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ATIVIDADES EM SALA DE AULA Cálculo I -A- Humberto José Bortolossi http://www.professores.uff.br/hjbortol/ 13 O Teorema da Função Inversa, Derivação Impĺıcita, Taxas Relacionadas e Polinômios de Taylor [01] (2013.2) Seja f : R → R uma função inverśıvel de classe C∞ com f ′(x) 6= 0 para todo x ∈ R. Determine a equação da reta normal ao gráfico da função inversa f−1 no ponto (7, f−1(7)) sabendo que f(3) = 7 e f ′(3) = 11. Justifique sua resposta! [02] (2008.1) Use o teorema da função inversa para, a partir da derivada de y = f(x) = ln(x), calcular a derivada de sua inversa f−1. Justifique cuidadosamente sua resposta! [03] (2006.2) Seja y = f(x) definida implicitamente pela equação y5 + x y4 − cos(x) = 0. Calcule f ′(0) sabendo que f(0) = 1. [04] (2008.1) Seja y = f(x) definida implicitamente pela equação y2 + x2 = y4 − 2 x. Calcule a equação da reta tangente ao gráfico de f no ponto (−2,−1). [05] (2009.2) Seja y = f(x) definida implicitamente pela equação π 2 y sen ( 1 y ) = 1− xy. Calcule a equação da reta tangente ao gráfico de f no ponto ( 0, 2 π ) . [06] (2008.2) Seja y = f(x) definida implicitamente pela equação x sen(2 y) = y cos(2 x). Calcule a equação da reta tangente ao gráfico de f no ponto (p, f(p)) = (π/4, π/2). [07] (2007.2) Um bote é puxado em direção ao atracadouro por uma corda que está atada na proa do bote e que passa por uma polia sobre o ancoradouro (que está 1 m mais alto do que a proa do bote). Se a corda é puxada a uma taxa de 1 m/s, quão rápido está se aproximando o bote do ancoradouro quando ele estiver a 8 m dele? 1 [08] (2008.1) Café está sendo coado de um filtro na forma de um cone circular reto para um recipiente na forma de um cilindro circular reto a uma taxa constante de 164 cm3/min (veja a figura abaixo). 15 cm 15 cm 15 cm O quão rapidamente este nível está aumentando? O quão rapidamente está aumentando o ńıvel do recipiente ciĺındrico quando o ńıvel de café no filtro é igual a 13 cm? [09] (2008.1) Um homem anda ao longo de um caminho reto a uma velocidade constante de 1 m/s. Um holofote localizado no chão a 6 m do caminho focaliza o homem. A que taxa o holofote está girando quando o homem está a 5 m do ponto do caminho mais próximo da luz? 6 [10] (2009.1) Água está vazando de um reservatório semiesférico de raio R = 13 m a uma taxa de 6 m3/min. A figura abaixo apresenta uma esquema de perfil do reservatório. Centro da semiesfera Nível de água 2 Se y representa o ńıvel máximo de água no reservatório em metros (veja a figura), então o cor- respondente volume V de água no reservatório é dado por V = (π/3)y2(3R− y). (a) A que taxa o ńıvel máximo de água y está variando quando este ńıvel máximo de água é igual a 8 m? (b) Encontre uma expressão para o raio r da região circular que constitui a superf́ıcie de água do reservatório em função de y. (c) A que taxa está variando r quando o ńıvel máxima de água y é igual a 8 m? [11] (2009.2) Na figura abaixo, o ponto A se desloca sobre o eixo x, na direção positiva do eixo, com velocidade constante igual a 1 m/s. Os pontos B e O estão fixos nas posições (0, 1) e (0, 0), respectivamente. Qual é a taxa de variação do ângulo θ quando A = ( √ 3, 0)? O y B µ A x [12] (2008.1) Calcule o polinômio de Taylor de ordem 3 da função y = f(x) = √ x+ 1 no ponto p = 0. [13] (2008.1) Calcule o polinômio de Taylor de ordem 7 da função f(x) = 1 x+ 1 no ponto p = 0. [14] (2009.1) Calcule o polinômio de Taylor de ordem 2 da função y = f(x) = arctan(2 x) no ponto p = 1/2. [15] (2013.2) Seja g : R→ R uma função de classe C∞ tal que g(3) = 1, g′(3) = 7 e g′′(3) = 11. Seja também f(x) = (x+ 1) · g(3 + 2 x+ x2). (a) Calcule f(0) e f ′(0). Justifique sua resposta! (b) Calcule f ′′(0). Justifique sua resposta! (c) Calcule o polinômio de Taylor de ordem 2 de f no ponto p = 0. [16] (2014.1) Calcule o polinômio de Taylor de ordem 2 da função y = f(x) = e−x 2+2 x−1 no ponto p = 1. Justifique sua resposta. 3 Respostas dos Exerćıcios [01] Pelo teorema da função inversa, temos que (f−1)′(7) = 1 f ′(f−1(7)) = 1 f ′(3) = 1 11 . Desta maneira, a equação da reta normal ao gráfico da função inversa f−1 no ponto (7, f−1(7)) é dada por y = f−1(7)− 1 (f−1)′(7) · (x− 7) = 3− 11 · (x− 7). [02] Se f(x) = ln(x), sabemos que f ′(x) = 1/x e f−1(x) = ex. Usando o teorema da função inversa, temos que (f−1)′(x) = 1 f ′(f−1(x)) = 1 f ′(ex) = 1 1 ex = ex. [03] Temos que y5 + x y4− cos(x) = 0⇒ (f(x))5 + x (f(x))4− cos(x) = 0. Derivando-se os dois lados com relação a x, vemos que 5 (f(x))4 f ′(x) + 1 (f(x))4 + x 4 (f(x))3 f ′(x) + sen(x) = 0. Substituindo-se x = 0 na equação acima e lembrando que sen(0) = 0, vemos que 5 (f(0))4 f ′(0) + 1 (f(0))4 = 0. Mas f(0) = 1. Desta maneira, 5 f ′(0) + 1 = 0, isto é, f ′(0) = − 1 5 . [04] Temos que y2 + x2 = y4 − 2 x ⇓ d dx [ y2 + x2 ] = d dx [ y4 − 2 x ] ⇓ 2 yy′ + 2 x = 4 y3y′ − 2 ⇓ yy′ + x = 2 y3y′ − 1 ⇓ y′ = x+ 1 y (2 y2 − 1) . Substituindo x = −2 e y = f(−2) = −1, conclúımos que f ′(−2) = (−2) + 1 (−1) (2 (−1)2 − 1) = 1. Desta maneira, a equação da reta tangente ao gráfico de f no ponto (−2,−1) é dada por y = f(−2) + f ′(−2) · (x− (−2)) = −1 + 1 · (x+ 2) = x+ 1. 4 [05] Derivando dos dois lados, segue-se que π 2 y′ sen ( 1 y ) + π 2 y cos ( 1 y ) −y′ y2 = −y − xy′. Quando x = 0, temos que y = 2/π. Assim, π 2 y′ sen 1 2 π + π 2 ( 2 π ) cos 1 2 π −y′ ( 2 π )2 = − ( 2 π ) − (0) y′, isto é, π 2 y′ sen (π 2 ) − (π 2 )2 cos (π 2 ) y′ = − 2 π , ou, ainda, π 2 y′ = − 2 π . Desta maneira, em x = 0, y′ = −(2/π)2. Logo, a equação da reta tangente ao gráfico de f no ponto (0, 2/π) é dada por y = f(0) + f ′(0) · (x− 0) = 2 π − ( 2 π )2 x. [06] Se y = f(x), então x sen(2 f(x)) = f(x) cos(2 x). Derivando dos dois lados, obtemos que sen(2 f(x)) + 2 x cos(2 f(x)) f ′(x) = f ′(x) cos(2 x)− 2 f(x) sen(2 x). Fazendo x = π/4 e f(x) = f(π/4) = π/2, obtemos que sen (π) + π 2 cos(π) f ′ (π 4 ) = f ′ (π 4 ) cos (π 2 ) − π sen (π 2 ) . Uma vez cos(π/2) = 0, sen(π/2) = 1, cos(π) = −1 e sen(π) = 0, conclúımos que f ′ (π 4 ) = 2. Assim, a equação da reta tangente ao gráfico de f no ponto (p, f(p)) = (π/4, π/2) é dada por y = f(p) + f ′(p) · (x− p) = π 2 + 2 ( x− π 4 ) = 2 x. [07] Na figura abaixo, P , B e H representa, respectivamente as posições da polia P , da proa do barco B e da base do ancoradouro H. Sejam y(t) a distância entre P e H e x(t) a distância entre B e H no instante de tempo t. P B H y(t) x(t) 1 m 5 Como (y(t))2 = (x(t))2 + 1, segue-se que (y(t))2 = (x(t))2 + 1 ⇒ d dt [ (y(t))2 ] = d dt [ (x(t))2 + 1 ] ⇒ 2 y(t) y′(t) = 2 x(t) x′(t) ⇒ y(t) y′(t) = x(t) x′(t). No instante de tempo em que x(t) = 8 m, temos que y(t) = √ (x(t))2 + 1 = √ 82 + 1 = √ 65 m e y′(t) = −1 m/s (a derivada é negativa porque y = y(t) decresce com o tempo). Sendo assim: y(t) y′(t) = x(t) x′(t) ⇒ √ 65 (−1) = 8 x′(t) ⇒ x′(t) = − √ 65 8 m/s. [08] Se V (t) representa o volume de café no recipiente e h(t) representa o ńıvel de café do recipiente no tempo t, então V (t) = π · ( 15 2 )2 · h(t) = π · 225 4 · h(t) Derivando, obtemos que dV dt (t) = π · 225 4 · dh dt (t), isto é, dh dt (t) = 4 π · 225 · dV dt (t). Como, em módulo, a taxa de variação do volume do filtro é igual a taxa de variação do volume no recipiente, conclúımos que (dV/dt)(t) = 164 cm3/min. Portanto, dh dt (t) = 4 π · 225 · 164 = 656 π · 225 = 0.92 . . . cm/min. [09] Temos que tg(θ(t)) = x(t)/6. Derivando dos dois lados, conclúımos que sec2(θ(t)) θ′(t) = x′(t)/6. Mas sec2(θ(t)) = 1 + tg2(θ(t)) = 1 + (x(t)/6)2 = 1 + (x(t))2/36. Assim, ( 1 + (x(t))2/36 ) θ′(t) = x′(t)/6, isto é, θ′(t) = x′(t) 6 ( 1 + (x(t))2/36 ) . Como x′(t) = 1 m/s, no instante de tempo t em que x(t) = 5 m, temos queθ′(t) = 1 6 ( 1 + 52/36 ) = 6 61 rad/s. [10] (a) Temos que V (t) = (π/3)(y(t))2(39− y(t)). Derivando dos dois lados, obtemos que d dt (V (t)) = d dt [π 3 (y(t))2(39− y(t)) ] = 2 π 3 y(t)y′(t)(39− y(t))− π 3 (y(t))2y′(t). Como (dV/dt)(t) = constante = −6 m3/min, no instante de tempo t em que y(t) = 8 m, vale que −6 = 2 π 3 (8)y′(t)(39− 8)− π 3 (8)2y′(t) = 144 πy′(t). Sendo assim, neste instante de tempo, y′(t) = −6/(144 π) = −1/(24 π) m/min. 6 (b) Pelo teorema de Pitágoras, 132 = (r(t))2 + (13− y(t))2. Logo, r(t) = √ 169− (13− y(t))2. (c) Temos que dr dt (t) = (13− y(t)) √ 169− (13− y(t))2 dy dt (t). No item (b), vimos que no instante de tempo t em que y(t) = 8 m, vale que (dy/dt)(t) = −1/(24 π) m/min. Assim, neste instante de tempo, dr dt (t) = (13− 8) √ 169− (13− 8)2 ( − 1 24 π ) = − 5 288 π m/min. [11] Escrevendo A(t) = (x(t), 0), temos que x′(t) = 1 m/s e tg(θ(t)) = OB/OA = 1/x(t). Note que, quando x(t) = √ 3, tg(θ(t)) = 1/ √ 3, isto é, θ(t) = π/6. Agora tg(θ(t)) = 1 x(t) ⇒ d dt (tg(θ(t))) = d dt ( 1 x(t) ) ⇒ sec2(θ(t)) · θ′(t) = − x′(t) (x(t))2 Quando x(t) = √ 3, sec2(θ(t)) = sec2(π/6) = 4/3. Assim, (4/3) · θ′(t) = −1/( √ 3)2 = −1/3 e, portanto, θ′(t) = −1/4 rad/s. [12] Temos que f(x) = (x+ 1)1/2, f ′(x) = 1 2 · (x+ 1)−1/2, f ′′(x) = − 1 4 · (x+ 1)−3/2 e f ′′′(x) = 3 8 · (x+ 1)−5/2. Conseqüentemente, f(0) = 1, f ′(0) = 1/2, f ′′(0) = −1/4 e f ′′′(0) = 3/8. Assim, o polinômio de Taylor de ordem 3 de f(x) = √ x+ 1 no ponto p = 0 é dado por y = p3(x) = f(0) + f ′(0)(x− 0) + f ′′(0) 2! (x− 0)2 + f ′′′(0) 3! (x− 0)3 = 1 + 1 2 x− 1 8 x2 + 1 16 x3. [13] Temos que f(x) = (x+ 1)−1, f ′(x) = −(x+ 1)−2, f ′′(x) = 2 · (x+ 1)−3, f (3)(x) = −3 · 2 · (x+ 1)−4 = −3! · (x+ 1)−4, f (4)(x) = 4 · 3! · (x+ 1)−5 = 4! · (x+ 1)−5, f (5)(x) = −5 · 4! · (x+ 1)−6 = −5! · (x+ 1)−6, f (6)(x) = 6 · 5! · (x+ 1)−7 = 6! · (x+ 1)−7, f (7)(x) = −7 · 6! · (x+ 1)−8 = −7! · (x+ 1)−8. Consequentemente, f(0) = 1 = 0!, f ′(0) = −1 = −1!, f ′′(0) = 2 = 2!, f (3)(0) = −3!, f (4)(0) = 4!, f (5)(0) = −5!, f (6)(0) = 6! e f (7)(0) = −7!. Portanto, o polinômio de Taylor de ordem 7 da função y = f(x) = 1/(x+ 1) no ponto p = 0 é dado por y = p7(x) = 7∑ i=0 f (i)(0) i! (x− 0)i = 1− x+ x2 − x3 + x4 − x5 + x6 − x7. 7 [14] O polinômio de Taylor de ordem 2 da função y = f(x) = arctan(2 x) no ponto p = 1/2 é dado por t2(x) = f(1/2) + f ′(1/2) (x− 1/2) + f ′′(1/2) 2 (x− 1/2)2. Agora, f ′(x) = 2 1 + 4 x2 e f ′′(x) = − 16 x (1 + 4 x2)2 . Portanto, f ′(1/2) = 1 e f ′′(1/2) = −2. Como f(1/2) = arctg(1) = π/4, segue-se que t2(x) = π 4 + ( x− 1 2 ) − ( x− 1 2 )2 = π − 3 4 + 2 x− x2. [15] (a) Temos que f(0) = (0 + 1) · g(3 + 2 · 0 + 02) = g(3) = 1. Usando as regras do produto e da cadeia, segue-se que f ′(x) = g(3 + 2 x+ x2) + (x+ 1) · g′(3 + 2 x+ x2) · (2 + 2 x) = g(3 + 2 x+ x2) + 2 (x+ 1)2 · g′(3 + 2 x+ x2). Portanto, f ′(0) = g(3) + 2 · g′(3) = 1 + 2 · 7 = 15. (b) Temos que f ′′(x) = g′(3 + 2 x+ x2) · (2 + 2 x) + 4 (x+ 1) · g′(3 + 2 x+ x2) + 2 (x+ 1)2 · g′′(3 + 2 x+ x2) · (2 + 2 x) = 6 (x+ 1) · g′(3 + 2 x+ x2) + 4 (x+ 1)3 · g′′(3 + 2 x+ x2). Portanto, g′′(0) = 6 · g′(3) + 4 · g′′(3) = 6 · 7 + 4 · 11 = 86. (c) O polinômio de Taylor de ordem 2 de f no ponto p = 0 é dado por y = f(0) + f ′(0) · (x− 0) + f ′′(0) 2! · (x− 0)2 = 1 + 7 2 · x+ 43 · x2. [16] Temos que f ′(x) = e−x 2+2 x−1 · (−2 x+ 2) e, portanto, f ′′(x) = e−x 2+2 x−1 · (−2 x+ 2) · (−2 x+ 2) + e−x 2+2 x−1 · (−2) = 2 e−x 2+2 x−1 · (2 x2 − 4 x+ 1). Desta maneira, f(1) = e−(1) 2+2 (1)−1 = e0 = 1, f ′(1) = e−(1) 2+2 (1)−1 · (−2 (1) + 2) = 0 e f ′′(1) = 2 e−(1) 2+2 (1)−1 (2 (1)2 − 4 (1) + 1) = −2. Sendo assim, o polinômio de Taylor de ordem 2 de f no ponto p = 1 é dado por t2(x) = f(1) + f ′(1) · (x− 1) + f ′′(1) 2! · (x− 1)2 = 1− (x− 1)2 = −x2 + 2 x. Texto composto em LATEX2e, HJB, 07/10/2014. 8
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