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Anotações - Arcaísmo como projeto


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O arcaísmo como projeto 
 Mercado atlântico, sociedade agrária e elite mercantil em uma economia colonial tardia 
 
Anotações 
CONCLUSÕES DO TEXTO: 
 Grande destaque para o cenário da escravidão 
 Chama a atenção para desigualdade na concentração de renda 
 Foco no Rio de Janeiro, estabelecendo relações a partir dele 
 Mostra tabelas, gráficos e termos de economia e balança comercial 
 Apresenta alguns cenários internacionais, e apresenta relações na África a 
respeito da sociedade e escravidão 
 Destaque para comércio – cana, escravos e alimentos 
 
Introdução 
Se existe algum aspecto sobre o qual há consenso entre os analistas da economia 
brasileira, é o de que nela prepondera uma das distribuições de renda mais desiguais do 
mundo ocidental, senão a mais desigual. 
Nota para concentração de renda – muito da mão de poucos, e pouco na mão de 
muitos 
Indicadores de distribuição de renda nacional pouco variaram frente aos diversos ciclos 
de expansão/contração da economia recente 
Perfil concentracionista: 
1960- o décimo mais rico do país concentra 40% da riqueza 
1970- sobe para 47% 
1980- 48% 
1990- 49% 
Os autores buscam desvendar os mecanismos que garantiam essa preeminência 
(privilégio, benefício) dos grandes mercadores, que eram hegemonia da época colonial 
tardia. Eles percebem a contínua incorporação de fatores econômicos de grande oferta e 
custos reduzidos: terras, mão de obra e alimentos 
Tráfico atlântico de escravos 
Esse quadro resulta em: 
Perfil de crescente enriquecimento da elite mercantil, e de contínua pauperização 
das camadas subalternas 
Economia colonial tardia fundada na contínua reconstrução da hierarquia excludente 
 
 A integração do Rio de Janeiro no Sistema Atlântico Português 
Geopolítica favorecia o destaque do Rio de Janeiro 
1612 – 14 engenhos 
1680- cerca de 130 engenhos 
As primeiras décadas do Seiscentos representaram a época do que podemos chamar de 
acumulação primitiva da economia de plantation do Rio 
1ª elite econômica – descendentes de conquistadores quinhentistas – ocupavam postos 
que lhes davam acesso privilegiado à regulamentação de uma poderosa economia colonial 
de plantation em formação 
Arrematação de dízimos – como ramo de negócios 
Famílias ricas do Seiscentos fluminense – acumulação excludente – sendo 
conquistadores, funcionários, eles se apoderam de parte dos recursos governamentais em 
detrimento do “público colonial” 
1702 – Saída de gente e cabedais do Rio em direção a Minas Gerais. Economia do 
plantation não está tão forte, devido a corrida do ouro. 
De 1727 a 1762 a arrecadação fluminense a partir de dízimos mais do que dobrou 
Se na primeira metade do Setecentos o Rio perdeu importância como área de plantation, 
o mesmo não ocorreu com seu papel mercantil. 
A praça do Rio de Janeiro começou a se transformar no principal centro comercial da 
América Portuguesa – mais importante receptor das importações de outras partes do 
Ultramar 
Impostos- destaque para dízima da alfândega – comércio ultramarino 
O rio do segundo quartel do Setecentos estava aberto ao Atlântico – destaque do 
comércio de negreiro para Minas Gerais. 
1710 – Porto carioca absorve 1/5 do total de africanos importados pela colônia 
1730- Aumentou em 40%, alcança 1/3 dos 16600 africanos que desembarcavam 
anualmente no Brasil 
Rio detinha boa parte do abastecimento das mercadorias de Minas Gerais. 
Minas – produção agropecuária e circuitos internos de mercantilização, começa a crescer 
um respeitável comercio interno 
Apesar de no início a descoberta das minas levar a perda de população, depois a própria 
ligação com Minas ajudou a transformar o Rio de Janeiro em um dos principais centros 
comerciais 
A demanda em Minas levou ao aumento das importações de negros. Destaque para o 
comércio carioca de africanos – porto do Rio como maior e mais importante centro de 
importação e reexportação de africanos. 
 
