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DESCRIÇÃO
Estudo de parasitos pertencentes às classes Trematoda e Cestoda e ao filo Acanthocephala
com relevância para a Medicina Veterinária.
PROPÓSITO
Apresentar as principais espécies de parasitos pertencentes às classes Trematoda e Cestoda e
ao filo Acanthocephala com relevância para a Medicina Veterinária, baseando-se na morfologia
e biologia para compreender as consequências do parasitismo na saúde dos animais e do
homem.
PREPARAÇÃO
Antes de começarmos, é importante você ter em mente a hierarquia entre classe, família,
gênero e espécie. Neste material, abordaremos mais de uma espécie por gênero e, algumas
vezes, até mesmo mais de um gênero por família. Para facilitar o seu entendimento,
classificamos cada um desses itens por cores. Então, você poderá observar que o parasita
pertencente à determinada família – apesar da diferença de gênero – terá o mesmo degradê de
cor.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever as características dos principais parasitos da classe Trematoda
MÓDULO 2
Descrever as características dos principais parasitos das famílias Taeniidae, Hymenolepidae e
Diphyllobothriidae
MÓDULO 3
Descrever as características dos principais parasitos das famílias Dilepididae,
Anoplocephalidae e Davaineidae
MÓDULO 4
Descrever as características, o ciclo biológico e a importância dos principais parasitos do filo
Acanthocephala
INTRODUÇÃO
A parasitologia é um campo de estudo importante na Medicina Veterinária. Os parasitos
acometem comumente os animais e os seres humanos, trazendo riscos à saúde e
consequências econômicas graves, como a queda de produção de leite, carne e ovos e a
condenação, de forma parcial ou total, de carcaças e vísceras que seriam destinadas ao
consumo.
As dimensões continentais e o clima diversificado de nosso país e suas diferentes classes
socioeconômicas e culturais são fatores que favorecem o ciclo de parasitos de ampla
variedade. As classes Trematoda e Cestoda, por exemplo, contemplam uma gama de parasitos
que afeta tanto a saúde dos animais quanto a dos seres humanos, constituindo as zoonoses
comuns no Brasil. O filo Acanthocephala, embora não seja tão frequente em animais de
companhia e de produção e raramente afete os seres humanos, ainda assim merece nossa
atenção.
Com o avanço científico, novas espécies continuam sendo identificadas e catalogadas. Isso
demonstra que ainda temos muita coisa a descobrir. Para entendermos um pouco da
taxonomia de nosso estudo, segue um diagrama elucidativo:
 Helmintos de importância médico-veterinária.
Estudaremos o filo Platyhelminthes, que engloba as classes Trematoda e Cestoda e o filo
Acanthocephala, e descreveremos suas características gerais. Nos gêneros e nas espécies
podem ser encontradas características mais específicas que são importantes para a
identificação e o diagnóstico desses parasitos.
Conhecer o ciclo biológico de cada um deles, quem são seus hospedeiros e o local do
parasitismo, é essencial para entendermos como esses seres vivem e como podem causar
lesões no organismo. A importância médico-veterinária dos parasitos será esclarecida no
decorrer destes quatro módulos de estudo.
MÓDULO 1
 Descrever as características dos principais parasitos da classe Trematoda
CLASSE TREMATODA
A classe Trematoda consiste em endoparasitos divididos entre monogenéticos e digenéticos.
Monogenéticos
São aqueles que realizam todo o ciclo biológico em um único hospedeiro.

