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CONFORTO 
AMBIENTAL: 
ILUMINAÇÃO 
NATURAL
Laura Jane Lopes Barbosa 
Dimensionamento 
de iluminação de 
interiores residenciais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar padrões de lâmpadas e luminárias.
 � Dimensionar a aplicação da distribuição de pontos de iluminação 
no leiaute.
 � Elaborar cálculos luminotécnicos de interiores residenciais.
Introdução
A iluminação é a chave de muitas funcionalidades dentro da arquitetura 
e interfere substancialmente na percepção de seus elementos. Uma 
iluminação bem dimensionada confere aos ambientes muito mais do que 
cores e claridade, proporcionando diferenças importantes na saúde física 
e emocional dos usuários: melhor visão, melhor humor, mais segurança 
e melhores condições de trabalho ou mesmo de tarefas domésticas. 
Além da saúde física e emocional, o ambiente com iluminação bem 
dimensionada gera economia financeira e coopera com a sustentabili-
dade ambiental. 
Neste capítulo, você vai estudar o dimensionamento de iluminação 
residencial. Vai ler sobre os problemas e as soluções existentes para um 
melhor aproveitamento da iluminação residencial e ver como calcular 
o índice luminotécnico dos ambientes residenciais e qual a importância 
desse processo. 
1 Padrões de lâmpadas e luminárias
Em 1810, com a criação de um arco de carbono, o inglês Humphry Davy 
demonstrou a primeira luz elétrica credível. Em 1878, o inglês Joseph Swan 
inventou a lâmpada incandescente e, durante o ano de 1879, o estadunidense 
Thomas Edison construiu a primeira lâmpada de viabilidade comercial (TRE-
GENZA; LOE, 2015). O relato histórico conta que a primeira lâmpada protótipo 
comerciável de Edison, considerada um sucesso, durava 48 horas; hoje, de 
acordo com o Manual Philips (2012), uma lâmpada LED requer o mínimo de 
manutenção, podendo chegar até 45.000 horas de vida útil. 
Além da questão do conforto e da produtividade adquiridos pelo simples fato 
de um ambiente estar bem iluminado, o consumo de energia é uma preocupação 
na sociedade em geral devido aos investimentos no setor elétrico, na geração 
de energia limpa. Estudos indicam que 19% de toda energia consumida é gasta 
com iluminação no mundo. Se forem observados setores específicos, desses 
19%, 35% advém do consumo da iluminação residencial (PHILIPS, 2012).
O critério de conforto luminoso é desejado pelo usuário, que, em casa, 
irá utilizar a iluminação para fazer suas atividades corriqueiras na melhor 
qualidade e no menor custo. O conforto almejado provém da quantidade de 
luz certa, da distribuição e do nível de contraste aplicados para cada função 
dada aos ambientes (OSRAM, [2009?]).
Para ajudar no projeto, a NBR ISO/CIE 8995-1:2013, da Associação Brasi-
leira de Normas Técnicas (2013), indica no item 5 os requisitos para o plane-
jamento da iluminação. Recomenda-se, para diversos ambientes e atividades, 
os requisitos mínimos para a execução de tarefas, dedicados às condições 
operacionais de trabalho. No entanto, hoje, um projeto doméstico, residencial, 
pode e deve se atentar para alguns padrões de referência, pois estamos na era 
dos chamados home offices, ou seja, pessoas vêm trabalhando em escritórios 
em casa e, para isso, necessitam de cuidados com seu conforto visual. 
O Quadro 1 mostra alguns itens pinçados como referência, nos quais 
temos os parâmetros de lux, unidade de quantidade de luz disponível no am-
biente, também chamada de nível de iluminância (lm/m2), o índice limite de 
ofuscamento unificado (UGRL) e o índice de reprodução de cor mínimo (Ra).
Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais2
Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Normas Técnicas (2013).
Tipo de ambiente, 
tarefa ou atividade
Em/lux UGRL Ra Observações
Refeitório 200 22 80
Cozinha 500 22 80
Sala de descanso 100 22 80
Sala para exercícios físicos 300 22 80
Vestiários, banheiros, toaletes 200 25 80
Depósitos, estoques 100 25 60 200 lux, se forem 
continuamente 
ocupados.
