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Terapias Manuais Corporais e Faciais UA 1_compressed

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AULA 01
Terapias Manuais
Corporais e Faciais
faculdade ith
Este PDF contém links clicáveis
Graduada em Estética e Cosmética e Biomedicina. Especialista
em Saúde Estética, Tecnologia Aplicada ao Ensino da Biologia e
em Saúde Pública. Graduanda em Ciências Biológicas.
Atualmente é coordenadora do curso de pós-graduação em
Estética Clínica Facial Avançada e professora universitária do
curso de Estética e Cosmética e Biomedicina.
DANIELLE CINTRA RIBEIRO
DE OLIVEIRA NEVES
PROFESSOR(A)
Lattes
http://lattes.cnpq.br/2592483934505054
revisando o aprendizado...
Para que você obtenha melhor
aproveitamento da disciplina, é
importante que você reveja alguns
tópicos importantes.
Por isso, para que você fique por
dentro, sugerimos a leitura do texto a
seguir. É só clicar, ok?!
Reparação tecidual - cicatrização e
regeneração
PRÉ-
requisitos
https://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/patologia/GERVASIOHENRIQUEBECHARA/reparacao_tecidual_2006.pdf
Capítulo 1
Capítulo 5
Técnicas cirúrgicas
Drenagem linfática no pós-operatório
Capítulo 2
Tipos de feridas15
8
Este material foi pensado para
complementar seu estudo. Abaixo você
encontra os capítulos referentes a cada
unidade de aprendizado. Leia e releia
quantas vezes quiser!
GRADE 
CURRICULAR
Capítulo 3
Tipos de suturas
Capítulo 4
Fases da cicatrização25
21
66
Nesta unidade, iremos conhecer os tipos de feridas e
suturas, as principais técnicas cirúrgicas e os
recursos utilizados no pós-operatório, como
drenagem linfática e outros.
O PROCESSO CIRÚRGICO 
A Perspectiva da/do cliente ser submetida(o) a uma
cirurgia é uma questão que sempre causa muita
preocupação.
Nesse sentido, é fundamental que a/o esteticista
conheça o médico, o plano cirúrgico e todos os
membros da equipe, uma vez que facilitando a
aplicação do plano de preparo pré e pós-cirúrgico,
certamente ele será efetuado com maior segurança.
Assim, vale salientar que uma tensão de qualquer
espécie altera a homeostase corporal e,
para restabelecê-la, certas estruturas ou processos
são alterados.
Por isso, a fim de designar qualquer fator que
transtorna o equilíbrio do organismo, usa-se o termo
“tensão”, sendo a tensão psicológica e/ou
ansiedade.
MANIFESTAÇÕES PSICOLÓGICAS DA
ANSIEDADE
 
SINAIS FÍSICOS DA TENSÃO.
 Mudanças circulatórias;
Tensão muscular;
Sudorese
Transtornos dermatológicos;
Atividade mental maior;
Mudança na forma de
falar.
Negação da ansiedade
Choro.
A PARTICIPAÇÃO do/da ESTETICISTA
Ao cliente sente menos ansiedade quando tem
conhecimento do que vai lhe suceder, ou seja, deve-
se passar à/ao cliente esclarecimentos, orientações
detalhadas e seguras.
Aprender a escutar, porque determinadas(os) clientes
têm necessidade de falar e compartilhar seus
sentimentos.
Confiança e conhecimento para desempenhar suas
atividades: Quando a/o cliente sente que está
recebendo uma atenção competente, fica mais
confiante e, em consequência, o temor e a ansiedade
diminuem.
Retalhos - subcutâneo, músculo cutâneo;
Túneis - para retirada de gordura e fibrose;
Enxertos - pele, gordura e cartilagens;
Subcutâneo 6 meses - abdominoplastia,
ritidoplastia;
Músculo Cutâneo - 12 meses - cesariana,
mamoplastia;
Cartilagens 12 meses - rinoplastia, otoplastia.
8
1. Técnicas cirúrgicas
Retalhos:
Tecido conjuntivo incisionado e descolado, com
cauterização de vasos dependente das anastomoses
para sobrevivência.
Anastomose significa ligação entre artérias, veias e
nervos, os quais estabelecem uma comunicação
entre si. A ligação entre duas artérias ocorre em ramos
arteriais, nunca em troncos principais. Às vezes, duas
artérias de pequeno calibre se anastomosam para
formar um vaso mais calibroso.
Ex.:
RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA com RETALHO DO MÚSCULO
RETO ABDOMINAL.
Coloração – equimoses, palidez, congestão.
Resistência – é particularmente resistente ao
traumatismo.
Bastante elástica – a uma incisão qualquer, segue-se
imediatamente uma retração nos bordos da ferida.
Mobilidade – depende da espessura, quanto mais
delgado o tegumento, mais móvel.
Infiltração gordurosa – quanto maior o depósito de
gordura, menor a mobilidade – aderências.
Tecido conjuntivo – a espessura varia conforme a região.
Nesse tecido se coletam os hematomas, coleções
purulentas, infiltrações edematosas.
Inflamação – compreende as alterações nos tecidos em
resposta à lesão.
Observações importantes não podem ser
esquecidas com relação à pele:
9
10
ANESTESIA
• A cirurgia estética beneficiou-se largamente dos
progressos no domínio da anestesia.
• Novos anestésicos, bem suportados e rapidamente
eliminados, permitiram a realização de numerosas
intervenções de maneira muito mais simples.
Existem diferentes tipos de anestesias:
Anestesia local simples:
• É utilizada em intervenções curtas, como, por
exemplo, as do tipo dermatológico ou de pálpebras
superiores.
• A insensibilização é imediata e o paciente pode
receber alta pouco após a intervenção.
A anestesia local com sedação ou anestesia local
potencializada ou neuroleptoanalgesia:
É o modo de anestesia mais comumente utilizado em
cirurgias estéticas.
É o tipo intermediário entre a analgesia local simples e
a anestesia geral.
O paciente é pré-medicado para atenuar a ansiedade, e
o anestesista mantém uma perfusão por via venosa
durante a intervenção.
Provoca uma sonolência controlada.