Digenéticos
Completam o ciclo biológico em pelo menos dois hospedeiros.
Os digenéticos apresentam a maior diversidade morfológica, tendo como características a
oviparidade e uma variação de tamanho que oscila entre poucos micrômetros, chegando até
vários centímetros. Além disso, podem parasitar todos os grupos de vertebrados e diversos
sistemas orgânicos.
OVIPARIDADE
Tipo de reprodução na qual o embrião se desenvolve dentro de um ovo em ambiente externo.
 Helicometra sp. hospedada no trato digestivo de um peixe.
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CARACTERÍSTICAS GERAIS
As principais características morfológicas dos trematodas são:
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS
TREMATODAS
 Corpo não segmentado com
formato variável, podendo ser
arredondado, alongado, foliáceo,
circular e filiforme.
 Coloração esbranquiçada.
 Parasitam diversos sistemas
orgânicos de vertebrados.
 Tamanho variado entre 1 mm até vários
centímetros de comprimento.
 A maioria dos trematoides possui
1 par de ventosas: uma anterior,
denominada ventosa oral, e outra em
posição medial ou posterior,
denominada acetábulo. Alguns
trematoides ainda possuem ventosas
acessórias, como a ventosa genital. A
função da ventosa é de fixação no
hospedeiro, locomoção e sensorial
para o parasito.
 O tegumento é multinucleado e
recoberto por vesículas e até por espinhos
em algumas espécies.
javascript:void(0)
javascript:void(0)
 O sistema digestório é
incompleto, contando com a presença
de boca, faringe, esôfago e cecos
intestinais únicos ou duplos e de
diferentes formatos. Não possui
abertura anal.
 Os trematoides são hermafroditas,
exceto os parasitos pertencentes à família
Schistosomatidae. O órgão reprodutor
masculino é formado por testículos, ductos
deferentes e eferentes e ainda podem estar
presentes glândulas prostáticas e vesícula
seminal. Já o sistema reprodutor feminino é
composto por ovários, útero e oviduto, por
onde ocorre a cópula.
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
HERMAFRODITAS
Condição em que o organismo possui os dois sexos, produzindo gametas masculinos e
femininos.
1 PAR DE VENTOSAS
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javascript:void(0)
 Posição das ventosas de trematoides.
TEGUMENTO
Cobertura natural de um organismo.
TREMATOIDES
 Morfologia geral de um trematoide.
CICLO BIOLÓGICO GERAL DOS TREMATODAS
O ciclo biológico dos trematoides é do tipo heteroxeno, ou seja, possui mais de um hospedeiro
e, no caso específico desta classe, o primeiro hospedeiro intermediário é um molusco.
Quando os ovos são eliminados nas fezes do hospedeiro definitivo, e em alguns casos também
por via oral, são liberados embriões denominados miracídios através do opérculo, que saem
em direção ao meio aquático. Em algumas espécies, esse meio aquático não será essencial.
MOLUSCO
Grupo de invertebrados que possuem o corpo mole. Exemplos: caramujos, lesmas, polvos,
mariscos, lulas.
javascript:void(0)
 Ciclo biológico dos trematoides.
Os miracídios, então, penetram nas partes moles do primeiro hospedeiro intermediário, que
pode ser um molusco aquático ou terrestre. Durante essa ação, o miracídio perde os cílios,
transformando-se em um esporocisto, que irá se dividir muitas vezes dentro do molusco. Os
esporocistos podem ter uma ou duas gerações, e a partir da primeira geração podem ser
formadas as rédeas. Estas, por sua vez, produzem milhares de formas infectantes,
denominadas de cercárias, que deixam o molusco por meio das partes moles para alcançarem
o meio ambiente.
As cercárias são dotadas de movimento por possuírem cauda, por isso elas nadam até
encontrar um segundo hospedeiro intermediário ou a vegetação aquática. Daí em diante as
cercárias perdem a cauda e passam a se chamar de metacercárias, que constituem a forma
infectante para o hospedeiro definitivo. Ao penetrar no organismo do hospedeiro, o parasito
realiza uma rota de acordo com o ciclo de sua espécie, chegando ao órgão onde dará
continuidade ao seu ciclo, alcançando a maturidade sexual e reiniciando o ciclo.
 Cercária
A partir de agora, iremos nos aprofundar no conhecimento dos parasitos de maior importância
para a Medicina Veterinária pertencentes a algumas famílias da classe Trematoda.
FAMÍLIA FASCIOLIDAE
GÊNERO: FASCIOLA
ESPÉCIE: FASCIOLA HEPATICA
 Fasciola hepatica .
MORFOLOGIA
Fasciola hepatica possui formato foliáceo com uma projeção em forma de cone na região
anterior denominada cone cefálico. Possui tegumento coberto de espinhos que se projetam
para a região posterior e umacetábulo próximo da ventosa oral. Seus ovos são amarelados e
medem de 130 a 150 µm de comprimento por 60 a 100 µm de largura. Tem ampla distribuição
geográfica, frequente em zonas alagadiças e sujeitas a inundações.
 Estrutura interna da Fasciola hepatica .
LOCAL DO PARASITISMO
Ductos biliares e parênquima hepático.
 Fasciola hepatica removida do ducto biliar.
HOSPEDEIROS
Os hospedeiros intermediários são moluscos aquáticos do gênero Lymnaea . As espécies
mais comuns são: L. collumela , L. cubensis e L. viatrix . Os hospedeiros definitivos são
bovinos, ovinos, caprinos, suínos, bubalinos e animais silvestres. Acidentalmente, o homem
também pode ser infectado.
 Exemplo de hospedeiro intermediário: caramujo de água doce.
CICLO BIOLÓGICO
A presença do parasito dependente de temperatura e umidade adequadas para o
desenvolvimento dos moluscos do gênero Lymnaea . Os ovos presentes nos ductos biliares
do animal vertebrado são arrastados pela bile para o intestino e alcançam o meio ambiente
quando o animal defeca. Cada parasito adulto pode produzir de 2.000 a 2.500 ovos por dia. No
meio ambiente, e por influência de umidade e temperatura ideais, ocorre o desenvolvimento
embrionário, que dura entre 9 e 25 dias, resultando nos miracídios, que possuem a capacidade
de infectar o hospedeiro intermediário por, aproximadamente, 8 horas.
Após infectar moluscos de gênero Lymnaea , os miracídios se transformam em esporocistos e
rédeas. Depois de um mês, as cercárias estarão formadas e, mais 30 dias, irão abandonar o
corpo do molusco. No meio ambiente, as cercárias aderem à vegetação através das ventosas e
então se transformam em metacercárias, sofrendo um encistamento, e permanecem prontas
para infectar seu hospedeiro definitivo por 3 meses.
Quando os animais se alimentam de plantas aquáticas ou pastagens de regiões alagadiças,
podem ingerir as metacercárias, que vão se desencistar no intestino, perfurando a parede
intestinal, invadindo o peritônio e migrando para o fígado, mais especificamente os ductos
biliares, onde alcançam a maturidade sexual.
 Ciclo de vida de Fasciola hepatica
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
As formas parasitárias jovens destroem o parênquima hepático durante a sua migração na fase
aguda. Os adultos espoliam os ductos biliares, podendo levar à calcificação da região.
Conforme prossegue a cronicidade da infecção, pode ocorrer fibrose hepatica e hiperplasia dos
canais biliares, levando à perda de produção dos animais e até à morte. É importante frisar
que, no início da infecção, com as formas jovens, não há ainda eliminação de ovos, por isso o
resultado do exame parasitológico de fezes, o mais utilizado, resulta negativo nesta fase.
As perdas ocasionadas pelo seu parasitismo são grandes por reduzir a taxa de crescimento
dos animais, promover queda na produção leiteira, baixa qualidade da lã, além de afetar a
reprodução do rebanho. Muitos animais vêm a óbito devido à infecção, entretanto os casos
subclínicos dificultam o diagnóstico da parasitose. Em frigoríficos e abatedouros, as perdas de
fígados são consideráveis. A infecção em humanos vem aumentando, tornando-a uma doença
emergente para o homem.
DOENÇA EMERGENTE
Doença nova ou recentemente detectada que apresenta um aumento repentino de casos.
FAMÍLIA PARAMPHISTOMATIDAE
GÊNERO: PARAMPHISTOMUM
ESPÉCIE: PARAMPHISTOMUM CERVI
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 Paramphistomum cervi adultos conservados em formol.
MORFOLOGIA
Os parasitos desta família possuem o corpo robusto, em forma de pera com secção transversal
circular. O tegumento não apresenta espinhos. O acetábulo é robusto e se localiza na
extremidade posterior. A ventosa oral está presente e às vezes com dois divertículos, enquanto
a ventosa genital é ausente, assim como a faringe. O ovário é pequeno e geralmente pós-
testicular. A vitelária é desenvolvida e fica nas regiões laterais do corpo do parasito. O poro
genital é mediano, situado após a bifurcação cecal. Os adultos medem até 16 mm de
comprimento, e os ovos operculados possuem coloração acinzentada e medem em torno de
150 µm de comprimento.
HOSPEDEIROS
Os intermediários são moluscos aquáticos: Bulinus , Planorbis , Lymnaea , Glyptanisus e
outros. Os hospedeiros definitivos são: bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos.
CICLO BIOLÓGICO
Os ovos são liberados nas fezes do hospedeiro e caem no meio ambiente. Em contato com a
água, os miracídios eclodem dos ovos e nadam até encontrarem moluscos, de preferência os
mais jovens. Dentro dos hospedeiros intermerdiários, os miracídios se transformam em
esporocistos e, em torno de 30 dias, alcançam a fase de cercária.
As cercárias, na presença de luz e após o seu amadurecimento, abandonam o caramujo e vão
em direção à água. Quando alcançam as plantas aquáticas ou pastagens úmidas,
transformam-se em metacercárias. A infecção ocorre quando os ruminantes se alimentam da
pastagem contaminada.
Após a ingestão das metacercárias, os parasitos amadurecem no intestino, migram até o
rúmen para chegar à maturidade sexual e, então, iniciar a reprodução. A duração do ciclo
biológico depende da espécie, podendo chegar a 132 dias em bovinos.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
Os animais afetados podem apresentar diarreia de coloração escura e com odor fétido,
anemia, fraqueza e edema intermaxilar. A diarreia é proveniente de uma grande irritabilidade da
mucosa gástrica e intestinal.
GÊNERO: COTYLOPHORON
ESPÉCIE: COTYLOPHORON COTYLOPHORON
Esses parasitos podem ser encontrados no rúmem de ovinos, bovinos e outros ruminantes.
Apesar de parecerem bastante com Paramphistomum cervi , eles se diferem por apresentar
uma ventosa genital que envolve o poro genital.
FAMÍLIA DICROCOELIIDAE
GÊNERO: EURYTREMA
ESPÉCIE: EURYTREMA COELOMATICUM
 Eurytrema coelomaticum (espécimes adultos sem coloração).
MORFOLOGIA
Esses trematoides possuem forma de lança e apresentam ventosas na metade anterior do
corpo. Sua coloração é vermelha e com manchas escuras. Quanto ao sistema reprodutor, os
testículos se encontram na região pós-acetabular, e os ovários em região posterior aos
testículos. Suas glândulas vitelogênicas são laterais e na região média do corpo. A bolsa de
cirro vai até a margem anterior do acetábulo. Todos os seus ovos são operculados, pequenos,
de cor escura, medindo entre 40 e 50 µm. Na região central, encontra-se o poro central na
região pré-acetabular e pode chegar a 1,6 cm.
LOCAL DO PARASITISMO
Ductos pancreáticos.
HOSPEDEIROS
Possui duas espécies de hospedeiros intermediários, sendo o primeiro um molusco terrestre da
espécie Bradybaena similaris , e o segundo um inseto ortóptero, ou seja, um gafanhoto
pertencente ao gênero Conocephalus . Os hospedeiros definitivos são: bovinos, caprinos e
ovinos
 Hospedeiros intermediários de Eurytrema coelomaticum .
A) Caramujo Bradybaena similaris ; B) Gafanhoto Conocephalus sp .
CICLO BIOLÓGICO
Os primeiros hospedeiros intermediários se infectam ingerindo os ovos dos trematoides. Após
30 dias, em média, já podem ser observados os esporocistos nas glândulas digestivas, e cada
esporocisto de primeira geração pode dar origem a esporocistos de segunda geração,
originando até 200 microcercárias.
As microcercárias são ovais e curtas e eliminadas do molusco dentro do esporocisto para a
vegetação. Na vegetação, os esporocistos são envolvidos por uma substância mucilaginosa
com a finalidade de evitar o ressecamento. Esses aglomerados mucilaginosos, se ingeridos
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pelos gafanhotos carnívoros, formam as metacercárias, capazes de infectar o hospedeiro
definitivo quando este ingerir o hospedeiro intermediário, geralmente encontrado no pasto.
Dentro do hospedeiro definitivo, os parasitos ficam nos ductos pancreáticos.
 Ciclo biológico de Eurytrema coelomaticum .
MUCILAGINOSA
A mucilagem é uma secreção rica em polissacarídeos.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
Ainda é muito questionada a ação do parasito no organismo do hospedeiro definitivo, pois o
animal não apresentasinais clínicos muito evidentes, embora eventualmente possa ocorrer
fibrose pancreática com atrofia do órgão e emagrecimento progressivo, causando a
euritrematose bovina, relatada em alguns rebanhos brasileiros. Entretanto, a parasitose
continua mais considerada como um achado incidental de necrópsia ou de abatedouros, o que
leva à condenação do pâncreas.
 FAMÍLIA DICROCOELIIDAE
GÊNERO: PLATYNOSOMUM
ESPÉCIE: PLATYNOSOMUM ILLICIENS
 Platynosomum illiciens
MORFOLOGIA
Possui corpo alongado e estreito, medindo até 8 mm de comprimento. Os testículos são
volumosos e ficam na mesma linha horizontal, na região pós-acetabular. Os ovários são
pequenos, menores que os testículos e ficam abaixo do testículo direito.
LOCAL DO PARASITISMO
Fígado e ductos biliares.
HOSPEDEIROS
Os intermediários primários são moluscos terrestres da espécie Subulina octona , e os
secundários são os Lacertídeos, como as lagartixas ou crustáceos decápodes. Os hospedeiros
definitivos são mais comumente os felídeos e, eventualmente, primatas e aves silvestres.
CICLO BIOLÓGICO
Os hospedeiros definitivos eliminam os ovos junto com as fezes, que são ingeridos pelo
primeiro hospedeiro intermediário, o caramujo terrestre da espécie Subulina octona . Dentro
desse hospedeiro, ocorrem duas gerações de esporocistos. A partir da segunda geração de
esporocistos, originam as cercárias, que emergem dos caramujos como bolas mucilaginosas.
O segundo hospedeiro intermediário ingere as bolas mucilaginosas e, dentro deles, ocorre a
evolução das cercárias para metacercárias nos ductos biliares. Os felídeos se infectam ao
ingerir os segundos hospedeiros infectados com as metacercarias. Na sequência, o parasito
segue para os canais biliares e vesicula biliar, onde chegam à maturidade sexual entre 8 e 12
semanas, iniciando a reprodução.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
O parasitismo intenso no hospedeiro definitivo causa disfunção hepatica e até lesões no fígado
com hipertrofia do órgão e dilatação dos ductos biliares.
FAMÍLIA SCHISTOSOMATIDAE
GÊNERO: SCHISTOSOMA
ESPÉCIE: SCHISTOSOMA MANSONI
 Schistosoma mansoni adulto.
MORFOLOGIA
São trematoides de formato alongado, recobertos por tubérculos, com sexos separados, por
isso denominados dioicos. As fêmeas são mais estreitas e delicadas em relação aos machos.
Os machos possuem quatro ou mais testículos, e a fêmea tem ovários alongados e compactos
que se encontram próximos à união dos cecos. Os dois cecos intestinais seguem as regiões
laterais do corpo e se unem em um ceco único, terminando em fundo de saco na porção final
do corpo do parasito. Não possui ventosas desenvolvidas, e o poro genital se encontra próximo
ao acetábulo.
Uma característica direrencial deste trematoide é a presença de margens laterais curvas de
forma ventral nos machos, o que forma o canal ginecóforo. Neste canal, a fêma se abriga no
corpo do macho por longos períodos do seu ciclo biológico. Seus ovos não são operculados e
podem ter a presença de espinho lateral ou terminal. As cercárias não passam por
encistamento (frucocercárias) e conseguem penetrar ativamente na pele dos seus hospedeiros,
parasitando o sistema porta de aves e mamíferos.
LOCAL DO PARASITISMO
Sistema porta-hepático, veias mesentéricas e hepaticas.
HOSPEDEIROS
Os intermediários são moluscos aquáticos da família Plenorbidae, pertencentes ao gênero
Biomphalaria e, ocasionalmente, às espécies dos gêneros Helisoma e Lymnaea . No Brasil,
as espécies de Biomphalaria mais importantes são B. glabatra , B. tenagophila e B.
straminea . Os hospedeiros definitivos são os bovinos e os seres humanos, porém os
roedores silvestres também já foram identificados como hospedeiros.
CICLO BIOLÓGICO
As fêmeas e os machos que já atingiram a maturidade sexual se acasalam nos ramos intra-
hepáticos da veia porta hepatica. Logo, as fêmeas grávidas migram para as veias mesentéricas
e vênulas do plexo hemorroidário para realizarem a ovipostura, que ocorre mais
especificamente nas vênulas do reto e do sigmoide próximo à luz intestinal. Uma parte dos
ovos alcança a luz intestinal e outra permanece na parede intestinal ou ainda podem alcançar o
fígado por meio da circulação venosa. Quando alcançam a luz intestinal, os ovos já estão
embrionados e são expelidos junto às fezes do hospedeiro.
 Ciclo de vida de Schistosoma mansoni .
Ao entrar em contato com a água, os ovos sofrem o estímulo fotoquímico, osmótico e térmico,
e os miracídios eclodem dos ovos. Eles são viáveis entre 8 e 12 horas e possuem grande
tropismo pela luz. Após penetrar nos tecidos moles do molusco, invadindo dessa forma seu
organismo, o miracídio se transforma em esporocisto primário e, posteriormente, em
esporocisto secundário e se encaminham para o hepatopâncreas do molusco ou para seu ovo-
testículo. Desse modo, os moluscos podem sofrer danos ligados à reprodução ou morrerem.
Esse processo de amadurecimento dos esporocistos até alcançar a fase de cercária dura em
torno de 30 dias.
As cercárias começam a abandonar os moluscos quando a temperatura ambiente está alta e a
lunimosidade intensa, principalmente entre 10h e 16h, repetindo o comportamento a cada 24
horas, seguindo um ciclo circadiano. As cercárias mantêm sua capacidade de infecção para o
hospedeiro definitivo por até 60 horas.
CICLO CIRCADIANO
Os períodos diurno e noturno determinam comportamentos diferentes, influenciados pela luz ou
sua ausência, no intervalo de 24 horas.
javascript:void(0)
Nos humanos, as cercárias penetram pela pele ou mucosas enquanto as pessoas entram em
contato com a água contaminada, podendo ocorrer em um momento de lazer ou de trabalho.
Assim que penetram no organismo, as cercárias perdem a cauda e passam a se chamar de
esquistossômulos, a fase jovem do parasito. Após a penetração, as cercárias alcançam o
coração por meio da circulação sanguínea ou ou do sistema linfático e depois se dirigem aos
pulmões. A partir da circulação sistêmica, são levadas ao sistema porta-hepático. Os
Schistosoma mansoni podem viver por até cinco anos ou mais. O período pré-patente pode
durar de dois meses e meio a três meses.
PERÍODO PRÉ-PATENTE
Período que compreende entre o momento de infecção e o aparecimento das primeiras formas
detectáveis do agente infeccioso.
 Ovo de Schistosoma mansoni .
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
Em seres humanos, pode causar a esquistossomose ou esquistossomíase mansônica ou
intestinal. Também é conhecida de forma vulgar como “barriga d’água, xistose ou mal do
caramujo”. Os danos à saude são de grande relevância, podendo ocasionar diarreia com
muco e sangue, anemia e anorexia como consequências do parasitismo, pois a grande
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quantidade de ovos na luz intestinal leva a complicações como hemorragias, edemas e úlceras
intestinais. Já os ovos ocasionam processos inflamatórios fomando granulomas e pontos de
necrose no fígado e no intestino delgado. Outra consequência é a chamada “dermatite
cercariana” ou “coceira de nadador”, que é uma dermatite advinda da penetração das cercárias
na pele.
 ATENÇÃO
A gravidade ocasionada pelo parasitismo depende de diversos fatores, como carga e cepa
parasitária, estado nutricional, idade e estado de imunidade do hospedeiro.

