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ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 1 LL II VV RR OO –– RR EE LL AA TT ÓÓ RR II OO A CIDADE DOS SETE PLANA CIDADE DOS SETE PLANA CIDADE DOS SETE PLANA CIDADE DOS SETE PLANEEEETASTASTASTAS PÓLO NOEL ATAN (TODOS OS DIREITOS RESERVADOS) ORDEM DOS FILHOS DA LUZ – e-mail: contatosespaciais @uol.com.br ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 2 PREFÁCIO DA PRIMEIRA EDIÇÃO No transcurso da história, todas as tentativas huma nas, na ânsia de formar uma sociedade organizada para a fel icidade fracas- saram, sufocadas pelo ego fatal. Isto aconteceu por que os códigos foram gravados na argila, nas pedras, no linho, no papiro ... mas não nos corações. A dor, as paixões, os vícios, o ódio, as injustiças e o cri- me têm prejudicado a obra-prima da Criação. Só o po der transforma- dor do AMOR poderá conceder ao Homem a perfeição. O super-homem de Nietzsche ou o Homem-Definitivo de Spencer, seriam piores que o Homem de Neanderthal, se comparados ao homem transf igurado pela compreensão, pelo entendimento, de acordo com o Pla no do AMOR. A luta entre o bem e o mal logo chegará ao seu clím ax, o ho- mem não viverá eternamente debatendo-se contra suas próprias pai- xões. A humanidade está às portas da auto-destruiçã o, mas, não chegará ao aniquilamento; formas além da imaginação trabalham para romper os elos que vinculam os homens aos preconcei tos. Os novos missionários estão trabalhando; usam o Pod er Men- tal. Os primeiros passos na conquista de um admiráv el Mundo Novo estão sendo dados. Pólo sabe destas verdades, porque esteve na Cidade dos Sete Planetas e muito viu e ouviu ... Pólo não é homem da ciência, é um autodidata em bus ca da Paz ... para ele as distâncias já não têm significado . .. Desde a década de 50 os discos voadores estão na or dem do dia. Se é certo que o homem da Terra já partiu rumo à conquista do espaço, não será menos certo que outros seres do es paço mais evo- luídos, estejam visitando o nosso minúsculo planeta ? O autor de “A Cidade dos Sete Planetas” não tem ape nas uma proposta ao espírito investigador, mas o levará a i maginar que e- xiste um Plano Inteligente, que brilha no Universo, demonstrando que ainda há caminhos para a realização de um mundo feliz. Boa viagem, rumo à “Cidade dos Sete Planetas” HUGO PEDRO CARRADORE – 1979 . ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 3 ♦ MESTRE JOCIN ♦ NAS PLATAFORMAS DA CORDILHEIRA DOS ANDES ♦ NA GRUTA VERDE ♦ O PORTAL DE BRONZE espertei... Estirando meus braços doloridos, senti uma friagem que pe- netrava em todas as minhas células. Quando abri os olhos, o que vi foi como se eu estivesse sonhando. Apertei minhas mãos e os pulsos para ver se sentia a circulação. Estava muito cansado. Fiz um esforço e consegui sentar-me. Abri mais os olhos, e como se quisesse transferir para dentro deles aquela visão de um mundo desco- nhecido para mim, comecei a perceber que existia algo mais forte que eu em torno de mim, e deixei levar-me pelos acontecimentos. Consegui ficar de pé e dar alguns passos vacilantes. Estava dentro de uma imensa gruta com várias galerias. A impressão que tive era de que as galerias pareciam construídas pela mão do homem. Atingi uma pequena clareira onde a luz do sol parecia homenagear o magnífico esplendor das cores. Comecei a encaminhar-me para um grande portal. Fiquei meio aparvalhado, admirando sua beleza e quando ia toca-lo, alguém falou atrás de mim: - Ainda bem meu filho... ainda bem que estás de pé ... Voltei-me num relance e dei-me com um velho vestido com uma túnica branca. Sua voz era amiga e suave, e o seu s orriso era re- almente contagiante. Estendeu-me as duas mãos e rep etiu: - Ainda bem... Perguntei como e por que eu estava ali e o que era aquilo. Ele pediu calma e sorrindo explicou-me que eu havia sido encontra- do nas plataformas das Cordilheiras dos Andes, comp letamente esta- fado, como se tivesse feito uma longa viagem por te rra. - Encontrado nos Andes? Por quem? perguntei. - Pelos Seres da Cidade dos Sete Planetas. Olhei mais uma vez para tudo e procurando fazer um esforço de memória, tentei explicar: - Não consigo saber como vim parar nas Cordilheiras . Eu a- penas estava encaminhando-me para uma viagem ao Ama zonas... Era apenas curiosidade... turismo, o senhor entende? - Sim, entendo. D ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 4 - Sempre amei a natureza, mas não sou capaz de ati nar como cheguei até aqui. O senhor pode me dizer o seu nome ? - Jocin... Todos me chamam de Mestre Jocin. - E o que faz o senhor neste mundo desconhecido? - Sirvo aos meus superiores. Comecei a sentir-me à vontade, envolvido pelo sorri so puro do bom velhinho. Arrisquei então a pergunta que est ava me pertur- bando: - Que seres são esses que me trouxeram até aqui? O que é a Cidade dos Sete Planetas? - A única coisa que posso dizer, é que este encont ro entre um terrestre e os Seres de outros Planetas não foi proposital...no entanto, aconteceu. Uma tremenda confusão começou a apossar-se do meu c érebro. Que será que ele queria dizer com aquelas palavras? "no entanto aconteceu".... Cheguei a pensar que ele estava tent ando condicio- nar a minha mente. Comecei a duvidar do que ouvia e via. Mas não era possível. Eu sentia o sangue correr em minhas v eias, não esta- va morto. Cheguei à conclusão de que algo extraordi nário havia a- contecido, se isto foi real, não posso ficar apenas ouvindo falar de seres interplanetários e espaciais. Se existem, eu quero vê- los. Mestre Jocin parecia preocupado com meu silêncio. - Agora posso observar que estão voltando as tuas cores. Eu não estava gostando da tua palidez. Sem prestar atenção ao que ele dizia, já meio impac iente pe- di: - O senhor me permite agradecer aos que me trouxer am para este local? - Antes de tudo, se torna necessária a identificaç ão do teu nome. - Meu nome é Polo. - Polo apenas? - Polo Noel Atan. - É um nome estranho; mas sentimo-nos muito honra dos em ter-te aqui conosco. - E agora o senhor permite que eu vá agradecer pes soalmente a quem me trouxe aqui? ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 5 - Sim, filho. Mas antes gostaria de preparar-te p ara esse encontro. Quando digo preparar-te, refiro me ao rec onhecimento da tua e da nossa verdade. É sempre bom e necessário q ue tenhas abso- luta consciência das tuas intenções, se eram de tur ismo ou com um objetivo científico. Procura dentro de ti a tua ver dade, porque a nossa está diante dos teu olhos. Conhecias o Amazon as?- Bem, meus conhecimentos limitava-se aos livros. Mas sem- pre sonhei com a Amazônia imensa. Nos meus sonhos e la possuía di- mensões tão soberbas e de tamanha grandiosidade cap azes de provo- car desmaios. Os olhos humanos não conseguiam ating ir os limites finais da vastidão deste mar verde. Creio que no gl obo terrestre, é onde existe insondáveis e inexplicáveis mistérios protegidos por um silêncio enigmático... como aquele estranho silê ncio da fêmea à espera do macho. É assim que eu a vejo, porque a Am azônia é mu- lher, razão por que existe o temor em se plantar no seu interior. Não é o receio da selva... do verde mar sem fim. É o medo do que existe dentro dos seus mistérios... é como se houve sse um estranho pavor de profanar um corpo virgem... o seu verde co rpo. Quem a o- lha sem ambições ou desejos, poderá observar ser el a a coisa mais linda do mundo: Poderá sentir a pureza do perfume d o seu corpo on- de desabrocham as mais belas flores silvestres. Iss o tudo deslum- bra o caçador apaixonado... Sim, existem os caçador es que penetram no interior da selva e se arriscam, não pela paixão da caça, mas atraídos pelo deslumbramento que a floresta provoca . Então avançam sempre, não podem parar. É inexplicável, pois super am até a vonta- de de caçar, mas avançam sempre, como se atraídos p or uma paixão incontida, como quem se apossa de um imenso corpo v irgem... todo verde. Alguns se perdem e morrem apaixonados sem co nseguir reali- zar seus desejos. E outros quando retornam, perdem a consciência do que lhes aconteceu, nada sabem do que conseguira m ver, ignoram como entraram e como saíram. Entre nós é comum a fr ase: "AMAZÔNIA, o inferno verde". Creio que deveria ser ao contrári o. Inferno é o que vem de fora perturbar a sua beleza e pura quiet ude. É como se ela fosse a ilimitada glória, justificando e povoan do a Natureza Infinita. Tranqüila, majestosa e serena, o seu mund o é todo seu. Creio que ela assim será até a entrada do novo cicl o. Estava eu extravasando todo o meu entusiasmo, quan do Mestre Jocin me interrompeu: - Pelo que vejo, parece que não estás totalmente r estabele- cido. Tua mente parece lúcida, mas teu corpo perman ece imóvel en- quanto falas. Aguçando meu sexto sentido respondi: - Não ... não, estou perfeitamente bem. Tão bem qu e preten- do acompanha-lo até junto aos meus benfeitores. Notei que não havia muita vontade de sua parte em m e aten- der, pois sua intenção era levar-me junto aos seus Superiores. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 6 - Não, eu não quero isso. Peço que desculpe minha franque- za. Respeito muito todas as religiões, mas no momen to não tenho intenções de me colocar diante de prelados ou homen s santos. Res- peito muito à Ordem a qual o senhor pertence. Agrad eço o carinho com que fui tratado, mas peço, por favor se for pos sível, que me ajude à encontrar quem me trouxe até aqui, para que este enigma fique solucionado e eu possa retornar para o meu mu ndo. Mesmo por- que, tenho a impressão de que este mundo não me per tence, embora saiba que estou aqui , inclusive em corpo físico, e isso não sei como explicar. Mas como todos os efeitos partem de um princípio baseado na Verdade e se estamos participando dessa Verdade cujo fator é incontestável, de eu ser eu mesmo e o senho r ser o senhor mesmo, não tem que existir uma causa por detrás des ses aconteci- mentos que provocaram minha vinda para este local? O senhor não acha que tenho razão? - Sim... sim, mas... Vendo que eu me dirigia para o portal, ele me pediu amavel- mente: - Prometo ir contigo além do Grande Portal de Bron ze. Mas antes te peço apenas alguns momentos. Peço que me a companhes por estas galerias. É necessário que dentro de tua ment e não permaneça a dúvida de teres vindo do teu próprio mundo. Aqui estão registra- das nas paredes das grutas, algumas passagens daque les que foram grandes no teu mundo. Caminhamos por imensas galeri as que se mul- tiplicavam, bifurcando-se entre cristais e rochas coloridas e muitas clareiras iluminadas, cenários maravilhosos num deslumbra- mento de cores as mais variadas possíveis, desde o verde mais cla- ro até o amarelo canário do chão atapetado de flores. - Vamos entrar nesta gruta chamada pela Fraternida de Branca de Gruta Verde. É bom que saibas, talvez possas est ar imaginando que estamos entrando dentro de um mundo diferente, ou, para ser mais claro, nos Mundos Subterrâneos. - É o que está me parecendo... - Não, não Polo. Aqui tudo foi produzido pela pró pria Na- tureza. Foi ela quem arquitetou esta maravilha. Vej a aqui mais a- diante, este salão possui a forma cúbica, em tudo e le é diferente das várias galerias que lhe dão acesso. Aqui no gra nde salão, é bem possível que o homem tenha procurado melhorar o ambiente e até mesmo procurando facilitar alguns caminhos das gale rias. Realmente achei que o percurso dentro da galeria (u ns duzen- tos metros ) era bem nivelado. - Peço que observes bem as decorações nas pedras d as pare- des laterais. Talvez me julgues um ancião, que em c onseqüência da idade muito avançada não saiba se expressar correta mente. Mas o ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 7 que posso te afirmar é que além desta, existem muit as outras sa- las, todas elas repletas de arabescos, escritas com linguagens e- nigmáticas, transmitindo mensagens de povos que já passaram há sé- culos ou milênios. Vê? Aqui por exemplo, estão os f enícios. Para nós da Fraternidade, não há dificuldade em decifrar palavras que parecem impossíveis de serem traduzidas. Eis a mensagem: "A paz só pode ser paz quando lutamos e guerreamos. Quem não luta não tem paz. A permanência da união do povo depende dos gra ndes combates para a conquista do melhor. Um ato de bravura conqu ista a paz". Assinado por um guerreiro fenício chamado Andios. E ntendeste o significado, o estado de espírito do homem? Observa as gravações nas pedras. Nunca nós utilizamos esta sala, a não s er para respei- tar a presença dos que por aqui passaram. Suas pala vras e seus símbolos nos dizem das suas presenças aqui. Aqui e stá a presença da grande cidade de Nínive e muitas outras, cujos n omes se perde- ram, ficaram apagadas na memória do tempo. Mas vamo s sair deste local que nos traz um passado que nunca deveria ser revivido. Todo passado possui um aspecto de retorno, de retrocesso . Vamos para o presente e para o futuro que nos espera. Confesso que gostei das últimas palavras do velho, saímos daquele local que não me causou boa impressão. Ache i estúpidas as frases, eu que para mim, classifiquei de autoria de bárbaros. Ca- minhando lentamente, eu silencioso, o segui, chegan do mesmo a du- vidar de que ele me acompanharia através do portal. Creio que foi minha curiosidade, minha ansiedade, que me perturbo u ao observar os lentos passos do Velho Jocin, fazendo com que eu julgasse estar ele procurando retardar nossa chegada. Mas para meu espanto, foi exatamente para lá que ele se dirigiu. Paramos por alguns momentos diante do magnífico portal de bronze e ouvi como se fosse uma me- lodia, as três pancadas... Era como se eu estivesse aprendendo al- guma coisa. A expectativa dava-se uma instintiva se nsação de estar havendo uma mudança para melhor. Eu não era eu mesm o, debatia-se dentro de mim o ser humano que precisava saber de o nde veio e por que estava ali. Sentia que a resposta estava por tr ás do Portal. Fiquei bem junto do velhinhoaguardando a resposta às suas bati- das, quando ele me falou: - Agora vais conhecer a Cidade dos Sete Planetas. ❊❊❊❊❊❊❊❊❊❊❊❊ ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 8 ♦ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ♦ O PÁTIO DE SETE CORES ♦ OS GRAUS nquanto aguardávamos, pude observar a maravilha que era aquele portal: Enorme, de bronze, todo trabalhado e m alto relevo, uma autêntica obra de arte. – Na realidade, todo este trabalho de decoração fo i feito pelos homens dos outros planetas. Os interplanetári os usam o pro- cesso do entalhe, mas eles possuem uma técnica mai s avançada que a nossa, e o trabalho é feito com revólveres de jat o, obedecendo decorações determinadas. As cores são reguladas pel os próprios ja- tos. Para nós terrestres é uma jóia, uma obra-prima . Qual tua opi- nião, Polo? ...Perguntou Jocin. Embora concordasse plenamente com ele, não tive tem po de responder. Percebemos que o Portal rangeu sonoramen te e começou a se abrir para nós. Gostei da sua sonoridade. Era co mo se estivés- semos recebendo uma advertência para que respeitáss emos o novo am- biente. A mudança foi paradoxal. A largura da entra da era de dois metros mais ou menos. O solo era todo revestido de um piso de ma- terial completamente desconhecido para mim. Caminha mos por um cor- redor de uns cinco metros. Estranhei o revestimento das paredes. Era idêntico ao piso, igual a um celulóide opaco e colorido, mas excessivamente rígido. Atingimos uma passagem, ou melhor dizendo, um arco amplo que dava para um pátio, cujas dimensões eram de uns cem metros. Quem há poucos momentos estava no meio da selva amazônic a e de repente se vê dentro de um mundo completamente diferente, s ofre o inespe- rado impacto que só as surpresas fantásticas nos of erecem. Nossos passos vacilam, nossos olhos não crêem no que estão vendo. Mestre Jocin põe sua mão sobre meu ombro convidando-me a a vançar. Ali tudo é perfeito e magnífico. O solo do grande p átio re- vestido com aquele mesmo material desconhecido, pos sui sete faixas coloridas: a primeira é um rosa alaranjado, a segu nda vermelho claro, quase maravilha, a terceira é amarelo-sol, n um tom bem cla- ro, a quarta é doirada, da cor do ouro intenso, a q uinta é um ver- de claro amarelado, a sexta é azul celeste, bem cla ra, e a sétima é um azul intenso e profundo como o próprio infinit o. Para comple- tar a minha surpresa, tive a sensação de que as fai xas tinham vi- da. Suas cores, suas vibrações ou então o material do revestimento pareciam possuir ou condensar alguma energia magnét ica. No pátio não existe nada além das sete faixas coloridas, pro porcionando-nos um estranho bem estar como a nos dizer silenciosame nte: "SETE PLA- NETAS". E ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 9 Mestre Jocin quebrou o silêncio me esclarecendo: – Vou bater naquela porta para que possas conhecer as Sete Entidades. Um... dois... e três... vê bem o que vai acontecer... agora é o mundo dentro da Quarta Dimensão. Note que não há mais obstáculos... Tudo o que impedia a nossa passagem v ai desaparecen- do, vai se desfazendo como se fosse uma vela que se queima muito rápido. Não estamos mais onde estávamos, o local ag ora é completa- mente diferente. Assemelha-se a um salão em círculo , numa área de uns cinqüenta metros. É um mundo eletrônico... um m undo eletromag- nético. Deixemos esta maravilha para nos dirigir às Sete Entidades que também se dirigem à nós. Foi então que pela primeira vez eu os vi. Todos el es vesti- dos com roupas coladas à pele, uma espécie de macac ão espacial. O primeiro deles dirigiu-se a nós. Parecia que de seu próprio corpo emanava uma claridade suave. Era bem claro, com um metro e noven- ta, mais ou menos. Seu porte era atlético, olhos az uis e cabelos castanhos claros. Cumprimentou-nos cruzando as mãos sobre o peito e reclinando-se com respeito disse: O PLANETA JÚPITER saúda o PAE e a FRATERNIDADE. Saúda os Seres deste Planeta Terra. Reclinando-se respeitosamente e sem nos dar as cost as, afas- tou-se com as mãos cruzadas sobre o peito. O segund o que se apre- sentou tinha mais ou menos um metro e oitenta e cin co de altura. Forte, cabelos e olhos claros, a pele parecia rosad a. Os mesmos gestos, sempre com muito respeito, se pronunciou: O PLANETA MERCÚRIO, por vosso intermédio, saúda todos os ho- mens da face terrestre e por intermédio do Mestre J ocin saúda a GRANDE FRATERNIDADE BRANCA, que unida a nós, propor cionou-nos não só seu precioso apoio Espiritual, como também mater ial. Afastou-se respeitosamente, sempre nos dando a fren te. O terceiro que se aproximou devia pesar uns sessenta e nove quilos, com um metro e setenta e cinco de altura mais ou me nos. A cor da sua pele era morena clara e seus olhos eram verdes. Inclinou-se respeitosamente, com as mãos sobre o peito, se pron unciou: PLASMAN traz a Paz para o Planeta Terra e em Paz retornará . Que a Paz esteja com o homem da Terra e com o MESTR E da FRATERNI- DADE. Afastou-se para dar lugar à mais um Ser Interplanet ário. Mais ou menos com setenta e cinco quilos, e um metr o e oitenta e cinco de altura. Muito forte, resplandecendo energi a, cabelos rui- vos, olhos azuis e gestos também iguais aos outros, também se pronunciou. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 10 - O PLANETA ZELFOS saúda o MESTRE que representa a FRATERNI- DADE BRANCA da face terrestre. ZELFOS vem trazer a luz aos Seres desta face terrestre, procurando edificar o seu ca minho iluminado dentro dos roteiros do Amor. ZELFOS se retirou para dar lugar a mais um Ser Inte rplanetá- rio, de uns oitenta quilos e um metro e noventa de altura. Alto, forte, muito sadio , pele rosada clara, olhos claro s e cabelos também claros. Reclinando-se, pronunciou: - MARTE saúda a Terra. Saúda a FRATERNIDADE BRANCA e todas as entidades DIVINAS vindas à Terra. Traduzimos Paz , tranqüilidade e desejamos expandi-las por toda a face da Terra. A outra Entidade tinha uns setenta quilos, um metro e seten- ta e cinco de altura, moreno claro, cabelos castanh os escuros, mãos sobre o peito, reclinando-se disse: – O PLANETA URANO saúda a Terra, agradecendo sempre a bonda- de da FRATERNIDADE. Também queremos nos expressar n o sentido de traduzir tranqüilidade e amor. Viemos em PAZ e em P AZ retornaremos à URANO, que está dentro da vibração da FRATERNIDAD E, formulando o nosso profundo respeito à MESTRE JOCIN. Com as mãos sobre o peito afastou-se sem nos dar as costas. O Sétimo Ser se apresentou, tinha uns setenta e cin co qui- los, um metro e oitenta e cinco de altura. Sua posi ção é diferente da dos outros Seres; os braços ao longo do corpo, m ãos unidas às coxas. Muito forte e resplandecente, rosado, cabelo s claros e re- voltos. Olhos também claros. Inclinou-se com respei to e pronun- ciou: O PLANETA GARION saúda as ENTIDADES deste Planeta Terra. Cumprimenta todos os seres deste PLANO e todas as C ONFRARIAS reu- nidas, todas elas, dos Planos e subplanos, internas e externas. GARION saúda toda a FRATERNIDADE na pessoa do MESTR E JOCIN, que vela pelo ninho dos Sete Planetas, onde vibram sete corações que comandam seus mundos dentrode um outro mundo que é o Planeta Ter- ra. GARION vem da Luz para dar Luz nas trevas deste planeta. É dentro da Luz que voltará. Uniu suas mãos em prece e em seguida elevou seus b raços para o alto, reclinou-se respeitosamente e afastou-se de costas. Agora vejo os sete perfilados diante de mim que se pronun ciam numa só voz: – Aqui estamos. Vamos nos expressar diante do mundo ou va- mos deixar que ele se expresse diante de nós? O Planeta ZELFOS se adianta e começa a falar: Estais aqui como prometestes, FRATERNIDADE. Sim... tocastes dentro do vosso mundo, para que nós pudéssemos dar vida dentro das ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 11 nossas próprias vidas. Na realidade vivemos e não v ivemos dentro deste Planeta Terra. Isto porque todos ignoram a no ssa existência. O nosso grande anseio é ser útil aos terrestres. Qu eremos estar dentro da sua dimensão, mesmo que a nossa já seja a Quarta. É mais fácil passar da Quarta para a Terceira do que da Te rceira para a Quarta. O Homem do Planeta Terra, se ainda não é Ho mem Quaterná- rio, é porque se esqueceu que desde os princípios d a sua própria civilização, sempre existiram margens para as pesqu isas no sentido de o Homem evoluir infinitamente na ciência da sua sabedoria. Em seguida manifestou-se MERCÚRIO: O objetivo do nosso Planeta é dar à vocês, o máxim o de ex- pansão a todo o nosso conhecimento que vem de muito s séculos. Po- deríamos até afirmar baseado na contagem dos vossos anos, em um avanço de um milhão a um milhão e meio de anos de e volução. Isso não quer dizer que tenhamos atingido o máximo. Não temos a preten- são de ter computado todos os espaços ou pesquisado todo o Cosmos. Estamos ainda vendo, ouvindo e aprendendo. Mas não podemos negar o fato de termos alicerçado bons conhecimentos vindos da renascença. Para tudo e para todos, existe sempre o grande mome nto e o vosso momento chegou, Planeta Terra, no entanto é necessá rio que de vos- sa parte, não sejamos vistos com o agravante sensac ionalismo da curiosidade, nem como motivo de pesquisas ainda bas eadas na dúvi- da. É preciso reconhecer de uma vez por todas, em c aráter defini- tivo, sem infantilidade de vossa parte, pois que so mos Seres idên- ticos aos Seres Humanos. Não há mais nada que desco brir, mas sim que aprender. Aprender muito. E isso requer a colab oração máxima de todos. MERCÚRIO deu lugar a MARTE, que assim se manifestou: MARTE permanece dentro da dimensão e dentro do SOL. Está a- qui na Terra não para alimentar o mito terrestre de ser o planeta da guerra. Os homens deste Planeta têm todas as pos sibilidades de evolução dentro deste mesmo sistema, sem necessidad e de sair dele. O sistema a que estamos nos referindo, engloba não só a Terra den- tro do seu aspecto físico, como também a sua respec tiva órbita. Estamos perfeitamente adaptados as vibrações dos te rrestres. O verdadeiro nome do nosso Planeta é Étrio, e nós som os os Etrianos que aqui estamos pacificamente para servir a esta H umanidade ter- restre que tanto sofre. Nossa presença e a dos dema is Planetas são necessárias, a fim de processar evolução Planetária , tanto no que se refere ao concreto deste globo, como também ao E spiritual de todos os seres vivos, conseqüentes do próprio globo . Nosso princi- pal objetivo é o desenvolvimento do Homem. Não só n o físico, como no Espírito. Assim sendo, não justifica a falsa idé ia que fazem de nós, como sendo marcianos guerreiros. Não temos qua lquer intenção de nos apresentar como objetos de curiosidade sensa cionalista, mas sim como somos, como Humanos... como nossos irmãos Terrestres, Se- res Irmãos e Amigos, que vêm visitar esta Terra tão necessitada de ajuda. Amamos, sentimos e sofremos convosco. Se som os Seres Huma- nos, não há razão para sermos objetos de uma imensa e perigosa cu- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 12 riosidade. Tem que partir de todas as Mentes deste Planeta Terra, a intenção pacífica quanto ao acolhimento dos Seres Interplanetá- rios, sem dúvidas e análises, mas apenas como Seres Humanos. Nosso objetivo é provocar a expansão da nossa técnica ent re os terres- tres. Existem múltiplas maneiras e sistemas técnico s e politécni- cos, inclusive as antria-tri-técnicas. Mas todas el as estão numa só, dependendo da maneira de como transmiti-las. co m seus respec- tivos valores exatos. ÉTRIO está dentro deste Planeta Terra para amar e ajudar à todos, principalmente os que já pos suem a capaci- dade de vibração dentro da Quarta Dimensão. E gosta ríamos que to- dos acreditassem que todos nós, os “Sete Planetas”, estamos saindo da Quarta para a Terceira Dimensão, todos com um ún ico objetivo, elevar o Planeta Terra para a Quarta DIMENSÃO. Outro interplanetário que se apresentou, assim se expressou: - Agora fala URANO. Estamos atravessando um sistema que para os terrestres parece ser pura imaginação. Atravess amos as fron- teiras e divisas que nos separam deste vosso Planet a. Mas, na rea- lidade, estamos dentro do Planeta dos terrestres. T alvez os que venham a ouvir ou ler estas minhas palavras, venham a duvidar. Mas posso afirmar que URANO já