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Questionário história 3ºAA

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________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Administração Central
Unidade do Ensino Médio e Técnico – Cetec
Grupo de Supervisão Educacional – GSE 
	NOME:	Marianna da Rocha Saez
	RM: 1801155
	Tipo de Ensino:
	Médio:
	X
	Técnico:
	
	Módulo/Série:
	1º
	
	2º
	
	3º
	AA
	4º
	
	Habilitação: História
	Conteúdo: Brasil – Segundo Reinado
Competências: Criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza diversa.
	PROVA:
	Mensal:
	X
	Bimestral:
	
	Prog. Parcial:
	
	Outros:
	
	 
	Menção:
	MB
	
	B
	
	R
	
	I
	
	Professor(a):Celso Luiz Lucas
	Observações: Editem o trabalho e respondam no próprio formulário rasura anulam-nas; .
Questão 1:
Terra no Brasil: de todos ou de poucos?
No Brasil, a relação do povo com a terra mudou muito a partir da colonização. Se antes os indígenas tiravam da terra seu sustento básico, por meio da coleta de alimentos, pesca e caça de subsistência, com a chegada dos portugueses essa relação mudou, passando a ser mais exploratória. A atividade agrícola em larga escala para exportação, com a implantação de grandes propriedades agrícolas destinadas à monocultura, foi gradativamente se espalhando, e pouco a pouco as paisagens e a relação com a terra foram se transformando.
A organização político-administrativa do Brasil teve início por meio da divisão de seu território em capitanias hereditárias. [...] Além da colonização, esse sistema visava à proteção do território, pois era preciso enfrentar a crescente ameaça externa. Dessa forma, os cerca de 5 mil quilômetros da costa foram divididos em 15 lotes, com largura que ultrapassava os 300 quilômetros, nomeadas de capitanias hereditárias.
Nessa época, Portugal era um Estado Absolutista, e as capitanias eram concessões do poder público a particulares. Na Carta de Doação estavam os dispositivos que regulamentavam os privilégios e deveres do donatário: aplicar a justiça, cobrar impostos devidos à Coroa, nomear funcionários, fundar vilas e distribuir sesmarias.
MOCELLIN, Renato; CAMARGO, Rosiane de. História em debate. v. 1. São Paulo: Editora do Brasil, 2013, p. 74-78.
Mais de três séculos após a implantação do sistema de capitanias hereditárias, durante o segundo reinado brasileiro, a estrutura agrária brasileira passou a ser determinada pela chamada Lei de Terras, promulgada em 1850.
a) O que estabelecia a Lei de Terras de 1850?
 A Lei de Terras estabelecia que era proibida a aquisição de terras públicas por qualquer outro meio que não fosse a compra. E que os lotes obtidos anteriormente por meio da posse ou doações deveriam ser demarcados e registrados.
b) Explique duas consequências desta lei para a configuração socioagrária brasileira. 
A terra tornou-se uma mercadoria exclusiva daqueles que tinham dinheiro para a comprar, ou seja, dos grupos dominantes. E a maior parte da população passou a não possuir mais dinheiro para ter suas próprias terras, e nem capacidade de manter as que já possuíam já que elas eram tomadas através de documentos forjados e de apadrinhamento político. Favoreceu também a expansão do café no Brasil, assim como favoreceu os nobres agricultores.
Denomina-se estrutura fundiária a forma como as propriedades agrárias de uma área ou país estão organizadas, isto é, seu número, tamanho e distribuição social. Uma tentativa de classificar as propriedades rurais conforme sua dimensão foi realizada em 1964 pelo Estatuto da Terra (Lei 4.504, de 30 de novembro de 1964).
ALMEIDA, Lúcia M. Alves de. Geografia: geografia geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2007, p. 440. [Adaptado].
c) Com base no Estatuto da Terra, apresente, características exclusivas de uma propriedade familiar.
 “O imóvel rural que, direta e pessoalmente é explorado pelo agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e eventualmente trabalho com a ajuda de terceiros”.
d) Considerando o Estatuto da Terra, cite duas categorias de imóveis rurais.
o imóvel rural é classificado em propriedade familiar, minifúndio, latifúndio e empresa rural.
A partir da década de 1950, os Estados Unidos e a ONU incentivaram a implantação de mudanças na estrutura fundiária e nas técnicas agrícolas em vários dos então chamados países subdesenvolvidos, [...]. O conjunto de mudanças técnicas na produção agropecuária, proposto aos países pobres para resolver o problema da fome, ficou conhecido por Revolução Verde.
SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2010, p. 649.
e) Aponte três aspectos resultantes da Revolução Verde. 
Aumento na economia dos países que praticam a agricultura, fazendo com que a quantidade de alimentos aumente; Os alimentos durando mais, mas devido aos fertilizantes e outros químicos pode-se acabar resultando em problemas de saúde; introdução de novas tecnologias como irrigação, plantio e colheita. 
Questão 2:
Examine a tabela.
	Percentagem sobre o valor das exportações brasileiras
	Produtos
	1821/30
	1831/40
	1841/50
	1851/60
	1861/70
	1871/80
	Açúcar
	
	
	
	
	
	
	Algodão
	
	
	
	
	
	
	Cacau
	
	
	
	
	
	
	Café
	
	
	
	
	
	
	Fumo
	
	
	
	
	
	
	Total
	
	
	
	
	
	
	(Sérgio Buarque de Holanda (org). O Brasil Monárquico: declínio e queda do Império, 1985. Adaptado.)
a) Qual era o produto que, no período 1841/50, representava o maior percentual sobre o valor do conjunto das exportações brasileiras? Esboce, no plano cartesiano a seguir, um gráfico que demonstre o comportamento da exportação desta mercadoria durante todo o período compreendido pela tabela (1821/80).
Café 
b) Qual foi a mercadoria que sofreu maior oscilação percentual sobre o valor do conjunto das exportações brasileiras na passagem do período 1851/60 para o período 1861/70? Aponte o principal motivo dessa oscilação. 
O algodão, por conta das exportações norte americanas para a Inglaterra devido a Guerra de Secessão, a qual obrigou a indústria britânica a importar mais algodão do brasil. 
Questão 3:
O movimento abolicionista no Brasil, que ganhou força a partir da segunda metade do século XIX e visava acabar com a escravidão, foi marcado por vários fatores, tais como realização de eventos artísticos e culturais para conseguir apoio para a causa, abertura de processos na Justiça para alcance de liberdade e forte participação de setores populares e lideranças negras. Os textos abaixo retratam alguns elementos relacionados a esse acontecimento:
Texto 1
“A escravidão, que orientava toda a organização social do país, foi cuidadosamente deslegitimada pelos abolicionistas através de uma retórica da mudança, construída a partir de três esquemas interpretativos: compaixão, direito e progresso. Buscando a desnaturalização do escravismo a ponto de torná-lo moralmente condenável, o romantismo brasileiro, de caráter literário, musical ou dramatúrgico, buscava despertar a compaixão e indignação da sociedade brasileira para a situação do cativo. Paralela ao romantismo, a doutrina positivista, dominante em muitas instituições de ensino superior, defendia uma compreensão linear e progressiva da História, de tal maneira que o catolicismo, a monarquia e a escravidão seriam incompatíveis com o processo de industrialização e urbanização em curso. Finalmente, a tópica do direito natural, combatia a escravidão com processos judiciais, apelos e denúncias”.
CEDRO, Marcelo, GOMES, Marco Túlio Antunes. Narrar, persuadir e sentir: estratégias abolicionistas no Brasil oitocentista. Cadernos de História, Belo Horizonte, v. 17, n. 27, 2º sem. 2016, p. 523. Resenha do livro ALONSO, Angela. Flores, votos e balas: o movimento abolicionista brasileiro (1868-88). São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
Texto 2
“130 anos após abolição, população negra ainda sofre com a desigualdade. Exatos 130 anos depois da abolição, a população negra segue sofrendo coma desigualdade social: representa 63,7% do total de 13,7 milhões de desempregados e ganha bem menos do que os brancos, em média, R$ 1.531 contra R$ 2.757”.
Notícia extraída do Jornal Correio Braziliense, publicada em 13/05/2018 08h00. Por Gabriela Vinhale Otávio Augusto. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2018/05/13/internabrasil,680301/130-anos-apos-abolicao-populacao-negra-aindasofre-com-a-desigualdade.shtml
Sobre o movimento abolicionista brasileiro:
a) Indique um exemplo de ação posta em prática pelos abolicionistas brasileiros na segunda metade do século XIX.
Eles tinham o costume de debater estratégias para promover a causa e autuavam publicamente para atrair pessoas para ela, organizavam comícios na rua, conferências, artigos em jornais, etc. Eles também ajudavam organizando rotas de fugas para escravos, incentivando os mesmos a fugir e abrigando-os quando necessário. 
b) Cite uma consequência da abolição para a população negra em termos de sua integração à sociedade brasileira cujos impactos são perceptíveis até os dias atuais. 
Logo após a abolição, a população negra foi abandona por si só, sem nada que os aparasse para que pudessem ter uma vida, desta maneira eles acabaram por virar moradores de rua e ainda vistos como inferiores. 
Desta maneira, até hoje ainda há marcas de tudo o que eles passaram e pessoas que ainda possuem a mesma visão daquela época, se achando superiores a eles, acarretando situações complicadas, humilhantes e degradantes para os mesmos. 
Questão 4:
Observe a imagem:
Esta imagem é a reprodução de uma pintura de D. Pedro II. Essa pintura se encontra no Museu Mariano Procópio, na cidade de Juiz de Fora (MG). No início da República, o quadro levou um tiro, como se observa na seta indicativa.
Segundo Julliana Garcia, autora de uma dissertação de mestrado sobre o quadro, “os retratos de Pedro II eram produzidos pela academia Imperial de Belas Artes e usados em atos solenes ou em dias de festejos cívicos. Quando o deslocamento do monarca não era possível, o retrato era enviado e recebia as mesmas regras de etiqueta, rituais e homenagens que seriam endereçadas ao monarca.”
