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AULA 03 Terapias Manuais Corporais e Faciais faculdade ith Este PDF contém links clicáveis Graduada em Estética e Cosmética e Biomedicina. Especialista em Saúde Estética, Tecnologia Aplicada ao Ensino da Biologia e em Saúde Pública. Graduanda em Ciências Biológicas. Atualmente é coordenadora do curso de pós-graduação em Estética Clínica Facial Avançada e professora universitária do curso de Estética e Cosmética e Biomedicina. DANIELLE CINTRA RIBEIRO DE OLIVEIRA NEVES PROFESSOR(A) Lattes http://lattes.cnpq.br/2592483934505054 revisando o aprendizado... Adentrar o universo do sistema linfático e da drenagem linfática é basilar para a prática em estética, não é mesmo?! E, refletindo acerca da pertinência disso, indicamos a leitura dos textos na sequência. É só clicar, ok?! PRÉ- requisitos Sistema linfático Sistema linfático https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/sistema-linfatico.htm https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-linftico Capítulo 1 Sistema Linfático Capítulo 2 Técnicas de drenagem linfática39 7 Este material foi pensado para complementar seu estudo. Abaixo você encontra os capítulos referentes a cada unidade de aprendizado. Leia e releia quantas vezes quiser! GRADE CURRICULAR Capítulo 3 Drenagem linfática aplicada aos tratamentos estéticos 52 Nesta unidade, iremos explanar a anatomia e fisiologia do sistema linfático e as indicações e contraindicações da drenagem linfática. “A circulação linfática é o final de um processo que se inicia com o sistema sanguíneo, tornando importante o conhecimento do sistema arterial e venoso.” Conjunto de vasos cuja principal função é coletar a linfa, um líquido presente entre as células dos tecidos, e levá-la de volta à circulação sanguínea. 1. Sistema Linfático Trata-se, portanto, de um sistema acessório ao sistema circulatório sanguíneo. HISTÓRIA DO SISTEMA LINFÁTICO Hipócrates foi uma das primeiras pessoas que mencionou o sistema linfático no século V aC. 8 Rufus de Éfeso, um médico romano, identificou os gânglios linfáticos axilares, inguinais e mesentéricos, assim como o timo, no início do século II dC.Por volta de 1930, os doutores dinamarqueses Emil Vodder e Estrid Vodder trabalhavam na Riviera Francesa, tratando de pacientes com sinusites e outros sintomas semelhantes. O casal notou que os pacientes tinham como característica comum os linfonodos inchados. Enfim, em 1932, Vodder percebeu que poderia estimular a movimentação das linfas através de movimentos manuais. Em 1936, o seu método passou a ser conhecido como um tipo de técnica manual de estimulação do sistema linfático em Paris, tratando não somente alguns sintomas da sinusite, mas diminuindo principalmente os edemas. 9 Após a segunda guerra mundial, em Copenhague, o casal Vodder passou a se empenhar a ensinar e multiplicar o conhecimento das técnicas desenvolvidas nos três anos de aperfeiçoamento da técnica. A DLM foi à primeira “ferramenta” reconhecida para tratamento de edemas linfáticos. Somente 27 anos depois do trabalho do casal Vodder, que o primeiro médico, Dr. Johannes Asdonk, comprovaria cientificamente os benefícios do Método de Vodder. 10 Seu método consistia em, através de movimentos, encaminhar linfa aos coletores linfáticos, estimulando também os linfonodos através de uma pressão leve, levando essa linfa de volta para o sistema sanguíneo. Para isso, a massagem iniciava-se no pescoço e gradativamente buscava outras áreas do corpo. Ele dizia que era impossível eliminar as impurezas contidas no sistema linfático sem antes limpar o canal de saída. quando o banheiro está inundado, a gente precisa limpar, em primeiro lugar, o ralo para depois mandar a água em sua direção. (Emil Vodder) Albert Leduc foi aluno de Vodder na Bélgica. Para Leduc, o assunto parecia coerente, mas sem muita base científica. Isso lhe motivou a pesquisar mais a respeito do sistema linfático. Suas pesquisas o levaram à conclusão de que o sistema linfático era composto por órgãos e tecidos linfoides. Com um estudo mais aprofundado, passou a desenvolver seu próprio método de drenagem linfática manual. O método de drenagem de Leduc segue alguns princípios do método de Vodder. Contudo, levando em consideração a movimentação do sistema linfático, Leduc não inicia sua massagem pelo pescoço, pois - ao criar a técnica - acreditava que tal prática não surtiria tanto efeito para edemas e outros problemas que estivessem em regiões mais distantes. 11 A técnica de Leduc consiste em estimular o sistema linfático através de movimentos circulares. As bases lógicas desta técnica são a absorção e captação de substâncias “perdidas” nos tecidos intersticiais provenientes de edemas, alguns tipos de celulites e líquidos em excesso, encaminhando-os para o sistema linfático, circulatório e, assim, acelerando o processo de eliminação., Utilizando menos combinações de movimentos, a técnica foca mais nos problemas apresentados no corpo do paciente e na compressão dos nodos. Utiliza, também, bandagens e peças compressivas após a massagem. 12 13 Órgãos linfáticos Linfa: Líquido intersticial dos capilares linfáticos. Composição: água + eletrólitos + proteínas plasmáticas. Composição Vasos superficiais (acima da fáscia muscular): * capilares; * pré-coletores; * coletores linfáticos. Vasos profundos (abaixo da fáscia muscular): * troncos; * ductos. 14 15 Capilares linfáticos Linfáticos iniciais. São mais permeáveis que os capilares sanguíneos. Apresentam-se com “fundo cego”. Encontrados com os capilares sanguíneos. É um sistema de “mão única”. 16 17 Formação da Linfa Relação entre Sistema Linfático e Sistema Cardiovascular 18 linfático inicia próximo à microcirculação e retorna ao sistema vascular venoso através do ângulo venoso (veia jugular com a veia subclávia, finalizando no Terminus). O sistema cardiovascular inicia com grossos calibres que vão diminuindo até a microcirculação, tornando capilares. O sistema linfático começa na forma de tubos de fundo cego, com calibres muito finos, transformando-se em pré-coletores e coletores até chegar no ângulo venoso com calibres mais grossos. Enquanto o sistema cardiovascular começa e termina no coração, o sistema Linfangions Esse é o verdadeiro “coração” do sistema linfático. Ele impulsiona a linfa por: 19 •- Contração da musculatura lisa da parede dos vasos: impulsiona o fluido de 6 a 7 vezes por minuto. •- Estiramento reflexo dos vasos. Ações que interferem na motilidade dos Linfangions 20 21 22 23 Linfonodos 24 25 26 27 Circulação Linfática Os pré-coletores assumem uma posição intermediária funcional entre os capilares linfáticos e os coletores. Suas paredes são formadas por tecido endotelial, onde está o seu endotélio interno, coberto de tecido conjuntivo e fibras elásticas e musculares, possibilitando a sua contractibilidade. Possuem válvulas na membrana interna, por isso o fluxo da linfa é unidirecional. 28 com maior calibre também possuindo válvulas, que estão predominantemente dispostas aos pares e funcionam de modo completamente passivo, conduzindo a linfa no sentido centrípeto e impedindo o seu refluxo. A distância entre duas válvulas é de três a dez vezes o diâmetro do vaso, assim, dentro dos coletores, encontra-se uma válvula a cada 0,6 a 2 cm; por sua vez, no grande ducto torácico encontra-se uma válvula a cada 6 a 10 cm. Os coletores são os verdadeiros vasos de transporte de linfa e têm diâmetro de aproximadamente 0,1 a 2 mm sendo a continuação dos pré-coletores, 29 O trecho entre as duas válvulas é denominado Linfangion e por meio da contração desse trecho a linfa é impulsionada para frente. A parede dos coletores é formada por fibras musculares lisas. Chegando aos linfonodos, a linfa é transportada por ductos eferentes até dois grandes coletores principais, o canal ou ducto torácico esquerdo e o canal ou ducto linfático direito. 30 Os Ductos linfáticos são os vasos da porção final da Drenagem Linfáticaque desembocam no sistema venoso. 31 O baço, o timo e as tonsilas são considerados órgãos linfoides. Apesar de não possuírem associação direta com a circulação linfática, estas estruturas fazem parte do sistema imune do organismo. A produção de linfócitos é a principal função dos órgãos linfoides. Os linfócitos exercem papel importante no desenvolvimento das respostas imunológicas, produção de anticorpos e reações imunes. Lei de Starling: • Equilíbrio entre filtragem e reabsorção: • Capilar arterial (CA) FILTRAGEM • Capilar venoso(CV) REABSORÇÃO 32 EDEMA 33 34 O sistema linfático está representado por um “tubo de descarga” cujo papel é evitar a inundação: funciona como um sistema de segurança. A formação do edema • Resultado do desequilíbrio entre o aporte de líquido retirado dos capilares sanguíneos pela filtragem e a drenagem deste líquido. • Fisiológico de equilíbrio Vias de drenagem suficientes para evacuar o líquido trazido pela filtragem. • Ocorre constante renovação do líquido intersticial; células retiram elementos necessários ao seu metabolismo. 35 Ou seja: Uma deficiência deste equilíbrio provoca um transbordamento da banheira, o chamado edema. Se não houver interrupção, não ocorrerá EDEMA. 36 37 38 2. Técnicas de Drenagem Linfática 39 Dentre as técnicas de drenagem linfática, destacam-se as de Vodder e Leduc. Captação e evacuação seriam dois procedimentos básicos para execução da técnica De DLM de Leduc. O método utilizado por Vodder consiste em pressão suave, lenta e repetitiva, não ocorrendo deslizamento sobre o tecido e, sim, o empurrar e relaxar do tecido cutâneo. Círculos estacionários, técnica de bombeamento, técnica de mobilização e técnica rotatória, são movimentos utilizados pelo método Vodder. “A drenagem linfática drena os líquidos excedentes que banham as células, mantendo o equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais. Responsável pela evacuação dos dejetos provenientes do metabolismo celular” (Leduc). 40 Drenagem Linfática Benefícios: - Auxilia na filtração e reabsorção dos capilares sanguíneos; - Auxilia o fluxo da linfa para dentro dos capilares linfáticos; - Facilita o transporte da linfa; - Auxilia no bombeamento e na quantidade de linfa processada nos linfonodos. O Sistema Linfático Fisiológico funciona naturalmente e capta 100ml de líquido intersticial, a cada hora, drenando, num total de 1 dia (24hs), 2,4l. A Drenagem Linfática manual aumenta a quantidade de linfa captada e acelera o processo de transporte nas vias linfáticas. Existem 2 processos: Captação realizada pela rede de capilares linfáticos, consequência do local da pressão tissular. Quanto > a pressão, > a recaptação pelos capilares linfáticos. Evacuação dos elementos recaptados pelos capilares, longe da região infiltrada, sobre os linfonodos. O transporte da linfa é efetuado pelos pré-coletores em direção aos coletores. São esses dois processos que devem ser facilitados por técnicas adequadas de drenagem manual. 41 Absorção de líquidos excedentes e proteínas do espaço intersticial :captação O fluido excedente capilares linfáticos pré-coletores linfáticos coletores linfáticos linfonodos ducto torácico esquerdo e ducto linfático direito ângulo veias jugulares internas e subcávia D e E plasma e linfa se misturam. Durante esse trajeto, ocorre eliminação de líquidos vias de excreção normais: aparelho excretor (urina), aparelho digestivo (bolo fecal), aparelho respiratório (respiração), tegumento (evaporação do suor). 42 Efeitos da drenagem linfática: 1. Absorção de líquidos excedentes e proteínas do espaço intersticial captação. 2. Transportar a linfa pelos vasos linfáticos até o sistema venoso. Absorção de líquidos excedentes e proteínas do espaço intersticial: captação 43 44 Câncer; Inflamações agudas; Trombose; Insuficiência cardíaca. Indicações: Edemas; Linfedemas; Queimaduras; Acne; Sensação de cansaço nos membros inferiores; Fibro edema geloide; Dor muscular; Pré e pós-operatório de cirurgias plásticas; Hematomas e equimoses; Olheiras. Contraindicações absolutas: 45 Câncer diagnosticado; Pré-canceroses de pele; Hipertensão arterial não-controlada; Infecções; Inflamações crônicas; Hipertiroidismo; Asma brônquica. Contraindicações parciais: DIREÇÃO ponto de partida para um procedimento de DLM corporal total deverá começar na fossa supraclavicular, onde o ducto torácico e o ducto linfático direito desembocam na junção das veias jugulares com as subclávias. Sendo que as manobras serão realizadas de PROXIMAL PARA DISTAL E DE DISTAL PARA PROXIMAL.. 46 PRESSÃO A pressão exercida deve seguir o sentido fisiológico da drenagem, em torno de 40/45 mmHg.Ou seja, deverá ser exercida na direção do fluxo linfático, não podendo provocar dor ou desconforto, em nenhuma circunstância. RITMO As manobras devem ser realizadas de forma rítmica, intermitente e lenta. Cada movimento deve completar-se em aproximadamente 1 s (um segundo), de 6 a 10 vezes, de acordo com a necessidade e a patologia a ser tratada. Manobras básicas Captação: Realizada diretamente sobre o segmento, aumentando a captação da linfa. Reabsorção: Realizada nos pré-coletores e coletores linfáticos, transportando a linfa captada pelos linfocapilares. Evacuação: Realizada nos linfonodos que recebem a linfa dos coletores linfáticos. 47 IMPORTANTE: O segmento corpóreo a ser drenado deve estar em posição de drenagem. Inicia-se, sempre, pelas manobras de evacuação visando descongestionar as vias linfáticas. Conhecimento das vias linfáticas. Evitar manobras de arraste em lesões recentes - cicatrização. 45 49 50 51 A DRENAGEM LINFÁTICA NA TÉCNICA DE VODDER Essa técnica foi desenvolvida em 1932 pelo terapeuta dinamarquês Emil Vodder e sua esposa e logo tornou-se popular graças aos efeitos alegados pelos pacientes. Posteriormente ela foi aperfeiçoada. É uma técnica usada para drenar e limpar macromoléculas e resíduos celulares que, devido ao seu tamanho, não entram no sistema venoso, acabando, muitas vezes, por ficar no organismo devido à sua má drenagem linfática (SATO, 2013). São estas macromoléculas e estes resíduos celulares os responsáveis pela acumulação de água e de gordura, causando as pernas cansadas, cansaço em geral, celulite, problemas musculares e articulares bem como muitos outros problemas, e que se refletirá em todo o corpo e no bem-estar geral do paciente. 3. Drenagem linfática aplicada aos tratamentos estéticos 52 A principal função desta técnica de massagem é retirar os líquidos acumulados entre as células e os resíduos metabólicos. Ao serem retirados do local armazenado, essas substâncias são encaminhadas para o sangue através da circulação e, por meio de variados movimentos suaves, são levadas a caminhar para que sejam eliminadas (SATO, 2013). A Drenagem Linfática é realizada em dois processos: a evacuação, que consiste em desobstruir os gânglios linfáticos e as demais vias linfáticas, e a captação, que consiste em realizar, de fato, a drenagem. De forma manual, a drenagem é feita a partir de círculos com as mãos e com o polegar, movimentos combinados e pressão em bracelete (SANTOS, 2013). De acordo com Vinyes (2002), quando manipulamos a pele com os toques suaves da Drenagem Linfática Manual Vodder, produz-se um estiramento (tracionamento) longitudinal e transversal dos linfangions, estimulando seu automatismo e, portanto, sua capacidade de transporte. Mas, se aplicarmos massagens muito vigorosas como a Massagem Modeladora, se produzirá um espasmo reativo que obstruirá a drenagem da linfa. 53 A DRENAGEM LINFÁTICA NA TÉCNICA DE LEDUC Albert Leducmantém algumas técnicas de Vodder, como drenar as regiões proximais antes das distais, a drenagem de cada região de distal a proximal e, ainda, a desobstrução dos gânglios principais da região antes de encaminhar o fluxo linfático. A principaldiferença de sua técnica para a de Vodder é o não início da drenagem linfática de seus pacientes pelo pescoço, principalmente quando se tratava de edemas muito distantes. Ele dizia que as manobras sobre o ângulo venoso não têm o poder de acelerar significativamente o fluxo linfático de locais distantes do pescoço, como uma das pernas, por exemplo. A técnica da DLM de Leduc é baseada no trajeto dos coletores linfáticos e linfonodos, associando basicamente as manobras de captação ou reabsorção, aonde os dedos imprimem sucessivamente uma pressão, sendo levados por um movimento circular do punho. O objetivo da captação é absorver os líquidos excedentes da região com estase (com edema, celulite, etc.) e transportá-la através dos vasos 54 linfáticos de volta para a circulação venosa (a manobra é realizada com a mão através da borda ulnar para a borda radial). Evacuação ou demanda, aonde os dedos desenrolam-se a partir do indicador até o anular, tendo contato com a pele que é estirada no sentido proximal ao longo da manobra. O objetivo da evacuação é proporcionar um aumento do fluxo linfático na região proximal, deixando esta descongestionada e preparada para receber a linfa de outras regiões mais distais (a manobra é realizada com a mão através da borda radial para a borda ulnar). A manobra de Bracelete ou Chamada é realizada diretamente sobre o segmento edemaciado, visando aumentar a captação da linfa pelos linfo capilares (a manobra é realizada com as duas mãos paralelas, simulando um bracelete). Ao se facilitar e melhorar a circulação linfática dessa região, não haverá sobrecargas maiores a esses vasos. Leduc possui, ainda, uma combinação mais restrita de movimentos; propõe protocolos de tratamentos com base no tipo de distúrbio encontrado e utiliza bandagens compressivas após as técnicas de drenagem linfática. 55 TIPOS DE MANOBRAS DA TÉCNICA VODDER Inicia-se a Drenagem Linfática sempre na região proximal do ângulo venoso para desobstrui-lo. Bombeamento dos linfonodos: cervicais superficiais e profundos; supra claviculares; intermamários; axilares; os cubitais; cisterna do quilo; supra ilíacos; inguinais externos e internos; fossa poplíteos e maleolares. Condução da linfa para o linfonodo previamente desobstruído, de próximo-proximal para distal. Existem várias manobras no método do Dr. Vodder. Entre elas, podemos citar: Effleurage, Enfuso (voo do cisne), leque, passos de ganso, espiral, balancinho, pirâmide, descolamento, deslizamento em espiral, bombeamento, mobilização, rotação, círculos estacionários entre outros. Neste curso, vamos priorizar a utilização de alguns movimentos da Técnica de Vodder que são os mais utilizados pelos profissionais da estética: 56 •Círculos estacionários; •Bombeamento; •Mobilização; •Rotação, •Deslizamento em anel e •Passos de ganso. 1) Círculos Estacionários: Com a mão espalmada sobre a pele, os dedos realizam movimentos circulares, promovendo um estiramento do tecido, efetuando uma pressão/descompressão; realizados entre 10 a 15 vezes sobre os grupos dos gânglios linfáticos ou linfonodos. Em um pós- operatório, estes movimentos podem aumentar em até 40 vezes em cada local. 2) Movimento de Bombeamento ou Patão: As mãos são acopladas no tecido a ser drenado, iniciando- se os movimentos com pressões intermitentes, decrescentes da palma da mão para os dedos, num total de 5 a 7 vezes o movimento tratado. Este movimento pode ser efetuado com mãos sobrepostas, paralelas ou somente uma mão de cada vez. 3) Movimento Passos de Ganso: Será realizado nas mãos e nos pés com os polegares paralelos. 57 4) Deslizamento em Anel: Bombeamento nos dedos das mãos e dos pés em forma de espiral. 5) Movimento em Leque: Manobra com desvio de 45º de abdução de polegar. Esta manobra é utilizada para captar a linfa de grandes áreas. 6) Movimento de Mobilização ou Doador: Iniciando com a palma das mãos posicionadas perpendicularmente às vias de drenagem, sendo a técnica baseada em manobras de arraste envolvendo uma combinação de movimentos. 7) Movimento de Rotação ou Passar e Enviar: Movimento empregado para superfícies planas. A mão que inicia o movimento toca a superfície do segmento com a face palmar e realiza um movimento de desvio ulnar na direção e no sentido da drenagem proposta. A outra mão terá o mesmo posicionamento e realizará os mesmos movimentos. Repetição da manobra no total de cinco a sete vezes por segmento tratado. 58 TIPOS DE MANOBRAS DA TÉCNICA DE LEDUC Essa técnica de Drenagem Linfática é baseada nos trajetos dos coletores linfáticos e linfonodos, associando basicamente três categorias: 1- Manobras de Chamada: É realizada diretamente sobre o segmento edemaciado, visando aumentar a captação da linfa pelos linfocapilares. A manobra é realizada com as duas mãos paralelas, simulando um bracelete. 2- Manobras de Captação/Reabsorção: As manobras são realizadas nos pré-coletores e coletores linfáticos. A manobra é realizada com a mão através da borda ulnar para a borda radial. 3- Manobras de Evacuação/Demanda: Ocorre nos linfonodos. A manobra é realizada com a mão através da borda radial para a borda ulnar. 59 Características das Manobras: • Repetição da manobra no total de cinco a sete vezes por segmento tratado. • Manobras na direção do fluxo linfático. • As manobras não devem causar dor ou eritema na pele. • A pressão exercida deve seguir sempre o sentido fisiológico da drenagem. • O trajeto das manobras segue a anatomia do local, orientado pelas vias linfáticas que estabelecem continuidade entre si, sempre tendo em suas extremidades um grupamento ganglionar. • A DLM deve iniciar-se pelas manobras que facilitem a evacuação pelos linfonodos, objetivando o descongestionamento das vias. 60 O Ambiente: A área de tratamento deve ter temperatura agradável, em torno de 23° e sem correntes de ar. Cuidados de higiene e biossegurança devem ser preservados. A maca deve ser recoberta por um lençol descartável que deve ser trocado a cada atendimento. Toalhas devem estar disponíveis caso o paciente sinta frio. O ambiente terapêutico deve ser claro e sem muitos objetos e enfeites que dificultem a higienização do local. Aromatizantes de ambientes como incensos e sprays devem respeitar o gosto do paciente. Música relaxante complementa satisfatoriamente um ambiente propício ao relaxamento. 61 Preparação da Paciente: Peça à/ao paciente para despir-se a fim de que a parte a ser tratada esteja adequadamente descoberta. Mulheres podem trajar-se de biquíni ou roupas íntimas e homens de sunga. O posicionamento do paciente deve ser decidido de acordo com a área que vai ser drenada, sempre se atentando para alguma restrição de movimento caso o paciente possua. É importante considerar que pacientes gestantes podem não se sentir confortáveis em determinadas posições. As posições mais comuns para a realização da drenagem linfática manual são: Deitado em decúbito dorsal (com a face voltada para o teto); Deitado em decúbito ventral (com a face voltada para a maca); Deitado em decúbito lateral; Sentado (com as costas eretas) em um banco ou cadeira, com o membro superior apoiado em uma extremidade de uma mesa acolchoada, ou sobre um travesseiro colocado no colo da paciente. 62 Na unidade de aprendizagem 3, aprofundamos os conhecimentos sobre o sistema linfático, as técnicas de drenagem linfática, bem como sobre a drenagem linfática aplicada aos tratamentos estéticos. resumo da aula 63 SUGESTÃO DE LEITURA Parabéns! Você finalizou mais uma aula. Agora é hora de aprofundar seus conhecimentos. Todas as sugestões de leitura são clicáveis, aproveite! Os artigos, abaixo, encontram-se no Material Complementar! Baixe para aprofundar seus estudos. Anatomia e fisiologia do sistema linfático: processo de formação de edema e técnica de drenagem linfática, 2020 Drenagem Linfática Manual em Pacientes Oncológicos: Quais as Evidências Científicas e as Recomendações Clínicas?, 2021 https://sustenere.co/index.php/sciresalutis/article/download/CBPC2236-9600.2020.001.0001/1898/8531https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/download/1055/880/11527 referências bibliográficas BARROS, Maria Helena de. Fisioterapia: drenagem linfática manual. São Paulo: Robe, 2001. BORGES, Fábio dos Santos. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. DE GODOY, José Maria Pereira; GODOY, Maria de Fátima Guerreiro. Drenagem linfática manual: novo conceito. J Vasc Br, v. 3, p. 77-80, 2004. DE GODOY, José Maria Pereira et al. Godoy & Godoy technique of cervical stimulation in the reduction of edema of the face after cancer treatment. QJM, v. 101, n. 4, p. 325-326, 2008. ELWING, A.; SANCHES, O. Drenagem linfática manual. Senac, 2010. GARRIDO, M. Sistema linfático: Embriologia e Anatomia. Garrido, M.; Ribeiro, A.. Linfangites e erisipelas, v. 2, 2000. GUIRRO Nivaldo; GUIRRO Elaine. Fisioterapia Dermato- Funcional: Fundamentos, recursos e patologias. São Paulo: Manole,2002. referências bibliográficas KEDE, Maria Paulina Villarejo; SABATOVICH, Oleg (Ed.). Dermatologia estética. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atheneu, 2009. LEDUC, Albert; LEDUC, Olivier. Drenagem linfática: teoria e prática. Manole, 2007. MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F. Anatomia orientada para a clínica. Guanabara Koogan, 2007. NETTER, Frank H. Netter-Atlas de Anatomia Humana. Elsevier Brasil, 2008. Nossas redes a faculdade ith te conta! Quer saber mais? Faculdade ITH Sua EdTech na área da saúde https://faculdadeith.com.br/ https://www.youtube.com/c/faculdadeith/videos https://web.facebook.com/faculdadeith?_rdc=1&_rdr https://www.instagram.com/ith_oficial/