REFERÊNCIAS PHILIPS. Iluminação – Noções Básicas de Iluminação. Informação de produto – Informação de Aplicação. 2. OSRAM. Manual Luminotécnico Prático. 2000. LUMICENTER - Engenharia de Iluminação. Informações Técnicas. Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2009. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-5413 - Iluminância de Interiores. Rio de Janeiro, 1992. FONSECA, Rômulo Soares. Iluminação Elétrica. McGraw-Hill do Brasil. MOREIRA, Vinicius de Araújo. Iluminação e Fotometria – Teoria e Aplicação. 3. ed. rev. e amp. Edgard Blucher. SILVA, Mauri Luiz da. Luz Lâmpadas & Iluminação. 3. ed. Ciência Moderna. RODRIGUES, Pierre. Manual de Iluminação Suficiente. PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, 2002. COTRIM, Ademaro A. M. B. Instalações Elétricas. Revisão e adaptação técnica em conformidade com a NBR 5410 de Geraldo Kindermann. 4. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006. 678 p.