A afirmação de uma estrutura colonial tardia 1790-1840 (p. 83) – tardio como 
“transição”, fim de uma etapa e início de outra 
Etapa tardia se inicia com o boom do ouro (ápice), seguida pelo declínio da produção 
aurífera e pelo retorno da forma tradicional da riqueza colonial (agricultura de 
exportação). Crescimento de novas culturas como o algodão e o anil. 
Mudanças políticas e sociais – reformas pombalinas 
Fim do período – chegada da Corte portuguesa, fim do pacto colonial, emergência de um 
novo estatuto político para o Brasil 
Entre finais do Seiscentos e ao longo do século seguinte continuava a prevalecer a 
escravidão, as produções voltadas ao mercado externo e uma hierarquia excludente. 
Aumento da complexidade da economia do Rio no Setecentos – passou de ponto de 
encontro de diferentes rotas de comércio interno a constituir-se em entreposto 
fundamental na redistribuição de produtos importados e a principal porto de 
exportação dos produtos coloniais. (P. 85) 
Elite colonial adquire novas feições 
Mudança nas formas de acumulação 
 
A produção 
Características estruturais da economia fluminense (1790-1840) 
 Trabalho escravo domina campo e cidades 
 Engenhos disseminavam-se por toda região 
 Tráfico atlântico 
 Plantation 
Camadas variadas da população se encontravam comprometidas com a escravidão, 
independentemente da extensão de suas posses 
Sociedade escravista – aquela na qual o principal objetivo da renda extraída ao escravo é 
a reiteração da diferença socioeconômica entre a elite escravocrata e todos os outros 
homens livres. 
Escravos – predomínio dos adultos, poucos cativos alcançavam a faixa de mais de 
quarenta anos. Alta mortalidade! População rumo ao declínio rápido e marcante. 
Conjuntura internacional da economia entre 1790-1830 – ciclo Kondratieff 
Fase A – crescimento – abarcava o intervalo 1792-1815, marcado pelas Guerras 
Napoleônicas e o Bloqueio Continental. Inglaterra e França intensificaram a concentração 
urbana e as mudanças no padrão de vida, nas atividades industriais e agrícolas. 
Fase B – depressão – envolve os anos de 1816-1850, crise da transformação da indústria, 
desenvolvimento do capitalismo patrimonial-industrial na França, dificuldades do carro-
chefe da Revolução Industrial inglesa (setor têxtil), incremento da penetração do capital 
britânico nas Américas e Índia. Para Portugal – crise por meio da queda geral dos preços 
Como resultado, exportações do Rio caem, preços do açúcar despencam, queda de 
receitas em 20% ao ano. Crise profunda e prolongada. 
Oitocentos – crescimento da cultura cafeeira na província – crescimento da população – 
expansão da agroindústria açucareira e do café 
Plantations passam a deter cada vez maior porcentagem de escravos. A Corte também 
cresceu 
Crescem exportações de charque do Rio Grande do Sul para o porto carioca entre 
1799-1822 – 249%. Crescem exportações de farinha de mandioca para o porto 
carioca entre 1799-1822 – 307%. Charque e farinha eram componentes básicos da 
dieta das camadas populares livres e dos escravos 
Incremento da entrada de africanos no porto carioca 
Dados demonstram a capacidade de a economia colonial crescer mesmo na fase B 
internacional. Autonomia de seus movimentos frente ao mercado externo. Economia tem 
suas flutuações próprias. 
 
A circulação 
Pagina 96, 97 – dúvida nas relações comerciais Brasil-Portugal, não entendi os conceitos 
de déficits e superávits, e consequentemente não entendi a relação que os autores 
quiseram estabelecer naqueles parágrafos (dúvida) 
 
1792 – D. João se tornou regente – Sua mãe D. Maria endoideceu 
1808 – Ele e a Corte fugiram para o Brasil – Logos os portos da América portuguesa se 
abririam ao comércio internacional 
Ao longo desses 16 anos – sucessivos superávits comerciais do seu Reino com o Brasil – 
crescentes exportações de panos de linho e algodão 
p. 100 – relações de produtos vindos ao Brasil de diferentes partes do mundo - Destaquepara Portugal 
O Reino tornava-se o grande mercado do açúcar, dos couros e dos mantimentos 
Déficits pronunciados na economia fluminense – exploração de Portugal 
Conteúdo das páginas 104-112 – achei excessivamente técnico e confuso, não sei se é 
realmente relevante e não entendi o suficiente para discorrer sobre. Apresenta vários 
dados e tabelas. (dúvida) 
* Dados da balança comercial do Rio de Janeiro 
 
A estrutura da oferta da mão de obra 
Por séculos, a África mitigou (conteve, atenuou) a demanda brasileira por braços. 
 