está dentro deste vosso Planeta há mais de mil anos. E mais do que isso: nunca estivemos só s, mas sempre dentro de uma equipe de Sete. Se estamos aqui repe tindo o mesmo objetivo de todos nós, é para dar conhecimento aos terrestres da- quilo que somos e porque assim somos. Não nos empol ga qualquer sentimento de vaidade. Não temos pretensões de ser espécies raras e apenas nos orgulhamos de ser Seres Humanos como o Homem terres- tre, razão porque aqui estou eu, falando-vos na mes ma linguagem. No meu linguajar não existem conflitos para as trad uções de lín- guas ou dialetos. Não existem desentendimentos da n ossa língua com qualquer das línguas terrenas. Porque a nossa é sem pre idêntica a vossa, é sempre igual, sem distinções, pelo simples fato de estar- mos falando com nossas Mentes e para as Mentes não há necessidade de línguas. Este é um rápido esclarecimento que URANO vos quis dar, para vos incentivar no vosso apoio relacionado com vossas Mentes. Mas, vai depender mais da vossa aceitação p ara que todos, não apenas um ou alguns, sejam ligados com a Unidad e dos Sete Pla- netas e com as técnicas que irão absorver o que é n ecessário a es- te Planeta Terra. E só será possível quando todos s ouberem usar a Mente. Em seguida outro interplanetário assim se manifesto u: – PLASMAN pede a palavra. Viemos de um Planeta subdesenvol- vido (isto em relação aos outros Planetas), motivo por que procu- ramos eliminar da nossa consciência, qualquer hipót ese relativa a estabelecer julgamentos quanto ao plano de evolução dos nossos Ir- mãos Terrestres. Nosso desejo é evitar convosco o m esmo que acon- teceu conosco sobre nossa evolução. Fazemos votos q ue nossa expe- riência vos possa ser útil. Fizemos destas Cordilhe iras um Mundo Planetário, um mundo que para vós talvez seja um sonho. Mas, me smo que para vós assim seja, nada disso pode alterar os fatos, pois ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 13 não podemos negar a realidade das coisas que surgem dentro do vos- so mundo. Não deveis permanecer dentro da increduli dade ao tomar conhecimentodas nossas palavras, porque a incredul idade é apenas vossa, ela pertence exclusivamente a vós. Quanto a nós, aqui esta- mos na missão denominada "Missão da Ordem e do Deve r". É a cons- trução de um único objetivo: EDIFICAR. E é organiza da e equipada por Sete Planetas sem qualquer distinção. Aqui não tem sentido as palavras "mais" ou "menos". Eu sou Eu unido ao meu próprio Eu, porque todos só têm uma maneira de pensar; a minha. Existe aqui um apelo à este Planeta Terra: Homens sensatos, Hom ens que perma- necem dentro da evolução científica, absorvidos pel a sabedoria mais profunda, crescendo e se desenvolvendo no apro fundamento dos estudos da matéria viva que transcende a luz... rai os vibrantes da própria energia cosmológica! Colocais dentro das v ossas consciên- cias que sois Seres Cósmicos... sois Seres não da T erra, mas do Espaço. Peço que eviteis a confusão! Isso não quer dizer que a Terra não esteja girando no Espaço. Mas a questão é termos consci- ência daquilo que somos; Seres Interplanetários... Seres Cósmicos. Se estamos aqui e saímos da Quarta Dimensão para a Terceira, não viemos sem um objetivo. Estamos dentro dele e vamos obedecer à Or- dem, que é a nossa vontade de ir para frente, conju gada com a vos- sa vontade de vir ao nosso encontro. Por exemplo, e xistem duas vontades: a positiva que é a nossa, e a negativa qu e é a vossa. O que precisamos fazer? É exemplificar os fatos e tra nsforma-los em luz diante da causa; porque se a causa é minha, ela é muito mais vossa. Eis ai o grande motivo para se estabelecer o plano de am- pliação na matéria orgânica, a fim de reativar em e lipses positi- vas, tudo o que esteja em negativo. Vamos ascender a matéria de- crescente. Viemos dar vida dentro das vidas. No meu Planeta isso é denominado de "O Sopro de Deus". A Entidade de GARION assim se manifestou: - GARION está dentro da mais intensa energia envolto pelas gamas eletrificadas, originadas do potencial energé tico dos TRÊS SOIS unidos numa só chama. GARION vos pode dar a Sa bedoria por que tanto ansiais; o conhecimento da ciência das molécu las-vivas que transcendem luz. Este conhecimento é permitido ao H omem, que pela sua capacidade consegue habitar tanto na Terra como no Espaço. Pa- ra os Terrestres o referido conhecimento é consider ado como sendo a ciência mais oculta já conhecida em todo o Univer so. Mas vós meus Irmãos, sois Seres Humanos e não deveis ignora r a grande ne- cessidade de vos conhecerdes e de cada um ter consc iência da Sua Vontade e de Sua Capacidade. Todos são capacitados a se elevarem dentro de um espírito construtivo. Todo Ser Humano desde o momento do seu nascimento, vem com todas as possibilidades de estabelecer a ligação com a Sabedoria Eterna. Acontece que com o passar dos anos, estas possibilidades diminuem, correndo inclu sive o risco de se apagar totalmente, em conseqüência da excessiva preocupação hu- mana de se adaptar em seu meio ambiente, esquecendo -se do seu Eu Autêntico e perdendo a consciência do seu compromis so e do seu de- ver que veio cumprir. Mas estamos aqui, Sete Planet as unidos, Sete Pensamentos, Sete Vontades e Sete Forças, todos int egrados dentro ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 14 de um único plano. É em nome destas Sete Unidades q ue eu, repre- sentando GARION, vos afirmo com a mais absoluta pureza harmonizada pela grande luz da Verdade: aqui estamos terrestres ... estamos vos aguardando, aguardando vossa vinda ao nosso encontr o. Eu vos per- gunto: será que vireis até nós ou teremos que ir at é vós? É isso que vos peço encarecidamente; procurai evitar a nos sa ida ao vosso encontro. É bem preferível, bem melhor que vos adap teis vindo até nós. Como GARION é Energia e tem ascensão dos TRÊS SOIS, estou sustendo esta Força neste Plano Terra. Se a minha v oz não for ou- vida, pois é a Voz de Sete Entidades seremos obri gados, movidos por uma força maior que a nossa, a transpor os voss os mundos, os mundos onde habitais. Mas isso será em caso de últi ma necessidade. Nestas nossas palavras daremos um prazo determinado . Não estamos e nem temos intenções de subestimar os Homens da Terr a. Viemos para ajudar na evolução científica, para um maior impuls o na evolução deste Planeta. Não estamos aqui tentando modificar vosso ritmo de vida, mas não podemos vos negar conhecimentos daquilo que não ten- des: "a Sabedoria que já está dentro deste Planeta Terra". Viemos, vimos e ouvimos o que os cientistas fizeram neste P laneta. Conse- guiram fazer armas mortíferas, capazes de esmagar e desintegrar o próprio globo. É certo que o homem estude a ciência para a destru- ição? É certo que o homem dizime populações inteira s, contrariando seus desígnios, negando tudo de bom conquistado até o dia de hoje? É como se ele estivesse repudiando a própria Sabedo ria, aplicando- a retroativamente sobre a sua própria extinção. Gos taríamos que todos pudessem tomar conhecimento da Sabedoria mais oculta das E- nergias, dos sólidos e de tudo que se concretiza qu ando passam pe- lo espaço. A Lei é a Ordem e a Ordem é a Lei, que no seu total, é uma fórmula ou uma razão para nos adaptarmos perfei tamente aos li- mites máximos da compreensão e do entendimento, abs orvendo sabedo- ria. Se a Sabedoria existe, movendo tudo dentro de suas energias que transcendem luz, por que o Homem busca a destru ição? Se está em vossas mãos o Conhecimento Interno... a Vida Ete rna, por que a dúvida? Lembrai-vos que estamos a vossa espera no P lano do Mental. Quando a Mente de cada Ser Humano transcender para este Plano, ela estará penetrando na Quarta Dimensão. A Quarta Dime nsão se verifi- ca quando o Homem desliga-se do seu corpo, perfeita mente conscien- te de que todo o corpo é vida e que como vida, perm anece vibrando em energia incandescente. O próprio corpo será a c ombustão cons- ciente da sua elevação para a Quarta Dimensão, onde se eleva a ma- terialização da forma viva. É onde o Espírito fala e a Matéria o- bedece. O Homem nesse estado, tendo consciência de que pode trans- cender da Terceira para a Quarta Dimensão, atinge a capacidade de viver dentro do Espaço. Assim encerro minhas palavr as aos terres- tres. Estas foram apenas nossas saudações e palavra s iniciais, pois é chegado o momento do Ser da Terra conhecer a Cidade dos Se- te Planetas, após o que voltaremos com nossos escla recimentos fi- nais. Com o MESTRE da FRATERNIDADE, vamos permitir a vossa passa- gem para o que, para vós, é um mundo desconhecido, pedindo-vos e permitindo-vos, que através das vossas palavras, o vosso mundo possa ter conhecimento de tudo que vos for permitid o ver, ouvir e sentir. Ireis conhecer uma cidade que nos foi oferecida pel a GRAN- DE FRATERNIDADE BRANCA. É aqui o nosso pouso quando chegamos dos ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 15 nossos Planetas. Existem vários aspectos de espaçon aves, talvez uma não se identifique com a outra, mas em conhecim ento são todas iguais. Agora que vos foi dada a permissão para pas sar, vou dar- vos a descrição da passagem de um plano para o outr o, é o Ser go- vernando a matéria. Isto quer dizer que o Homem pod e ir além, mui- to além do seu próprio conhecimento. É a entrosagem do Princípio ao Fim, que na realidade é o início de todas as cau sas. Quando se está dentro desta consciência, todos os elementos c oncretos se en- volvem em uma só matéria e se condensam, se for est a a Nossa Von- tade. Se assim for, todo o concreto celular vivo e incandescente cria uma passageminterplanetária. Tudo é uma quest ão da Vontade do Ser. O Ser da Fraternidade está na Quarta Dimens ão e vai para a Terceira, porque é esta a Nossa Vontade. A Quarta D imensão é só um estado, é uma amplidão onde deixam de existir os ân gulos e as for- mas absolutas. Existe a Vontade que renasce e nasce . Ao MESTRE da FRATERNIDADE, todos nós que representamos os Sete P lanetas, nos curvamos, deixando que vossos corações falem por vó s. Ao terrestre POLO, esperamos seu retorno diante de todos nós apó s a sua visita à cidade. As minhas palavras são as palavras de GARION. .............................................................................................................................. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 16 ♦ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ♦ O OBELISCO ♦ O GRANDE LABORATÓRIO ♦ OS INTERPLANETÁRIOS estre Jocin e eu retornamos pelo mesmo caminho. Con - tinuamos a caminhar como se estivéssemos contornand o a cidade em sua periferia. Eu caminhava feito um autômato, sentindo uma estranha emoção. Como se em meu corpo, todas as minhas células vibrassem com el etricidade mag- nética. Olhei para o velho Mestre e perguntei: – Estamos dentro da Ordem? – Sim... sim... não há qualquer problema. Mas vam os adiante para entrar naquela gruta. No interior da gruta fiquei impressionado pela sua grandiosi- dade. Notava-se perfeitamente que os homens haviam respeitado as formas realizadas pela própria Natureza. Formas mag níficas, seme- lhantes aos nossos mais ricos candelabros de crista is, só que em tamanho e número mil vezes maiores. Estavam ali cri stalizados há milhões de anos. A gruta possuía três passagens. Na escadaria que estávamos, notava-se que os degraus estavam muito g astos. Atingi- mos o último degrau. – Voltaremos aqui, Mestre Jocin? – Sim, esta é uma das principais passagens. Ao chegarmos à parte externa da gruta., atingimos u ma grande plataforma, cujas pedras lisas do solo pareciam asf alto ou concre- to, como se toda a extensão tivesse sido construída pelo homem. O velho Mestre Jocin chama a minha atenção e diz. – Antes que olhes para a tua direita, fecha bem os teus o- lhos, a fim de evitar o choque da mudança de ambien te. Abre-os bem devagar e dá dois passos a frente. É humanamente impossível uma descrição. Apenas o qu e posso dizer é que os meus olhos deslumbrados, estão vendo como se fosse num daqueles maravilhosos cenários de sonho, uma ci dade de cúpulas douradas. Sim, estou dentro da cidade tão sonhada.. . a cidade en- cantada que foi tão almejada por tantos e tantos te rrestres. Até o próprio ar parece ser fluídico, e aqui onde estou, o silêncio é uma cortina de exóticos mistérios. Eu mesmo cheguei a imaginar a irrealidade do que estava vendo. Assustei-me quando vi a mão do M ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 17 velho Mestre Jocin pousar no meu ombro. Ele sorrind o me advertiu: – Se ficares assim deslumbrado, estatelado, não po deremos caminhar até ela. Vamos, Polo, vamos caminhar. Minha estupefação era tamanha, que não notei que já estávamos dentro da cidade. A princípio pensei que fosse ilus ão, mas final- mente reconheci que o chão onde pisávamos era todo decorado, cin- zelado com ouro... Meus passos eram vacilantes, min ha consciência muito confusa. - Estamos dentro da Cidade dos Sete Planetas..., é uma verda- deira cidade incrustada no interior das Cordilheira s. Tão grande que, para conhece-la na íntegra, seriam necessários vários dias de caminhada. E interessante seria se assim fosse, por que aqui, tudo tem de ser visto e analisado minuciosamente, já que a maioria dos detalhes são curiosidades nunca vistas pelo Homem d a Terra. Nossa caminhada continuava e eu me sentia como se e stivésse- mos dentro de um paraíso encantado. Para mim, aquil o era uma rua cheia de residências de paredes transparentes e col oridas, as a- berturas para as portas eram semelhantes a nichos e com todos os tetos em forma de cúpulas douradas. Como que solici tando que me apressasse um pouco mais, Mestre Jocin tomou-me a d ianteira dizen- do: – Parece que ainda não acordastes, filho? Isto aqu i não é sonho, o que vês é real como qualquer local, tão co ncreto como as cidades do nosso Planeta. A única diferença é que e sta é uma cida- de dos Sete Planetas. E por esse motivo é uma cidad e de Sete Mun- dos, razão porque tem de ser diferente do mundo em que viveis... Eu permanecia como que estatelado, não prestando m uita aten- ção ao que ele me dizia. Parado diante de uma pared e, passei por sobre ela minhas mãos. Era completamente diferente de tudo o que eu conhecia. Observei minha imagem refletida e tive a impressão de despertar do meu deslumbramento. Comecei a fazer pe rguntas ao ve- lho. Ele então pediu-me que caminhássemos, que dura nte o percurso iria esclarecendo-me da melhor maneira possível. – Quanto aos componentes químicos do material dess as pare- des, disse-me ele, serão dados lá no grande laborat ório de energi- as orgânicas nucleares. O material é realmente supe r-rígido. Os tetos, todos eles, são em formas de cúpulas chapead as de ouro... Há uma estranha ironia quando pronunciamos a palavr a "ouro"... quando vemos inúmeros tetos de ouro... Quando neste solo pisamos em ouro, somos forçados a perguntar de onde surgiu tanto ouro den- tro de uma cidade tão rica e a humanidade do plano terrestre tão pobre? Houve um silêncio e a pergunta ficou sem resposta. Ele me pe- de que preste atenção aos enormes tetos centrais. O bservo então que se assemelham a cúpulas duplas. Ele me esclarec eu que são ape- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 18 nas sete e que, no centro estão localizadas todas a s residências das Entidades. Todas elas possuem duas cúpulas. Com eçamos a descer uma ladeira, mas estranhei que até no momento não t ivéssemos en- contrado ninguém. Ele pareceu adivinhar meu pensame nto e respon- deu: – Nas tuas cidades, quando são dezoito horas todos se reco- lhem, mas aqui acontece o contrário: é nessa hora q ue todos come- çam suas atividades. Vamos andar um pouco mais rápi do para que possamos encontrar abertos os portões do grande rea tor. Aproximamo-nos de um imenso prédio, idêntico aos da s nossas grandes indústrias. No centro do pátio, entre as gi gantescas cúpu- las havia uma torre, mais semelhante a um longo obe lisco e lá no alto, estava suspenso um disco dourado, girando de acordo com a luz solar que sobre ele se refletia. Parei meio des lumbrado diante daquilo, que para mim, se assemelhava a um imenso m onumento. Senti o toque leve da mão do velho pedindo-me para caminh ar. Minha mente voltou a ficar meio confusa. Conseqüência da estran ha sensação do inesperado. Senti que iria penetrar num mundo difer ente... que iria ver coisas diferentes que jamais teria capacid ade de esclare- cer totalmente. Minha indecisão perturbou meus pass os, e o bom ve- lho me convenceu da necessidade de ser acolhido pel as Entidades , já que eu havia atingido aquele local. Entramos num a passagem que se abriu inexplicavelmente à nossa frente. Ele pôs a mão em algum lugar e fui apanhado de surp resa,pois o chão começou a descer rapidamente. Demos uns pass os e outra pas- sagem abriu-se para nós. O velho procurou me esclar ecer que tudo se movimentava de acordo com a sintonia da nossa vi bração corpó- rea. Estávamos agora, caminhando por um corredor es curo que nos levou até uma sala toda iluminada. Não sei de onde vinha a luz. O velho continuou falando e eu não ouvia o que ele di zia. Apenas vi que ele apanhou duas vestimentas de um tecido que m e pareceu sin- tético. Enquanto ele a vestiu sobre sua própria ves timenta, pediu- me que eu fizesse o mesmo. Eu continuava confuso, q uerendo saber a origem daquela luz.. – Calma , respondeu ele, vamos antes conhecer o grande labo- ratório . Avançamos por um corredor, que para mim se assemelh ava muito a um túnel de aço. Passei a mão pela parede e certi fiquei que a- quilo não poderia ser metal. Perdi o interesse pelo material quan- do percebi que alguém se dirigia à nós, ou melhor e ram três pesso- as, todas elas vestidas com roupas espaciais. Parec iam macacões, de uma tonalidade bem clara, só que pareciam colada s ao corpo. E- les se dirigiram ao velho Jocin e ficaram parados d iante dele, o- lhando-o fixamente. Mestre Jocin quebrou o silêncio , pedindo: – Peço que usemos as palavras e não o Mental. Aqui estou pa- ra que possais travar conhecimento com o ser que ve io do Planeta Terra. Sorrindo eles se curvaram cruzando as mãos sobre o peito e se pronunciaram numa só voz. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 19 – Bem-vinda seja vossa presença nesta cidade dos S ete Plane- tas. Esperamos que saiba apreciá-la. É um mundo de sete estados dentro de um só mundo. Ela é nossa e é vossa. Bem-v indo seja o Ho- mem da Terra. Curvando-se, eles se dirigiram ao Mestre Jocin, diz endo: – Mais uma vez vos pedimos licença para nos retira r. Vamos anunciá-los ao Portal, neste momento. Começamos a caminhar dentro daquele túnel, que agor a se alar- gava a medida que avançávamos. Os corredores eram e scuros, mas se iluminavam a nossa passagem. Arrisquei uma pergunta ao bom Mestre: – Não estou entendendo bem o estado em que nos enc ontramos. Estamos na Terceira ou na Quarta Dimensão? Ele procurou me esclarecer rapidamente que, “a Cidade está na Terceira Dimensão, recebendo os da Quarta Dimens ão .” Isso por- que o Planeta Terra tem condições para tal. Não ent endi muito bem, mas minha atenção foi despertada por um painel incr ustado numa das paredes. Não era muito grande. Menor mesmo que o te clado de uma das nossas máquinas de calcular. Enquanto manipulav a o teclado, um deles foi nos dizendo: – Ireis agora presenciar uma das maravilhas de um dos Sete Planetas. Foi quando surgiu diante de nós abrindo-se como se fosse uma tela panorâmica, um imenso visor. Era um outro mund o sendo mostra- do no grande visor. Mestre Jocin explicou que aquel a era uma das maneiras de se comunicarem, ou então, observarem o local onde se achavam. Primeiro verificaram a exatidão do local. Quando se apa- gou a tela panorâmica, surgiu um grande portão com um Ser Espacial diante dele, como se fosse um guarda especial. Perc ebi vozes pe- dindo: – Dê-nos passagem livre para as galerias do Labora tório. Percebi que nesse momento o Ser Espacial que manipu lava o te- clado, tirou os dedos do mesmo. Foi quando tudo vol tou ao normal. Os seres interplanetários fizeram um sinal ao Mestr e para que rei- niciássemos nossa caminhada. Foi breve. Agora estáv amos descendo uma ampla escadaria. O lugar também era escuro, ilu minando-se a medida que íamos descendo. Era interessante: era se m luz, mas ha- via luz, como se fôssemos os portadores da mesma. D escemos os úl- timos degraus e pude perceber que eram de pedras li sas. Notei que estávamos dentro do Grande Laboratório ( que desde o início pare- ceu muito importante para eles). Parece que pela pr imeira vez, co- mecei a perceber que me encontrava diante dos Seres de outros Pla- netas. Seres que o nosso mundo classifica dentro do s mais horrí- veis aspectos, inclusive mesmo como monstros selvag ens. Vi seus ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 20 rostos... rostos como o meu. Mãos e corpos idêntico s ao de todos nós terrestres. Fiquei emocionado. Talvez tenha sid o a maior emo- ção da minha vida. Senti revolta contra meus Irmãos Terrestres. Achei mesmo que aqueles que transformaram os Seres Interplanetá- rios em monstros, praticaram atos abomináveis. Fize ram transfigu- rações indevidas, maldosas e egoístas, julgando que Deus, a Onipo- tência Suprema, o Grande Construtor, se daria ao tr abalho de fazer com que apenas a Terra fosse habitada, somente os t errestres fos- sem divinos, somente nós fôssemos os privilegiados diante da imen- sidão do Infinito. Olhando para todos eles, observa va-se facilmen- te que eles vibravam com Amor e Vida. E quanto à se renidade das suas fisionomias, inspiravam confiança, tranqüilida de nos gestos, nos olhos, nas palavras. Um deles dirigiu-se a mim cumprimentando- me, e começou a falar como se nos conhecêssemos des de a infância. Senti sua alegria na expressão do seu sorriso since ro. Falou que estava sentindo uma grande alegria com minha presen ça na Cidade. Queria que eu visse tudo e não ficasse nunca assust ado... eles não eram monstros como muitos julgam. Sua voz era sonor a e sua alegria contagiante. – Somos iguais a vocês... só com uma diferença: eu nasci em outro Planeta e você nasceu na Terra, porém ambos somos Homens. Outros Seres Interplanetários nos rodearam. Todos f izeram questão de me cumprimentar, manifestando sempre ale gria em manter um contato cordial com um terrestre. Nesse instante vi um deles se aproximar de mim; é como eu: moreno, cabelos e olho s castanhos. Quando se dirigiu a mim cumprimentando-me, pediu-me : - Meu caro Irmão, permita que eu possa destacar su a cora- gem... Sim, assim tem que ser classificada. Coragem em transpor a imensa muralha dos Andes e o que é mais importante, descer até nós. Sinceramente, eu não sei se foi minha vaidade que p arecia es- tar sendo atiçada, ou se a realidade estava acima d o meu próprio Eu. O fato é que naquele momento, tive a certeza de que ninguém estava fingindo. Identifiquei-me muito bem com ele e a conversa tomou rumo de velhos conhecidos. Pediu permissão ao Mestre Jocin para ser o guia, o meu guia no Laboratório. Quis sa ber muito sobre nós, os terrestres. Interessou-se pelos nossos cost umes, sistemas de trabalho, sociedade. Enfim notei que ele queria mais ouvir do que falar. Por várias vezes ele afirmou: - Precisamos nos unir... é muito necessário que s eja extir- pada a barreira que nos separa... Eu também procurei argumentar que havia na face da terra, muita gente sonhando com isso, mas que nos dias atu ais, eu tinha a impressão de que os problemas de ordem política e e conômica entre os terrestres, obrigava-os a uma agressividade surgida mais em conse- qüência do medo... do grande medo inexplicável. Ele chamou-me por ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 21 meu nome (eu estava muito tenso e estranhei o fato) . Ele percebeu meu embaraço e foi além. Colocou sua mão no meu omb ro e com muita calma repetiu meu nome, agora por completo: - Polo... Polo NoelAtan, nos momentos que passarm os juntos neste local, eu quero que você absorva o máximo que puder e que esse máximo, você o transfira aos seus Irmãos... ao s nossos Irmãos da Terra. Naquele momento, eu não estava entendendo bem o sig nificado das suas palavras, mas mesmo assim me aventurei a p erguntar-lhe o seu nome. ................................................... .......... ................................................... ............... ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 22 ♦ ALÍDIO ♦ A INVISIBILIDADE ♦ GRANDE GRAU ♦ UMA AULA DE QUÍMICA hamo-me Alídio. - Alídio? Alídio... soa bem, será que esse seu nome não é apenas terrestre? - Sim ... de certo modo tem que ser assim, Polo, pois estou transferindo para o seu idioma, apenas os sons do m eu nome. Mas por falar em transferência, gostaria que visse uma coisa muito im- portante para nós: a transferência de nosso corpo f ísico de um lu- gar para outro. Vamos à demonstração e antecipadame nte gostaria de esclarecer que não se trata de magia, mas sim da ma is pura ciên- cia. Pediu a outro Ser Interplanetário que se colocasse a uns dois metros distante de nós. Pelo que pude observar, o o utro parecia saber o que tinha que fazer, ou pelo menos ficou sa bendo pelo Men- tal de Alídio, que me recomendou: - Veja como ele aspira o ar... observe sua postura reta e seus braços ao longo do corpo. Senti que ele aspirava três vezes, permanecendo imó vel e de olhos fechados. Alídio me disse que todo comando er a feito pela Mente. Comecei então a notar que se operava uma tra nsformação na- quele corpo vestido com roupas espaciais. Meio incr édulo, vi que a cabeça começou a sumir, em seguida começaram a desa parecer o tron- co e a bacia, ficando apenas as pernas que também d eixaram de e- xistir no espaço. Meio sem graça perguntei: - Para onde foi ele? - Bem.... Polo, esta é uma demonstração muito lent a de invi- sibilidade. Ele está aí e vai voltar agora porque e u o estou cha- mando. Foi então, que na realidade começaram a surgir como se fosse mágica, os dois pés, as pernas, as coxas, parte da bacia, enfim, todo o corpo até a cabeça. Quando o homem se comple tou, concreti- zou ou reintegrou, sei lá, Alídio sorriu para mim p erguntando: - Você compreendeu como se faz? - Bem... se eu disser que compreendi estarei menti ndo. Nunca C ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 23 julguei que isso pudesse ser possível... - Bem, Polo, então vou mostrar-lhe minha ida para uma nave, vai ser rápido. Preste bem atenção. E foi rápido mesmo, quase não tive tempo para pensa r. Ele postou-se reto com os braços ao longo do corpo. Não sei explicar o que houve. Todo seu corpo incendiou-se como um curt o circuito elé- trico, a luminosidade foi intensa e quase instantân ea... sumiu, não ficando nada no lugar onde estava. Desta vez fi quei estarreci- do e ao ver Mestre Jocin, caminhei rápido para pert o dele pedindo: - Se não houver uma explicação lógica para tudo is to eu juro que não mais assistirei a cenas como esta. Ele sorriu humildemente e com aquele seu ar compree nsivo e tranqüilo, falou lentamente. - Não fique preocupado... tudo será completamente esclareci- do. Não há pressa... Bem, aí está novamente Alídio que poderá es- clarece-lo melhor que eu... Percebi pelo olhar do Mestre que alguém estava atrá s de mim. Era Alídio que sorrindo, com seu olhar fixo nos meu s olhos, procu- rava penetrar fraternalmente dentro de mim. Eu sent ia isso. Disse- me então que o Homem Consciente (e isso é primário) tem que se convencer basicamente, de que nada seja possível as susta-lo. O que eu havia visto era apenas uma projeção dirigida pel a vontade de- terminada. O que classificamos como vontade determi nada? É sim- plesmente a Mente Total. São as células da Mente re cebendo eletri- cidade. É bom que fique bem entendido: a Mente não é cérebro fí- sico. São as células do Mental Concreto, plasmando- se com as célu- las Cerebrais. O Cérebro Mental compõem-se de diver sas partes, to- das elas eletrificadas. O cérebro físico é apenas u ma caixa à par- te. É o domínio da matéria. A maioria dos terrestre s julga que sua Mente é o cérebro. Ou então, que o seu Mental Concr eto é conse- qüência do seu Mental Abstrato, obrigando outros a julgarem que o Abstrato é a conseqüência do Concreto. Acontece que , quando o cé- rebro dá essa descarga de energia, ele dilui as cél ulas e condensa a matéria, isto é, sintetiza a matéria que entra na casa determi- nada pela vontade. O fato de sermos eletrificados n ão há mistérios e nem motivo para ter medo. Tudo isso é conseqüênci a das próprias energias que se originam do nosso corpo, ou se quis erem entender de outra maneira, são as vibrações que se intensifi cam em torno da aura corpórea, unindo-se e integrando-se às energia s do físico concreto. Quando toda a aura se fecha com o objeti vo de estabili- zar a forma do corpo, estabelece-se a prevenção da matéria conden- sada. Cria-se então, um molde energético que permit e, no retorno, o mesmo aspecto físico anterior ao processo da proj eção. Essa ma- neira de locomoção é comum e já é usada nos Sete Pl anetas. A invi- sibilidade pode ser feita instantaneamente, desde o momento em que se tenha consciência do ato. Alídio prosseguiu fala ndo por muito tempo, até que encerrou o assunto afirmando: ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 24 - Vocês terrestres, desculpe-me a franqueza, Polo, ainda têm muito a aprender. Concordamos com o avanço da ciênc ia. Só não po- demos concordar é com o seu desvirtuamento para fin s bélicos, para o atendimento de objetivos criminosos. De repente, minha atenção foi despertada por uma ch ama de luz que se transformou novamente naquele ser interplane tário da de- monstração da invisibilidade. Alídio dirigiu-se a e le, agradeceu, dispensando-o e pedindo que, oportunamente ele foss e novamente chamado para me dar mais instruções com detalhes ma is minuciosos, quando então seria tentada uma experiência com minh a pessoa. En- quanto ele se afastava fiquei pensando no meu medo ou na falta de coragem... O fato é que naquele momento não estava sentindo qual- quer desejo de me tornar invisível. Ou será que eu teria que me adaptar aos costumes deles até chegar a esse ponto? Estávamos ca- minhando e quando atingimos a plataforma de um elev ado, pude ob- servar a imensidão daquele Laboratório. Aquilo mais se assemelhava a uma cidade... todo mundo trabalhando com coisas, para mim com- pletamente desconhecidas. Pude distinguir alguns ap arelhos conten- do líquidos coloridos, como nos nossos laboratórios químicos. Eu queria ver e entender tudo ao mesmo tempo. Pedi a a juda de Mestre Jocin: - Mestre, será que alguém poderá um dia entender ta nto de tu- do o que aqui existe? Eu creio que é impossível, po is, pelo que observo, está aqui reunida toda a Sabedoria de Sete Planetas mais adiantados que o nosso. Estou ficando confuso e cre io que é muito para um homem comum como eu. Gostaria que fôssemos mais devagar. O velho Mestre mais uma vez me olhava transpirando bo ndade e compre- ensão sem limites. Alídiopercebeu seu embaraço e p rocurou ajuda- lo. - Mestre Jocin, seria possível deixar Polo comigo? Sabemos que o Mestre tem que voltar para os seus Irmãos den tro da Frater- nidade. Eu o levarei às Entidades e depois, prometo devolve-lo ao Portal... O velho Mestre veio até mim e falou como se estives se despe- dindo de um menino: - Meu filho, procura compreender. Vais ficar nas m ãos de um Mestre. Daqui por diante, não irás conhecer apenas a Sabedoria de UM, mas sim a de SETE. São sete números, com seus c ostumes, seus conhecimentos e sua Sabedoria Oculta, agora trazida aos terres- tres. Isto não significa que os terrestres estejam num plano infe- rior. Tudo é uma questão do reconhecimento das caus as, mesmo por- que o globo terrestre tem a mesma capacidade, o mes mo potencial de qualquer outro Planeta. Cumprimentou-nos reclinando-se, olhou para mim sorr indo e se afastou. E ali fiquei eu, um simples terrestre com a ventura de conhecer um Grande Laboratório de Seres Interplanet ários. Na ver- dade após a retirada de Mestre Jocin, parecia que e u estava vesti- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 25 do de solidão... Então comecei a sentir saudades do s meus Irmãos Terrestres e ai pensei comigo: o que terei que lhes transmitir as- semelha-se às auroras de todos os horizontes, onde todos poderão despertar dentro dos seus próprios mundos iluminado s. Uma coisa lhes digo Irmãos da Terra: Não me considerem intru so pelo fato de estar dentro de um mundo que não me pertence. O que estou sentindo é a necessidade de fazer alguma coisa por toda a Hu manidade. Mas embora com muita tristeza, sou forçado também a lhe s afirmar: to- dos vocês irão receber minhas palavras com incredul idade. Percebi que estava sendo observado. Levantei a cabeça e vi que os olhos de Alídio brilhavam como duas pequenas estrelas, co mo se sua luz penetrando dentro de mim, soubesse o que eu estava pensando e sen- tindo. No meio do seu sorriso, ele procurou me anim ar: - Ânimo, Polo...Você não está aqui para filosofar, mas sim, para se adaptar aos nossos conhecimentos. Ficaremos muito felizes se você se sentir mais a vontade e descontraído... Senti mais segurança e caminhei silencioso em sua direção. Ele pediu que eu o acompanhasse. - Vamos conhecer a composição da matéria química d os Sete Planetas. Á medida que avançávamos, observei que os homens us avam más- caras com um enorme visor escuro. Na realidade, as máscaras mais se assemelhavam a um capuz. Vários deles estavam em torno de uma chapa de uns dois metros quadrados. Eu estava meio arredio, dis- tanciando-me cada vez mais de Alídio. Ele me encora jou e com ar de gozador disse: - Vou lhe colocar uma máscara . Me senti como se estivesse dentro de um escafandro. Ele tam- bém vestiu seu capuz e então nos aproximamos daquel a chapa. Tive a impressão de que era um computador de contatos. Ele pediu que me aproximasse de um painel, para depois voltarmos à c hapa. - Você vai conhecer um dos aspectos mais ocultos da ciência, disse ele, dando sinal a um dos homens. O painel se iluminou e co- mecei a ver pequenas explosões de muitas cores... Parecia mais um vulcão de pequenas proporções, em erupções constant es. Fiquei o- lhando aquilo e quando percebi que a coisa estava f icando monóto- na, ouvi chamarem meu nome. Não era Alídio. - Polo... até que enfim nos encontramos face a fac e, mesmo sendo no Plano do Mental, porque na realidade, ele é apenas uma designação... ou uma palavra para os homens, enquan to que para nós, ele vai muito além do símbolo para se transfor mar numa vibra- ção, numa expressão do nosso Ser. Eis ai a fórmula para se fazer com que todos caminhem para o "impossível". É a con quista daquele impossível que você sabe que não existe. Tanto não existe, que vo- cê está aqui comigo. Apresento-lhe meus respeitosos cumprimentos. Eu, GRANDE GRAU, aqui estou, atendendo ordens relacionadas com meu Planeta (Marte). Como é do seu conhecimento, a minh a especialidade é a Ciência. Estamos no momento procurando avançar mais no sentido ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 26 de um conhecimento mais profundo, relacionado às co mposições orgâ- nicas. Confesso que grande foi o meu prazer em vê-l o aqui... Fomos interrompidos por Alídio, que disse: - O importante é o seu conhecimento daquilo que es tá dentro, e o que ele representa não só para você, como para toda a Humani- dade. Quando falo em Humanidade, estou incluindo ta mbém a Humani- dade Cósmica. Sua presença conosco, GRANDE GRAU, muito nos honra. E a você, Polo, o importante é que preste atenção, muita atenção, e veja, com seus próprios olhos, os setenta element os que tiveram sua desintegração para os sete elementos. Arrisquei uma pergunta referindo-me ao rádio. (eu, não enten- do do assunto, julgo ser a matéria mais aprimorada da Terra). Ele pediu silêncio, dizendo que iria explicar. As explo sões no painel continuavam no mesmo ritmo. Não era muito agradável ficar por per- to. Minha inquietação era visível, meu desejo era e star longe da- li. Novamente ouvi a voz grave, suave e pausada de GRANDE GRAU. - Tudo o que você está vendo é o choque de matérias já com- postas, já definidas no seu estado. A decomposição, recomposição e diversificação dos setenta elementos se devem aos S ete Planetas, que os fornecem como fonte de origem. Cada um estab eleceu composi- ções baseadas na origem do seu elemento básico e to dos eles, ati- vos, é claro. Preste atenção meu caro Polo; tire s uas deduções, calcule a massa, calcule a radioatividade dos elétr ons e observe que os elementos de um planeta nos dão a realização de elementos diferentes. Some os setenta, divida-os por sete. Nã o sei se fui claro, mas o resultado é dez (10), ou seja, a fusão de dez dos se- tenta proporcionou o máximo de energia idêntica nos sete Planetas. A única diferença é relativa aos elementos originár ios pertencen- tes a cada Planeta. A relação é a seguinte: A Prime ira matéria é o Zinco. - A Segunda matéria é o Enxofre. - A Terceir a é o Salitre. - A Quarta é o Caldecinco (é um metal). A Quinta é o Sulfar (é uma matéria homogênea; não é rígida, está sempre em atividade, as- semelha-se a esponja, e seu peso atinge um terço do Urânio terres- tre. A Sexta é uma matéria equivalente ao Sulfar, m as com maior potencial de energia. Todo o seu teor classifica-se na categoria do POTÁSSIO. Seu valor e peso são equivalentes a ma is ou menos uns 150 elétrons. * Nota do autor: Nós na FACE, temos uma contagem f ixa dos elétrons e neutrons dos elementos atômicos. Os ESPA CIAIS contam as suas variantes com absoluta precisão, sendo que o t ermo "uns 150 elétrons", destina-se exclusivamente ao POTÁSSIO, c omo referência + ou -, já que o mesmo é dinâmico para a integração ou desintegra- ção. Não existem elementos estáveis ou fixos perman ente. A Sétima matéria é o elemento de maior combustão. C onsidera- mo-lo como uma Entidade. Seu nome é Ácido-Flítico. Essa matéria , possui um peso atômico superior ao Rádio terrestre. Relativamente, a sua equivalência baseada na sua vibração, no seu movimento evo- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 27 lutivo, resolutivo, ou retroativo, seu peso atômicotem que ser de 455. Para nós é classificada de "matéria orgânica". Ela é encon- trada a uns 320 km de profundidade no seu respectiv o Planeta. Per- manece fechada em imensas rochas, que são denominad as na terra, de "rochas vivas". Isso porque sua força de energia é tão poderosa que o Ácido Flítico come as rochas, como se fosse o elemento Rádio em alta combustão. É a fórmula (H2O) entrando em at ividade com cé- lulas vivas, produzindo enorme quantidade de enxofr e, cujo percen- tual energético não vai além de 2 e 3, no sentido d a vibração ele- mentar do condensamento para o Citrato de Magnésio, cheio de molé- culas de "Estenten ciodes", que fornece complemento s dentro da ca- sa elementar. As chamadas "rochas vivas" representa m o alimento para este sétimo elemento. Quando GRANDE GRAU terminou a sua explanação, permaneci em silêncio, limitando-me a olhar inexpressivamente pa ra o painel das explosões coloridas e para Alídio, demonstrando est ar satisfeito com tudo que havia visto e ouvido. GRANDE GRAU perc ebeu e pediu desculpas, dizendo que não tinha a intenção de me s aturar com mui- ta teoria. Despediu-se e retirou-se. * Nota do autor: água e enxofre produzem elementos vi vos. Produz o PRINCÍPIO-VIDA. é a transmutação de minera l, mais vege- tal, mais animal. Em nossa retirada Alídio retirou seu capuz; entendi que deve- ria fazer o mesmo. Enquanto caminhávamos vagarosame nte, ele foi dizendo. - Vamos agora para a outra parte do Laboratório. É o reco- nhecimento da energia nuclear. Talvez seja um lugar completamente desconhecido dos seres humanos (da Terra, bem enten dido). Observe bem, Polo, o movimento é muito grande; é como se fo sse uma colmeia onde ninguém pode permanecer parado. Não fixe sua v ista nos jatos de luzes fosforescentes. Vamos ali adiante para col ocarmos nossos óculos de proteção. Esse local é estritamente reser vado como medi- da de segurança. Apresento-lhe Landiê, encarregado da distribuição dos óculos. Sorrindo ele me estendeu a mão. - É com satisfação que lhe aperto a mão... a mão d e um Ter- restre... Até que enfim consigo isso. Vou ficar org ulhoso. Eis a- qui seus óculos de segurança. Um mundo está a sua e spera... Depois disso, faço votos que muitos dos seus estejam à sua espera... Sorrindo sempre, Landiê colocou suas mãos nas minha s costas, e eu encaminhei-me para Alídio, que pediu que eu o acompanhasse. Enquanto caminhávamos referiu-se a Landiê. - É uma alma que vive sempre sorrindo, pouco se inc omodando pelo fato de viver dentro de um caldeirão. Aquilo a li, como dizem vocês terrestres, assemelha-se ao "caldeirão do dia bo", mas ali ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 28 ele está satisfeito. Como você pode observar, Polo, a felicidade existe em toda parte. Veja, estamos passando por ho mens que para você, podem ser classificados como "guardas", mas na realidade, sua principal função é zelar pela segurança de todo s nós. Alídio, estou meio surpreso... Parece que estamos d escendo e deslizando ao mesmo tempo, mas não noto nada de ano rmal no solo. - Isso seria mais fácil de ser explicado como corr edor move- diço, ou então como correias volantes, mas, não é bem assim. É apenas um componente químico que se movimenta e desliza de ac ordo com a pressão dos nossos corpos. - Mas Isso é maravilhoso, parece fantasia, me faz lembrar os lendários tapetes mágicos. - Isto está muito longe de ser um tapete. - Mas não deixa de ter um aspecto igual. - Ora, Polo, não me venha com seus sonhos da terra ... sonha- dor de contos da carochinha. - Precisamos sonhar um pouco para suavizar nossos caminhos. O que eu acho engraçado é você também conhecer os c ontos da caro- chinha; e creia, muitos dos meus conterrâneos vão c lassificar você como um autêntico personagem das nossas fantasias, só que transfe- ridas para a época atual. Alídio não contendo, sorriu... Aquele seu agradável sorriso aberto, inclusive batendo as duas mãos nas suas per nas, como-se pretendesse senti-las numa demonstração de satisfaç ão e alegria. De repente, como lembrando-se de sua responsabilid ade, pediu-me: - Bem, meu caro Polo, há tempo para tudo, até para sorrir. Mas não se esqueça, abra bem os olhos e vasculhe c om eles, todo o interior deste recinto. ................................................... .......... .................... ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 29 ♦ ERA DO HOMEM CÓSMICO ♦ AINDA NO GRANDE LABORATÓRIO ♦ A MATÉRIA VIVA ♦ ATRAVESSANDO PAREDES ♦ A 4.ª DIMENSÃO bedeci e me defrontei com algo maravilhoso, embora a rigidez e silêncio do ambiente me impusessem um tím ido respeito. Muitos homens trabalhando diante de grand es e complicados mecanismos, painéis e aparelhos eletr ôni- cos. Arrisquei: - É aqui o Centro da Energia Nuclear? Para que tan ta gente, e todos tão compenetrados que nem notaram nossa pre sença? - Esses homens possuem muitas chaves, que para voc ês são classificadas de "mistérios". Pertence à eles a res ponsabilidade de resolver os mistérios existentes em diversas mat érias ainda não isoladas. A responsabilidade é muito grande... - Mas esse estado de alerta parece que nos oprime, dá a im- pressão de que a qualquer momento vai explodir algo de muito im- portante, isso entre nós chama-se "suspense". Mas a qui o suspense é permanente! - Você tem razão, sua lógica é perfeita, porém con sidere que eles estão lidando com elementos desconhecidos. - O que estou vendo aqui, Alídio, é que o meu mund o tem que se transformar num verdadeiro laboratório. Enquanto este mundo em que vivo, não tiver consciência da imensa necessida de das transmu- dações na face terrestre, não encontraremos a razão do que somos, se somos de barro ou de energia pura. Peço à todos que um dia ao tomarem conhecimento das minhas palavras, que tomem consciência de si mesmos. Deixo para todos a pergunta, para que ni nguém jamais a esqueça: se não somos apenas de barro, mas de energ ia, porque con- tinuamos subordinados e fixos nas teorias já ultrap assadas? Se já superamos o tempo, por que não podemos avançar dire to para a Era Espacial? A realidade está clara diante dos nossos olhos... já es- tamos na Era do Homem Cósmico, a Era do Homem Consc iência. O que se torna necessário é conquistarmos nosso direito, nossa capacida- de de transcender nesta tão querida Mãe Terra. Assi m fazendo, nos tornaremos luminosos, nos elevaremos em categoria d iante de outros Planetas já evoluídos... O ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 30 - Polo, o que está acontecendo com você? Está sau doso ou emotivo? - Talvez meu estado emocional seja a soma do que v ocê disse, Alídio... e mais alguma coisa, mas deixe isso para trás, não se preocupe com o que eu possa pensar e pesar. O impor tante é a razão de tudo isto aqui e eu dentro de tudo. Pense bem, se estou aqui, é porque também sou responsável, não só perante tod os vocês, como comigo mesmo e com toda a Humanidade por tudo que m e é dado ver e ouvir. - Vamos avançar, Polo, até aquela parte mecânica. - Mecânica? Não estou vendo mecanismos; ali só exis tem "des- lizadores de dedos",como dizem vocês, mas que para nós são pai- néis para teclados eletrônicos. - Este aparelho é um dos maiores. Age sob vibração . Para ex- plicar com muitos detalhes é realmente complexo. Su as reações de- pendem das composições dos átomos. A pressão dos di versos raios dirigidos fornece sinais exatos para todas as galer ias que estão circundando esta parte do Laboratório. Observe como as luzes emi- tidas nos painéis espalhados por toda essa grande e xtensão são mi- lhares; veja como não existem falhas nas dez cores. Notou, Polo? - Sim... sim. Acho que as luzes são diferentes. C omo pode haver a variedade das dez cores num mesmo local? Sã o dez lâmpadas de cores diferentes? Ele então desparafusou um daqueles pontos luminosos , pôs em minha mão algo que tive a impressão que se movia co mo se fosse ma- téria viva. Constrangido, olhei meio abobalhado. - Não há outra maneira. Temos que colocar células vivas des- sa matéria para que não haja distúrbio na parte de energia. Você quer repousar um pouco, Polo? - Creio que você percebeu que eu estou me sentindo meio zon- zo, mas a coisa não é bem assim, Alídio. O que esto u sentindo é que há algo muito forte atingindo todo o meu interi or. Tudo parece que está provocando certa depressão em mim... - Bem, então vamos prosseguir, mas antes controle- se e fique tranqüilo quanto às suas emoções. Nada irá lhe acon tecer, creia. Vamos então ao reconhecimento das cápsulas. Cada um a destas que emitem luz, possui uma porcentagem do próprio rádio da face ter- restre, mas o que está acontecendo aqui é que conse guimos isolar a parte radioativa. Estamos lidando apenas com os núc leos sem os e- létrons radioativos. Aquela coisa permanecia na palma da minha mão . Ao ouvir as palavras de Alídio, estendi o braço para ele e perg untei nervoso: ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 31 - Será que isto não vai me queimar? - Não, Polo, o elemento de cada cápsula é sempre i solado dos seus elétrons. Embora você não perceba, ela está is olada com ele- mentos que neutralizam a própria radioatividade. É quase idêntica aos componentes que permitem a produção do tecido d as nossas ves- timentas. Enquanto falava, ele recolheu "aquilo" que vibrava, na palma da minha mão, recolocando na respectiva cápsula. Eu , por mim não tenho muito a comentar sobre cápsulas iluminadas co m várias cores e com radioatividade de "núcleos isolados". Como nã o entendo muito do assunto, o que posso acrescentar é que meus Irmã os da Terra só acreditarão vendo a coisa. - Vamos voltar à parte mecânica. É muito important e na face terrestre. Preste atenção, Polo, veja como os homen s manejam seus dedos no deslizamento. - Isso é um painel? Eles são engenheiros nucleares ou ele- trônicos? Qual a relação que existe entre tudo isto com a Mecâni- ca? - Nossa parte mecânica é muito diferente da dos te rrestres. Se fizermos paralelos, teremos que chegar a conclus ão de que a nossa não existe. Conhecendo a matéria, resta-nos a penas domina-la estabelecendo fusões. Nossos transmissores emitem o ndas nas fre- qüências exatas. As freqüências existem exatamente na mesma pro- porção da ilimitada multiplicidade das fusões eleme ntares. Toda freqüência é o oposto do elemento formado. Dentro d essas freqüên- cias nós injetamos energia a fim de manipular o ele mento. A fre- qüência é o caminho que nos permite atingir o eleme nto. Aqui, o engenheiro como é chamado na sua face terrestre , tem que usar como "ponto-chave", o seu cérebro. Desde o momento que nos rela- cionamos com esse aspecto da energia (totalmente re volucionada em todos os Planetas), a classificação profissional de "engenheiros" fica anulada, já que estamos todos harmonizados com a orientação de um único cérebro. Isto porque todos os Seres dos Sete Planetas entendem tudo, relacionado com as energias dentro d esta área. - Veja, Alídio, aquele clarão! Deve ser muito inte nso, por- que mesmo com os óculos, sinto ardume nos olhos. - Polo, é melhor nos dirigirmos à parte onde se f azem as cápsulas e seus invólucros. - Não se preocupe comigo, Alídio. Eu estou bem. Cr eio ser melhor seguirmos seu roteiro preestabelecido. - Ótimo. Então vamos em frente. Caminhamos então para o centro, onde começamos a en contrar pequenos cilindros de vidro (pelo menos pensei que fossem vidros). Ele notou minha observação e pediu que eu tocasse c om minha mão um ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 32 dos cilindros. A transparência era do vidro, mas su a textura era maleável como nossos plásticos, mas, o que mais me surpreendeu, foi sua resistência ao calor. Alídio me disse que a matéria se relacionava aos mesmos princípios das cápsulas, ape nas mais refor- çada. Como não tinha o que dizer, perguntei: - Isso não se estraga? Existem reservas para as re posições? - Não estou entendendo, Polo. - Quero dizer, no caso de uma dessas peças se fund ir ou se estragar, tem que haver peças sobressalentes, reser vas, entendeu? - Quanto a peças para reposição, isso nós temos, p orque já foi estabelecido antecipadamente seu período de per manência, mas quanto a se fundir, como diz você, isso está fora d e cogitação. Todos os elementos participantes têm seu peso atômi co baseado na dinâmica evolutiva e involutiva, e também no períod o estável, que se divide em duas faces: a positiva e a negativa. Q uando a peça entra na fase da pesagem negativa, já é tempo de se r substituída. - Não sei se entendi, mas tenho a impressão que vou virar ci- entista. - Vamos até aquele compartimento. um departamento d e análi- ses. Peço que você fique preparado para não perder nenhuma das mi- nhas palavras. Vamos até a porta. - Porta? Onde esta a porta? Perdoe-me, Alídio, nós terrestres não estamos tão por fora como vocês julgam... - Admito, concordo e perdôo tudo. O que você está v endo? - Apenas uma parede, e nós parados como bobos diant e dela. - Pois você vai entrar pela primeira vez dentro da Quarta Di- mensão. Vou abrir passagem para você - Pelo amor de Deus... você não acha que estamos in do longe demais? Que é isso? Prova Máxima? Por que não ficam os por aqui mesmo?... Estou até achando maravilhosas estas pesq uisas... - Calma ... calma, Polo... nada de medo, somente qu ero que você tenha a sensação da mudança de um tempo para o utro, ou então, de um estado para outro estado. - Não tenho condições. Não estou preparado para ess as mudan- ças de estado. Não é medo, não. Somente receio que possa decepcio- na-lo. A paciência e controle emocional de Alídio são surp reenden- tes. Por mais ignorante que eu fosse, ele sempre pr ocurou contra- balançar minhas indecisões com suas decisões firmes e seu aspecto imperturbável de se conduzir diante de mim. Agarrou - me pela mão, levando-me a passos firmes para a parede. Eu andava atrás dele co- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 33 mo se fosse um garoto de cinco anos. Ele entrou fir me na parede e eu entrei em seguida, como se ali nada existisse. O lhei para a pa- rede pensando que nossa passagem houvesse deixado v estígios. Não havia nada. O outro lado da parede estava intacto, sem qualquer abertura. - Aqui, disse Alídio, agimoscom a força da nossa p rópria ma- téria. Tudo o que está aqui relaciona-se