ESQUISTOSSOMOSE NO BRASIL
No vídeo, a seguir, entenderemos a situação da esquistossomose como enfermidade
negligenciada em nosso país.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
 Descrever as características dos principais parasitos das famílias Taeniidae,
Hymenolepidae e Diphyllobothriidae
CLASSE CESTODA
As famílias Taeniidae, Hymenolepidae e Diphyllobothriidae são compostas por parasitos da
classe Cestoda, que é constituída por duas subclasses: a Cestodaria e a Eucestoda.
Somente a Eucestoda possui importância para a Medicina Veterinária e a saúde pública, sendo
conhecida de uma forma geral como tênias ou cestoides. Esses parasitos possuem um corpo
achatado dorso-ventralmente e são compostos por poucas ou centenas de seguimentos
chamadosproglotes.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Adultos
Os parasitos adultos habitam o intestino delgado de aves e mamíferos

Larvas
As formas larvais, conhecidas como metacestoides, vivem em tecidos como músculos
estriados e lisos e no tecido subcutâneo desses animais. Também vivem em diversos órgãos,
como fígado, pulmão, baço e sistema nervoso.
 VOCÊ SABIA
Os cestoides possuem o corpo recoberto por numerosos poros que são responsáveis por
aumentar sua superfície de absorção.
MORFOLOGIA EXTERNA
O corpo, achatado dorsoventralmente, adquire um formato de fita e é dividido em três regiões
distintas:
ESCÓLEX
Também conhecido como escólece, é uma estrutura que tem a finalidade de fixação do
parasito ao corpo do hospedeiro por meio das microvilosidades intestinais. Essa estrutura fica
na região anterior do corpo, podendo ser cilíndrica, cônica ou globosa; possui uma região mais
saliente na porção anterior denominada de rostro ou rostelo.
O escólex ainda possui órgãos de adesão compostos por ventosas, botrídios,
pseudobotrídios e tentáculos. Além de órgãos de fixação com rostro e acúleos.
ESCÓLEX
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 Escólex de Taenia solium .
VENTOSAS
Dois a quatro músculos circulares ou elípticos localizados na porção mais larga do escólex.
BOTRÍDIOS
Dois a quatro músculos pedunculados em forma de orelhas localizados no escólex.
PSEUDOBOTRÍDIOS
Duas depressões alongadas nas porções dorsal e ventral do escólex.
BOTRÍDIOS
Dois a quatro músculos pedunculados em forma de orelhas localizados no escólex.
VENTOSAS
Dois a quatro músculos circulares ou elípticos localizados na porção mais larga do escólex.
TENTÁCULOS
Quatro expansões retráteis revestidas por acúleos.
ROSTRO
Músculo com capacidade de se alongar, localizado entre as ventosas do escólex.
ACÚLEOS
Projeções quitinosas pontiagudas dispostas em forma de coroa na região entre as ventosas.
COLO
É a estrutura é responsável pelo desenvolvimento das proglotese e está presente logo após o
escólex.
ESTRÓBILO
Também chamado de corpo ou tronco, é formado pelas proglotes, que podem ter tamanhos e
formas diferentes de acordo com a espécie.
MORFOLOGIA INTERNA
Como já dito, os cestoides possuem poros na superfície corpórea e através deles realizam a
respiração e a alimentação.

