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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO LICENCIATURA EM HISTÓRIA Amanda Amaral Matias Caetano David Lucas de Oliveira Costa Larissa Conceição do Nascimento Letícia Caetano de Souza Matheus Henrique Moraes de Andrade Santos BRASIL REPÚBLICA IMIGRAÇÕES NO INÍCIO DO SÉCULO XIX ATÉ O SÉCULO XX ATÉ O XXX São Paulo 2023 Amanda Amaral Matias Caetano David Lucas de Oliveira Costa Larissa Conceição do Nascimento Letícia Caetano de Souza Matheus Henrique Moraes de Andrade Santos BRASIL REPÚBLICA ATÉ O SÉCULO XXIMIGRAÇÕES DO SÉCULO XIX ATÉ O XXX Trabalho para obtenção de nota parcial, no curso de licenciatura em História, para a Universidade da Cidade de São Paulo Orientadora, Prof. Dr. Eliane São Paulo 2023 2 SUMÁRIO 1. Introdução……………………………………………………………………………4 2. Contextualização 2.1. Imigração……………………………………………………………………………….5 2.2. Divisão…………………………………………………………………………………..5 2.3. Perfil dos Imigrantes…………………………………………………………………...6 2.4. Imigração Rural………………………………………………………………………...6 2.5. Imigração Urbana………………………………………………………………………7 2.6. Descrédito no Brasil……………………………………………………………………7 2.7. Movimento Operário……………………………………………………………………8 3. Japão 3.1 Imigração japonesa no Brasil………………………………………………………….8 3.2. História do Japão no séc. XIX…………………………………………………………9 3.3. Brasil, processos imigratórios e a relação de amizade com Japão……..…10 e 11 3.4. Japoneses chegam ao Brasil………………………………………………………..12 4. Itália…………………………………………………………………………….13 e 14 5. Portugal………………………………………………………………………..14 e 15 6. Alemanha………………………………………………………………..…….15 e 16 7. O Museu da Imigração do Estado de São Paulo………………………….16 e 17 8. Plano de aula………………………………………………………………….17 e 18 9. Referências bibliográficas……………………………………………………18 e 19 3 1. Introdução Este trabalho visa realizar um estudo acerca do trajeto processual de notáveis grupos imigratórios e seus fluxos para o Brasil, razões, as políticas desenvolvidas e a posição do Brasil em relação ao ao cenário político e econômico global nos séculos XX e final do XIX. O objeto de estudo é fundamento com a contextualização espaço-temporal brasileira, portuguesa, espanhola, italiana, japonesa e alemã; a partir daí, é arquitetado a exemplificação de tais jornadas migratórias onde é possível analisar suas pessoalidades, e suas influências na construção das estruturas brasilienses. Percebe-se permanências históricas no desenvolvimento e fundamentação urbano, social, político e econômico da identidade social e geográfica brasileira; visando entender a materialidade social, cultural e étnica na assimilação destes grupos estrangeiros no produto moderno e contemporâneo do cidadão e ser social brasileiro – tanto na identidade nacional quanto na sua formação territorial. Observa-se com tais levantamentos para análise do processo histórico perante as diversas historiografias produzidas a respeito da temática. 4 2. Contextualização 2.1. Imigração Entre 1889 a 1930 houve a chegada de aproximadamente 3,5 milhões de estrangeiros, o que é equivalente a 65% dos que entraram entre 1822 e 1960. Sob a ótica de uma extinção do trabalho escravo, a implantação do trabalho livre deveria recorrer a importação de mão de obra estrangeira, devido a política eugênica de europeização da população. Daí houve a construção das hospedarias de imigrantes, referentes aos locais de recepção de imigrantes e migrantes que estavam de passagem e que após chegarem de viagem partiam para outros lugares em busca de trabalho, quer no campo ou nas cidades, já que nem sempre vinham com contratos prévios. O perfil do imigrante em sua maioria se tratava de camponeses que buscavam obter terras, quebrar contratos onde eram subalternos, fugir da fome, obter condição de camponês independente e obter uma estadia de longo prazo, objetivos diferentes da grande parte dos estrangeiros que foram para a Argentina e os Estados Unidos. Houveram diversos conflitos – em especial nos anos iniciais – devido à divergências de classes, etnias, à luta no mercado de trabalho e até entre governos. Grande parte dos conflitos entre afro-descendentes e imigrantes, em cidades como São Paulo onde havia uma maioria branca, os conflitos foram menos explícitos – porém não os casos de racismo. A respeito da subvenção, tem-se que governos estaduais e governo federal eram em maioria os responsáveis, mas os estaduais não conseguiram manter-se por muito tempo e recorreram à união, esta que não financiou durante boa parte da primeira década do século XX. Nos grandes pólos dos fluxos migratórios temos os interesses paulistas que diziam respeito ao fornecimento de mão de obra para o complexo cafeeiro e os sulistas entre alguns dos interesses buscavam população estável em áreas escassamente povoadas, fortalecimento do mercado interno e colonização em áreas fronteiriças. 2.2. Divisão São Paulo foi o destino de 57% dos imigrantes entre 1889 e 1900, 80% destes eram imigrantes subvencionados. Nos estados do Sul a maioria estava em regiões serranas, principalmente no Rio Grande do Sul, onde haviam consistentes núcleos coloniais rurais formados por pequenos proprietários e uma urbanização recente. 