com as cau sas objetivas da Quarta Dimensão. - E eu e você, o que somos aqui? - A mesma causa objetiva. - Mas aqui tudo tão natural. Qual é o estado que mo difica es- se próprio estado? - A Quarta Dimensão, é um GRAU de elevação, Polo. - Se é GRAU de elevação, entende-se que o Homem da Terceira Dimensão pode como eu, atingir a Quarta? - Claro que pode, Polo. A modificação está nos quat ro esta- dos: a Quarta Dimensão derruba todos os padrões e â ngulos supervi- sionados pelo Homem. O Ser Humano vive da consciênc ia dos seus próprios movimentos e do seu esforço. Toda sua obje tividade se o- rigina dos seus padrões e de sua vida na Terceira D imensão. Mas quando atinge este GRAU em que você, Polo, se encon tra agora, só tem que ter consciência. Isso porque toda sua objet ividade, toda sua maneira de viver são a própria Dimensão, já que não nos encon- tramos dentro de um campo de lutas. Penetramos num estado em cuja dimensão temos que ter consciência de cada célula q ue vibra em nosso corpo. - Meu caro Polo, é esse autodomínio que permite nos sa pene- tração nesse estado. - Pelo que estou vendo, isto aqui deixou de ser aqu ilo que eu pensava que fosse... - Qual era a sua concepção? - Julguei que fosse um local com áreas habitáveis, onde al- guém estivesse nos esperando. Observo que o aspecto não mudou, so- mos o que éramos e estamos no mesmo lugar. - Aqui é o pensamento que determina o aspecto. Vamo s caminhar e enquanto isso conversaremos. Andando comecei a sentir que meus passos não tinham firmeza. Percebia meu aspecto humano, mas a medida que avanç ava, sentia uma desagradável sensação. Via apenas o que estava dian te de mim e a cada passo percebia que o que estava diante de mim vinha ao meu encontro. Lembrei-me da palavra "Consciência" e sen ti sua enorme necessidade e a grande responsabilidade do Ser Huma no na Quarta ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 34 Dimensão. Na Terceira, o Ser Humano possui dois olh os que lhe per- mitem ver apenas numa direção. Após o impacto da sa ída da Terceira para a Quarta, permanece em nós a visão da Terceira dentro da Quarta (a desagradável sensação de quem avança com a recíproca da- quilo que vem vindo ao nosso encontro). A consciênc ia e o nosso pensamento como disse Alídio, restabelecem nosso eq uilíbrio, dan- do-nos, sem a necessidade dos olhos, apenas pelo Me ntal, a visão quaternária. Embora nossa consciência tivesse que p ermanecer aler- ta governando a Mente, confesso que em muitos momen tos, fiquei confuso. Porque, apesar de sentir meus dois olhos, eu sentia que estava cego. Era como se meu cérebro estivesse expo sto, fora do crânio, vendo e sentindo em quatro direções. Se eu forçava a visão dos meus olhos físicos, era como se houvesse um eno rme olho na mi- nha testa (um só), olho esse que possuía a visão do s quatro lados. A expressão "diante de mim" fica anulada, já que er a permitido, de acordo com minha vontade, ir à qualquer um dos quat ro lados, sem perder a consciência dos outros três. Em certo mome nto, minha con- fusão fez com que me sentisse mal. Pedi socorro à A lídio. - Alídio, sinto que não estou bem... Ele achou graç a e res- pondeu: - Como pode ser isso, Polo? Você não estar bem num Plano onde a Verdade prevalece, onde sua matéria deixa de exis tir, onde o seu Espírito é quem domina? Aqui estas palavras "não es tou bem" não existe. Aqui, enquanto você permanece, está se alim entando de e- nergia. Aqui tudo é puro e o Homem transcende... - Mas, Alídio, não sei que direção tomar. Vejo quat ro partes ou será que fiquei vesgo? A sonora gargalhada de Alídio me deixou menor ainda . - Perdoe-me, Polo, esqueci-me de avisa-lo de que na Quarta Dimensão, existe o "grande olho". - Que olho? - O nosso cérebro... que é uma força de energia, qu e quando penetra na Quarta Dimensão se ilumina, como dizem o s Iniciados da sua face terrestre. Essa iluminação, dizem, é uma f lor de mil pé- talas. E esta flor, quando não desabrocha na corola , desabrocha no centro da testa do ser humano, formando um olho. Ma s isso só é possível quando se atinge a Quarta Dimensão. Sendo assim, Polo, o que está acontecendo com você é muito natural: "Flo resceu em você a flor". - Não entendi... eu nada fiz para florescê-la. - Polo, o que é que você pensa deste mundo em que está? - Bem, o que posso afirmar é que nunca presenciei c oisas tão estranhas como hoje. Tenho a impressão que são estr anhos fenôme- nos, porque se existe uma razão, eu estou dentro de la e vi isso perfeitamente quando você disse: "vamos andar". Sab e Alídio, desde ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 35 o momento que atravessamos aquela parede, não saímo s do mesmo lu- gar. Creio que você tem razão, a Quarta Dimensão é objetiva. Pene- tramos no seu interior para buscar energia, forças e o reconheci- mento da Sabedoria. Ela é um grande mistério para t odos nós ter- restres, continuará sendo e o homem não vai ficar s atisfeito. - Não, Polo, quando o homem atinge a Quarta Dimensã o, já não pensa como antes, mas passa a ser "Homem Consciênci a". A Quarta Dimensão não é um simples motivo de estudos, mas si m uma ciência. Quando todos entenderem que o próprio corpo contém todas as ener- gias do Globo Terrestre, aí esse mesmo Globo deixar á de existir, para que o Homem passe a viver no seu próprio Globo . O único cami- nho do Homem para a Quarta Dimensão é o reconhecime nto de Si mes- mo, não de Homem matéria, mas de Homem Energia. Dizendo essas palavras, atravessamos novamente aque la parte (parede) que nos ligava àquele estado, na realidade uma síntese da Quarta Dimensão, onde pude ver o Globo Terrestre co mo ele é. Quan- do Alídio passou por aquilo, senti um alívio e ao m esmo tempo fi- quei triste por vocês meus Irmãos, não terem conhec imento dessa grandeza que é a Quarta Dimensão. É uma beleza que resplandece a alma com a mais absoluta tranqüilidade, descontrain do-nos e dando- nos a consciência do que SOMOS e por que SOMOS... c onsciência to- tal de que também somos uma partícula do Infinito. Novamente na Terceira Dimensão, Alídio me disse que iríamos volt ar às pesquisas nucleares. E mais uma vez me recomenda: - Antes quero que tenha bastante consciência das mi nhas pala- vras... muita Consciência, Polo, Consciência... Em tom de súplica, tentei argumentar: - Não foi suficiente o imenso apelo para a minha co nsciência na Quarta Dimensão? - Para você, isso seria mais que suficiente. Mas ac ontece que você, Polo, não está aqui apenas por você. Sua pres ença representa muitas vidas. Por isso lhe digo: vamos em frente. ................................................... .......... .............. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 36 ♦ NA PRANCHA VOLANTE ♦ NO CENTRO DA PURA ENERGIA ♦ APENAS UMA TRANSFORMAÇÃO ELEMENTAR le me levou até aquele local que eu não achava nada agradável, pois para mim, tinha mais o as- pecto de fornalha: era muito quente e desconfortáve l, além do mo- vimento intenso de homens muito ocupados. - Preste atenção, Polo, estamos numa plataforma vo lante; naface terrestre vocês classificam de pranchas de aço ou então de cobre. Aqui é diferente. Veja como o material é tra nsparente como espelho. São plataformas fabricadas com material vi ndo dos Plane- tas, misturados quimicamente com alguns elementos d a Terra. - Existe a possibilidade de solidificação de mater iais de outros planetas com elementos da Terra? Por exemplo misturar-se o aço terrestre com outro metal equivalente de outro Planeta? - Nesse campo, todos nós, tentamos eliminar os "im possí- veis". Vivemos quase só de pesquisas. Veja, Polo, c omo as pranchas são sólidas... venha comigo, vamos caminhar sobre e las. Subimos, cada prancha dava para duas pessoas. Não e ra agra- dável nem desagradável. O calor incomodava muito. Num desabafo, perguntei: - Qual o cristão que trabalha nesse setor? - Todos, Polo. - Por que vocês dão tanta importância a tudo isto? Veja, por que a prancha está se elevando? - Bem se vê que você, Polo, ignora onde está. Vou l igar o computador que nos transportará ao centro da pura e nergia. Ele deslizou os dedos sobre algo desconhecido para mim. Ra- pidamente fomos envolvidos, como se tivéssemos sido colocados den- tro de um imenso balão de plástico transparente. Nã o fossem seus reflexos, quase não seria possível nota-lo, tal era sua transpa- rência. Embora minha emoção fosse grande, a sensaçã o foi bastante desagradável. Principalmente no momento em que perc ebi onde esta- va: bem no centro de uma cratera de energia. Alídio percebeu que eu vacilava, e segurando-me o braço procurou me dar confiança. E ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 37 - Não se assuste, estamos em absoluta segurança. Ap oie-se em mim e olhe para baixo. Olhei: O que vi parecia o próprio inferno, mas, com o se es- tivéssemos protegidos por uma bolha de sabão, notei que ela nos isolava inclusive do calor. - Como é possível uma coisa tão leve e de aparência tão frá- gil, ser para nós uma fortaleza? Sinto que aqui den tro sobre esta prancha o campo é livre, o ar é puro, no entanto o balão está so- bre um vulcão incandescente. Você me desculpe, Alíd io, a sensação de insegurança é horrível! - Não há motivo para você ficar preocupado. É como você bem disse: isto é um balão especial que se assemelha a uma "fortale- za". Nosso balão aéreo foi adaptado aqui nas Cordi lheiras e sua segurança já foi comprovada; ele age sob pressão da s próprias e- nergias contrárias, jamais descerá, pois sua tendên cia é sempre se elevar. - Se estamos flutuando, como vai ser possível. diri gi-lo? Alídio apenas deslizou os dedos numa saliência quas e imper- ceptível do balão, que retornou com certa rapidez a o nosso ponto de partida. Foi apenas uma demonstração, porque em seguida ele fez com que voltássemos para aquela boca do inferno. En tregou-me uma espécie de luneta dizendo: - Agora vamos analisar o que está lá embaixo. Ele olhou para baixo pedindo-me que fizesse o mesmo . - Você vai conhecer a transformação da matéria orgâ nica que se transmuda em núcleos, isto é, muda de um Estado para outro e em seguida se transmuda de Estado novamente. Aquilo não dá para ser esquecido facilmente. Houve momento em que minha sensação era de pavor, porque o que se movia ali no meio de um mar incandescente e multicolorido, em ce rtos momentos parecia ser um corpo vivo e consciente. Os moviment os e as reações pareciam instintivos. A matéria se condensava e rea gia quando não encontrava as próprias reações moleculares, recompo ndo-se ao Quar- to Estado da matéria.. Multiplicavam-se os corpos i ncandescentes, subdividiam-se em partículas do tamanho de cabeças de alfinetes. A impressão era de que os corpos vivos se reintegrava m, adquirindo consciência, e se desintegravam, multiplicando a su a consciência espontaneamente ao todo incandescente daquele calde irão. Alídio me explicou que eram os átomos que procuravam casar ou entrar nas su- as respectivas casas. Eles se elevam e quando desc em para o mer- gulho, numa questão de segundos..., observe, eles s e adaptam ao seu outro estado. O movimento é instantâneo, distin guem as casas (como denominados) e são atraídos pelas mesmas. É c omo se voltasse a reviver. - Por que toda essa confusão se estão dentro de uma cratera? ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 38 - Essa cratera é artificial. Nela estamos pondo mat éria dos Sete Planetas, unindo-a com uma parte da Terra. - Estão, então, conclui, unindo os Sete numa Oitava p arte? - Não é bem isso, Polo. Aqui não estabelecemos essa sua con- tagem, principalmente quando estamos procurando seu núcleo. Nosso principal propósito é ver se todas elas se condensa m num mesmo es- tado. E quando condensadas, elas reagem em direção às margens, quando se concretizam em átomos-forma. São blocos d e energia com muita radioatividade. Agora, Polo, vamos nos dirigi r para outra cratera, cuja preparação nos permite ver agora uma série de peque- ninas explosões. - Bem... aqui a coisa não atinge esta, já que estão ligadas? - É a escala das nossas experiências, Polo. O que v ocê viu foi a formação de um núcleo de radioatividade. Agor a, o que você vai ver é um núcleo de átomos, ou melhor dizendo, u m núcleo de e- nergia concentrada. - Qual é o valor de um e de outro? - O valor percentual não está naquela matéria vulcâ nica, mas sim nesta outra cratera, onde os elementos parecem estáveis. - Como pode ser isto? Aqui a "matéria", como vocês chamam, Alídio, parece estar adormecida ou morta. Não estou entendendo. Parece que Alídio recebeu minhas palavras como um d esafio. Pensou por alguns segundos, então resolveu dirigir nosso balão pa- ra bem próximo da cratera silenciosa. Creio que foi meu instinto que me advertiu que alguma coisa de grandioso iria acontecer. Não muito distante podíamos ver a outra cratera eferves cente, viva e colorida. Ele manipulou o painel e imediatamente um a prancha veio colocar-se por baixo do nosso balão, que à partir d aquele momento, ficou estático. Alídio pediu que eu prestasse atenç ão, embora não fosse necessário sua advertência, pois eu já notara que faíscas elétricas intermitentes vinham do vulcão incandesce nte em direção à cratera silenciosa. Aquele foi realmente um espet áculo que ja- mais poderá ser esquecido. Em certo momento, uma pe quena fagulha atingiu uns sessenta centímetros da cratera silenci osa. Houve en- tão, o desabrochar daquela matéria escura e vidrent a. O que vi foi a elevação das formas gasosas atingindo toda a exte nsão da super- fície. Toda a extensão ficou perfurada como se tive sse sido esti- lhaçada em milhões de fragmentos de todas as formas geométricas possíveis, desniveladas em buracos de menos de dois metros de pro- fundidade. É muito difícil descrever com exatidão, mas minha sen- sação deve ter sido idêntica a de uma pulga, partic ipando de uma imensa explosão de luzes e de formas dentro de um c aleidoscópio, iluminado e incandescente, numa dinâmica constante de movimentos. Minha mente me transportou ao microcosmos e quando voltei a mim ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 39 (em segundos), percebi que para me proteger, eu est ava desespera- damente agarrado, abraçado ao corpode Alídio. Ele deve ter perce- bido ter ido longe demais. Conseguiu desvencilhar-s e, acionou ra- pidamente o painel e o balão flutuando com rapidez para o nosso primeiro ponto de partida, como num golpe de mágica , desapareceu, enquanto a prancha atingia o nível do solo. Enquant o estávamos nos retirando, lembro-me vagamente que ele comentou: - Peço que me desculpe, Polo. Estou seguindo um rot eiro e o que lhe foi mostrado não poderia ser omitido. Isto tudo é muito importante para que os Homens do seu Planeta possam ter consciên- cia, a fim de avaliar o que representa uma explosão nuclear. O que lhe foi dado ver foi apenas uma transmutação elemen tar. Uma explo- são é tudo aquilo multiplicado por milhões de vezes ... Na realidade eu não estava me sentindo muito bem, e cheguei mesmo a ficar preocupado em dar trabalho para Alídi o. Ele leu men- talmente meu pensamento e convidou-me a sair do Lab oratório. - Sim, vamos mudar de ambiente. Por um dia vamos de scansar do Laboratório. Quero apresenta-lo aos nossos Homen s, ou melhor, aos Homens dos Sete Planetas. Não vamos estabelecer destaques, en- tendeu? Queremos que conheça a todos... - Bem, se assim é a Lei, que se cumpra a ordem... - Não ...não, aqui ninguém obedece leis ou ordens. Apenas somos nós mesmos que nos respeitamos reciprocamente . Desde o mo- mento que assim o fazemos, estamos respeitando toda s as Entidades e todos os Mestres. Quando tomamos a decisão, a res ponsabilidade de habitar o Planeta Terra (que era estranho para n ós), não fomos forçados, porém queremos que creia que nossa decisã o foi expontâ- nea. E assim estamos todos cumprindo nossos deveres pessoais, dig- nificando nossa presença diante de nossos superiore s. Bem, Polo, falei demais e estou notando seu cansaço; a passage m pelo Labora- tório foi estafante para você. Percebi que o nosso caminho era oposto àquele por o nde tí- nhamos vindo, mas nas passagens a rotina era a mesm a: era obriga- ção fazer a chamada para a nossa passagem. Em alguns tr echos fomos es- coltados por dois homens silenciosos. Em certo pont o, fomos eleva- dos e conduzidos para uma parte, que para mim era m etálica. Portas ou aberturas se abriam apenas com nossa aproximação . Percebi que havíamos saído do Laboratório, quando senti um ar p uro penetrar nos meus pulmões. Então desabafei: - Agora estou gostando, isto é bem reconfortante... é oxigê- nio puro. Olhe, Alídio, estamos rodeados de enormes árvores... ve- ja a cordilheira... Na concepção de vocês, a exuber ância desta nossa natureza deve ser classificada como uma grand e "máquina" pu- rificadora de ar. Isto não é uma maravilha, Alídio? ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 40 - Você tem razão, todos nós achamos que a Terra é u m dos mais belos Planetas. E esta região é realmente desl umbrante... Mas, Polo, agora eu gostaria que passássemos a um r econhecimento mais minucioso desta Cidade dos Sete Planetas... Não dei muita atenção ao que ele me dizia. Olhei ma is uma vez para aquela beleza resplandecente, para aquele mundo dourado e fui buscar nos meus próprios porões, estranhos pens amentos. Colo- quei-os todos pendurados dentro de minha mente, que os identifica- va com inúmeras perguntas: "estarei vivo ou morto?" ; "isto é sonho ou realidade?"; "será que fui eu mesmo, ou algo mai or e desconhe- cido que me transpôs no espaço para este mundo desc onhecido?", "estarei sonhando ou então qual a força que movimen ta nossa mente, ligando-a com energias determinadas?". Não meu Deus , faça com que jamais eu possa duvidar de ter visto estas cúpulas e que estes Se- res Interplanetários não sejam conseqüência da minh a ilusão, pois se assim for estarei louco, porque, além de vê-los e ouvi-los, também os sinto concretamente. A cordilheira existe , a selva exis- te. Alídio aqui está diante de mim, falando comigo: - Polo... Polo, o que está acontecendo com você? Co ncordo com seu deslumbramento, mas precisamos caminhar... - Sim, sim, vamos. Olhei para o chão e reparei no s arabes- cos decorativos. Reflexos de luz nos relevos mostra vam várias to- nalidades de ouro. - Alídio, quero uma explicação: como foi possível e ssa transformação nesta bacia das Cordilheiras? Por que a adaptação de uma cidade no seu interior? De onde partiu essa idé ia? - Calma, meu amigo. Todos esses esclarecimentos, os Seres denominados GRAUS, darão no final. Você me crivou c om várias per- guntas que implicariam vários tratados para serem r espondidas. Continuamos caminhando (prefiro classificar as ruas como alamedas, pois aquela cidade diante de meus olhos, era uma ci dade encanta- da). Já estávamos a mais de duzentos metros do Labo ratório, quando notei que as alamedas já não estavam completamente vazias. Havia um certo número de pessoas transitando, até que o movimento era relativamente grande. Senti certa emoção, pois sabi a que estava me defrontando com Seres de outros Planetas (e eu tinh a certeza de que era o único Terrestre). Os homens eram normais e as estaturas e cores variavam. Até que alguns eram bem morenos, mas estranhei a inexistência de negros. Outro detalhe: o corte do c abelo era muito curto... Enfim, não havia nada de anormal entre ele s. Todos nos cumprimentavam à sua maneira. Era como se eu já est ivesse ali há muito e todos me conhecessem. - Para onde vão eles? Perguntei. - Estão se dirigindo para suas obrigações. Cada um, consci- entemente tem que cumprir seus deveres. Isso bem en tendido, espon- taneamente. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 41 - Quantos são no total, aqui na Cidade? - Cada Planeta mandou quarenta homens que se reveza m em de- terminado tempo. - O revezamento é para os Sete Planetas? Então a po pulação é flutuante? - Não é assim, Polo. Há um determinado número que p ermanece em... "estágio" como diz você, num espaço de tempo bem mais longo. Outros permanecem menos tempo e se elevam. - Mas quantos ficam em estágio na Cidade? - Bem... digamos... ficam quatro esquadrões complet os. - Então onde ficam as naves? Aqui eu sei que não po dem es- tar... Pela minha dedução e cálculo, creio que part em de algum ponto oculto nas Cordilheiras. São cento e sessenta , não é isso Alídio? Você pode me responder? - Pois não, estou aqui para isso. Por baixo desta c idade e- xistem imensas galerias onde são guardadas as naves . Olhei para todos os lados procurando divisar passag ens para elas. Não consegui atinar onde seriam a entrada e a saída das mes- mas, mas não duvidei, porque quem havia passado pel o que passei naquele Laboratório, já não podia duvidar da existê ncia de naves interplanetárias. Em dado momento, ele me pediu que escolhesse: ir até as galerias ver as naves, ou conforme minha dis posição, ir conversar com os GRAUS. Embora me sentisse exausto, minha curiosi- dade falou por mim: - Prefiro as galerias... você sabe, Alídio, não qu ero ser indelicado. Quero que você compreenda, minha curios idade é muito grande. Gostaria de ver de perto um "disco". Para n ós na Terra, a curiosidade sobre os "discos" é muito grande... - Creio que você não percebeu, mas você passou a no ite no Laboratório, Polo. - O que? A noite toda? Confesso que isso é surpree ndente. Não percebi mesmo! - Entendo, Polo, o motivo do seu cansaço: é que sua matéria está acostumada a uma alimentaçãodiferente da noss a, razão porque eu estou-lhe convidando, antes de descermos às gal erias, a tomar uma refeição de acordo com as necessidades do seu o rganismo. - Ora, Alídio, deixe isso para lá. Como sempre a determinação de sua vontade prevalece u. Levou- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 42 me para uma daquelas casas douradas. Não existem po rtas, ou se têm, a sua abertura é automática e magnética, acion ada com nossa aproximação. Entramos num salão muito amplo. Estran hei a atitude de diversos homens reunidos em grupos, gesticulando em silêncio. A coisa parecia ridícula, meio engraçada. Contive-me para não rir e perguntei: - O que há com eles, são mudos? - Não, Polo, apenas estão conversando pelo Mental. Como já havia lido alguma coisa sobre isso, me dei ares de entendido e não pedi mais explicações, aguardando p ara ver o que iria acontecer. Alídio invadiu um dos grupos dizend o: - Aqui está Polo, para participar das nossas refeiç ões. Para meu maior espanto, todos responderam em coro e no meu idioma: - Muito bem... é um prazer tê-lo junto a nós...Polo . Não tenho a mínima idéia qual teria sido minha expr essão, se de espanto ou de bobo. Mas o que senti é que a aleg ria de todos era sincera e espontânea. Fui envolvido por pessoas de outros Pla- netas, e pela primeira vez, me senti emanado, porqu e eles me cum- primentavam com tanto entusiasmo (igual a nós terre stres, com a- pertos de mãos e abraços), que tive a sensação de e star captando energia. Inexplicavelmente, percebi que minhas atit udes eram bem mais seguras. A cordialidade era tanta, a ponto de esquecer ser eu o único Terrestre entre Interplanetários. Cheguei m esmo a procurar com os olhos alguma coisa familiar; mesas, cadeiras , um canto de bar ou lanchonete, por exemplo. Havia sim, uns obje tos diferentes, muito coloridos, repletos de frutas. Observei algun s homens ali- mentando-se de frutas, sentados em pequenas poltron as de cores va- riadas que tomava a forma do corpo, de acordo com o movimento. Um deles estendeu as pernas e imediatamente a poltrona se esticou na parte inferior, criando o apoio solicitado. As que estavam desocu- padas pareciam bolas grandes e coloridas. Perguntei para Alídio: - Mas, vocês comem?... - Lógico, somos tão hum anos como vocês... - E que frutas são essas...? Bem, para mim são pêra s, maçãs, laranjas... São daqui? - Sim, são terrestres. Coma, Polo, porque enquanto você fi- car por aqui, esta será sua alimentação. - E carnes? Não comem carne, nem de aves? Nem peixe s? - Sim, Polo, aqui para você, nós temos um pescado. - Só para mim? Não quero que se preocupem. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 43 - De vez em quando costumamos petiscar um pescado, mas a maioria rejeita. Tentei sentar numa daquelas poltronas e vi como era m macias, flexíveis e confortáveis. Notei que Alídio sumira. Fiquei entreti- do com a poltrona, mas logo percebi que abria-se um a passagem por onde surgia Alídio, trazendo duas bandejas. Deposit ou uma delas ao lado de minha poltrona, sentou-se também e disse: - Coma à vontade, Polo. Creio que para se gentil comigo, ele também estava alimen- tando-se com postas de pescado, cobertas com creme de frutas. Quando senti o gosto do creme, pensei comigo: tenho que cair mesmo nas frutas; eles não deixam por menos,... enfim, va mos ver que gosto tem a comida dessa gente. Os talheres eram um a pequena co- lher (para mim era plástico) e uma espécie de forqu ilha ou garfo de apenas dois dentes. Provei o pescado. Reconheço que estava fa- minto, mas confesso que estava excelente. Eu, que e stava acostuma- do a me abarrotar de alimentos, fiquei normalmente satisfeito com a cota de alimento que me foi servida. Se fosse na minha casa eu repetiria o petisco por várias vezes. Notei também que a cota de Alídio havia sido menor que a minha, motivo porque ele havia ter- minado e esta à minha espera. Levantei-me, dizendo-lhe: - Já me refiz, muito obrigado, estava ótimo, podemo s ir. - Vamos então ... ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 44 ♦ OS DISCOS VOADORES ♦ HOMEM INTERPLANETÁRIO uumm-- pprr ii mmeenntt eeii ooss hhoommeennss cc oomm uumm ggeess tt oo ddee mmããoo ee ddii ss ss ee aa tt ooddooss aa nnooss ss aa ff rr aass ee mmuuii tt oo cc oommuumm:: "" tt ii vv ee mmuuii tt oo pprr aazz eerr eemm vv êê-- ll ooss "" .. VVooll tt aammooss ààss aall aammeeddaass ,, rr uummoo aaooss ss uubbtt eerr rr âânneeooss ,, oonnddee eeuu eess tt aavv aa aannss ii oo-- ss oo ppaarr aa vv eerr aass nnaavveess .. TToommaammooss aa ddii rr eeçç ããoo ddoo cc eenntt rr oo,, oonnddee eeuu jj áá hhaa-- vv ii aa nnoott aaddoo uumm ii mmeennss oo oobbeell ii ss cc oo eemm cc uujj oo tt ooppoo hhaavv ii aa uumm ggrr aannddee ddii ss cc oo ddee mmeett aall .. OObbeell ii ss cc oo oouu tt oorr rr ee,, aa ii mmpprr eess ss ããoo aaoo vv eerr oo ddii ss cc oo rr ooddooppii aann-- ddoo,, rr eeff ll eett ii nnddoo aa ll uuzz cc aapptt aaddaa ddoo ss ooll ,, ff ooii ddee qquuee ss uuaa pprr ii nncc ii ppaall ff uunn-- çç ããoo eerr aa aa ddee ss ii nnaall eeii rr oo.. AAll íí ddii oo ppaass ss oouu aa mmããoo nnuumm ddooss ll aaddooss ddee ss uuaa bbaass ee ee aauutt oommaatt ii cc aammeenntt ee oo cc hhããoo ss ee ddeess ll oocc oouu,, ddaannddoo ll uuggaarr aa uummaa aabbeerr -- tt uurr aa cc oomm uummaa eess cc aaddaa nnããoo mmuuii tt oo ggrr aannddee.. QQuuaannddoo ss aaíí mmooss ddoo úúll tt ii mmoo ddee-- ggrr aauu,, aa ppaass ss aaggeemm ff eecc hhoouu-- ss ee.. CCoommeecc eeii eenntt ããoo aa ff aazz eerr uumm rr eecc oonnhheecc ii mmeenn-- tt oo ddaaqquueell aass ggaall eerr ii aass ss uubbtt eerr rr âânneeaass .. AA eexx tt eennss ããoo ddeess tt aa eerr aa qquuaass ee ii mm-- ppooss ss íí vv eell ddee ss eerr cc aall cc uull aaddaa.. – Como você pode observar, Polo, a Cidade dos Sete Planetas está sobre pranchas de pedras e o número de galeria s subterrâneas é incalculável. Não fizemos cálculos exatos, mas te mos apenas uma estimativa de uns 1.500 quilômetros quadrados em to da esta região. O espetáculo era deslumbrante, lembrei-me das imens as cate- drais. Só que aqui elas se multiplicavam, tanto na extensão como na altura, como se fosse um único bloco de pedra es cura. Inclusive o chão era de uma rocha muito lisa. Só não fui capa z de decifrar como é que tudo era tão claro... tão iluminado. A m edida que andá- vamos, parecia que estávamos sendo absorvidos pela força das pedra s, pela Nature- za. Mais alguns passos e nos defrontamos com aquilo que tanto im- pressiona os homens da Terra: ali estava um pátio r epleto de "dis- cos". Minha curiosidade era tão grande que esqueci Alídi o do meu lado. Devo ter ficado com cara de bobo, pois comece i a falar in- conscientemente: eles existem... os discos voadores estão ali... Dei com Alídio olhando-me, sorrindo, como quem sorr i com a alegria de uma criança. – V ocê está espantado por que, Polo? Aproxime-se edig a o que está achando. – Algumas são diferentes das outras... – Temos quatro tipos. C ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 45 Dei a volta em torno da nave. Para mim aquilo era d ivino. – Alídio, por que estas naves giram como discos? P or que em toda sua borda há uma saliência de uns vinte centím etros de espes- sura? – Calma, Polo, eu gostaria que você mesmo descreve sse as naves, aliás, explique como você as está vendo, em que posição, explique tudo. – Sim, elas estão apoiadas diretamente no solo, po r intermé- dio de três hastes que terminam no chão com grandes bolas. Assim sendo, todas elas parecem suspensas no ar. No centr o há um tubo de uns 70 ou 80 centímetros de diâmetro; é como se fos se uma passa- gem. Peço a você, Alídio, que me ajude na descrição . – Você vai indo muito bem. Todas elas estão apoiad as nesta parte que sai dessas saliências e que se interligam com a parte mecânica. O funcionamento é feito sob pressão e com a própria e- nergia que a nave produz, principalmente quando est amos no espaço. Nenhuma delas é abastecida com combustível, pois el as mesmas pro- duzem o seu combustível, captando energia cósmica do espaço. O disco que as envolve não está preso a elas. Age em torno sob a pressão da matéria. – Quais são os elementos químicos que vocês usam? Como fa- zem para eliminar os gazes? – A parte exterior é toda revestida com aquela mat éria do balão que deixou você tão espantado (são elementos que agem sob pressão). São os elementos que transformam o ambien te na dosagem por nós determinada: quente ou frio, conforme o est ado em que se encontra no espaço. A parte exterior é feita com um material muito mais resistente. Poderíamos classifica-lo como send o um aço especial reativado atomicamente; é quimicamente des integrado e reintegrado, com a capacidade de captar e emitir en ergias, tornando-se inclusive maleável em determinadas alti tudes, quando se liberta da ação magnética dos Planetas. Quando a nave entra em órbita, deixa de existir a atração magnética: isso ocorre quando a borda saliente que você denominou de disco, começa a receber energias do espaço. Conforme a intensidade de energ ia e em determinados espaços, surgem chamas incandescentes e de muitas cores. Chega a ser até muito bonito. Toda a chapa m etálica do disco se reveste com as capas metálicas de átomos, eletrificando- se e ficando toda iluminada. Mas tudo isso vem da p arte do disco que emite e recebe energia do espaço. – Mas isso não é prejudicial para quem está dentro das na- ves? pois, ao que parece esse potencial de energia possui até a capacidade de torrar o mundo? – Não há esse risco. Usamos elementos isolantes qu e nos protegem. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 46 – Vocês vão me revelar qual é a matéria usada para a forma- ção das chapas atomizadas? E os isolantes usados na parte interna? – Sim, tudo o que você viu vai ser esclarecido, Po lo. – Gostaria de ver o interior dessa nave, mas não s ei se vou me sentir bem. Entramos naquela cabine do centro do "Disco Voador" . O eleva- dor como sempre, foi rápido. No mesmo momento em qu e entramos, a passagem sob nossos pés se fechou. Agora eu e Alídi o estávamos dentro dela. Era tudo completamente diferente do qu e eu imaginava. Julguei que a coisa fosse acanhada, mas havia espaç o suficiente para umas seis pessoas ficarem a vontade. Ele me fe z um gesto, di- zendo. – Eis aqui nossa sala de recepção. Não havia nada de anormal, a não ser o tom metálico com um brilho claro, dando-nos a impressão de estarmos dia nte de um espe- lho. Minha atenção foi despertada para um painel re lativamente grande (como dos nossos computadores), encaixado nu m visor verti- cal de cor branca opaca, parecida com marfim. Vendo minha curiosi- dade, ele explicou: – É um projetor de imagens. Quanto ao funcionament o, não há segredos: é o mesmo sistema de teclado e de saliênc ias. Ele ligou e o visor iluminou-se. Percebi que estáva mos diante de um visor para o reconhecimento da nave. Mas o v isor não nos mostrava as coisas só pelo lado de dentro da nave. Ele ligou a ou- tra parte e disse: – Vamos projetar a Cidade dos Sete Planetas. Vi, então, as imagens da Cúpula, da Grande Cúpula d ourada do Laboratório... Vi as grandes cordilheiras. – Você está contente, Polo? – Bem, isso é emissor ou captador de imagens? Qual sua fina- lidade? – Na nossa concepção, é um emissor que capta as im agens em torno da nave. Não sei se você está entendendo; é u m transmissor que vai buscar imagens que... – Sim... sim, estou entendendo. É como nossa telev isão, só que transmite e capta simultaneamente. – Vamos mudar de cabine, Polo. Enquanto entrávamos ele ia falando: ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 47 – Aqui, consideramos o domínio do Homem sobre a Ma téria e o domínio do Homem sobre o Espaço. Na realidade o que havia ali era algo muito grandio so, para que todos os Seres desta face terrestre se interess assem. Era co- mo se minhas próprias células vibrassem. Estávamos diante de algu- ma coisa superior. Tenho a impressão que apenas os cérebros privi- legiados irão entender minhas palavras, minhas sens ações. Alídio esclareceu: – Esta é menor que a cabine anterior. Mas sob outr o aspecto, é bem maior. Isso, bem entendido, pela sua importância e função dentro da nave. Estávamos diante de muitos painéis. Na minha concep ção, pai- néis eletrônicos, interligados uns com os outros. A cabine não passava de uma câmara, toda ela eletrônica. Painéis do solo ao te- to e todos eles trabalhando com um número incalculá vel de pequenas luzes, piscando incessantemente. Os teclados, també m luminosos, moviam-se automaticamente. A maioria das luzes era violeta e o ru- ído dos teclados agitando-se, era quase que imperce ptível. Pergun- tei qual era a importância de tudo aquilo. – Tudo isto aqui é uma das principais partes que m ovimentam e estabelecem o equilíbrio da nave no espaço, permi tindo-nos, inclusive, programar os roteiros. – Como é possível funcionar toda esta parte eletrô nica? E- xiste aqui algum gerador atômico? – O cérebro energético da nossa nave vem de sua parte ex- terna... Vem do chapeado que a envolve (o disco ou circunferência metálica, o anel saliente que você observou no iníc io). Ele capta energia, transforma-a e retransmite para esta cabin e. Como já lhe disse, não usamos combustão, é a própria energia do espaço. – Sinceramente, não sei como nós terrestres iremos assimilar a ciência cosmológica dos Interplanetários. Não ent endo como um cérebro mecânico possa formar elementos atômicos e ao mesmo tempo receber e dar energia. Olhe, Alídio, estou começand o a ficar desa- nimado. Embora eu não entenda muito bem do assunto, estou avalian- do que existe aqui muita coisa maravilhosa e infeli zmente ainda é desconhecida de todos os terrestres. Estou chegando a conclusão de que toda a grandiosidade da ciência não está na ter ra, mas sim no espaço. Por mais que você me mostre e me explique e sses painéis, para mim eles são cérebros eletrônicos ou robôs. E posso lhe asse- gurar, que nesse campo também nós estamos evoluídos. – Estamos atravessando a era do Homem e do Espaço , ou se você quiser, Polo, a era do Espaço e do Homem. Todo Ser Humano nasce e se cria na Terra, porque é ela quem lhe pro picia seu pró- prio desenvolvimento; isso bem entendido, com relaç ão ao "Homem- Matéria'. Essa é a Lei da qual ninguém pode fugir. Mas o Homem ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 48 Autêntico, como você bem sabe, não é apenas o Homem Concreto. Sua evolução, seu desenvolvimento, dependem da causa na tural do seu estado. A Consciência de Si Mesmo se manifesta quan do no seu sub- consciente, desperta a certeza, a necessidade e uma imensa vontade de se afastar, de se desvincular do ventre da sua M ãe Terra. A própria Mãe Terra tem consciência disso, porque ela também propor- ciona ao seu filho "todo o elemento natural relativ o a sua evolu- ção física", como também vibra dentro da sua Consci ência, todo o conhecimento das "ciências ocultas", que procuram e levar o Homem para o Espaço, cuja expansão e desenvolvimento esta belecem o equi- líbrio da Sabedoria entre o Homem-Matéria e o Homem -Espírito. E o termo "ciências ocultas" ao qual nos referimos, est á sendo usado baseado no próprio linguajar Humano-Terrestre. Porq ue na realida- de, só podemos conceber o "oculto" para os que insi stem em perma- necer escondidos por trás das muralhas da sua própr ia ignorância. Toda a Ciência Cósmica está ai diante de todos nós, clara e límpi- da, dependendo apenas da vontade do Homem-Consciênc ia. Toda a sa- bedoria do Homem-Consciência está no Cosmos, porque é no Espaço Infinito que se adquire a autêntica Identidade de S er Humano. É nele que existem Planos de Evolução, Estados de Vib ração, Dimen- sões e Espaços interpenetrados, desconhecidos pelo homem terres- tre. Mundo esse no qual toda a Humanidade está part icipando, em que todo Ser Humano aprende a ser ele mesmo. Isso p orque no Espa- ço, no Cosmos... no infinito é onde existe toda a m atéria, todos os elementos que proporcionarão a evolução deste Pl aneta. As Ener- gias Cósmicas são mais puras, os Elementos que o Ho mem procura na ciência (todos os mistérios dos átomos e seus compo nentes) são mais fáceis de serem estudados no Espaço, desde que o homem reco- nheça ser do espaço sua origem (dos referidos eleme ntos). No Espa- ço o Homem se transforma num mundo de luz. É o Home m-Energia, o Homem-Cósmico, porque a Terra, num futuro próximo, será o pouso... porque o Espaço será o caminho do Homem do futuro. Desculpe-me meu caro Polo, estou falando demais. – Estou recebendo as suas palavras como uma boa au la. Creio que no futuro muita gente vai entendê-la perfeitame nte. – Bem... minha função não é dar aulas. Por esse mo tivo, laconicamente vou definir o objetivo, a finalidade desta cabine. Tudo aqui é funcional, relativo à natureza do própr io espaço. – Não entendi. - Bem...Polo, toda a mecânica é automática, obedec endo reações da força e energia do espaço. – Então, para que existe essas teclas? Não são par a ser ma- nuseadas? – Lógico o seu raciocínio, Polo. São manuseadas pa ra se determinar a programação relativas aos nossos rumos , quando há necessidade a fim de se eliminar esforço inútil do Mental da tripulação. Mas quanto à energia (captação e revers ão), após longos anos de experiências, observamos que, para n os comunicarmos ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 49 com o exterior com mais eficiência, bastava apenas a transformação da vibração da própria energia. Assim sendo, podemo s nos movimentar e o que é muito importante, podemos nos controlar pela gravidade da força de energia do espaço. – Alídio, se ficarmos aqui... tenho a impressão q ue seus esclarecimentos dariam vários volumes. Mas confesso que estou fi- cando meio confuso. Daria preferência em continuar vendo outras partes desta nave e as outras. – Os esclarecimentos que estou dando nesta, se ada ptam às outras. Você vai visitar todas, mas sem tantas expl icações. De um modo geral, são quase todas iguais, diferindo apena s no tamanho e no aspecto externo. Passamos então para outra cabine. Era como se estiv éssemos dentro de uma coluna, com muitos visores e teclados em torno. Ha- via quatro poltronas semelhantes as camas-assentos, colocadas so- bre molas, simetricamente. As pessoas que nelas se instalassem, ficariam com as pernas encaixadas, quase que encaix ando os pés uns nos outros. As pernas teriam que ser encaixadas. Tu do muito con- fortável, Alídio esclareceu: – Aqui ficam quatro Homens que comandam a nave. – Quais são as suas responsabilidades, como Comand antes aé- reos como se diz na Terra, relacionado com a aviaçã o, ou com os Astronautas?...nos referimos ao Cosmos. – Astronautas ou Comandantes , isso para nós pouca importância tem. O que vale para nós, é a Consciênc ia do Homem. E isso, principalmente quando ele está dirigindo a Na ve. Para isso ele precisa mudar a sua Dimensão. – Isso me desilude totalmente. Como vai a Humanida de da Ter- ra mudar de Dimensão, se vivemos em verdadeiros con flitos de ter- ror e de guerras? Como é possível uma Humanidade ca minhar para um Plano Superior, tendo sobre si toda pressão de guer ras e armas a- tômicas? – Meu caro Polo, você não é um filósofo... porque a filosofia deixa de existir quando penetramos na rea lidade das causas e efeitos. Filosofar é muito bom para grande s cabeças e Espíritos de Homens que julgam ter encontrado as ch aves das realidades de todos os Mundos. São cabeças frescas e a filosofia transforma-se numa perfeita fuga do real. Toda afir mativa definitiva é uma agressão à verdade. Quando o Homem não aceita algo, ele filosofa, razão por que não estamos de ac ordo com sua teoria. E por não aceitá-la, estamos aqui nesta fac e, procurando dar um pouco de nós mesmos, procurando fazer com qu e todos possam ver o outro lado, a outra face de uma visão mais am pla, de um horizonte melhor, enfim, do que seja o Ser Humano n outra Dimensão. Ele precisa esquecer do seu complexo de opressão, n ão só sobre si ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 50 mesmo, como seu próprio semelhante. Precisa desisti r da agressão, porque com esse estado de Espírito, nunca conseguir á nada. Assim, ele só vê destruição. E todos os efeitos e causas s ão recíprocos: ele destrói e é destruído. Estamos demonstrando uma Verdade e queremos que os Homens, inclusive os adolescentes, possam entender a grandiosidade de cada um, ser ele mesmo, conscien te, olhando para o futuro como um Grande Portal desabrochando-s e no Infinito. Eles verão com seus próprios olhos, homens, mulhere s e crianças, caminharem no Espaço, por que Ele é o Homem-Consciê ncia. É esse o homem que traz a paz para si e para toda a Humanida de. Bem, Polo, vamos, não podemos ficar parados muito tempo num só lugar. É necessário que entremos em maiores detalhes nesta p arte relacionada com esta cabine. Observe que aqui exist em quatro assentos; eles são perfeitamente funcionais para da r todo conforto ao corpo do Homem-Cósmico. São funcionais, proporci onando um completo "relax". Este conforto, é para que haja de spreocupação total com a matéria. Quando o Homem Planetário se a comoda, deve esquecer do seu corpo físico, para ficarem Espírit o-Consciência. Ele não trabalha com mãos, braços e pernas condicio nados, mas trabalha com a Mente, consciente de todos seus atos e missões. - Mas, Alídio, não posso entender como podem quatro Homens permanecer Conscientes dirigindo uma nave, cuja res ponsabilidade é muito grande. No meu modo de ver, refiro-me a cada um ter consci- ência de si mesmo, despreocupado com detalhes técni cos, conside- rando-se sua importância dentro da nave. Por esse m otivo, pergun- to: qual é o poder da Mente Humana? Como pode o Hom em dominar E- nergias e abrir caminhos no Espaço, fazendo com que todo o Infini- to vibre com Ele? – Bem, Polo, isto é uma questão que já expliquei q uando estávamos na Quarta Dimensão. – Sim, mas você acredita que os terrestres consegu irão no futuro, viajar em naves dirigidas pelas suas própri as Mentes? – Ora, Polo, negar isso seria negar ao terrestre a verdade de ser ele um Homem. – Peço desculpas, é que fico meio confuso diante d e tanta coisa. – Bem, não podemos ficar muito tempo falando sobre os quatro Homens, ou seja, sobre O Homem Interplanetár io. Você entendeu? – Entender, entendi. Mas, por que quatro? Um não f aria o mesmo? – Sim, desde que não vá além da estratosfera terre stre, um pode dirigi-la mentalmente. Mas quando se vai além, rumo ao Espaço Infinito, em direção a outras galáxias, aí é precis o que seja uma Unidade de Quatro. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 51 – Se estes Seres são quatro, é porque cada um tem uma missão determinada. Usam seus Mentais em quatro partes ou aspectos, como quiser entender. Cada um tem o seu objetivo e pelo seu Mental, es- tabelecem no espaço uma espécie de esquadro, tomand o sempre cons- ciência da primeira, da segunda e da terceira dimen sões (ou pri- meira, segunda e terceira unidades). Quando atingem o Espaço Infi- nito, eles se unem a quarta unidade, que vem a ser a Quarta Dimen- são. Transformam-se, eletrificando-se entre si, qua ndo suas Mentes passam a ser verdadeiras chamas dirigentes. Agora e ntendo o porquê ,de quando entramos na Quarta Dimensão, termos fica dos cegos. É que o Homem Cósmico vê nas quatro faces. Creio que é esse o motivo por que vocês usam Quatro Unidades. – Puxa, Polo! Nunca pensei ouvir isso de um terres tre! – Ei, Alídio, também não estamos tão atrasados com o você pensa. Temos bons livros, bons escritores. Ignoramo s até onde vo- cês evoluíram cientificamente, mas nós estamos tent ando e estamos realizando. – Bem, isso é verdade, mas o importante é podermos reconhecer nossos valores de parte a parte. Bem, va mos adiante. Vamos para estes teclados que são pequenas luzes de cor violeta. – Que vem a ser isso, Alídio? Parece um painel de reconheci- mento que toma todo o espaço em torno da cabine. É completamente diferente das outras partes. Esquisito... parece se r transparente, mas não mostra nada do outro lado. – Aqui é bom que usemos as palavras dos terrestres para evitar confusão. Isto que você está vendo é uma par te, como você mesmo diz, de reconhecimento. Obedece à sintonia do s sons. Capta como se fosse um radar, mas de uma potência descomu nal. Sua capacidade de alcance permite atingir o Quadrante p elas energias da própria Mente. –– MMaass qquuaall éé oo nnoommee?? TTuuddoo ppaarr aa vv oocc êêss éé ddii ff eerr eenntt ee?? – Quanto ao nome, Polo, isso não importa. Esta par te nós não usamos na face terrestre. Ela só é ligada e ent ra em atividade quando funcionam as próprias Energias do Espaço. Sã o ondas emitindo sons pelas determinações das Mentes. Sua c apacidade vem do potencial de ondas que vibram no Espaço. Este é o Quadrante Emissor de Sons, de fora para dentro, em círculos. É através dele que o nosso dirigente centraliza e emite sons para as galáxias e também das galáxias para esse ponto fixo. E há tamb ém a emissão de música. – Música, Alídio? Então poderíamos ouvir música? – Bem... não lhe garanto música das galáxias, porq ue estas rochas dão interferência. Mas vamos ouvir daqui do próprio ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 52 Laboratório. Mas não se espante, pois nossas música s são muito diferentes das do seu mundo. Fiquei meio cismado, imaginando o que seria que eu iria ou- vir. Mas seja lá o que for, estou aqui para isso me smo. Olhando para a parte receptiva transparente, vi que ela com eçou a ficar toda colorida. Iluminou-se mesclando todas as cores , emitindo uma melodia. Conforme vibrava a melodia, as cores iam s e acentuando sempre mais. A música era linda, repousante, suave e as cores des- lumbrantes, sem ferir a vista. Eu não sabia disting uir ou definir o som. Não era violino, nem piano, nem mesmo qualqu er outro ins- trumento conhecido. Parecia que o som sincronizava- se com as cores e vice-versa. Não resisti e perguntei: – Por favor, como é que pode vibrar assim essa mús ica colo- rida? E essa melodia, qual a sua origem? – Você está ouvindo aquilo que queria ouvir. E eu também, ouço exatamente aquilo que gosto de ouvir, Polo. – Pelo amor de Deus, não forme confusão, Alídio. D esta vez estou por fora, muito por fora mesmo. – Você está diante do emissor. Aliás, ele emite e recebe. Poderia até ser classificado de captador-emissor. E sta música límpida tem a propriedade de unificar. É em função da unificação que se estabelece a vibração e o entrosamento com n ossas Mentes. E tudo está relacionado à vibração de quatro, ou melh or, quando a vibração vibra em quatro partes, a matéria é sensib ilizada e é dominada pelas Mentes. – Sim, Alídio, tudo é maravilhoso, é magnífico. A explicação também é maravilhosa, mas quero saber como funciona essa parte em que entra a música. – Para vocês, existe um grande mistério. É tudo aq uilo que deixa de existir, quando entramos na Quarta Dimensã o. Talvez você duvide, talvez irão duvidar os terrestres. Irão até criticar o que aqui está sendo esclarecido. Mas uma coisa é certa: que a música, a Divina Música, como vocês a chamam, existe e está na Quarta Dimensão. Este som, que é como um sopro trêmulo, tu do isso é formado por um desejo seu e meu. – Mas esses cânticos? Esse coral maravilhoso? E ol he a tela. É toda azul e conforme a elevação, vai ficando viol eta. – Tudo isso, Polo, é obra da Quarta Dimensão. Você quer me ouvir? – Claro, acho que vale a pena. - Quando atingimos o último passo da evolução, qual seja, o ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 53 domínio do Homem sobre Si Mesmo, deixa de existir a parte funcio- nal do concreto. Vocês terrestres já estão habituad os a ouvir a música dos Mestres, verdadeiros Gênios da arte que cultivam. Per- gunto a você, Polo, em que parte eles as foram busc ar? Por que pu- deram entrar ou tiveram a capacidade de poder entra r? Acontece meu amigo, que a sua sensibilidade era muito profunda, e que essas me- lodias já existiam. Elas estavam em algum lugar. Fo ram busca-las e alguns conseguiram traze-las quase que na sua purez a absoluta. É pura melodia da Quarta Dimensão. Conforme o seu est ado de espíri- to, era lhes permitido absorver os reflexos da harm onia eterna. Atualmente os terrestres usam mil artifícios, grava ções,efeitos de som, enfim um número ilimitado de detalhes técni cos para ouvir música. Não é verdade, Polo? – Realmente, atualmente estamos excessivamente sub ordinados aos nossos recursos técnicos, mas ainda não evoluíd os como vocês no setor eletrônico. Reconheço que evoluímos, mas s ob certo aspec- to parece que estacionamos. Inclusive dentro desse aspecto, na mú- sica, pelo rádio ao menos, não prevalece nossa vont ade, ou nosso gosto, a não ser entre os que possuem recursos para uma boa disco- teca. – Eis a razão porque eu lhe disse que muitos irão duvidar do que você viu e ouviu. Vão julga-lo louco, afirma ndo: um Homem na Quarta Dimensão, pode ouvir a música da sua próp ria vontade, de acordo com a sua sensibilidade? Isso é impossível. Mas acontece que o Espírito do Homem é uma Harpa Divina. Quando Ele penetra naquilo que vocês chamam de COSMOS, logo sente dent ro de si toda a sensibilidade e toda a vibração que harpeja em perf eita sintonia. É a grande Espiritualidade que vem do Universo. Ela está plena de emotividade, proporcionando-nos a vibração. São mai s de mil cordas vibrando como se uma só mão as estivesse dedilhando . Creia, Polo, no futuro, não já, muitas coisas vão deixar de exis tir. Não quero cita-las porque seria uma maldade. Mas uma coisa po sso lhe garantir: é que o Homem tem que usar toda a ciência , tem que fazer de sua Mente um Laboratório e realizar em sua própr ia matéria o máximo de pesquisas, célula por célula, até sentir, que embora ele tenha vida e que essa vida se alimenta com os eleme ntos naturais da natureza em que vive, ele transcende energia. Be m, Polo, vamos sair desta cabine. Vamos para os esterilizadores. ................................................... ............... ..................... ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 54 ♦ VESTINDO-ME COMO ASTRONAUTA ♦ UM BANHO DIFERENTE ♦ CILÍTRICOS escemos pelo mesmo sistema. Da base do elevador , fo- mos parar na primeira cabine de recepção onde entra - mos em outra cabine que só dava para nós dois. Quas e me sentindo mal, perguntei o que era aquilo. – Aqui somos esterilizados quando vamos receber S eres de outros Planetas. São duas ligações alimentadas por energias diferentes. As pessoas aqui recebem uma esterilizaç ão de raios que as adaptam ao ambiente da nave. Vamos, pois aqui há só esta explicação. – Puxa, Alídio, esta demonstração foi rápida mesmo ! – Mais que isso seria inútil. Vamos sair um pouco da nave, Polo. Ele fez com que eu pisasse no centro da sala de r ecepção e uniu-se a mim. Deslizamos para uma cabine que dava para a base ex- terior. Em seguida saímos e eu mais uma vez, olhei para aquele mar de naves e pude avaliar toda a sua importância. Ana lisei o quanto aquilo representava para aqueles Seres. Para você l eitor, eu digo: pense no dia de amanhã: mas de uma maneira diferent e, porque é possível que ele lhe traga coisas novas. Permita vo cê mesmo, os novos passos para sua Mente e deixe que ela o leve para esse Espa- ço Infinito. E que você também possa ouvir o que eu ouvi, sentir o que eu senti junto a esses Seres de outros Planetas . – Vamos, Polo, observe que as naves são quase toda s idênticas interiormente, mas que na sua parte exter ior, são quatro modelos diferentes: em forma de cistos, como vocês dizem, ovais, ovais alongadas e as maiores, côncavas. – Sim, Alídio, são todas maravilhosas... muito bon itas, ima- ginava que houvesse maior variedade de modelos... F ui interrompido por uma voz já conhecida. Voltando-me, dei de encon tro com GRANDE GRAU, o cientista de MARTE, que também caminhava po r entre as na- ves. Saudando-me, perguntou: – Polo, você já chegou até aqui? É pena que agora eu esteja de saída. Falando isto, GRANDE GRAU afastou-se. Alídio me esclareceu que naquele momento, eu iria ver a decolagem de uma nave. D ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 55 – Não é decolagem o termo usado por vocês? GRANDE GRAU dirigiu-se para uma das naves (para mim, uma das mais belas). Uniram-se a ele oito homens e notei qu e eram bem di- ferentes. Dirigiram-se para as outras cabines e sum iram no interi- or da nave. Alídio apontou para o solo pedindo a mi nha atenção. Sem despregar os olhos de tudo aquilo, respondi aut omaticamente: – Sim... sim, para mim já não existem mais surpres as. NNoott eeii qquuee tt ooddaa aa bbaass ee ddoo ss ooll oo oonnddee eess tt aavv aa aa nnaavv ee,, ssee aabbrr ii aa ddaannddoo-- ll hhee ppaass ss aaggeemm.. TTooddaass eell aass eess tt ããoo ll ii ggaaddaass aa uummaa ppll aatt aaff oorr mmaa ddeess -- ll ii zz aanntt ee,, ppaarr aa ss eerr eemm cc oonndduuzz ii ddaass aaooss cc oorr rr eeddoorr eess ss uubbtt eerr rr âânneeooss aatt éé aa ggrr aannddee ggaarr ggaanntt aa ddaa CCoorr ddii ll hheeii rr aa.. OOll hhaannddoo àà ddii ss tt âânncc ii aa aa eennoorr mmee ggaarr -- ggaanntt aa,, ppeeddii :: – Gostaria de um dia ir até aquela parte. - Deus o livre! Não é assim que vocês chamam seus d euses? Ali, naquele boqueirão corre um vento tão violento que não é possível ficar além das naves. A força do vento daquelas gal erias subterrâneas é capaz de atirar um homem à grande di stância no espaço. A essa altura já não se via mais a nave, tamanha er a a dis- tância da boca daquele túnel. Talvez ela já estives se rumo ao es- paço, longe da Cidade dos Sete Planetas. – Você quer voltar ao Laboratório, ou acha bom per corremos a cidade para ser vista melhor? – Depois disso eu gostaria de sentar e descansar u m pouco, porque acho que já vi tudo. Alídio começou a rir, com aquele riso que só ele sa bia dar. – Você está no começo e já sente exaustão? Bem, en tão vou até o Laboratório, mas antes o levarei a um local p ara que você repouse. Subimos em um degrau e logo percebi que alguma cois a se movia sobre nossas cabeças. Era o obelisco abrindo-se e d ando-nos passa- gem. Ao sairmos, a abertura por onde passamos fecho u-se automati- camente. Agora estávamos novamente junto as cúpulas douradas e co- mecei a pensar como eu teria ido parar ali, junto à queles Homens com tanta Sabedoria. Eu estava precisando procurar uma espécie de refúgio para fechar meus olhos, descansar um pouco, pensar melhor, adaptar-me melhor àquele ambiente completamente dif erente do meu convívio na face da terra. – Você quer mesmo descansar, Polo? – Sim, não é uma questão de querer, sinto que é um a necessi- dade. – Bem, já que é assim, você vai para o meu retiro, Polo. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 56 Caminhamos pelas alamedas até atingir uma daquelas cúpulas douradas. Como elas não tem portas, parece que são as paredes que se abrem com a nossa aproximação. Entramos num reci nto completa- mente diferente do primeiro. O ambiente era realmen te gostoso, não sabia se era o ar, mas tudo que ali estava, proporc ionava bem es- tar. Observei que o ambiente era bem familiar e dec orado com muito gosto. Os painéis pareciam pintados em alto relevo, prevalecendo a arte moderna, até bem abstrata. Perguntei o que rep resentava aque- la pintura. – Aproveitamos um pouco do estilo da Terra,pois a chamos digno, principalmente a parte que vocês chamam de " arte abstrata". Nossos pintores fazem adaptações. Gostamos de coisa s bonitas. Não havia nada que se assemelhasse ao nosso mobiliá rio comum, a não ser aqueles assentos como bolas maleáveis. Tu do era muito simples, o chão idêntico ao de todos os lugares, ap enas havia no centro, um grande aquário com uma boa quantidade de peixes colori- dos. Estranhei a cor dos mesmos e perguntei de onde eram. – Esses que aí estão são do meu Planeta, Polo. Mas aquilo era uma beleza... peixes azuis, dourados e verme- lhos, cujas cores fosforescentes pareciam emitir re flexos lumino- sos em conseqüência dos seus movimentos na água. Ha via até alguns peixes, que pelas formas, pareciam folhas flutuando ... Uma beleza, uma alegria para os olhos. – Polo, não quero mais tomar o tempo do seu descan so. Passamos para um outro interior, local que Alídio d isse ser reservado para o seu repouso. Mas ali não havia nad a onde se re- pousar. Como se fosse me deixar só, disse-me: – Bem, Polo, pode repousar tranqüilo. – Mas não há onde eu possa recostar o corpo e não há qual quer abertura para a renovação do ar? – A renovação do ar é feita externamente. Todos os recintos têm ar de acordo com a temperatura ambiente. – Certo, isso eu notei logo que entrei. Aqui parec e que o ar nos dá um calor completamente diferente. Alídio apertou algo numa daquelas paredes que parec iam vitri- ficadas; imediatamente desceu do teto um volume pes ado, que ao a- tingir o solo abriu-se automaticamente formando uma espécie de poltrona maleável. Alídio fez descer um outro, que com a mesma ra- pidez transformou-se num descanso. Perguntei: ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 57 – Por que vocês usam isso como camas? – Camas? Você pode explicar o que é? – São moveis de diversos tipos e aspectos, feitos para o nosso descanso. Usamos madeira ou metal. Muitos são verdadeiras obras de arte. Esses moveis servem de suporte para os nossos col- chões, também de vários tipos: de molas, de crina o u espuma sinté- tica. Como vê, nós terrestres além de coisas bonita s para o nosso sono gostamos de muito conforto... - Polo, creio que não entendi bem o que é colchão. – Não entendeu? Está bem... isso não tem muita imp ortância, o fato é que este curioso descanso também é muito c onfortável e agradável. – Ótimo, então vou deixa-lo. Pela primeira vez me vi só... e super acomodado. Pr ocurei en- tão o banheiro para minha higiene. Creio que eles t ambém devem u- sar banheiro... De repente, Alídio surgiu novamente dizendo-me: – Perdoe-me, não sou bom anfitrião. Estou tratando -o como se estivéssemos no Laboratório. Venha comigo. Fomos até uma daquelas paredes vitrificadas que se abriu dan- do passagem para um compartimento, cujas paredes es tavam rodeadas de espelhos. Algumas saliências das paredes parecia m nossos conso- les, e sobre eles, objetos necessários à higiene. E stranhei muito o aparelho sanitário, uma bacia metálica onde corri a um fio d'água que secava instantaneamente. Alídio me disse que pa ra explica-lo, seria mais fácil usa-lo e quanto a água, tratava-se do esteriliza- dor funcionando normalmente. Abriu uma saliência e mostrando-me diversas roupas espaciais, disse: – Escolha uma do tamanho que lhe sirva e use este tubo para sua esterilização ou para seu banho com água natura l. Dizendo isto retirou-se. Então fiquei nu, completam ente à vontade dentro de um "banheiro" de Homens de outros Planetas. Nós, para nosso banho, fazemos um escândalo danado com a água. Nosso banho é uma festa de espuma e água. Aqui o curioso é que o tubo transparente, jorra uma água muito esquisita... ela parece que se- ca à medida que toca o nosso corpo. A sensação é mu ito gostosa. À medida em que o jato desliza emitindo água morna, e sta parece que desaparece ao nosso contato. Não se usa sabonete e a sensação de limpeza é completa. Demorei-me além do normal nesse estranho ba- nho. Tranqüilamente, vesti-me com um daqueles macac ões de astro- nautas, mirei-me nos espelhos e até gostei, pois ac hei que vestido como Homem-Espacial, até que eu ficava bem. Sai dal i e fui me dei- tar sobre aquilo que eles usam como "cama". Deitei- me naquela que Alídio reservara para mim, naturalmente ele também logo voltaria ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 58 para o seu descanso. Até que a coisa era muito conf ortável; ela se enrijecia à medida em que recebia o peso do nosso c orpo. Embora o estranho banho tivesse me reanimado, senti uma tota l sonolência e tranqüilamente despreocupado, adormeci profundament e. Quando des- pertei, vi Alídio saindo do "banheiro". Parecia est ar muito ale- gre, pois, rindo ele me disse: – Como é, Polo, está disposto agora? Vamos para o Laborató- rio? – Na realidade eu gostaria mais de conhecer melhor esta ci- dade ou então entrar na parte mais séria, naquilo q ue diz respeito aos conhecimentos que vocês trazem para nós. – Muito bem, então vamos, Polo. Saímos e iniciamos uma caminhada pelas alamedas. Pa ramos um momento e ele me deu uma pequena cápsula. – Toma, Polo, é uma pequena refeição para a parte da manhã. Vocês estão acostumados a tomar mais refeições que nós. Aí você tem o suficiente para alimentá-lo agora. Não quero vê-lo com fome logo cedo. – E vocês, quantas vezes se alimentam? – Nós? Apenas conforme a necessidade do nosso orga nismo. Quando viajamos, nos alimentamos apenas de cápsulas que valem por uma boa refeição e na superfície terrestre usamos a limentação normal de frutas. Mudando de assunto ele passou a me explicar como er am cons- truídas aquelas paredes, que para mim eram vitrific adas. – Polo, passe a mão e veja como é liso e transpare nte. – Para mim, isto tudo parece uma matéria homogênea . Como é que se concretiza obedecendo às formas? – Toda matéria obedece uma composição de elementos químicos, cujos nomes lhes serão dados pelos GRAUS. Mas vou t entar lhe es- clarecer nosso sistema de edificação. Antecipadamen te armamos sem- pre o esqueleto da construção. É como vocês que faz em maquetes em miniaturas, só que nós as armamos em tamanho natura l. Para isso usamos as hastes que se chamam "cilítricos". Sua es pessura é de um arame fino, mas são perfeitamente flexíveis. Estas hastes nos per- mitem criar as formas que desejamos. Uma cúpula, é toda ela tran- çada como quem faz um cesto gigantesco. As paredes são trançadas com o "cilítrico", como se fossem esteiras. Após o término da es- trutura que estabelece a forma, usamos nossa parte mecânica, fa- zendo jorrar esta matéria transparente, de cima par a baixo, que como se fosse uma geleia, vai se agregando às haste s, dissolvendo- as, homogeneizando-se concretamente. O "cilítrico" tem o poder de absorver um percentual de matéria gelatinosa, o que nos possibili- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 59 ta, automaticamente, a uniformidade das espessuras das paredes de acordo com a quantidade de hastes estruturadas. Ent endeu, Polo? – Claro que sim. E essas cúpulas, são todas elas d e ouro ma- ciço ou apenas uma parte? – As cúpulas são formadas com a mesma matéria das paredese do solo e apenas são chapeadas com ouro. – Ouro, Alídio? – Sim, ouro. Porque assim achamos que ficariam mui to mais bonitas e vistosas. – Mas ... o ouro para vocês não tem valor? – Consideramos apenas o valor químico, o valor met álico. Quando penso que toda a Humanidade sofre e se flage la pelo ouro, fico aqui deprimido, pisando sobre ouro e ven do imensas cú- pulas com tanto ouro. Então me sinto mais pobre que o mais pobre dos Homens. Quem não sentiu seu calor sob os pés, s ua luz nos o- lhos, seus reflexos dourados, seu pó no próprio ar que se respira, tem que compreender que tudo isto existe realmente e que o seu va- lor aqui, não vai além da sua própria beleza, em fu nção dos obje- tivos de suas próprias finalidades. Para nós, ele n os suja as mãos de sangue, para eles, ele é dourado refletindo a lu z do sol numa nova dinâmica da vida. – Polo, você entendeu a parte metálica das cúpulas ? – Sim, tudo aqui foi feito pelos Homens da Cidade dos Sete Planetas. Vamos andar? E assim eu e ele caminhamos por caminhos diferentes , até che- garmos rente às rochas da Cordilheira. – A terra é muito fértil, a natureza é uma mãe mui to pródiga. Você sabe, Polo, que existem Planetas ond e as árvores não tem capacidade para se desenvolver? Ficamos adm irados com a enorme variedade de árvores frutíferas. A vegetação aqui é uma das mais lindas. Olhei para o cimo da Cordilheira e achei-a maravilh osa. Era realmente bela e majestosa e além de tudo, alojando um mundo den- tro de si. – Venha conhecer algo que se produz aqui nas Cordi lheiras, Polo. Caminhamos, descendo galerias úmidas. Notei que tín hamos nos desviado da cidade. Penetramos numa grande área pla na e encontra- mos um belíssimo pomar com uma enorme variedade de frutas: laran- jas, maçãs, pêras e frutas silvestres da Amazônia, desconhecidas para mim. Numa ala mais adiante cultivavam o trigo numa grande ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 60 faixa de terra, e numa ala menor o milho. Senti no meu rosto o ca- lor do nosso sol e fiquei feliz por senti-lo em mim . – Vê, Polo, como tudo isto é muito sério? Aqui não se brinca. – Mas, são vocês mesmos que fazem esta plantação? – Todos os que estão na Cidade dos Sete Planetas, estão irmanados. Todos levam muito a sério a sua responsa bilidade. Vamos voltar. Retornamos à cidade; fiquei pensando como a mesma é funcio- nal. Os que ali estão obedecem um objetivo, não vis am vantagens individuais, mas trabalham para algo muito maior. S im, todos estão ali reunidos para um ideal maior, caso contrário, s ete Planetas não viriam se alojar nas Cordilheiras, fazendo pesq uisas tão in- tensas, inclusive conhecimentos sobre o átomo em to dos os seus as- pectos referentes à fusão elementar aqui na Terra. – Alídio, há tempo que estou para lhe perguntar: v ocê nunca se distrai? Qual o seu divertimento preferido? – Distração... divertimento? Nós? Nunca... nem pen samos em usar essas palavras. Nosso trabalho é nosso passat empo, é nele que vemos a realidade dos nossos sonhos. Quando con quistamos algo dentro de uma matéria, ganhamos muito diante dos GR AUS. Em nossas Mentes não existe o retrocesso, vamos sempre para f rente. A cons- ciência de participarmos da Evolução, para nós se t ransforma em divertimento. Bem, você quer ficar mais na cidade o u vamos entrar no Laboratório? – Se assim é preciso, vamos... Assim, ele e eu ent ramos no Grande Laboratório. Conduziu-me para uma grande áre a reservada à análise do material que provoca abalos sísmicos, ta nto no interior como na face terrestre. – Aqui a explicação é básica e simples. Temos por norma saber com o que lidamos nesta face. Encaminhamo-nos mais para o centro, onde notei have r uma quantidade de chapas iguais as nossas chapas de aço . – Alídio, até agora só ouvi ruídos, não notei nada , nem mes- mo qualquer sensação de calor. Ele sorriu e procurando me fazer entender, puxou um painel que se interpôs entre nós e uma grande camada de ch apas. Deslizou os dedos por sobre os botões de comando. Imediatame nte no painel abriu-se uma tela panorâmica, mostrando-nos grandes e pequenas crateras vulcânicas ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 61 – A Terra está formada por substâncias químicas co m maior teor de capacidade gravitante que os nossos Planeta s. O movimento dessa gravitação é sistemática: são larvas que se i nfiltram nos solos atingindo uma enorme profundidade. Mas aconte ce que a terra que contém elementos como o zinco, o ferro e o enxo fre, contém também este elemento chamados por nós de "ácido cít ico". Ele foi descoberto pelos nossos químicos, que estão empenha dos na sua análise para ver de onde provém a elevação dessa po rcentagem de gravidade. Porque é em conseqüência dessa elevação que surgem as formações vulcânicas, abrangendo grandes áreas da e xtensão terrestre. A elevação dessa gravidade está provocan do grandes tremores de terra e maremotos. Esse elemento já est á separado para que possamos apurar em que parte está mais acumulad o, como se fosse um foco que se espalha interiormente, provoca ndo grandes catástrofes. Esse "ácido cítico" é um nome dado por nós, porque sua gravitação é fora do comum e por onde ele passa , deixa uma área completamente eletrificada, carregada de energ ia. Observe, Polo, o trabalho químico e veja com que fúria as la rvas descem e com que facilidade elas se tornam arenosas. – Esta ciência, ou talvez este estudo que vocês es tão fazen- do, tenho quase que certeza que os Homens já o fize ram. Quanto á parte vulcânica, você vai me perdoar, Alídio, creio que já está quase superada. Esta é uma das ciências em que o ho mem mais se a- daptou na face. – Sim, entendo perfeitamente sua maneira e intençã o de elevar o grau de evolução do Homem. Sei que o Homem luta desesperadamente, desde eras longínquas, procurando progredir em todas as ciências, inclusive recorrendo ao próprio ocultismo, procurando transformar ferro em ouro. Foi a era dos alquimistas. Naquele tempo o que conseguiam fazer, obedecia a um a lógica. Mas hoje os tempos mudaram. O Homem superou a ciência d a alquimia e entrou na era da energia. Evoluiu muito e entrou na era atômica. E dentro dessa imensa euforia, o Homem parou como que extasiado diante do potencial descoberto. Então passou a util izar o átomo, moléculas vivas, para fabricar armas, no objetivo de destruir seu próprio semelhante, esquecendo que tem em mãos a ma téria grossa do grande potencial. Ele está com a força, mas se esqu ece que para evitar a desintegração de uma matéria de maior pote ncial de força, tem que usar "acilitico". - Será que existe a possibilidade de um dia irmos de encon- tro àquilo que sonhamos em nossa existência? - Sim, Polo, com a explicação dos GRAUS, o Homem v ai deixar sua vaidade, vai se tornar o Homem na face da Terra e no Espaço, diante dos seus Deuses. - Mas isso vai ser realidade mesmo, ou será apenas lenda ou então uma fórmula para levar o homem à maiores ambi ções, a fim de superar seus arcaicos anseios de agora? ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 62 - Você está olhando bem para a tela panorâmica? - Sim... sim,Alídio, estou olhando. Mas o que eu não enten- do é por que eu devo ver tudo isto. Afinal, falando em português claro, que papel estarei fazendo diante dos meus Ir mãos Terres- tres? - Você, Polo, foi a chave que veio até nós para ab rir um grande Portal oculto diante dos olhos dos Homens. E sse Portal está sendo vedado pelos próprios Homens, por que eles nu nca olham para o céu, observando uma estrela como realmente ela é. Sempre a vêem como sempre a quiseram ver, dentro de suas próprias lógicas, sem analisarem o motivo de sua existência. Hoje, Polo, você está aqui, um Homem comum entre os terrestres, no entanto, voc ê nos aceitou naturalmente. Está no momento, convivendo conosco e até o momento não ouvimos qualquer restrição colocando em dúvida nossa existê ncia. Conside- rou-nos como Seres iguais a você e não como uma esp écie diferente, irracional, como nos julga uma parte da humanidade. Outros, nos imaginam como animais, até com rabos de peixe, mons tros de patas monstruosas e gigantescas, que só procuram destruir . Mas isso tudo é fruto de mentes doentias que só pensam na violênc ia. Com você foi diferente e por esse motivo, lhes somos gratos. Creio ser do seu conhecimento que além de nós aqui na Cidade dos Sete Planetas, existem outros Seres Interplanetários vindos até de outras galá- xias, que procuram permanecer sempre ocultos ao Hom em, com receio de provocar pânico quanto ao seu reconhecimento. Ju lgado sob um aspecto de irrealidade, o Homem-Cósmico, o Homem-In terplanetário se sente neste globo terrestre, fora do seu próprio globo. Isso porque os Homens de outras galáxias, estão sendo ju lgados como es- pécies raras. Desculpe-me, Polo, estou me alongando , mas isto é um desabafo. A grande verdade é que estamos aqui com o objetivo de abrir novas barreiras, cujos obstáculos são as teor ias da sua so- ciedade. Estamos aqui, Sete Planetas, procurando am pliar a visão do Homem em direção ao Espaço. De braços abertos, e speramos que um Ser Humano lembre-se de nos olhar como se visse a s i mesmo. - Sinceramente, Alídio, isso provoca em mim uma gra nde ansie- dade para que venha logo esse dia, em que o Homem p ossa reconhecer as realidades que me estão sendo mostradas. À você, meu caro leitor, dedico estas palavras. Já que eles me dizem que sou uma chave, que pude abrir um Grand e Portal e que é o Portal do futuro, humildemente eu lhe peço: vam os caminhar dentro do nosso próprio reconhecimento, de quem som os e por que somos. Vamos acolher esses Seres que vieram até nós tão cheios de boa vontade, cada um dando muito de si. Vamos olha- los como eles são, vamos nos esvaziar, tirando de dentro de nós o s nossos mons- tros. Libertemo-nos dos nossos horripilantes fantas mas e transfor- memo-nos em Homens-Luz, ligados com o Espaço. - Polo, neste local parece que só conversamos. Com o a principal matéria foi identificada, deixamos que ma iores esclarecimentos sejam dados pelos GRAUS. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 63 - Sim, confesso que não me agrada muito esta parte do Labora- tório. Mas já que você me diz que sou uma chave, cr eio que devo ligar todos os pontos de referência para o futuro. Leve-me e li- gue-me, pois é para isso que estou aqui. - Vamos então para uma parte de ciência. .................................................................................................. ♦ CÂMARA DE ENSAIO ♦ A EDIFICAÇÃO DO QUADRANTE ♦ EXERCÍCIO-FORMA, EXERCÍCIO-FORÇA ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 64 ♦ O VISOR DO PENSAMENTO lídio levou-me para fora daquele local e vi que se dirigia para perto de três Homens que trabalhavam diante de uma grande roda giratória, cuja energia, no centro, pa- recia que se transferia para os mesmos. Alídio deix ou-me ali e fi- quei observando que todos se movimentavam, trabalha ndo compenetra- dos como se fossem abelhas numa colmeia. Agora eu c omeçava a ligar os fatos com outros fatos. Por que tinha que ser eu , se a Humani- dade era tão grande? O mundo jamais vai acreditar n o que estou vendo e embora venha a negar a minha verdade, eu ja mais poderei negar a verdade ao mundo. Isto porque estou aqui, e stou vendo-os, sei que existem, são nobres e espiritualizados. Que será que você leitor, vai pensar de mim? Que estou louco? Que est ou ferindo princípios dos que já se dedicam às pesquisas espac iais? Não... não sou contra ninguém, estou apenas abrindo nossas Mentes, para que possam entender como é fácil participar com Ser es de outros Planetas, como eles são humildes e pacíficos. Quand o você tiver a oportunidade de se encontrar face a face com um del es, não deve fugir, mas sim, acolhê-los de braços abertos. Quero que você crei- a: eles sentem, têm coração como o nosso próprio co ração. Eles a- penas têm algo superior a nós e a única coisa que n os diferencia provocando nossa distância, é o AMOR. E tudo o que fazem, é com o objetivo do Amor, é dar, ajudar. Nunca pensam neles e pesquisam até o Infinito, procurando saber onde há a necessid ade de sua aju- da e seja lá qual for o Planeta, com seus esquadrõe s se atiram ao Espaço para amenizar a dor dos que sofrem. E isso a contece mesmo nos locais onde ainda prevalecem as mentes-feras. E stava eu perdi- do nos meus pensamentos, quando Alídio me interromp eu: - Polo, vou levá-lo para o treinamento de transpor te. - Não sei de que se trata. Que vem a ser isso? - Vamos treiná-lo, para que você se edifique com v ocê mesmo. - Bem... se não for muito difícil... - O que você tem que fazer, é ter consciência e sem pre procurar se apoiar numa espécie de quadrante. Quadr ante é uma distância e ao mesmo tempo o apoio e o objetivo. En tretanto, você nunca deve deixar de pensar no quadrante, esquecend o-se dele como objetivo. - Sinceramente, estou achando meio confuso e creio que para praticar isso levaria anos. - Você está se referindo a pessoas que o praticam há muitos anos. Aqui, o que você tem a fazer é apenas seguir nossa orientação. A ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 65 Fui levado para uma pequena cabine que não comporta va além de duas pessoas. Com certo receio pedi a Alídio: - Você não vai me deixar só, dentro desta câmara.. . Esta luz não são raios ultravioletas da face? - Polo, você realmente está dentro de uma câmara d e ensaios. Para disfarçar meu nervosismo, tentei rir e brincar dizendo: - Mas isto aqui não deixa de dar arrepios. Na Terr a, isto é chamado de "câmara da morte". - Está bem... está bem, mas agora não vamos fala r e nem pen- sar que nos dias de hoje ainda existem meios para s e tirar a vida. Concentre-se apenas no que eu quero que você faça. Na realidade eu tentava me desvencilhar daquilo faz endo per- guntas, numa vaga tentativa de que Alídio desistiss e. - Antes de qualquer ensaio, seria interessante que eu tomas- se conhecimento de tudo isto aqui. Não posso fazer uma coisa, se não tenho consciência de como funciona. Principalme nte esta parte iluminada, que para mim não passa de raio ultraviol eta. E... pelo que sei, quando recebidos em excesso a... - Polo, quero quevocê entenda que esta câmara não foi construída para nós, mas apenas para os terrestres. Você apenas vai representar o Homem da face e vai fazer uma dem onstração de como você pode se desligar de si mesmo. - Mas, Alídio, quero que me explique sobre essas o ndas vio- letas em torno de mim. Vejo que são estáveis, não d ão calor nem frio. - Essas ondas são emitidas por um raio que transmi te a energia do corpo humano... - Você não vai querer me dizer que nossas energias são colo- ridas? - Lógico que são. A capacidade de energia de um Co rpo Humano como é do seu conhecimento, possui maior por centagem de líquido, possibilitando assim sua eletrificação cel ular. Cada célula, formada pelos átomos e seus respectivos sat élites, possui um determinado raio de expansão. O Corpo Humano, an alisado totalmente para dar sua expansão necessária, seria melhor aproveitado em toda sua energia, se lhe fosse propo rcionado maiores possibilidades de transporte. Seria o Homem elevando-se. E isto não deve acontecer só em Espírito, pois ele p ode elevar-se fisicamente. A sua levitação é quando ele transcend e em Espírito. Quando há essa ligação do Espírito, a Mente toma o espaço da matéria. A matéria obedece o círculo na sua ca sa dimensional ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 66 e flutua obedecendo uma causa, que vem a ser a próp ria Mente do Homem. - Mas, o que tem a ver isto tudo com o que você ac aba de me dizer? - Apenas eu quis lhe dar um esclarecimento de como o Corpo Humano é uma máquina de energia. Tanto é que o Home m vive sem comer, mas sem beber não vive, porque é o líquido q ue alimenta suas energias celulares. O alimento contínuo, como se faz atualmente na face, leva o organismo à morte premat ura. Desde o momento que não haja controle, pesando-se todas as calorias necessárias, o que é ingerido a mais, eleva o teor de uma grande porcentagem que se ramifica na parte abdominal, tra nsformando-se em combustão inútil. Polo, me perdoe a franqueza, m as a alimentação dos terrestres tem que ser corrigida pa ra que a natureza humana sobreviva mais. O que desgasta e en fraquece o Corpo Humano, são os alimentos animais. Permita-me um exemplo: se você tem um forno para uma caloria normal, 300 ou 2 00 graus de temperatura, então você regula e controla a caloria permitida pelo mesmo. Mas caso contrário, se você dobra a capacida de calorífica permitida, naturalmente o calor tem que se espalhar , ou então, provocar uma explosão. E isso acontece no corpo hum ano, principalmente com relação as carnes animais e tudo que possua sangue. A combustão disso que vocês consideram como alimento, é totalmente anormal. Bem, Polo, agora o que você tem a fazer é simplesmente permanecer imóvel no centro desse disc o, dentro da cabine. Foi quando notei a existência de um disco de metal, também com aquela cor violeta. Ele também colocou-se no ce ntro e ali fi- camos imóveis enquanto eu esperava por aquilo, que naquele momento era o maior fenômeno em toda minha vida. Sussurrand o, perguntei a Alídio. - De roupa e tudo? Ao que ele me respondeu muito s ério: - Ora Polo, você não gostaria de se apresentar nu, diante de quem vai visitar. - Eu não marquei visita com ninguém. - Mas vai visitar...vai falar com Mestre Jocin. Fiquei pensando, de olhos fechados, braços estend idos ao lon- go do corpo. Sentia-me cansado, talvez por estar as sustado. Quan- tas coisas meus olhos tinham que ver por todos? Con fesso que pela primeira vez, comecei a sentir medo com a grande re sponsabilidade. Sem motivo, sentia-me vacilante naquele local. Num relance, perce- bi que minha segurança era perfeita e senti-me inva dido como numa onda de confiança em Alídio. Realmente ele era perf eito na sua e- ficiência. Concentrei-me e falei firme: - Ou é agora ou nunca, Alídio. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 67 Este somente pediu que eu respirasse três vezes. Recebi de imediato uma sensação de sono e um nevoeiro me envo lveu. Comecei a flutuar... flutuar no espaço. Ao longe, ouvi uma vo z recomendando: - Não se esqueça de se apoiar no Quadrante. Foi nesse momento que senti mentalmente que eu já havia-me identificado com o Espaço. Senti como se fosse a fu são do Homem na Terra e no Espaço e vice-versa. Essa ligação é um E spaço Ilimitado e por esse motivo não é possível, ou não se deve fu gir da sua pró- pria limitação. Lembrei-me das palavras de Alídio: - Nunca se esqueça a edificação do Quadrante. Sentindo-me apoiado, logo percebi mentalmente que A lídio me dizia: - Você vai falar com Mestre Jocin. Comecei a pensar no Mestre e notei algo importante, tão im- portante que compreendi a Consciência. Por que a Co nsciência? Por que o Objetivo? Como o espaço é ilimitado, o que re ge é a Consci- ência. Sendo ela uma Energia, tanto vai para cima c omo para baixo. Está em nós sabermos dirigi-la. Se temos um objetiv o e caminhamos dentro dele, sentimos que a nossa Mente que é a Ene rgia, vai de encontro a outra Energia que é a Mente de Mestre Jo cin. Ai está o que pude definir nesse transporte que fiz, quando v i-me conversan- do com Mestre Jocin, que demonstrou admiração pela minha vestimen- ta achando que ela ficava muito bem para mim. Consc iente, dialo- guei com ele. - Mestre, estou aqui ou estou no Laboratório? O bom velhinho abriu-se naquele paternal sorriso e disse-me: - Meu filho, quando o mundo entender que não exist e a necessidade de máquinas voadoras, ou de máquinas qu e rodam pela face, quando entender que tudo isso tem que ser sup erado, então a humanidade vai sorrir. - Tudo bem, Mestre Jocin? Preciso voltar. - Para quem está em experiência, você está ótimo. Respirei três vezes pensando: preciso voltar ao mes mo local de onde vim. Fui então envolvido por aquela neblina e comecei a flutuar. Lembrei-me do Quadrante e só em pensar, mi nha Mente edi- ficou e o Espaço ficou limitado. Naquele momento re solvi pensar em Alídio, sabendo que uma Energia liga-se com outra, para que eu voltasse a ser eu mesmo. Abri meus olhos e ali esta va ele, sorrin- do para mim. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 68 - Por ser a primeira vez, esteve ótimo, Polo. Ao sair do disco interroguei-o: - Fico satisfeito em saber que tudo foi bem, mas i sso não foi em conseqüência da proteção que vocês me deram? Gostaria de saber também o seguinte: se nossa energia é colorid a, de onde pro- vém todo aquele colorido que nos envolve durante o transporte, pois sua cor é igual a da nossa energia? Alídio retirou-se da câmara conduzindo-me para junt o daqueles três homens que ainda permaneciam em torno daquela roda, que para mim parecia eletrificada. Olhei bem para ele, dizen do: - Você não vai querer me convencer de que aquela l uz colori- da são esses três... - Mas, de que maneira, Polo? - Somente colocando as pontas dos dedos. Notei que realmente eles apoiavam as pontas dos ded os sobre aquela roda, cujo material esbranquiçado se assemel hava muito ao nosso plástico. Alídio pediu que eles se afastassem e a roda dei- xou de ter energia. Pediu que eu colocasse os dedos e qual não foi o meu espanto quando vi o colorido da minhaprópria energia? Era idêntica ao daqueles três Seres Espaciais. - Alídio, isso é muito importante? - Sim, Polo, tudo aqui é importante, mesmo que nã o seja levado a sério, nunca deixará de ser motivo de muit a atenção para nós. Fiquei pensando na razão da transferência da nossa energia. Será porque, ao transferirmos nosso pensamento proj etamos imagens como se fôssemos um transmissor? Na realidade, o qu e posso conclu- ir é que todo esse conhecimento deve ter levado até anos para ser entendido. - Muito bem, Polo, já que você se projetou no Espa ço e entendeu a maneira de como fazê-lo, vamos partir pa ra os ensaios da ligação de uma Mente para outra. - Creio que seria interessante que você consideras se que eu não vim preparado para receber esses conhecimentos que procuram levar o Homem ao desconhecido. Sob certos aspectos, fico deprimido vendo-me passar por tantos testes neste Laboratório . Vocês preci- sam compreender que sou um Homem comum, sem conheci mento de física ou de química. Nunca procurei me aprofundar no estu do da matéria, e o curioso é que agora vejo-me praticando autêntic os atos de fe- nomenologia. O que muitos vão pensar de mim e mesmo de vocês? Jul- garão que isto que faço são fenômenos psíquicos, ou então, imagens ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 69 formadas pela minha Mente. - Não há dúvida de que tudo isto vai fazer com que muita gente pense. Muitos chegarão a alguma conclusão. Ou tros afastarão de si qualquer possibilidade de lógica, mas uma coi sa é certa: de que tudo isso, Polo, tudo o que você vê e sente e o que você está passando, tem que ser aceito por aqueles que quiser em evoluir. Existem apenas duas alternativas, crer ou não crer, que também na realidade, são dois pólos de energia, a positiva e a negativa. Cada um tem o direito de escolha. Quanto ao seu gra u de conhecimento, ele para nós inexiste. Pedimos que nã o fique constrangido, pois aqui estamos para esclarecer aqu ilo que sabemos. - Essa projeção do pensamento é idêntica àquela qu e se faz na terra, principalmente no terreno da Iniciação? - Polo, não vamos entrar no plano das imagens, mas sim, no plano real das Energias e como aproveitá-las para o nosso reconhecimento. - Bem, Alídio, como já disse, estou aqui para ver, aprender e obedecer. Estou para uma causa muito justa, relac ionada com Se- res vindos de outros Planetas. Só essa frase "vindo s de outros Planetas", faz com que eu me curve e diga: Alídio, ordene. Ótimo, bem, isto que vamos iniciar, serão "exercício forma " e "exercício força", controlados pela sua Mente. Vamos para uma pequena câmara. - Câmara, Alídio? Outra vez? - Vamos entrar aqui nesta espécie de Laboratório. - Mas isto se assemelha a uma sala dos nossos Raio s X. Havia como que, vibrando em toda penumbra, tênues raios d e luz. Isso na antecâmara que dividia a câmara principal por um vi sor do tamanho da própria parede. - Polo, preste atenção... o que você vai pensar, s erá projetado neste visor. Este é o exercício entre o m eu e o seu pensamento. Vamos Dizendo isto, ele mexeu num pequeno painel de botõe s e a câ- mara que estava quase no escuro, ficou multicolorid a pelas luzes que se misturaram dentro do enorme visor. Visto ass im, o espetácu- lo era deslumbrante, como se fosse um caleidoscópio gigantesco, num movimento muito rápido. Só ouvi a voz de Alídio , dizendo: - Já, Polo. Foi no mesmo instante. Olhei para o visor e vi proj etado ima- gens que revelaram grande assombro, susto e admiraç ão. As expres- sões se alteravam, interligando as imagens. Aquilo que eu v ia, era eu. O- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 70 lhando para o lado dele, pude observar a projeção d a sua Mente no visor. Notava-se perfeitamente a razão, a convicção e o equilíbrio do pensamento de um Homem. Ali estavam as imagens, a minha e a de Alídio. Então observei que o seu pensamento sobrep ujou o meu e as nossas imagens se fundiram uma dentro da outra. Alí dio fez um mo- vimento e disse. - Pronto, Polo, dá para se convencer? Eis a razão p orque pensamos e podemos projetar à longa distância pela ação da energia do nosso corpo, que impulsiona nossa Mente. - Mas, Alídio, para ser real e sincero, eu estou c omo en- trei. Não entendi. Gostaria de saber a razão dessas luzes de colo- rido tão radiante. Será que as luzes e as imagens r efletem nosso pensamento no visor? Afinal, o que são elas diante do nosso corpo e da nossa energia? Qual o poder de captação que el as possuem a- través do nosso cérebro? Como podem revelar-se dent ro de um visor como se fossem fotografias? - Você vai me perdoar, mas não posso deixar de ser esclareci- do, caso contrário nem eu, nem ninguém vai entender . - Você tem razão, nos antecipamos para dar um gran de salto. Antes de voltar ao exercício, vamos aos esclarecime ntos. Bem entendido, por partes. Não esperava essa sua reação , com tamanho bombardeio de perguntas. Estas câmaras foram feitas para o exercício dos Seres nesta face terrestre, mas elas existem também em outros Planetas. São utilizadas para o exercício dos adolescentes, para que entrem em contato consigo me smos. Quiseram os GRAUS que aqui colocássemos esta, para o exercíc io do Homem Terrestre. E você, Polo, é o primeiro. Quanto a lum inosidade vinda da penumbra, é que ela retrata imagens projetadas e por isso tem que ser feita dentro de um campo eletromagnético co m capacidade de absorver a energia. Quanto ao visor, todo ele é uma seqüência de energias concentradas em chapas formadas em duas di mensões, uma de força radioativa e a outra que pode ser classificad a de força negativa. Elas são super-sensíveis quando recebem i mpulsos magnéticos e diante de um corpo de energia pura, ca ptam e mostram a imagem. Em tudo isto, o mais difícil é a composiç ão das chapas. - Mas isso é uma maravilha. Será que os GRAUS vão dar a com- posição das chapas? Alídio, qual o valor destas ins truções? Bem... creio que esta câmara, atualmente na face terrestre seria um de- sastre. Já pensou? A Humanidade está atravessando u ma fase muito difícil. Parece que ninguém mais consegue raciocina r com lógica. Existem mentes doentias dominando a maioria, com a idéia fixa de destruição. Pense bem meu amigo, nos dias de hoje, isto não seria nada oportuno. Será que os poderosos concordariam e m observar a realidade de seu aspecto, ou então do seu próprio p ensamento? - É o que você pensa, Polo, ela iria tirar a másca ra de muita gente, de muito falso líder. Iria derrubar do s seus pedestais os cínicos maquiavélicos. Ela será sempre uma luz nas trevas, como vocês mesmos costumam dizer. Você já pensou naquilo ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 71 que você mesmo viu da sua imagem? Pessoalmente você não estava projetando seu próprio pensamento, é possível que a té você o ignorasse, mas pode ver no visor o que estava acumu lado no seu interior. Eram suas emoções de espanto, de medo e d e admiração, armazenadas nisto tudo, para que você possa julgar como a maior aventura de sua vida, a sua visita em nossa cidade. Agora eu lhe pergunto, vamos à um pensamento mais perfeito? - Sim, mas antes, permita que eu o formule, paraq ue depois não me envergonhe dele. Da outra vez, você me apanh ou de surpresa. - Está certo. Fique a vontade ... Pronto? Ali estávamos, eu e Alídio, vendo o meu, ou melhor nossos pensamentos. A coisa era realmente espetacular... i nacreditável! As imagens coloridas pareciam um sonho. Pensei no m eu mundo e ali estava eu, vendo a outra face. A medida que ia pens ando a projeção se manifestava como num filme; surgiam os lugares e aqueles a quem amo. Continuei pensando nos meus entes queridos e e les surgiam co- mo se viessem de cortinas abertas em horizontes inf initos. Em de- terminado momento, tentei ver além daqueles horizon tes e imediata- mente, todas as dimensões desapareceram, o Infinito é o ilimitado. Percebi a mão de Alídio no meu ombro. Então olhei d e relance para as imagens do seu pensamento, projetadas ao lado do meu. Não é que comecei a ver formas estranhas, imagens de Seres co mpletamente desconhecidos para mim? Compreendi que o seu pensam ento também co- mo o meu, era de saudade. Estava tão compenetrado, formando ima- gens que quase não ouvi a voz de Alídio quando me d isse: - Pronto, Polo? Entendeu? - Sim, agora posso avaliar a importância disto tud o. Tenho a impressão de que aqui qualquer hipótese do impossív el fica supera- da, pois uma sensação de grandiosidade fantástica, me dá a consci- ência de Ser Humano dentro de uma humilde alegria. Alídio, é uma sensação um tanto estranha, quase inexplicável. É c omo se eu sen- tisse uma imensa alegria, a ingênua felicidade dos meus tempos de criança. Mas, me permita uma pergunta: estas imagen s são apenas ensaios ou se transformam em realidade quando estão sendo emiti- das? - Polo, isto inclusive, é um meio para que todos n a face terrestre possam ver que existe uma razão maior par a cada Ser Humano, maior que ele mesmo: é a força do pensament o. Fora da câmara, vê, transmite e sente o seu pensamento. Est as instruções não são meras suposições, estão baseadas na lógica. Em seguida ele me propôs que saíssemos da câmara, a fim de darmos o primeiro passo para o nosso ensaio mental. Do lado de fo- ra ele me propôs que, de costas um para o outro, no s distanciásse- mos. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 72 - Apenas uns dez passos, quando você se virar para mim, Polo, fixe seus olhos nos meus. Segui suas instruções e ao virar-me defrontei-me co m seus o- lhos penetrando nos meus. Numa fração de segundo, v i o que estava na Mente de Alídio. É bom que se esclareça que eu a penas vi, sem sentir o que ele queria dizer. Recebi sua frase den tro do meu cé- rebro. - Você está vendo? - Sim. Perguntei em seguida como se operava essa transmiss ão de ima- gens através dos olhos. - Pelo fato de você ter passado pela câmara, está ainda recebendo a vibração da adaptação das imagens. Isto , na realidade é muito importante, pois nos revela que você pode v er e até sentir a minha Mente. Essa questão de transmissão de pensamento é comu m na Terra. Gostaria de maiores esclarecimentos, pois pelo que observei, o que você chama de "Transmissão pela Mente" difere da no ssa. - Realmente difere, porque vocês estão profundamen te presos aos cinco sentidos e aos símbolos que neles se refl etem. - Para que eu possa entender e tentar fazer com qu e outros entendam, gostaria que você fosse mais minucioso. M esmo que muitos venham a achar até engraçado, isso pouco importa, d esde o momento em que alguém consiga ter consciência do que vou lh es dizer. - Sim, Polo, só quero que você me responda com con vicção: você viu ou sentiu, minhas palavras através dos meu s olhos? - Eu vi, Alídio. - Antes de iniciarmos outros ensaios, vamos ao que você cha- ma de minúcias. E você têm razão em exigir detalhes , Polo, porque isso é muito importante, como também o é esta parte do Cor po Humano, a Mente. O Homem nasce e vibra e esta vibração se man ifesta logo quando entra no grande portal da vida. A partir des te momento, sua Mente já sente e tem o Sexto Sentido. O que é preci so, na sua ado- lescência, é desenvolvê-lo. Todo Homem desenvolvido no seu Sexto Sentido, ultrapassa as determinações do Homem comum . Nós tratamos da Mente como "máquina impulsora". É como se fosse um mecanismo colocado dentro da caixa craniana, com uma enorme v ariedade de cé- lulas dominantes, cada uma com suas funções específ icas. Tratando do domínio de um Universo, ou mesmo de um Infinito, há, na super- fície dessas células, filamentos onde se manifestam ondas eletri- ficadas que são coordenadas pelo próprio corpo do H omem. A capaci- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 73 dade de energia da Mente, está sempre dentro de um estado e de uma razão. Não é a Mente que domina o corpo físico, mas esse domínio parte dessas células e da medula. Se o Homem está e m condições de organizar a máquina para dar passagem a força medul ar rumo ao In- finito, ele consegue governar a si mesmo, pois essa força é a sua Mente. Mas, se ele pretende governar uma parte do c oração, ou ou- tra parte interna do seu corpo físico, então ele pe rmanece em es- tado superficial. Não é o que domina, mas é o domin ado. A Mente é um mundo à parte; o homem vive sem ela não pensando e não racioci- nando. Mas a Mente não pode viver sem suas forças d e energias e sem as suas descargas eletrificadas. Por esse motiv o é preferível governar do que ser governado. Quando assim acontec e, Polo, desa- parecem a desesperada busca da Sabedoria nas grande s bibliotecas do seu mundo. Os que buscam conhecimento na beleza da Sabedoria dos outros, perdem sua autenticidade, estão se cond icionando es- pontaneamente, estão sendo dirigidos. Mas todo Ser Humano que se conscientizar do Infinito Mundo que existe dentro d o seu Mental, proporcionando-lhe a oportunidade de governo, irá v er quanta bele- za ELE tem a capacidade de lhe transmitir. É quando surge o HOMEM governando o seu próprio mundo. E ao invés de ir ao encontro dos outros em busca de conhecimentos, serão os outros q ue virão a sua procura, porque a Mente do Homem é sábia, é uma fon te de energia eterna e cresce a cada segundo em que o Homem nela mergulha. A Mente está dentro de um Plano elevado. Quando o Hom em também se eleva espiritualmente, está dando a ela o seu Impér io para as for- ças dominantes, não só da própria Natureza, como do próprio Espa- ço. A Mente é igual a um radar, eletrificando, agin do num campo eletromagnético para a sintonia das células que se entrosam uma com as outras, numa vibração contínua. Só posso ana lisar o que sinto em relação a esta parte importante do Corpo d o Homem, mesmo porque a razão, é sermos aquilo que somos, Polo, se m nunca deixar de sê-lo. - Alídio, me perdoe, mas já que estamos nesse camp o de cap- tação, permita-me perguntar sobre algo que me pertu rba. É em rela- ção ao Homem Terrestre... Bem, posso parecer estúpi do, mas vá lá. Por que razão os pés dos Homens permanecem no chão? O Homem também não poderia viver no ar? Quero que você entenda, es tou formulando a pergunta relacionada com seus fundamentos sobre a Mente. - Sim, Polo, estou entendendo onde você quer chega r. Na realidade, o Homem poderia viver no ar. Não só nest a galáxia, como em outra qualquer. Mas existem forças atrativas, ou magnéticas, por vocês chamadas de lei da gravidade, em função e conseqüência da própria radioatividade das crostas, dentro de se u conjunto de atrações e energias, como funciona um imã, com ume norme potencial de atrair tudo o que seja concreto. Esse conjunto d e vibrações energéticas é regido cosmologicamente do Espaço. Se u raio de ação, atinge uma determinada altitude na estratosfera, o que permite que o Homem caminhe de pé na face terrestre. Sem isso, talvez existisse o Homem pássaro, ou então ele estaria flu tuando no Espaço. - Considerado válida sua resposta... mas, afinal o que tem a ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 74 ver tudo isso com minha pergunta? - Se estamos tratando da Mente, Polo, estamos semp re nos referindo ao Universo. E como esse Universo tem que ser entrosado com outros Universos, minhas palavras têm que ser r eais, distantes de idealismo. Gostaria que você, Polo, prestasse at enção neste tema que estamos tratando, pois eu o considero de g rande importância. É na realidade, uma grande chave para vocês. Estes conhecimentos, os Homens procuram guardá-los sob se te chaves. Por esse motivo vou lhe dar uma resposta imediata. Como se trata dessa imensa g randeza da mas- sa concreta-dominante, regida pela força do Cosmos, é natural que a Mente do Homem não encontre apoio, obrigada como está, a movi- mentar-se dentro de forças magnéticas. Há que se co nsiderar que a Mente Humana, constitui-se de um conjunto de vibraç ões puras. A parte do crânio, não filtra para o seu interior qua lquer tipo de energia magnética. Só recebe aquilo que se concentr a nas filtra- ções puras. A função de captação está nos fios, que são os pró- prios cabelos no crânio. Os cabelos expelem a atraç ão eletromag- nética e captam energia pura, originada da própria filtração do sol, vinda do Cosmos. - Mas, isso será que vai ser aceito, Alídio? Para m im, creio que está tudo dentro da lógica. Estou aceitando e c onsiderando tu- do o que você me disse, como conhecimentos analisad os cientifica- mente pelas grandes Mentes de Sete Planetas. Mas lh e pergunto: Co- mo o Homem da terra aceitará a afirmativa de que a sua "chave cen- tral" é a sua Mente? Eu sempre acreditei... Você va i me perdoar, tratando-se do aspecto analisado pelo nosso ocultis mo, sempre a- creditei, repito, que o Homem se divide em três par tes. - Em três, por que, Polo? - Chegaremos lá. Pela nossa classificação, o Homem age até o abdômen em função da Terra. Do abdômen até o tórax, pelo Espaço e do tórax até a cabeça, pelo Infinito. - Ora... ora... estamos entrando no campo em que o Homem descobre as três partes. - Posso continuar? - Sim, continue...,Polo. - Essas divisões de partes estão dentro de uma Lei que nos ensinam na face da terra: é a maneira de religarmo- nos com o Infi- nito. Observando a sua explicação dentro da lógica, senti que ela vibrou dentro de mim, como um sino. Tudo o que você falou encaixa- se nas nossas três partes, ou seja: a primeira part e do Homem vai até o abdômen (Terra-Magnética). A segunda, do abdo me até o tórax, é o Espaço, o equilíbrio captando o próprio Equilíb rio; e do tórax até a cabeça, é o Infinito, recebendo energias do p róprio Cosmos. Isso quer dizer, dentro da minha análise, que se o Homem se inte- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 75 gra em demasia na Matéria, ele se fortifica, solidi ficando-se com o solo. Enfim, ele fica exclusivamente agregado ao concreto, ori- ginando seu desequilíbrio, porque o Homem-Matéria d eixa de sentir todas as emoções e fica completamente todo desnivel ado do Espaço. Quanto ao Infinito, como é um mundo a parte, ele se isola e se fe- cha para não ser prejudicado. Mas quando o Homem se desliga da Ma- téria, entrosando-se no Espaço, passa a sentir emoç ões em torno de si. Ele vibra e sobe como um pássaro para o Infinit o. E no Infini- to, vibra, ilumina e resplandece. É assim, Alídio, que considero o Homem e o Infinito, o Infinito e o Homem, uma só ca usa. - Polo, sinceramente gostei da sua explanação. S e os GRAUS o ouvissem, diriam que aqui não é a Cidade dos Sete P lanetas, mas do Oitavo. Você falou como se fosse um dos nossos. Tra nsmitiu seu pensamento como se fosse meu próprio pensamento. Co nsidero isso, como uma aula magnífica aos seus Irmãos. - Obrigado, fico satisfeito em poder ser útil, em dar alguma coisa. Quem sabe um dia eles entenderão que cada um tem seu cami- nho a percorrer, que cada um tem sua freqüência de sintonia, de vibração para com o Infinito, que cada um é uma ind ividualidade ligada com uma só Fonte e que para descobrir a verd ade que procu- ram, não é necessária a busca desesperada, condicio nada à intelec- tualidade. O ideal seria que todos tivessem consciê ncia de que a Grande Verdade que procuram, está dentro de cada um . Porque o Ho- mem em si, já é uma chave que abre os Portais ocult os no seu inte- rior. E a fórmula é tão simples: basta que ele ame um pouco mais, sinta um pouco mais e procure fazer de si mesmo alg o que possa be- neficiar seus próprios Irmãos... Quando assim o fiz er, estará edi- ficando, elevando-se diante do Grande Portal da Vid a, entrando no Infinito, reconhecendo-se a si mesmo. - Polo, creio que agora você pode penetrar nas min has palavras e