(Disponível em: <https://glo.bo/2P34q80>. Acesso em: 10 out. 2018.)
a) Considerando o contexto de construção da memória da Proclamação da República, como se pode avaliar o tiro contra o quadro?
Como uma maneira de movimento político por parte de simpatizantes da República. 
b) A construção da ideia republicana entre 1889 e 1930 pode ser entendida como um projeto consensual e sem resistências? Explique sua resposta. 
As ideias republicanas no Brasil já eram populares entre a maioria da população, porém a elite não queria uma república. Não houve consenso, pois foi um golpe de estado e não teve tempo para que tivesse um consenso de todos. Não houve resistência.
Questão 5:
Com base nos conhecimentos sobre o tema da história da imigração no Brasil, aponte dois fatores que levaram um grande fluxo de estrangeiros a vir para o Brasil no período do final do século XIX ao início do século XX. Em seguida, disserte sobre as razões de haver maior concentração de imigrantes nas regiões Sul e Sudeste do Brasil nesse período.
A situação econômica e social da Europa nesse período, a qual estava devastada pelas guerras mundiais e com população camponesa empobrecida, foi um dos fatores que fizeram com que muitos saíssem da Europa. A razão pela qual há mais imigrantes europeus no Sul e no Sudeste se deve ao fato de que estas eram as áreas que o governo os direcionava, principalmente por questões estratégicas, além de que era onde havia mais oportunidades de empregos nas cidades. 
Questão 6:
A integração da ordem “tradicional” às atividades econômicas e sua redefinição tendo em vista as práticas capitalistas pode também ser observada em outros setores dos negócios cafeeiros. Ainda a ‘confiança’ que fundamentou o comportamento nesse ramo aparece claramente associada a um requisito básico das práticas capitalistas: a rapidez.
No trânsito do café pelo Rio de Janeiro, as operações eram marcadas por um ritmo acelerado. Ao chegar do interior, sua estadia nos armazéns da estrada de ferro, sem que os comissários ficassem sujeitos a multas pesadas, era no máximo de oito dias.
FRANCO, M. S. de C., Homens livres na ordem escravocrata. 4a ed., São Paulo: Unesp, 1997, p. 182.
a) Aponte duas diferenças entre a produção cafeeira do Vale do Paraíba e a do Oeste paulista no século XIX.
Eram diferenças fundamentais entre a produção do café no Vale do Paraíba e no Oeste Paulista o tipo de mão-de-obra que era utilizada nas duas regiões e o período de ascensão. No Vale do Paraíba, predominava o uso da mão-de-obra escrava, tendo se desenvolvido ainda antes da década de 1850, quando se inicia o grande influxo de imigrantes. O Oeste Paulista, de cultivo mais tardio, era caracterizado pelo predomínio de mão-de-obra livre, em especial de imigrantes europeus.
b) Descreva os papéis dos comissários nos negócios do café.
Os comissários do café eram aqueles que tinham como função facilitar a exportação do café, por meio de um contrato entre o latifundiário e o comprador estrangeiro do café que ia ser exportado.
c) Indique e explique dois aspectos nitidamente capitalistas na produção cafeeira do Oeste paulista. 
A propriedade privada da produção do café, com os proprietários visando sempre o lucro e o emprego da mão-de-obra assalariada, tendo em vista a boa produtividade no trabalho. E a extinção do tráfico negreiro que coincidiria com a alta do preço do café junto aos mercados externos. 
Questão 7:
Este mapa da Província de São Paulo foi elaborado em 1886, sob encomenda da Sociedade Promotora da Imigração (SPI).
a) Identifique, no mapa, dois elementos de propaganda empregados pela SPI para atingir seus objetivos.
Um dos elementos para chamar atenção para a imigração de trabalhadores para a província é o fato da mesma estar próxima ao Rio de Janeiro e ao porto de Santos. Outro elemento a oferta de terras, chamando atenção de quem quer ser dono de grandes terras.
b) Caracterize sucintamente o quadro econômico e político que motivou a criação da SPI e a elaboração do mapa. 
Em 1850, após quarenta anos de pressões inglesas, foi abolido o tráfico de escravos para o Brasil, com a Lei Eusébio de Queirós. Ao mesmo tempo, houve expansão da produção cafeeira, sobretudo em São Paulo, o que, evidentemente, aumentou a necessidade de mão de obra. Nesse contexto, a Sociedade Promotora da Imigração visava atrair imigrantes europeus, principalmente por meio da propaganda.
Questão 8:
	DEZ PROVÍNCIAS COM MAIOR POPULAÇÃO ESCRAVA SEGUNDO O CENSO DE 1872
	Província
	Número de escravos
	Número de pessoas livres para cada escravo
	Minas Gerais
	
	
	Rio de Janeiro
	
	
	São Paulo
	
	
	Bahia
	
	
	Pernambuco
	
	
	Maranhão
	
	
	Rio Grande do Sul
	
	
	Município Neutro*
	
	
	Alagoas
	
	
	Ceará
	
	
*Designação da cidade do Rio de Janeiro de 1834 a 1889.
Adaptado de CHALHOUB, S. População e Sociedade. In: CARVALHO, J. M. de (org.). História do Brasil Nação. Vol. II. Madrid: Fundación MAPFRE; Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
O total de escravos e a quantidade de pessoas livres para cada escravo são indicadores das atividades econômicas desenvolvidas nas províncias do Império do Brasil no século XIX.
A partir da tabela, cite a principal atividade econômica nas três províncias com maior concentração de população escrava. Aponte, ainda, uma razão para a proporção de pessoas livres nas províncias que atualmente integram a região Nordeste do Brasil. 
As províncias com mais números de escravos focavam mais na agricultura de exportação, principalmente a cafeeira . A razão para o aumento de pessoas livres nas províncias era porque o tráfico negreiro estava proibido no Brasil, portando os preços dos escravos estava alto, logo o que restou foi a mão-de-obra dos imigrantes europeus.
Questão 9:
[...] as causas da guerra contra o Paraguai estão na própria dinâmica da construção dos Estados nacionais na região do Rio da Prata.
(FranciscoDoratioto. A Guerra do Paraguai, 1991.)
a) Quais países lutaram contra o Paraguai no conflito que transcorreu entre 1864 e 1870?
A Tríplice Aliança, ou seja, o Brasil, Argentina e Uruguai. 
b) Justifique a afirmação de que “as causas da guerra contra o Paraguai estão na própria dinâmica da construção dos Estados nacionais na região do Rio da Prata”. 
Na época, Argentina e Brasil disputavam a hegemonia sobre a região; o Paraguai deve ser acrescentado a esse cenário após a ascensão de Solano López ao poder. No plano interno, Argentina e Uruguai ainda vivenciavam ferozes disputas políticas, sobretudo entre unitaristas e federalistas; o Paraguai, por sua vez, ainda não se definira institucionalmente, pois até então estivera sob o governo de ditadores vitalícios; quanto ao Brasil, sua consolidação como Estado nacional era recente, pois se processara no período compreendido entre o Primeiro Reinado, o Período Regencial e o início do Segundo Reinado.
Questão 10:
Leia o excerto abaixo:
“Embora o comércio escravista tenha sofrido um forte abalo nos primeiros anos da década de 1830, a partir de 1835-36 assistimos à sua recuperação, muito em função do contexto político da Regência. Do total de africanos trazidos para o Brasil em trezentos anos de tráfico atlântico, aproximadamente 20% chegou entre 1831 e 1855, demonstrando a importância do tráfico ilegal de escravos”. 
(Cicchelli Pires, Ana Flávia. “A abolição do Comércio Atlântico de Escravos e os Africanos Livres no Brasil”. Em CLACSO, 2008, págs. 96-97. Disponível em: <http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/clacso/coediciones/20100823031440/07pire.pdf>.) 
Apesar dos esforços de diversos setores abolicionistas, tanto no Brasil como na Grã-Bretanha, e mesmo após a proibição do tráfico decretado pelo país europeu em 1807, temos que o tráfico não apenas não diminuiu, como também passou de um estado de legalidade para um de contrabando ilegal. Considerando o trecho acima e com base nos conhecimentos sobre o tráfico ilegal de escravos para o Brasil, identifique três fatores que facilitaram esse tráfico ilegal, quais regiões da África foram as mais afetadas por esse contrabando, assim como os portos mais importantes de embarque e desembarque em ambas as costas, africana e brasileira. 
Por mais que houvesse a lei que erradicasse o tráfico escravo, isso deu brecha para que consequentemente acontecesse o tráfico ilegal dos mesmo. Os fatores que contribuíram para isso foi o lucro em cima do tráfico de escravos, a necessidade ainda maior de mão-de-obra na produção cafeeira e a arrecadação de mercadorias para a troca de africanos como escravos. A região mais afetada por essa ilegalidade foi o Centro-Ocidental da África. E o porto da costa brasileira foi o Porto do Valongo localizado no Rio de Janeiro e o da África foram os Luanda, Ambriz, Benguela, Cabinda etc.
Questão 11:
No dia seguinte ao decreto da Libertação, negros e negras deixaram apressadamente os lugares onde tinham vivido durante longo tempo nas humilhações da escravidão e, das fazendas e sítios, afluíram em direção às cidades próximas. A maior parte desses novos cidadãos livres tinha pequenas economias. Ora, seu primeiro ato foi correr às lojas de calçados. 
(Adaptado de Louis Albert Gaffre, Visions du Brésil. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1912, p. 205. Disponível em: https://archive.org/details/visionsdubrsil00gaff. Acessado em 01/08/2017.) 
a) Considerando o depoimento citado, explique um significado social do uso do sapato na época. 
O uso do sapato era considerado um distintivo do homem livre que o diferenciava do escravo. No enunciado desta questão, esse aspecto é demonstrado pelo desejo dos recém- -libertados de afirmar o fim da sua escravidão pela compra de um calçado.
b) Nomeie duas estratégias de sobrevivência dos brancos pobres, mestiços e forros no período do pós-abolição. 
O trabalho informal e a ocupação em áreas ainda não exploradas, normalmente no interior do Brasil.
Questão 12:
Em 14 de maio de 1930, um jornalista argentino compôs a seguinte crônica, referindo-se à abolição da escravidão no Brasil:
Hoje almoçando na companhia do senhor catalão cujo nome não vou dizer por razões que os leitores podem adivinhar, ele me disse:
– 13 de maio é festa nacional...
Ah! É mesmo? Continuei botando azeite na salada.
– Festa da abolição da escravatura.
– Ah, que bom.
E como o assunto não me interessava especialmente, dedicava agora minha atenção a dosar a quantidade de vinagre que colocava na verdura.
– Semana que vem fará 42 anos que foi abolida a escravidão.
Dei tamanho pulo na cadeira, que metade da vinagreira foi parar na salada...
– Como disse? – repliquei espantado.
– Sim, 42 anos, sob a regência de dona Isabel de Bragança, aconselhada por Benjamin Constant. Dona Isabel era filha de Dom Pedro II.
– Quarenta e dois anos? Não é possível...
– 13 de maio de 1888, menos 1930: 42 anos...
– Quer dizer que...
– Que qualquer negro de 50 anos que você encontrar hoje pelas ruas foi escravo até os 8 anos de idade; o negro de 60 anos, escravo até os 18 anos.
– Não será possível! O senhor deve estar enganado. Não será o ano de 1788... Olhe: acho que o senhor está enganado. Não é possível.
– Bom, se não acredita em mim, pode averiguar por aí.
Roberto Arlt. Águas_fortes cariocas. Rio de Janeiro: Rocco, 2013. Tradução: Gustavo Pacheco.
a) Identifique e explique o estranhamento do cronista argentino.
O cronista estranhou o fato de que a escravidão aqui só acabou e 1888 enquanto na maioria dos países acabou décadas antes. No texto esse estranhamento fica claro em trechos como “Quarenta e dois anos? Não é possível...” ou “Não será possível! O senhor deve estar enganado. Não será o ano de 1788... Olhe: acho que o senhor está enganado. Não é possível.”
b) Aponte e explique duas características do processo de abolição da escravidão no Brasil.
Um dos motivos se trata da pressão por parte da Inglaterra, para que o Brasil parasse com o tráfico de escravos. Outro motivo se trata da participação dos negros na guerra do Paraguai, fato que possibilitou mais pressão ainda para que a abolição ocorresse.
Questão 13:
Migrar, portanto, tem sempre um sentido ambíguo – como uma imposição das condições econômicas e sociais ou ambientais – e, nesse caso, ela aparece no mais das vezes como um dos mais fortes elementos que explicariam uma destinação do ser nordestino, mas também como uma escolha contra a miséria e a pobreza da vida no sertão. Migrar é, em última instância, dizer não à situação em que se vive, é pegar o destino com as próprias mãos, resgatar sonhos e esperanças de vida melhor ou mesmo diferente. O problema está no fato de que, numa vasta produção discursiva, retirou-se do migrante a sua condição de sujeito, como se migrar não fosse uma escolha, como se ele não tivesse vontade própria. Migrar pode ser entendido como estratégia não só para minimizar as penúrias do cotidiano, mas também para buscar um lugar social onde se possa driblar a exclusão pretendida pelas elites brasileiras através de seus projetos modernizantes.
Isabel C. M. Guillen. Seca e migração no Nordeste: Reflexões sobre o processo de banalização de sua dimensão histórica. Trabalhos para Discussão nº 111. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2001. Adaptado.
a) Cite uma obra literária e um filme que tenham tratado do fenômeno mencionado no texto.
Obra literária – Os Sertões (Euclides da Cunha)
 Filme: Guerra de Canudos
b) Identifique as motivações dos fluxos migratórios de nordestinos para a região Norte, na segunda metade do século XIX, e para a região Sudeste, na segunda metade do século XX. 
Fluxos nordestinos para a região Norte na segunda metade do século XIX: Entre 1870 e 1910, ocorreu o chamado “boom” da borracha. Tal fenômeno consistiu numa grande demanda nos mercados internacionais pela matéria-prima da borracha, o látex –extraído na floresta Amazônica –, coincidindo com uma grande seca no Nordeste (1870). Ocorreu, então, um grande movimento migratório de nordestinos para a região amazônica, onde foram trabalhar na extração do látex. O outro grandefluxo, em direção ao Sudeste na segunda metade do século XX, está associado ao processo de industrialização e urbanização da região, que se constituiu em um polo de atração e de oferta de trabalho nos setores da indústria e de serviços.
Questão 14:
O café passou a ser o produto das grandes fazendas doadas em sesmarias, enquanto a corte portuguesa residia no Rio de Janeiro. Na verdade, o café foi a salvação da aristocracia colonial. Foi também a salvação da corte imperial cambaleante, que, assediada por rebeliões regenciais e duramente pressionada a pagar pelas burocracias civil e militar necessárias para consolidar o Estado, foi resgatada pelas receitas do café que afluíam para a alfândega do Rio de Janeiro. Caso as condições de cultivo tivessem sido mais favoráveis ao café nas distantes e rebeldes cidades do Recife, Porto Alegre ou São Luís, seriam geradas forças centrífugas que teriam dividido o Brasil.
Warren Dean, A ferro e fogo. A história e a devastação da Mata Atlântica brasileira, 1996. Adaptado.
A partir do texto,
a) indique a localização geográfica da cultura do café no Império do Brasil,mencionando qual foi sua maior zona produtora;
Durante o Império do Brasil, o café foi produzido na região Sudeste (Vale do Paraíba fluminense e paulista) mas teve, sobretudo na segunda metade do século XIX, o Oeste Paulista como maior zona produtora.
b) caracterize a economia das províncias que, entre 1835 e 1845, rebelaram-se contra o poder central do Império.
No Pará se tinha a extração da madeira e as drogas do sertão; no Maranhão se tinha pelo gado e pelas drogas do sertão; na Bahia se tinha pela cana-de-açúcar e pelo tabaco; o sul se tinha por conta da pecuária.
Questão 15:
Leia o trecho do romance Dom Casmurro (1899), de Machado de Assis (1839-1908), em que o personagem Bento apresenta ao amigo Escobar os bens de sua família.
– Não, agora não voltamos mais [a viver na fazenda]. Olhe, aquele preto que ali vai passando, é de lá. Tomás!
– Nhonhô!
Estávamos na horta da minha casa, e o preto andava em serviço; chegou-se a nós e esperou.
– É casado, disse eu para Escobar. Maria onde está?
– Está socando milho, sim, senhor.
[...]
– Bem, vá-se embora.
Mostrei outro, mais outro, e ainda outro, este Pedro, aquele José, aquele outro Damião...
– Todas as letras do alfabeto, interrompeu Escobar.
Com efeito, eram diferentes letras, [...] distinguindo-se por um apelido ou da pessoa [...] ou de nação como Pedro Benguela, Antônio Moçambique.
– E estão todos aqui em casa? perguntou ele.
– Não, alguns andam ganhando na rua, outros estão alugados. Não era possível ter todos em casa. Nem são todos os da roça: a maior parte ficou lá.
Dom Casmurro, 1994.
O enredo de Dom Casmurro transcorre na cidade do Rio de Janeiro, capital do Império brasileiro. A partir da análise do trecho, explicite a visão do proprietário sobre os seus escravos, as origens desses escravos e os tipos de exploração escravista na sociedade brasileira do século XIX. 
A visão do proprietário sobre seus escravos é a comum que se tinha na época, de autoritarismo. A origem desses escravos provavelmente é pertencente da família da família proprietária. O tipo de exploração escravista o trabalho na roça e trabalho doméstico.
Questão 16: 
Projeto de uma vila agrícola – Teresa – para dez famílias, que poderão chegar a cem. O nome foi dado em homenagem à imperatriz d. Teresa Cristina pelo autor do projeto, o médico Jean Maurice Faivre. A planta mostra, ao centro, uma fonte rodeada de árvores, tendo ao lado uma casa comunitária com biblioteca, gabinete de história natural e laboratório de química e física, também cercada de árvores. Ao redor estão dispostas dez casas assobradadas com jardins e árvores circundantes, em meio a uma várzea aprazível. Nos arredores situam-se moinhos; um estabelecimento para tecelagem; serraria, forja e carpintaria; olaria e cemitério. Encorajado pelo imperador, Faivre trouxe da França uma leva de imigrantes. Instalou-se com eles no interior do Paraná, às margens do rio Ivaí, onde fundou uma colônia, Teresina, de efêmera duração”. 
Litografia. 32,5 x 18 cm. Rio de Janeiro, s.d. IHGB. Em João Antônio de Paula, “O processo econômico”, em Lilia Moritz Schwarcz (dir.), História do Brasil Nação. Vol. 2. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012, p. 201.
a) Cite e explique um princípio do discurso da medicina sanitarista desenvolvida no século XIX, presente na constituição da vila agrícola Teresa.
É notável no projeto da vila agrícola a intenção de harmonizar geometricamente a natureza (árvores), a cultura (biblioteca), as ciências (laboratório de química e física), os alojamentos (casa comunitária e casas assobradadas) e os estabelecimentos dos arredores (tecelagem, serraria, forja, carpintaria, olaria), bem como o cemitério. Nota-se no projeto a ausência de espaços para a realização de cultos religiosos. No conjunto, o projeto supõe o uso da razão, da ciência e da tecnologia na constituição das comunidades humanas – coerentes com os princípios positivistas valorizados no século XIX – no qual se destaca também um espaço higienizado, livre da promiscuidade dos espaços que haviam sido gerados pela Revolução Industrial.
b) Contextualize o cenário político do Brasil Império que incentivou o estabelecimento das colônias agrícolas. 
Diferentemente de seu antecessor, D. Pedro II foi um incentivador das ciências e da tecnologia e procurou, de uma certa maneira, buscar alternativas ao regime escravista herdado do Período Colonial, conjugado com a crença de que a fundação de colônias agrícolas geridas por europeus serviria como exemplo e estímulo para a mudança do padrão produtivo então vigente no país.
Questão 17:
O anúncio exemplifica uma prática que se tornou comum na imprensa brasileira no século XIX: a divulgação de oferta de recompensas por escravos fugidos. Tal prática possibilita situar a importância dessa mão de obra em diversas atividades econômicas.
A partir das informações do anúncio, identifique duas características da condição de vida dos escravos, no Brasil, naquele momento. Indique, também, a principal transformação no mercado de compra e venda de escravos ocorrida em 1850 que justifique o pagamento de uma recompensa. 
A condição de vida desses escravos naquele momento não era boa, havia precariedade em sua condição geral (alimentação, saúde, etc), e sua mão-de-obra nas fazendas e na realização de trabalho doméstico. A transformação no mercado de compra e venda de escravos era de que naquele momento não podia mais se praticar o tráfico de escravos por pressão da Inglaterra que consequentemente levou a Lei Eusébio de Queirós, porém dentro do Brasil ainda se preservava os escravos que sobraram no país, portanto, se um fugia, logo seu proprietário oferecia tal recompensa oferecendo um valor.
Questão 18:
Leia o trecho a seguir.
A cada dia as posições se radicalizavam. No governo liberal de Ouro Preto foi criada a Guarda Negra, espécie de força paralela ao exército para proteger a monarquia. (...) a situação era de fato paradoxal. Os ex-escravizados guardavam lealdade à monarquia e opunham-se aos republicanos, chamados de ‘os paulistas’ (...) A partir do segundo semestre [de 1889], a cada dia um novo acontecimento insistia em desmentir a normalidade. (...) Os jornais também não davam trégua (...) Mas o medo maior era o descontrole, e não por acaso o Partido Republicano Paulista começou a frequentar os quartéis, arquitetando uma contrarrevolução preventiva que visava garantir as estruturas sociais. Enquanto isso, os militares encontravam-se em seu clube, para começar a confabular. Na agenda apertada do golpe, os dias passavam rápido (...)
SCHWARCZ, L. & STARLING, H. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 312-314.
Considerando esse texto e com base em seus conhecimentos:
a) Analise a atuação de DOIS atores sociais envolvidos no contexto da queda da monarquia no Brasil.
o papel de setores do Exército Brasileiro descontentes com a Monarquia e a lealdade dos ex-escravos ao regime monárquico, expressas em manifestações e confrontospúblicos em decorrência da Lei Áurea
b) A queda da monarquia no Brasil em 1889 pode ser considerada um golpe? Justifique sua resposta. 
Sim, visto que tal ato não teve apoio popular, a participação do povo e nem um consenso, por mais que havia pessoas que queriam o fim da monarquia.
Questão 19:
