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Avaliação III - (RED08) Aspectos Legais em Informática e Ética

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Avaliação Final (Discursiva) - Individual (Cod.:) Aspectos Legais em Informática e Ética (RED08)
Prova - Período para responder 
1 Os crimes cibernéticos são considerados atualmente como um dos principais desafios da área criminal, pois impõem ao Estado a necessidade de se adequar e regulamentar tais questões em seu ordenamento jurídico. A Lei 12.737/2012, denominada de "Lei Carolina Dieckmann", visa tipificar algumas condutas delituosas digitais na legislação penal, com o objetivo substancial de proteger de ulteriores violações aos direitos fundamentais dos cidadãos. Disserte sobre o bem jurídico constitucional tutelado pela respectiva legislação, justificando sua resposta. FONTE: BRASIL. Lei 12.737/2012. Disponível em: Acesso em: 11 mar. 2015.
Resposta Esperada: O bem jurídico constitucional tutelado pela respectiva legislação é a privacidade, conforme preconiza o inciso X do artigo 5º da CF/88, ao estabelecer que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Em outras palavras, o acesso realizado por terceiros, com o auxílio de dispositivo informático e sem autorização da vítima, com o objetivo de obter/adulterar ou destruir informações afetam diretamente o direito à privacidade e conduz à pretensão do indivíduo de não ser foco da observação por terceiros, de não ter seus assuntos, informações pessoais e características particulares expostas a terceiros ou ao público em geral
Tecnologia da Informação ou simplesmente TI; são palavras usadas para referenciar soluções e atividades tecnológicas que envolvem banco de dados, hardwares, softwares e redes (doméstica ou empresarial) usadas para se trabalhar com dados e informações; é um dos setores que mais cresce no Brasil e no mundo, já que a sociedade a cada dia é mais dependente da tecnologia; é quase natural as pessoas usarem aplicativos para se comunicar e realizar tarefas do cotidiano. Nas empresas, a tecnologia está presente mediando processos operacionais e de análise de resultados; e se tornou indispensável que as organizações contem com profissionais capacitados para gerir a área da tecnologia e que tenham conhecimentos e domínio em softwares, banco de dados e estrutura de TI. É incomum encontrar um profissional de TI que domine também a área dos Aspectos Legais em Informática, e esse aspecto constitui um grande diferencial para o mercado de trabalho. Até o momento ainda não existe uma legislação própria para crimes eletrônicos, isso não quer dizer que impere a impunidade e que um crime eletrônico não venha a ser julgado, mas existem lacunas no Direito, e essa lacunas são espaços em branco deixados pela legislação, então se faz necessário recorrer à analogia, que é a semelhança entre coisas diferentes; e semelhança, na se dá pela construção de idéias baseadas nas já existentes. Assim sendo, é necessário utilizar-se de legislação semelhante, similar e que se adéqua ao caso em questão, pode-se então citar o Código Penal, o Código de Processo Penal, o Código Civil (para o caso de indenizações, por exemplo), o Código de Processo Civil, o Código de Defesa do Consumidor (para o caso das relações de consumo e-commerce), jurisprudências, doutrinas e costume.
Recapitulando, utiliza-se da analogia quando ocorre uma lacuna em nosso direito; e quando não há uma lei para disciplinar determinado caso; assim sendo, utiliza-se uma lei que se enquadre no caso, como é o caso dos crimes eletrônicos. Para ser possível tratar dos crimes eletrônicos propriamente ditos, é primordial saber o que a lei entende como crime.; e o que vem a ser um crime, ou uma conduta criminosa; quais as formas de se cometer de um crime e como é tratada a questão da legítima defesa na internet. Em resumo crime é a conduta humana que lesa ou expõe a perigo um bem jurídico tutelado pela lei penal.
O bem jurídico tutelado pode ser entendido como todo o bem que a lei no protege: a vida, a nossa integridade física, a nossa moral, são exemplos de bens jurídicos tutelados, são bens protegidos; podemos afirmar que nossa vida, dentre outros, é um bem protegido pela lei. Dessa maneira o bem jurídico constitucional tutelado pela respectiva legislação é denominado: privacidade; conforme preconiza o inciso X do artigo 5º da CF/88, que estabelece que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, e lhes assegura o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente dessa violação. Em razão da repercussão do caso da atriz Carolina Dieckmann, que em maio de 2011 teve o seu computador invadido e, seus arquivos pessoais furtados e entre os materiais, além de sofrer uma tentativa de extorsão; haviam fotos íntimas que rapidamente se espalharam pela internet por meio das redes sociais, foi criada a Lei 12.737/2012, denominada de "Lei Carolina Dieckmann"; antes dela as penas eram muito pequenas ou o crime prescrevia ou, se provado (o crime), o sujeito fazia um acordo e prestava serviços para a comunidade.