Corte e triagem de 
frutas e vegetais
300 25 80
Fabricação de alimentos 
finos, cozinha
500 22 80
Vestiários 200 25 50
Lavagem e limpeza a seco 300 25 80
Passar roupas 300 25 80
Escreve, teclar, ler, 
processar dados
500 19 80
Salas de reunião e 
conferência
500 19 80 Recomenda-se 
que a 
iluminação seja 
controlável
Área de leitura 500 19 80
Salas para exercícios físicos 300 22 80
Quadro 1. Planejamento dos ambientes (áreas), tarefas e atividades com a especificação 
da iluminância, limitação de ofuscamento e qualidade da cor
3Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais
Para atender às características de conforto luminoso dependemos das 
condições do ambiente, por exemplo comprimento; largura; área; pé-direito; 
altura do plano de trabalho; altura do pendente da luminária; pé-direito útil; 
índice do recinto direto e indireto; coeficiente de reflexão do teto, da parede 
e do piso; fator de depreciação. Segundo a apostila OSRAM ([201-?]), é ne-
cessário também saber: 
 � Características da iluminação, por exemplo, iluminância planejada, 
tonalidade ou temperatura da cor, e índice de reprodução da cor.
 � Consumo da instalação.
 � Tipos de lâmpadas e luminárias, o item mais importante neste conjunto 
de fatores, principalmente porque, na maioria das vezes, é o mais prático 
e fácil de mudar.
As luminárias são de grande importância para a qualidade da iluminação. Não são 
meros dispositivos que conectam os fios à lâmpada — além de terem função estética, 
têm capacidade de gerar efeitos ora desejados, ora evitáveis. 
Ainda de acordo com OSRAM ([201-?]), para o projeto de iluminação, 
visando à melhor especificação dos tipos de lâmpadas e luminárias, é necessário 
o conhecimento dos seguintes itens:
 � tipos de lâmpadas;
 � potência das lâmpadas;
 � fluxo luminoso de cada lâmpada;
 � número de lâmpadas por luminária;
 � tipos de luminárias;
 � eficiência das luminárias;
 � eficiência do recinto;
 � fator de utilização;
 � quantidades de lâmpadas;
 � quantidades de luminárias;
 � marca, fabricante.
Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais4
Logo precisamos revisar alguns conceitos básicos de luminotécnica a fim 
de entender o que significa cada elemento de especificação. 
Conceitos básicos de luminotécnica para 
a escolha de lâmpadas e luminárias
O primeiro princípio a ser atendido quanto à escolha das lâmpadas e luminárias 
é o das boas práticas de iluminação, algo que represente a facilidade na exe-
cução das tarefas e conforto. No Quadro 1, vimos que a iluminância mantida 
(Em/lux) é o valor mínimo de iluminância média da superfície especificada. 
Com o interesse de identificar os fatores que cercam as boas práticas de ilumi-
nação, veremos o espectro visível, a luz e cor, a intensidade de reprodução de 
cor, a luminância, o nível de iluminação, o fluxo luminoso, a direcionalidade 
e ofuscamento, e a eficiência energética.
Espectro visível
É com a velocidade da luz que as ondas eletromagnéticas se propagam no 
vácuo, transportando momento e energia para longe de uma fonte. O espectro 
eletromagnético é o intervalo de possíveis frequências que a onda eletro-
magnética magnética pode ter. O que o nosso olho consegue enxergar dentro 
do espectro eletromagnético se resume a uma pequena faixa entre as ondas 
ultravioleta e infravermelha, o chamado espectro visível de luz, ou faixa visível. 
Conforme mencionam Tregenza e Loe (2015), assim como o calor radiante, as 
ondas de rádio e os raios X, a luz como fluxo de energia faz parte do espectro 
eletromagnético, tendo como grande diferença ser definida pela visão humana.
Como mostra a Figura 1, as ondas da faixa visível são bem restritas diante 
da faixa de ondas existente entre as ondas de rádio e os raios gama.
5Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais
Figura 1. Espectro eletromagnético e faixa visível de luz.
Fonte: Tregenza e Loe (2015, p. 24).
A Figura 1 mostra que enxergamos apenas a faixa entre 400 e 700 na-nômetros (nm). As fontes de luz artificiais, as lâmpadas, não conseguem 
imitar a faixa solar na plenitude, e mesmo o Sol, que não é constante, pode 
variar a visualização das cores durante o dia — por exemplo, ao meio-dia 
ou ao entardecer, no verão ou no inverno podem ocorrer alterações da fonte 
luminosa. A especificação da lâmpada irá afetar a cor do objeto em análise.
Luz e cor
Sem luz não há cor. Os espectros de luz mostram as cores dos objetos de 
acordo com o índice de reprodução de cor da iluminação direcionada ao ob-
jeto. Conforme o tipo de iluminação, as cores visíveis ao ser humano podem 
variar consideravelmente. Decompondo a luz branca em um prisma de cristal, 
obtemos sete cores (vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta), 
que é o espectro visível ao ser humano.