As ventosas são constituídas de músculos e, nas proglotes, as fibras musculares formam a
zona medular, onde ficam todos os órgãos do parasito.
Os cestoides são desprovidos de sistema digestório e respiratório. O tegumento, onde estão os
poros, é responsável por sua nutrição e respiração.


A excreção e osmorregulação se realiza por meio de estruturas denominadas “células em
flama” e cílios vibráteis.
O sistema nervoso, formado apenas por um par de gânglios em anel, localiza-se no escólex.
Deles partem cordões nervosos e filetes de menor calibre que inervam todo o corpo do
parasito.


O sistema reprodutor masculino é composto por testículos, canais eferentes e deferentes,
vesícula seminal, poro genital e bolsa de cirro, na qual está presente o órgão copulador protrátil
denominado cirro.
O aparelho reprodutor feminino é composto por ovário, viteloduto, oótipo e útero. Este último
possui formas diferentes e pode ser persistente ou temporário.

As proglotes mais maduras se encontram no terço médio do estróbilo, enquanto as proglotes
grávidas ficam no seu terço final, contendo milhares de ovos. As proglotes mais jovens
(imaturas por não terem órgãos sexuais desenvolvidos) encontram-se mais próximas ao colo. A
autofecundação na mesma proglote raramente ocorre, pois os sistemas reprodutores
masculinos e femininos amadurecem em tempos diferentes. Normalmente a fecundação ocorre
por meio de proglotes diferentes ou ainda por proglotes de indivíduos diferentes. As proglotes
grávidas se desprendem do corpo por meio de contrações e distensões. Pode haver ou não
orifícios nas proglotes para a saída dos ovos.
 Morfologia de proglótide madura e grávida.
 ATENÇÃO
PROCESSO REPRODUTIVO
A classe Cestoda possui como característica reprodutiva o hermafroditismo. Sendo assim, o
parasito pode se autofecundar ou realizar a fecundação cruzada, dependendo da espécie.
FORMAS JOVENS PARASITÁRIAS
As larvas dos cestoides, também conhecidas como metacestoides, podem ser encontradas sob
o aspecto de cistos únicos ou múltiplos contendo um ou mais escóleces. De acordo com essas
variações morfológicas e com as ordens parasitárias, Cyclophyllidea ou Pseudophyllidea, as
larvas podem ser denominadas:
Hidátide
Cenuro
Cisticerco
Estrobilocerco
Cisticercoide
Coracídio
Procercoide
Plerocercoide
Agora que já conhecemos as principais características da classe Cestoda, vamos nos
aprofundar em algumas famílias que possuem importância médico-veterinária.
FAMÍLIA TAENIIDAE
GÊNERO: TAENIA
ESPÉCIE: TAENIA SOLIUM
A família Taeniidae apresenta quatro ventosas, com tamanho e número de proglotes variáveis
segundo a espécie. O aparelho reprodutor é simples com testículos e útero dispersos.
MORFOLOGIA
O comprimento pode variar entre 1,5 e 8 m. O escólex é globoso e a quantidade de proglotes
varia de 700 a 900, com a presença de espinhos alternadamente entre elas. Ovário bilobado e
útero presente na região mediana de forma irregular.
Pode provocar enfermidades distintas:
Teníase : pela presença do parasito adulto no hospedeiro definitivo.
Cisticercose : pela presença da forma larval no hospedeiro intermediário.
A forma larvar é chamada de Cysticercus cellulosae , que é uma vesícula transparente com
um líquido claro. É levemente alongada, ovoide e mede entre 5 e 20 mm.
LOCAL DO PARASITISMO
Os parasitas adultos vivem no intestino delgado do homem. As formais larvais podem ser
encontradas no tecido interfascicular de músculos lisos e estriados, sempre onde há maior
oxigenação (tanto em suínos como em humanos). Os parasitas são encontrados mais
comumente nos músculos masseteres, pterigoides, no miocárdio e diafragma, além do tecido
subcutâneo, fígado, olhos e cérebro.
HOSPEDEIROS
O definitivo é o homem; e o intermediário são os suínos.
CICLO BIOLÓGICO
Após a eliminação do proglotes grávidas nas fezes humanas, os ovos são eliminados das
mesmas por dessecamento ou compressão e comumente são levados pelo vento, chuva e
ação de insetos para outros locais, ocorrendo a contaminação ambiental.
 Ciclo biológico da Taenia .
No ciclo biológico, os ovos são ingeridos pelos suínos e, após sofrerem ação do suco gástrico,
ocorre a ativação do embrião, que é liberado. O embrião atravessa a parede intestinal do suíno
e, por via sanguínea ou linfática, alcança fígado, coração e pulmões, fixando-se nos tecidos
musculares. Em um período de três meses, o cisticerco completa seu desenvolvimento e está
apto a infectar o hospedeiro definitivo, podendo ter uma viabilidade de anos na dependência da
imunidade do hospedeiro intermediário.
O homem se infecta ao ingerir a carne do suíno com larvas de T. solium denominadas C.
cellulosae e, após o cisticerco sofrer ação do suco gástrico, o embrião é liberado e se fixa à
parede intestinal, iniciando o desenvolvimento das proglotes, o que dura entre 60 e 70 dias.
 Cysticercus cellulosae .
A partir daí, o parasito pode iniciar a sua vida reprodutiva. Ocorrendo, então, a eliminação das
proglotes. Neste ciclo biológico normal, o homem desenvolve a teníase. Contudo, pode ocorrer
de o homem ingerir acidentalmente os ovos da T. solium ao invés de suas larvas e, neste
caso, será acometido pela cisticercose, pois os ovos ficarão retidos em algum órgão ou na
musculatura. Se os ovos chegarem ao sistema nervoso central, podem causar uma
enfermidade denominada neurocisticercose, que traz consequências graves para a saúde do
indivíduo.
PRINCIPAIS FORMAS DE INFECÇÃO
Na infecção indireta ou heteroinfecção, o homem pode ingerir os ovos presentes em água
ou alimentos contaminadospor outro hospedeiro ou também durante a prática de sexo oral.
 Ovos de Taenia spp .
A infecção direta ou autoinfecção ocorre quando há ingestão dos ovos da tênia que está
parasitando o próprio indivíduo, pode ser externa ou interna.
Externa: O indivíduo parasitado ingere os próprios ovos e proglotes após a eliminação. A
contaminação da região perianal pode levar ovos e proglotes à cavidade oral pela não
higienização das mãos após a defecação (ou pela coprofagia, muito comum em
pacientes psiquiátricos).
Interna: Os movimentos peristálticos podem promover o retorno de ovos e proglotes ao
estômago e levar a uma nova liberação dos embriões.
COPROFAGIA
Ato de comer fezes, a própria ou a de outro indivíduo.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
Em seres humanos, ocorre a teníase quando o homem é infectado pelo parasito adulto.
Geralmente é assintomática. Se houver a ingestão acidental dos ovos, ocorre a cisticercose
humana; se o cisticerco for para o cérebro, o quadro se chama neurocisticercose. Ela é
considerada uma zoonose grave, podendo gerar dores de cabeça, desmaios, convulsões,
confusões mentais e até a morte.
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 Cérebro com a presença de cisterco.
Nos suínos, além da cisticercose, também pode ocorrer a neurocisticercose. O maior prejuízo
está relacionado à perda da carcaça animal para o consumo humano, pois pode se dar a
condenação parcial ou total durante as inspeções médico-veterinárias nos abatedouros e
frigoríficos.
 FAMÍLIA TAENIIDAE / Gênero: Taenia
ESPÉCIE: TAENIA SAGINATA
 Taenia saginata
MORFOLOGIA
Seu escólex é cuboide, pode chegar até mil ou dois mil proglotes na fase adulta e conter até 80
mil ovos. Seu comprimento varia entre 4 e 12 m; e sua largura, entre 5 e 7 mm. A fase jovem
do parasito é denominada de Cysticercus bovis , mede entre 7 e 10 mm de diâmetro. É
translúcido, oval ou alongado e possui uma cor parda.
LOCAL DO PARASITISMO
O intestino delgado humano é parasitado pelos adultos, e as formas jovens ficam nos músculos
mais oxigenados do hospedeiro intermediário, como os masseteres, pterigoides, coração e
diafragma.
HOSPEDEIROS
Definitivo: homem; intermediário: bovino.
CICLO BIOLÓGICO
O ciclo é igual ao da T. solium , obviamente se distinguindo o hospedeiro intermediário e
algumas características específicas, por exemplo, a movimentação e saída das proglotes do
intestino do homem (muito comum ocorrer, independentemente da defecação). O
desenvolvimento do parasito é rápido, pois é capaz de produzir de 9 a 12 proglotes por dia, o
que permite sua maturação sexual em torno de três meses.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
No homem, de modo geral, a infecção é assintomática. Entretanto, eventualmente, pode
causar distúrbios digestórios, emagrecimento e prurido anal. Nos bovinos, os prejuízos são
decorrentes da perda econômica relacionada à condenação da carcaça de forma parcial ou
total. Até o momento, não foi relatada cisticercose humana pela ingestão dos ovos dessa
espécie de tênia.
 FAMÍLIA TAENIIDAE / Gênero: Taenia
ESPÉCIE: TAENIA HYDATIGENA
 Taenia hydatigena.
MORFOLOGIA
Possui escólex reniforme, rostro longo e fino com coroa e acúleos. O colo e o escólex possuem
a mesma largura. Mede entre 0,5 e 5 m de comprimento e de 5 a 7 mm de largura. A forma
larval é conhecida como Cysticercus tenuicollis .
LOCAL DO PARASITISMO
O parasito adulto se encontra no intestino delgado do cão, enquanto a larva se encontra em
órgãos como fígado e baço e também no peritônio.
HOSPEDEIROS
Os cães são os hospedeiros definitivos. Ovinos, bovinos, suínos e caprinos servem de
hospedeiros intermediários.
CICLO BIOLÓGICO
O ciclo é típico da família Taeniidae. Com 60 dias, já é possível observar o cisticerco, que
possui vesícula transparente. Em média, após 80 dias, ocorrem a maturação sexual do parasito
e o início da liberação das proglotes.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
Para o hospedeiro definitivo, não traz consequências, porém as vísceras dos hospedeiros
intermediários são condenadas no abatedouro ou frigorífico quando há presença de cisticercos.
 Cysticercus tenuicollis : numerosos cistos cheios de líquido encontrados especialmente na
fáscia de órgãos abdominais de ruminantes.
 FAMÍLIA TAENIIDAE / Gênero: Taenia
ESPÉCIE: TAENIA OVIS
MORFOLOGIA
Os adultos medem de 0,5 a 2 m. O rostro e o escólex são armados com presença de acúleos.
O útero, quando grávido, possui até 25 ramificações. O ciclo biológico é o típico da família
Taennidae.
HOSPEDEIROS
Os hospedeiros definitivos são os cães, e os intermediários são os ovinos e caprinos. A forma
larval é denominada de Cysticercus ovis e se localiza na musculatura ou nas vísceras,
enquanto a forma adulta, no intestino delgado.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
Somente econômica, relacionada à depreciação de carcaças dos hospedeiros intermediários.
 FAMÍLIA TAENIIDAE / Gênero: Taenia
ESPÉCIE: TAENIA MULTICEPS
MORFOLOGIA
Escólex e rostro providos de acúleos dispostos em série. Medem de 0,5 a 2 m de comprimento.
Poros genitais alternados e útero gravídico com até 25 ramificações. Ciclo biológico típico da
família Taeniidae.
HOSPEDEIROS
Os hospedeiros definitivos são os cães, e os intermediários são bovinos, caprinos e ovinos. A
larva é chamada de Coenurus cerebralis e se instala no cérebro dos hospedeiros
intermediários. Pode acometer equinos e seres humanos na mesma região, constitui uma
zoonose. A forma adulta se encontra no intestino delgado do hospedeiro definitivo.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
Como a localização da larva é no cérebro, podendo acometer o encéfalo, o bulbo, o cerebelo e
até a medula espinhal, sinais clínicos nervosos são comuns, como andar em círculo apenas
para um lado. Esse sinal é conhecido como “torneio verdadeiro” ou “cenurose”. Há relatos em
literatura sobre seres humanos afetados.
 FAMÍLIA TAENIIDAE
GÊNERO: ECHINOCOCCUS
Este gênero tem importância por causar um complexo denominado de equinococose-
hidatidose, acometendo animais e seres humanos. São tênias pequenas, contendo até quatro
proglotes. Os órgãos femininos estão dispostos de forma posterior ao masculino.
Algumas espécies de Echinococcus já são conhecidas, outras continuam sendo catalogadas
por meio de biologia molecular. As espécies mais importantes são:
Echinococcus granulosus
E. multilocularis
E. vogeli
E. oligarthrus
Vamos estudar aqui a espécie mais conhecida: Echinococcus granulosus .
 Echinococcus granulosus
MORFOLOGIA
Mede entre 3 e 6 mm, é a menor espécie de cestoide dos mamíferos. Possui escólex globoso e
rostro com acúleos. Possui poucas proglotes, no máximo quatro — a última gravídica. A forma
larval é conhecida como cisto hidático ou hidátide, que é polissomático e policéfalo e se
localiza no cérebro do hospedeiro, podendo ser confundido com a cenurose. O líquido presente
no cisto é composto por oxigênio, açúcares, proteínas e sais minerais, o que preserva o cisto.
 Morfologia da E. granulosus .
LOCAL DO PARASITISMO
No hospedeiro definitivo, localiza-se no intestino delgado; nos intermediários, no fígado,
pulmões, baço, rins, coração, cérebro e medula óssea.
 Cisto hidático de E. granulosus .
HOSPEDEIROS
Os definitivos são os cães domésticos e canídeos silvestres, e os hospedeiros intermediários
são qualquer mamífero, incluindo o homem.
CICLO BIOLÓGICO
Consiste no ciclo da família Taeniidae com algumas especificações para o gênero, a saber:
Nos cães, o parasito causa a teníase ou equinococose.
Nos hospedeiros intermediários, causa a hidatiose ou equinococose cística.
Ovos resistentes a desinfetantes e dessecação somente são destruídos a uma
temperatura elevada de 70 °C. Os ovos podem ser disseminados facilmente a distâncias
de até 10 m por meio da chuva, vento e insetos. Sua ingestão causa a formação do cisto
hidático e, quando um cisto hidático se rompe, ocorre a formação de novos cistos no
organismo, o que se denomina hidatidose secundária.
 Ciclo de vida da E. granulosus .
A ingestão do cisto hidático fértilpelo cão resulta no parasito adulto. A hidatidose não
ocorre nos cães, porque esses animais não têm o ácido desoxicólico, que é responsável
por alisar a cutícula do ovo e, portanto, ativar a oncosfera.
Com 45 dias, o parasito se torna adulto e inicia sua fase reprodutiva liberando as
proglotes no ambiente.
O parasito vive até um ano no hospedeiro definitivo.
ONCOSFERA
Larva ou embrião hexacanto característico dos cestoides.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
Consiste em uma das zoonoses mais importantes para o ser humano, além de causar grandes
prejuízos econômicos pela condenação de carcaças nos abatedouros e frigoríficos. Muitos
animais que possuem alto valor zootécnico também vêm a óbito.
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Epidemiologicamente, muitos fatores estão relacionados ao problema, como a presença de
hospedeiros definitivos na região, o convívio muito próximo de espécies diferentes, a cultura de
abates não comerciais ligada a fatores socioeconômicos da população local, assim como o
hábito de fornecer vísceras in natura aos cães. O ciclo que envolve cães e ovinos é o maior
causador de danos à saúde humana.
Um fator agravante é a baixa especificidade da larva, a capacidade do parasito adulto de
realizar autofecundação e a reprodução assexuada resultando em um número elevado de
tênias que podem se adaptar a novos hospedeiros.
FAMÍLIA HYMENOLEPIDIDAE
CARACTERÍSTICAS GERAIS
É um tipo de tênia, conhecida como anã, dispersa no mundo todo. Em princípio, pensava-se
que era um parasito exclusivamente humano. Depois, verificou-se que também infectava
roedores, porém, se existe um caráter zoonótico, ainda não está bem claro.
Além do ciclo heteroxeno, que é comum à classe Cestoda, alguns parasitos desta família são
capazes de realizar um ciclo monoxeno em organismos vertebrados, quando o hospedeiro
ingere os ovos diretamente, como é o caso da H. nana .
Os parasitos dessa família possuem um rostro desarmado ou armado apenas com uma coroa
de acúleos. As ventosas também são sem defesa. O aparelho genital é simples, com poros
genitais apenas de um lado. É um parasito importante por frequentemente infectar animais de
laboratório.
As características do gênero Hymenolepis incluem:
Ser monoxeno.
Presença de larva cisticercoide no hospedeiro definitivo.
O rostro pode ter ou não a presença de acúleos.
CICLO BIOLÓGICO
É do tipo monoxeno, o que significa que um indivíduo elimina a forma infectante e outro
indivíduo se infecta diretamente, sem possuir outra espécie envolvida. Também pode ocorrer
pela autoinfecção interna ou externa.
Na infecção direta, as larvas cisticercoides presentes nas microvilosidades intestinais do
hospedeiro definitivo migram para a luz, onde liberam as suas proglotes, que se rompem
permitindo que os ovos sejam carregados juntos com as fezes. Dessa forma, outros indivíduos
podem ingerir os ovos presentes em água e alimentos contaminados.
A autoinfecção externa é aquela na qual o indivíduo ingere os ovos do parasito eliminados por
ele mesmo. Nesta situação, o embrião presente no ovo invade as microvilosidades do jejuno e
depois do íleo para terminar o seu desenvolvimento.
HOSPEDEIROS E IMPORTÂNCIA MÉDICO-
VETERINÁRIA DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES
 FAMÍLIA HYMENOLEPIDIDAE / Gênero: Hymenolepis
ESPÉCIE: HYMENOLEPIS NANA
 Proglotes de Hymenolepis sp .
O hospedeiro definitivo é o homem e, às vezes, os ratos. Quanto à importância médico-
veterinária, o maior problema ocorre em crianças, que podem apresentar dor abdominal,
diarreia, tontura, vômitos e sinais nervosos como convulsões. Os adultos são assintomáticos.
 FAMÍLIA HYMENOLEPIDIDAE / Gênero: Hymenolepis
ESPÉCIE: HYMENOLEPIS FRATERNA
 Um dos hospedeiros definitivos da Hymenolepis fraterna .
Hospedeiro definitivo: ratos. Pode parasitar humanos.
 FAMÍLIA HYMENOLEPIDIDAE / Gênero: Hymenolepis
ESPÉCIE: HYMENOLEPIS DIMINUTA
 Ovos de Hymenolepis diminuta .
Hospedeiro definitivo: ratos. Hospedeiro intermediário: larvas de pulgas, coleópteros e de
Tenébrio. Raramente parasita humanos
Hymenolepis fraterna e H. diminuta consistem em problemas para os biotérios, já que os
animais de laboratório infectados podem apresentar diarreias e consequentemente perda de
peso. Em crianças pode acarretar diarreia.
TENÉBRIO
Larva de besouro do gênero Tenebrio.
FAMÍLIA DIPHYLLOBOTHRIIDAE
GÊNERO: DIPHYLLOBOTHRIUM
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ESPÉCIE: DIPHYLLOBOTHRIUM LATUM,
DIPHYLLOBOTHRIUM PACIFICUM
 Diphyllobothrium latum.
MORFOLOGIA
Mede entre 7 e 15 m de comprimento por 2 a 4 mm de largura. Possui escólex em formato
amendoado e sem acúleos. Duas fendas longitudinais, uma na região dorsal e outra na região
ventral do corpo do parasito, são denominadas pseudobotrídeos. O estróbilo é composto por
proglotes que variam entre 3.000 e 4.000. Cada proglote possui uma região na sua face
mediana e ventral denominada tocóstomo, para a saída dos ovos (operculados). As formas
larvais podem ser os coracídios, que são de vida livre e parasitam crustáceos. Os procercoides
são de forma alongada e infectam peixes. Já os plerocercoides são larvas vermiformes que
podem parasitar seres humanos e cães.
HOSPEDEIROS
Os definitivos são cães e seres humanos. Os hospedeiros intermediários primários são
microcrustáceos dos gêneros Cyclops , Diaptomonus e Daphnia ; e os secundários são os
peixes.
CICLO BIOLÓGICO
O hospedeiro definitivo libera os ovos por meio das fezes e, em contato com a água, esses
ovos sofrem a embriogênese. Como o ovo é operculado, o coracídio sai para o meio ambiente
pelo orifício. O primeiro hospedeiro, que é o crustáceo, ingere o coracídio, que, dentro dele,
entre 10 e 20 dias, transforma-se em procercoide.
Em seguida, os crustáceos que contêm as larvas prococercoides são ingeridos pelos peixes
(os segundos hospedeiros intermediários). As larvas se encistam na musculatura e órgãos dos
peixes se transformando em larvas plerocercoides que, em alguns dias se tornam infectantes
para os cães e seres humanos, se o peixe for ingerido de forma crua ou não totalmente cozido.
É interessante que, mesmo que o peixe com a larva plerocercoide seja ingerido por outro
peixe, a larva permanece viável e encistada no novo hospedeiro intermediário, permitindo a
viabilidade de infecção por muitos anos. Quando o hospedeiro definitivo ingere o peixe com a
larva infectante, ela se fixa no intestino delgado e inicia seu processo de maturação, que chega
ao ápice em 15 dias. Pode alcançar 1,5 m de comprimento e viver entre 10 e 30 anos no
hospedeiro definitivo.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
Embora em humanos a infecção geralmente seja assintomática, podem ocorrer distúrbios
gástricos como dor abdominal, perda de peso, anorexia, náuseas, vômitos e vertigens. Estudos
apontam que a anemia pode estar presente em parasitismos crônicos, pois o parasito compete
com o hospedeiro pela cianocobalamina, que é a vitamina B12.

