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Disciplina: Seminário História da Cultura XII: Raça, Classe e Gênero sob uma perspectiva histórica Código: GHT00563 | Horário: Sexta-feira, 14h-18h (início em 18 de agosto) Ementa: Compreender e analisar as questões de raça, gênero e classe social de maneira articulada tem sido um desafio proposto por intelectuais feministas negras, latinas, materialistas e pós-coloniais desde o último quartel do século XX. Essa tarefa ainda encontra barreiras na pesquisa e produção de conhecimento histórico no Brasil, por mais que a articulação dessas questões tenha se dado de modo tão significativo em nossa trajetória histórica nacional. Este curso propõe introduzir alguns aspectos teóricos desse tipo de abordagem, notadamente a proposta interseccional e a consubstancialidade. Procuraremos, ainda, pensar a aplicabilidade prática e metodológica dessas abordagens na pesquisa e produção de conhecimento histórico. Bibliografia ABREU, Alice Rangel de Paiva; HIRATA, Helena; LOMBARDI, Maria Rosa. Gênero e trabalho no Brasil e na França: perspectivas interseccionais. São Paulo: Boitempo, 2016. ARRUZZA, Cinzia. Feminismo e marxismo: entre casamentos e divórcios. Lisboa: Combate, 2010. BAKAN, Abigail B. “Marxism and Anti-racism: Rethinking the Politics of Difference”. In: Theorizing anti-racism linkages in Marxism and critical race theories. BAKAN, A.; DUA, E. Toronto: University of Toronto Press, 2014. CARBIN, Maria; EDENHEIM, Sara. "The intersectional turn in feminist theory: a dream of a common language?". European Journal of Women's Studies, 2013, pp. 1-16. CARDOSO, Cláudia Pons. Outras falas: feminismos na perspectiva de mulheres negras brasileiras. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2012. CISNE, Mirla. "Relações sociais de sexo, 'raça'/etnia e classe: uma análise feminista- materialista". Temporais, Brasília, ano 14, n. 28, jul./dez. 2014, pp. 133-149. CRENSHAW, “Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero”. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, n. 1, pp. 171-188, 2002. DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016. HALL, Stuart. Que “negro” é esse na cultura negra?. In: ________. Da Diáspora: Identidades e Mediações Culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003. HIRATA, Helena. Gênero, classe e raça: interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo Social, v. 26, n. 1, jun. 2014, pp. 61-73. HOOKS, bell. Intelectuais Negras. Revista Estudos Feministas, Rio de Janeiro, v. 3, nº. 2, 1995, pp. 464-478. IANNI, Octavio. Octavio Ianni: o preconceito racial no Brasil. Estudos avançados, vol.18, n.50, 2004, pp.6-20. KERNER, Ina. "Relations of difference: power and inequality in intersectional and postcolonial feminist theories". Current Sociology, 2016, pp. 1-21. LA COLECTIVA DEL RIO COMBAHEE [COMBAHEE RIVER COLECTIVE]. Una declaración feminista negra [1977]. In: MORAGA, Cherríe; CASTILLO, Ana. Esta puente, mi espalda: voces de mujeres tercermundistas en los Estados Unidos. San Francisco: Ism Press, 1988. LORDE, Audre. Sister outsider: essays and speeches by Audre Lorde. Berkeley: Crossing Press, 2007. MACHADO, Bárbara Araújo. Escre(vivência): a trajetória de Conceição Evaristo. Revista História Oral, v. 17, n. 1, 2014, pp. 243-265. ________. Interseccionalidade, consubstancialidade e marxismo: debates teóricos e políticos. MALIK, Kenan. O espelho da raça: o pós-modernismo e a louvação da diferença. In: WOOD, Ellen M.; FOSTER, John B. Em defesa da história: Marxismo e pós-modernismo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1999. MUNANGA, Kabengele. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia. Cadernos PENESB, Niterói, nº. 5, pp. 15-34, 2000. PESTANA, Marco Marques. As classes sociais ainda importam? (parte 1 de 2). 29 jun. 2013. RIOS, Flávia. A trajetória de Thereza Santos: comunismo, raça e gênero durante o regime militar. Plural, São Paulo, v. 21.1, 2014, pp. 73-96. SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para a análise histórica. Recife: S.O.S. Corpo, 1996.
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