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EMERGÊNCIAS CLÍNICAS Prof. Me. Mariana Teixeira da Silva Atender um paciente em caso de emergência exige do enfermeiro/ socorrista/profissional da saúde muito mais do que a disponibilidade e o querer ajudar. Empatia Comunicação verbal e não verbal Raciocínio clínico Conhecimento ciências da saúde/ médica Juntar e organizar dados Tomada de decisão Conhecimento da anatomia, fisiologia e fisiopatologia Conhecimento das habilidades para avaliação Recursos disponíveis Tomada de decisão clínica OPQRST? É um mnemônico útil usado para aprender sobre a queixa de dor do seu paciente. É um ponto de partida entre você, o investigador e o paciente, seu sujeito de pesquisa. SAMPLER É um mnemônico utilizado para avaliar o paciente e o ambiente em que esta envolvido O Início: "Sua dor começou de repente ou gradualmente piorou e piora?" Essa também é uma chance de perguntar: "O que você estava fazendo quando a dor começou?" Provoca ou Paliativos: Em vez de perguntar: "O que provoca sua dor?" use palavras reais e casuais. Tente: "O que torna sua dor melhor ou pior?" Qualidade: Perguntando: "Sua dor é aguda ou sem intermitente?" limita seu paciente a duas opções, quando a dor também não pode ser mensurada. Em vez disso, pergunte: "Quais palavras definem sua dor?" ou "Como é sua dor?" Irradia: Essa é outra chance de usar palavras reais de conversação durante a avaliação. Perguntando: "Sua dor irradia?". Em vez disso, use esta pergunta: “Aponte para onde dói mais. Para onde vai sua dor?" Gravidade: lembre - se, a dor é subjetiva e relativa a cada paciente que você trata. Tenha uma mente aberta para qualquer resposta de 0 a 10. Tempo: É uma referência a quando a dor começou ou há quanto tempo começou. S: Sinais e sintomas A: Alergias M: Medicamentos de uso contínuo ou ingeridos no momento anterior P: Passado médico L: Líquidos e alimentos ingeridos E: Eventos antecedentes da queixa principal R: Riscos/comorbidades Avaliação primária Identificação das ameaças a vida Avaliação do nível de consciência Os hemisférios cerebrais são responsáveis pelo nível de alerta e pela compreensão. A- Alerta pessoa, dia, hora V- Responsivo ao estímulo verbal D- Responsivo a dor N- Não responsivo Avaliação primária Avaliação primária Avaliação das vias aéreas Frequência respiratória Ritmo Qualidade da respiração Profundidade Avaliação do paciente Paciente parece sufocado? Apresenta cianose Presença de ruídos adventícios? Simetria ou assimetria? Avaliação primária Inspeção Palpação Percussão Ausculta Avaliação primária Permeabilidade Medidas básicas: Aspiração Manobras manuais Dispositivos orofaríngeo, nasofaríngeo Dispositivos supraglóticos Medidas avançadas: Intubação oro ou naso Crico por punção Descompressão Avaliação primária Taquipneia Febre; sofrimento respiratório; Toxinas; Hipoperfusão; Lesão cerebral; Acidose metabólica; Ansiedade. Bradipneia Substâncias narcóticas ou sedativas; Álcool; Distúrbios metabólicos; Hipoperfusão; Fadiga; Lesão cerebral. Avaliação primária Respiração de Cheyne- Stokes PIC; ICC; IR; Toxinas e Acidose Apnêustica Lesão cerebral Hiperventilação neurogênica central Tumor de tronco encefálico; PIC; AVE Avaliação primária Ruídos adventícios Roncos- sons graves condizentes a infecção de vias aéreas inferiores (Pneumonia, DPOC) Sibilos- chiado encontrados tanto na inspiração quanto na expiração condizentes a infecção de vias aéreas periféricas (Asma, OVACE) Estertores grossos e finos- semelhante a bolhas de água- característico com liquido nas vias aéreas (Edema de pulmão, fibrose pulmonar) Avaliação primária Circulação/ Perfusão Pulso: Presente; Ausente; Forte; Fraco; Fino; Filiforme; Cheio. Avaliação da frequência cardíaca: Ausculta apical PP: Avaliação da pele e perfusão. Coloração da pele, presença de cianose central e tempo de enchimento capilar. Avaliação Secundária Exame físico + Sinais Vitais Exame céfalo-caudal Pulso; Respiração; Pressão Arterial; Temperatura; Atentar-se: nos traumatizados o exame físico vem antes da anamnese E AGORA? O evento emergencial pode acometer qualquer indivíduo, a qualquer momento Manter a calma Agir de prontidão Saber o que esta fazendo Obstrução das Vias Aéreas (OVACE) A causa mais comum de obstrução da via aérea superior é a queda da base da língua. Porém a aspiração de corpo estranho leva o paciente a inconsciência e consequentemente a hipóxia. Crianças menos de 1 ano (brinquedos estão entre as causas mais comuns de obstrução de VVAA- AAP). Adultos com problemas mentais e idosos. Obstrução das Vias Aéreas (OVACE) Fique atento!! Sinais e sintomas Tosse de início súbito Dispneia Sinais de sufocação Agitação Em casos mais graves: cianose, RNC, IR Obstrução das Vias Aéreas (OVACE) A obstrução parcial das VVAA inferiores por corpo estranho pode levar a um pneumotórax devido a pressão torácica excessiva. Na ausculta a presença de sibilância é um sinal sugestivo de aspiração de CO. ATENÇÂO aos lactentes e crianças Obstrução das Vias Aéreas (OVACE) Conduta: PARCIAL- Suplementação com oxigênio e avaliação contínua. TOTAL- Manobras - Rolamento 90° - Manobra de Heimlich É uma tosse “artificial” ou “auxiliadora”, com o intuito de expelir o objeto ou alimento da traquéia. Live Vac Reação anafilática É a reação de dois ou mais sistemas frente a uma alérgica. Rinite Anafilaxia O corpo faz reconhecimento das substâncias nocivas e os mastócitos liberam mediadores químicos para combater a alergia. Reação anafilática A histamina causa dilatação dos vasos sanguíneos na região e o extravasamento dos capilares, evidenciando assim sinais cutâneos como urticária edema, eritema. Sinais e Sintomas Cefaléia, ansiedade, confusão e tontura. Todos sintomas associados a hipoperfusão cerebral que levam a hipóxia. Reação anafilática Sinais e Sintomas Respiratórios: Aperto na garganta, dispneia, Ausculta com presença de estridor/rouquidão. Broncoconstrição, sibilos e estertores. Cardiovascular: Hipotensão, taquicardia. Pele: Edema na via aérea superior e epigote. Purido, pele quente, eritema. Reação anafilática Tratamento Leve: Anti-histamínicos, corticóides, oxigenação e avaliação contínua. Moderada a grave com presença de dispneia: Uso de epinefrina e anti-histamínico. Monitorização contínua e oxigenação suplementar. ASMA Doença mundialmente conhecida por ser comum e que acomete cerca de 20% a 30% das internações hospitalares. Trata-se de uma inflamação dos brônquios resultando em estreitamento brônquico e sibilos associados. ASMA Sinais e sintomas Sibilância Dispnéia Aperto no tórax Tosse Sinais de IR Inicialmente o paciente hiperventila o que retem Co2 levando a alcalose respiratória. Pode haver taquipneia, taquicardia, SpO2 <92 ASMA Tratamento Broncodilatador Oxigenação suplementar Permeabilização ds vias aéreas Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) É a incapacidade do sistema respiratório em manter oxigenação/ ventilação. Trocas gasosas prejudicadas e insuficientes. Sinais e sintomas RNC, taquipneia, dispnéia, bradipneia, uso da musculatura acessória, aleto nasal, diaforese, ansiedade, taquicardia, arritmia, convulsões. Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) Tratamento Manutenção das vias aéreas COF- cânula orofaríngea CNF- cânula nasofaríngea ML- máscaralaríngea TOT- tubo orotraqueal (SVA) MOVE- Monitorização, oxigenação, veia e exames. Intoxicação Exógena É o conjunto de efeitos nocivos representados por manifestações clínicas ou laboratoriais que revelam o desequilíbrio orgânico produzido pela interação de um ou mais agentes tóxicos com o sistema biológico. Cutâneo Gástrico Ocular Intoxicação Exógena Tratamento: MOVEP Monitorização, oxigenação, veia, exames e pupilar. Atentar-se para RNC. Cutâneo: O tratamento se baseia na retirada as roupas e lavagem do local com água corrente Intoxicação Exógena Ocular: Lavagem com água corrente e sabão. Gástrico: < de 1h, passagem de sonda gástrica para lavagem. > De 1h considerar avaliação do especialista e montorizar. Crise Convulsiva Contratura involuntária de alguns grupos musculares ocasionada por um aumento da atividade elétrica de uma determinada região cerebral. Causas comuns: Epilepsia, lesões cerebrais, hipertermia, hipoglicemia, choque. Crise Convulsiva Nenhum atendimento de primeiros socorros consegue interromper uma convulsão, mas você pode evitar complicações garantindo que a pessoa não se machuque nem se asfixie. Causas comuns: Epilepsia, lesões cerebrais, hipertermia, hipoglicemia, choque. Crise Convulsiva Sinais e sintomas: Queda, salivação ou espuma saindo pela boca; Enrijecimento, movimentos espasmódicos ou contrações de alguns músculos ou de todo o corpo ; Cianose, seguida de respirações ruidosas; Perda do controle esfincteriano (vesical ou anal). Crise Convulsiva Condutas: Deitar paciente em superfície rígida (chão) Lateralizar paciente para evitar OVACE Ofertar oxigênio Acesso venoso e administração de fármacos anticonvulsivantes Monitorização e exames complementares AVE- Acidente Vascular Encefálico AVE- Acidente Vascular Encefálico O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma doença grave que acomete mais os homens e é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo. Acontece quando vasos sanguíneos que transportam sangue ao encéfalo obstruem de forma total ou se rompem, provocando dados cerebrais. AVE- Acidente Vascular Encefálico Classificação : AVE- Acidente Vascular Encefálico AVE- Acidente Vascular Encefálico Sinais e sintomas: Déficit neurológico, paresia, paralisia ou desvio de rima labial, ptose palpebral, assimetria facial, crise convulsiva, cefaleia súbita, alteração visual súbita seguido de vertigem ou perda de equilíbrio, diminuição de força motora e dificuldade de deambular. AVE- Acidente Vascular Encefálico Conduta: Avaliação primária com aplicação do ABCDE, com ênfase na permeabilidade da via aérea e oxigenação efetiva. Cabeceira elevada 30° AVP satisfatório Início de medicamentos (após definição de diagnóstico) ATENÇÃO Pressão sistólica >200 Glicemia capilar Temperatura AVE- Acidente Vascular Encefálico Conduta: AVEI (AVCI) < 4,5hrs tratamento trombolítico > 4,5hrs considera-se tratamento com recursos hemodinâmicos AVEH (AVCH) avaliação da neurocirurgia para abordagem cirúrgico ou não. PCR- Parada Cardiorrespiratória É a interrupção da circulação sanguínea em consequência da interrupção súbita ou inesperada de batimento cardíacos ou da presença de batimentos cardíacos ineficazes. PCR- Parada Cardiorrespiratória No Brasil existe a estimativa de 200.000 casos de parada cardíaca a cada ano, metade deles em ambiente hospitalar. As taxas de sobrevida na alta hospitalar variam de 9,5% para casos de parada cardíaca fora do hospital e 24,2% para casos hospitalares. Dos sobreviventes, 40 a 50% permanecem com deficiências cognitivas, como memória e déficits de desempenho intelectual. PCR- Parada Cardiorrespiratória Causas: 5 H 5T Hipotermia Hipovolemia Hipóxia Hipercalemia ou Hipocalemia Hidrogênio (acidose metabólica) Tamponamento cardíaco Trombose pulmonar Trombose miocárdica (IAM) Toxinas Tensão do tórax (Pneumotórax) PCR- Parada Cardiorrespiratória • Tipos de PCR Assistolia Atividade elétrica sem pulso (AESP) Fibrilação Ventricular Taquicardia ventricular Manejo suporte básico: vítima em via pública Identificou vítima inconsciente SENHOR, SENHOR Aproximou-se e não identificou respiração ACIONAMENTO DA EMERGÊNCIA 192 Posicionamento ao lado da vitima INICIAR COMPRESSÕES Manejo suporte básico: Identificação do paciente: Inconsciente + checagem de pulso central Pedido de ajuda: Acionamento da equipe de apoio para emergência. Início da cadeia de sobrevivência : Início da Ressuscitação cardiopulmonar (RCP) 192 ou equipe emergência C.A.B.D •C- Compressão: Compressão efetiva •A- Via aérea: Permeabilização da via aérea • B- Ventilação: Efetiva ventilação • D DEA: Desfibrilação antecipada Manejo suporte básico: C- Compressão torácica de alta qualidade 100-120 compressões por minuto Profundidade: 5 a 6 cm – adulto 5 cm- criança 4 cm- lactente A- Via aérea B- Ventilação Duplo C Duplo E 30-2 D- DEA Manejo suporte avançado: Identificação do paciente: Aplicação do CAB Compressões + via aérea + ventilação Monitorização cardíaca: Aplicação do ABCD Infusão de medicamentos Análise do ritmo cardíaco Ressuscitação cardiopulmonar (RCP): Garantir acesso venoso para infusão de medicamentos e drogas vaso ativas Epinefrina 1mg ampola a cada 3-5 minutos Em causas de ritmos chocáveis : Amiodarona: 300 mg em bolus Lidocaína: 1- 1,5 mg/kg Ressuscitação cardiopulmonar (RCP): Antecipar a desfibrilação quando indicada • Ritmos chocáveis •TV e FV Ressuscitação cardiopulmonar (RCP): Ritmos NÃO chocáveis: AESP e ASSISTOLIA •Investigação Identificar as possíveis causas: • 5 H • 5 T Cuidados pós PCR: Tratamento em unidade de terapia intensiva Cuidados com hiportermia Otimização da ventilação e hemodinâmica Diagnóstico, manejo e prognóstico neurológico PCR- Parada Cardiorrespiratória Referências: AMLS- Advanced Medical Life Support. NAEMT, 3ª ed, Artmed. Porto Alegre, 2022. YELLOEBOOK ENFERMAGEM: Fluxos e Condutas em Urgência e Emergência. Sanar Saúde 1ª ed, Savador, 2021. AMERICAN HEART ASSOACIATION. ACLS: Provider suplementary material: airway manegement, devices to provide supplementary oxigen. pag.4, 2016. SARAIVA, et al. Medicina de emergência. 12. ed. São Paulo: Manole, 2017.
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