Modelo de Caio Prado 
Aborígenes – não eram satisfatórios como mão de obra e não atendiam a demanda 
suficientemente - “maus trabalhadores, pouco resistentes e de eficiência mínima”, eram 
ralos (demograficamente falando) e estavam em processo de dizimação 
Adoção dos escravos africanos vem da: 
 Experiência dos lusitanos com o tráfico negreiro desde meados do séc. XV 
 Portugal se faz presente nos territórios africanos que os forneciam 
África como “reservatório de mão de obra para a colonização portuguesa” 
Mais motivações: necessidade de pagar salários muito altos aos possíveis imigrantes e 
pouca mão de obra em Portugal. Escravismo como solução do problema da mão de 
obra 
(O capítulo cita Fernando Novais, autor da obra lida na semana passada) 
O problema não seria simplesmente o de povoar o novo mundo, por isso a escassez 
demográfica europeia não pode ser usada como justificativa da mão de obra 
escravas. Outras formas de trabalho não compulsória seriam adequadas, mas o 
produtor independente não fazia parte dos planos do colonizador. O trabalho 
compulsório indígena teria certamente respondido ao impulso inicial da 
colonização, mas sua substituição pelo escravo africano não poderia ser explicada a 
partir da inadaptação daquele à lavoura, e menos ainda pela oposição jesuítica à 
escravização de aborígene. A exiguidade dos nativos e as dificuldades de seu 
apresamento “talvez” estivessem na base de semelhante mutação. Mas o que 
certamente condicionaria essa “preferência” teria sido o sistema mercantilista de 
colonização, determinado a promover a acumulação primitiva na Europa. (P. 121-
122) 
Escravidão como vasto e lucrativo ramo de comércio – um dos mais rentáveis do 
comércio colonial. Escravos – mercadorias socialmente baratas 
Devastadora lógica demográfica da empresa escravista tinha sua origem nos baixos 
preços pagos pelos escravos na África. A oferta africana tinha de ser uma oferta elástica 
e barata de homens. 
Congo 
 Comércio português no Congo teve por base a aliança com as frações dominantes 
nativas 
 Cativos vendidos aos portugueses: alguns eram membros da sociedade e “o grosso 
da oferta era mantido por meio de pilhagens realizadas pelo Congo em suas 
fronteiras (p. 133) 
 Mudança nas relações tempo depois 
Angola – destaque em exportações de escravos para o Brasil 
A guerra era o principal mecanismo de transformação do homem em cativo. P. 142-143 
(destaque sobre o povo africano e situação de seu país). Relações de tráfico interno e 
externo. 
 
A estrutura da oferta de alimentos 
Economia colonial voltada para a exportação 
Minas – destaque para desenvolvimento de núcleos agropecuários e abastecimento – 
maior capitania escravista do Brasil 
São Paulo – também parte da rede de abastecimento do sudeste colonial. Farinha, feijão 
e outros 
Gaúchos – destaque para o charque – um dos principais abastecedores de charque para o 
mercado interno, sobretudo o do Sudeste 
 
Referência: 
FLORENTINO, Manolo e FRAGOSO, João. “Introdução”; “A integração do Rio de 
Janeiro no Sistema Atlântico Português”. In FLORENTINO, Manolo e FRAGOSO, João. 
O arcaísmo como projeto: mercado atlântico, sociedade agrária e elite mercantil em uma 
economia colonial tardia: Rio de Janeiro, c. 1790- c. 1840. Rio de Janeiro: Civilização 
Brasileira, 2001, p. 17-21; p. 63-165

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