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Farmacodinâmica e Interações Medicamentosas Profa. MSc ADREANNE OLIVEIRA DA SILVA CURSO DE FARMÁCIA FARMACOLOGIA GERAL FARMACODINÂMICA AGENTES CAPAZES DE MODIFICAR PROCESSOS BIOQUÍMICOS E FISIOLÓGICOS NO ORGANISMO ESTUDO DOS EFEITOS E DOS MECANISMOS DE AÇÃO DAS DROGAS PRINCÍPIOS GERAIS Fármaco • Substância que afeta a função fisiológica de forma específica, através de suas ações químicas. • Alvos proteicos para ligação de fármacos: são eficazes porque afetam proteínas – alvos (receptores – produzem efeito terapêutico). – Enzimas – Transportadores – Canais iônicos – Receptores INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS • IMPORTÂNCIA CLÍNICA: ❖Associação Medicamentosa. ❖Riscos. ❖Incidência de 3-5%. ❖20% usando uma média de 10 fármacos (paciente hospitalizado: média de 6-8 fármacos) OBJETIVO DAS ASSOCIAÇÕES 1. Potencializar os efeitos terapêuticos 2. Diminuir os efeitos colaterais 3. Diminuir a dose terapêutica 4. Prevenção de resistência 5. Obtenção de ações múltiplas e amplas 6. Proporcionar maior comodidade ao paciente SUBSTÂNCIAS QUE INFLUENCIAM • Alimentos • Drogas (álcool, cigarro, maconha, cocaína,etc) • Solventes • Poluentes CONCEITOS E DEFINIÇÕES • Adição: Dois fármacos com efeito aditivo, mesmo mecanismo de ação. Ex.: Dipirona + AAS • Somação: Dois fármacos com efeitos semelhantes mas com mecanismo diferentes. Ex.: Codeína + AAS • Efeito Sinérgico ou Potenciação: • Quando o efeito combinado de duas drogas administradas simultaneamente é maior que a soma dos efeitos isolados. • Ex: sulfametoxazol + trimetropima • paracetamol + cafeína • enalapril + hidroclorotiazida • Tranqüilizantes + Álcool • Obs: sinergismo ≠ efeito aditivo CONCEITOS E DEFINIÇÕES RECEPTORES FARMACOLÓGICOS • Os receptores são alvos proteicos para ligação das drogas promovendo uma resposta. • São extremamente importantes no organismo por regularem diversas funções, sendo seletivos a fármacos. • Os fármacos que interagem com os receptores e podem ser: • AGONISTAS • ANTAGONISTAS INTERAÇÃO FÁRMACO-RECPETOR Agonista • Substância que “ativa” um receptor. Antagonista • Sustância que “inibe” um receptor. INTERAÇÃO FÁRMACO-RECPETOR • Etapas resposta desencadeada por uma substância. • Ligação – determinada pela afinidade. • Ativação – determinada pela eficácia. • Agonista • Causam alterações na função celular, produzindo algum efeito. • A potência de um agonista depende de 2 parâmetros. – Afinidade: capacidade de se ligar ao receptor. – Eficácia: capacidade de provocar alterações, ou seja, produzir efeito. Agonista X Antagonista Agonista Total ou pleno • Substâncias que produzem efeitos máximos do tecido. • Apresentam eficácia total. Agonista parcial • Substâncias que produzem efeitos sub- máximos. • Apresentam eficácia intermediária. Agonista total (Pleno) e Agonista Parcial • Potência: afinidade e eficácia AFINIDADE: capacidade de “encaixe” ao sítio do receptor EFICÁCIA POTÊNCIA Agonista X Antagonista • Agonista inverso: • Apresentam significado apenas em estado de ativação constitutiva. • Ativação constitutiva se da quando uma parcela apreciável de receptores encontram-se ativadas sem a presença de ligante. • O agonista inverso atuaria ligando-se ao estado inativado consequentemente diminuindo o estado ativado. • Eficácia negativa. Agonista X Antagonista • Antagonista • Se ligam aos receptores sem produzir efeito. • Tem afinidade mas não tem eficácia. Agonista X Antagonista INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: DOSE X RESPOSTA Eficácia Intrínseca =1 Eficácia Intrínseca > 0 e < 1 Eficácia Intrínseca =0 Eficácia Intrínseca < 1 ANTAGONISMO • Duas ou mais drogas quando co-administradas podem interagir entre si. • Antagonismo: Quando o efeito conjunto de duas drogas é menor que a soma dos efeitos isolados de cada uma delas, ou seja, é quando ocorre a redução do efeito