Em resumo, todo acesso realizado por terceiros, com o auxílio de dispositivo informático e sem autorização da vítima, tendo como objetivo de obter e/ou adulterar e/ou destruir informações afetam de forma direta o direito à privacidade; já que como indivíduo temos a intenção de não sermos o foco da observação de terceiros e não termos nossos assuntos e informações pessoais, bem como características particulares expostas a terceiros ou ao público em geral.
2 Em um caso na qual um motorista da empresa Uber solicita sua integração à plataforma, por conta de ter recusado apenas um passageiro, o juiz de Direito Domicio Whately Pacheco e Silva, da Primeira Vara do Juizado Especial Cível de Vergueiro/SP, julgou procedente ação para obrigar a Uber a reintegrar o motorista que foi excluído da plataforma. O juiz explicou na sentença que, em regra, diante da autonomia privada, ninguém é obrigado a contratar ou a se manter vinculado à determinada relação contratual, mas sempre se impõe a observância da boa-fé (MIGALHAS, 2018). A boa-fé compõe um dos principais princípios do direito. Descreva o que é o princípio da boa-fé. 
FONTE: MIGALHAS. Uber indenizará por tratamento indigno ao excluir motorista do aplicativo. 2018. Disponível em: https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI292228,81042-Uber+indenizara+por+tratamento+indigno+ao+excluir+motorista+do. Acesso em: 3 dez. 2018.
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Resposta Esperada:- Deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;- alterar a verdade dos fatos;- usar do processo para conseguir objetivo ilegal;- opuser resistência injustificada ao andamento do processo;- proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;- provocar incidentes manifestamente infundados;- interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório
Analisando o caso proposto: motorista versus Uber; podemos fazer uma analogia a expressão feita por Aristóteles, que nos diz que o homem é um animal político e como ela se relaciona com o direito. Aristóteles afirma que somente o homem é um “animal político”, o homem é, social e cívico, porque somente ele é dotado de linguagem, já os outros animais, escreve Aristóteles, possuem voz (phone) e com ela exprimem dor e prazer, mas somente o homem possui a palavra (logos) e, com ela, exprime o bom e o mau, o justo e o injusto. Sendo o homem um animal político destinado a viver em sociedade; se faz necessário o uso de regras para possamos viver em harmonia, assim evitando a desordem e o caos. Então o conjunto de princípios, de regras e de instituições destinadas a regular a vida humana em sociedade, denomina-se: Direito; e representa um conjunto, é composto de várias partes organizadas, formando um sistema, tem princípios próprios, como qualquer ciência, ainda que não seja exata, podem ser citados o princípio da boa-fé, razoabilidade, proporcionalidade, entre outros.
A expressão “boa-fé” possui origem latina, em “fides”, que, nos tempos romanos, significava honestidade,confiança, lealdade e sinceridade e sua existência decorre do primado da pessoa humana. Então, Boa-fé é um conceito que denota boa intenção, honestidade, sinceridade ou crença correta, independentemente dos resultados práticos que as ações desse tipo podem produzir, no caso motorista versus Uber, o juiz fez uso do princípio da boa-fé, este princípio prega que nenhuma das partes envolvidas em uma relação jurídica (autor, réu, testemunhas, peritos etc.) irá se aproveitar da falta de informação, falta de conhecimento, falta de instrução, ou de quaisquer outras fragilidades de seu oponente para obter proveito próprio. Assim, as partes devem agir com boa-fé, probidade e lealdade. 
Em contrapartida qualifica-se parte de má-fé aquele que: deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; alterar a verdade dos fatos; usar do processo para conseguir objetivo ilegal; opuser resistência injustificada ao andamento do processo; proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; provocar incidentes manifestamente infundados e interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
O princípio da boa-fé objetiva, a seu turno, vem impor aos contratantes o dever de agir com ética, correção e dignidade, sempre conforme os bons costumes, a honestidade e a lealdade; já o princípio da função social preceitua que os contratos realizam fins sociais, não se restringindo apenas aos contratantes.
Citando novamente Aristóteles. o homem um animal político destinado a viver em sociedade; respeitando e fazendo o uso de regras para viver em harmonia, assim evitando a desordem e o caos.
Para finalizar a avaliação é necessário responder todas as questões.

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