“O ritmo da migração europeia intensificou-se durante o último quartel do século XIX e atingiu seu pico nas primeiras décadas do século XX. Entre 1881 e 1915, cerca de milhões de imigrantes chegaram às Américas. Mais uma vez, como no período anterior a 1880, os Estados Unidos eram o principal país de recepção, recebendo desses imigrantes. O segundo lugar em importância, [...] eram dois países latino-americanos: a Argentina, com milhões e o Brasil, com milhões de imigrantes. [...] A Itália – exportadora insignificante de trabalhadores antes de 1880 – expulsou cerca de milhões de trabalhadores entre 1881 e 1914. Os imigrantes do Império Austro-húngaro atingiram o total de milhões, seguidos pelos espanhóis milhões), por contingentes russos e poloneses milhões) e, finalmente, pelos portugueses com um milhão, dos quais cerca de dirigiram-se para o Brasil e o restante para os Estados Unidos”.
KLEIN, Herbert S. Migração internacional na história das Américas. In: Boris Fausto (org.). Fazer a América. A Imigração em Massa para a América Latina. São Paulo: Edusp, 2000, p. 25-26.
Este intenso movimento migratório de trabalhadores europeus para as Américas se concentrou, em sua grande maioria, nos Estados Unidos, Canadá, Argentina e Brasil.
a) Descreva um problema nas regiões de origem destes migrantes que seja um fator decisivo para a decisão de migrar.
Entre os elementos que influíram na decisão de abandonar os países de origem podem ser indicados as dificuldades de acesso à terra e a baixa produtividade da terra, a falta de acesso aos alimentos e a fome. Este período posterior a 1880 esteve marcado por uma transformação no mapa das migrações internacionais, com um crescimento dos migrantes do Leste e do Sul da Europa, predominantemente trabalhadores homens e jovens. As condições de vida desses trabalhadores de regiões pouco industrializadas, pouco competitivas no mercado dos preços internacionais, com salários baixos e pobreza, foram fatores determinantes da decisão de migrar. Também foram importantes, em alguns casos, as perseguições por motivos políticos e religiosos.
b) Indique duas características dos países de destino que resultavam atraentes do ponto de vista dos migrantes.
O candidato poderá indicar as facilidades de acesso à terra e os melhores salários nos países latino americanos de destino (onde a terra era abundante e a mão de obra escassa), já que foram, muitas vezes, elementos decisivos nas escolhas dos trabalhadores migrantes. As políticas públicas de promoção da imigração também foram fundamentais, assim como as redes sociais e familiares previamente existentes nos países de destino.
Questão 20:
	Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
[...]
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Gonçalves Dias, Primeiros cantos.
	Canto do regresso à pátria
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
[...]
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo.
Oswald de Andrade, Pau-Brasil.
a) Considerando que os poemas foram escritos, respectivamente, em 1843 e 1924, caracterize seus contextos históricos sob os pontos de vista político e social.
Em 1843 o Brasil iniciava o início do Segundo Reinado, a coroação de D. Pedro II amenizou os conflitos políticos e sociais, tornando tudo um pouco mais calmo. Em 1924, foi as revoltas tenentistas.
b) Comparando os dois poemas, indique uma diferença estética e uma diferença ideológica entre ambos. 
Comparando os dois poemas quanto às diferenças estéticas, observamos que Gonçalves Dias (Romantismo) utiliza versos rimados e metrificados, enquanto Oswald de Andrade (Modernismo) coloca-se contra o culto às rimas e ao verso perfeito, usando uma linguagem mais coloquial, mais próxima da linguagem falada, contra o tradicional e o acadêmico. Em relação às diferenças ideológicas, observa-se em Gonçalves Dias a exaltação de uma natureza idealizada e à pátria, e a nostalgia do exilado. Em Oswald de Andrade há a exaltação de um mundo mais urbano, um canto em louvor ao progresso de São Paulo.
8,45
74.939
3,79
67.791
5,41
26,7
48.939
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31.913
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70%
4,2
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7,7
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(
3,2
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80%
12,3
11,8
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10,8
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0,5
0,6
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1,0
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