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Direito Empresarial – Prof. Murilo. Figura do administrador judicial O administrador judicial poderá ser nomeado durante a fase de recuperação da empresa, ou quando está decreta falência, para que assim seja administrada a massa falida. Lembrando que a massa falida se constitui em razão da decretação da falência da empresa, e como tal, caracteriza-se como conjunto de bens e direitos da empresa que faliu, o que inclui o patrimônio, os créditos e as dívidas. Art. 21 da lei de falências (11101/2005) – traz as características que o administrador judicial deve ter. Características do administrador judicial 1. Ser um profissional idôneo; 2. Preferencialmente o administrador deve ser advogado, economista, administrador de empresas, contador ou pessoa jurídica especializada( art 21 § 1) Nos termos do art 21 § 1 da lei de falências sendo o administrador judicial pessoa jurídica deverá ser declarado o nome do profissional vinculado a pessoa jurídica e que será responsável pela condução do processo de falência ou de recuperação judicial. Vale lembrar , que esse profissional vinculado a pessoa jurídica é responsável pela condução do processo de falência ou de recuperação da empresa, somente poderá ser substituído mediante autorização judicial. ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES A assembleia geral de credores é constituída por aqueles que estão habilitados como beneficiários das dívidas que deverão ser pagas pela empresa na fase de recuperação, ou caso está não tenha êxito, durante a falência. Nesse sentido, a assembleia geral de credores se constituirá como um órgão deliberativo que deverá aprovar ou não os procedimentos da recuperação e depois da falência. A medida em que uma empresa entra em recuperação, deverá ela apresentar um plano de como essa recuperação será conduzida, de modo que, o referido plano somente será concretizado se a assembleia geral de credores o aprovar. A DEFINIÇÃO DE RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS E SEUS REQUISITOS A recuperação de empresas, que pode ser judicial ou extrajudicial, com base no princípio da preservação da empresa, tem por objetivo viabilizar a superação da crise econômica e financeira que se encontra o ente devedor, de maneira a permitir a manutenção da fonte produtora, da arrecadação de tributos, do emprego dos trabalhadores, dos interesses dos credores, promovendo assim, a preservação da companhia empresarial,sua função social, E o estilo da atividade econômica. Obs: a recuperação judicial é a que se faz intermediada pelo poder judiciário. Já a recuperação extrajudicial é aquela que, mediante a concordância dos credores, é realizada sem a intervenção judiciária de modo que basta o acordo de vontades entre as partes na negociação dos débitos. Requisitos para recuperação da empresa: Para a empresa poder entrar em recuperação deverá ela cumprir certos requisitos, que serão cumulativos. Em outras palavras, se faltar um desses requisitos, a recuperação não será autorizada. Requisitos para recuperação: • A empresa devedora deverá exercer regularmente suas atividades há mais de dois anos. • A empresa não pode ter sido declarada falida em momento anterior e suas responsabilidades pendentes em razão de tal circunstância devem ter sido extintas. • A empresa que requer a recuperação não poderá ter a menos de 5 anos obtido concessão de recuperação judicial. • Não pode ter sido condenado ou não pode ter como administrador ou sócio controlador pessoa que sofreu condenação por quaisquer dos crimes falimentares. Plano especial de microempresas Com a finalidade de facilitar a recuperação das microempresas e até mesmo empresas de pequeno porte que se encontre em crise, a legislação faculta a essas companhias, a possibilidade de apresentar um plano específico que atenda melhor a sua condição. O plano de microempresas e plano de pequeno porte é especial pois permite a esses tipos de companhias fazer ofertas aos credores, de maneira facultativa, com as seguintes especificidades: 1. Possibilidade parcelamento em até 36 parcelas mensais da dívida, iguais e sucessivas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros de 12% ao ano. 2. Poderá prever o pagamento da 1 parcela no prazo máximo de 180 dias, contado da distribuição do pedido de recuperação. Observações: 1. o plano especial de microempresas e empresas de pequeno porte somente poderá abranger os créditos quirografários. 2. Uma vez que o plano especial de microempresas e empresas de pequeno porte já traz alguns benefícios, essa opção de recuperação para esse tipo de empresa somente será aceita se nós últimos 8 anos não houver tudo concessão dessa forma de recuperação. PRAZO PARA APRESENTAR O PLANO DE RECUPERAÇÃO QUANDO FOR RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme estabelecido pelo art. 53 da lei 11101/2005, conhecida também como lei de falência, o plano de recuperação, quando está for judicial, deverá ser apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 60 dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial. Se não for apresentado nesse prazo de recuperação o juiz a converterá em falência. Próxima aula A falência e a classificação dos créditos ou ordem de pagamento
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