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Ética e Cidadania

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Ética e Cidadania
UNIDADE 3
Cidadania e diversidade étnico-cultural
ÍNDICE
Introdução da Unidade
Seção 1: Cultura e diversidade cultural
Seção 2: Formação socioeconômica do Brasil e relações étnicas
Seção 3: Cidadania e liberdade: a questão da escravatura
Seção 4: Cidadania e reconhecimento: a questão indígena
Seção 5: Brasil, um país, várias culturas
Seção 6: Identitarismo, sociedade e conflitos
Recapitulando
Referências
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INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Olá, caro(a) aluno(a)!
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar alguns aspectos referentes à construção sócio-histórica da cultura brasileira, ao levantar as concepções das relações étnico-raciais no Brasil.
Na sequência, vamos abordar desde as questões indígenas até as grandes migrações para o Brasil, buscando relatar a multiplicidade étnica presente no Brasil, partindo do encontro de pessoas nativas e portugueses, passando pela questão da escravização e seus impactos na sociedade atual.
Com isso, vai ser possível compreender a formação cultural do Brasil, sua pluralidade e a necessidade de promoção da tolerância.
Bons estudos!
SEÇÃO 1
Cultura e diversidade cultural
Ao observar a atual sociedade, não há como negar a miscigenação do povo brasileiro. Somos um conjunto populacional com uma diversidade étnico-racial, o que compreende a possibilidade de relações inter-raciais mais fluidas. Infelizmente, esse não é porém o cenário em que vivenciamos.
Ao longo da história, não são poucos os exemplos de tentativas de homogeneização populacional, tanto por meio de ações políticas, econômicas, religiosas quanto por meio da genética. Tais tentativas, felizmente, não tiveram sucesso nas sociedades contemporâneas, mas causaram diversas perdas de vidas em conflitos e lutas de classe e movimentos de ações afirmativas. O objetivo dos povos reprimidos ou negligenciados é demonstrar para a humanidade que eles existem e, logo, merecem preservar seus espaços sociais.
A cultura é um concepção humana e faz parte de nossa formação, refletindo quem somos e como lidamos com o mundo, de que maneira percebemos nossa existência e nossa relação com o outro, expressamos nossos pensamentos, nos associamos a grupos com valores e ideias semelhantes e nos desenvolvemos via contato com o outro.
Em suma, a cultura é intrinsicamente ligada à natureza humana. Pela cultura, mostramos que somos plurais, apresentamos como percebemos a vida individual e em comunidades. Segundo Alves e Evangelista (2020), a diferença cultural deve ser encarada como a possibilidade de ver o mundo de outra maneira, com os olhos de outros, com outra visão da realidade, e não como movimento que separa aquilo que é diferente.
A diversificação étnica no Brasil ocorreu devido à evolução natural das relações entre indivíduos. A história da nação compreende diversos momentos deploráveis e que, quando analisados à luz de nossa compreensão de mundo atual, nos mostra a perversidade que o ser humano é capaz de produzir. Com isso, temos a mistura de raças, que se iniciou com a chegada dos primeiros navios portugueses ao litoral brasileiro.
Alves e Evangelista (2020) ponderam que um dos fatores que marcaram, desde o início, a cultura brasileira foi a mistura de raças. E mais:
“No Brasil, europeus e nativos estabeleceram relações que só se podem chamar de radicais. Excetuando-se os altos funcionários e os jesuítas (e seus índios aldeados), portugueses e nativos só tinham duas formas de se relacionar. A primeira era a aliança através do casamento; a segunda, a guerra ”
—CALDEIRA, 1997 apud ALVES; EVANGELISTA, 2020
Não foram os primeiros movimentos nesse sentido, mas uma decisão que marcou nossa história e diversidade foram os movimentos escravagistas dos portugueses, para que os povos escravizados trabalhassem nos engenhos. O fluxo de navios negreiros vindos do continente africano estabeleceu o modo com que os povos do Brasil se relacionavam com o poder, com a posse e com a dignidade humana. Por questão de estratégia de desumanização dos indivíduos escravizados, os senhores de engenho proibiam que os escravizados usassem seus próprios nomes ou que expressassem aspectos da própria cultura.
Outros movimentos que impactaram nossa miscigenação foram as migrações do final do século XIX, muitos motivados pelos incentivos governamentais para povoar o Brasil, sem nos esquecermos da fuga da forme e da guerra, que motivou alguns movimentos migratórios.