considerar o motivo das nossas convicçõe s. Não há dúvidas de que estamos atravessando o Grande Portal , que nos revela aquilo que somos, por que somos e para onde vamos. É o reconhecimento de que, além de sermos ou não sermo s, constituímos partículas do próprio Universo. Quando penetramos n esse caminho que é o reconhecimento da Consciência, ela, para nó s passa a ser o TODO, cuja síntese é o Homem identificando em si ta mbém, um Universo. Mas, para que o Homem possa absorver o se u Universo, ele precisa sentir e ter uma razão de ser. Tem que aban donar as lógicas e penetrar num ideal: crer. Sim... Crer em si mesmo, deixando para trás as fraquezas da matéria, mas con sagrando-se com todas as Energias do Universo. É quando o ser Human o recebe de sua própria Mente, a mensagem de que ele é o portador d a grandeza do Mundo em que vive. Não existe segredos para o aprim oramento do Homem e seu Mental. Atualmente, ele ignora sua forç a e seu Poder, porque não tem consciência. Mas se o Homem atual bu scasse a consciência do grande potencial que irradia de dent ro de si, o mundo não estaria tão limitado para ele, pois conqu istaria o direito de vivência dentro do mundo em expansão. Se ria o Homem- Espaço, o Homem-Infinito, deixando a plataforma ter restre para se ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 76 elevar ao seu verdadeiro mundo. Toda Mente Humana q uando não é reconhecida por parte do seu Corpo Físico, sofre um processo de atrofia. Por sua vez, o Homem, sentindo apenas o se u mundo sem um devido aprimoramento, sem o seu reconhecimento, é a rrastado pela matéria, degradando-se sempre mais, negando à própr ia face terrestre a evolução elementar, desencantando-a pel a energia desperdiçada. O Homem e a Mente, a Mente e o Homem, são cálculos traduzindo consciência ou inconsciência. É o negati vo e o positivo. O homem, Polo, vibra quando entra em esta do de choque. Isso porque suas células atrofiadas vibram e reagem de uma maneira espantosa. Quando nos referimos ao atrofiamento Men tal, isso não quer dizer que a Mente atrofiada não possa se desen volver novamente, mesmo porque aí entra um outroaspecto m uito importante, que é o fator psicológico. - Alídio, sua aula ultrapassa minha capacidade de assimilar e analisar este assunto na íntegra. - Isto não é uma aula, Polo, são apenas palavras d e esclarecimento. Estou lhe dando o que recebi. - É possível que você me julgue inconveniente, mas prefiro que as coisas fiquem bem claras. Estas suas últimas palavras, como você diz, serão aceitas pelos Terrestres. Se é como entendi, o Ho- mem tem que ser claro como a luz, porque a Consciên cia não deixa de ser uma Luz. Não creio que muitos possam receber a sua tese co- mo motivo de evolução para si mesmos. Irão sim, Alí dio, julgar que são pedras atiradas do céu à terra para machucar o Ser Humano no seus próprios princípios terrestres. Sejam quais fo rem as coorde- nadas que vibrem em torno da matéria do Homem, ele tem um princí- pio e o princípio tem um fim. Se, como tudo que ele alucinadamente lutou e produziu nesta face, não o elevou em catego ria, meu Deus, Alídio, então por que estamos aqui? Seria muito mel ancólico per- guntar: o que fizemos de nós mesmos? Será que o Hom em nada tem a colher? Ou ele só destruiu, sem nada construir? Den tro desse ra- ciocínio, parece que mais se acentua o nosso comple xo de inferio- ridade, deixando-nos profundamente deprimidos. Peço que me perdoe, Alídio. Após suas palavras sobre a Mente, confesso que sinto a sensação de que todos nós da face terrestre, ainda somos primiti- vos em Sabedoria. Eu amo meus irmãos e sentirei mág oa se um dia tivermos que começar tudo de novo. Mas o que não po demos negar, é que o sonho de todos nós, tem sido um dia encontrar esta face den- tro de uma só CONSCIÊNCIA. - Sendo assim, Polo, eu ia explanar sobre a Mente e o fator psicológico. Vejo que minhas palavras pesam demais sobre você. Talvez tenha se aborrecido de tanto falarmos em Men te. Vamos deixar isso de lado. - Não meu caro, você nada tem a ver com o que eu s into, mas aquilo que eu possa refletir diante dos demais Ser es Humanos. Que eu não seja obstáculo, para que no dia de amanhã, alguém no futu- ro me aponte como um obstáculo dentro do novo ciclo . Minhas rea- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 77 ções são de um Homem comum, no entanto que minhas e moções, para vocês, deixem de existir, para que se possa abrir a través das suas palavras dirigidas a mim, uma luz ou um sol em bene fício dos meus. - Então vamos lá, finalizemos este assunto, Polo, você sabe o porquê da Mente? O que é afinal a Mente? - Então faça o favor... - Por que, Mente? Porque é um conjunto de valores, é uma energia, é uma Força predominante dentro de um Espa ço e de um Tempo. Tanto o Espaço como o Tempo, são limitados à s suas forças impulsoras. Estas forças são energias limitadas den tro de energias coordenadas pela própria matéria. Quando a matéria deixa de existir nesse Espaço e Tempo, dentro da lógica eles já estão preparados para receber novas coordenadas de energi a, por que em si, eles são Força e Energia, mas só, sem uma limit ação proporcional. Isso em conseqüência da limitação do Espaço proporcionando o Tempo pela Mente. - Depois desta, vamos nos sentar um pouco. O que v ocê disse, Alídio, vai dar muito que pensar e creio mesmo, des pertar muitas Mentes. Honestamente, esse seu conhecimento faz com que sintamos que os Homens da face terrestre estão caminhando, p rocurando uma causa melhor para cada um. E cabe a cada um, a mel hor maneira de unificar o seu mundo com outros mundos que povoam a face terres- tre, fazendo com que todos se convençam de que a Hu manidade não pode só permanecer na plataforma terrestre. Ela pre cisa elevar-se em Espírito, sem morrer, mas viver e resplandecer n o Espaço, por- que Ele pertence ao Homem e o Homem pertence ao Esp aço. Ele jamais viveria sem a luz do sol e sem o esplendor das estr elas. É que na realidade, essas luzes fazem parte da vida humana. Há entre vocês, parábolas que dizem que o Homem se transforma em es trela, ilumi- nando o céu infinito. A grande verdade é que ele só pode iluminar quando transcende, pois é nesse estado que ele est á dando um pou- co de si. - Essas suas considerações relacionadas com o Home m-Luz, nos levam a crer em Seres iguais a você, ou iguais aos GRAUS. Aliás, você, Alídio, nos esclarece muito bem. Mas se todos nós temos a possibilidade de transmudar nossa própria energia, transladando- nos para o outro lado, por que existe sobre nós ess e imenso nevo- eiro, cegando-nos e impedindo-nos de ver a Verdade? - Polo, o nevoeiro existe somente para aqueles que insistem em permanecer dentro dele. - Mas posso afirmar, Alídio, que em conseqüência d estes co- nhecimentos proporcionados pela presença de Sete Pl anetas, esta pobre Humanidade que caminha aflita, mergulhada num mar de lágri- mas, atolando seus pés na lama do sangue dos seus p róprios filhos, esta sofrida Humanidade que sonha pelo dia de amanh ã, como um novo horizonte cheio de paz, amor e compreensão, vai se erguer, vai se elevar... Porque um dia os Homens irão entender o m otivo das suas ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 78 palavras e o motivo dos Sete Planetas na face Terre stre. Apesar de todos os pesares, o Homem procura entender a razão de todas as causas que se movimentam em torno do Globo Terrestr e. Mas, se vo- cês vão nos dar a oportunidade de termos uma visão além do além, posso garantir que jamais voltarão a ser vistos com o uma espécie de monstros agressivos e violentos. Serão vistos co mo Seres Huma- nos iguais a nós. Mesmo porque, Alídio, se você é u ma forma humana e eu também sou, somos autênticos e temos um coraçã o. Se ele é vi- da, então eu digo: enquanto nosso coração vibrar ne ssa Humanidade, vocês encontrarão uma ligação perfeita. Nesse momen to deixará de existir o Homem de Outro Planeta para dar lugar ao Homem-Espaço. E chegará então o momento de dizer: "eu não sou eu, p orque sou vo- cê". Somos Infinitos porque estamos dentro de uma v ibração coorde- nada por um Tempo. - Sim, Polo, concordo com suas palavras, vejo atra vés delas que o Homem anseia por alguma coisa melhor. Estão n elas a verdade da Sabedoria do Homem. Vamos fazer votos para que u m dia todos possam entender. - Quanto à Sabedoria, Alídio, ela é Infinita, asse melha-se à luz interpenetrando o Espaço-Tempo. Está em toda pa rte, quer acei- temos ou não. Está dentro de nós, porque fazemos pa rte dela e sen- do como somos, pequenos mundos de luz, identificado s por um Tempo- Espaço, também somos Sabedoria e assim sendo, somos eternos. - Polo, estou boquiaberto com suas dissertações. C reia... Não estou brincando não. Mas fico satisfeito em ter mos recebido aqui na Cidade dos Sete Planetas, uma criatura trad uzindo-nos o autêntico ideal de todo Ser Humano. - Não é bem isso. É que gostamos e pretendemos faz er de nós, alguma coisa de melhor. Aceito todas as instruções dos GRAUS, con- cordo com todos os esclarecimentos. Mas também quer o que fique claro, que o Homem não está tão fora do mundo dele como vocês pen- sam. Ele já está esclarecido. Só que o que estava faltando, era este impulso relacionado com as suas palavras. Espe ro, Alídio, que você tenha a plena liberdade de me chamar a atenção quando não houver a convicção das minhas palavras. Quero since ridade absolu- ta. - Pode deixar, que quando houver falhas, saberei v ê-las. Percebi que Alídio estava com seus olhos mergulhado s em ou- tros mundos. Talvez já estivessecansado de andar c omigo de lá pa- ra cá, explicando tudo. Creio que não é fácil ser d e outro Plane- ta, pensei comigo, pois eles assumem e cumprem a o brigação de dar... sempre dar. E o mais impressionante é que nu nca pedem nada. Talvez seja esse o imenso alicerce com que eles con stróem esta Fraternidade Universal de Mentes. Essa é a grande r azão de sua permanência aqui na Terra: dar a compreensão e o en tendimento aos Seres Humanos. Meu Deus, como somos pequenos diante de tanta gran- deza, de tanta bondade e amor. É o que está nos fal tando nesta Fraternidade Humana Terrestre. Mas, permita que eu me dirija a TI, ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 79 meu DEUS e meu PAE: se estás me ouvindo, se sou mer ecedor de fazer uma prece, que eu assim possa falar; Se estás em to da a parte e nós somos a Tua Essência. Se somos por TI creados p ara dar vidas e mais vidas, será que a nossa colheita veio de semen te fértil? Se o fruto que nos veio nos foi dado pelo TEU Ventre, o fruto doce como mel e o amargo como fel, por que, PAE, essa separa ção? Se as á- guas todas se encontram nesta face, por que, PAE, o s Homens não se encontram? .......................................................................................... ♦ MERGULHANDO NO CORPO DO UNIVERSO ♦ O TUDO NO TODO ♦ ESTADOS DE CONSCIÊNCIA ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 80 ♦ HOMENS-LUZ DE ATLANTIDA ♦ ATLANTIDA olo... Polo... o que há? Você está mergulhado no co rpo do Universo. – Eu, mergulhado? – Sim, porque na realidade, Polo, quando a mente f lutua ela se desliga da matéria e se eleva no espaço. Ela é c omo um vento que atinge a área determinada pela força de onde fo i impulsionado. Somos na realidade, idênticos à todas as formas e m aneiras de ação da própria natureza humana e terrestre. Mesmo incon scientes, essas vibrações que giram em torno do Corpo do Homem, sej a Terrestre ou HOMEM-ESPAÇO, ela se torna uma parte de onde ele es tá. Tudo dentro de um Corpo Humano, está relacionado com a própria natureza. Todas as suas reações são formas adquiridas no TEMPO-ESPA ÇO. Mesmo sua maneira de raciocinar, de pensar e de agir, são for mas naturais. O Corpo do Homem, sendo matéria num aglomerado de for mas interliga- das dentro da natureza, está sujeito à todas as rea ções desta. Quanto à maneira de pensar, é questão do seu Estado de Consciên- cia, porque em si, ele é capaz de destruir seu corp o natural, mas isto, muito depende da consciência, porque ela jama is, permite a autodestruição, sendo como é, o seu principal objet ivo é estabele- cer a ligação com Tudo no Todo, até mesmo dentro da natureza do próprio Homem, onde se condensam nas suas formas as energias de átomos, reagindo nas expansões eletromagnéticas. O Homem tem den- tro de si, também as ações e as reações do próprio magnetismo da Natureza e das energias do Espaço. A própria ação d a Natureza é consciente nas suas ações e reações. Porque ela sab e até onde pode coordenar suas forças e onde deve parar. O homem, n a sua autenti- cidade, é a própria Natureza. Esse é o motivo pelo qual sua Mente, as vezes, é uma fração de segundos e as vezes é ete rna. Esta minha explanação veio enquanto você pensava. Procurei ver seu pensamento e creio que isso vem a calhar como uma resposta. As sim será o mun- do, meu caro Polo. O futuro aí está e a juventude c aminhará enga- lanada numa grande corrente de Luz, levando a chave do Grande Por- tal no Novo Ciclo que é o ESTADO DE CONSCIÊNCIA tão sonhado por nós todos. E assim será. Os jovens de amanhã, aquel es que encon- trarão nos seus caminhos HOMENS-ESPÍRITO, HOMENS-ES PAÇO, jamais pensarão em afugentar seus Irmãos de outros Planeta s. Irão sim, dar-lhes acolhida dentro do seu mundo onde prevalec e a consciência e a compreensão. Quando esses jovens quiserem parti cipar de um no- vo caminho, na sua seqüência de pesquisas em torno do Espaço Infi- nito, irão encontrar o apoio dos seus Irmãos de out ros Planetas e então não estarão sós, mas sim, unidos à uma força que lhes irá dar a oportunidade de entender que a Fraternidade e stá em toda a parte, sendo como é Infinita, sendo como é AMOR. Es ses jovens, à quem você muito ama Polo, e que também nós amamos, têm que ser compreendidos e ter respeitadas suas incompreencões . Tem que se estabelecer um diálogo amigo e franco. A sua margin alização é um crime, quando o grande roteiro da Humanidade é a pr ópria unidade. P ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 81 Toda a sua revolta é plenamente justificada, quando se lhes nega consciência plena. Sua reação é a própria reação da sua natureza atuante, vibrando em cada um. – Esse assunto, Alídio, para mim é da máxima impo rtância. Principalmente quando nos é revelado o grande inter esse de vocês para com os nossos jovens. E quando nos referimos a eles, automa- ticamente pensamos no Grande Portal do futuro, mas quero que saiba Alídio, que toda a Humanidade tem grande interesse pela sua juven- tude. Na realidade, a Humanidade sofre e chora pelo s seus jovens. É muito triste ver seus filhos e neste caso são sempre os jovens, tombando em lutas, trucidando seus próprios Irmãos. E a nossa pro- funda amargura é que todas as lágrimas da Humanidad e parece que ainda não foram suficientes para nos dar a Consciên cia Humana. Nessas lutas onde tudo se desintegra, é que a juven tude se torna inconsciente de seus próprios padrões de Unidade Es piritual. Apa- vorados, temem o encontro com seus Irmãos. Não exis te nem a cons- ciência dos ideais, se é que eles possam existir qu ando servem à guerra. Julgam-se mutuamente dentro da sua inconsci ência simultâ- nea, reconhecendo apenas a irracionalidade de cada um. Dentro des- sa luta de séculos e séculos, arrastam sobre si mes mos, deixando à sua passagem um doloroso rastro de sangue. Como pod emos Alídio, virar a página do livro da Sabedoria, sem fechar no ssos olhos di- ante do nosso passado, trágica herança dos nossos c aminhos rumo ao Infinito, se ainda não temos consciência da razão e da causa "por que estamos aqui"? – Na realidade foi bom e você Polo, está certo em citar es- ses fatos. Ninguém pode arquitetar algo e mesmo con struir, se não tem consciência. Já que entramos nesse aspecto do H omem, vamos ca- minhar num sentido de dar maiores explicações. Dent ro do seu con- ceito, se o Homem se encontra em consciência, ele p erde a vida ma- terial, inclusive decai seu conceito de cidadão nor mal. Se ele permanece apenas na matéria, perde a Espiritualidad e. Isto é o que ele julga de si. Mas na realidade, bem no fundo, lá no seu interi- or, no seu EU INTERNO, o Homem tem consciência de como ele é e tem consciência para onde vai. O que lhe falta é ter co ragem de acre- ditar em si mesmo. O que mais acontece ao Homem qua ndo é tomado pela dúvida? Ele estaciona para raciocinar e analis ar o que está certo ou o que está errado. A dúvida é o próprio fa ntasma do Homem na face terrestre. E ele tem que se libertar desses véus semelhan- tes às sombrias neblinas que caem sobre o seu estad o de consciên- cia, para que tropece e veja as pedrasdo chão. E q uem está caído só pode rastejar e nada ver além de pedras. Quando o Homem se er- gue, ele passa a divisar o ESPAÇO-INFINITO. Todos o s Seres Humanos desta face estão passando por uma fase de evolução de si mesmos. Esta evolução é o reconhecimento que exige de cada um o máximo es- forço, no sentido de se recuperar na participação da vida e da morte. Na realidade, não existe a inconsciência, ma s sim a consci- ência. O que há, são as maneiras de o Homem estabel ecer concepções do seu idealismo, procurando galgar degraus conquis tados pelo seu esforço. Como você vê Polo, o Homem em si tem consc iência mas vive inconsciente, porque ele julga que só assim consegu e sua sobrevi- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 82 vência na matéria. E se estamos neste terreno de re conhecimentos, como você diz, isto nos leva a remover montanhas, p ois nós acredi- tamos no Homem. Acreditamos nos Seres dessa face te rrestre como Consciências Humanas que um dia irão se unir a nós dentro de uma espontaneidade absoluta. E creia, não será o HOMEM- MÍSTICO, mas o HOMEM-CONSCIÊNCIA, o HOMEM-LUZ. – Vou rememorar os fatos para você, Alídio. – Rememorar, no momento não faz sentido. – Está bem, só quero que ao terminar este capítulo sobre a Mente, eu possa atingir seus próprios pensamentos. – Sim Polo, pode ficar certo de que com estes escl arecimen- tos, no dia de amanhã, você já vai falar pelo seu M ental. – Não pretendo tanto, mas confio em você, Alídio, pois as- sim iremos encontrar caminhos menos difíceis e espe ro que em todos eles possam encontrar a Mente despertando. – Polo, nunca é demais insistir neste tema da Ment e. É pre- ciso que o Homem se convença da sua importância, a fim de que ele mesmo saiba onde deve apoiar sua Mente, porque é el a que se entro- sa dentro da sintonia do Universo. É o Mental que s obrevoa o Espa- ço percorrendo o Infinito numa vibração contínua e transmite ao corpo físico do Homem todas as sintonias de grandes vibrações. O Mental é um todo poderoso, ele é Creador no seu des envolvimento, qualificando e edificando as imagens dentro de si m esmo. E sendo um Creador, ele é a imagem do Grande Arquiteto, dan do ao Homem as formas mais qualificadas. Ele também possui a sua q ualificação, determinante do seu potencial. Mas compreender e avaliar a sua grandeza como ele é ou não é, cabe exclusivamente ao Homem. Ele assim o faz, atendendo ao seu estado psíquico, base ando-se no pre- domínio de suas leis e muitas vezes, paradoxalmente negando a pró- pria Lei que é o Mental. – Não entendo como o Homem seja tão estúpido a pon to de ne- gar algo para si mesmo. – Não é tanto assim como você pensa, Polo. O que q uero di- zer é que se todo homem tivesse consciência de como ele é, o que pode ser e, principalmente o que ele representa par a si mesmo, ja- mais permaneceria somente no físico. Toda forma em si é uma ciên- cia, toda matéria em si é um estudo. Eis a razão de você depender muito de si na parte global, para que se ajuste num a unidade de confraternização interna. – Tenho a impressão de que tudo isso que você me d iz Alí- dio, eu já consigo perceber como se fosse uma vibra ção dentro de mim. Creio que isso quer dizer que o meu mundo come çou a desper- tar. Meu mundo começou a viver e eu posso entendê-l o sem que você precise falar. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 83 – Todo esse nosso roteiro de explicações sobre a Mente, o- bedeceu a uma finalidade: despertar em você polo, a capacidade de se entrosar dentro de mim e eu dentro de você. Isto quer dizer, Espiritualmente é a ligação do Grande Ego Vibrátil que está den- tro de cada um. Este Ego tem a capacidade de dar um a vibração ca- paz de atingir freqüências no Espaço e na Terra. Co mo somos formas obedecendo leis dirigidas pela Natureza e pelo Espa ço, podemos di- zer que estamos passando por uma fase em que se ati nge uma alta conquista de Homem no Tempo e no Espaço. É o reconh ecimento de co- mo ele é. É o descobrimento de como ele pode manipu lar os fios que se interligam aos outros, a fim de que todos possam saber como são. Em todos haverá um sentimento de resfriamento dentro de si, mas isso, são seus próprios valores predispondo par a fora a pró- pria realidade de Ser. - Alídio, desculpe a interrupção. Em que sentido vo cê procu- ra destacar o Ego? Ele também é estudado dentro dos seus mundos? – Sim, Polo. Trata-se de darmos um sentido mais po sitivo sobre o que estamos dizendo, procurando fazer com q ue todos nos entendam, razão porque estamos canalizando este ass unto, inclusive para o aspecto do Ego. – Mas qual é a realidade do Ego dentro do Ser Huma no? Entre nós ele é uma força realizadora, dentro de nós é o peso... Quando ele transmite é que estamos nos elevando. – Polo, nós classificamos o Ego como uma autêntica potên- cia. Uma força dirigente que domina o Homem no Espa ço. É o domí- nio, o império, a fortaleza e a grande coluna do Se r Humano que vibra, não só no Quadrante da face terrestre, mas t ambém dentro do Infinito. O Ego em si, não é mais do que todas as e nergias conju- gadas do Homem em seu próprio corpo. – Na face, nós nos referimos ao ego de uma maneira angeli- cal, espiritual e até iniciática... Pelo que você d iz, Alídio vo- cês o classificam como se ele fosse o próprio Unive rso. Isso quer dizer que ainda temos que descobrir meios de nos co municarmos com nossas próprias fibras, que sustenta essa força den ominada Ego? Por que Ego? – Porque houve um tempo, nesta face terrestre Polo , em que os Homens avançaram muito em conhecimento, aprofund ando-se real- mente em todas as ciências. Esses Homens vieram pre destinados a praticar a Ordem do Grande Símbolo e da Grande Chav e da Terra. Chegaram a praticar e reconhecer todos os Planetas. Sua Sabedoria era muito avançada e já tinham entrado na fase do P lano do Mental. Já se entendiam pela Mente. – Alídio tudo isso já ocorreu na face da terra? – Polo, não vá me dizer que minhas palavras não tê m senti- do. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 84 – Não estou duvidando, se as vezes procuro maiores deta- lhes, peço que não me julguem no sentido de dúvida. Alídio, creio que você estava se referindo aos Atlantes. – Sim Polo, na realidade queria entrar um pouco ne ste as- sunto, os Atlantes ou Atlantas, não sei como vocês preferem. Embo- ra ainda vocês duvidem da sua existência, o que pos so lhe afirmar é que eles foram uma realidade e evoluíram até dema is, com amplos conhecimentos das forças da natureza. – É verdade que esse povo foi castigado e submergi u, e o que restou ainda vive nos Mundos Subterrâneos? – Sim Polo, mas pelo que nos foi dado conhecer, es sa é uma parte na qual não devemos tocar, pois se trata de u ma força. – Mas que força Alídio? Pelo que você me diz sobr e eles, parece que não há nada que se recomende, a não ser que eles eram Homens muito avançados em ciências, com grande Sabe doria Oculta, praticando em demasia o magismo... – Permita-me, Polo, como se trata de um assunto sé rio, sou da opinião que deva ser tratado com justiça diante dos Seres Ter- restres. Só quero dizer sobre os Atlantes, aquilo q ue foi a ex-pressão da verdade. Há muitas lendas e mistérios em torno deles, que os terrestres parece, gostam de alimentar. – Eu gostaria de saber onde está localizado o mun do deles. – Sem ordem dos Graus não posso dar qualquer localiza ção geográfica. Posso falar aquilo que sei dos Atlantes , mas dentro dos limites que recebi. – Mas afinal, o que pode interessar os Atlantes ne ste rela- to? – Acontece Polo, que o que viemos fazer hoje aqui, há milê- nios foi feito igual, mas com um agravante: é que a Humanidade da- quela época era excessivamente primitiva e talvez n ão estivesse apta para receber os conhecimentos. Humanidade primitiva? Mas isso tem alguma relação com os Atlantes? – Sim Polo, eles nos deram crédito e praticaram tu do aquilo que lhes foi dado. Uniram-se numa grande nação e fi zeram dela um imenso império de Força e Sabedoria. Nunca alguém d a face terres- tre foi tão sábio quanto eles. Iniciaram como adora dores do Sol Interno. Não acreditavam neste sol da superfície, p ois achavam que eram dois corpos, um emitindo energia para o outro. Construíram os maiores templos, de uma esplêndida magnitude. Tudo que era belo nas suas construções, iam buscar além da crosta ter restre. Eleva- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 85 vam-se no espaço em busca de uma grandiosidade maio r para si e pa- ra a sua nação. Cresceram e multiplicaram-se, aumen tando mais a sua Sabedoria. Enfim, sabiam tanto quanto nós da C idade dos Sete Planetas. Tinham naves que permaneciam no espaço e muitas vezes impunham terror às cidades que não lhes agradavam, desmoronando-as e destruindo-as com suas forças. Chegaram a neutral izar a própria morte, pois suas forças energéticas dominavam a mat éria. A Ciência atingiu realmente uma culminância quase inacreditáv el. Pena é que a praticavam para fins indevidos. Quando começaram a evoluir, ain- da arraigados ao fanatismo de uma disciplina doenti a, aplicavam castigos horripilantes e criminosos aos que se dese ntendiam ou e- ram julgados culpados. Embora isso fosse raro, tem que ser dito: esse foi um dos maiores crimes contra a Natureza, o enxerto de a- nimais em Corpos Humanos. Sua capacidade lhes permi tia isso e cri- avam verdadeiros monstros. Homens com cabeça de ani mais. Por outro lado, usaram quase todos os conhecimentos para a co nquista da For- ça Mental. Muitos, quase a maioria, já estavam cons agrados como HOMENS-LUZ, Homens da Quarta Dimensão. