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APRESENTAÇÃO Professora Especialista Karitta da Silva Lopes ● Licenciada em Geografia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). ● Especialista em “História da África e Cultura Afro-Brasileira, Práticas Docentes, Relações Raciais e a Aplicação da Lei 10.639/03” pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). ● Atuou como professora de Geografia pelo Processo Seletivo Simplificado do Paraná da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR). ● Atuou como docente da disciplina “Categorias e Conceitos da Geografia” do curso de licenciatura em Geografia EaD do Centro Universitário Cidade Verde (UniFCV) ● Link do Currículo na Plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/2751506907806550. Ampla experiência como docente na rede pública de Ensino Básico do Estado do Paraná, atuando em instituições como o Colégio Estadual João de Faria Pioli, Colégio Estadual Silvio Magalhães Barros, Instituto de Educação Estadual de Maringá, Colégio Estadual Antônio Francisco Lisboa e Colégio Estadual Jardim Independência, estes dois últimos, localizados no município de Sarandi-PR. Experiência, também, como professora do ensino privado na modalidade de Educação à Distância, atuando como docente da disciplina “Categorias e Conceitos da Geografia” do curso de licenciatura em Geografia EaD do Centro Universitário Cidade Verde (UniFCV) e desenvolvendo o material didático da mesma. APRESENTAÇÃO DA APOSTILA Olá, seja muito bem vinda(o) à disciplina “Sistemas Geográficos de Informações”! Prezada(o) aluna(o), é com grande satisfação e apreço que lhe introduzo às temáticas e assuntos que compõem esta disciplina. Se você se interessou pelos conhecimentos apresentados e dinamizados aqui, o presente material será o início de uma grande jornada que vamos trilhar juntos a partir de agora. Desde já te adianto que o desenvolvimento do conhecimento em Geografia se faz por meio de uma construção coletiva, ou seja, por relações conjuntas e recíprocas e nunca individuais ou unilaterais. Desta forma, é a partir do compartilhamento e socialização dos saberes geográficos, divididos em quatro unidades, que vamos estudar alguns dos princípios dos Sistemas Geográficos de Informações ou Sistemas de Informação Geográfica, os SIGs. Na Unidade I, “História do Sistema de Informação Geográfica”, que é composta por três tópicos, iremos estudar sobre as geotecnologias ao longo da história, conceitos e componentes de um Sistema de Informação Geográfica (SIG), características dos dados geográficos e tecnologias relacionadas. Já na Unidade II, “Modelos e Estruturas de Dados Espaciais”, que é composta por seis tópicos, vamos dinamizar nossos conhecimentos acerca da modelagem de um Sistema de Informação Geográfica (SIG), da estrutura de dados vetorial e matricial, da comparação entre ambas estruturas destacadas e das fontes e organização de dados. Depois, na Unidade III, “Banco de dados geográficos”, integrada por quatro tópicos, vamos aprender um pouco mais sobre a modelagem de banco de dados geográficos, a elaboração e manipulação de um banco de dados, como também, a análise de dados georreferenciados. E por fim, na Unidade IV, “Elaboração de Mapas Digitais”, integrada por três tópicos, iremos concentrar nossos conhecimentos à respeito da elaboração de mapas temáticos com programa de SIG, isto é, acerca da contextualização do uso dos programa de SIGs na elaboração de mapas temáticos, compreendendo assim, a importância desses recursos e as etapas que envolvem a produção de mapas temáticos com programa de SIG, tendo como exemplo o software QGIS. Aproveito para reforçar o convite a você, para junto conosco percorrer esta jornada de conhecimento e multiplicar os conhecimentos sobre tantos assuntos abordados em nosso material. Esperamos contribuir para seu crescimento pessoal e profissional. Muito obrigada e ótimos estudos! Lembre-se, as vacinas salvam vidas! UNIDADE I HISTÓRIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA Professora Esp. Karitta da Silva Lopes Plano de Estudo: • Conceitos e componentes de um SIG; • Características dos dados geográficos; • Tecnologias relacionadas. Objetivos de Aprendizagem: • Conceituar e contextualizar o desenvolvimento dos SIGs; • Compreender os tipos de dados analisados em um SIG; • Estabelecer a importância da análise de dados de um SIG. INTRODUÇÃO Prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à disciplina “Sistemas Geográficos de Informação”. É com grande satisfação e estima que lhe convido a compartilhar conhecimentos acerca do desenvolvimento das tecnologias que nos possibilitaram novas formas de mapear e compreender os fenômenos existentes no planeta Terra. O presente material foi desenvolvido para introduzi-lo(a) ao horizonte das discussões a respeito da evolução dos sistemas de informação geográficas, portanto, é destinado a estudantes e pesquisadores interessados em compreender o processo histórico de constituição das geotecnologias, cujo objetivo é compreender a técnica do sistema de informação geográfica, analisar dados espaciais com vistas ao diagnóstico ambiental, elaborar mapas temáticos e cadastrais, entender e equacionar problemas a serem resolvidos com o uso dos sistemas de informações geográficas. Durante a trajetória escolar, você certamente cursou Geografia e teve contato com diversos conceitos específicos dessa disciplina, tais como território, espaço, lugar e região. A apresentação que você tem em mãos (ou à vista por meio de arquivos digitais) pretende aprofundar esses conhecimentos, obtidos no seu percurso educacional no decorrer do Ensino Básico, a respeito das tecnologias de informação e sua consolidação como campo de trabalho e suas aplicações no cotidiano da nossa sociedade. A Unidade I, “História do Sistema de Informação Geográfica”, é composta por três tópicos que correspondem a um plano de estudo estruturado para que você possa obter conhecimento sobre as Geotecnologias ao longo da história, conceitos e componentes de um Sistema de Informação Geográfica (SIG), características dos dados geográficos e tecnologias relacionadas. Almejamos que esta unidade possa contribuir com sua aprendizagem, com a expansão dos conhecimentos tecnológicos e com o aprimoramento de suas habilidades cognitivas e investigativas em Geografia. Bons estudos! 1 CONCEITOS E COMPONENTES DE UM SIG Imagem do Tópico: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/gis-geographic- information-system-write-on-2002787549 Ao darmos início aos estudos acerca dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG) enquanto uma importante área da ciência geográfica e das geotecnologias, precisamos contextualizar seu surgimento ao longo da história. Logo, o termo em destaque tem sua origem no inglês Geographic Information System (GIS), surgiu nos Estados Unidos na década de 60 através de grupos compostos por estudantes universitários que se juntaram para desenvolver programas computacionais destinados ao sistema de informação. A partir do século XX, a Cartografia, ciência que atua na representação gráfica dos fenômenos geográficos, seja ele de características físicas sobre o espaço geográfico, território, realidade social, econômica, cultural e histórica, dentre outras, passou por profundas transformações, revolucionando suas formas de produção e atuação. Essa revolução foi determinada principalmente pelo uso da fotogrametria e inserção da tecnologia eletrônica no repertório utilizado para os levantamentos de dados usados na produção das cartas e mapas. A cartografia moderna busca responder aos mais variados setores das práticas humanas, tendo como propósito, o desenvolvimento e produção de mapas e cartas em maior quantidade, em menor tempo e com precisão cada vez maiores. Para otimizar tempo, aumentar a quantidade e a precisão dos produtos elaborados,ela conta com modernas tecnologias como o sensoriamento remoto, o sistema GPS (Sistema Global de Navegação por Satélite ou em inglês Global Positioning System), e os SIGs (Sistemas de Informação Geográfica). Um SIG pode ser visto como um sistema de hardware, software, e procedimentos projetados para suportar captura, gerenciamento, manipulação, análise, modelagem e consulta de dados referenciados espacialmente, para solução de problemas de planejamento e gerenciamento. (LISBOA FILHO; IOCHPE, 1996, p. 2). Esses progressos tecnológicos, e muitos outros desenvolvidos nas últimas três décadas, não somente nas áreas da ciência cartográficas, mas também nas áreas de comunicação, como o surgimento da rede mundial de computadores (World Wide Web- WWW), possibilitaram a distribuição maciça de dados e informações sobre o planeta, abrindo um leque de possibilidades como a recuperação, o armazenamento e a combinação de dados relacionados a um determinado território ou área. A urgência em distinguir variados dados em uma sequência de mapas para posteriormente examiná-los e compará-los é uma percepção muito mais antiga que a presença dos sistemas de informações geográficas atuais. O aprimoramento dos sistemas de informação atravessa o percurso da história da humanidade e o desenvolvimento do geoprocessamento. De acordo com CÂMARA e DAVIS (2001). A coleta de informações sobre a distribuição geográfica de recursos minerais, propriedades, animais e plantas sempre foi uma parte importante das atividades das sociedades organizadas. Até recentemente, no entanto, isto era feito apenas em documentos e mapas em papel; isto impedia uma análise que combinasse diversos mapas e dados. Com o desenvolvimento simultâneo, na segunda metade deste século, da tecnologia de Informática, tornou-se possível