Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Álgebra Linear Aplicada - 4a lista de exerćıcios Prof. - Juliana Coelho 1 - Considere as transformações lineares abaixo: T1 : R2 → R2 (x, y) 7→ (3x− y, 2x + y) T2 : R2 → R3 (x, y) 7→ (x + 2y,−x, 2y) T3 : R3 → R2 (x, y, z) 7→ (x− z, 2x + y) T4 : R3 → R3 (x, y, z) 7→ (x + y + 2z, x + 2y + z, x + 3z) (a) Encontre as matrizes canônicas destas transformações. (b) Encontre as composições T2 ◦ T1, T1 ◦ T1, T3 ◦ T2 e T1 ◦ T3 ◦ T2. (c) Os operadores lineares T1 e T4 são injetoras? (d) Ache as inversas dos operadores T1 e T4, se eles forem inverśıveis. 2 - Encontre a mattiz canônica do operador linear de R2 dado pela composição de oper- adores: (a) Uma rotação de 90◦ seguida de uma reflexão em torno da reta x = y; (b) Uma projeção sobre o eixo y seguida de uma contração por k = 1/3; (c) Uma reflexão em torno do eixo x seguida de uma rotação de 30◦. 3 - Encontre o operador linear de R2 que faz a projeção sobre a reta de equação 3x−2y = 0. 4 - Verifique que os conjuntos V abaixo com as operações dadas não são espaços vetoriais, explicitando a falha em alguma das propriedades. (a) V = R2 com operações { (x, y)⊕ (x′, y′) = (x− x′, y − y′) k ¯ (x, y) = (kx, ky) ; (b) V = R2 com operações { (x, y)⊕ (x′, y′) = (x + x′, y + y′) k ¯ (x, y) = (k + x, k + y) ; (c) V = R3 com operações { (x, y, z)⊕ (x′, y′, z′) = (x + x′, y + y′, 0) k ¯ (x, y, z) = (kx, ky, 0) ; (d) V = M2×2 com operações { A⊕ A′ = A · A′ k ¯ A = kA , onde A e A ′ são matrizes 2× 2; 1 (e) V = {(x, y) ∈ R2 | y = x2} com as operações { (x, y)⊕ (x′, y′) = (x + x′, y + y′) k ¯ (x, y) = (kx, ky) , isto é, as operações usuais do R2. 5 - Considere o conjunto V = {(x, y) ∈ R2 | y = x2} com as operações (x, y)⊕ (x′, y′) = (x + x′, y + y′ + 2xx′) e k ¯ (x, y) = (kx, k2y), onde (x, y), (x′, y′) ∈ V e k ∈ R. O objetivo deste exerćıcio é mostrar que V é um espaço vetorial com estas operações. (a) (Propriedade EV3) Verifique (0, 0) está em V e satisfaz (x, y) ⊕ (0, 0) = (x, y) para todo (x, y) ∈ V . Isso mostra que (0, 0) é o elemento neutro de V . (b) (Propriedade EV4) Dado um vetor (x, y) ∈ V , verifique que (−x, y) está em V e que (x, y)⊕ (−x, y) = (0, 0). Isso mostra que (−x, y) é o inverso aditivo de (x, y). (Você precisará usar o fato de que (x, y) ∈ V e logo y = x2.) (c) (Propriedade EV6) Dados (x, y) ∈ V e k, l ∈ R mostre que (k + l)¯ (x, y) = (k ¯ (x, y))⊕ (l ¯ (x, y)). (Aqui também você precisará usar o fato de que para (x, y) ∈ V temos y = x2.) (d) Mostre que as propriedades EV1, EV2, EV5, EV7 e EV8 são válidas e conclua que V é um espaço vetorial com as operações dadas. 6 - Determine se os conjuntos W abaixo são subespaços vetoriais do espaço vetorial V dado, onde V é considerado com suas operações usuais. (a) V = R2 e W = {(x, y) ∈ R2 |x + 2y = 3}; (b) V = R3 e W = {(x, y, z) ∈ R3 |x = 3y, z = −y}; (c) V = M2×2 e W = {A ∈ M2×2 |A é matriz simétrica}; (Lembre que Mm×n é o espaço vetorial das matrizes de ordem m× n.) (d) V = R2 e W = {(x, y) ∈ R2 | y = x2}; (e) V = R3 e W = {(x, y, z) ∈ R3 |x + y + z ≥ −1}; (f) V = P3 e W = {a3x3 + a2x2 + a1x + a0 ∈ P3 | a2 = 1}; (Lembre que Pn é o espaço vetorial dos polinômios com grau ≤ n.) (g) V = P2 e W = {p(x) ∈ P2 | p(1) = 0}; (h) V = P2 e W = {p(x) ∈ P2 | p(0) = 1}; 2 (i) V = M2×2 e W = {A ∈ M2×2 |A é inverśıvel}. 7 - Em cada caso abaixo determine se: (a) v = (1, 2) é combinação linear dos vetores v1 = (0, 3) e v2 = (1, 1) em R2; (b) v = (−1, 5, 2) é combinação linear dos vetores v1 = (0, 1, 1) e v2 = (1, 2, 0) em R3; (c) v = (−1, 5, 2) é combinação linear dos vetores v1 = (0, 1, 1) e v2 = (−1, 3, 0) em R3; (d) v = (−1, 5, 2) é combinação linear dos vetores v1 = (0, 1, 1), v2 = (−1, 3, 0) e v3 = (1, 2, 0) em R3; (e) v = ( −1 3 2 −1 ) é combinação linear dos vetores v1 = ( 1 1 1 1 ) , v2 = ( 0 1 3 1 ) e v3 = ( −1 3 0 4 ) em M2×2; (f) v = x2 − x− 2 é combinação linear dos vetores v1 = x2 + x e v2 = x + 1 em P2; (g) v = −x2 + 2x + 3 é combinação linear dos vetores v1 = x2 + x e v2 = x + 1 em P2. 8 - Determine os seguintes subespaços vetoriais de V : (a) W = 〈(2, 3)〉 subespaço de V = R2; (b) W = 〈(2, 3), (1, 2), (1, 1)〉 subespaço de V = R2; (c) W = 〈(0, 1, 1), (−1, 3, 0)〉 subespaço de V = R3; (Compare com o exerćıcio 7 (c).) (d) W = 〈(0, 1, 1), (−1, 3, 0), (−1, 5, 2)〉 subespaço de V = R3; (Compare com o item anterior e com o exerćıcio 7 (c).) (e) W = 〈(1, 2, 3, 4), (4, 3, 2, 1), (−2, 1, 4, 7)〉 subespaço de V = R4; (f) W = 〈x2 + x, x + 1〉 subespaço de V = P2; (Compare com os exerćıcios 7 (f) e (g).) (g) W = 〈x2 + x + 1, x + 1, x− 1〉 subespaço de V = P2; (h) W = 〈( 1 1 1 1 ) , ( −1 3 0 4 ) , ( 0 4 1 5 ) , ( 0 2 3 0 )〉 subespaço de V = M2×2. 9 - Determine se os conjuntos abaixo são linearmente dependentes ou independentes: (a) {(1, 0, 1), (0, 1, 3)} vetores de R3; (b) {(62,−17), (21 · 10318, 3π)} vetores de R2; 3 (c) {x2 + 3x− 1, 2x2 − x, x2 − 4x + 1} vetores de P2; (d) {( 1 2 3 2 0 −1 ) , ( 0 1 −2 1 1 0 ) , ( 2 1 0 −2 3 1 ) , ( 3 2 5 −1 2 0 )} vetores de M2×3; (e) {(−1, 5, 2), (0, 1, 1), (1, 2, 0)} vetores de R3; (f) {(−1, 5, 2), (0, 1, 1), (−1, 3, 0)} vetores de R3. (Compare com o exerćıcio 4 (c).) 10 - Seja V um espaço vetorial e sejam u, v, w vetores de V . Suponha que u é combinação linear de v e w. Responda os itens abaixo justificando sua resposta: (a) {u, v, w} é um conjunto linearmente independente? (b) u pertence ao subespaço 〈v, w〉? (c) 3u pertence ao subespaço 〈v, w〉? (d) v − 3u + 2w pertence ao subespaço 〈v, w〉? (e) supondo que v e w são linearmente independentes e que u = v + 2w, então u pertence ao subespaço 〈v − 3u + 2w, w〉? (f) supondo que v e w são linearmente independentes e que u = 1 3 v+2w, então u pertence ao subespaço 〈v − 3u + 2w, w〉? 4 Gabarito: 1a QUESTÃO: (a) As matrizes canônicas são A1 = ( 3 −1 2 1 ) A2 = 1 2 −1 0 0 2 A3 = ( 1 0 −1 2 1 0 ) A4 = 1 1 2 1 2 1 1 0 3 . (b) A composição T2 ◦ T1 tem matriz canônica A2 · A1 = 1 2 −1 0 0 2 ( 3 −1 2 1 ) = 7 1 −3 1 4 2 e portanto é dada por T2 ◦ T1 : R2 → R3 (x, y) 7→ (7x + y,−3x + y, 4x + 2y). A composição T1 ◦ T1 tem matriz canônica A1 · A1 = ( 3 −1 2 1 )( 3 −1 2 1 ) = ( 7 −4 8 −1 ) e portanto é dada por T1 ◦ T1 : R2 → R2 (x, y) 7→ (7x− 4y, 8x− y). A composição T3 ◦ T2 tem matriz canônica A3 · A2 = ( 1 0 −1 2 1 0 ) 1 2 −1 0 0 2 = ( 1 0 1 4 ) e portanto é dada por T3 ◦ T2 : R2 → R2 (x, y) 7→ (x, x + 4y). 5 A composição T1 ◦ T3 ◦ T2 tem matriz canônica A1 · A3 · A2 = ( 3 −1 2 1 )( 1 0 −1 2 1 0 ) 1 2 −1 0 0 2 . Como já calculamos A3 · A2 no item anterior, temos que A1 · A3 · A2 = ( 3 −1 2 1 )( 1 0 1 4 ) = ( 2 −4 3 4 ) e portanto é dada por T3 ◦ T2 : R2 → R2 (x, y) 7→ (2x− 4y, 3x + 4y). (c) Para descobrir se os operadores T1 e T4 são injetores temos que saber se as matrizes canônicas A1 e A4 são inverśıveis e para isso basta calcular seus determinantes: det(A1) = 5 e det(A4) = 0. Assim, como det(A1) 6= 0 vemos que A1 e inverśıvel e portanto T1 é injetor. Além disso, como det(A4) = 0, então A4 não é inverśıvel e T4 não é injetor. (d) O operador T1 é inverśıvel, pois sua matriz canônica A1 é inverśıvel. Como A−11 = 1 det(A1) ( 1 1 −2 3 ) = ( 1/5 1/5 −2/5 3/5 ) então o operador inverso de T1 é T−11 : R2 → R2 (x, y) 7→ ( x + y 5 , −2x + 3y 5 ) . O operador T4 não é inverśıvel pois sua matriz canônica A4 não é inverśıvel. 2a QUESTÃO: (a) A matriz canônica do operador T que dá a rotação com ângulo de 90◦ é A = ( cos(90◦) −sen(90◦) sen(90◦) cos(90◦) ) = ( 0 −1 1 0 ) e a matriz canônica do operador S que dá a reflexão em torno da reta x = y é B = ( 0 1 1 0 ) . Portanto a composição pedida S ◦ T é BA = ( 1 0 0 −1 ) . (Pela matriz canônica, vemos que esta composição é a reflexão em torno do eixo x.) 6 (b) A matrizcanônica do operador T que dá a projeção sobre o eixo y é A = ( 0 0 0 1 ) e a matriz canônica do operador S que dá a contração por k = 1/3 é B = ( 1/3 0 0 1/3 ) . Portanto a composição pedida S ◦ T é BA = ( 0 0 0 1/3 ) . (c) A matriz canônica do operador T que dá a reflexão em torno do eixo x é A = ( 1 0 0 −1 ) e a matriz canônica do operador S que dá a rotação com ângulo de 30◦ é B = ( cos(30◦) −sen(30◦) sen(30◦) cos(30◦) ) = ( √ 3/2 −1/2 1/2 √ 3/2 ) Portanto a composição pedida S ◦ T é BA = ( √ 3/2 1/2 1/2 −√3/2 ) . 3a QUESTÃO: Para encontrar este operador temos que fazer a projeção de um vetor w = (x, y) qualquer de R2 sobre a reta. Ora, fazer a projeção sobre a reta é o mesmo que fazer a projeção sobre um vetor que dá a direção da reta. Como esta reta tem equação Cartesiana 3x − 2y = 0 então tem como vetor normal n = (3,−2) e logo tem como vetor direção v = (2, 3). Assim temos que calcular a projeção de w sobre v: projv(w) = (w · v v · v ) v = ( 2x + 3y 4 + 9 ) (2, 3) = ( 4x + 6y 13 , 6x + 9y 13 ) . Portanto o operador de R2 procurado é T : R2 → R2 (x, y) 7→ ( 4x + 6y 13 , 6x + 9y 13 ) . 4a QUESTÃO: 7 (a) EV1 falha pois temos (x, y)⊕ (x′, y′) 6= (x′, y′)⊕ (x, y) em geral; (b) EV8 falha pois 1 ¯ (x, y) = (1 + x, 1 + y) 6= (x, y). Além disso, as propriedades EV5, EV6 e EV7 também falham; (c) EV3 falha pois não existe elemento nulo, já que após qualquer soma a terceira coorde- nada do vetor é zero; (d) EV1 falha pois o produto de matrizes não é comutativo, isto é, A · A′ 6= A′ · A. Vejamos que EV4 também falha. Para isso note primeiro que EV3 funciona, isto é, existe um elemento nulo para a operação ⊕, já que I = ( 1 0 0 1 ) é tal que A⊕ I = A · I = A e I ⊕ A = I · A = A. Agora, como nem toda matriz é inverśıvel, isto é, dado A ∈ M2×2, nem sempre existe uma matriz inversa A−1 tal que A · A−1 = I, vemos que nem sempre existe o inverso aditivo de elementos de V com respeito a ⊕. Assim a propriedade EV4 falha. (e) EV4 falha já que o inverso aditivo de um vetor (x, y) ∈ V deveria ser (−x,−y), que não pertence a V . 5a QUESTÃO: (a) É óbvio que (0, 0) está em V já que 02 = 0. Além disso, temos (x, y)⊕ (0, 0) = (x + 0, y + 0 + 2 · x · 0) = (x, y); (b) Dado (x, y) ∈ V temos que y = x2 por definição. Deste modo, vemos que (−x, y) também está em V pois (−x)2 = x2 = y. Além disso, temos (x, y)⊕ (−x, y) = (x− x, y + y + 2 · x · (−x)) = (0, 2y − 2x2) = (0, 2(y − x2)) = (0, 0), pois y = x2. (c) Para (x, y) ∈ V e k, l ∈ R temos (k + l)¯ (x, y) = ((k + l)x, (k + l)2y) = ((k + l)x, (k2 + l2 + 2kl)y) e por outro lado, temos (k ¯ (x, y))⊕ (l ¯ (x, y)) = (kx, k2y)⊕ (lx, l2y) = (kx + lx, k2y + l2y + 2 · (kx) · (lx)) = ((k + l)x, k2y + l2y + 2klx2) = ((k + l)x, k2y + l2y + 2kly), pois x2 = y = ((k + l)x, (k2 + l2 + 2kl)y). Assim vemos que (k + l)¯ (x, y) = (k ¯ (x, y))⊕ (l ¯ (x, y)). 8 (d) Para a (EV1) temos (x, y)⊕ (x′, y′) = (x + x′, y + y′ + 2xx′) = (x′ + x, y′ + y + 2x′x) = (x′, y′)⊕ (x, y). Para a (EV2) temos (x, y)⊕ ((x′, y′)⊕ (x′′, y′′)) = (x, y)⊕ (x′ + x′′, y′ + y′′ + 2x′x′′) = (x + x′ + x′′, y + y′ + y′′ + 2x′x′′ + 2xx′ + 2xx′′), e ((x, y)⊕ (x′, y′))⊕ (x′′, y′′) = (x + x′, y + y′ + 2xx′)⊕ (x′′, y′′) = (x + x′ + x′′, y + y′ + y′′ + 2x′x′′ + 2xx′ + 2xx′′). Para a (EV5) temos k ¯ ((x, y)⊕ (x′, y′)) = k ¯ (x + x′, y + y′ + 2xx′) = (k(x + x′′), k2(y + y′ + 2xx′)), e (k ¯ (x, y))⊕ (k ¯ (x′, y′)) = (kx, k2y)⊕ (kx′, k2y′) = (kx + kx′, k2y + k2y′ + 2(kx)(kx′)) = (k(x + x′), k2(y + y′ + 2xx′)). Para a (EV7) temos (kl)¯ (x, y) = (klx, (kl)2y) = (klx, k2l2y), e k ¯ (l ¯ (x, y)) = k ¯ (lx, l2y) = (klx, k2l2y). Para a (EV8) temos 1¯ (x, y) = (1 · x, 12 · y) = (x, y). 6a QUESTÃO: (a) W não é subespaço linear de V pois o elemento nulo de V que é (0, 0) não está em W ; (b) W é subespaço linear de V , pois é o conjunto solução de um sistema linear, a saber o sistema { x −3y = 0 y +z = 0 Outra forma de ver que W é subespaço de V é escrever W como W = {(3t, t,−t) | t ∈ R}. Assim, tomamos dois vetores de W , digamos w0 = (3t0, t0,−t0) e w1 = (3t1, t1,−t1) e um escalar k ∈ R. Temos que: * com t = 0 vemos que o elemento nulo (0, 0, 0) de V está em W ; * w0 + w1 = (3(t0 + t1), t0 + t1,−(t0 + t1)) está em W com t = t0 + t1; * k · w0 = (3(kt0), kt0,−kt0) está em W com t = kt0. 9 (c) W é subespaço vetorial de V . De fato, note primeiro que as matrizes simétricas de ordem 2× 2 são da forma ( a b b c ) com a, b, c ∈ R. Assim, temos: * o elemento nulo de M2×2 que é ( 0 0 0 0 ) está em W , isto é, é uma matriz simétrica; * tome A e A′ elementos de W , então estas matrizes são da forma A = ( a b b c ) e A′ = ( a′ b′ b′ c′ ) . Assim A + A′ = ( a + a′ b + b′ b + b′ c + c′ ) é simétrica e logo está em W ; * tome um escalar k ∈ R e um vetor A ∈ W , então temos A = ( a b b c ) . Assim k · A = ( ka kb kb kc ) é simétrica e logo está em W . (d) Já vimos no exerćıcio 1(e) que W não é espaço vetorial com as operaçoẽs usuais, logo não pode ser subespaço de R2. Outra forma de ver isso é notar que w = (1, 1) ∈ W mas com k = 2 temos k · (1, 1) = (2, 2) 6∈ W . (e) W não é subespaço de V = R3 pois a soma de dois vetores w e w′ de W não nec- essariamente está em W . Por exemplo tome w = (−1, 0, 0) e w′ = (0,−1, 0), temos w,w′ ∈ W mas w + w′ = (−1,−1, 0) não está em W . Outro modo de ver que W não é subespaço de V é notar que a multiplicação por escalar de um vetor de W não necessariamente cai em W . Por exemplo tome w = (−1, 0, 0) ∈ W , então com k = 2 temos k · w = (−2, 0, 0) 6∈ W . (f) W não é subespço de V = P3 pois o vetor nulo de P3 que é o polinômio nulo 0 = 0x3 + 0x2 + 0x + 0 não está em W , já que seu termo de grau 2 não é 1; (g) W é subespaço de V = P2. De fato: * o vetor nulo de P2 é 0 = 0x 2 + 0x + 0 que está em W ; * tome p(x) e q(x) em W , isto é, temos p(1) = q(1) = 0. Então a soma h(x) = p(x) + q(x) satisfaz h(1) = p(1) + q(1) = 0 + 0 = 0, e logo está em W ; * tome um escalar k ∈ R e um vetor p(x) ∈ W , isto é, p(1) = 0. Então o produto g(x) = k · p(x) está em W pois g(1) = k · p(1) = k · 0 = 0. (h) W não é subespaço de V pois o vetor nulo de V que é 0x2 + 0x + 0 não está em W ; (i) W não é subespaço de V = M2×2 já que o vetor nulo de M2×2, que é a matriz ( 0 0 0 0 ) , não é inverśıvel e logo não está em W . 10 7a QUESTÃO: (a) Sim, v = 1 3 v1 + v2; (b) Não; (c) Sim, v = 2v1 + v2; (d) Sim, v = 2v1 + v2 + 0v3 (existem outras formas de escrever v); (e) Não; (f) Sim, v = v1 − 2v2; (g) Sim, v = −v1 + 3v2. 8aQUESTÃO: (a) W é a reta em R2 passando pela origem e com a direção do vetor v = (2, 3). Temos W = {(x, y) ∈ R2 | 3x− 2y = 0} = {(2t, 3t)|t ∈ R}; (b) W = R2; (c) W = {(x, y, z) ∈ R3 | 3x + y − z = 0}. Usando esta informação é fácil ver que v = (−1, 5, 2) ∈ W , já que este vetor satisfaz a equação de W , isto é, 3·(−1)+5−2 = 0; (d) W = {(x, y, z) ∈ R3 | 3x + y − z = 0}. Como o vetor (−1, 5, 2) já estava em 〈(0, 1, 1), (−1, 3, 0)〉, os subespaços dos itens (c) e (d) devem realmente ser iguais; (e) W = {(x1, x2, x3, x4) ∈ R4 | x1 − 2x2 + x3 = 0 e 2x1 − 3x2 + x4 = 0}; (f) W = {a2x2 + a1x + a0 ∈ P2 | a1 = a0 + a2}. Usando esta informação é fácil ver que x2 − x− 2 e −x2 + 2x + 3 são combinações lineares dos vetores x2 + x e x + 1 pois em ambos os polinômios o termo de grau 1 é a soma dos termos de graus 0 e 2. (g) W = P2; (h) W = {( a b c d ) ∈ M2×2 | a + 3b− 2c− 2d = 0 } . 9a QUESTÃO: (a) Os dois vetores são linearmente independentes (LI) já que não são múltiplos um do outro; (b) Os dois vetores são linearmente independentes (LI) já que não são múltiplos um do outro; 11 (c) Escrevendo o vetor nulo de P2 como combinação linear dos três vetores do conjunto, temos 0x2 + 0x + 0 = a(x2 + 3x− 1) + b(2x2 − x) + c(x2 − 4x + 1) = (a + 2b + c)x2 + (3a− b− 4c)x + (−a + c), com a, b, c ∈R. Por igualdade de polinômios, obtemos o sistema linear (∗) a +2b +c = 0 3a −b −4c = 0 −a +c = 0 Para determinar se o conjunto é linearmente dependente ou independente, precisamos saber se o sistema (∗) tem infinitas ou uma única solução. Resolvendo o sistema, temos M = 1 2 1 0 3 −1 −4 0 −1 0 1 0 −→ M ′ = 1 2 1 0 0 −1 −1 0 0 0 0 0 , onde realizamos as operações elementares: L2 7→ L2 − 3L1, L3 7→ L3 + L1, L2 7→ 17L2, L3 7→ L3 + 2L2. Pela matriz M ′ vemos que o sistema tem infinitas soluções e logo o conjunto é linearmente dependente (LD). (d) Escrevendo o vetor nulo de M2×3 como combinação linear dos quatro vetores do con- junto, temos ( 0 0 0 0 0 0 ) = a ( 1 2 3 2 0 −1 ) + b ( 0 1 −2 1 1 0 ) + c ( 2 1 0 −2 3 1 ) + d ( 3 2 5 −1 2 0 ) = ( a + 2c + 3d 2a + b + c + 2d 3a− 2b + 5d 2a + b− 2c− d b + 3c + 2d −a + c ) com a, b, c, d ∈ R. Por igualdade de matrizes, obtemos o sistema linear (∗) a +2c +3d = 0 2a +b +c +2d = 0 3a −2b +5d = 0 2a +b −2c −d = 0 b +3c +2d = 0 −a +c = 0 Para determinar se o conjunto é linearmente dependente ou independente, precisamos saber se o sistema (∗) tem infinitas ou uma única solução. Resolvendo o sistema, temos M = 1 0 2 3 0 2 1 1 2 0 3 −2 0 5 0 2 1 −2 −1 0 0 1 3 2 0 −1 0 1 0 0 −→ M ′ = 1 0 2 3 0 0 1 −3 −4 0 0 0 −3 −3 0 0 0 0 −2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 , 12 onde realizamos as seguintes operações elementares: L2 7→ L2 − 2L1, L3 7→ L3 − 3L1, L4 7→ L4−2L1, L6 7→ L6 +L1, L3 7→ L3 +2L2, L4 7→ L4−L2, L5 7→ L5−L2, L3 ↔ L4, L4 7→ L4 − 4L3, L5 7→ L5 + 2L3 e L6 7→ L6 + L3. Pela matriz M ′ vemos que o sistema tem uma única solução (que é a = b = c = d = 0) e logo o conjunto é linearmente independente (LI). (e) Como este conjunto consiste de três vetores em R3, para saber se é linearmente depen- dente ou independente, basta calcular o determinante da matriz: A = −1 0 1 5 1 2 2 1 0 Ora, esta matriz tem determinante igual a det(A) = −1(0− 2)− 0(0− 4) + 1(5− 2) = 2 + 0 + 3 = 5 e logo, como det(A) 6= 0, vemos que os três vetores são linearmente independentes (LI). (f) Como este conjunto consiste de três vetores em R3, para saber se é linearmente depen- dente ou independente, basta calcular o determinante da matriz: A = −1 0 −1 5 1 3 2 1 0 Ora, esta matriz tem determinante igual a det(A) = −1(0− 3)− 0(0− 6)− 1(5− 2) = 3 + 0− 3 = 0 e logo, como det(A) = 0, vemos que os três vetores são linearmente dependentes (LD). (Note que verificamos no exerćıcio 4 itens (b) e (c) que o vetor (−1, 5, 2) é combinação linear dos vetores (0, 1, 1) e (−1, 3, 0), mas não é combinação linear dos vetores (0, 1, 1) e (1, 2, 0).) 10a QUESTÃO: Primeiro notamos que a hipótese de que u é combinação linear de v e w significa que existem a, b ∈ R tais que u = a · v + b · w. (a) (Não.) Para ver se o conjunto {u, v, w} é linearmente dependente ou independente pre- cisamos ver se existem outros modos de escrever o vetor nulo 0 ∈ V como combinação linear de u, v, w k1u + k2v + k3w = 0 13 além da combinação trivial (isto é, com todas os escalares k1, k2, k3 iguais a zero). Ora, temos u = av + bw ⇒ u− av − bw = 0 o que significa que, com k1 = 1, k2 = −a e k3 = −b, obtemos uma maneira de escrever 0 como combinação linear de u, v, w distinta da trivial. Assim {u, v, w} é um conjunto linearmente dependente. (b) (Sim.) Por definição o subespaço 〈v, w〉 é o conjunto de todas as combinações lineares de v e w. Como por hipótese u é combinação linear de v e w, então u pertence a 〈v, w〉. (c) (Sim.) Precisamos ver se 3u é combinação linear de v e w. Ora, temos que u = av+bw e logo 3u = (3a)v + (3b)w, mostrando que 3u é combinação linear de v e w, ou seja, que 3u pertence a 〈v, w〉. (d) (Sim.) Aqui precisamos ver se v− 3u+2w é combinação linear de v e w. Agora, como u = av + bw, temos que v − 3u + 2w = v − 3(av + bw) + 2w = (1− 3a)v + (2− 3b)w mostrando que v − 3u + 2w pode ser escrito como combinação linear de v e w. (e) (Sim.) Precisamos ver se u é combinação linear de v − 3u + 2w e w, isto é, se existem k, l ∈ R tais que u = k · (v − 3u + 2w) + l · w. Como u = v + 2w, substituindo na equação acima temos v + 2w = k(v − 3(v + 2w) + 2w) + lw ⇒ v + 2w = −2kv − 4kw + lw ⇒ v + 2w + 2kv + 4kw − lw = 0 ⇒ (1 + 2k)v + (2 + 4k − l)w = 0. Agora, por hipótese v e w são linearmente independentes o que significa que o único modo de escrever 0 como combinação linear de v e w é o modo trivial 0v + 0w = 0, ou seja, temos que ter 1 + 2k = 0 e 2 + 4k − l = 0. Então k = −1/2 e logo l = 4k − 2 = 0. Portanto u = −1/2(v − 3u + 2w) + 0w, mostrando que u pertence a 〈v − 3u + 2w,w〉. (f) (Não.) Como no item anterior, precisamos ver se u é combinação linear de v−3u+2w e w, isto é, se existem k, l ∈ R tais que u = k · (v − 3u + 2w) + l · w. 14 Como u = 1 3 v + 2w, substituindo na equação acima temos 1 3 v + 2w = k ( v − 3 ( 1 3 v + 2w ) + 2w ) + lw ⇒ 1 3 v + 2w = −4kw + lw ⇒ 1 3 v + 2w + 4kw − lw = 0 ⇒ ( 1 3 ) v + (2 + 4k − l)w = 0. Agora, por hipótese v e w são linearmente independentes o que significa que o único modo de escrever 0 como combinação linear de v e w é o modo trivial 0v + 0w = 0, ou seja, deveŕıamos ter 1 3 = 0 e 2 + 4k − l = 0. Como a primeira equação é obviamente falsa, vemos que é imposśıvel encontrar es- calares k, l satisfazendo u = k(v − 3u + 2w) + lw, ou seja, u não é conbinação linear de v − 3u + 2w e w e portanto u não pertence ao subespaço 〈v − 3u + 2w, w〉. 15
Compartilhar