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Sistemas de Saúde • “Conjunto de relações institucionais responsáveis pela condução dos processos em saúde de uma dada população que se concretizam em organizações, regras e serviços que visam alcançar resultados condizentes com a concepção de saúde prevalecente para a sociedade.” • • (Lobato e Giovanella, 2012) Estrutura e Organização do Sistema de Saúde - Níveis de Assistência • Durante anos, a odontologia esteve à margem das políticas públicas de saúde. O acesso dos brasileiros à saúde bucal era extremamente difícil e limitado, fazendo com que as pessoas se acostumassem apenas a procurar atendimento odontológico em casos de dor. • Para mudar esse quadro, em 2004 o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Saúde Bucal – Programa Brasil Sorridente. Política Nacional de Saúde Bucal BRASIL SORRIDENTE • O Brasil Sorridente constitui-se de uma série de medidas que têm como objetivo garantir as ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal dos brasileiros, entendendo que esta é fundamental para a saúde geral e para a qualidade de vida da população. • Seu principal objetivo é a reorganização da prática e a qualificação das ações e serviços oferecidos, reunindo ações em saúde bucal voltadas para os cidadãos de todas as idades, com ampliação do acesso ao tratamento odontológico gratuito aos brasileiros, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). • As principais linhas de ação do Brasil Sorridente são a reorganização do acesso à saúde bucal na Atenção Primária, principalmente com a implantação das equipes de Saúde Bucal (eSB) na Estratégia Saúde da Família (ESF) e das Unidades Odontológicas Móveis (UOM); a ampliação e qualificação da atenção especializada (especialmente com a implantação de Centros de Especialidades Odontológicas (CEO); a ampliação dos pontos de apoio à rede de atenção (principalmente por meio dos Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias [LRPD], que viabilizam o apoio para a reabilitação de saúde bucal); e a viabilização da adição de flúor nas estações de tratamento de águas de abastecimento público. • O Brasil Sorridente articula, ainda, outras ações de caráter intra e intersetorial. • A Equipe de Saúde Bucal na Estratégia Saúde da Família representa a possibilidade de criar um espaço de práticas e relações a serem construídas para a reorientação do processo de trabalho e para a própria atuação da saúde bucal no âmbito dos serviços de saúde. Dessa forma, o cuidado em saúde bucal passa a exigir a conformação de uma equipe de trabalho que se relacione com usuários e que participe da gestão dos serviços para dar resposta às demandas da população e ampliar o acesso às ações e serviços de promoção, prevenção e recuperação da saúde, por meio de medidas de caráter coletivo e mediante o estabelecimento de vínculo territorial. • O processo de trabalho das eSB fundamenta-se nos princípios da universalidade, equidade, integralidade da atenção, trabalho em equipe e interdisciplinar, foco de atuação centrado no território- família-comunidade, humanização da atenção, responsabilização e vínculo. Equipe de Saúde Bucal EQUIPE DE SAÚDE BUCAL (eSB) - 40 HORAS • Ação: Ampliação do número de pessoas assistidas em saúde bucal, por meio da implantação e manutenção de equipes de Saúde Bucal (eSB) na Atenção Primária à Saúde. • Para quem: População de todos os municípios de todas as Unidades da Federação. Produto: Ampliação do acesso da população às ações das eSB na Atenção Primária à Saúde. • Finalidade: As eSB trabalham integradas às equipes de Saúde da Família (eSF) e às equipes de Atenção Primária, fortalecendo o atributo da integralidade do cuidado e contribuindo para a ampliação da qualidade de vida das pessoas. • O que fazem: Contribuem para o fortalecimento dos atributos essenciais da APS, tais como o acesso de primeiro contato, a longitudinalidade, a integralidade e a coordenação do cuidado, sendo organizadas no modelo de atenção da Saúde da Família. • Organizando-se segundo as diretrizes da Estratégia Saúde da Família, ofertam o cuidado por, no mínimo, 40 horas semanais, estabelecendo relação de vínculo e responsabilização que potencializam o cuidado e resultados em saúde. • Além disso, têm um contato próximo com os usuários e competência para o conhecimento dos diferentes contextos sociais e de saúde, considerando o cidadão de forma mais integral e humanizada. Para isso, as suas ações e serviços são baseados na promoção, prevenção e recuperação da saúde, por meio de medidas de caráter individual e coletivo. EQUIPE DE SAÚDE BUCAL (ESB) COM CARGA HORÁRIA DIFERENCIADA • Ação: Expansão do acesso com a ampliação das possibilidades de composição de equipes da APS, organizadas segundo diretrizes e atributos da APS, e complementado o modelo prioritário - equipes de Saúde