armazenar e representar tais informações em ambiente computacional, abrindo espaço para o aparecimento do Geoprocessamento. (CÂMARA; DAVIS, 2001, n.p). Ainda de acordo com os autores: Nesse contexto, o termo Geoprocessamento denota a disciplina do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento da informação geográfica e que vem influenciando de maneira crescente as áreas de Cartografia, Análise de Recursos Naturais, Transportes, Comunicações, Energia e Planejamento Urbano e Regional. (CÂMARA; DAVIS, 2001, n.p.). O Sistema de Informação Geográfica (SIG) ou na utilização do termo em inglês Geographic Information System (GIS) são processos computacionais organizados em sistemas que possuem ferramentas destinadas à coleta, armazenamento, processamento e análise digitalizada de informações georreferenciadas, com o intuito de produzir informações combinadas de dados espaciais. As ferramentas computacionais para Geoprocessamento, chamadas de Sistemas de Informação Geográfica (GIS), permitem realizar análises complexas, ao integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de dados geo-referenciados. Tornam ainda possível automatizar a produção de documentos cartográficos. (CÂMARA; DAVIS, 2001, n.p.). Aplicar o uso de um SIG em análises, proporciona ao usuário benefícios, pois, os dados, quando inseridos no sistema, são processados e trabalhados com agilidade permitindo executar diversas análises das informações geradas através de cálculos matemáticos e estatísticos auxiliando nas tomadas de decisões de quem o utiliza. 1.1 Componentes de um SIG Ainda que o Sistema de informação geográfica (SIG) seja considerado somente um “software”, ele é complexo e organizado com diversos elementos peculiares e relacionados entre si. O sistema central de um SIG é o banco de dados, sendo compreendido como um acervo de informações com diferentes formatações e captado de formas variadas, sendo armazenados em formato digital. Em torno do banco de dados é encontrado uma sequência de componentes de software. O processamento digital de imagens, sistematicamente possibilita o manuseio e investigação de imagens adquiridas remotamente através de sensores como, por exemplo: satélites (sensoriamento remoto), fotografias aéreas e radar. Também é bastante utilizado o sistema de digitalização de mapas e cartas já existentes em formatos de papel e transformados em formatos digitais. A análise geográfica embasada em suas características espaciais possibilita a análise de dados e atributos. O sistema de suporte é considerado uma das funções mais importantes de um SIG, pois proporciona a utilização de ferramentas estatísticas e matemáticas, desenvolvidas especialmente para essa finalidade. Já o sistema de visualização cartográfica, possibilita elencar os elementos presentes no banco de dados tendo como finalidade a produção de um produto cartográfico exibido na tela ou monitor do computador podendo ser enviado para impressão. Do ponto de vista da aplicação, utilizar um SIG implica em escolher as representações computacionais mais adequadas para capturar a semântica de seu domínio de aplicação. Do ponto de vista da tecnologia, desenvolver um SIG significa oferecer o conjunto mais amplo possível de estruturas de dados e algoritmos capazes de representar a grande diversidade de concepções do espaço. (CÂMARA; MONTEIRO, 2001, n.p.). Desse modo, os SIGs atuam como um exemplo expressivo da realidade em que se encontra os fenômenos a serem estudados, como, exemplo, dados de hidrografia, uso do solo, relevo, dados sociais e urbanos, que podem ser decodificados para o formato digital comumente utilizados através de dados temáticos e implementado através de linguagens de programação. 2 CARACTERÍSTICAS DOS DADOS GEOGRÁFICOS Imagem do Tópico: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/concept-gis-geographic- information-system-1955579647 Antes de tudo, é preciso destacar que trabalhar com geoprocessamento, é utilizar de atributos computacionais (computadores) como ferramenta, a fim de representar dados referenciados espacialmente, ou melhor, georreferenciados. Segundo CÂMARA e DAVIS, “[...] o problema fundamental da Ciência da Geoinformação é o estudo e a implementação de diferentes formas de representação computacional do espaço geográfico” (2001, p. 1). Para compreender a problemática fundante das representações computacionais do espaço geográfico é preciso entender o conceito de traduzir o mundo real para o ambiente digital. Nos fundamentando nas interpretações de ambos os autores, é preciso compreender o “paradigma dos quatro universos”, que se distingue da seguinte forma: o universo do mundo real, que inclui as entidades da realidade a serem modeladas no sistema; o universo matemático (conceitual), que inclui uma definição matemática (formal) das entidades a ser representadas; o universo de representação, onde as diversas entidades formais são mapeadas para representações geométricas e alfanuméricas no computador; o universo de implementação, onde as estruturas de dados e algoritmos são escolhidos, baseados em considerações como desempenho, capacidade do equipamento e tamanho da massa de dados. É neste nível que acontece a codificação. (CÂMARA; DAVIS, 2001, p. 2). O ponto de vista apresentado, não é limitado aos sistemas de geoprocessamentos, mas também, apresenta uma visão que une as adversidades atribuídas à computação gráfica e ao processamento de imagens. Aplicado ao geoprocessamento, essa problemática permite ponderar os problemas existentes nos dados geográficos. Como podemos ver a seguir: no universo do mundo real encontram-se os fenômenos a serem representados (tipos de solo, cadastro urbano e rural, dados geofísicos e topográficos); no universo conceitual (matemático) pode-se distinguir entre as grandes classes formais de dados geográficos (dados contínuos e objetos individualizáveis) e especializar estas classes nos tipos de dadosgeográficos utilizados comumente (dados temáticos e cadastrais, modelos numéricos de terreno, dados de sensoriamento remoto); no universo de representação as entidades formais definidas no universo conceitual são associadas a diferentes representações geométricas, que podem variar conforme a escala e a projeção cartográfica escolhida e a época de aquisição do dado. Aqui se distingue entre as representações matricial e vetorial, que podem ainda ser especializadas; o universo de implementação é onde ocorre a realização do modelo de dados através de linguagens de programação. Neste universo, escolhem-se as estruturas de dados (tais como árvores quaternárias e árvores-R) para implementar as geometrias do universo de representação (CÂMARA; DAVIS, 2001, p. 3-4). Sendo assim, as tradicionais diferenças de geoprocessamento representadas nas dicotomias campos x objeto e matricial x vetorial, podem ser solucionadas, mostrando que ambas se encontram em diferentes níveis de conceito. Essa perspectiva também ilustra que a área de interação do usuário de um SIG, precisa refletir o universo conceitual, pois, nesse universo o usuário aplica conceitos mais presentes em sua realidade, minimizando as dificuldades presentes nas variedades de representações geométricas. 2.1 Sistemas de medida e de referência espaço-temporal Uma característica centralizadora no uso das tecnologias de Geoprocessamento provém da lógica matemática utilizada nos sistemas de informação, pois para ser apresentada no universo computacional, é preciso associar em todas as categorias de informação geográfica uma escala de referência e medida, que serão utilizadas pelo SIG para representá-lo. Como nos explica os autores: A visão mais aplicada em Geoprocessamento utiliza uma escala de mensuração que permite associar grandezas numéricas a cada objeto a ser representado computacional. Esta visão deriva do conceito "representacionalista" proposto pelo filósofo Bertrand Russel: as propriedades não são intrínsecas aos objetos, mas são obtidas a partir de medidas. Assim, a representação de um objeto geográfico num GIS dependerá da escala que utilizarmos. (CÂMARA; DAVIS, 2001, p. 4). Importante destacar que os níveis de medidas temáticas não determinarão grandezas. Quando a análise necessita de descrições detalhadas, utiliza-se níveis de medidas numéricas, em que os valores balizam-se em números reais de escala. 2.2 Dados Temáticos De acordo com os autores: Dados temáticos descrevem a distribuição espacial de uma grandeza geográfica, expressa de forma qualitativa, como os mapas de pedologia e a aptidão agrícola de uma região. Estes dados, obtidos a partir de levantamento de campo, são inseridos no sistema por digitalização ou, de forma mais automatizada, a partir de classificação de imagens. (CÂMARA; DAVIS, 2001, p. 7). 2.3 Dados Cadastrais Diferente dos dados temáticos, nos dados cadastrais cada elemento é um objeto geográfico, pois: Possui atributos e pode estar associado a várias representações gráficas. Por exemplo, os lotes de uma cidade são elementos do espaço geográfico que possuem atributos (dono, localização, valor venal, IPTU devido, etc.) e que podem ter representações gráficas diferentes em mapas de escalas distintas (CÂMARA e DAVIS, 2001, p. 7). Nesse sistema, os atributos estão guardados em um banco de dados pré- existente. 2.4 Redes O conceito de rede em geoprocessamento, indica elementos atribuídos a serviços urbanos de utilidade pública, tais quais água, luz e telefone; bacias hidrográficas e rodovias. No caso de redes, cada objeto geográfico (ex: cabo telefônico, transformador de rede elétrica, cano de água) possui uma localização geográfica exata e está sempre associado a atributos descritivos presentes no banco de dados. (CÂMARA; DAVIS, 2001, p. 8). Neste formato, os atributos gráficos são armazenados em coordenadas vetoriais as quais veremos na próxima unidade. 2.5 Modelos Numéricos de Terreno Mais conhecido como MNT (sigla referente ao título), o modelo numérico de terreno é empregado para demonstrar o desempenho quantitativo de um elemento que continuamente varia no espaço. Um MNT pode ser definido como um modelo matemático que reproduz uma superfície real a partir de algoritmos e de um conjunto de pontos (x, y), em um referencial qualquer, com atributos denotados de z, que descrevem a variação contínua da superfície. (CÂMARA; DAVIS, 2001, p. 10). 2.6 Imagens As imagens representam os processos de captar informação espacial de forma indireta, obtidas por satélites, fotografias aéreas ou "scanners" aerotransportados. “Armazenadas como matrizes, cada elemento de imagem (denominado "pixel") tem um valor proporcional à energia eletromagnética refletida ou emitida pela área da superfície terrestre correspondente.” (CÂMARA; DAVIS, 2001, p. 10). Ainda de acordo com os autores: Pela natureza do processo de aquisição de imagens, os objetos geográficos estão contidos na imagem, sendo necessário recorrer a técnicas de fotointerpretação e de classificação para individualizá-los. Características importantes de imagens de satélite são: o número e a largura de bandas do espectro eletromagnético imageadas (resolução espectral), a menor área da superfície terrestre observada instantaneamente por cada sensor (resolução espacial), o nível de quantização registrado pelo sistema sensor (resolução radiométrica) e o intervalo entre duas passagens do satélite pelo mesmo ponto (resolução temporal). (CÂMARA; DAVIS, 2001, p. 10-11). Figura 1: Rio Nilo do satélite Landsat IMAGEM Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/river-nile-landsat-satellite-elements- this-399987502 3 TECNOLOGIAS ASSOCIADAS Imagem do Tópico: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/cargo-spaceship- on-orbit-planet-earth-1723754989 Como vimos no decorrer da unidade, os Sistemas de Informações Geográficas (SIG) são uma sequência de instrumentos e equipamentos tecnológicos o qual tem como finalidade coletar, armazenar e estudar o espaço geográfico. São sistemas de grande importância para a organização da nossa sociedade e são utilizados por diversas organizações, tais quais os governos, pesquisadores, serviços de inteligência, dentre outros, devido a sua rapidez em trabalhar os dados coletados. Apresentaremos aqui dois grupos de tecnologias que, associadas, compõem um sistema de informação geográfica, são eles: Sensoriamento Remoto e o Sistema Global de Navegação por Satélite ou o termo em inglês Global Positioning System (GPS). 3.1 Sensoriamento Remoto Sensoriamento remoto é o ramo da ciência que trabalha com a obtenção de dados e análise de informações sobre objetos, materiais, ou fenômenos que ocorrem na superfície do nosso planeta. Para fazer a coleta dessas informações, utiliza-se da energia eletromagnética do sol, a qual é refletida nos objetos estudados e que são registrados por equipamentos que se encontram à distância do objeto analisado. Sensoriamento remoto consiste na utilização conjunta de modernos instrumentos (sensores), equipamentos para processamento e transmissão de dados e plataformas (aéreas ou espaciais) para carregar tais instrumentos e equipamentos, com o objetivo de estudar o ambiente terrestre através do registro e da análise das interações entre a radiação eletromagnética e as substâncias componentes do planeta Terra, em suas mais diversas manifestações. (NOVO, 1989). É possível classificar os sensores em duas categorias: ● Sensores ativos, que produzem a própria radiação, ex. radares; ● Sensores passivos, que dependem da radiação externa, mais especificamente a luz solar, ex. sistema desatélites lançados na órbita da Terra. Os satélites fazem varredura em tempo real dos fenômenos que acontecem na superfície terrestre, produzindo imagens e dados atualizados a todo tempo. Para vocês terem ideia, o satélite Landsat 7 consegue dar 14 voltas na Terra por dia. Este satélite é heliosincronizado, ou seja, sempre passa em um mesmo local no mesmo horário solar. Atualmente, temos em órbita inúmeros satélites ativos que produzem informação a todo tempo, são eles: ● LANDSAT: lançado pela NASA o programa Landsat já enviou desde 1972, sete satélites, tendo como foco captar dados sobre os recursos naturais do planeta terra. Atualmente as versões Landsat 5 e Landsat 7 estão ativos, sendo o último o mais recente e mais moderno satélite em operação pelo programa. ● SPOT: lançado com iniciativa do governo Francês em parceria com Suécia e Bélgica, o programa é gerenciado pelo CNES (Centro Nacional de Estudos Espaciais), e desde 1978 já lançou as versões do SPOT 1, 2, 3, 4 e 5. Foi projetado como um sistema operacional e comercial de observação do planeta Terra. ● KOSMOS: lançado pelo governo Russo, a série Kosmos apresenta imagens mais detalhadas, apresentando alta resolução sendo muito utilizadas para aplicações de planejamento urbano. ● IKONOS: está em operação desde o ano 2000 e é operado pela empresa SPACE IMAGING, fornecendo imagens de alta resolução nunca antes alcançadas por outro satélite comercial. ● TERRA: o lançamento do satélite TERRA foi um marco no monitoramento da atmosfera, oceanos e continentes, possibilitando observações globais e análises científicas sobre as mudanças e variações de clima, riscos naturais e o ozônio na atmosfera. ● AQUA: o objetivo do Projeto AQUA é fornecer informações para o estudo multidisciplinar sobre processos inter-relacionados da terra, como: atmosfera, oceanos, superfície do solo e sua relação com as mudanças climáticas. ● QUIKBIRD: Este satélite foi lançado recentemente pela empresa DigitalGlobe e fornece as imagens em mais alta resolução para uso civil. ● ENVISAT: satélite europeu, usado principalmente para análises ambientais. Os instrumentos presentes nele auxiliam na detecção de índices de poluição nos oceanos e na Terra, mudanças climáticas e análise das calotas polares. ● CBERS: é o primeiro satélite brasileiro em órbita, feito em parceria com a China e lançado em 1999. Sua particularidade está em carregar múltiplos sensores com resoluções e frequências variadas, muito utilizados para acompanhar ecossistemas que requerem repetições de informações. 3.2 Sistema Global de Navegação (GPS) GPS é a sigla para Global Positioning System, traduzida para a língua portuguesa como Sistema Global de Navegação, correspondente a tecnologia de localização por satélite. Seu sistema envia informações sobre a posição de algo a partir de um dispositivo móvel, em qualquer localidade e independente das condições climáticas existentes. O desenvolvimento dessa tecnologia teve início no final de 1973 com intuito de facilitar o sistema de navegação. Esse sistema funciona com 24 satélites sincronizados em órbita na Terra e em comunicação aos aparelhos receptores de GPS, o qual interpreta as informações de um grupo de 4 destes satélites, através da troca de algoritmos e dados, determinando com precisão a sua localização. Atualmente, essa tecnologia é muito utilizada no cotidiano das pessoas, empresas e governos, seja no direcionamento de localização, no transporte rodoviário, marítimo e aéreo, como também para localizar pontos específicos no mapa. Ele também combina dados como a velocidade de deslocamento, distância e direção. SAIBA MAIS Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres O Programa CBERS (ou no inglês China-Brazil Earth Resources Satellite) nasceu de uma parceria inédita entre Brasil e China no setor técnico-científico espacial. Com isso, o Brasil ingressou no seleto grupo de Países detentores da tecnologia de geração de dados primários de sensoriamento remoto. Um dos frutos dessa cooperação foi a obtenção de uma poderosa ferramenta para monitorar seu imenso território com satélites próprios de sensoriamento remoto, buscando consolidar uma importante autonomia neste segmento. O Programa CBERS contemplou num primeiro momento apenas dois satélites de sensoriamento remoto, CBERS-1 e 2. O sucesso do lançamento pelo foguete chinês Longa Marcha 4B e o perfeito funcionamento do CBERS-1 e CBERS-2 produziram efeitos imediatos. Ambos os governos decidiram expandir o acordo e incluir outros três satélites da mesma categoria, os satélites CBERS-2B e os CBERS-3 e 4, como uma segunda etapa da parceria Sino-Brasileira. Mediante o sucesso do lançamento do CBERS-4, Brasil e China resolveram assinar um novo protocolo complementar para fabricação de um novo satélite do Programa CBERS: o CBERS 04A. A família de satélites de sensoriamento remoto CBERS trouxe significativos avanços científicos ao Brasil. No país, praticamente todas as instituições ligadas ao meio ambiente e recursos naturais são usuárias das imagens do CBERS. Suas imagens são usadas em importantes campos, como o controle do desmatamento e queimadas na Amazônia Legal, o monitoramento de recursos hídricos, áreas agrícolas, crescimento urbano, ocupação do solo, em educação e em inúmeras outras aplicações. Também é fundamental para grandes projetos nacionais estratégicos, tais como o PRODES (sigla pertencente a Projeto de Monitoramento do Desmatamento da Amazônia Legal por Satélite), de avaliação do desflorestamento na Amazônia, o DETER, de avaliação do desflorestamento em tempo real, e o monitoramento das áreas canavieiras (CANASAT), entre outros. Fonte: INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE). Sobre o CBERS. c2018. Site do INPE do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Disponível em: http://www.cbers.inpe.br/sobre/index.php. Acesso em: 26 ago. 2021. #SAIBA MAIS# REFLITA “O Brasil também encontra-se arrolado entre países detentores de tecnologia para a aquisição de dados orbitais de sensoriamento. Em 1999, após 10 anos de desenvolvimento, o Brasil e a China lançaram com êxito relativo o satélite CBERS (China- Brazil Earth Resources Satellite). Esse satélite foi lançado com três sensores a bordo: uma câmara de amplo campo de visada (Wide Field Imager –WFI), uma câmara CCD (Charged Coupled Device) e um sistema de varredura infravermelho (IRMSS- Infrared Multispectral System). Atualmente, o Brasil está envolvido no projeto de mais duas missões de sensoriamento remoto de recursos terrestres: a missão SSR (Satélite de Sensoriamento Remoto) e a missão SABIA (Satélite Argentino-Brasileiro de Informações sobre Água, Alimento e Ambiente)”. Fonte: NOVO, Evlyn Márcia Leão de Moraes; PONZONI, Flávio Jorge. Introdução ao Sensoriamento Remoto. São José dos Campos: Curso de Pós-Graduação em Sensoriamento Remoto (PGSER), 2001. Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/Miguel/AlunosPG/Jarvis/SR_DPI7.pdf. Acesso em: 26 ago. 2021. #REFLITA # CONSIDERAÇÕES FINAIS Prezado(a) aluno(a), vimos no Tópico 1 os conceitos e componentes de um Sistema de Informação Geográfica (SIG), conceito retirado do termo em inglês Geographic Information System (GIS), que se configuram em processos computacionais organizados em sistemas que possuem ferramentas destinadas à coleta, armazenamento, processamento e análise digitalizada de informações georreferenciadas, com o intuito de produzir informações combinadas de dados espaciais. Buscamos apresentar algumas de suas principais características e funções, dada a complexidade de sua organização em diversos elementos particulares que são relacionados entre si, como o processamento digital de imagens, que sistematicamentepossibilita o manuseio e a investigação de imagens adquiridas remotamente por meio de sensores, à exemplo de satélites (sensoriamento remoto), fotografias aéreas e radar. No Tópico 2, demos continuidade com os estudos referentes às características dos dados geográficos, tendo em vista a problemática fundante das representações computacionais do espaço geográfico, isto é, o conceito de traduzir o mundo real para o ambiente digital. A partir disso, podemos estabelecer discussões acerca dos Sistemas de Medida e de Referência Espaço-Temporal, dos Dados Temáticos, dos Dados Cadastrais, das Redes, dos Modelos Numéricos de Terreno e das Imagens, características imprescindíveis para a produção e apresentação de dados da ciência geográfica. Por fim, no Tópico 3, estudamos os dois grupos de Tecnologias Associadas que compõem um Sistema de Informação Geográfica, ou seja, o Sensoriamento Remoto, que é o ramo da ciência que trabalha com a obtenção de dados e análise de informações sobre objetos, materiais ou fenômenos que ocorrem na superfície do planeta Terra, e o Sistema Global de Navegação por Satélite (GPS), que é a tecnologia de localização por satélite cujo objetivo é enviar informações sobre a localização a partir de um dispositivo móvel em qualquer localidade e independente das condições climáticas existentes. Desejo que o estudo dessa unidade seja de grande valia para sua jornada nessa disciplina. Te encontro na próxima unidade. Bons estudos! LEITURA COMPLEMENTAR BUSCHINELLI, Cláudio César de Almeida. Geotecnologias como ferramentas de apoio à certificação da qualidade no campo: noções gerais. Jaguariúna (São Paulo): Embrapa Meio Ambiente, 2006. Disponível em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/documentos_48_000fdrk2nvl02w x5eo0a2ndxyksb2twb.pdf. Acesso em: 26 de ago. de 2021. A publicação eletrônica apresenta de forma breve os marcos conceituais do desenvolvimento sustentável e da avaliação integrada da sustentabilidade, consideradas um importante pilar filosófico e um importante instrumento de apoio à gestão ambiental em distintos âmbitos geográficos. Parte-se da lógica de que, para o desenvolvimento sustentável de uma região, localidade ou propriedade, devemos necessariamente considerar as interações de seus três componentes fundamentais e indissociáveis, quais sejam: seu perfil social, seu perfil econômico e seu perfil ecológico. Tal consideração, associada à percepção e análise em múltipla escala, reafirmam, cada vez mais, sua importância como instrumento de gestão dos recursos naturais e das atividades humanas desenvolvidas em uma determinada região, sempre considerando sua inserção espacial e temporal, permitindo entre outras coisas, apontar os conflitos a serem analisados e as soluções locais a serem implementadas. LIVRO • Título: Iniciação em sensoriamento remoto • Autora: Tereza Gallotti Florenzano • Editora: Oficina de textos • Sinopse: O livro procura tornar acessível a nova tecnologia de aquisição de informações sobre a Terra, cujas aplicações crescem a cada dia. Com linguagem simples e apresentação inovadora, o livro explica como elas são interpretadas e descreve os principais tipos de sensores e satélites existentes – com destaque para o programa espacial brasileiro. FILME/VÍDEO • Título: Apollo 13 – Do Desastre ao Triunfo. • Ano: 1995. • Sinopse: Tudo corria perfeitamente bem durante a Missão Apollo 13. Mas um grave defeito no equipamento coloca em risco a vida dos astronautas: Jim Lovell (Tom Hanks), Fred Haise (Bill Paxton) e Jack Swigert (Kevin Bacon). Eles, a equipe responsável pelo monitoramento da Missão, encabeçada pelo astronauta Ken Mattingly (Gary Sinise), e o diretor de voo Gene Kranz (Ed Harris) terão de lutar para que não aconteça nenhuma tragédia. • Disponibilidade do Filme: Netflix. WEB • Apresentação do link: O site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), permite a interação entre você e o Banco de Imagens da DGI/INPE. Neste Banco de Dados, você encontrará, presentemente, imagens dos satélites AQUA, TERRA, S- NPP, UK-DMC-2 ,LANDSAT-1, LANDSAT-2, LANDSAT-3, LANDSAT-5, LANDSAT- 7, LANDSAT-8 , CBERS-2, CBERS-2B, CBERS-4 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), RESOURCESAT-1, RESOURCESAT-2. • Acesse: http://www.dgi.inpe.br/CDSR/. REFERÊNCIAS CÂMARA, G.; DAVIS, C. Introdução. In: CÂMARA, G.; DAVIS, C.; MONTEIRO, A. M. V. (Eds. e orgs.). Introdução à Ciência da Geoinformação. São Paulo: INPE, 2001. CÂMARA, G.; MONTEIRO, A. M. V. Conceitos básicos em Ciência da Geoinformação. In: CÂMARA, G.; DAVIS, C.; MONTEIRO, A. M. V. (Eds. e Orgs.). Introdução à Ciência da Geoinformação. São Paulo: INPE, 2001. FILHO, Jugurta Lisboa; IOCHPE, Cirano. Introdução a Sistemas de Informações Geográficas com Ênfase em Banco de Dados. In: XV JAI – JORNADA DE ATUALIZAÇÃO EM INFORMÁTICA, XVI CONGRESSO DA SBC, 1996, Recife. XV Jornada de atualização em Informática. XVI Congresso da SBC. Recife. 1996. p. 1- 48. Disponível em: http://www.dpi.ufv.br/~jugurta/papers/sig-bd-jai.pdf. Acesso em: 22 ago. 2021. NOVO, E.M.L. Sensoriamento remoto: princípios e aplicações. São José dos Campos (São Paulo): E. Blucher, 1989. NOVO, Evlyn Márcia Leão de Moraes; PONZONI, Flávio Jorge. Introdução ao Sensoriamento Remoto. São José dos Campos: Curso de Pós-Graduação em Sensoriamento Remoto (PGSER), 2001. Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/Miguel/AlunosPG/Jarvis/SR_DPI7.pdf. Acesso em: 26 ago. 2021. UNIDADE II MODELOS E ESTRUTURAS DE DADOS ESPACIAIS Professora Esp. Karitta da Silva Lopes Plano de Estudo: • Modelagem de um SIG; • Estrutura de dados vetorial; • Estrutura de dados matriciais; • Comparação entre vetorial e matricial; • Fontes de dados; • Organização de dados. Objetivos de Aprendizagem: • Compreender os tipos de modelagem de um SIG; • Conceituar e contextualizar a estrutura de dados vetorial e matricial; • Analisar comparativamente ambas as estruturas abordadas (vetorial e matricial); • Estabelecer a importância das fontes e da organização de dados. INTRODUÇÃO Prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à disciplina “Sistemas Geográficos de Informação”. É com grande satisfação e estima que te convido a compartilhar conhecimentos acerca do desenvolvimento das tecnologias que nos possibilitaram novas formas de mapear e compreender os fenômenos existentes no planeta Terra. O presente material foi desenvolvido para introduzi-lo(a) ao horizonte das discussões a respeito da evolução dos sistemas de informação geográficas, portanto, é destinado a estudantes e pesquisadores interessados em compreender o processo histórico de constituição das geotecnologias, cujo objetivo é compreender a técnica do sistema de informação geográfica, analisar dados espaciais com vistas ao diagnóstico ambiental, elaborar mapas temáticos e cadastrais, entender e equacionar problemas a serem resolvidos com o uso dos sistemas de informações geográficas. Durante a trajetória escolar, você certamente cursou Geografia e teve contato com diversos conceitos específicos dessa disciplina, como território, espaço, lugar e região. A apresentação que você tem em mãos (ou à vista por meio de arquivos digitais) pretende aprofundar estes conhecimentos, obtidos no seu percurso educacional no decorrer do Ensino Básico, a respeito das tecnologias de informação e sua consolidação, tais como o campo de trabalho e suas aplicações no cotidiano da nossa sociedade. A Unidade II, “Modelos e Estruturas de Dados Espaciais”, é composta por seis tópicos que correspondem a um plano de estudo estruturado para que você possa obter conhecimento acerca da modelagem de um Sistema de Informação Geográfica (SIG), da estrutura de dados vetorial e matricial,da comparação entre ambas estruturas destacadas, das fontes e organização de dados. Almejamos que esta unidade possa contribuir com sua aprendizagem, com a expansão dos conhecimentos tecnológicos e com o aprimoramento de suas habilidades cognitivas e investigativas em Geografia. Bons estudos! 1 MODELAGEM DE UM SIG Imagem do Tópico: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/geographic-information- systems-gis-cartography-mapping-1278368965 O conceito de Sistema de Informação Geográfica (SIG) corresponde aos sistemas de informação que possibilitam a captura, modelagem, manipulação, recuperação, análise e apresentação de dados georreferenciados, isto é, dados referenciados geograficamente cujo o objetivo é descrever fenômenos geográficos na qual sua localização está associada a uma posição sob a superfície do planeta Terra. Segundo Lisboa Filho (2000), um dado georreferenciado é caracterizado por quatro dimensões, são elas: 1- a descrição do fenômeno geográfico; 2- a posição ou localização geográfica do fenômeno; 3- os relacionamentos espaciais estabelecidos com outros fenômenos geográficos; 4- e o instante ou intervalo de tempo em que o fenômeno geográfico ocorre. Estas dimensões englobam duas categorias de dados: dados convencionais, referentes aos atributos alfanuméricos utilizados para o armazenamento de dados descritivos e temporais; e dados espaciais, que correspondem aos atributos usados para a descrição da geometria, da localização geográfica e dos relacionamentos espaciais. Uma das características centrais de um SIG é sua capacidade de manipular dados gráficos (cartográficos) e não-gráficos (descritivos) de forma conjunta, proporcionando mais consistência nos processos de análise e consulta. Deste modo, torna-se possível acessar informações descritivas de um fenômeno geográfico a partir de sua localização, como também o contrário, pois, a localização de determinado fenômeno geográfico possibilita, igualmente, a descrição de informações relevantes acerca do mesmo. Ademais, é possível estabelecer conexões entre fenômenos distintos baseadas em relacionamentos espaciais (ou topológicos). De maneira ampla, um software de SIG (Sistema de Informação Geográfico) é um sistema integrado por quatro componentes fundamentais, são eles: 1- componente de captura de dados; 2- componente de armazenamento; 3- componente de análise; 4- componente de apresentação dos dados. O componente de armazenamento, denominado como sistema de banco de dados geográficos, tem a função de estruturar e armazenar os dados de forma que possibilite a produção das operações de análise envolvendo dados espaciais. Em razão da grande complexidade cujo envolve as aplicações desenvolvidas a partir de um SIG, um dos problemas principais para o desenvolvimento destes sistemas é projetar o banco de dados geográficos, por isso, o projeto de um banco de dados deve ser construído e amparado por meio de um modelo de dados de alto nível, que é denominado como modelo conceitual. Um modelo de dados pode ser definido como um conjunto de conceitos utilizados para descrever um grupo de dados e as operações usadas para manipulá-los. Tais modelos de dados podem ser classificados a partir de dois âmbitos. No primeiro âmbito, a classificação dos modelos de dados ocorre por meio do desenvolvimento do projeto do banco de dados em que o modelo é utilizado, à exemplo do projeto conceitual, lógico e físico. No segundo âmbito os modelos de dados são classificados quanto a sua flexibilidade e poder de expressão. A característica básica de um modelo de dados, como o próprio termo explicita, é que ele é uma abstração da realidade. Um modelo conceitual de dados fornece uma base formal (notacional e semântica) para ferramentas e técnicas usadas para suportar a modelagem de dados. Modelagem de dados é o processo de abstração onde somente os elementos essenciais da realidade observada são enfatizados, descartando-se os elementos não essenciais. O processo de modelagem conceitual de banco de dados compreende a descrição dos possíveis conteúdos dos dados, além de estruturas e de regras a eles aplicáveis. (LISBOA FILHO; IOCHPE, 1999, p. 70). Neste sentido, essa descrição do banco de dados é realizada com base em construtores semânticos que são viabilizados por um modelo conceitual. As aplicações de SIG impõe alguns requisitos especiais de modelagem que devem ser sustentados e comportados pelos modelos conceituais. De acordo com Jugurta Lisboa Filho e Cirano Iochpe (1999), estes requisitos mínimos que um modelo conceitual de dados para aplicações de SIG deve sustentar/comportar, são: ● Fenômenos geográficos e objetos convencionais: possibilidade de diferenciação entre fenômenos geográficos e objetos sem referência espacial. ● Aspectos espaciais: possibilidade de modelagem das características espaciais dos dados. ● Aspectos temporais: possibilidade de modelagem das características temporais dos dados. ● Aspectos temáticos: necessidade de organizar os fenômenos por tema. ● Aspectos de qualidade: possibilidade de modelagem de metadados de qualidade. ● Visões de campo e objetos: possibilidade de modelagem dos fenômenos nas visões de campo e de objetos. ● Relacionamentos espaciais: possibilidade de diferenciação dos relacionamentos espaciais, incluindo restrições de integridade espacial. ● Múltiplas representações: possibilidade de modelagem de que um fenômeno possa ter mais de uma representação espacial. “Desta forma, um entendimento conceitual de um SIG inclui tanto os fenômenos estáticos quanto os eventos dinâmicos, sendo que a localização e outras características dos fenômenos também são medidas sobre o tempo” (LISBOA FILHO; IOCHPE, 1999, p. 74). 2 ESTRUTURA DE DADOS VETORIAL E DADOS MATRICIAL: COMPARAÇÕES ENTRE AMBAS Imagem do Tópico: https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/structure-gis- 417778555 Caro(a) estudantes, vimos no tópico anterior que um dado georreferenciado é caracterizado por quatro dimensões: 1- a descrição do fenômeno geográfico; 2- a posição ou localização geográfica do fenômeno; 3- os relacionamentos espaciais estabelecidos com outros fenômenos geográficos; 4- e o instante ou intervalo de tempo em que a fenômeno geográfico ocorre. Vimos também que, estas dimensões englobam duas categorias de dados: os dados convencionais, referentes aos atributos alfanuméricos utilizados para o armazenamento de dados descritivos e temporais; e dados espaciais, cujo correspondem aos atributos usados para a descrição da geometria, da localização geográfica e dos relacionamentos espaciais. Os dados espaciais podem obter diversas formas de serem estruturados, contudo, as duas abordagens mais utilizadas na estruturação dos dados espaciais referentes à fenômenos geográficos são: a estrutura vetorial e a estrutura matricial (raster). A partir disso, vamos estudar neste tópico as características da estrutura de dados vetorial e de dados matriciais, como também, as comparações existentes entre ambas. 2.1 Estrutura de Dados Vetorial Para que possamos compreender as estruturas de dados vetoriais, torna-se necessário conhecermos o conceito de topologia anteriormente, para isso, vamos dar um exemplo que elucide o conceito. Quando um mapa é projetado em uma superfície plana, como uma folha de papel, algumas de suas propriedades são modificadas, à exemplo do ângulo e da distância, pois de uma representação cartográfica de uma região que se encontra na superfície terrestre, ou seja, na superfície curva da Terra, ele passa a ter que representar a mesma região em uma superfície plana. Porém, ao passar de uma superfície curva para uma superfície plana, outras de suas propriedades permanecem sem modificações, como a adjacência e a pertinência. Tais propriedades inalteradasdos mapas, são conhecidas como propriedades topológicas. O termo topologia é atribuído aos relacionamentos espaciais mantidos no banco de dados. Um banco de dados espacial é dito topológico se ele armazena a topologia dos objetos, ou cartográfico se os objetos são vistos e manipulados somente de forma independente [...] Um banco de dados cartográfico pode ser convertido em um banco de dados topológico através do cálculo e identificação dos relacionamentos entre objetos. Este processo é conhecido como Processo de Construção da Topologia (Building Topology). (LISBOA FILHO, 2000, p. 150). De acordo com o autor Lisboa Filho (2000), à grosso modo, o processo de construção da topologia é iniciado a partir de um conjunto de segmentos de linhas que não são relacionados. Todo nodo terminal, isto é, cada encontro de linhas, tem de ser identificado e marcado. Posteriormente, é identificado também cada segmento de linha que se forma entre dois nós consecutivos (arestas). E por fim, cada polígono resultante recebe um identificador, inclusive o polígono externo que recebe um identificador diferenciado. A estrutura vetorial tem como primitiva principal o ponto, porém, os sistemas utilizam três construtores básicos: ponto, linha e polígono. As coordenadas (x,y) de um ponto representam a localização, em um sistema de coordenadas específico, de fenômenos que não possuem dimensões espaciais na escala de representação escolhida. A linha, formada por uma cadeia de segmentos de linha reta, ou mais especificamente, por uma lista de coordenadas de pontos, é usada para representar as entidades da realidade que possuem dimensão linear. O polígono representa as entidades com extensões bidimensionais, através da definição do contorno da área da entidade. O polígono é formado por uma cadeia fechada de segmentos de linha, podendo ou não possuir outros polígonos embutidos em seu interior. (LISBOA FILHO, 2000, p. 151). São várias as técnicas para armazenamento de dados espaciais com base na estrutura vetorial. Segundo Aronoff (1889 apud LISBOA FILHO, 2000, p. 151) as estruturas de dados vetoriais são divididas em dois amplos grupos, sendo eles: as estruturas de dados spaghetti e as estruturas de dados topológicos, sendo que os últimos podem, ou não, serem armazenados. ● Estruturas de dados spaghetti: armazenam as linhas/polígonos como sequências de coordenadas de pontos. São usadas em pacotes de cartografia automatizada, em que as informações acerca dos relacionamentos entre as entidades não importam. ● Estruturas de dados topológicos: armazenam algumas formas de relacionamentos espaciais, sendo que o destaque é atribuído aos relacionamentos de interseção entre linhas de uma rede e nos relacionamentos adjacentes entre polígonos. Tais estruturas são as mais empregadas nos SIG. 2.2 Estrutura de Dados Matricial Diferentemente da estrutura vetorial, cujo cada fenômeno geográfico está correlacionado à um objeto espacial, na estrutura de dados matriciais os atributos dos fenômenos geográficos estão relacionados a conjuntos de células de um mesmo valor. Cada célula possui um valor armazenado que representa a qualidade mais significativa do atributo em toda a área que envolve a célula. A resolução de uma imagem matricial corresponde à dimensão linear mínima da menor unidade do espaço geográfico (célula) sendo considerada. Quanto menor a dimensão das células, maior a resolução da imagem matricial e, consequentemente, maior a quantidade de memória necessária para armazená-la. Cada célula armazena um único valor que corresponde a uma área específica na superfície terrestre. O total de valores que precisam ser armazenados pode ser calculado, multiplicando-se o número de linhas pelo número de colunas da estrutura matricial. Assim, geralmente são gerados grandes volumes de dados, tornando-se necessário o emprego de técnicas de compactação de dados. (LISBOA FILHO, 2000, p. 148). Neste sentido, na estrutura matricial, um fenômeno geográfico é representado por um conjunto de células que contém um mesmo valor. Em razão disso, ocorre uma relevante redundância nos valores em toda a estrutura. Tal fato, é bastante explorado nos métodos de compactação, que por sua vez, podem ser empregados no armazenamento de estruturas matriciais a partir de técnicas diversas. Algumas dessas técnicas, são: ● Códigos em seqüência (Run-length codes): para cada linha, armazena o número de ocorrências de células de mesmo valor e o valor correspondente à cada uma; ● Códigos de bloco (Block codes): para cada quadrado máximo, que pode ser constituído por um agrupamento de células de mesmo valor, armazena as coordenadas da célula inferior esquerda do quadrado, a quantidade de células (tamanho) do lado do quadrado e o valor do atributo; ● Códigos de cadeia (Chain codes): os limites de cada área são armazenados por meio de uma estrutura cujo obtém uma célula de origem e uma sequência de vetores unitários. Tais vetores unitários são aplicados nas direções cardinais de cada região, ou seja, em leste, oeste, norte e sul, que são percorridos no sentido horário; ● Árvores quaternárias (Quadtree): faz uso de uma estrutura hierárquica espacial, sendo a diversidade de tipos uma característica significativa das estruturas quadtree. (LAURINI; THOMPSON, 1992 apud LISBOA FILHO, 2000, p. 148). 2.3 Comparação entre Vetorial e Matricial Ao compararmos ambas as estruturas de dados, podemos observar que na estrutura vetorial, todo fenômeno geográfico é representado por um objeto que possui identificação própria e representação espacial do tipo ponto, linha, polígono, ou seja, um objeto considerado complexo. A posição de cada objeto torna-se determinada por sua localização no espaço geográfico, que, por sua vez, encontra-se em concordância com um sistema de coordenadas. Logo, objetos vetoriais não ocupam todo o espaço, fato cujo significa que nem todas as posições, áreas ou regiões do espaço necessitam estar referenciadas na base de dados. Por outro lado, na estrutura matricial, a área em destaque é repartida em uma grade regular de células de formato, que em regra, é retangular. A posição da célula é configurada pela coluna e pela linha onde está situada na grade, sendo que cada uma delas armazena um valor referente ao tipo de entidade que é encontrada em sua respectiva posição. Uma região geográfica pode ser representada em um mapa a partir de múltiplas camadas, portanto, cada célula de uma camada que armazena valores correspondentes a uma única variável, à exemplo da vegetação, acaba por referenciar a uma porção do espaço sendo representado, uma vez que as camadas ficam totalmente preenchidas. Diante do exposto, podemos entender que, nas palavras do pesquisador Lisboa Filho (2000), que: Enquanto que a representação vetorial é capaz de armazenar informações sobre fenômenos que podem ser identificados univocamente no mundo real, a representação matricial armazena informações sobre o conjunto de todos os pontos de uma determinada região do espaço. (LISBOA FILHO, 2000, p. 147). 3 FONTES DE DADOS Imagem do Tópico: https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/satellite-view- iceland-map-clouds-snow-1835867263 Os dados que são manipulados em um SIG (Sistemas de Informações Geográficas) retratam fenômenos geográficos que se encontram recorrentes e espalhados pela superfície terrestre, podendo pertencer, desta maneira, a sistemas naturais (inerentes do meio ambiente) ou artificiais (criados pela humanidade), à exemplo dos tipos de vegetação, solos, clima, cidades, propriedades e complexos rurais ou urbanos, instituições escolares, entre outros. E ainda, tais fenômenos geográficos retratados pelos Sistemas de Informações Geográficas, podem, igualmente, ser objetos abstratos, resultados de projetosque ainda não foram concretizados, como o projeto de uma barragem destinada à construção de uma usina hidroelétrica. Deste modo, a natureza das fontes de dados é diversa, pois Os processos de coleta de dados são baseados em tecnologias como fotogrametria, sensoriamento remoto e levantamento de campo, ou seja, os mesmos que vêm sendo empregados há muito tempo em diversas outras áreas. Com isto, os produtos resultantes desses processos de coleta de dados é que são as verdadeiras fontes de dados dos SIG. Os SIG possuem dispositivos de interface que permitem que esses dados sejam transferidos para um meio de armazenamento digital. (LISBOA FILHO, 2000, p. 146). A transferência dos dados do meio externo para o meio interno, isto é, a modificação das fontes brutas dos dados para a representação digital, configura-se como um passo no processo de aquisição dos dados, porém, é um passo longe de ser o único. Muitas operações devem ser realizadas posteriormente a esta etapa, tais quais as operações para reparar e normatizar os dados relacionados à projeções, sistemas de coordenadas e escalas. Em referência ao autor Lisboa Filho (2000), os métodos mais utilizados na aquisição de dados são: [...] a digitalização em mesa; a digitalização automática feita através de leitura ótica por meio de dispositivos de varredura tipo "scanner"; a digitação via teclado; GPS-Global Positioning Systems, e a leitura de dados provenientes de outras fontes de armazenamento secundário (ex. fitas magnéticas, discos óticos, teleprocessamento). Estes métodos permitem a transferência dos dados obtidos através desses mecanismos para a base de dados dos SIG. (LISBOA FILHO, 2000, p. 146). Entretanto, de forma ampla e tradicional, os mapas ainda representam a fonte principal de dados para os Sistemas de Informação Geográfica (SIG). 4 ORGANIZAÇÃO DE DADOS Imagem do Tópico: https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/digital-elevation- model-urban-area-gis-2036881343 Os fenômenos geográficos são constituídos por diversos aspectos, à exemplo do fornecimento da sua localização geográfica. A localização e a forma dos fenômenos geográficos são representadas por meio de objetos espaciais que são correlacionados a um sistema de coordenadas, como também, a um outro ou mais objetos espaciais que, igualmente, representam sua localização e sua forma sobre a superfície do planeta Terra. No nível interno de um SIG, a organização dos dados espaciais é feita em camadas físicas (ex.: conjunto de polígonos representando os limites dos lotes urbanos). No entanto, embora o projeto de camadas físicas seja um problema a ser tratado nas etapas de projeto lógico ou físico, diversos autores afirmam que é importante que camadas conceituais sejam definidas durante a fase de projeto conceitual. Para Hadzilacos [HAD 96], camadas conceituais não necessitam ter um relacionamento um-para-um com camadas físicas. Por exemplo, uma única camada conceitual, como Hidrografia, pode dar origem a diferentes camadas físicas, uma contendo somente os rios, outra contendo somente os lagos, etc. (LISBOA FILHO, 2000, p. 157). Temos que compreender que em um SIG, tais objetos espaciais não são tratados de forma isolada, e sim, agrupados a partir de características e relacionamentos que compartilham em comum, como o tema, camada e plano de informação. SAIBA MAIS Você sabia que a facilidade de acesso à informação nos dias de hoje e, consequentemente, a quantidade de conteúdos disponibilizados na Internet, exigem um elevado senso de seletividade de nós? Neste sentido, um dos maiores desafios no uso consciente e perspicaz da informação geoespacial e dos dados georreferenciados é assegurar a qualidade e confidencialidade da informação, característica imprescindível para a eficácia na tomada de decisões. O uso consciente dos recursos tecnológicos e do acervo disponível na WEB, cada dia mais atualizados, em prol da ciência, é um processo que requer reflexões permeadas por criticidade e problematização. A imensurável quantidade e multiplicidade de informações exigem que possamos desenvolver e aprimorar a nossa capacidade de selecioná-las de forma crítica e problematizadora ao considerar seus objetivos, estabelecer relações reflexivas e sintetizar o material disponível, avaliando-o e livrando-se de possíveis Fake News, isto é, informações falsas que estão sendo muito comuns e recorrentes em nossa sociedade na atualidade. Para auxiliar a manipulação de dados geoespaciais, a pesquisadora Angelica Carvalho Di Maio juntamente com seu orientando Marcus Vinícius Alves de Carvalho, elaboraram uma lista de fontes de dados georreferenciados com critério de confiabilidade e seletividade. A lista, nomeada como GeoLista, teve por objetivo apresentar uma relação de sites que disponibilizam gratuitamente dados e informações geoespaciais na Internet, promovendo assim, a difusão dessas fontes confiáveis e selecionadas de forma crítica. Você pode acessar este material na referência abaixo: Fonte: CARVALHO, M. V. A.; DI MAIO, A. C. Proposta para a difusão de dados e informações geoespaciais disponíveis gratuitamente na Internet junto aos graduandos e professores da educação básica. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 15. (SBSR), 2009, Curitiba. Anais XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, São José dos Campos: INPE, 2011. p. 3351-3358. DVD, On-line. ISBN 9788517000. Disponível em: http://geoden.uff.br/wp-content/uploads/sites/391/2020/01/geolista2.pdf. Acesso em: 21/09/2021. #SAIBA MAIS# REFLITA À respeito dos desafios encontrados na utilização das geotecnologias, reflita sobre essa problemáticas a partir da seguinte citação: Um dos desafios mais importantes no uso das geotecnologias é o intercâmbio de dados espaciais, impulsionado principalmente pelo alto custo de produção deste tipo de dado. A falta de modelos conceituais comuns acarreta problemas na troca de dados entre organizações utilizando Sistemas de Informação Geográfica (SIGs) distintos, que incluem distorção de dados, comprometimento de qualidade da informação, perda de definições de atributos e georreferenciamento. (CÂMARA. JÚNIOR, 2002, p. 251) Fonte: CÂMARA, Gilberto; JÚNIOR, Paulo de Oliveira Lima. GeoBR: Intercâmbio Sintático e Semântico de Dados Especiais. Informática Pública, Belo Horizonte, v. 4, n. 2, p. 251-281, 2002. Disponível em: http://mtc-m16c.sid.inpe.br/col/sid.inpe.br/jeferson/2004/01.13.10.10/doc/ip0402oliveira.pdf. Acesso em: 21/09/2021. #REFLITA# CONSIDERAÇÕES FINAIS Prezado(a) aluno(a), estudamos no tópico 1 desta unidade algumas problemáticas acerca da modelagem de dados e concluímos que um modelo de dados pode ser definido como um conjunto de conceitos utilizados para descrever um grupo de dados e as operações usadas para manipulá-los, podendo ser classificados a partir de dois âmbitos. No primeiro âmbito, a classificação dos modelos de dados ocorre por meio do desenvolvimento do projeto do banco de dados em que o modelo é utilizado, à exemplo do projeto conceitual, lógico e físico. No segundo âmbito os modelos de dados são classificados quanto a sua flexibilidade e poder de expressão. Já no tópico 2, nos concentramos em aprender sobre as características específicas da estrutura de dados vetorial, bem como da estrutura de dados matricial, estabelecendo assim, comparações entre ambas, cujo se configuram como as duas abordagens mais utilizadas na estruturação dos dados espaciais referentes à fenômenos geográficos. Para tal, abordamos em um subtópico apenas as especificidades da estrutura de dados vetorial e em um outro subtópico somente as especificidades da estrutura de dados matriciais. Ademais, destinamos um outro subtópico para tratarmos das comparações entre as duas abordagens. No tópico3, vimos que a natureza das fontes de dados é diversa, pois os processos de coleta de dados baseiam-se em uma multiplicidade de tecnologias, à exemplo do levantamento de campo, da fotogrametria e do sensoriamento remoto, que há muito tempo vêm sendo empregados em diversas outras áreas. Logo, podemos observar que, os produtos resultantes desses processos de coleta de dados é que são as verdadeiras fontes de dados dos SIG, como afirma a referência de pesquisa em georreferenciamento, Jugurta Lisboa Filho (2000). Por fim, no tópico 4 abordamos que no nível interno de um SIG, a organização dos dados espaciais é feita em camadas físicas, como por exemplo em um conjunto de polígonos que representam os limites dos lotes urbanos. Corroboramos que devemos ter a compreensão de que em um SIG, os objetos espaciais não devem ser tratados de forma isolada, todo contrário, devem estar agrupados a partir de características e relacionamentos que compartilham em comum, como o tema, camada e plano de informação. Bons estudos! LEITURA COMPLEMENTAR CÂMARA, Gilberto; DAVIS, Clodoveu; MONTEIRO, Antônio Miguel Vieira (org.). Introdução à Ciência da Geoinformação. São José dos Campos: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), 2001. Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/. Acesso em: 21/09/2021. Este livro tem por objetivo oferecer um panorama geral da disciplina de Ciência da Geoinformação, para servir como obra de referência. Seu público-alvo são usuários de Geotecnologias, em todos os setores de aplicação, bem como desenvolvedores de sistemas e aplicações na área. Este livro faz parte de uma trilogia sobre o tema de Ciência e Engenharia da Geoinformação, que consta de três livros. Este, o primeiro livro das três obras, apresenta os conceitos básicos dessa tecnologia, tais como: tipos de dados, noções de cartografia, operações, entrada e visualização de dados. Esta parte apresenta, ainda, uma visão geral de diferentes classes de aplicações: cadastro urbano e estudos ambientais. O livro pretende servir de base para cursos introdutórios e avançados em Geoprocessamento, em especial, seu conteúdo é adotado em cursos de Pós-Graduação em Computação Aplicada e Sensoriamento Remoto do INPE. LIVRO • Título: A aplicação do Sistema de Informações Geográficas em Estudos Ambientais • Autor: Monika Christina Portella Garcia • Editora: InterSaberes • Sinopse: O uso de mapas, imagens de satélite e informações georreferenciadas é cada vez mais frequente em nosso cotidiano. Considerando isso, a presente obra trata de elementos importantes para a compreensão da cartografia, dos Sistemas de Informações Geográficas (SIGs) e da espacialização de informações. O objetivo é proporcionar ao leitor o aprofundamento de seus estudos sobre o assunto, além de estimulá-lo a realizar novas pesquisas envolvendo a cartografia e o geoprocessamento. FILME/VÍDEO • Título: Descobrindo a Estação Especial • Ano: 2006 • Sinopse: Respire fundo, 400 quilômetros acima da Terra, e olhe atentamente para o mais impressionante lugar construído jamais visto. Bem-vindo ao futuro. Você se sentirá como se flutuasse sem peso em torno desta maravilha de 500 toneladas. Viaje para um portal de observação e surpreenda-se com a beleza da Terra enquanto passa abaixo de você a 27.000 Km/h. É estarrecedor pensar que menos de 100 anos atrás os irmãos Wright estavam apenas deixando a superfície da Terra. Depois de visitar a estação Espacial, você pode imaginar onde nós estaremos no próximo século? • Link do vídeo: não disponível. WEB • Apresentação do link: Palestra “Processo para Implantação de Módulos SIG: Modelagem, Teoria e Prática” realizada pelo professor, mestre em ciência e tecnologia da informação e analista de T.I. Luiz Flávio Felizardo no Workshop SINFO-UFRN ocorrido no ano de 2018. O evento teve como objetivo a troca de experiências entre as instituições parceiras na utilização dos Sistemas Integrados de Gestão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (SIG-UFRN), bem como, discutir temas de modernização e eficiência da gestão pública. • Link do site: palestra gravada e disponibilizada no YouTube em https://www.youtube.com/watch?v=FEqK8jwM7eg REFERÊNCIAS CÂMARA, Gilberto; DAVIS, Clodoveu; MONTEIRO, Antônio Miguel Vieira (org.). Introdução à Ciência da Geoinformação. São José dos Campos: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), 2001. Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/. Acesso em: 21/09/2021. CÂMARA, Gilberto; JÚNIOR, Paulo de Oliveira Lima. GeoBR: Intercâmbio Sintático e Semântico de Dados Especiais. Informática Pública, Belo Horizonte, v. 4, n. 2, p. 251- 281, 2002. Disponível em: http://mtc- m16c.sid.inpe.br/col/sid.inpe.br/jeferson/2004/01.13.10.10/doc/ip0402oliveira.pdf. Acesso em: 21/09/2021. CARVALHO, M. V. A.; DI MAIO, A. C. Proposta para a difusão de dados e informações geoespaciais disponíveis gratuitamente na Internet junto aos graduandos e professores da educação básica. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 15. (SBSR), 2009, Curitiba. Anais XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, São José dos Campos: INPE, 2011. p. 3351-3358. DVD, On-line. ISBN 9788517000. Disponível em: http://geoden.uff.br/wp- content/uploads/sites/391/2020/01/geolista2.pdf. Acesso em: 21/09/2021. LISBOA FILHO, J.; IOCHPE, C. Um estudo sobre modelos conceituais de dados para projeto de bancos de dados geográficos. Revista IPInformática Pública, Belo Horizonte, v.1, n.2, 1999. LISBOA FILHO, J. Modelagem de Bancos de Dados Geográficos. In: LADEIRA, M.; NASCIMENTO, M.E.M. III Escola Regional de Informática do Centro-Oeste. Brasília-DF: SBC - Sociedade Brasileira de Computação, 2000. p.137-171. UNIDADE III BANCO DE DADOS GEOGRÁFICOS Professora Esp. Karitta da Silva Lopes Plano de Estudo: ● Modelagem de Banco de dados geográficos; ● Elaboração de um banco de dados; ● Manipulação do banco de dados; ● Análise de dados georreferenciados. Objetivos de Aprendizagem: ● Conceituar e contextualizar a modelagem de Banco de dados geográficos; ● Compreender as formas de elaborar um banco de dados; ● Estabelecer a importância da manipulação do banco de dados e a análise dos dados georreferenciados. INTRODUÇÃO Prezado (a) aluno (a), seja bem-vindo (a) à disciplina “Sistemas Geográficos de Informação”. É com grande satisfação e estima que lhes convido a compartilhar conhecimentos acerca do desenvolvimento das tecnologias que nos possibilitaram novas formas de mapear e compreender os fenômenos existentes no planeta. O presente material foi desenvolvido para introduzi-lo(a) ao horizonte das discussões a respeito da evolução dos sistemas de informação geográficas, portanto, é destinado a estudantes e pesquisadores interessados em compreender o processo histórico de constituição das geotecnologias, cujo objetivo é compreender a técnica do sistema de informação geográfica, analisar dados espaciais com vistas ao diagnóstico ambiental, elaborar mapas temáticos e cadastrais, entender e equacionar problemas a serem resolvidos com o uso dos sistemas de informações geográficas. Durante a trajetória escolar, você certamente cursou Geografia e teve contato com diversos conceitos específicos dessa disciplina, como território, espaço, lugar e região. A apresentação que você tem em mãos (ou à vista por meio de arquivos digitais) pretende aprofundar esses conhecimentos, obtidos no seu percurso educacional no decorrer do Ensino Básico, aplicado às tecnologias de informação e sua consolidação como campo de trabalho e suas aplicações no cotidiano da nossa sociedade. A Unidade III, “Banco de Dados Geográficos”, é composta por quatro tópicos que correspondem a um plano de estudo estruturadopara que você possa obter conhecimento sobre a modelagem de banco de dados geográficos, elaboração de um banco de dados, manipulação do banco de dados e análise de dados georreferenciados. Almejamos que esta unidade possa contribuir com sua aprendizagem, com a expansão dos conhecimentos tecnológicos e com o aprimoramento de suas habilidades cognitivas e investigativas em Geografia. Bons estudos! 1 MODELAGEM DE BANCO DE DADOS GEOGRÁFICOS Imagem do Tópico: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/business-navigate-recovery- abstract-compass-businessmen-1765670681 Prezada (o) aluna (o), como vimos nas unidades anteriores os SIGs (Sistemas de Informações Geográficas) são sistemas computacionais que tem como característica principal viabilizar a execução de análises espaciais abarcando dados georreferenciados (referenciados geograficamente). Para entendermos o conceito de espaço, que se apresenta de uma forma bastante abstrata na literatura existente, e transformar em representações nos sistemas computacionais, é preciso considerar fatores capazes de proporcionar um maior entendimento dos conceitos que desenham o mundo real, as estruturas geométricas de dados, os modelos lógicos matemáticos e os algoritmos que são utilizados nos sistemas de informação geográfica e também como se dão as escolhas de linguagem de programação, arquitetura e desempenho de hardware, como nos aponta o autor: Dados geográficos são as representações de fenômenos, como: solo, vegetação, clima, dados censitários, dados cadastrais urbanos, exclusão social, ocorrências de crimes, declividade de um terreno, rede de abastecimento de água e coleta de esgoto, ou seja, tudo que se relaciona à natureza e aos homens e às relações estabelecidas entre ambos. (ROSA, 2007, n.p.). Contamos também com o Geoprocessamento, ciência que conta como prática de trabalho a pesquisa de campo, técnicas de processamento de dados, métodos de aplicação, equipamentos e conhecimento humano, com a finalidade de organizar elementos procedentes de coleta de dados e conhecimentos do universo, com intenção específica na qual cada sistema opera. Um Sistema de Informações Geográficas (SIG), como já apresentado anteriormente, é um software que tem condições de “capturar, modelar, manipular, recuperar, consultar, analisar e apresentar informações com dados geográficos”. (ROSA, 2007, n.p.) Um dos principais elementos de um SIG é o armazenamento, cujo também pode ser nomeado de banco de dados geográficos. Em virtude da alta complexidade das ações desenvolvidas por um sistema de informações geográficas, um problema presente no desenvolvimento desses sistemas tem sido arquitetar o Banco de Dados Geográficos. “O Banco de Dados Geográfico tenta representar a realidade de uma forma limitada, sendo almejado, de acordo com as limitações de representação e capacidade computacional, modelar e representar o mundo real” (COUTINHO, 2010, p. 21) O planejamento de um banco de dados precisa ser realizado com o suporte de um modelo de dados de alto nível, a qual também pode ser nomeado: modelo conceitual. O projeto de um banco de dados deve ser realizado com o apoio de um modelo de dados de alto nível, também conhecido como modelo conceitual. Durante vários anos, as pesquisas no campo dos modelos de dados para SIG centraram-se na busca por estruturas de dados para o armazenamento de dados georreferenciados, o que ficou conhecido como “debate raster- vector” (LISBOA FILHO, 2000, n.p.) No final da década de 80, foi identificada a importância de modelos conceituais novos para o aprimoramento de aplicações de SIG. Mesmo existindo inúmeras propostas de modelos conceituais próprios para SIG, o aprimoramento dessas aplicações tem sido feito ao longo dos anos sem metodologia, tendo como resultado inúmeros problemas resultantes de abordagens evolutivas desordenadas. Desde esse momento, vários modelos destinados à modelagem de dados para aplicação em SIG têm sido apresentados nas produções acadêmicas. Os modelos de dados são criados para representar os objetos e fenômenos da natureza e possibilitar ao desenvolvedor e ao usuário de um SIG entender melhor os conceitos relacionados com a aplicação que estiver em questão. A abstração do mundo real serve para que sejam representadas todas as entidades e os relacionamentos nos quais um sistema é proposto, dentro das funcionalidades necessárias para atender os requisitos pré- estabelecidos. A modelagem conceitual está inserida no domínio do problema, ou seja, será descrita em linguagem de alto nível e ficará independente do software. (ROSA, 2007, n.p.) A representação de dados geográficos exibe especificidades em razão de fatores que rodeiam a localização dos objetos no espaço geográfico, o tempo destinado à observação, o arquivamento através dos registro de fatores externos e a obtenção precisa de dados, sejam eles relacionados a representação limitada do mundo real pelos princípios geométricos, sendo preciso reunir um maior número de formalização de conceitos abstratos e formas distintas de interpretação espacial pelos usuários do sistema. Ou, também, em decorrência dos dados geográficos possuírem formas geométricas distintas, dificultando o entendimento e execução de relações espaciais. Para alcançarmos resultados cada vez mais satisfatórios na modelagem de dados geográficos, precisamos ter conhecimento dos níveis de abstração que podem ser representados, como exemplo: os fenômenos do mundo real (rios, oceanos, vegetação, ruas), as representações conceituais dos elementos, às práticas de referências visuais e realizações que definem as estruturas de dados. O modelo UML-Geoframe, adaptação do framework GeoFrame (FILHO e IOCHPE, 1999) à linguagem de modelagem UML (BOOCH, JACOBSON E RUMBAUGH, 1998), atende aos aspectos de modelagem de dados geográficos, possibilitando que os conceitos de abstração de espaço sejam transformados em aplicações de melhor entendimento. Utilizando conceitos da orientação a objetos, permite que a modelagem seja criada de modo adequado às modernas práticas de desenvolvimento e às linguagens de programação mais propagadas e utilizadas na atualidade. (ROSA, 2007, n.p.). Neste modelo, existem classes que constituem a modelagem e caminham por padrões e conceitos em que são explorados o conceito de espaço absoluto, geo- campo (campo geográfico) e geo-objeto (objeto geográfico), representando classes que possuem georreferenciamento, ou seja, classes que possuem características geométricas complementadas com dados de latitude e longitude (localização espacial). A classe tema, representa os elementos que serão interpelados pelo sistema, e a classe região geográfica engloba diversos temas. Esse modelo proporciona a representação de objetos convencionais, ou seja, objetos não geográficos, e também os elementos de campo geográfico, no qual podemos citar as curvas de nível de cartas topográficas conhecidas como isolinhas, elevação de terrenos e imagem de satélites representadas com o recurso gráfico grade e ponto, dados meteorológicos de estações climatológicas representadas por pol adjacentes e pontos irregulares e, objetos espaciais com as classes ponto, linha e polígono. Sendo assim, a modelagem de dados geográficos é a forma sistematizada na qual inserimos dados e elementos do mundo real no ambiente computacional através de modelos e classes aceitos pelos sistemas de informação geográfica, possibilitando assim a análise de diversos elementos combinados entre si. 2 ELABORAÇÃO DE UM BANCO DE DADOS Imagem do Tópico: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/abstract-businessman-holding- compass-navigate-on-1926515408 Entende-se por banco de dados, uma coletânea de dados operacionais armazenados, utilizado pelos SIGs (Sistemas de Informações
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