5 Na região maior dos estados do Norte e Nordeste, houve uma inserção pouco significativa se comparado ao resto do país, porém extremamente importante nas dinâmicas econômicas, sociais e culturais das grandes cidades. O DF e RJ eram destinos para migração urbana, Minas Gerais tinha um número considerável de imigrantes no seu sul geográfico, o que era de certa forma visto como extensão paulista e o Espírito Santo já era buscado em sua maioria para uma política de colonização rural nas áreas serranas, com grande parte dos imigrantes de origem Alemã e Italiana. Em 1920, 2/3 da população da cidade de São Paulo era composta pelos imigrantes e seus descendentes. A cidade do Rio de Janeiro chegou a ter mais de 1/4 de estrangeiros, Porto Alegre tinha 12% da população e as cidades do norte também tinham um número considerável, Recife por exemplo, cerca de 4%. 2.3. Perfil dos Imigrantes Portugueses, sírio-libaneses e alemães tinham forte presença no empresariado e na classe média comercial, era proporcionalmente consistente desde o início do processo migratório. Italianos, espanhóis e japoneses tinham forte caracterização proletária, principalmente os espanhóis. 2.4. Imigração Rural A inserção prevalente foi do tipo rural, devido ao aumento da agroexportação – em especial do café – e o processo de industrialização incipiente. Através da grande quantidade de mão de obra, iniciou-se uma seleção qualitativa que pressionava para baixo os salários. As primeiras entradas foram estabelecidas através de núcleos coloniais geridos pela união, após o fracasso que se sucedeu, houve uma reorientação da política imigratória ao longo da década de 1880 com auxílio de fazendeiros paulistas. Os latifúndios beneficiados em sua maioria eram localizados nas principais regiões rurais do sudeste, e através dos núcleos coloniais se fortalecia o sonho de obter terras que poderiam ser quitadas ao passar com o tempo. Os núcleos coloniais desempenhariam a função de “germens” de futuras cidades, uma vez que havia necessidade de povoamento e estruturação social do país, por meio de uma classe média que deveria ser formada por um novo elemento nacional, diferente do negro, seguindo planos do governo imperial para “embranquecimento”. Os latifúndios porém, não absorvem toda mão de obra, há uma diminuição do preço do café no fim do século XIX e uma crise de superprodução, com esse entrave no sonho de conquista as terras para uma parcela relativa dos imigrantes, cria-se um reservatório de mão de obra rural funcional. 6 2.5. Imigração Urbana Havia dois tipos de imigração, direta e indireta. A indireta ocorreu em prevalência nos últimos anos do século XIX, geralmente por insatisfação com condições de trabalho, busca por ascensão social e maiores possibilidades para educação e a saúde. Não poucas vezes o retorno à pátria de origem passava por um período de trabalho nos centrosurbanos. Já a direta, como nos EUA e Argentina, também houveram imigrantes rurais e urbanos que graças suas redes, já tinham tomado consciência da impossibilidade de adquirir aquela independência, portanto se utilizaram da imigração subvencionada do próprio grupo familiar, por vezes tendo breve permanência no meio rural para depois ir para cidades onde eram aguardados por parentes e patrícios, se inseriram rapidamente no mercado de trabalho urbano, não poucas vezes devido a contatos nem precisaram passar pela fazenda. Empresários, comerciantes e profissionais liberais estrangeiros bem sucedidos em sua maioria geralmente chegavam ao Brasil com capitais ou como técnicos e administradores de firmas, ou ainda como membros de sólidas redes comerciais, procurando uma ascensão social e uma consolidação maior que não lhe eram possíveis no país de origem. Em SP em 1920 quase 65% das empresas eram propriedade de estrangeiros. 2.6. Descrédito no Brasil Obter terras no Brasil para muitos permanecia um sonho, pelo menos a curto prazo. Em 1905, 87% do valor das terras paulistas ainda estavam nas mãos de brasileiros, embora esse total tenha diminuído para 63% em 1920. A isso se juntava toda uma série de dificuldades de condição de vida e de trabalho, uma cultura difusa de maus tratos nas fazendas, desatendimento das condições fixadas nos contratos de colonato entre fazendeiros e lavradores imigrados, além do isolamento vivenciados, doenças que acometiam muitos e geram alto índice de mortos – que desfalcaram os salários. Além do retorno à terra natal, a luta por melhorias das condições de trabalho e salários como respostas, também houve a migração secundária para os principais centros urbanos do estado de São Paulo, para a capital federal e pequenas cidades de Minas Gerais, além do descrédito do Brasil como país receptor através da veiculação de impressões negativas pelas redes familiares e regionais de imigração, essa foi mais eficaz que a propaganda em prol ou a contrapropaganda realizada pela Argentina e outros países. Essa propaganda foi acompanhada pelas proibições da imigração subvencionada para o Brasil por parte dos principais países de origem dos imigrantes. 