Bucal da saúde da Família (40 horas). • Para quem: População de todos os municípios de todas as Unidades da Federação. • , • Produto: Ampliação do acesso da população às ações das eSB na Atenção Primária à Saúde. • Para que serve: Em 2019, o Ministério da Saúde, buscando ampliar as possibilidades de arranjos de equipes da APS e ampliar o acesso sem prejuízos à qualidade da atenção ofertada, publicou a Portaria nº 2.539/GM/MS, de 26 de setembro. Sendo um pleito dos gestores municipais que já organizavam a oferta assistencial com modelo de atenção tradicional, o Ministério da Saúde buscou regulamentar as denominadas equipes de APS, de modo que estas atuassem de modo alinhado às diretrizes e atributos da APS, assegurando, para isso, diretrizes de organização e recurso de custeio federal para seu financiamento. Com isso, em 2019 passaram a ser regulamentadas as denominadas equipes de APS e equipes de Saúde Bucal com carga horária diferenciada. • As equipes de Saúde Bucal de carga horária diferenciada devem ser compreendidas como recurso complementar ao modelo prioritário, organizado pelos parâmetros da saúde da família. Por essas equipes configurarem modelo complementar, sua implementação não deve substituir as equipes de Saúde Bucal de Saúde da Família (eSB 40h), conforme constante na Portaria nº 3.566/GM/MS, de 19 de dezembro de 2019 INCENTIVOS FINANCEIROS: • De acordo com o plano de fornecimento de equipamentos odontológicos, para cada nova equipe de Saúde Bucal implantada na Estratégia Saúde da Família, o Ministério da Saúde disponibiliza uma cadeira odontológica completa, mais um kit de pontas (caneta de alta rotação, caneta de baixa rotação, peça reta e micromotor) • As eSB que atendam populações específicas fazem jus a incremento de 50% no recurso de custeio das eSB, conforme os totais constantes no Anexo I da Portaria MS/GM nº 822, de 17 de abril de 2006, e no Anexo da Portaria MS/GM nº 90, de 17 de janeiro de 2008. • Os valores de incentivo financeiro mensal para o custeio das eSB com carga horária diferenciada são: CENTRO DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓ GICAS •O QUE É? • Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) são estabelecimentos de saúde que prestam serviços aos usuários do SUS que necessitam de serviços especializados odontológicos, por encaminhamento da Unidade Básica de Saúde. • Alguns Centros de Especialidades Odontológicas podem ter oferta de Ortodontia e Implante dentário, para custeio destas especialidades o município deve enviar solicitação para o Ministério da Saúde. QUEM PODE UTILIZAR ESTE SERVIÇO? ESTADO MUNICÍPIOS • Com a expansão do conceito de Atenção Primária e o consequente aumento da oferta de diversidade de procedimentos, fazem-se necessários, também, investimentos que propiciem aumentar o acesso aos níveis especializados. • Para fazer frente ao desafio de ampliar e qualificar a oferta de serviços odontológicos especializados, foram criados os Centros de Especialidades Odontológicas – CEO, estabelecimentos de saúde participantes do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES,classificados como Clínica Especializada ou Ambulatório de Especialidade. Os Centros de Especialidades Odontológicas estão preparados para oferecer à população, no mínimo, os seguintes serviços: ESPECIALIDADES • Os Centros de Especialidades Odontológicas estão preparados para oferecer à população, no mínimo, os seguintes serviços: • Diagnóstico bucal, com ênfase no diagnóstico e detecção do câncer de boca. • Periodontia especializada • Cirurgia oral menor dos tecidos moles e duros • Endodontia • Atendimento a portadores de necessidades especiais O tratamento oferecido é uma continuidade do trabalho realizado pela rede de Atenção Primária e, no caso dos municípios que estão na Estratégia Saúde da Família, pelas equipes de Saúde Bucal. Os profissionais da Atenção Primária são responsáveis pelo primeiro atendimento ao paciente e pelo encaminhamento aos centros especializados apenas dos casos mais complexos. • Cada Centro de Especialidades Odontológicas credenciado recebe recursos do Ministério da Saúde. • A implantação de Centros de Especialidades funciona por meio de parceria entre estados, municípios e o Governo Federal, isto é o Ministério da Saúde faz o repasse do incentivo financeiro e os estados e municípios contribuem com outra parcela conforme Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012. Existem três tipos de CEO e cada um deles recebe um valor de incentivo para implantação e custeio, repassado pelo Ministério da Saúde: • Incentivo de implantação - para construção, ampliação, reforma e aquisição de equipamentos odontológicos: • - R$ 60 mil para CEO Tipo I (com 3 cadeiras odontológicas) • - R$ 75 mil para CEO Tipo II (de 4 a 6 cadeiras odontológicas) • - R$ 120 mil para CEO Tipo III (acima de 7 