Nesse cenários, é imprescindível lembrar dos povos indígenas, que já ocupavam as terras que posteriormente se chamou Brasil. Em outras palavras,
“Com relação à cultura dos índios que habitavam as terras antes do descobrimento do Brasil, o que permanece é decorrente da luta e da resistência histórica diante da política governamental que chega a negar o uso do termo “povos indígenas”. O massacre, a tomada das terras e a perda, por parte dos índios, de suas genuínas raízes culturais, devido ao contato com o homem branco, fizeram desaparecer ao longo da colonização suas influências na cultura brasileira. Foram e estão sendo dizimados aos poucos com a atual política em andamento no país. ”
—ALVES; EVANGELISTA, 2020
Considerando as diversas representações sociais e étnicas, pode-se dizer que a formação da nação promove, mesmo que contra a vontade dos colonizadores, um intercâmbio cultural riquíssimo, pois mescla a preocupação dos povos em manter suas tradições culturais com a imposição da convivência entre eles para a formação e o surgimento de manifestações culturais.
SEÇÃO 2
Formação socioeconômica do Brasil e relações étnicas
Desde a colonização, a diversidade cultura é um elemento quase impositivo, dada a migração de diversos povos para o Brasil e a presença dos povos indígenas. No entanto, essa relação étnico-cultura do início do país se apresentou também via imposição das relações de poder existentes e mantidas pelos senhores de engenho.
Os negros conseguiram se afirmar na sociedade por meio da cultura, chamada “cultura afro-brasileira”, com representação na música, dança, luta, culinária e religião. Por exemplo, o samba, a capoeira, a umbanda e o candomblé etc. Em certo ponto, a própria cultura brasileira é um reflexo da influência massiva da cultura negra dos povos afro-brasileiros.
Entre os séculos XIX e XX, presenciou-se a vinda de italianos, alemães, sírio-libaneses, judeus, japoneses etc. para colonizar o interior do país. Com isso, o então presidente da república
“Afonso Pena queria atingir um objetivo nacional diferente: ocupar áreas desertas do território. Para isso, montou um programa para subsidiar passagens e distribuição de terras para imigrantes nessas áreas e criou o Serviço de Povoamento do Solo Nacional, uma autarquia com poder de reforçar os sistemas de imigrações estaduais. Os resultados foram imediatos. A partir de 1908, o fluxo migratório voltou a se acelerar. No ano de 1913, entraram para o Brasil 192.683 imigrantes, o maior número de toda a história do país.”
—ALVES; EVANGELISTA, 2020
Um dos marcos importantes para a formação socioeconômica do Brasil ocorreu com a promulgação do fim da escravidão, em 1888. Nesse movimento o Brasil, o último país das Américas a abolir a escravidão, libertou os negros na força na lei, sem promover um processo de acolhimento destes na sociedade, o que fez com que os afro-brasileiros permanecessem trabalhando em troca de salários baixo apenas para subsistir em subempregos, trabalhos informais e domésticos.
O reflexo dessas condições ainda é forte na sociedade brasileira. A desigualdade social e a vulnerabilidade dos indivíduos ainda estão presentes na população negra. Mesmo com políticas voltadas à promoção e reafirmação da população negra, a dívida histórica é visível em várias questões sociais.
A diversidade cultural brasileira é resultado das manifestações de diversos grupos culturais, todos sofrendo impactos de circunstâncias históricas, políticas e econômicas, mas as crises sociais, políticas e econômicas impactam mais as populações em vulnerabilidade social.
O desafio é estabelecer um diálogo de forma ética para essas relações,pensando nos aspectos sociais. A organização da vida social, política e econômica depende da percepção e de ações voltadas a contemplar essas populações, com vistas a promover o desenvolvimento da sociedade como um todo.
As questões econômicas não se limitam a problemas financeiros, distribuição de renda ou de programas de auxílio aos vulneráveis, mas implica a compreensão e o respeito à dignidade humana, cidadania e direitos individuais.
SEÇÃO 3
Cidadania e liberdade: a questão da escravatura
A cidadania nos garante a liberdade de ir e vir, de pensamento, de ter direitos e de exercer a nossa vontade. Mesmo depois do 13 de maio de 1888, data em que se comemora a assinatura da Lei Áurea, ainda nos deparamos com trabalho análogo à escravidão. Desse modo, é preciso refletir sobre a existência dessas questões na atualidade, do desrespeito à dignidade humana, dos direitos sociais e das relações raciais que ainda permanecem com concepções de séculos passados.
A escravidão é uma instituição perversa que ignora e se permite avançar contra a dignidade humana e, de um modo igualmente perverso, empregar discursos justificadores, de todas as ordens (ALVES; EVANGELISTA, 2020).
Deve-se manter o diálogo aberto para as reparações históricas que devemos aos povos oprimidos ao longo dos anos. Há, de fato, muitos reflexos na sociedade atual quanto às relações étnico-raciais, e dessas discussões há questões sobre o desenvolvimento e as oportunidades para determinados grupos sociais.
A Lei n. 3.353, de 13 de maio de 1888, mais conhecida como Lei Áurea, deu continuidade a um processo que já ocorria tanto no Brasil quanto no mundo, de movimentos sociais que lutavam por igualdade de direitos. Os reflexos da Lei Áurea são perceptíveis até hoje, não pelo fim da escravidão, mas sim pela ausência de ações reparatórias e de políticas de inclusão e apoio aos ex-escravizados.
Com um olhar mais apurado, saímos de um regime de escravidão não remunerada para um regime de escravidão remunerada, visto que muitos indivíduos não tinham outras perspectivas de vida, de desenvolvimento ou possibilidades de buscar outra fonte de renda.
Quando se observa que a renda de indivíduos brancos é o dobro da dos indivíduos negros, temos indícios oficiais de que há reflexos do período de três séculos da brutalidade que foi a escravização. Em uma sociedade capitalista, como é a nossa, questões de emprego e renda são essenciais para a organização social. A desigualdade social ainda é um desafio, pois enfrenta dificuldades éticas e morais. Dessa forma, a liberdade e a cidadania seriam plenas, de fato, se não houvesse tantas dificuldades para os negros ingressarem no mercado de trabalho e produzir renda.
SEÇÃO 4
Cidadania e reconhecimento: a questão indígena
A escravidão é uma questão permanente em nossas reflexões, dado os inúmeros malefícios causados à sociedade, mas pouco se abordam a escravidão e outras questões referentes aos povos nativos do Brasil, os indígenas.
A esse respeito, pode-se dizer que “as relações entre europeus e indígenas nas terras brasileiras, por conta das características que tiveram, parecem ter diluído os aspectos de conquista, espoliação e extermínio que se sucederam ao longo do tempo” (ALVES; EVANGELISTA, 2020). Além disso,
“Os discursos da iconografia e da literatura, especialmente nas que se realizaram nas últimas décadas do século XIX, além daqueles formulados pela historiografia clássica (cujas perspectivas foram revistas e alteradas), contribuíram para este processo de diluição, sedimentando graves preconceitos e fazendo permanecer posturas de velho teor paternalista, a tal ponto de se verificar, em nossos dias, afirmações descabidas do tipo: “cada vez mais, o índio é um ser humano igual a nós” [frase proferida pelo Presidente da República em exercício em 2020].”
—ALVES; EVANGELISTA, 2020
O modo de vida do indígena foi um dos fatores que levaram à sua escravização, iniciada a partir de 1530. O começo da produção agrícola em larga escala no Brasil e a necessidade de mão de obra fizeram com que os índios fossem caçados e escravizados de forma ostensiva. Tendo em mente que os europeus tinham não só armas mais tecnológicas que as utilizadas pelos índios, mas também que as populações indígenas sofreram e continuam sofrendo com as doenças trazidas pelos europeus, das quais não haviam desenvolvido anticorpos, podemos verificar a real dimensão da gravidade.
Ademais, os padres jesuítas desconsideraram e descaracterizaram a cultura dos nativos, com o intuito de promover a aculturação desses povos ao que era “mais adequado” às origens europeias. De certa forma, o objetivo dos jesuítas era um empecilho para o objetivo dos bandeirantes, por exemplo, além das iniciativas de exploração da mão de obra dos nativos nas grandes plantações. A esse respeito, temos que “o projeto dos jesuítas conflitava e incomodava o projeto de colonização, o que provocou movimentos de reação pelos colonos em diversos momentos, culminando com a retirada dos padres de São Paulo e do Maranhão, até que foram definitivamente expulsos da colônia pela administração” (ALVES; EVANGELISTA, 2020).
Outra questão importante para os indígenas e a escravidão era o modelo econômico das tribos. A dimensão econômica dos povos nativos não era (e em geral ainda não é) baseada na acumulação, diferentemente da base econômica europeia, dado que os colonizadores possuíam um ideal capitalista. Assim, o modo de vida dos indígenas se baseava na extração e produção agrícola para a subsistência da tribo, além do fato de algumas tribos terem características nômades, em que exploravam o território sem necessidade de definir uma localidade fixa.
Dada essa realidade dos povos nativos, os indígenas
“[...] não admitiram e não quiseram se submeter aos processos repetitivos impostos pelos modos de produção trazidos pelos europeus com as plantations. Daí, percebendo os objetivos dos colonizadores – submetê-los à escravização para apropriação compulsória de seu trabalho –, partem para a ação: reagem com ações belicosas contra os colonos.”
—ALVES; EVANGELISTA, 2020
Há uma reflexão importante que precisamos nos debruçar para analisar a relação entre os europeus portugueses e os povos nativos: a quem pertencia o território?
“Aqui deve nos incomodar de modo especial, por seu caráter ético paradoxal, o instrumento da “guerra justa”. Instituído por Carta Régia de D. Sebastião, já por influência dos jesuítas, dentro das políticas portuguesas dos anos 1570 que visavam a proteção dos índios e proibiam sua escravização, este instrumento permitia aos colonos fazer guerra contra aqueles índios que apresentavam resistência armada, e assim passavam a ser considerados inimigos. Ora, basta um mínimo de reflexão para perceber o paradoxo: a que ou a quem os índios resistiam? Eram considerados inimigos de quem? Resistiam a invasores? Eram inimigos de conquistadores que procuravam escravizá-los e submetê-los a uma ordem diversa daquela que sua cultura milenar sustentava?.”
—ALVES; EVANGELISTA, 2020
É preciso considerar a questão da construção de discursos que pretendem justificar, autorizar, organizar e implementar a escravidão. Embora executado por indivíduos aparentemente com valores morais cristãos, essas condutas atentaram contra a ética, ou seja,
“[...] os proprietários de escravizados eram homens admiráveis por suas grandes capacidades e rigorosa integridade, por sua benevolência universal e préstimos à humanidade, homens que, fundamentados em valores da moral cristã, financiavam estudos em teologia, incentivavam a difusão do cristianismo e o livre exercício do julgamento íntimo em matérias de religião. Mas em matéria de posse e direitos, autodeclarados, sobre outros seres humanos, o que norteava seu comportamento eram valores econômicos. Uma distinção entre moral e ética? Uma disparidade entre moral e ética?.”
—ALVES; EVANGELISTA, 2020
Além das questões morais e éticas, que já deveriam nortear as ações dos colonizadores e senhores de engenho a respeito da vida humana, com a liberdade e com o livre-arbítrio,sob a concepção econômica o sistema escravagista era adverso à produção de riqueza. Assim, a escravidão, como um desvio de conduta, pela desumanização dos indivíduos e uma anomalia nas relações humanas, também se configurava como um entrave ao desenvolvimento econômico.
SEÇÃO 5
Brasil, um país, várias culturas
Passados mais de 520 anos de Brasil, construímos uma sociedade plural, com um sentimento de nação, mas com diversas particularidades regionais. Uma das grandes referências em análises sociais, culturais, econômicas etc., está no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o qual, para compreensão das questões sobre diversidade cultural, indicamos a leitura do Capítulo 5, subtítulos “Diversidade cultural no Brasil” e “Qualidade de vida e desenvolvimento local”, do livro Atlas nacional do Brasil, de Milton Santos (2010), páginas 142 a 143 e 153 a 156, respectivamente. Para isso, basta acessar:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv47603_cap5_pt2.pdf
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv47603_cap5_pt3.pdf
SEÇÃO 6
Identitarismo, sociedade e conflitos
Conforme já discutido, a abolição da escravatura não foi um processo simples, embora pareça ter sido, quando analisamos o conteúdo da Lei Áurea. O Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravidão e só o fez devido a pressões internacionais. Nossos movimentos para libertação dos escravos foram tardios, custando o próprio modelo imperial, em 1889, início da República.
Os movimentos culturais e de luta armada presenciados à época para afirmação da cultura dos povos brasileiros são considerados lutas identitárias atualmente, ou seja, as representações sociais e políticas originaram-se das próprias identidades. A diversidade crescente no Brasil fez surgirem identidades sociais outras, em que as representações são ressignificações das culturas desses povos, agora incorporadas a outras possibilidades.
Mais
Para compreender esse processo, indicamos a leitura do artigo Conflitos identitários no território: desdobramentos no tempo, de Marjorie Prado Junqueira de Faria e Silvia Helena Passarelli, mais especificamente o subcapítulo Identidades no tempo e no espaço: do rural ao urbano (p. 6-13).
RECAPITULANDO
Caro(a) estudante,
Nesta Unidade de Aprendizagem, foi possível verificar que não podemos negar que a questão das relações étnico-raciais ainda é um desafio para a sociedade. Quando analisamos a necessidade de reparações históricas, ficamos em um lugar de empatia com os povos nativos do Brasil, com os povos escravizados e com todos os indivíduos que estão em situação de vulnerabilidade em decorrência desse histórico de violência e segregação.
Ainda hoje presenciamos as contradições entre moral e ética, que revelam comportamentos sociais cuja intencionalidade era a produção de riqueza com base na mão de obra excluída da participação cidadã (ALVES; EVANGELISTA, 2020). Basta olhar ao redor para perceber que muitos estigmas cultivados no passado ainda estão presentes e se perpetuam, mesmo depois de tantos anos.
Não é exagero afirmar que as contradições ainda permeiam as relações entre vários segmentos da sociedade, no dia a dia, visto que se tornou um lugar comum proferir discursos com expressões pejorativas, depreciativas, ofensivas, seja com relação a mulheres e homossexuais seja a afrodescendentes para em seguida, com ares de inocência, afirmar que tudo foi dito “sem maldade”.
Até a próxima!

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