7 A união e sobretudo o governo de São Paulo foi obrigado a procurar cada vez mais países dentro e fora da Europa, buscando imigrantes. 2.7. Movimento Operário No movimento operário dos estados do Sul e Sudeste, a presença estrangeira se evidenciou diretamente nas lideranças sindicais e políticas, chegando a caracterizar fortemente todo o processo de formação da classe operária local, e se traduziu também na publicação de uma miríade de jornais voltados para os trabalhadores de diversas tendências políticas (principalmente anarquistas, sindicalistas, revolucionárias e socialistas). Isso levou o governo brasileiro a promulgar em 1907 a Lei de Expulsão de Estrangeiros envolvidos em liderança de greves, manifestações e organizações trabalhistas. Certamente, os fluxos migratórios e o fato de que estrangeiros constituíam, dependendo dos setores e períodos, grandes minorias (como na capital federal) ou de 50% a 70% da força de trabalho (como em muitas cidades do sul e sudeste,sobretudo no estado de São Paulo, isso sem considerar os filhos que já trabalhavam), chegando a quase monopolizar determinados ofícios, possibilitaram esse papel de destaque na construção do movimento operário e em geral na luta de classes. A circulação de idéias e experiências que os imigrantes proporcionaram teve um peso indiscutível nesse processo, sobretudo no aspecto transnacional e da difusão de tendências políticas mais radicais e de ação diretas, algumas bastante difusas em seus países de origem, contudo a maioria dos imigrantes aqui aportados não vinham com uma "bagagem" de militância e de lutas, essas geralmente foram construídas nas cidades brasileiras, em relação às situações e a sociedade local. 3. Japão 3.1 Imigração japonesa no Brasil. Apesar de ser, entre todos os povos imigrantes, a de menor número em quantidade de pessoas, sem dúvida alguma, a imigração japonesa é uma das mais importantes imigrações que o Brasil teve, pois, a troca cultural dos japoneses com o povo brasileiro foi positiva em que laços entre as duas nações e conhecimentos foram trocados pelos dois países. Essa movimentação de japoneses dentro do território brasileiro não foi rápida e de imediato como pensamos ou imaginamos. Processo demorado que precisou ser analisado por ambos os países, Brasil e Japão, em anos de estudos e negociações até o dia em que Kasato-Maru, o primeiro navio japonês embarcado pelos imigrantes, chegou no porto de Santos, no dia 18 de junho de 1908. Mas antes desse fato, ocorreram outros diversos, tanto no Japão, quanto no Brasil, para que ambos os países chegassem ao acordo que efetivamente aprovou a chegada das primeiras famílias japonesas. Antes de fato, de entendermos o processo da imigração japoneses no 8 Brasil, precisamos voltar um pouco no tempo e entender os fatos que fizeram o governo japonês, aprovar a imigração dos seus cidadãos como forma de resolver problemas sociais internos de seu país, dessa forma, vamos entender um pouco a curiosa história do Japão, especificamente, o Japão no séc. XIX. 3.2. História do Japão no séc. XIX No começo do séc. XVII, uma nova era se iniciou no Japão, chamado de período Edo (1603-1867). Esse período foi marcado com alguns pontos que inflaram com o passar dos anos até a metade do século XIX. A primeira característica marcante desse período, é o isolamento incondicional do Japão com o restante do mundo, onde foi fechado todos os portos e o país não fazia mais comércios com outras nações da Ásia, principalmente a China. Além disso, com a soberania do clã Tokugawa como família imperial, foi iniciado um processo interno de estruturação social onde os guerreiros, comerciantes e donos de terras gozavam de privilégios do estado. O comércio era interno, feito através dos estados vassalos, aos quais líderes militares chefiavam o território e juravam fidelidade ao Shogunato. Dentro desse cenário, todos os outros grupos não eram considerados da sociedade, assim excluídos dentro desse sistema adotado pelo Japão. Com a paz interna, os estados vassalos aumentaram as taxas de impostos para sustentar os luxos dos samurais e a economia mercantilista ficou cada vez mais estagnada. Os problemas sociais e econômicos foram se agravando, pois, a população rural vivia na miséria, procurando atividades para tentar ajudar na sua subsistência, além de que começou a ser praticado pelas classes mais pobres o infanticídio e o aborto, a fim de minimizar a fome constante. Os samurais, por mais que vivia com grande prestígio, não tinham grandes riquezas, fazendo por muitas vezes empréstimos com agiotas ou comerciantes, e os lavradores empobrecendo, forçando-os a vender suas terras para grandes latifundiários e comerciantes, assim uma inversão na estrutura econômica ocorreu dentro do Japão, onde comerciantes e agiotas começaram a ascender no poder da sociedade japonesa. Os problemas sociais estavam fora do controle, ao qual muitos samurais se desvincularam de seus senhores e se aliando aos muitos camponeses descontentes que iniciaram levantes contra o modelo social dos Tokugawa, da mesma forma que ao sul do japão, muitos senhores feudais insatisfeitos com essa estrutura, se aliaram a alguns comerciantes pedindo reformas, apoiando a restauração do poder imperial, apoiando Mutsuhito, o imperador da nova era que está preste a nascer, o período Meiji. O fim do reinado do clã Tokugawa estava chegando, pois a política de isolamento sofreu a sua primeira interferência interna no ano de 1853. O comodoro americano, Matthew Perry, exigiu a abertura dos portos japoneses. Esse contato trouxe a insegurança do império japonês, forçando a sua abertura e percebendo que a solução para resolver as crises era modernizar as estruturas internas do Japão. 