cadeiras odontológicas) Incentivo de custeio - mensal: - R$ 8.250 mil para CEO Tipo I - R$ 11.000 mil para CEO Tipo II - R$ 19.250 mil para CEO Tipo III PRODUÇÃO • O CEO deve ter uma produção mínima mensal em cada especialidade, definida pelo Anexo XL da Portaria de Consolidação nº 6, de 28 de setembro de 2017. A transferência de recursos referentes aos incentivos mensais dos Centros de Especialidades Odontológicas - CEO poderá ser suspenso, de maneira integral, quando a produção mínima mensal, em qualquer das especialidades, não for atingida por 2 (dois) meses consecutivos ou 3 (três) meses alternados no período de 1 (um) ano, e será mantida até a regularização da produção mínima mensal. Ortodontia/Ortopedia e Implante Dentário no SUS • O Ministério da Saúde passou a financiar, por meio da Portaria Ministerial Nº 718/SAS de 20/12/2010, novos procedimentos da tabela do SUS: aparelho ortodôntico/ortopédico e implante dentário osteointegrado (incluindo a prótese sobre o implante). • Os tratamentos poderão ser realizados nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) - Brasil Sorridente. • Para ofertar os serviços elencados, é necessário que o gestor municipal envie um ofício à Coordenação-Geral de Saúde Bucal, solicitando essa ação. Adesão do CEO a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência • Criada pela Portaria GM/MS nº793 de 24/04/2012, a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência tem como objetivo primordial a “criação, ampliação e articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com deficiência temporária ou permanente; progressiva, regressiva, ou estável; intermitente ou contínua, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)”. Essa rede busca levar atendimento integral e de qualidade às pessoas com necessidades especiais. • No âmbito da saúde bucal, a Rede se propõe a garantir o atendimento odontológico qualificado a todos os portadores de deficiência. Todo atendimento a esse público deve ser iniciado na Atenção Primária, que referencia para o nível secundário (CEO) ou terciário (atendimento hospitalar) apenas os casos que apresentarem necessidades especiais para o atendimento. • Nesse sentido, a Portaria de Consolidação nº 6, de 28 de setembro de 2017 (Origem PRT MS/GM 1.341/2012, Anexo XLI), criou incentivos adicionais para os CEO que fizerem parte da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD). Os incentivos são da seguinte ordem: • • R$ 1.650,00 mensais para o CEO Tipo I • • R$ 2.200,00 mensais para o CEO Tipo II • • R$ 3.850,00 mensais para o CEO Tipo III • Todos os CEO credenciados pelo Ministério da Saúde podem solicitar o incentivo adicional. Para tanto, esses CEO precisam cumprir compromissos mínimos, que são: • • Disponibilizar 40 horas semanais, no mínimo, para atendimento exclusivo a pessoas com deficiência; • • Realizar apoio matricial para as equipes de Saúde Bucal da Atenção Básica, no tocante ao atendimento e encaminhamento de pessoas com deficiência que necessitam de atendimento odontológico especializado; • • Manter alimentação regular e consistente da informação de produção do CEO por meio do Sistema de Informação Ambulatorial do SUS (SIA/SUS), utilizando como instrumento de registro o Boletim de Produção Ambulatorial Individualizado (BPA-I) para todos os procedimentos realizados em pessoas com deficiência; • • Manter a produção mensal mínima exigida no Anexo XL da Portaria de Consolidação nº 6, de 28 de setembro de 2017; • • Aplicar os recursos adicionais do Ministério da Saúde pela incorporação do CEO à Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência exclusivamente para a esse fim; • • Garantir condições de acessibilidade e mobilidade nas instalações do CEO para pessoas com deficiência; • • Prover o(s) CEO com profissionais de saúde bucal capacitados para o atendimento odontológico de pessoas com deficiência. Fluxo de adesão: Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19: Sistemas de Saúde Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38: BRASIL SORRIDENTE Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44: EQUIPE DE SAÚDE BUCAL (eSB) - 40 HORAS Slide 45 Slide 46 Slide 47: EQUIPE DE SAÚDE BUCAL (ESB) COM CARGA HORÁRIA DIFERENCIADA Slide 48 Slide 49: INCENTIVOS FINANCEIROS: Slide 50 Slide 51 Slide 52: CENTRO DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS Slide 53: QUEM PODE UTILIZAR ESTE SERVIÇO? Slide 54 Slide 55: ESPECIALIDADES Slide 56 Slide 57 Slide 58: Existem três tipos de CEO e cada um deles recebe um valor de incentivo para implantação e custeio, repassado pelo Ministério da Saúde: Slide 59: Incentivo de custeio - mensal: Slide 60: PRODUÇÃO Slide 61: Ortodontia/Ortopedia e Implante Dentário no SUS Slide 62: Adesão do CEO a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência Slide 63 Slide 64 Slide 65: Fluxo de adesão: