Buscar

Resumo N1 de Recuperação Judicial e Falencia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Recuperação Empresariais 
 
Conceito: Recuperação judicial é aquele momento que a empresa está                   
em dificuldade financeira, mas esta dificuldade é temporária; 
 
Fundamento:​ Lei 11.101/2005; 
 
Há 3 tipos de recuperação judicial: Judicial geral, judicial especial e                     
extrajudicial; 
 
 
1. Recuperação Judicial Geral, também chamada de           
Recuperação Judicial - Encontra-se expressa no art. 47​, ela                 
abrange qualquer empresa que possa falir e recuperar.  
Deve ter no mínimo 2 anos de existência e que no mínimo                       
em 5 anos não tenha sofrido nenhuma recuperação. 
Depende da aceitação dos credores, quanto ao plano que                 
ela oferece  
 
2. Recuperação Judicial Especial - Encontra-se expressa no             
art. 70. Somente as microempresas e empresas de               
pequeno porte podem requerer esta modalidade de             
recuperação.  
Só abrange créditos quirografários.  
A princípio é o juiz que defere, não indagando se o credor                       
aceita ou não.  
Congela-se os créditos, divide-se em 36 vezes, com juros da                   
selic, com 180 dias para começar a pagar.  
 
3. Recuperação Extrajudicial ​- art. 161.  
Não se exige tanta burocracia. Podendo seu contrato de                 
novação ser feito até “em uma mesa de bar”;  
Onde o devedor chama/reúne seus credores, faz o contrato                 
colocando cláusula de falência/Convocação de falência           
caso as medidas não sejam cumpridas.  
Possui este nome, porque começa fora do juízo, mas ela tem                     
que entrar em juízo, para que possa ser homologado. Logo                   
ela é judicial também.   
 
 
1 
 
 
Recuperação Judicial 
 
Conceito: ​Tentativa de reestruturação de empresas economicamente             
viáveis que passam por uma crise ​momentânea ​, buscando a                 
manutenção da atividade empresarial, da função social, dos empregos                 
e dos interesses dos credores. É um estímulo à atividade econômica ​. 
Tem empresas que estão fora - art. 2º traz o rol daquelas que não                           
podem recuperar e nem falir; 
 Art. 2º Esta Lei não se aplica a: 
I – empresa pública e sociedade de economia mista; 
II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio,                     
entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de                 
assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras                   
entidades legalmente equiparadas às anteriores. 
 
O art 48 determina quais os requisitos para requerer uma                   
recuperação;  
 
● Manter suas atividades a mais de 2 anos; 
● Não ser falido (mas, se foi, devem estar declaradas extintas todas                     
as responsabilidades decorrentes da falência); 
● Não ter obtido concessão de recuperação judicial há menos de 5                     
anos; 
● Não ter obtido concessão de recuperação judicial com base no                   
plano especial há menos de 5 anos; 
● Não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio                     
controlador, pessoa condenada por crimes previstos na Lei ​11.101​; 
 
2 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera%C3%A7%C3%A3o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal%C3%AAncia-lei-11101-05
Assim, inicia-se com a petição inicial - art. 51 ( Iniciado a recuperação,                         
não é possível desistir. Já que a recuperação só irá se encerrar com a                           
sentença de extinção). 
 
Uma vez que a petição inicial é protocolizada , não tem ainda o                         
contraditório. O juiz ao analisar e verificar a falta de documentos, irá                       
determinar a emenda da petição. 
 
Efeitos do Deferimento da RJ:​ ​art. 6º 
 
● Suspensão do curso da prescrição e de todas as ações e                     
execuções em face do devedor; 
Essa suspensão, no entanto, não pode exceder o prazo de 180 dias                       
(Stay Period). O período do ​Stay não é automático, devendo ser                     
deferido pelo juiz. 
Como a suspensão se dá em face do devedor, as execuções contra os                         
fiadores e avalistas não são suspensas. 
Conforme interpretação jurisprudencial, o juiz pode deferir a               
suspensão dos efeitos dos protestos, uma vez que se entende que                     
protestar é um ato de restrição patrimonial contra o devedor. 
● Prosseguimento às ações que demandarem quantia ​ilíquida​. 
● Créditos apurados pela Justiça do Trabalho terão             
prosseguimento na Justiça Trabalhista​; 
3 
Contudo, o juiz não pode restringir bens da empresa em Recuperação                     
Judicial. O que pode ser feito é um pedido de reserva de valor ao juízo                             
universal, a fim de garantir o crédito. 
● As ​execuções fiscais prosseguirão independentemente do           
deferimento da Recuperação Judicial; art. 7º 
Porém, segundo a jurisprudência, o fisco não pode executar patrimônio                   
da empresa. Além disso, os processos de execução fiscal ​não                   
participam da Recuperação Judicial. 
● Prevenção da jurisdição para qualquer outro pedido de               
Recuperação Judicial relativo ao mesmo devedor; art. 8º 
● Estão sujeitos à Recuperação Judicial todos os créditos               
existentes na data do pedido; art. 49 
Os credores do devedor conservam seus direitos contra os                 
coobrigados, fiadores e obrigados de regresso (§ 1o). 
● Não se submetem aos efeitos da Recuperação Judicial o                 
proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de               
arrendador mercantil, de proprietário ou promitente           
vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham             
cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade e de             
4 
proprietário em contrato de venda com reserva de domínio;                 
art. 49, § 3º 
 