Nessa hipótese, o cirurgião utiliza, ainda, uma anestesia
local complementar.
Ao fim da intervenção, o paciente está consciente e
repousará algumas horas.
Esta analgesia é utilizada em diversas intervenções:
» Lifting facial com pálpebras;
» Certas lipoaspirações;
» Dependendo da magnitude das mesmas.
11
A anestesia geral:
É utilizada para certas intervenções maiores ou
combinadas.
Ou para atender certos pacientes que pedem, eles
mesmos, este tipo de anestesia.
Também, neste campo, os progressos da anestesia e o
controle permanente do paciente, durante sua prática,
garantem o desenrolar da intervenção dentro de
condições totais de segurança.
12
Os bloqueios peridural e raque:
13
São muito seguros e consistem em anestesiar com
anestesia local em um grande tronco nervoso ao
nível da coluna vertebral lombar.
Assim procedendo, toda a região corpórea abaixo da
região onde foi colocado o anestésico fica insensível.
É uma excelente anestesia principalmente para os
casos de cirurgia no abdome e membros inferiores.
Durante o procedimento cirúrgico, é feita a profilaxia
(precaução) química e mecânica da TVP, com o uso
de medicamentos, heparina e massagem nos MMII
com aparelho específico para esse fim – compressão
pneumática.
Os procedimentos de prevenção e segurança são
tomados em todas as etapas do processo, que
englobam as fases pré, operatória e pós-operatória.
Cuidados durante a cirurgia
14
 
Determinadas cirurgias ou
condutas específicas da cirurgia
plástica aumentam o risco da
TVP, devido ao tipo de decúbito e
prazo de permanência do
paciente durante o ato cirúrgico e
as limitações de atividade no
pós-operatório.
Outra situação de risco é o uso
de anticoncepcionais ou
reposição hormonal, que
aumentam o risco de TVP.
15
Ferida é a ruptura da integridade dos tecidos ou
órgãos, causando prejuízo às suas principais
funções. Elas podem ser classificadas, quanto à
etiologia, em feridas cirúrgicas, traumáticas e
ulcerativas.
FERIDAS CIRÚRGICAS
São feridas intencionais, resultantes do ato cirúrgico.
Dividem-se em quatro categorias, de acordo com o
risco de contaminação ou infecção. 
São elas:
» Ferida limpa;
» Ferida potencialmente contaminada;
» Ferida contaminada;
» Ferida infectada.
2. Tipos de feridas
FERIDAS LIMPAS:
Primariamente fechadas;
Sem utilização de drenos;
Sítio cirúrgico onde não é encontrada inflamação;
Não há abordagem de vísceras ocas - tratos
respiratório, genitourinário, digestivo ou orofaringe.
16
FERIDAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS:
Abordagem dos tratos digestivo,
respiratório, genitourinário e orofaringe;
Situações controladas e sem
contaminação.
FERIDAS INFECTADAS:
Nas quais microrganismos já estavam presentes
antesda lesão.
ESTÁGIO DAS FERIDAS
De acordo com o comprometimento tecidual, as
feridas são classificadas em quatro estágios.
Estágio I - caracteriza-se pelo comprometimento da
epiderme apenas, com formação de eritema em
pele íntegra e sem perda tecidual.
Estágio II - caracteriza-se por abrasão ou úlcera,
ocorre perda tecidual e comprometimento da
epiderme, derme ou ambas.
17
Estágio III - caracteriza-se por presença de úlcera
profunda, com comprometimento total da pele e
necrose de tecido subcutâneo, entretanto a lesão
não se estende até a fáscia muscular.
Estágio IV - caracteriza-se por extensa destruição
de tecido, chegando a ocorrer lesão óssea ou
muscular ou necrose tissular.
FATORES QUE INFLUENCIAM NO
FECHAMENTO DA FERIDA
• Grau de lesão;
• Nutrição;
• Irrigação sanguínea;
• Hormônios;
• Infecções;
• Tabagismo;
• Edema;
• Infecções.
18
Deiscência - Ocorre quando os
pontos da ferida operatória se
rompem.
Evisceração - Quando este
rompimento ocorre na totalidade
da sutura poderá ocorrer
evisceração*.
Mais comum em cirurgias de
abdome. Na evisceração, sai
abundante líquido da cavidade
abdominal.
19
DEISCÊNCIA E EVISCERAÇÃO
20
• Dor;
• Rubor;
• Calor;
• Tumor;
OBS.: Sempre considerar o quadro clínico do/da
paciente e suas queixas.
SINAIS E SINTOMAS DE INFECÇÃO:
SUTURAS CIRÚRGICAS
O uso do material apropriado, em cada momento,
facilita a técnica cirúrgica, diminuindo a taxa de
infecção e provendo melhores resultados e menos
desconforto ao paciente.
3. Tipos de SUTURAS
21
Sempre que possível, retirar dentro de 7 dias :
• Se sutura Intradérmica: Esperar 2 ou 3 semanas.
• Manter micropore ou steri-streap por 6 a 10 semanas.
• Os curativos devem ser adequados à natureza, à
localização e ao tamanho da ferida.
• Acredita-se que um curativo bem indicado e
realizado resulte numa cicatrização melhor tanto
estética como funcionalmente.
CURATIVOS
Limpar a ferida;
Protegê-la de traumas mecânicos;
Prevenir a contaminação exógena;
Auxiliar na hemostasia;
Absorver secreções;
Prevenir o espaço morto;
22
As principais propriedades do
curativo ideal são:
Manter o nível de umidade;
Proporcionar conforto ao paciente;
Permitir a troca gasosa e de água;
Ser impermeável;
Fornecer isolamento térmico;
•Não ser aderente;
Servir para transportar medicamentos;
Permitir o monitoramento da ferida;
Ser esterilizável e estar disponível;
Diminuir a frequência das trocas.
STERI STRIP
• Curativo estéril de micropore com filamentos de
poliéster;
• Promove o fechamento de pele de maneira fácil e
rápida;
• Sensível à pressão, apresenta boa adesão inicial;
• Proporciona grande economia de tempo em relação
às suturas convencionais;
• Por ser um fechamento não invasivo, reduz a chance
de trauma no tecido e a consequente formação de
edema cutâneo;
• Proporciona uma cicatrização mais rápida e diminui
os riscos de infecções causadas por suturas
invasivas;
• Proporciona melhor resultado estético, pois não deixa
as marcas causadas pelos fios e pontos das suturas
tradicionais.
Indicações de uso:
Fechamento de incisões cirúrgicas;
Aproximação de bordas de feridas
não infectadas;
Suporte para suturas convencionais,
diminuindo o risco de deiscências.
23
24
Todo corte gera uma cicatriz, que pode se tornar
imperceptível com o passar dos anos ou muito
acentuada e visível.
Existem procedimentos que podem minimizar o
problema.
Por isso, em todas as cirurgias, nos primeiros 20 a 30
dias, é usada a fita tipo Micropore; após esse período,
inicia-se o uso de gel e/ou placa de silicone por seis
meses.
FASE INFLAMATÓRIA ou EXSUDATIVA
Sua duração é de, aproximadamente, 48 a 72 horas.
Caracteriza-se pelo aparecimento dos sinais da
inflamação: dor, calor, rubor e edema.
Mediadores químicos provocam vasodilatação,
aumentam a permeabilidade dos vasos e favorecem
a quimiotaxia dos leucócitos e neutrófilos que
combatem os agentes invasores e macrófagos
realizam a fagocitose (digestão de bactérias).
CICATRIZES
4. FASES DA CICATRIZAÇÃO
FASE PROLIFERATIVA
Tem a duração de 12 a 14 dias.
Ocorre a produção de colágenos jovens pelos fibroblastos
e intensa migração celular, principalmente queratinócitos,
promovendo a epitelização.
A cicatriz possui aspecto avermelhado.
FASE DE MATURAÇÃO ou REMODELAÇÃO
A terceira etapa pode durar de meses a anos.
Ocorre reorganização do colágeno, que adquire maior
força tênsil.
A cicatriz assume a coloração semelhante à pele
adjacente.
25
26
FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO
Nutrição inadequada;
Tecido necrótico;
Bactérias;
Interferência no suprimento sanguíneo;
Doenças sistêmicas;
Fatores psicológicos;
Hábito de vida.
• Cicatriz normotrófica/eutrófica: A
cicatrização é assim denominada
quando a pele adquire o aspecto de
textura e consistência anterior ao
trauma.
• Cicatriz atrófica: Ela é assim
denominada quando sua
maturação não atinge o trofismo
fisiológico esperado, surgindo,
geralmente, por perda de
substância tecidual ou sutura
cutânea inadequada.
•Cicatriz hipertrófica: O tecido
cicatricial desenvolveu-se acima do
nível normal da pele, ficando com
aspecto elevado no local.
Ocorre um aumento do relevo da
superfície cicatricial, porém sem
ultrapassar os limites da cicatriz
original.
Tende a regredir espontaneamente
em um período de 6 meses a 1 ano.
27
28
QUELÓIDES
Características clínicas:
- Rósea, com prurido, por
vezes doloroso;
- Localizado num ferimento
cirúrgico ou não;
- Surge por uma resposta
cicatricial intensa;
- Presença de invaginação
do tecido lesado para o
tecido são, mais
evidenciada que a cicatriz
hipertrófica;
- Ultrapassa limites da
cicatriz original;
- Surgimento na fase tardia.
A ESTÉTICA NO PRÉ E PÓS - CIRÚRGICO
Os cuidados no pós-operatório exercem uma
importante influência na prevenção de sequelas
provenientes do ato cirúrgico:
• Fibrose;
• Aderência;
• Hematoma;
• Edema;
• Alterações transitórias de sensibilidade e de
pigmentação;
• Alterações da cicatrização.
Há algum tempo, cirurgiões plásticos dinâmicos e
atualizados vêm dando, cada vez mais, valor à
atuação de esteticistas na sua associação para o
rejuvenescimento e embelezamento, tanto de
mulheres como de homens.
Os procedimentos pré-operatórios têm o objetivo de
otimizar as condições clínicas física e emocional
do/da paciente e, a partir daí, planejar os
procedimentos pós-cirúrgicos.
Dia a dia, os novos produtos estéticos, como as
novas técnicas cirúrgicas, demonstram que o
cirurgião plástico e a/o esteticista têm que
caminhar de mãos dadas.
O trabalho multidisciplinar é sinônimo de sucesso.
O tratamento que esteticistas desenvolvem, não só
prepara o/a paciente para a cirurgia, como, também,
complementa, de forma extraordinária, o pós-
operatório no aspecto psicológico inclusive.
Com o avanço da medicina e de seus
complementos, o cirurgião plástico se tornou muito
menos intervencionista nas suas cirurgias,
complementando o seu trabalho com esteticistas,
tendo resultados melhores e bem mais suaves.
O paciente é visto como um todo, além dos
cuidados pré e pós-operatórios, também deve ter o
acompanhamento de um(a) esteticista que prepara
e trata do elemento mais importante para o
cirurgião plástico: a pele.
29
Classificação do momento operatório
O tratamento cirúrgico pode ser:
de emergência;
de urgência.
eletivo.
Tratamento cirúrgico de EMERGÊNCIA
É a situação que, pela gravidade do quadro
apresentado pelo/a paciente, exige intervenção
cirúrgica imediata.
30
“ O preparo adequado para a cirurgia, facilita a
recuperação e diminui a possibilidade de
complicações pós operatórias”.
NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO DAS
CIRURGIAS
Ex.: hemorragias, perfuração de vísceras
por trauma, ferimentos por arma branca,
arma de fogo, e outras.
31
Tratamento cirúrgico de URGÊNCIA
Nesta intervenção cirúrgica, poderá aguardar algumas
horas, nas quais o/a paciente é mantido(a) sob
avaliação clínica, laboratorial e sob observação
contínua.
Ex.: abdome agudo inflamatório.
Tratamento cirúrgico ELETIVO
Nesta intervenção o tratamento, mesmo que indicado
para tratar a condição clínicado/da paciente, pode ser
realizado com data pré-fixada ou em ocasião mais
propícia/conveniente ao/à cliente. Geralmente as
cirurgias são agendadas com um dia de
antecedência.
Requerida: o/a paciente precisa realizar a cirurgia.
Opcional: essa decisão é do/da paciente.
Ex.: safenectomias, cirurgias plásticas, cirurgias de
adenoides, e outras.
32
Classificação do Tratamento Cirúrgico 
quanto a sua Finalidade:
*Paliativo: empregado com a finalidade de
controlar sintomas que põem a vida do/da
paciente em risco ou comprometem a sua
qualidade de vida. Ex.: controle da dor, desvio
de trânsito aéreo, digestivo e urinário. 
*Radical: quando estruturas ou órgãos são
retirados totalmente ou parcialmente. Ex.:
retirada completa da próstata acometida por
câncer.
*Plástico: utilizado com a finalidade estética
corretiva. Ex.: cirurgia para aumento, diminuição
ou reconstrução dos lábios.
*Diagnóstico: realizado com o objetivo de ajudar
no esclarecimento da doença. Ex.: cirurgia de
vídeo da parede abdominal.
33
NOMENCLATURA CIRÚRGICA
O nome composto de raiz (identifica a parte do
corpo a ser submetida à cirurgia), somada ao
prefixo ou ao sufixo:
34
Ex.:
Exoftalmia (Projeção acentuada do globo Ocular)
Circuncisão ou postectomia (Excisão do
prepúcio)
EDEMA
• Acúmulo de líquido devido ao desequilíbrio nas
pressões que atuam para movê-lo para fora do capilar
sanguíneo. Para se visualizar o edema é necessário
que o aumento seja acima de 30%.
SEROMA
• Acúmulo de líquido contendo linfa e plasma, em
áreas pós-operadas.
EQUIMOSE
• Extravasamento de sangue resultante de trauma dos
vasos sanguíneo subcutâneos.
• Infiltração de sangue na malha dos tecidos com 2 a
3 centímetros de diâmetro.
• Mais generalizados e claros.
35
SEQUELAS DAS CIRURGIAS PLÁSTICAS
HEMATOMA
Coleção ou acúmulo de sangue, em maior quantidade
e localizado, devido à ruptura de vasos sanguíneos ou
veias.
FIBROSE 
Processo natural do organismo em reação a uma
incisão ou trauma. Formação exagerada de tecido
conjuntivo em um órgão ou tecido, com finalidade de
reparo tecidual
ADERÊNCIA
União de tecidos fibrosos do tipo cicatricial, que se
formam entre duas superfícies no interior do
organismo.
DEISCÊNCIA – Complicação pós-operatória, onde há a
reabertura do corte cirúrgico, após o início do
processo de cicatrização.
36
NECROSE
• Estado de morte de um tecido ou parte dele em
um organismo vivo.
• A necrose é decorrente, na maior parte das vezes,
por uma manipulação exagerada do retalho.
• A tensão exagerada do retalho, por excesso de
ressecção.
• No paciente fumante, podem ocorrer pequenas
áreas de necrose nos bordos da ferida.
CONTRATURA CAPSULAR
• Definida como uma cicatrização esférica
secundária a alterações celulares e morfológicas
da cápsula que envolve a prótese mamária
resultando em uma mama endurecida, distorcida e,
em alguns casos, dolorosa.
Muitos fatores estão envolvidos na sua produção:
• Resposta inflamatória exacerbada e/ou
prolongada;
• Trauma, hematoma, infecção;
• Vazamento de silicone da prótese.
37
No pós-operatório, o processo de cicatrização é
complexo, pois é um fenômeno dinâmico, no qual
ocorrem reações bioquímicas e fisiológicas que
atuam harmoniosamente para reparar a pele. Essa
restauração atua sobre uma lesão no tecido,
independentemente de sua origem.
Durante a ação do reparo do tecido, haverá uma
sequência de ações com a finalidade de trocar o
tecido lesionado, por proliferação ou regeneração
do tecido espitelial fibroblástico, surgindo, assim, a
cicatriz aparente.
38
Processo de cicatrização e suas
intercorrências
39
Coagulação
A coagulação surge após uma lesão que tem uma
quantidade acentuada de agregação plaquetária e
tamponamento dos vasos seccionados. Logo
ocorre a vasoconstrição, com a intenção de evitar a
perda sanguínea e manter a homeostasia,
ocorrendo entre 5 e 10 minutos após a lesão.
A Figura 7, a seguir, mostra o coágulo formado, o
qual faz uma barreira impermeabilizante, evitando
perda sanguínea para o interstício. A formação
desse coágulo resulta na migração das células que
são responsáveis pelo desencadeamento de reparo
tecidual.
41
Coagulação;
Inflamação;
Proliferação;
Contração da ferida;
Remodelamento.
São 5 as fases do processo de cicatrização:
41
Inflamação
Logo após a lesão tecidual, tem-se o início da
inflamação, caracterizada pela migração das
células até a lesão, com a durabilidade de até
aproximadamente 3 dias. Essa resposta
inflamatória é facilitada pelos mediadores
bioquímicos que ajudam na passagem de
elementos celulares para a região da lesão por meio
do aumento da permeabilidade vascular.
Nessa fase, há liberação de alguns mediadores
químicos (proteínas, ácidos, lipídios e aminas
vasoativas) e de células inflamatórias (leucócitos
polimorfonucleares – PMN, macrófagos, mastócitos e
linfócitos) para as bordas das feridas e, por
consequência, tem-se a vasodilatação e a
presença de sinais da inflamação, como dor, calor,
rubor e edema.
42
Observe, na Figura acima, o início do fechamento da
ferida por meio da chegada dos fibroblastos e da
neovascularização
43
Proliferação
Conhecida também como fase fibroblástica, possui
três importantes eventos que já começaram a se dar
antes mesmo da fase inflamatória: angiogênese ou
neovascularização (quando se formam novos vasos
a partir de vasos já existentes), epitelização e
fibroplastia.
Já no terceiro dia após a lesão, tem início a formação
da cicatriz, processo que tem como característica a
formação do tecido de granulação, constituído,
também, por macrófagos e fibroblastos.
Com a ativação dos macrófagos e a liberação dos
fatores de crescimento, há a substituição da matriz
extracelular. Os queratinócitos que não estão
danificados são atraídos pela hidratação do leito da
ferida, para migrar para a borda da lesão.
Veja, na Figura 10, como acontece a
neovascularização a partir das bordas das lesões.
44
44
Contração da ferida
A contração da ferida, ou seja, a redução de parte
ou toda a ferida que estava aberta, ocorre de forma
centrípeta, das bordas para o centro. Segundo
Borges e Scorza (2016, p. 56):
Os miofibroblastos participam na síntese da matriz
extracelular e na produção de força mecânica, com
influência na reorganização da matriz e na
contração da ferida. Sua atividade contrátil é
responsável pelo fechamento de feridas após a
lesão, processo conhecido como contração da
ferida.
Em incisões ou lesões lineares, a contração da
ferida promove a redução no comprimento da
cicatriz, o que é bastante vantajoso em cirurgias
plásticas. Em se tratando, porém, de cicatrizes
extensas ou que acometem articulações, a
contração da ferida pode comprometer a mobilidade
do segmento, limitando sua função, como é o caso
de indivíduos com sequelas de queimaduras.
45
Remodelamento
Trata-se da fase em que ocorre a tentativa de
recuperar todas as estruturas teciduais que
existiam antes de haver a lesão. Acontecem
alterações na matriz extracelular e depósitos de
proteoglicana e colágeno.
A partir das bordas, as células endoteliais migram
para a área da ferida e os fibroblastos passam a
depositar uma grande quantidade de colágeno. Com
isso, inicia-se a contração da ferida no sentido
centrípeto, com a diminuição de até 20% do
tamanho da cicatriz.
Acontece a liberação de metaloproteinases em
conjunto com a reorganização da matriz
extracelular, participando da degradação do
colágeno, como é observado na Figura 12. A matriz é,
então, transformada de provisória em definitiva,
levando-se em consideração as características
genéticas da pele do indivíduo.
Observe, na Figura 12, a estrutura fibrosa de
colágeno com tripla hélice.
46
47
Mamoplastia/ Mastopexia/ Prótese Mamária/ 
Reconstrução Mamária/ Ginecomastia
O Brasil é referência em cirurgias estéticas e uma delas
é a cirurgia das mamas. Há vários tipos de cirurgias
plásticas que podem ser realizadas nessa região, com
finalidades como aumentar e diminuir o volume, elevar
e reconstruir (nos casos de retirada de câncer de
mama).
Mamoplastia ou mastoplastiaÉ o procedimento cirúrgico das mamas que tem por
objetivo alterar forma ou volume por meio de prótese
mamária (aumento) e de retirada do tecido mamário
(diminuição). 
Mamoplastia de aumento
Nesse procedimento, são utilizados implantes
mamários para dar volume ao tecido para quem tem
mamas muito pequenas e/ou dar firmeza e contorno
aos seios. Os implantes de silicone são colocados na
frente ou atrás do músculo peitoral. A posição das
próteses pode variar conforme o tipo de mama: quando
se tem poucas glândulas mamárias, a prótese é
posicionada atrás do músculo, para que não fique
muito aparente; já em casos de grande quantidade de
glândulas mamárias, suficiente para esconder a
prótese, estas são colocadas na frente do músculo
peitoral.
48
Para colocação da prótese, é realizada uma incisão
discreta, que, por sua vez, pode se dar na aréola, nas
axilas ou no sulco mamário. A Figura 20 demonstra a
prótese mamária colocada.
49
As próteses mamárias são feitas de silicone e
classificadas de acordo com o seu formato. Definem a
altura que o seio terá sobre o tórax após o
procedimento, sendo implantadas nas mamas por
meio de uma cirurgia que tem como finalidade
reconstrução, correção e aumento das mamas.
50
51
No tocante às incisões, podem ser dos seguintes
tipos:
• Inframamária: feita na base dos seios, permitindo
um implante volumoso, tem uma cicatrização
quase imperceptível, por sua localização e pelo
fato de que o sutiã pode cobri-la.
• Periareolar: realizada entre a linha de contorno da
aréola e da mama. Dependendo do tamanho da
prótese, pode ficar mais tensa e alargar um pouco
mais. Raramente é utilizada, pois o procedimento
depende do tamanho da aréola.
• Axilar: como o próprio nome já indica, é realizada
abaixo da axila.
52
As mamoplastias de aumento não são indicadas nos
seguintes casos:
•pessoas que tenham resistência à limitação social
durante o pós-operatório imediato;
•pessoas que não aceitam cicatrizes;
•pessoas que apresentam distúrbios pulmonares;
•pessoas com diabetes mellitus;
•tabagistas.
53
Mamoplastia de diminuição
Nesse procedimento, são removidos os excessos de
tecido glandular, gordura e pele, com o objetivo de
atingir o tamanho proporcional do seio em relação ao
corpo e, com isso, aliviar todos os desconfortos que
estão associados aos seios grandes. 
Também é possível reduzir o tamanho da aréola para
promover um equilíbrio estético.
A incisão cirúrgica é indicada pela técnica utilizada
pelo cirurgião, de acordo com o tipo de mama,
observando a quantidade de pele flácida a ser
retirada. As cicatrizes, geralmente, ficam na parte
inferior da mama, em formato de T invertido,
periareolar (em torno da aréola), em L ou em I.
Observe, na figura a seguir, os tipos de cicatriz:
54
São objetivos da mamoplastia de redução:
• assegurar a fisiologia das glândulas mamárias;
• a longo prazo, manter uma boa forma;
• diminuir a extensão das cicatrizes;
• garantir a sensibilidade das mamas.
Mamoplastia reconstrutiva ou reconstrução
mamária
A mastectomia é indicada para casos de pessoas que
tiveram câncer de mama, tendo sido necessário retirá-
la inteiramente ou em parte. Nesses casos, pode ser
feita a reconstrução mamária. No procedimento, o
cirurgião refaz a mama, o que, em alguns casos, torna
necessário fazer a remoção de outras regiões do
corpo (costas e abdômen). O procedimento tem duas
variantes: posterior à retirada da mama ou feita ao
mesmo tempo em que é realizada a mastectomia
(fazendo com que a paciente não passe pelo trauma
da amastia cirúrgica).
55
Mastopexia
Esse procedimento é indicado para tratar assimetrias
acentuadas, diminuição da aréola e outros casos.
Corrige a diferença em formatos, tamanhos, posição
das mamas e aréolas. Como as correções são
variadas, pode envolver diferentes processos, como
colocar implante na mama menor, reduzir a maior ou
reposicioná-la.
56
Importante!
As mamas têm, em sua constituição, tecido gorduroso,
glândula mamária e pele, que são sustentados por
ligamentos, porém o posicionamento delas é dado em
relação ao tórax e definido por uma aréola acima do
sulco mamário inferior. Quando ela migra para uma
posição abaixo desse sulco, dizemos que a mama
está com ptose. A Figura apresenta os tipos de ptoses
(flacidez nas mamas).
57
Ginecomastia
A ginecomastia tem como característica o aumento
das mamas nos homens de forma benigna. Em
relação às causas, elas podem ser acúmulo de
gordura nas mamas (ganho de peso, lipomastia ou
pseudoginecomastia) ou crescimento das glândulas
mamárias. A ginecomastia é classificada em 3 graus
diferentes:
58
Em casos de cirurgia de lipomastia, é
recomendada a lipoaspiração comum; já se
houver aumento do tecido glandular, cabe fazer a
remoção da glândula mamária por inteira. A
cirurgia de ginecomastia só é indicada para
homens com idade acima dos 18 anos, quando
não se obtém a resposta esperada com o
tratamento clínico e/ou há desconforto psíquico em
função da ginecomastia. Observe, na Figura 30, o
pré e pós-operatório da cirurgia de ginecomastia.
É importante destacar que, se o cirurgião
deixar vestígios do tecido, a glândula voltará a
crescer.
59
A ginecomastia tem como característica o
aumento das mamas nos homens de forma
benigna. Suas causas podem ser acúmulo de
gordura nas mamas (devido a ganho de peso,
lipomastia ou pseudoginecomastia), e crescimento
das glândulas mamárias. A ginecomastia é
classificada em 3 graus diferentes. Aponte, dentre
as alternativas a seguir, qual contém a descrição
correta delas.
Grau 2: inchaço das aréolas, com tendência a
regredir com o tempo. Esse inchaço é percebido
como se houvesse um botão no tecido dessa
região. É indicado o uso de medicamento. Grau 3:
tecido gorduroso na região do tórax, os limites das
mamas não são perceptíveis. Pode ser
diagnosticado como lipomastia e talvez haja
necessidade de lipoaspiração. Grau 1: gordura nas
glândulas, flacidez e pele em excesso, com
necessidade de cirurgia. É o mais grave.
Grau 3: inchaço das aréolas, com tendência a
regredir com o tempo. Esse inchaço é percebido
como se houvesse um botão no tecido dessa
região. É indicado o uso de medicamento. Grau 1:
tecido gorduroso na região do tórax, os limites das
mamas não são perceptíveis. Pode ser
diagnosticado como lipomastia e talvez haja
necessidade de lipoaspiração.
60
Grau 2: gordura nas glândulas, flacidez e pele em
excesso, com necessidade de cirurgia. É o mais
grave.
Grau 1: inchaço das aréolas, com tendência a
regredir com o tempo. Esse inchaço é percebido
como se houvesse um botão no tecido dessa
região. É indicado o uso de medicamento. 
Grau 2: tecido gorduroso na região do tórax, os
limites das mamas não são perceptíveis. Pode ser
diagnosticado como lipomastia e talvez haja
necessidade de lipoaspiração. 
Grau 3: gordura nas glândulas, flacidez e pele em
excesso, com necessidade de cirurgia. É o mais
grave.
Grau 1: inchaço das aréolas, com tendência a
aumentar com o tempo. Esse inchaço é percebido
como se houvesse um botão no tecido dessa
região. É indicado o uso de medicamento. Grau 2:
tecido gorduroso na região do tórax, os limites das
mamas são perceptíveis. Pode ser diagnosticado
como lipomastia e talvez haja necessidade de
lipoaspiração. Grau 3: gordura gordura nas
glândulas, flacidez e pele em excesso, com
necessidade de cirurgia. É o mais grave.
61
Grau 1: inchaço das aréolas, com tendência a
aumentar com o tempo. Esse inchaço é percebido
como se houvesse um botão no tecido dessa
região. É indicado o uso de medicamento. Grau 2:
tecido gorduroso na região do tórax, os limites das
mamas são perceptíveis. Pode ser diagnosticado
como lipomastia e talvez haja necessidade de
lipoaspiração. Grau 3: gordura nas glândulas,
flacidez e pele em excesso, sem necessidade de
cirurgia. É o mais grave.
Nenhuma das outras alternativas.
Principais complicações e intercorrências
pós-operatórias
Para ter sucesso nos procedimentos cirúrgicos, o
médico cirurgião deve ter domínio das técnicas e
saber a melhor forma de agir; caso contrário, pode
haveruma série de consequências desfavoráveis
e complicações para o paciente.
Durante o procedimento, é provocado um trauma
mecânico, o qual gera lesões nas células; a
resposta do organismo é a reação inflamatória
(responsável pela reparação tecidual), e que pode
resultar em complicações e intercorrências.
62
No contexto de nossa disciplina, vamos focar nas
complicações e intercorrências ligadas aos
distúrbios pós-operatórios de cirurgias plásticas,
que podem gerar resultados insatisfatórios e até
persistentes. Vejamos quais são:
Equimose: coloração arroxeada, derivada do
rompimento dos vasos sanguíneos (capilares) e
que começa a desaparecer conforme acontece a
reabsorção do líquido extravasado.
Hematoma: acúmulo de sangue em um órgão ou
tecido. Geralmente é bem localizado e pode ser
causado por diversos fatores.
Edema: acúmulo de fluidos de forma excessiva
nos tecidos.
Linfedema: deficiência na absorção ou condução
da linfa, podendo ser primário (sem causa definida)
e secundário (por inflamações, traumas, irradiação
e cirurgias sobre os gânglios linfáticos). Observe,
na Figura um exemplo de linfedema.
63
Necrose tecidual: casos em que os tecidos
permanecem sem oxigênio, fazendo com que haja
a necessidade de desbridamento (realizado por
médicos) visando estimular a região das bordas
para o centro da ferida. Possui padrão de morte
celular. Observe, na Figura, um exemplo de necrose
tecidual do umbigo até a pélvis.
Hipoestesia: redução da sensibilidade tátil, a qual
tende a voltar ao normal em até seis meses. A
hipoestesia é um processo comum devido ao
trauma tissular sofrido.
 
Irregularidade cutânea: depressões e ondulações
apresentadas na área em que foi realizado o
procedimento cirúrgico.
 
Fibrose: formação anormal do tecido fibroso durante as
etapas do processo de reparo tecidual, podendo se dar
em maior ou menor quantidade. Pode ser
caracterizada como nódulo, que possui o tamanho e
forma de um grão de feijão ou bola de pingue-pongue,
sendo difícil de ser visualizada devido ao seu tamanho,
porém é perceptível na palpação; cordão, com formato
semelhante a um cordão ou feixe, podendo ser de
várias espessuras (influenciadas pelo tipo de cânula
usada no procedimento de lipoaspiração); por último,
placa, quando há uma alteração do tecido que
apresenta formato irregular, ocupando uma área mais
extensa. 
https://www.lucianapepino.com.br/blog/como-evitar-fibrose/
64
Contratura capsular: é processo normal a criação de
cápsula cicatricial produzida pelo organismo, que
envolve e isola a prótese mamária dos tecidos ao seu
redor. Ocorre em todos os casos, sendo geralmente
delicada, macia e fina. Porém, quando a cápsula é forte,
grosseira e rígida, torna-se um problema e é chamada
de contratura capsular (encapsulamento da prótese).
Esse excesso de cápsula passa a pressionar a prótese
de silicone, deixando as mamas doloridas, endurecidas
e deformadas.
As contraturas podem se apresentar em graus variando
de I a IV, segundo a classificação de Baker:
1) Grau I: a mama operada apresenta consistência
parecida a de uma que não foi submetida a cirurgia.
2) Grau II (contratura mínima): a mama se encontra um
pouco mais endurecida (quando comparada à mama
normal); a prótese é palpável, porém não é visível.
Aderência: união anormal das fibras de colágeno
às estruturas que estão próximas durante
imobilização, trauma ou cirurgia, restringindo a
elasticidade normal. Essas aderências impedem
que a linfa e o sangue tenham um fluxo normal,
fazendo com que aumente o quadro de edema,
levando a um retardo na recuperação. Observe
uma fibrose e aderência na Figura.
65
3) Grau III (contratura moderada): a mama se
apresenta mais enrijecida, a prótese é facilmente
palpada e sua distorção é visível.
4) Grau IV (contratura grave): a mama encontra-se
bem enrijecida, com importante distorção de sua
anatomia, apresentando dor e frieza. Veja, na
Figura, a mama com a contratura de Baker grau IV
na fase pré-operatória
Seroma: reação inflamatória causada pelo sistema
imunológico. Tem característica exsudativa e se
forma profundamente ligado ao retalho
dermogorduroso. Como está relacionado à forma
de defesa do organismo, o seroma pode surgir
após qualquer cirurgia. O líquido fica represado
entre as camadas da pele.
Os sinais do seroma são: inchaço ou abaulamento
da região afetada, extravasamento de líquido
transparente da cicatriz e, em alguns casos,
vermelhidão, dor e aumento da temperatura no
local. Costuma aparecer nas duas primeiras
semanas após o procedimento cirúrgico.
66
Quando não tratado, o seroma pode evoluir e
transformar-se em sua versão encapsulada,
quando ele é envolvido por um tecido fibroso,
formando uma espécie de cápsula, que
chamamos de pseudobursa, podendo levar a
contração e as saliências que causam alterações
na cicatriz, evoluindo, em algumas pessoas, para
deformidades que podem necessitar de correção
cirúrgica.
Ozolins et al. (2018, p. 319) afirmam o seguinte sobre
esse procedimento:
O objetivo primordial é aumentar o auxílio de linfa e
a velocidade de condução dos vasos e ductos
linfáticos, através de manobras que copiem o
bombeamento fisiológico. A drenagem linfática é
uma técnica de massagem que estimula o
sistema linfático em função de recolher o líquido
intersticial que não retornou aos capilares
sanguíneos. Uma rede complexa de vasos que
movem fluidos pelo corpo a trabalhar de forma
mais acelerada. Através dos linfonodos, este
líquido é filtrado reconduzindo-o novamente ao
sistema circulatório sanguíneo.
5. Drenagem linfática
67
No pré-operatório, a drenagem linfática é indicada
para a redução de edemas, eliminação de toxinas
e preparação do corpo, para que o paciente tenha
uma ótima recuperação no pós-operatório. Além
disso, tem a função de melhorar a circulação
sanguínea e linfática, provocar o relaxamento físico,
aliviar as tensões pré-operatórias, e prevenir
possíveis complicações, como seromas e fibroses.
Ela é de extrema importância para a retirada do
edema excessivo encontrado no interstício e sua
redução definitiva acontece quando ocorrer a
diminuição da secreção de cortisol (liberada no
processo de inflamação e no final da formação do
tecido cicatricial, após por volta de 20 a 42 dias). A
drenagem linfática deve ter início na fase aguda
(entre os períodos de coagulação e proliferação
estudados anteriormente), já que é um recurso que
trata das diversas alterações vasculares da fase
inicial do edema.
Cuidado para não aplicar a drenagem de forma
errada, com força, rapidez ou direção errada, pois
isso pode oferecer risco à saúde do paciente.
68
Liberação tecidual pós-operatória
Na liberação tecidual pós-operatória, é realizada a
manipulação em todos os sentidos para
reorganizar feixes de colágeno. Trata-se do
recurso mais rápido e eficaz para tratamento
específico de fibroses e aderências. A realização é
feita por um estiramento proporcional à resistência
que o tecido está oferecendo. É, também, realizada
de forma preventiva, entre o 3º e o 5º dia de pós-
operatório, e de duas a três vezes por semana,
durante a fase de reparo. Observe a Figura.
69
Ultrassom
Modalidade terapêutica com profunda penetração,
produz alterações nos tecidos por meio de
mecanismos térmicos e mecânicos.
É utilizado no pré-operatório para preparar a área
para a cirurgia, diminuindo o tempo de
recuperação; além disso, é eficaz no tratamento de
gordura localizada, celulite e edemas.
No pós-operatório, é utilizado para acelerar a
cicatrização, obter força tênsil normal e atuar na
prevenção de cicatrizes hipertróficas e queloides,
pois proporciona aumento do número de
fibroblastos, alinhamento ideal para contração da
ferida e redução da fase inflamatória.
No preparo do/da paciente para o procedimento,
deve-se identificar as contraindicações existentes,
ajustar os parâmetros e a forma de aplicação do
ultrassom. É necessário realizar a higienização do
local a ser tratado, para não atrapalhar a
propagação das ondas de ultrassom. Ainda, é
preciso informar o cliente de que poderá haver a
sensaçãode um calor suave, e pedir que ele
informe o profissional se houver quaisquer
sensações inesperadas.
Gel próprio para o ultrassom sempre deverá ser
utilizado como meio de contato e é importante e
necessário manter o cabeçote em constante
movimento.
Radiofrequência
Segundo Borges (2006 apud COSTA; MEJIA, 2021, p.
8), radiofrequência é:
Um aparelho de alta frequência que, com corrente
alternada com mais de 3.000Hz, promove
diatermia, ou seja, aquecimento por calor profundo.
Trata-se de um tratamento não invasivo que
melhora a circulação de nutrientes, hidratação
tecidual, aumento da oxigenação, lipólise e
promove a reorganização das fibras de colágeno.
Deve-se salientar que pacientes portadores de
marcapasso, desfibriladores, qualquer implante
metálico e neoplasias são contraindicados de
realizar esse tratamento.
No pré-operatório, esse tratamento é utilizado para
ajudar a melhorar a firmeza e a aparência da pele,
em casos de flacidez e estrias, e para reorganizar
e melhorar a qualidade de colágeno e elastina, em
casos de gordura localizada e celulite. Além disso,
é útil para acelerar a eliminação de toxinas,
aumentar a oxigenação, hidratar a pele e melhorar
a microcirculação.
70
71
Por estimular colágeno e elastina, a
radiofrequência é indicada também no pós-
operatório. Além disso, ajuda a tratar fibrose, por
promover uma elevação da temperatura interna do
tecido, gerando um aumento da circulação
sanguínea e, por consequência, um estímulo à
drenagem linfática, diminuindo a concentração de
toxinas no corpo e favorecendo as células
responsáveis pela produção de colágeno.
Como consequência, ocorrerão contração das
fibras de colágeno e tonificação da pele devido à
aceleração do metabolismo. Com a estimulação
dos fibroblastos, é desencadeada a aceleração da
produção de colágeno, permitindo um resultado
satisfatório. 
71
Vacuoterapia
Trata-se de uma terapia em que é feita uma
aplicação em forma de pressão negativa sobre a
pele, podendo ser trabalhada com ciclos de
aplicações reguláveis, gerando efeito de ventosa.
No pré-operatório, é bastante utilizada nos
tratamentos de gorduras localizadas, celulites e
edemas, ajudando a tratar contraturas musculares,
contribuindo para a eliminação de toxinas, e
estimulando o sistema linfático e a produção de
colágeno e elastina. Já no pós-operatório, é bastante
utilizada em tecidos com fibroses e irregularidades,
além de ser importante para as drenagens linfáticas
mecânicas. 
Na drenagem linfática mecânica, a pressão adotada é
de 40 mmHg, com movimentos lentos, seguindo o
trajeto da linfa; já na massagem mecânica, a pressão
deve ser superior a 100 mmHg, sendo recomendado
não ultrapassar 200 mmHg, para evitar causar
hematomas e desconforto no cliente. Os movimentos
devem ser firmes e rápidos, deslizando o cabeçote no
sentido da musculatura, por aproximadamente 5
minutos por área.
71
A aplicação de óleos no cliente é necessária, pois
facilita o deslizamento, evitando o excesso de atrito.
Durante a aplicação, é normal surgir hiperemia na
região tratada. Caso o cliente relate dor, é
necessário diminuir a pressão.
Antes da aplicação, é extremamente importante a
realização de uma avaliação da área a ser tratada,
pois pode haver vasos aparentes e telangiectasias
– nesses casos, só deve ser aplicado o vácuo de
drenagem, para não expandir novos vasos.
Na unidade de aprendizagem 1, verificamos
as técnicas cirúrgicas, os tipos de feridas e
suturas, as fases da cicatrização e a
drenagem linfática no pós-operatório.
resumo da
aula
33
SUGESTÃO DE LEITURA
Parabéns! 
Você finalizou mais uma aula. Agora é
hora de aprofundar seus
conhecimentos.
Todas as sugestões de leitura são
clicáveis, aproveite!
Os artigos, abaixo, encontram-se no
Material Complementar! Baixe para
aprofundar seus estudos.
OS EFEITOS DA MASSAGEM TERAPÊUTICA MANUAL EM
PACIENTES COM A SÍNDROME DA FIBROMIALGIA
A ATUAÇÃO DA MASSAGEM TERAPÊUTICA NO
TRATAMENTO DE DOR AGUDA
https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/994#:~:text=Massagem%20Ayurv%C3%A9dica%20Abhyanga%20na%20Melhora,Brasileira%20Terapia%20e%20Sa%C3%BAde%2C%20pp.
http://revista.liberumaccesum.com.br/index.php/RLA/article/view/121#:~:text=Conclus%C3%A3o%3A%20A%20massoterapia%20%C3%A9%20tida,o%20al%C3%ADvio%20esperado%20pelo%20mesmo
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GARRIDO, M. Sistema linfático: Embriologia e Anatomia.
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GUIRRO Nivaldo; GUIRRO Elaine. Fisioterapia Dermato-
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NETTER, Frank H. Netter-Atlas de Anatomia Humana.
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Nossas redes
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