de um fármaco pela ação do outro. Antagonismo Farmacológico Antagonismo Químico Antagonismo Farmacocinético ➢ Por bloqueio de receptores (Competitivo) ➢ Não competitivo Antagonismo Fisiológico Antagonismo Farmacológico • O antagonista dificulta a formação do complexo agonista-receptor. • Antagonismo Por Bloqueio de Receptores (Competitivo) • O antagonista compete com o agonista pelos mesmos sítios no receptor. • O complexo formado entre o antagonista e o receptor é inativo. Antagonismo Por Bloqueio de Receptores (Competitivo) • Desloca a curva de [ ]-resposta do agonista para a direita. • Aumentando a [ ] do agonista é possível observar o mesmo efeito máx obtido na ausência do antagonista. • Um antaginsta competitivo reduz a potência do agonista. A Antagonismo Farmacológico Antagonismo competitivo Irreversível • O antagonista se dissocia lentamente do receptor ou não se dissocia. • A elevação da [ ] do agonista não reveste o bloqueio do receptor. • O efeito é finalizado quando o complexo agonista-receptor for finalizado ou quando novos receptores forem sintetizados. PRINCÍPIOS GERAIS • Antagonismo Parcial ou Dualismo Competitivo A= AGONISTA AFINIDADE B= AGONISTA AFINIDADE (ANTAGONISTA DE A) PRINCÍPIOS GERAIS Antagonismo Não-competitivo • O bloqueio não é desfeito quando se aumenta a concentração do agonista. • Os antagonistas geralmente se ligam em sítios diferentes. • Não há competição entre os fármacos. • Redução da inclinação da curva • Redução da resposta máxima PRINCÍPIOS GERAIS Regulação Alostérica : é quando se tem além de um sítio regulador um sítio catalítico inibindo-o ou ativando-o. Deprime o efeito máx. obtido, mesmo em doses elevadas do agonista Antagonismo Fisiológico • Ocorre quando duas substâncias cujas ações opostas no organismo tendem a anular uma á outra, ou seja, produzem efeitos fisiológicos opostos. • Ex: histamina na mucosa gástrica, estimula a secreção de ácido, enquanto o omeprazol bloqueia esse efeito. Antagonismo Químico • Ocorre quando há uma reação química no qual duas substâncias se combinam em solução formando um produto inativo. Ex: tetraciclina + anti-ácido Permanganato de Potássio + Alcalóides Antagonismo Famacocinético • Ocorre quando o antagonista reduz a concentração da droga ativa no sítio de ação. • Está relacionado com a Absorção, Metabolismo (indução e inibição enzimática), Distribuição e Excreção, • Ex: redução do efeito anticoagulante da varfarina com o fenobarbital. Regulação do Receptores: Condições de Administração • A administração de alguns fármaco podem fazer com que apareçam respostas modificadas, como: – Resistência; – Tolerância; – Dessensibilização ou Taquifilaxia; – Hipersensibilidade ou alergia. Resistência • É um estado de resposta diminuída ou de completa falta de resposta à fármacos. Ex: Surgimento de cepas bacterianas Tolerância • Resposta farmacológica ↓, principalmente após o uso continuado do fármaco. • Necessita de doses cada vez maiores para a obtenção de feitos iguais em intensidade ou duração. • Mecanismos: ➢ Por ↓ da [ ] efetiva do fármaco no seu sítio de ação Ex: Drogas que ↑ sua biotransformação por indução enzimática. ➢ Por ↓ da reatividade normal do receptor ➢ Agonista Antagonista Dessensibilização e Taquifilaxia • É a redução gradativa do efeito de uma substância quando administrada de modo contínuo ou repetido. • Alteração dos receptores; • Perda de receptores; • Depleção de mediadores; • Alteração no metabolismo dos fármacos; • Adaptação fisiológica. Hipersensibilidade ou Alergia • O efeito farmacológico é diferente do usual; • Fator biológico; Ex: choque anafilático. Dependentes do Sistema Biológico • Idade • Massa Corpórea • Temperatura Corpórea (penicilina, mais eficaz em altas temperaturas) • Estados Nutricional e Patológicos (subnutrição, danos hepáticos) • Gênero • Fatores Genéticos
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