 
Verificando-se que atende todos os requisitos, expedirá um despacho                 
de processamento.De forma expressa, o juiz dará a ordem, por meio do                       
despacho para que a empresa comece formalmente o seu processo de                     
proposição de recuperação. 
 
Neste Despacho o juiz já nomeia um administrador judicial, que irá                     
fiscalizar os administradores da empresa. Este administrador indicado               
pelo juiz, atenderá os requisitos do art. 21;   
 
Este despacho suspende todas as prescrições contra a empresa, pelo                   
prazo de 180 dias. Determina 60 dias para que a empresa apresente seu                         
plano de recuperação Judicial, sob pena de não atendendo a                   
determinação, falir; Prazo de 15 dias para habilitar créditos, no caso de                       
algum credor ter se esquecido de habilitar-se; 
 
Com este despacho determina a realização da Assembleia. Nesta                 
assembléia, pode ser escolhido o comitê, sendo composto por 4                   
pessoas que vão votar por todos os credores, sendo: 1 - trabalhista; 2-                         
com garantia real; 3- crédito quirografário; e 4- microempresa/empresa                 
de pequeno porte.  
 
O comitê de credores - art.7; 
 
Assembléia Geral - art.35; 
 
Habilitação de Créditos - do art. 7º ao art.12º; 
 
As habilitações serão julgadas pelo administrador da empresa. Que se                   
for aprovada (s), terá prazo de 10 dias para apresentar impugnação. E                       
se houver impugnação. aquele crédito impugnado terá o prazo de 5                     
dias para se defender.  
 
5 
Meios de Requerimento da Empresa: 
 
 
Tudo isso enquanto corre o prazo para o plano de recuperação. Este                       
plano de recuperação, trás as medidas para a empresa sairdo                     
“buraco”/ da dificuldade econômica. Pode ser ​qualquer medida lícita, 
 
Os meios de reerguimento da empresa estão elencados no art. 50.                     
Entre dos mais utilizados destacam-se: 
● Concessão de prazos e condições especiais para o               
pagamento das obrigações vencidas ou vincendas; 
Isso se dá em virtude da ​natureza bilateral da Recuperação Judicial,                     
uma vez que se pode negociais as condições de pagamento. Pode-se                     
estabelecer a ampliação dos prazos, remissão parcial da dívida, ou, até                     
mesmo, o deságio. 
Tendo a aceitação da maioria dos credores, todos os créditos                   
submetidos à Recuperação Judicial sofrerão o efeito da ​novação ​. 
● Cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade,             
constituição de subsidiária integral, ou cessão de quotas ou                 
ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da                 
legislação vigente; 
6 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
Tratam-se de medidas mais drásticas, por isso devem ser bastante                   
discutidas entre os sócios. 
● Dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo,                 
com ou sem ​constituição ​ de garantia própria ou de terceiro; 
A dação em pagamento pode ser realizada a um (ou alguns) dos                       
credores, contando que haja a aprovação dos demais. 
A novação não precisa necessariamente estar expressa no plano de                   
Recuperação Judicial, uma vez que decorre da própria Lei (art. 59). 
● Venda parcial dos bens; 
Pode-se vender um bem que constitua garantia real de um dos                     
credores, contando que este concorde expressamente com a venda. 
● Equalização de encargos financeiros relativos a débitos de               
qualquer natureza, tendo como termo inicial a data da                 
distribuição do pedido de recuperação judicial,           
aplicando-se inclusive aos contratos de crédito rural, sem               
prejuízo do disposto em legislação específica; 
7 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
Os encargos financeiros são, muitas vezes, a causa do pedido de                     
Recuperação Judicial. A equalização dos encargos é uma alternativa,                 
visto que beneficia tanto a empresa quanto os credores. 
● Abertura da sociedade para novos sócios 
Muitas vezes é necessário o aporte de capital para permitir a                     
continuidade de atividade empresária. 
Uma vez que este plano é apresentado, começa a correr o prazo de 30                           
dias, para impugnação.  
 
Quem irá determinar que a medida (s) é cabível (eis), são os credores ( a                             
empresa fica na mão dos credores); 
 
Se passando os 30 dias, ocorrendo a impugnação, será feito a                     
assembléia geral, conforme art.55, onde os credores irão decidir; 
 
O plano passará por vários coreos, onde pelo menos metade de cada                       
classe ou então metade do geral, poderão aprovar este plano.                   
Aprovado por maioria, até aqueles que não gostaram do plano vão ser                       
obrigados a aceitar. A lei determina que pode haver pedido de                     
modificação no plano, a empresa escolhe, entre modificar ou falir.  
 
Sendo assim aprovado o plano pelos credores, começa a fase de                     
recuperação. A recuperação não tem prazo máximo, mas possui                 
regras, art.61.  
 
   
2anos ...     
 
 1 ano   
 
Nos primeiros dois anos é considerado como o período crítico, pois se                       
houver descumprimento é decretado falência automaticamente. Sendo             
feita pelo juiz de ofício; 
 
8 
No primeiro ano deve ser pago todo o crédito trabalhista que estiver                       
atrasado, conforme art. 54; Devendo pagar no prazo de 1 mês/ 30 dias,                         
os três últimos meses de salário atrasado.  
 
Passado o período crítico, deve ser cumprido absolutamente aquilo                 
que foi determinado no plano de recuperação judicial. Em caso de                     
descumprimento os credores é quem decidem, se decretam falência ou                   
executam a dívida.  
 
Decorrendo todo o tempo pedido e cumprido todo o plano, será                     
recuperada a empresa, e terá fim a recuperação. Mais caso tenha                     
ocorrido o descumprimento , ocorrerá a execução ou a falência.  
 
A recuperação pode ser iniciada como pedido da própria empresa ( de                       
forma autônoma) ou pode ser requerida no prazo de 10 dias no                       
momento do contraditório, quando se tratar de falência. Na falência é                     
citada a empresa, onde tem 10 dias para se defender. Nestes 10 dias, a                           
empresa pode confessar a situação econômica, e querendo pode pedir                   
a recuperação Judicial.  
 
Hipóteses de Convolação em Falência​ : 
As hipóteses estão elencadas no art. 73: 
● Por deliberação da assembléia-geral de credores, na forma 
do art. 42 desta Lei; 
Quando os credores acreditarem que o plano de Recuperação Judicial                   
é inviável, pode-se converter a Recuperação em Falência. 
9 
● Pela não apresentação, pelo devedor, do plano de 
recuperação no prazo do art. 53 desta Lei; 
O devedor tem o prazo de até 60 dias, contados do deferimento do                         
processo de Recuperação Judicial, e sua participação é fundamental.                 
Se o plano não for apresentado no prazo, o juiz pode decretar a                         
Falência. 
● Quando houver sido rejeitado o plano de recuperação, nos 
termos do § 4o do art. 56 desta Lei; 
Art. 56. Havendo objeção de qualquer credor ao plano de recuperação                     
judicial, o juiz convocará a assembléia-geral de credores para                 
deliberar sobre o plano de recuperação. 
§ 4o Rejeitado o plano de recuperação pela assembléia-geral de                   
credores, o juiz decretará a falência do devedor. 
● Por descumprimento de qualquer obrigação assumida no 
plano de recuperação, na forma do § 1o do art. 61 desta Lei. 
Conforme o Parágrafo único desse artigo, o inadimplemento de                 
obrigação não sujeita à recuperação judicial não impede a decretação                   
de falência. 
10 
Art. 74. Na convolação da recuperação em falência, os atos de                     
administração, endividamento, oneração ou alienação praticados;           
durante a recuperação judicial presumem-se válidos, desde que               
realizados na forma desta Lei. 
 
 
 
 
 
 
 
Falência 
Processo de execução coletiva onde todos os credores se reúnem no                     
mesmo processo contra mesmo devedor, observando princípio da par                 
conditio creditorum, visando a satisfação de seus créditos. Instituto                 
destinado para os empresários, de acordo com art. 1º, LRE.  
 
O processo falimentar inicia-se com a sentença que decreta a falência.                     
Até então, estamos diante da fase pré-falimentar. Para tanto,                 
determinados pressupostos devem ser preenchidos: a) legitimidade             
passiva; b) legitimidade ativa; c) sentença.  
 
11 
Devedor empresário: art. 1º - sujeito que explora atividade econômica organizada 
(empresário individual; sociedade empresária; EIRELI). No entanto, art. 2º elenca 
grupo de pessoas que, mesmo explorando atividade econômica organizada, estão 
excluídos do regime falimentar. De acordo com I - as empresas públicas e 
sociedades de economia mista configuram-se como casos de não incidência 
absoluta;II - as sociedades ali elencadas, por força do disposto no art. 197, 
aplicam-se subsidiariamente a LRE enquanto não forem aprovadas as respectivas 
leis específicas. 
 
Atenção especial à críticas ao art. 2º, críticas estas feitas tanto em                       
relação ao inciso I quanto em relação ao inciso II. No que s refere ao                             
inciso I, a doutrina concorda no entendimento de que empresas                   
públicas e sociedades de economia mista não se valerão do instituto                     
da recuperação judicial e extrajudicial; no entanto, existem               
controvérsias no que se refere à incidência da falência. Parte da                     
doutrina prega a inconstitucionalidade de referida norma por ferir art.                   
173, CF. Para tais autores, deste modo, aplica-se o instituto da falência                       
às empresas públicas e sociedades de economia mista. Parte da                   
doutrina, por sua vez, prega a incidência do instituto falimentar para                     
as empresas públicas e sociedades de economia mista que exploram                   
atividade econômica organizada, estando, portanto, excluídos do             
instituto da falência, as prestadoras de serviço público. Por fim, tem-se                     
entendimento doutrinário que, por força do disposto no II, art. 2º, não                       
há que se falar em incidência da Lei n. 11.101 para as empresas estatais.                           
No que se refere ao inciso II, no que se refere à recuperação judicial e                             
extrajudicial o entendimento é no sentido de que não se aplicam às                       
sociedades ali elencadas. No entanto, no que se refere à falência, mais                       
uma vez existem posicionamentos divergentes no sentido de que, a                   
depender da sociedade trabalhada a falência poderá ser pedida pelo                   
credor, pelo credor e interventor ou somente se observará o                   
procedimento especial.  
 
Legitimidade ativa - art. 97: atenção! caso o credor se configure como                       
empresário, para que ele requeira a falência de seu devedor, deverá                     
estar devidamente registrado na Junta Comercial (art. 97, §1º).  
 
12 
Autofalência - arts 105 a 107: raro de ocorrer em termos práticos. Não                         
há procedimento próprio, sendo a falência requerida pelo próprio                 
devedor que entende que não possui os meios mínimos para buscar                     
sua recuperação, antecipando-se, assim, ao pedido de falência dos                 
seus credores. 
 
Foro competente: ​art. 3º - principal estabelecimento do devedor.               
Divergência doutrinária acerca de conceito de principal             
estabelecimento. Para STJ principal estabelecimento pode significar a)               
centro vital das principais atividades do devedor; b) local onde devedor                     
mantém suas principais atividades e seu principal estabelecimento; c)                 
local onde a atividade se mantém centralizada. De acordo com                   
Enunciado 465, CJF: “para fins de Direito Falimentar, o local do                     
principal estabelecimento é aquele de onde partem as decisões                 
empresariais, e não necessariamente a sede indicada no registro                 
público”. 
 
Pedido de Falência: art. 94  
Resposta do Devedor (art. 96) ​- dez dias, podendo ser apresentado                     
pedido de recuperação judicial, o que não significa dizer que o pedido                       
incidental de recuperação judicial se assemelha à antiga concordata                 
preventiva. Depósito Elisivo (art. 98) - efetuado durante o prazo de                     
contestação e tem como finalidade evitar a decretação da falência.                   
Possível nas hipóteses do art. 94, I e II.  
 
Decretação da Falência ​- efetivamente inicia o processo falimentar e                   
os efeitos daí decorrentes. Da decisão que decreta a falência cabe                     
agravo, e da sentença que julga a improcedência do pedido cabe                     
apelação (art. 100), devendo, de qualquer modo, a sentença ser                   
devidamente fundamentada (art. 203, §1º, CPC). O art. 99 elenca quais                     
são os conteúdos específicos da sentença declaratória da falência.  
 
Atenção ​ ao II, art 99 que cuida do termo legal da falência.  
 
13 
Nomeação do administrador judicial - pessoa natural ou pessoa                 
jurídica especializada. Preferencialmente advogado, economista,         
contador ou administrador de empresa.  
 
Efeitos da decretação da falência 
 
Processo falimentar: o grande responsável pelo bom desenvolvimento               
do processo falimentar é o administrador judicial, que deverá proceder                   
a arrecadação dos bens do falido e realizar o procedimento de                     
verificação e habilitação dos créditos.  
Feita a arrecadação dos bens, deve-se realizar a sua arrematação                   
para fins de pagamento dos credores devidamente habilitados, com                 
base no art. 83 - credores concursais (vide art. 84 - credores                       
extraconcursais). 
 
 
  
 
14

Continue navegando