9 Dessa forma, a reforma veio através do período chamado Meiji (1868-1912), conhecida como a Eradas luzes. O Japão não queria submeter a ameaça ocidental, pois nessa época, a África e seus vizinhos asiáticos já estavam sendo partilhadas pelas potências europeias, obrigando o Japão se modernizar o mais rápido possível para não sofrer as mesmas influências que os seus vizinhos estavam tendo, além de aguentar a imensa pressão militar. Através do estímulo da industrialização e das reformas no governo, o antigo regime foi abolido e a hierarquia guerreira foi extinta. Isso trouxe desconforto aos mais abastados, pois camponeses seriam súditos e fariam parte da sociedade e enfraquecia a posição privilegiada dos comerciantes. As transformações foram seguidos para um plano educacional, ao qual abrangeu todos os japoneses sem exceção, para fortalecer as bases da sociedade e garantir o conhecimento a todos, não mais somente para a elite, trazendo muitos professores estrangeiros para o Japão, como também, exportando seus professores para a Europa e América, para os mesmos aprenderem e trazer conhecimento para o Japão. Foi instalado diversas fábricas em regiões diferentes do território do Japão, a modo de que ocorreu uma grande movimentação interna da sua população, proporcionando trabalho e remuneração. A imigração era proibida pelo governo, porém, o governo japonês, no ano de 1884, um acordo entre Japão e o até então Reino do Havaí, permitiu que os súditos japoneses pudessem sair do país em busca de novas oportunidades. No final do séc. XIX, o governo investiu fortemente na imigração, permitindo a ida de japoneses para os Estados Unidos, Austrália e Canadá. Essa medida, a licença para emigrar, foi uma forma ao qual o império do Japão tenta solucionar em relação aos altos índices de desemprego, além de que também, foi uma forma de tentar reparar os problemas sociais do período Edo, mesmo extinguindo as estruturas do antigo regime, ao qual não conseguiu suprir as necessidades de toda a população. 3.3. Brasil, processos imigratórios e a relação de amizade com Japão O Brasil se propôs a partir do segundo reinado a se modernizar e a se igualar às demais potências do mundo. Mas foi encontrado um obstáculo ao qual a grande presença de mestiços, negros e os indígenas, que segundo o pensamento da época justificou o atraso, através da teoria eugênica da superioridade das raças. A raça alemão era considerada a melhor, depois os outros brancos europeus, pois essa era a solução para chegar o progresso no Brasil e enfim o desenvolvimento da modernização. Inicialmente foi um projeto para explorar regiões não povoadas, como o sul do país, porém a partir de 1888, ano da abolição da escravidão no Brasil, a ideia de braqueamento ganhou força, tornou métrica para a solicitação da importação de mão de obra europeia, com a desculpa de falta de mão de obra nas plantações de café. Apesar de todos os pedidos de imigração e tentativas para branquear a população, o Brasil não era bem-visto pelos governos europeus, principalmente pela Alemanha, proibindo a saída dos seus cidadãos. Assim, a atenção foi voltada aos italianos, se tornando em 1870, o maior fornecedor de imigrantes para o Brasil, porém, anos mais tardes, os italianos também 10 proibiram as imigrações, por causa da sua unificação e também, alegando a mesma justificativa alemã: “Brasil é um inferno tropical”. Dessa forma, o Brasil teve uma grande diminuição de entrada de novos imigrantes, e se isso não bastasse, perdeu muito de seus imigrantes para os argentinos, que promoviam uma grande propaganda de prosperidade. Dessa forma, a atenção foi voltada aos asiáticos, mesmo não sendo tão bem-vistos devido a ideologia étnica da época, mas, principalmente, para os japoneses, pois, aos olhos brasileiros eram considerados menos piores que o restante da Ásia. Coincidentemente, o Japão passava pelo mesmo problema que o Brasil, sua mão de obra não agradava os Estados Unidos e os outros países que adotaram a mão de obra japonesa, alegando serem diferentes, incompreensíveis e não obedecendo às greves dos grandes sindicatos. Assim, a primeira tentativa de negócio com o Japão foi feita em 1894, porém não foi concluída por falta de relações diplomáticas entre os dois países, forçando os países a formalizar um tratado de amizade. O Brasil rapidamente demonstrou interesse pelos japoneses, principalmente por causa da possibilidade da expansão de seu mercado cafeeiro. Logo em 1896, após a assinatura do tratado de amizade, foi firmado um tratado que deveria recrutar até dois mil jovens de 20 a 30 anos para trabalharem temporariamente nas lavouras de café, porém, mais uma vez não foi concluído o contrato por causa da queda do preço do café. Em 1900, houve novamente uma crise em relação a imigração e a mão de obra, pois os fazendeiros reclamam que os imigrantes presentes em suas fazendas não eram o suficiente, e para piorar a situação, muitos imigrantes novamente se moveram para os países platinos, com a propaganda de melhores condições de vida. Nesse mesmo ano, no dia 26 de setembro, foi feito uma nova tentativa de negociação, ao qual o contratante colocaria em sua fazendo no total de 600 famílias, além de que seria responsável pelo transporte dos imigrantes até o porto de Santos e a repatriação, isso tudo a pedido do Governo do Estado de São Paulo, que seria encarregado de transportar de Santos até a capital, como fornecer roupas e agasalhos e a hospedagem no prazo de 8 dias. Mais uma vez, não foram concluídas as negociações, pois o governo japonês alegava que não havia nenhuma garantia de bem estar dos seus súditos nas fazendas brasileiras. Mas o Japão não desistiu de negociar com o Brasil, por isso, para resolver essa questão, mandou diversos emissários e representantes do governo ao Brasil, para analisar e descrever as condições de clima e solo das terras brasileiras, para planejar a estrutura para a imigração. Chegando ao Brasil, os japoneses ficaram surpresos, pois em todas as cidades que visitaram, eram recebidos de forma ovacionada pela população local. Foram visitadas diversas cidades do interior paulista e em todas elas foram planejadas grandes festas, com gritos da multidão como “viva ao Japão”, com direito a exclusividades e luxo, e até mesmo acreditarem na vitória contra a Rússia, na guerra russo-japonesa. Isso encantou os emissários e representantes japoneses, que não pouparam elogios, repercutiram de forma muito positiva e o interesse pelo Brasil cresceu, ao qual em 1907 foi criado um contrato que 11 regulamentou a imigração. Foi acordado que seriam enviadas ao Brasil 3000 pessoas de forma experimental, porém, a procura por japoneses interessados não foi disputada e nem chegou ao limite mínimo, prorrogando a chegada dos japoneses. 3.4. Japoneses chegam ao Brasil Finalmente em 1908, chegaram ao Brasil os primeiros imigrantes japoneses, no total de 793 pessoas a bordo do Kasato-Maru. Após o desembarque, os imigrantes foram levados para as hospedarias e logo depois para as fazendas. Nesse primeiro momento, o governo brasileiro estava muito preocupado na adaptação dos japoneses, sempre enviando fiscais para acompanhar o trabalho da nova mão de obra. Devido a alguns estranhamentos da cultura, apenas dois anos depois, em 1910, chega o segundo navio, Bijum-Maru, prolongando até em 1924 a imigração experimental. Entre o período de 1912 a 1914, chegaram por volta de treze mil pessoas pelo porto de Santos. Por causa de estranhamento e má adaptação de alguns imigrantes, um recesso de entrada dos japoneses, principalmente a restrição de imigrantes vindo das províncias de Okinawa e Kagoshima durante os anos de 1913 até 1916, porém essa decisão não foi tão rigorosa devido a eclosão da primeira guerra e diminuição dos imigrantes europeus. O motivo pelo qual o governo brasileiro pediu essa restrição aos japoneses, era por causa de alguns costumes que para o ocidente era muito estranho e diferente. Os okinawanos tinham o costume de andar nus, algo completamente inaceitável para os ocidentais, porém muito comum entre a população de Okinawa, além de ter um dialeto diferentedos japoneses e a maioria das mulheres tinha tatuagens na mãos, que seria parecido com o que temos como as alianças de casamento, porém, visto de forma pejorativa pelos brasileiros da época. Porém, isso logo foi amenizado e a restrição abolida, porém, o governo japonês, em 1922, restringiu a imigração e voltou novamente em 1926, tendo o maior declínio em 1928 até 1934, pois os japoneses começou a movimentar sua população para terras conquistadas, principalmente para Manchúria. Do ponto de vista dos brasileiros, não era mais vantajoso subsidiar a imigração de japoneses, porque a mão de obra europeia era mais barata, porém, não restringiu a entrada de novos imigrantes. Para os japoneses era vantajoso o envio de seus cidadãos para as terras do Brasil, principalmente depois de 1923, quando o maior terremoto já registrado até então pelo Japão atingiu a região de Kanto, província essa que abriga a capital Tóquio. O governo japonês começou a investir bastante nas imigrações, principalmente a partir de 1926, quando conseguiu a autorização de seus imigrantes começassem a entrar na região do vale do Ribeira, em 1928 no Paraná e em 1929 no Pará. Tudo parecia favorável para os japoneses, que já contava com vários núcleos coloniais e muitos japanese das primeiras levas já eram pequenos proprietários terras e comerciantes, porém, após a revolução de trinta e a política do estado novo de que existia um “perigo amarelo”, restringindo a entrada de novos imigrantes, porém, em 1941, a proibição foi total, apenas reaberta em 1953. 12 Hoje, o que podemos observar é que esses filhos do Japão aqui em terras brasileiras são tão brasileiros como qualquer outro povo que aqui veio e ficou. Principalmente na cidade de São Paulo, vemos uma grande comunidade, muito bem organizada e unida, que ainda relembram os seus costumes e cultura, que se difundiu muito bem na sociedade brasileira difusa com os costumes daqui, além de uma grande apreciação, através de seu idioma, sua culinária e a cultura pop, como animes, mangás e games. O bairro da liberdade é a prova disso, que é ponto de encontro para viver e permanecer viva a experiências dessa cultura que se misturou muito bem com a nossa daqui. 4. Itália Na segunda metade do século XIX, ocorreu um dos maiores movimentos migratórios da história da humanidade. Entre os anos de 1870 a 1930 ocorreu o maior fluxo de imigrações ao Brasil. Vimos até aqui que após a abolição da escravidão, a mão de obra para o atendimento das demandas das lavouras era pouquíssima e não daria conta devido a expansão em larga escada. Dessa forma, surge a necessidade de novos trabalhadores agrícolas. Enquanto isso, na Europa, a Itália passava por longos períodos de instabilidade política, social e econômica, provocadas principalmente pela unificação. A Itália desde sempre é um país de arte e cultura milenares, mas essa unificação dos vários estados italianos é algo muito recente. A organização da Itália era algo muito descentralizado, cada um dos seus 14 estados tinham hábitos, culturas e até línguas diferentes. Nesse cenário, temos uma Itália recém unificada extremamente pobre. Na região sul, a situação era um pouco melhor graças à agricultura, mas no norte, não era nada favorável. Era uma região muito pobre, com invernos muito rigorosos e com terras difíceis para plantio. Ainda, a taxa de analfabetismo era altíssima. Outro fator determinante foi a revolução industrial. Com o aumento da produção se tornou necessário ofertar mais matéria-prima, e os pequenos produtores rurais que antes forneciam essa matéria-prima não conseguiam dar conta da alta demanda. Como estavam mudando de sistema de produção feudal para o capitalismo, as grandes áreas de terras se concentraram nas mãos de poucos proprietários fazendo com que os camponeses tivessem que se endividar com empréstimos para pagar impostos altíssimos, além de ver o preço dos seus produtos caírem drasticamente com a concorrência desleal. Milhões de camponeses que antes tinham a sua terrinha, produziam e vendiam os seus produtos, se viram obrigados a trabalhar para alguém mais rico e ganhar menos, ou então ir para as grandes cidades procurar emprego nas fábricas que estavam nascendo. O problema é que essas fábricas não conseguiam absorver todos esses trabalhadores e o número de desempregados nas grandes cidades só aumentou. Havia também um excedente populacional, ou seja, gente demais no território. 13 Nessa perspectiva, era vantajoso para a Itália emigrar e para o Brasil receber novos imigrantes. Vieram italianos de várias partes da Itália, mas a região norte veio em maior número. Até 1902, os imigrantes que chegaram aqui vieram com suas passagens custeadas, o que era uma vantagem em potencial na tomada de decisão de emigrar para o Brasil. Assim que desembarcaram nos portos, eles eram alojados gratuitamente por 8 dias nas hospedarias, uma das mais conhecidas, a hospedaria do Brás, e de lá iam para suas zonas de destino com um contrato firmado à boca. Um enxame de decepções estaria por vir, as moradias possuíam o mínimo de higiene possível, costumam ser pequenas e desconfortáveis e os senhores eram nada gentis, uma vez que até então, comandavam escravos, e os níveis de violência não baixaram. Além de tudo, o Brasil vinha sendo afetado por graves epidemias e o problema só aumentava com a escassez de assistência médica nas fazendas, toda essa situação não tardaria a chegar ao comissariado geral de emigração (CGE), e após avaliar a situação de perto, a Itália promulga o decreto Prinetti, em 26 de março de 1902, ele proibia o subsídio brasileiro para migração italianas, de forma que as recrutamentos agora só poderiam ser realizados mediante autorização do Estado, com exceção na emigração voluntária e custeada pelo emigrante. Desse momento até 1920 o número de italianos entrando no Brasil caiu muito se comparado ao início, e isso representou o declínio das imigrações italianas ao Brasil. Não se pode negar que muito se legou pela chegada dessas pessoas. Os italianos, bem como vários outros povos imigrantes foram um dos pilares responsáveis pela construção do Brasil contemporâneo. Entender o momento é entender a importância dos processos migratórios para que se compreenda os processos sociais e a formação do Brasil como se conhece e tudo aquilo que foi deixado de herança. 5. Portugal Ao falarmos da imigração portuguesa no Brasil, precisamos dividir em quatro partes, Imigração restrita (1500-1700), Imigração de transição (1701-1850), Imigração de massa (1851-1930), Imigração de declínio (1960-1991). Porém trataremos da imigração em massa, protagonista pelo maior pico de imigrantes entre o final do século XIX e início do século XX. Segundo o IBGE, entre os anos de 1901 a 1930 a média anual de imigrantes ultrapassou 25 mil. Em meados do século XIX, o perfil imigrante português sofreu uma radical transformação. Entre os que chegavam, notava-se os de origem pobres, e as mulheres passaram a representar parcelas cada vez maiores dos grupos de emigrantes, as crianças menores de 14 anos, pobres órfãs ou abandonadas, chegaram a representar 20% do total dos emigrados. Para chegar a esses números, alguns fatores em Portugal influenciaram a imigração, juntando-se com as fortes propagandas brasileiras. 14 Constata-se um aumento expressivo na população de Portugal, onde sua taxa de natalidade saltou de 0,08 em 1835 para 0,94% em 1878. O empobrecimento dos pequenos proprietários rurais se multiplicaram e engrossaram as fileiras dos candidatos à emigração. Muitos desses fatores contribuíram não só para Imigração no Brasil, mas também nos Estados Unidos e, posteriormente, em direção a África. Visto como pequenos proprietários rurais pobres e rudes, originários do norte de Portugal, da região do Minho, contribuíram para a formação da imagem negativa e preconceituosa do imigrante português, julgadas como pessoas pouco qualificadas intelectualmente. Os português pobre, ao desembarcar nos portos brasileiros, vestia polaina de saragoça, e calção, colete de baetãoencarnado com seus corações e meia, geralmente desembarcavam dos navios com um pau às costas, duas réstia de cebolas, outras tantas de alhos e uma trouxinha de pano de linho debaixo do braço. Eram minhotos que, para sobreviver, dormiam na rua e procuravam ajuda de instituições de caridade. Pequenos proprietários rurais pobres, rudes, originários do norte de Portugal, da região do Minho, contribuíram para a formação da imagem negativa e preconceituosa do imigrante português, estigmatizando-os como pessoas pouco qualificadas intelectualmente. Dentro de todo contexto, os lusitanos chegaram a constituir um quinto da população no Rio de Janeiro e metade da mão-de-obra ativa na cidade. Porém, como já havia na colônia e no império, havia um sentimento de nós brasileiros antilusitanos, que era manifestado no cotidiano de diferentes formas, muitas vezes em conflitos sangrentos. Hoje podemos notar como a imigração portuguesa foi importante para a cultura brasileira, mas vestimentas, culinária, estilos de vidas, etc… 6. Alemanha No caso da Alemanha pontua-se fundamentalmente que os fluxos migratórios alemães tiveram duas fases e estas ocorreram no período entre 1808 (Fouquet, 1974) - com a grande movimentação portuária brasileira e em menor número - e 1940. Na Alemanha o cenário para a movimentação migratória de colonos pode ser lida a partir de 1815 (Wengenroth) com os seus diversos sistemas políticos e o período de coexistência entre dois deles no século XX, suas unificações políticas, fronteiras permeáveis e instáveis e mais para frente duas guerras mundiais e suas consequências econômicas, sociais e também políticas de grandeza nacional e internacional. Desde o início e meados do século XIX - contando com as políticas de incentivo à imigração para trabalho nas lavouras cafeeiras, como o agenciamento - estrangeiros alemães chegam e povoam, em seu maior número, as regiões Sul e Sudeste, em áreas destacadas como Nova Friburgo no Rio de Janeiro, Santo Amaro em São Paulo, Santa Izabel e Santa Leopoldina no Espírito Santo e São Jorge dos Ilhéus na Bahia. 15 No Sul seus grupos se movem e assentam na parte rural¹ da região, no que o geógrafo Leo Waibel argumenta quanto a fabricação da ideia social e antropológica do “imigrante bom agricultor”. O geógrafo também apresenta duas ideias em relação à imigração alemã, uma delas é a discussão da terminologia historiográfica para o processo, com o uso de “colonização” ou “povoamento” (Waibel, 1958) que ele mesmo menciona entender como similares. Os povoamentos de pequenas propriedades familiares européias cresciam em terras públicas e “vazias” onde tais grupos se isolavam espontaneamente, o que preservava seus pilares sócio-culturais da aculturação à brasilidade; daí formam-se muitas instituições de caráter étnico e assistencial - também recreativo - como por exemplo, o Sport Club Germania (atual Esporte Clube Pinheiros) fundado em 1899 em São Paulo e a *Deutscher Hilfsverein (Sociedade de Beneficência Allemã) em 1844 no Rio de Janeiro. Um destes pilares é o linguístico e de acordo com Seyferth, as escolas elaboradas dentro das comunidades alemãs não tinham apenas o papel étnico, mas também contemplavam a comunidade com o acesso à educação que o governo brasileiro não moveu recursos para. Segundo o levantamento do IBGE de 1940, a pesquisa sobre pessoas que habitualmente não falavam português em seus lares, com base nas línguas estrangeiras faladas resulta na língua alemã com maior número de falantes em relação a brasileiros natos e estrangeiros, ficando em segundo maior número apenas quanto a brasileiros naturalizados. Nesse último caso, entre a língua italiana e a alemã há uma diferença de 11,9%. A existência de estrangeiros teutônicos a partir do primeiro fluxo migrarório nos leva à segunda onda, desta vez no início do século XX e que se estende até seu pico nos anos 30, onde o Brasil tem a Era Vargas, tensões ideológicas globais – e um representante governamental que apesar de flertar com os ideais Alemães, Italianos e Japoneses no cenário, se viu obrigado repelir a presença estrangeiro como pôde após um ataque de torpedos à marinha brasileira. O que nos leva à discussão do enorme evento de “brasiliar” toda instituição alemã o que marginaliza os colonos alemães e os chamados teuto-brasileiros – grupo étnico formado em regiões brasileiras mas com forte desenvoltura sócio-cultural alemã. 7. O Museu da Imigração do Estado de São Paulo O novo Museu da Imigração do Estado de São Paulo herda do Memorial do Imigrante toda a história de preservação da memória das pessoas que chegaram ao Brasil por meio da Hospedaria de Imigrantes, e o relacionamento construído, ao longo dos anos, com as diversas comunidades representativas da cidade e do Estado. É no entrelaçamento dessas memórias que se encontra a oportunidade única de compreender e refletir o processo migratório. 16 Em seu novo projeto museológico, o Museu da Imigração pretende valorizar ainda mais o encontro das múltiplas histórias e origens e propor ao público o contato com as lembranças daquelas pessoas que vieram de terras distantes, suas condições de viagem, adaptação aos novos trabalhos e contribuição para a formação do que hoje chamamos de identidade paulista 8. Plano de aula 8.1. Etapas do projeto AULA 1 - Expositiva, explanação do tema e trabalho com fontes (Jornais, cartas, registros) através do site do Museu da Imigração. (https://museudaimigracao.org.br/). Ao fim da apresentação os alunos devem elaborar um relatório. AULA 2 - Pesquisa de campo. Visita guiada ao museu da imigração para observação e coleta de material para o desenvolvimento do projeto. AULA 3 - Aula destinada para avaliação e filtro dos materiais coletados e quais serão utilizados na elaboração do trabalho. Também devem decidir se trabalharam com cena ou podcast. AULA 4 - Elaboração do roteiro de gravação para apresentação e momento para orientação e dúvidas. AULA 5 - Será disponibilizada para a gravação dos vídeos/podcasts e deverão ser enviados para avaliação do professor com antecedência. AULA 6 e 7 - Apresentação dos vídeos/podcasts. Toda a turma assistirá os vídeos de todos os grupos. AULA 8 - A última aula será para que os alunos troquem experiências. Cada grupo compartilhará com a turma como foi a experiência e o processo de construção do vídeo/podcast. Para finalizar o projeto, cada grupo deverá fazer outro relatório fazendo menção ao relatório realizado no início do projeto. 8.2. Objetivos e competências Competências Específicas 4. Identificar interpretações que expressam visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 17 5. Analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 7. Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de modo crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais. 8.3. Imigrações ao Brasil Duração: 8 aulas de 50 minutos Recursos: Digitais, sites, jornais e cartas, internet, slide, quadro/lousa, anotações, saída de campo Avaliação: Continuada. Todo o processo de elaboração será avaliado, contando também a nota dos relatórios de início e fim. 9. Referências Bibliográficas KUHLMANN, M. C. M. de A. A Imigração Alemã na Literatura Brasileira: uma breve análise. Anagrama, [S. l.], v. 3, n. 3, p. 1-11, 2010. DOI: 10.11606/issn.1982-1689.anagrama.2010.35439. Disponívelem: https://www.revistas.usp.br/anagrama/article/view/35439. Acesso em: 26 mar. 2023. SEYFERTH, G. COLONIZAÇÃO, IMIGRAÇÃO E A QUESTÃO RACIAL NO BRASIL. Revista USP, [S. l.], n. 53, p. 117-149, 2002. DOI: 10.11606/issn.2316-9036.v0i53p117-149. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/33192. Acesso em: 31 abr. 2023. Joel Mokyr, Joel, et al. A origem das corporações. 2010. Accessed 14 março 2023. Handa, Tomoo. O imigrante japonês: história de sua vida no Brasil. T.A. Queiroz, Editor, 1987. Accessed 1 April 2023. 18 https://www.revistas.usp.br/anagrama/article/view/35439 https://www.revistas.usp.br/anagrama/article/view/35439 Luigi Biondi FONTES: Anuário estatístico do Brasil 1955 (v.16); Anuário estatístico do Brasil 1960 (v.21) BASSANEZI, M. Atlas; BASSANEZI, M. Repertório; Brasil: 500 anos; HALL, M. Imigrantes (p. 121-151); HOLLOWAY, T. Imigrantes PETRONE, M. Imigração (v. 9, p. 104-146); TRENTO, A. Do outro. IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censos 1940. Inovações e impactos nos sistemas de informações estatísticas e geográficas do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 1940. 19