Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Nome: Silvia Souza Veronez RA: 0349585 Curso: Pedagogia Período: 01º semestre - noturno Resenha – Sócrates Sócrates (Socrate) – Itália, França e Espanha, 1971 Direção: Roberto Rossellini Roteiro: Jean-Dominique de La Rochefoucauld, Roberto Rossellini Elenco: Jean Sylvère, Anne Caprile, Giuseppe Mannajuolo, Ricardo Palacios, Antonio Medina Duração: 120 min Conhecido popularmente como um dos pais da filosofia, quase tudo que sabemos sobre Sócrates parte das obras deixadas por seus discípulos, pois o filosofo acreditava que nada sabia e seus ensinamentos deveriam ser passados por meio de discursos, e desta forma abria mão de transcrever seus pensamentos. De acordo com o que sabemos sobre a época, Sócrates ensinava sobre ética, virtudes e justiça, além de ter enorme habilidade em lógica, o que desencadeou com o método socrático. Um dos problemas do filosofo ter sido eternizado por meio de seus alunos, é que o mesmo é representado como um mestre exemplar, ou até mesmo como um santo, o que impede que saibamos nos dias atuais, como Sócrates realmente era. No filme passado em atividade, o pensador é representado como um bom mestre. O filme retrata uma parte da vida do filósofo, mais precisamente na parte do julgamento e condenação do mesmo, uma vez que foi acusado de não acreditar nos deuses gregos e representar uma influência negativa aos jovens que o seguiam. O diretor do filme escolhe seguir a representação feita por Platão de seu mestre, representando Sócrates como uma divindade. Para que essa ideia seja melhor compreendida no filme, o diretor usa certas comparações entre o filósofo e Jesus Cristo – por exemplo, a visita no campo de crucificação e tortura -. Claro que alguns clichês conhecidos seriam trazidos no filme, como o famoso “só sei que nada sei”, porém o diretor se preocupa em trazer para seu trabalho uma visão não apenas dos famosos discursos, mas sim uma visão de vulnerabilidade de Sócrates, pois o filosofo era incapaz de lucrar com seus ensinamentos. Como mencionado anteriormente, o filme refere-se ao período de julgamento e condenação do filosofo, aonde seus condenadores Meleto, Ânito e Lícone alegam que Sócrates não reconhecia as divindades e influenciava negativamente os jovens que lhe davam ouvidos. Vale ressaltar que um dos próprios acusadores não sabia ao certo definir o que seria influência negativa e positiva aos jovens, o filosofo foi levado ao tribunal e considerado culpado por 501 cidadãos. O próprio Sócrates elaborou sua defesa usando sua capacidade de persuasão, porém mesmo com todas as incoerências presentes na acusação, o resultado foi o mesmo, sentença de exílio vitalício ou ter a língua cortada para impossibilitar o filosofo de falar. Sócrates não aceitou as punições apresentadas e mesmo com seus alunos suplicando que o mesmo fugisse, Sócrates optou por se despedir dos amigos, alunos e família e toma veneno. No filme algumas ideias de Sócrates estão presentes, como por exemplo a consciência do homem, a arte de perguntar e a crítica aos sofistas.
Compartilhar