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Aula Direito Empresarial 03.05.23

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Direito Empresarial – Prof. Murilo. 
Figura do administrador judicial 
O administrador judicial poderá ser nomeado durante a fase de recuperação da 
empresa, ou quando está decreta falência, para que assim seja administrada a 
massa falida. 
Lembrando que a massa falida se constitui em razão da decretação da falência 
da empresa, e como tal, caracteriza-se como conjunto de bens e direitos da 
empresa que faliu, o que inclui o patrimônio, os créditos e as dívidas. 
Art. 21 da lei de falências (11101/2005) – traz as características que o 
administrador judicial deve ter. 
Características do administrador judicial 
1. Ser um profissional idôneo; 
2. Preferencialmente o administrador deve ser advogado, economista, 
administrador de empresas, contador ou pessoa jurídica especializada( 
art 21 § 1) 
Nos termos do art 21 § 1 da lei de falências sendo o administrador 
judicial pessoa jurídica deverá ser declarado o nome do profissional 
vinculado a pessoa jurídica e que será responsável pela condução do 
processo de falência ou de recuperação judicial. Vale lembrar , que esse 
profissional vinculado a pessoa jurídica é responsável pela condução do 
processo de falência ou de recuperação da empresa, somente poderá 
ser substituído mediante autorização judicial. 
 
ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES 
A assembleia geral de credores é constituída por aqueles que estão 
habilitados como beneficiários das dívidas que deverão ser pagas pela 
empresa na fase de recuperação, ou caso está não tenha êxito, durante 
a falência. 
Nesse sentido, a assembleia geral de credores se constituirá como um 
órgão deliberativo que deverá aprovar ou não os procedimentos da 
recuperação e depois da falência. 
A medida em que uma empresa entra em recuperação, deverá ela 
apresentar um plano de como essa recuperação será conduzida, de 
modo que, o referido plano somente será concretizado se a assembleia 
geral de credores o aprovar. 
 
A DEFINIÇÃO DE RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS E SEUS 
REQUISITOS 
 
A recuperação de empresas, que pode ser judicial ou extrajudicial, com 
base no princípio da preservação da empresa, tem por objetivo viabilizar 
a superação da crise econômica e financeira que se encontra o ente 
devedor, de maneira a permitir a manutenção da fonte produtora, da 
arrecadação de tributos, do emprego dos trabalhadores, dos interesses 
dos credores, promovendo assim, a preservação da companhia 
empresarial,sua função social, E o estilo da atividade econômica. 
Obs: a recuperação judicial é a que se faz intermediada pelo poder 
judiciário. Já a recuperação extrajudicial é aquela que, mediante a 
concordância dos credores, é realizada sem a intervenção judiciária de 
modo que basta o acordo de vontades entre as partes na negociação 
dos débitos. 
Requisitos para recuperação da empresa: 
Para a empresa poder entrar em recuperação deverá ela cumprir 
certos requisitos, que serão cumulativos. Em outras palavras, se 
faltar um desses requisitos, a recuperação não será autorizada. 
 
Requisitos para recuperação: 
• A empresa devedora deverá exercer regularmente suas atividades há 
mais de dois anos. 
• A empresa não pode ter sido declarada falida em momento anterior e 
suas responsabilidades pendentes em razão de tal circunstância devem 
ter sido extintas. 
• A empresa que requer a recuperação não poderá ter a menos de 5 anos 
obtido concessão de recuperação judicial. 
• Não pode ter sido condenado ou não pode ter como administrador ou 
sócio controlador pessoa que sofreu condenação por quaisquer dos 
crimes falimentares. 
 
Plano especial de microempresas 
 
Com a finalidade de facilitar a recuperação das microempresas e até 
mesmo empresas de pequeno porte que se encontre em crise, a 
legislação faculta a essas companhias, a possibilidade de apresentar um 
plano específico que atenda melhor a sua condição. 
O plano de microempresas e plano de pequeno porte é especial pois 
permite a esses tipos de companhias fazer ofertas aos credores, de 
maneira facultativa, com as seguintes especificidades: 
1. Possibilidade parcelamento em até 36 parcelas mensais da 
dívida, iguais e sucessivas, corrigidas monetariamente e 
acrescidas de juros de 12% ao ano. 
2. Poderá prever o pagamento da 1 parcela no prazo máximo de 
180 dias, contado da distribuição do pedido de recuperação. 
 
Observações: 
1. o plano especial de microempresas e empresas de pequeno porte 
somente poderá abranger os créditos quirografários. 
2. Uma vez que o plano especial de microempresas e empresas de 
pequeno porte já traz alguns benefícios, essa opção de 
recuperação para esse tipo de empresa somente será aceita se 
nós últimos 8 anos não houver tudo concessão dessa forma de 
recuperação. 
PRAZO PARA APRESENTAR O PLANO DE RECUPERAÇÃO QUANDO 
FOR RECUPERAÇÃO JUDICIAL 
Conforme estabelecido pelo art. 53 da lei 11101/2005, conhecida também 
como lei de falência, o plano de recuperação, quando está for judicial, deverá 
ser apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 60 dias da 
publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial. Se 
não for apresentado nesse prazo de recuperação o juiz a converterá em 
falência. 
Próxima aula 
A falência e a classificação dos créditos ou ordem de pagamento

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