Conforme afirma Klotsche (2000), a absorção e o reflexo de luz resultam na 
cor de um objeto. Quando essa luz atinge a superfície do objeto, alguns raios 
coloridos são absorvidos e outros são refletidos. As cores são vistas pelo olho 
quando os objetos coloridos absorvem algumas radiações e refletem outras. 
Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais6
A cor que vemos corresponde à parcela de cor da luz refletida por esse objeto. 
Acompanhe na Figura 2 como o reflexo correspondente às cores absorvidas 
e à cor refletida visível ao olho humano.
Figura 2. O que determina a cor de um objeto.
Fonte: Adaptada de Designua/Shutterstock.com.
Luz branca
Luz branca
re�etida
Luz branca
Sem luz
re�etida
Luz branca
Luz vermelha
re�etida
De acordo com Philips (2012), desde o surgimento das lâmpadas fluores-
centes, disponibilizadas nas cores suave (de 2.700k, as amareladas) e claras 
(de 6.500k, as brancas), observou-se que as amareladas tornam o ambiente 
mais aconchegante, sendo recomendadas para salas, quartos e corredores. 
Com a luz branca, o ambiente fica mais estimulante, por isso é indicada para 
escritórios, cozinhas, áreas de serviço, banheiros, etc. Com o aperfeiçoamento 
das lâmpadas de LED (light emitting diode, ou diodo emissor de luz), as pos-
sibilidades aumentaram e, hoje, podem ser encontradas de 1.000 a 10.000k, 
saindo do bem amarelado para o branco-azulado. 
7Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais
Índice de reprodução de cor
No índice de reprodução de cor (IRC), um objeto ou uma superfície são vistos 
de formas diferentes em relação a sua cor quando sob diferentes fontes de 
luz. Essa variação se relaciona com a capacidade da lâmpada de reproduzir as 
cores dos objetos. O IRC varia de 0 a 100 e está diretamente relacionado com 
a reprodução de cor por meio da luz natural. A escolha da cor e dos materiais 
tem total relevância na concepção das paredes, mobílias e objetos em uma 
sala, por exemplo, por causa dos seus diferentes coeficientes de reflexão ou 
reflectâncias (MIGUEL, 2006). A melhor iluminação artificial é aquela que 
mais se assemelha com a luz natural. 
A Figura 3 demonstra a diferença entre a graduação do IRC e como isso 
se reflete na reprodução da cor dentro dessa escala.
Figura 3. Índice de reprodução de cor.
100 80 60 40 25
Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais8
Intensidade luminosa
A concentração de luz em uma direção específica radiada por segundo é 
denominada intensidade luminosa. Ela é representada pelo símbolo I, cuja 
unidade de medida é a candela (cd). 
Luminância
Quando os raios luminosos não são visíveis, mas há sensação de luminosidade 
pela reflexão desses raios em uma superfície, isso é chamado de luminância. 
Sua unidade é a candela por metro quadrado (cd/m2). 
Nível de iluminação ou nível de luminância
O nível de iluminação ou iluminância é a quantidade de luz ou fluxo luminoso 
que atinge, por segundo, uma unidade de área de uma superfície. É dimen-
sionada em lux e representada pelo símbolo E. Um lux equivale a um lúmen 
por metro quadrado (lm/m2). 
Fluxo luminoso
O fluxo luminoso é a potência luminosa total emitida por segundo por uma 
fonte em todas as direções, dimensionada pela unidade de medida lúmen (lm) 
representada pelo símbolo Ø.
Direcionalidade e ofuscamento
Quando se deseja destacar um quadro ou determinado objeto de decoração, 
ou se deseja fazer contrastes em paredes, deixando mais visíveis os ressaltos 
ou a textura, a iluminação direcional pode ser utilizada. O direcionamento 
errado pode gerar o ofuscamento. O ofuscamento é a sensação produzida por 
áreas brilhantes dentro da área de visão. Evitar o ofuscamento ajuda a prevenir 
erros, a fadiga e acidentes (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2013).
9Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais
Eficiência luminosa
A eficiência luminosa é o resultado da divisão entre o fluxo luminoso emitido 
em lúmens e a potência consumida pela lâmpada em Watts, portanto sua 
unidade de medida é o lúmen por Watt (lm/W). A quantidade de luz emitida 
em relação ao gasto energético dessa luz é o que a determina. 
A vida útil da lâmpada é calculada pelo tempo, medido em horas. No site da Philips 
você encontra mais informações sobre iluminação, além de calculadoras que ajudam 
na solução de iluminação. Com uma busca rápida na internet, você encontra o site 
facilmente.
Munidos desses fundamentos, agora podemos observar os tipos de lâm-
padas, analisando a melhor utilização para cada caso.
Tipos de lâmpadas
As lâmpadas se dividem, basicamente, em cinco grupos principais: incandes-
centes; fluorescentes; halógenas; de descarga HID; LEDs. Podem ainda ser 
subdivididas de acordo com os critérios de forma e matéria-prima.
Incandescentes
São as lâmpadas mais antigas do mercado. São indicadas para uso residencial, 
porém sua venda para uso em ambientes está proibida. Ainda são fabricadas 
para usos específicos, como iluminação interna de geladeiras e fogões. Têm 
baixa eficiência energética e uma vida útil muito curta (aproximadamente 
1.000 horas). Veja um exemplo de lâmpada incandescente na Figura 4.
Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais10
Figura 4. Lâmpada incandescente.
Fonte: rafastockbr/Shutterstock.com.
A sugestão de OSRAM ([201-?]) é que estas lâmpadas sejam aplicadas onde 
não há preocupação com a eficiência energética, por ficarem pouco tempo em 
uso. Outras características: podem ser dimerizadas, ter o formato de velas e 
também ser indicadas a decorações.
Fluorescentes
Também chamadas de lâmpadas eletrônicas, têm maior eficiência do que as 
incandescentes (de 50 a 80 lm/W), porém seu IRC é menor. têm vida útil mais 
prolongada, de aproximadamente 10.000 h, e têm baixo consumo de energia. 
São fabricadas em três modelos: tubular, compacta eletrônica e compacta não 
integrada, na qual o transformador deve ser instalado de forma separada. Veja 
um exemplo de lâmpada fluorescente na Figura 5.
As lâmpadas fluorescentes compactas se apresentam no formato de espiral 
e têm ótima qualidade e durabilidade. Algumas fontes de pesquisa indicam 
que elas não têm proteção ultravioleta (UV), o que acaba por envelhecer a 
pintura de quadros e provocar efeitos em longo prazo no ser humano. 
11Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais
Figura 5. Lâmpada fluorescente.
Fonte: HomeStudio/Shutterstock.com.
Halógenas
Estas lâmpadas têm o funcionamento parecido com o das incandescentes, 
porém têm o halogêneo em sua composição. Elas podem recuperar o calor 
liberado, reduzindo a necessidade de maior consumo de energia. Sua vida 
útil chega a 4.000 h. Estão disponíveis em vários tamanhos e formatos. Veja 
um exemplo na Figura 6.
Modelos em cápsula já têm bloqueador de raios UV. A maioria opera a 
baixa tensão, 12 V, e necessita de transformador; no entanto alguns modelos já 
estão disponíveis em 127 V ou 220 V. A aplicação geralmente é decorativa e de 
destaque a objetos, utilizadas em museus, galerias de arte, restaurantes, hotéis. 
Figura 6. Lâmpada halógena.
Fonte: Stefan Weis/Shutterstock.com.
Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais12
De descargaAs lâmpadas de descarga (HID, high-intensity discharge, ou “descarga de alta 
intensidade”) produzem iluminação extraída da condução de corrente elétrica 
em um meio gasoso e se diferenciam pelo tipo de gás utilizado no processo 
de descarga, como vapor metálico, vapor de sódio, vapor de mercúrio e vapor 
misto. Não têm IRC muito eficiente, porém têm um baixo consumo de energia. 
Acompanhe um exemplo de lâmpada de descarga na Figura 7.
São aplicadas em iluminação pública, esportiva, shopping centers, in-
dústrias, lojas. Podem ser úteis para a iluminação de residências com quintal 
grande, onde há grande área a iluminar, e em iluminação pública. Entretanto, 
com o avanço da tecnologia LED, muitos municípios já estão trocando a 
iluminação pública do tipo HID pela LED, mais econômica. 
Figura 7. Lâmpada de descarga.
Fonte: MZinchenko/Shutterstock.com.
LED
São as mais tecnológicas do mercado. Possibilitando diversos formatos, sua 
tecnologia converte energia elétrica diretamente em energia luminosa por 
meio de pequenos chips incorporados. Seu consumo de energia é ínfimo e sua 
vida útil é longa — de, aproximadamente, 25.000 horas. Embora seu preço 
ainda seja mais alto, são hoje uma das melhores alternativas do mercado, pois 
13Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais
podem gerar uma redução de energia de mais de 80%. Também têm a vantagem 
de não serem poluidoras como as lâmpadas florescentes. Veja exemplos de 
lâmpadas LED na Figura 8.
Figura 8. Lâmpada de LED.
Fonte: eightstock/Shutterstock.com.
As lâmpadas LED estão cada vez mais populares. Elas podem ter diversos 
formatos, como tubos, aproveitando luminárias que antes eram usadas somente 
para halogenadas tubulares, mas agora sem a necessidade dos reatores, favo-
recendo a economia de energia. Há também as fitas de LED e as luminárias 
de LED. 
Para facilitar ao consumidor, atualmente, o rótulo de todas as lâmpadas 
apresenta informações sobre potência, tensão, temperatura de cor, cor, IRC, 
se é dimerizável ou não e a vida útil em horas, conforme mostra o Quadro 2. 
Entendendo melhor os rótulos das lâmpadas, a compra e o uso serão bem mais 
eficientes. Definir e comprar certo faz uma grande economia e adapta melhor 
o ambiente ao uso. Todas as deficiências luminosas de um ambiente poderão 
ser supridas pela escolha correta do produto.
Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais14
Fonte: Adaptado de Trybo Design (2017).
Potência 40 W Potência da lâmpada em Watts por hora.
Tensão 110 V Tensão de entrada em volts.
Temperatura 
de cor
4.000 k Tonalidade da lâmpada dentro 
do espectro de luz visível.
Cor
Branca Cor do vidro, que pode ser 
branco, âmbar ou leitoso.
IRC
80% Indica a fidelidade da reprodução; quanto mais 
próximo de 100, mais se assemelha à luz do sol.
Dimerizável
Sim Se permite ou não a graduação da 
intensidade da luz com um dispositivo 
chamado dimmer. Sem esta opção, a 
lâmpada apenas acende e apaga.
Vida 5.000 h Durabilidade em horas quando acesa.
Quadro 2. Informações dos rótulos das lâmpadas
A escolha da lâmpada deve ser sempre conjugada ao tipo de luminária, 
buscando o maior conforto visual. O grande desafio dos arquitetos e enge-
nheiros é lidar com os efeitos positivos, otimizadores, que a boa iluminação 
pode gerar nas pessoas, pois o ambiente pode ficar mais sereno, animado de 
acordo com o padrão luminoso apresentado.
O princípio de HCL (human centric lighting, ou “iluminação centrada no ser humano”) é 
difundido no mundo todo e sua prática tem revolucionado a indústria da iluminação. 
A ideia é utilizar a tecnologia da iluminação focada nas questões de saúde, bem-
-estar e desempenho, combinando benefícios visuais, biológicos e emocionais da luz. 
De maneira simplificada, HCL é a forma mais coerente de proporcionar luz certa no 
horário certo a cada pessoa.
15Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais
Você sabe quais são os efeitos da luz no bem-estar do ser humano?
 � A luz orienta nosso relógio interno.
 � Direta ou indiretamente, a luz afeta diferentes hormônios, influenciando na pressão 
arterial, nos batimentos cardíacos, na energia.
 � A luz correta no momento certo equilibra o organismo e ajuda o corpo humano a 
ficar acordado e ativo durante o dia e relaxado para dormir à noite.
Fonte: Adaptado de Human Centric Lighting (2020) e Ledvance ([2020]).
Luminárias
Além de serem um elemento que conecta à rede elétrica à lâmpada, as lumi-
nárias têm apelo estético e função de posicionar a fonte luminosa à distância 
específica, geralmente fixa. Na maioria das vezes disponibiliza fluxo luminoso 
final inferior ao fornecido pela lâmpada, devido às propriedades físicas das suas 
peças, absorvendo, refletindo e transmitindo a luz via materiais constituintes 
(OSRAM, [2009?]).
A combinação de enorme variedades de formatos, com as lâmpadas e suas 
características resultam em uma infinidade de opções de iluminação. Conhecer 
os tipos básicos de luminárias, considerando suas variações conceituais, é 
fundamental. 
As luminárias embutidas quase não aparecem, pois somente a faixa 
externa da lâmpada fica exposta. São simples, mas podem ser fixas ou di-
recionais, e são muito utilizadas em ambientes de pé-direito baixo. Já as 
luminárias pendentes normalmente são utilizadas para criar um foco de 
luz direta. Muito usadas em mesas de jantar e bancadas, necessitam de um 
desenho agradável, pois ficam visíveis e se destacam. São recomendadas para 
ambientes com pé-direito alto. 
Os plafons são quase como as luminárias embutidas, mas são externos e 
colados ao teto. Produzem efeito de luz indireta, muito usados para iluminação 
geral. As arandelas são luminárias de parede que, normalmente, emitem luz 
difusa e indireta. Combinadas com a lâmpada adequada, podem produzir uma 
luz de foco com muita eficiência, evidenciando quadros, texturas e outros objetos. 
Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais16
As luminárias de mesa e de pé, mais conhecidas como abat-jour ou 
abajur, são uma iluminação de apoio para trabalho, leitura ou outra tarefa que 
demande uma luz mais direcionada, mas também são usadas para gerar uma 
iluminação difusa aconchegante para o ambiente.
Após conhecer os tipos de iluminação artificial extraídos de diversos 
tipos de lâmpadas, a escolha das lâmpadas e seus dispositivos de luminárias 
será mais assertiva conforme o ambiente e o uso necessário. Fiorini (2006, 
documento on-line) menciona, “Projetos com uma distribuição luminosa 
ruim normalmente ocorrem devido à escolha da luminária inadequada ao 
tipo de ambiente.”
2 Distribuição de pontos de luz no leiaute
Conforme visto no início deste capítulo, iluminar um ambiente habitacional, 
assim como um ambiente comercial ou industrial, está totalmente relacionado 
com saúde, bem-estar e conforto dos usuários. Segundo a frase atribuída a 
Niemeyer, “Uma boa iluminação levanta uma arquitetura medíocre, e uma 
iluminação ruim acaba com o melhor projeto”. As melhores soluções projetu-
ais podem ser prejudicadas e indevidamente julgadas porque não estão bem 
iluminadas. A determinação dos pontos de luz, do tipo de luminária e do tipo 
de iluminação promoverá a edificação a um total sucesso ou a um fracasso 
indescritível de conceituação. O bom projeto de arquitetura deve contemplar 
todo o processo de ambientação, considerando a iluminação natural e artificial 
dos ambientes.
De acordo com a ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013, para a identificação 
dos pontos de iluminação no leiaute, é relevante saber o local de trabalho, 
da tarefa a ser feita, e a região do entorno, circunscrito a 50 centímetros ao 
redor de onde será feita a tarefa ou serviço (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE NORMAS TÉCNICAS, 2013). É importante evitar os excessos, pois a 
iluminação excessiva pode ofuscar e gerar fadiga nos contrastes; se for sem 
contrastes, o ambiente pode se tornar monótono, tedioso. 
17Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais
Para fazer a melhor distribuição de iluminação,adequando o leiaute conforme a área 
de tarefa e entorno imediato, observe a Figura 9.
Figura 9. Área de tarefa e entorno imediato.
Fonte: Adaptada de Associação Brasileira de Normas Técnicas (2013).
O fator uniformidade (U) é a razão entre o valor mínimo e o valor médio. Segundo 
a norma, a área da tarefa deve ser o mais uniformemente iluminada possível. Na área 
da tarefa, o fator uniformidade não pode ser menor do que 0,7 e, no entorno imediato, 
deve ser, no mínimo, igual a 0,5.
Observando a Figura 10, avaliamos a área da tarefa.
Figura 10. Área da tarefa.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2013, p. 26).
Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais18
A área da tarefa (quadrado superior) abrange a mesa; o espaço retangular inferior é o 
espaço do usuário. Neste caso de sobreposição, é recomendado não separar o tampo 
da mesa, uma faixa marginal, da área de trabalho, avaliando ambos como uma coisa só.
De acordo com Giacobbo (2014), a norma ABNT vigente, NBR ISO 8995-
1:2013, deu um salto de qualidade em relação à anterior, NBR 5413. A principal 
mudança foi focada na metodologia para o dimensionamento da iluminação. 
Com isso, a definição do leiaute passou a exigir mais pontos para garantir 
um bom estudo. 
Um ponto que foi suprimido da NBR 5413 é que o projeto valorizava a 
faixa de idade do grupo de usuários da iluminação. Dando destaque aos fatores 
acrescidos, agora, temos o seguinte:
 � índice de ofuscamento;
 � sugestão de que o fator IRC (índice de reprodução de cor) seja fornecido 
pelo fabricante;
 � estabelecimento das áreas de tarefa e entorno imediato;
 � anexo sobre a manutenção;
 � critérios para a elaboração de grade de cálculos, visando a utilização 
de softwares e ajudando na determinação dos espaçamentos entre 
lâmpadas; 
 � destaque para a uniformidade da iluminação;
 � recomendação de temperatura de cor mínima.
O processo de determinação inicia quando utilizamos o Quadro 1, obtendo 
dados para o número de lux, ou seja, a iluminância, o UGRmáx (ofuscamento 
desconfortável) e o IRC mínimo. O segundo passo é a obtenção das luminá-
rias com o fator de ofuscamento desconfortável menor do que o Quadro 1 
permite, e a obtenção da temperatura de cor necessária. Utiliza-se a tabela 
de correlação dos dados para a obtenção do fator de utilização. A norma tem, 
em anexo, uma tabela, que ajuda a sintetizar os dados para aplicar o cálculo 
e determinação do número mínimo de luminárias.
19Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais
O arranjo dos locais de trabalho deve sempre descartar a faixa marginal. 
A faixa marginal é aquela próxima das paredes, onde as tarefas de acuidade 
não serão feitas. O parâmetro de altura para o platô de trabalho é de 0,75 metros 
acima do piso. Nos casos em que é sabido que o arranjo das áreas funcionais, 
de trabalho, acomete todo o espaço até os limites da sala, devemos iluminar 
a sala completamente.
No estudo de leiaute da iluminação em residências, observamos a existência 
de poucos lugares cujas atividades tendem a ser muito prolongadas e de grande 
acuidade, dependendo muito da rotina dos seus usuários. O planejamento da 
iluminação pode ficar condicionado ao estabelecimento da mobília. Esses 
estudos devem, de preferência, ocorrer quando já se tem minimamente fixada 
a posição padrão do recheio doméstico. 
O mundo hoje é de total automatização. Quase todos os processos mecânicos de uma 
edificação têm se tornado automatizados. A iluminação residencial automatizada vem, 
junto com outros processos, como climatização, abertura de portas e janelas, irrigação, 
etc., expandindo-se e criando novos adeptos com muita rapidez. A domótica, termo 
que vem da junção das palavras domus (casa) e robótica, é a área do conhecimento 
que trata da automação de uma casa. 
A redução do consumo de energia, a segurança, a facilidade de uso e a versatilidade 
do processo torna o automação uma peça-chave no dimensionamento da iluminação, 
que ainda deve ser cuidadosamente calculado, porém, com esse recurso, muito mais 
bem aproveitado. A automação da iluminação residencial pode ser controlada por 
controles remotos, smartphones, tablets ou computadores, programando a hora, a 
lâmpada e a intensidade da luz, e por quanto tempo ficará ligada.
Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais20
3 Cálculo luminotécnico de interiores 
residenciais
O cálculo luminotécnico de interiores residenciais deve seguir a ABNT NBR 
ISO/CIE 8995-1:2013. Para um bom projeto de iluminação é necessário definir 
a quantidade de iluminância necessária ao conforto e à segurança. A norma 
se dedica a considerar as áreas da tarefa e áreas do entorno; é relevante evitar 
fadiga visual devido a pontos muito iluminados e outros com baixa iluminação. 
A preocupação aplicada à norma são as operações de trabalho, mas é 
claro que, em se tratando de residências, devemos prever os comportamentos 
e rotinas dos usuários ainda não normatizados. Segundo Martau (2009), 
as normas técnicas levam muito tempo para serem revisadas e atualizadas e 
se limitam aos aspectos relacionados à eficiência energética somente; entre-
tanto o grande desafio dos projetos é também o atendimento às exigências 
psicológicas e fisiológicas do organismo humano.
Considerando que é necessário o melhor aproveitamento lumínico dos 
ambientes para gerar saúde, bem-estar e segurança, a Figura 11 demonstra 
a eficiência energética das lâmpadas elétricas e suas respectivas potências, 
o que ajuda a calcular os pontos de iluminação da residência.
Figura 11. Potência e eficiência energética (lm/W) das lâmpadas elétricas.
Fonte: Adaptada de OSRAM ([2009?]).
21Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais
Para calcular e dimensionar cada área você pode seguir o seguinte roteiro 
(ILUMINÂNCIA..., [201-?]).
1. Determinar a iluminância (E).
2. Calcular o índice do local (k), conforme apresentado a seguir.
k = C × L(C + L) × A
onde:
 � C = comprimento do local;
 � L = largura do local;
 � A = altura entre a luminária e o plano de trabalho.
3. Escolher o tipo de lâmpada e a luminária.
4. Em função do índice do local (k), dos índices de refletância do piso, 
parede e teto (Quadro 3), determinar o fator de iluminação na tabela 
da luminária escolhida.
Fonte: Adaptado de Iluminância... ([201-?]).
Branco Claro Médio Escuro
Teto 80% 70% 50% 30%
Parede 50% 30% 10%
Piso 30% 10%
Quadro 3. Fatores de iluminação
Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais22
5. Verificar o fator de manutenção (FM), que você pode ver no Quadro 4.
Fonte: Adaptado de Iluminância... ([201-?]).
Ambiente Limpo Médio Sujo
Fator de manutenção (FM) 0,9 0,8 0,6
Quadro 4. Fatores de manutenção
6. Calcular a quantidade de luminárias, conforme apresentado a seguir.
N = 
E × S
φ × FU × FM
onde: 
 � N = quantidade de luminária;
 � E = iluminância desejada;
 � S = área do local;
 � φ = fluxo da luminária = fluxo luminoso da lâmpada × quantidade de 
lâmpada por luminária;
 � FU = fator de utilização;
 � FM = fator de manutenção.
7. O espaçamento das luminárias, para se obter uma distribuição uniforme, 
deve ser, via de regra, entre 1 e 1,5 a altura entre a luminária e o plano 
de trabalho (A).
Todo cálculo deve ter uma tolerância, isso significa que devemos sempre 
estar de acordo com o preconizado pela norma ABNT NBR ISO/CIE 8995-
1:2013, baseada em dados práticos, e ter uma variação em torno de 10% para 
os valores obtidos de iluminância e luminância.
23Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais
Evidências de uma boa iluminação
Podemos contar com cálculos, índices, normas e equipamentos para melhorar 
a iluminação dos ambientes residenciais, porém há que se contar também com 
a sensibilidade de cada pessoa que vive no local. Muitas vezes não se nota o 
quanto a iluminação está errada até que a pessoa se muda para o local, mas 
também muitas vezes não é necessário um ponto de comparação para se notar 
o quanto o ambiente está mal iluminado.As mudanças no humor, na limpeza, na rotina da família pode significar 
má iluminação. Com a infinidade de recursos disponíveis no mercado, dar 
solução ao problema pode não ser tão fácil do ponto de vista estético, mas no 
quesito técnico é tudo bem mais simples. Shuboni e Yan (2010) defendem que 
os benefícios da iluminação artificial para a nossa sociedade têm grandeza 
e obviedade, porém o impacto e a importância da luz noturna sobre o nosso 
corpo necessita ser reconhecido e compreendido. 
A Figura 12 evidencia um bom exemplo de iluminação distribuída em uma sala de 
estar integrada com o jantar, que está adequada ao uso sem muito luxo conforme a 
legenda a seguir.
1. A iluminação pontual foi distribuída difusamente a todo o ambiente usando o 
tecido da luminária de teto como filtro.
2. A luz do abajur oferece uma iluminação mais amena e suave.
3. Os lustres pendentes sobre a mesa de jantar evidenciam e marcam o ambiente, 
focalizam o ponto de referência da sala e proporcionam iluminação focal, adequada 
ao uso do local.
4. Assim como os pendentes da mesa de jantar, os da bancada divisória da cozinha 
fazem uma iluminação focal sem incidir na vista, iluminando apenas o balcão.
Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais24
1
3
4
2
Figura 12. Iluminação de sala de estar integrada.
O dimensionamento do projeto luminotécnico residencial deve atender 
aos usuários, observando a rotina da casa. Hoje, como a casa vem sendo cada 
vez mais lugar de trabalho, fazer reuniões de negócios e também de receber 
visitas são questões a serem ponderadas para um perfeito planejamento do 
projeto elétrico em consonância ao luminotécnico. 
Quando o uso do ambiente é alterado, deve ser mudado também o projeto. 
Assim os moradores devem estar preparados para buscar, de tempos em 
tempos, fazer uma atualização do sistema lâmpadas–luminárias, atendendo 
a evolução da dinâmica doméstica. Isso resultará, muitas vezes, em maior 
economia, pela simples melhoria da eficiência das lâmpadas e luminárias, 
além de trazer mais segurança aos moradores. 
25Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais
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Disponível em: https://arqplane.wordpress.com/2015/08/05/o-fim-das-lampadas-
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27Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais
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cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
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POTÊNCIA de iluminação por cômodo! Cálculo e luminotécnica! [S. l.: s. n.], 2016. 1 
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Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais28

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