PERDAS NA AGROPECUÁRIA EM RAZÃO
DA CISTICERCOSE
Você sabe qual é o impacto econômico na agropecuária causada pela cisticercose? Vamos
entender no vídeo abaixo:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
 Descrever as características dos principais parasitos das famílias Dilepididae,
Anoplocephalidae e Davaineidae
INTRODUÇÃO
Como já vimos as características da classe Cestoda no módulo anterior, daremos continuidade
ao conhecimento sobre os parasitos pertencentes a outras famílias que também possuem
importância na medicina veterinária, dentro da mesma classe.
FAMÍLIA DILEPIDIDAE
A família possui rostro retrátil com uma série de acúleos em formato de roseira. Produzem
cápsulas ovígeras e suas formas jovens, as larvas, são chamadas de cisticercoides, e se
localizam nos hospedeiros invertebrados.
No gênero Dipylidium , a espécie de maior importância médico-veterinária é o Dipylidium
caninum ; no gênero Amoebotaenia , é a espécie Amoebotaenia sphenoides . Portanto,
vamos estudar cada uma separadamente.
GÊNERO: DIPYLIDIUM
ESPÉCIE: DIPYLIDIUM CANINUM
 Dipylidium caninum
 Proglotidede D. caninum na região perianal de um cão.
MORFOLOGIA
É um cestoide muito comum na clínica médica de pequenos animais. As proglotes possuem um
formato de grão de arroz ou de semente de pepino. Após sua liberação nas fezes do
hospedeiro, as proglotes permanecem com movimentos próprios chamando bastante a
atenção. Quando adultos, podem chegar a 60 cm de comprimento e 2 a 4 mm de largura. Seu
escólex com rostro é retrátil e possui acúleos com espinhos de roseira. Quanto à reprodução,
apresentam poros genitais e são capazes de produzir cápsulas ovígeras.
LOCAL DO PARASITISMO
As larvas cisticercoides são encontradas na cavidade celomática das pulgas e piolhos. O
adulto se aloja no intestino delgado dos hospedeiros definitivos.
HOSPEDEIROS
Os definitivos são os cães e acidentalmente podem parasitar crianças. Os hospedeiros
intermediários são as pulgas das espécies Pulex irritans , Ctenocephalides canis , C. felis .
Além do piolho mastigador da espécie Trichodectes canis .
CICLO BIOLÓGICO
 Ciclo biológico de Dipylidium caninum
As proglotes podem sair com as fezes ou espontaneamente pelo orifício anal, já que possuem
movimentos próprios, daí são capazes de liberar suas cápsulas cheias de ovos. No ciclo das
pulgas, enquanto são larvas, possuem um aparelho mastigador e assim são capazes de se
alimentar de matéria orgânica, podendo ingerir ovos de D. caninum presentes nas fezes de
animais infectados. Essa ingestão também pode ser feita por piolhos mastigadores. Após a
ingestão dos ovos, as larvas cisticercoides são formadas dentro deles e permanecem nos
hospedeiros intermediários.
O cão parasitado por pulgas e piolhos ao se coçarem com a boca ingerem os insetos e,
automaticamente, as larvas cisticercoides, que irão se fixar no intestino delgado e terminar o
seu desenvolvimento. Crianças brincando com animais podem acidentalmente ingerir os ovos e
serem parasitados pela tênia de D. caninum , constituindo uma zoonose.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
Nos hospedeiros definitivos, causa dipilidiose, mas geralmente é assintomático. O maior
incômodo é o prurido anal em razão da atividade das proglotes. Em casos raros, podem causar
diarreia, cólicas e convulsões. O homem pode ser parasitado acidentalmente; em geral, as
crianças são mais afetadas.
 FAMÍLIA DILEPIDIDAE
GÊNERO: AMOEBOTAENIA SPHENOIDES
ESPÉCIE: AMOEBOTAENIA SPHENOIDES
MORFOLOGIA
Medem 4 mm de comprimento e possuem 15 proglotes triangulares.
LOCAL DO PARASITISMO
Parasitam de forma definitiva os galináceos na região do duodeno e de forma intermediária as
minhocas, onde se encontra a larva cisticercoide.
CICLO BIOLÓGICO
As minhocas ingerem os ovos e os galináceos ingerem as minhocas que carregam as larvas
cisticercoides.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
É percebida em grandes cargas parasitárias por causarem queda na produção de carne e
ovos.
FAMÍLIA ANOPLOCEPHALIDAE
Os parasitos pertencentes a esta família afetam equídeos e ruminantes. Possui um escólex e
ventosas com músculos resistentes. Não possuem rostelo e acúleos. Os ovos podem ter
formato quadrado ou triangular.
Vamos abordar os gêneros e espécies mais importantes para a Medicina Veterinária.
GÊNERO: ANOPLOCEPHALA
ESPÉCIE: ANOPLOCEPHALA PERFOLIATA
 A. perfoliata : destaque para as projeções digitiformes.
MORFOLOGIA
Possui um escólex em formato de cubo e não se destaca do colo. Suas ventosas são laterais
com dois apêndices dorsais e dois ventrais na região posterior. Suas proglotes podem ter de 3
a 6 cm de comprimento e de 1 a 2 cm de largura. Seus ovos têm aparelho piriforme bem
desenvolvido, e o útero é transversal com formato tubular. A forma larval se chama
cisticercoide, que parasitam a hemocele dos ácaros. A forma adulta do parasita se localiza na
válvula ileocecal e, às vezes, no cólon dos equinos.
HOSPEDEIROS
Os definitivos são os equídeos. Os hospedeiros intermediários são os ácaros oribatídeos
(pertencentes à ordem de ácaros denominada Oribatida) de vida livre.
 Ácaro oribatídeo.
CICLO BIOLÓGICO
As proglotes maduras são eliminadas com as fezes do hospedeiro definitivo; os ovos, ingeridos
pelos ácaros oribatídeos, nos quais ocorre a formação das larvas cisticercoides. Os equinos
então ingerem os ácaros, e o suco gástrico auxilia na liberação das larvas de dentro dos ovos.
As larvas se fixam no intestino delgado e, entre 1 e 2 meses, elas alcançam o amadurecimento
total iniciando a fase reprodutiva.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
Somente com cargas parasitárias intensas e crônicas se visualiza um quadro patológico.
Quando isso ocorre, os sinais clínicos são cólicas em razão da hipertrofia e estenose da
válvula ileocecal.
 FAMÍLIA ANOPLOCEPHALIDAE / Gênero: Anoplocephala
ESPÉCIE: ANOPLOCEPHALA MAGNA
 A. magna , evidenciando suas ventosas grandes e voltadas para cima.
MORFOLOGIA
Mede até 30 cm de comprimento e 2,5 cm de largura, constituindo o maior cestoide que
parasita equinos. O escólex é globoso e mede entre 3 e 5 mm de diâmetro.
HOSPEDEIROS E LOCAL DO PARASITISMO
Os hospedeiros definitivos e intermediários, assim como a forma larval e o ciclo evolutivo, são
os mesmos do Anoplocephala perfoliata . Mas, neste caso, a forma adulta se localiza no
jejuno e, às vezes, no estômago.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
A. magna é menos patogênica do que A. perfoliata .
 FAMÍLIA ANOPLOCEPHALIDAE
GÊNERO: PARANOPLOCEPHALA
ESPÉCIE: PARANOPLOCEPHALA MAMILLANA
 P. mamillana .
MORFOLOGIA
Medem de 1 a 5 cm de comprimento por 6 mm de largura.
HOSPEDEIROS E LOCAL DO PARASITISMO
Os hospedeiros definitivos e intermediários, assim como a forma larval e o ciclo evolutivo, são
os mesmos da Anoplocephala perfoliata . A localização do parasitismo no hospedeiro definitivo
é o intestino delgado e, às vezes, na região pilórica do estômago. Eventualmente causa
diarreia e emagrecimento.
 FAMÍLIA ANOPLOCEPHALIDAE
GÊNERO: MONIEZIA
São parasitos de ruminantes que podem medir entre 4,5 e 6 m de comprimento. O escólex tem
ventosas visíveis, colo fino e longo, ovos com formato piriforme e útero persistente.
ESPÉCIE: MONIEZIA EXPANSA
 Moniezia expansa .
MORFOLOGIA
Podem medir entre 1 e 5 m de comprimento. A forma larval é cisticercoide e se encontra na
hemocele dos ácaros; e a forma adulta, no intestino delgado dos hospedeiros definitivos.
HOSPEDEIROS
Tem como hospedeiros definitivos ovinos e caprinos. Como hospedeiros intermediários, os
ácaros oribatídeos de vida livre dos gêneros Oribatula , Ceratozetes e Galumna .
CICLO BIOLÓGICO
Os ovos são ingeridos pelos ácaros e dentro deles ocorre a formação da larva cisticercoide. O
hospedeiro definitivo ingere o ácaro com a larva, que se instala no intestino delgado.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
A maior importância se dá para os ovinos, que podem ser acometidos por diarreia.
 FAMÍLIA ANOPLOCEPHALIDAE / Gênero: Moniezia
ESPÉCIE: MONIEZIA BENEDENI
MORFOLOGIA
Podem medir de 0,5 a 2,5 m de comprimento. A forma larval cisticercoide se encontra nos
ácaros oribatídeos e a adulta no intestino delgado dos hospedeiros definitivos.
HOSPEDEIROS
Tem como hospedeiros definitivos os bovinos e os intermediários também são os ácaros
oribatídeos de vida livre.
CICLO BIOLÓGICO
O ciclo é idêntico ao da M. expansa .
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
Raramente causam problemas como diarreia e somente em casos que envolvem grandes
cargas parasitárias.
FAMÍLIA DAVAINEIDAE
 Krynickillus melanocephalus : espécie de lesma terrestre.
O estróbilo tem poucas proglotes. Parasitam, quando adultos, mamíferos e aves; entretanto, no
Brasil, somente são encontrados os gêneros que parasitam aves. As formas jovens parasitam
moluscos. O rostro possui acúleos.
 FAMÍLIA DAVAINEIDAE
GÊNERO: DAVAINEA
ESPÉCIE: DAVAINEA PROGLOTTINA
MORFOLOGIA
Mede em torno de 15 a 60 cm de comprimento e 4 a 5 mm de largura. O escólex cilíndrico
mede 1,5 mm, tem rostro curto com dupla coroa e acúleos e a mesma largura do escólex. O
ovário é bilobado, e o útero, quando grávido, possui de 15 a 18 ramificações.HOSPEDEIROS E LOCAL DO PARASITISMO
Os hospedeiros definitivos são os galináceos e o local do parasitismo é o duodeno nas formas
adultas. Os hospedeiros intermediários são moluscos gastrópodes, ou seja, caracóis, lesmas,
lapas e búzios. São parasitados pelas formas jovens, que é a cisticercoide.
 Molusco gastrópode.
CICLO BIOLÓGICO
Os ovos são liberados nas fezes ainda dentro das cápsulas ovígeras, e cada cápsula só possui
um ovo. Os moluscos ingerem as cápsulas e, dentro deles, formam-se as larvas cisticercoides.
As aves que se alimentam desses moluscos têm o duodeno parasitado pelas larvas, que em 7
dias chegam ao amadurecimento e iniciam a vida reprodutiva.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
O parasitismo é mais comum em aves criadas de forma não comercial, que podem demostrar
enterite mucosa, baixo desenvolvimento de aves jovens e queda de produção.
 FAMÍLIA DAVAINEIDAE
GÊNERO: RAILLIETINA
É formado por diversas proglotes e pode medir de 13 a 25 cm. Tanto o rostro quanto as
ventosas possuem acúleos. Neste gênero, as cápsulas ovígeras podem possuir um ou vários
ovos.
ESPÉCIE: RAILLIETINA TETRÁGONA
 Raillietina tetragona .
MORFOLOGIA
Esta espécie tem mais de 15 proglotes, as anteriores em forma de trapézio e as posteriores
mais longas do que largas. O útero possui entre 50 e 100 cápsulas e, em cada uma, tem de 6 a
18 ovos.
HOSPEDEIROS E LOCAL DO PARASITISMO
Tem como hospedeiros definitivos os galináceos, que têm seus duodenos parasitados pela
forma adulta, enquanto os hospedeiros intermediários (coleópteros, coprófagos e terrícolas:
formigas e moscas) são parasitados pela larva cisticercoide.
CICLO BIOLÓGICO
Os hospedeiros intermediários ingerem as cápsulas ovígeras e então são ingeridos pelos
hospedeiros definitivos.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
Em animais criados de forma não comercial, o parasitismo é mais comum e podem ser vistos
nódulos caseosos ou calcificados na mucosa e submucosa intestinal.

DIPILIDIOSE: UMA ZOONOSE
Vamos falar um pouco mais sobre a neurocisticercose: parasitose que acomete acidentalmente
os seres humanos. Assista!
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 4
 Descrever as características, o ciclo biológico e a importância dos principais
parasitos do filo Acanthocephala
FILO ACANTHOCEPHALA
Filo pequeno e que engloba helmintos pseudocelomados de parasitismo obrigatório. A palavra
“acanthocephala” se origina do grego akantha (espinho ou gancho) e kephale (cabeça).
Estes helmintos estão dispostos em uma ampla distribuição geográfica, podendo ser
encontrados em quase todos os ecossistemas e biomas. São dotados de grande capacidade
adaptativa, pois parasitam artrópodes e todas as classes de vertebrados: peixes, anfíbios,
répteis, aves e mamíferos. Apresentam alta especialização pelo sistema digestório dos seus
hospedeiros, mais especificamente pelo intestino delgado. São raras as infecções humanas,
porém já foram relatadas sete espécies parasitando o homem.
CARACTERÍSTICAS GERAIS

São pseudocelomados e têm a cavidade do corpo preenchida pelos órgãos reprodutivos.
Possui coloração variando de branca à vermelha pálida.


Corpo alongado, mais ou menos cilíndrico ou achatado.
Simetria bilateral com pregas transversais no corpo.


É achatado quando está no corpo do hospedeiro e se torna cilíndrico em contato com a água.
Os hospedeiros intermediários são os artrópodes e pode haver a presença de hospedeiro
paratênico.


São constituídos por uma probóscida espinhosa retrátil para dentro do corpo e que conta ainda
com a presença de ganchos que lhes permitem fixação e penetração no intestino do
hospedeiro. Por isso são denominados de “vermes espinhosos ou de cabeça espinhosa”.
A probóscide pode ter diferentes formas de acordo com a espécie: curta e globosa, cilíndrica e
claviforme. Os ganchos são arqueados com raiz simples ou dupla.


A larva infectante é denominada de cistacanto e não possui órgãos reprodutivos, mas é dotada
de lemniscos, que são estruturas musculares e glandulares que podem everter e retrair a
probóscide espinhosa.
Não possui sistema digestório, fazendo a absorção de nutrientes pelo tegumento em
semelhança aos cestoides.


Os sexos são separados, ou seja, são dioicos. E, geralmente, os machos são menores do que
as fêmeas.
Os machos possuem testículos que podem ser arredondados, ovais ou alongados; glândulas
de cimento, que secretam uma substância que fecha a vagina da fêmea; e uma bolsa
copuladora, que serve para prender as fêmeas.


As fêmeas possuem uma massa ovígera, que é um tecido ovariano que origina os ovócitos;
campânula uterina que seleciona os ovos de acordo com a maturação (útero); vagina e poro
genital.
São divididos em quatro classes: Archiacanthocephala, Palaeacanthocephala,
Eoacanthocephala, Polyacanthocepha.
 Os Acanthocephala são pseudocelomados e sem trato alimentar:
 Acantocéfalo com cabeça espinhosa.
CICLO BIOLÓGICO
Os ovos são liberados pelo hospedeiro definitivo contendo uma larva chamada de acântor. Se
um artrópode adequado ingerir o ovo, a larva se desenvolve para uma larva infectante
encistada denominada de cistacanto, que continua dentro do artrópode e pode se encistar em
alguns hospedeiros paratênicos vertebrados, caso eles tenham ingerido os artrópodes
infectados. Os hospedeiros definitivos se infectam ao ingerirem os besouros ou hospedeiros
paratênicos. É comum que o cistacanto também se enciste nos hospedeiros definitivos e não
se desenvolva completamente.
Agora, vamos estudar as espécies de importância médico-veterinária.
 Filo Acanthocephala
GÊNERO: MACRACANTHORHYNCHUS
 Macracanthorhynchus hirudinaceus preso à parede do intestino com o auxílio de sua
tromba armada.
MORFOLOGIA
M. hirudinaceus possui tamanho que varia entre 10 e 40 cm de comprimento e 4 e 10 mm de
largura. Tem uma coloração avermelhada pálida, formato achatado e, por ser enrugado de
forma transversal, muitas vezes é confundido com uma tênia.
HOSPEDEIRO
Algumas espécies de Macracanthorhynchus parasitam suínos e carnívoros. As espécies M.
hirudinaceus, M. ingens e M. catulinus parasitam cães, especificamente o intestino delgado.
CICLO BIOLÓGICO
O desenvolvimento para a larva infectante, o cistacanto, ocorre nos besouros sazonais,
besouros de esterco ou besouros d’água. Os suínos acabam se infectando ao ingerirem esses
besouros enquanto procuram tenébrios. O período entre a ingestão da forma infectante e a
liberação de novas formas infectantes para o meio ambiente pode durar entre dois e três
meses.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
A importância das espécies que parasitam os suínos e cães ocorrem nos casos de diarreia,
emaciação, peritonite e dor abdominal aguda. A dor está relacionada à profundidade da
penetração da probóscide na parede intestinal. Em humanos, já foram relatados casos isolados
de infecção pela ingestão do hospedeiro intermediário. Não há comprovação de transmissão
oriunda do cão.
TENÉBRIOS
Gênero de besouro cujas larvas servem de alimentos para muitos animais.
 Filo Acanthocephala
GÊNERO: PROSTHENORCHIS
MORFOLOGIA
As espécies desse gênero que acometem primatas não humanos são Prosthenorchis elegans
e P. spirula. Seu comprimento pode chegar aos 5,5 cm.
HOSPEDEIROS
Baratas, grilos e besouros servem como hospedeiros intermediários e infectam os hospedeiros
definitivos ao serem ingeridos pelos primatas não humanos que estão em vida livre.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
O parasitismo agudo pode levar a uma peritonite bacteriana em razão da perfuração da parede
intestinal pela ação do parasito. Já o parasitismo crônico pode causar diarreia aquosa que se
prolonga por meses, causando extremo emagrecimento e fraqueza. O apetite se mostra
normal.
 Filo Acanthocephala
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GÊNERO: MONILIFORMIS
 Moniliformis sp . com cabeça com espinhos.
MORFOLOGIA
Parasitam roedores podem medir mais de 32 cm de comprimento. Utilizam baratas como
hospedeiros intermediários. Como seu corpo é pseudosegmentado, émuito comum confundi-lo
com uma tênia.
 Corpo de Moniliformis sp.
IMPORTÂNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA
A espécie Moniliformis clarki parasita primatas não humanos e a espécie Moniliformis
moniliformis já foi identificada parasitando humanos, além de carnívoros.
 Filo Acanthocephala
GÊNERO: ONCICOLA
MORFOLOGIA
A espécie deste gênero mais importante no Brasil é o Oncicola canis, entretanto sua ocorrência
é rara na América do Sul. Além dos cães, outros canídeos também são parasitados. Os
parasitos são pequenos: em média, 1,4 cm.
 Oncicola canis em microscopia eletrônica de varredura.
Probóscide distinta e aparência enrugada do tronco são claramente vistas.
CICLO BIOLÓGICO
O ciclo não é totalmente conhecido. Porém os artrópodes servem de hospedeiros
intermediários, e o cão pode se infectar ao ingerir pássaros, lagartos e tatus, que agem como
hospedeiros paratênicos. Sinais clínicos em cães são raros.
 Ciclo de vida de Oncicola canis.

CRIAÇÕES NÃO COMERCIAIS E AS
PARASITOSES
Vamos assistir no vídeo abaixo como as criações de animais sem respaldo médico-veterinário
podem trazer danos à saúde e perdas econômicas:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para o médico veterinário, é imprescindível a capacidade de identificar os parasitos que afetam
a saúde dos animais e dos seres humanos, sob o foco zoonótico, de forma que possa
reconhecer os sinais clínicos de diversas doenças parasitárias, as formas de diagnóstico, o
controle ambiental e o tratamento individual e de rebanho. Além disso, o auxílio no combate a
parasitoses zoonóticas é de extrema importância para a saúde pública.
Este material trouxe conteúdos que vão ampliar o seu conhecimento sobre as famílias e as
particularidades das espécies de parasitos com importância médico-veterinária, o que será
fundamental para uma atuação profissional competente.
 PODCAST
Agora, a especialista Cristina Fernandes encerra o conteúdo falando sobre situação
epidemiológica das doenças parasitárias de importância médico-veterinária no Brasil.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BOWMAN, D. D. Georgis: parasitologia veterinária. 9 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 783 p.
MARTINS, I. V. F. Parasitologia veterinária. 2 ed. Vitória: Edufes, 2019. p.320
MONTEIRO, S. G. Parasitologia na Medicina Veterinária. 2. ed. Rio de Janeiro: Roca, 2017.
p.370.
PISSINATTI, L.; PISSINATTI, A.; BURITY, C.H.F.; MATTOS JR, D.G.; TORTELLY, R.
Ocorrência de Acanthocephala em Leontopithecus (Lesson, 1840) cativos: aspectos
clínico-patológicos. In: Callitrichidae-Primates. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. v. 59, nº 6, p. 1473-
1477, 2007.
RACHID, M.A.; AQUINO NETO, H. M.; FACURY-FILHO, E. J.; CARVALHO, A. U.; VALLE, G.
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caused by Eurytrema coelomaticum. In: Nelore cow. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. v. 63, nº 3,
p.741-743, 2011.
RIBEIRO, V. P. S.; LEITE, S. C.; LEHMKUHL, W. F.; ZADOROSNEI, A. C. B.; BORGES, S. S.;
LEITE, M. C. L.; SILVEIRA, M. F.; LEITE, L. C. Achados de formas jovens e adultas de
Fasciola hepatica (Linnaeus, 1758) em bovinos durante inspeção post-mortem. In: Rev.
Acad. Ciênc. Agrár. Ambient. v. 12, nº 2, p. 97-101, 2014.
SANTOS, F. L. N.; FARO, L. B. The first confirmed case of Diphyllobothrium latum in
Brazil. Mem Inst. Oswaldo Cruz. v. 100, nº 6, p. 585-586, 2005.
SEPPO, S.; NÄREAHO, A.; NIKANDER, S. Canine parasites and parasitic diseases.
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VIANNA, G. J. C; MELO, A. L. Desenvolvimento e distribuição de Rodentolepis nana em
Meriones unguiculatus. R. Ci. méd. biol. v. 7, nº 1, p. 16-22, 2008.
ZACHARY, J. F.; MCGAVIN, D. Bases da patologia em veterinária. 6. ed. São Paulo:
Guanabara Koogan, 2018. 1.408 p.
EXPLORE+
O artigo Análise crítica da estimativa do número de portadores de esquistossomose
mansoni no Brasil, de Naftale Katz e Sérgio Viana Peixoto, publicado na Revista da
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
O artigo Importância econômica e sanitária da fasciolose e hidatidose, publicado na
Revista de Ciência Veterinária e Saúde Pública, em 2017.
O livro Parasitologia veterinária, de Isabella Vilhena Freire Martins, que trata o tema de
forma bem didática.
Assista ao vídeo Hidatidose, disponível no Youtube, no canal da Secretaria da Saúde RS.
CONTEUDISTA
Cristina Fernandes do Amarante
 CURRÍCULO LATTES
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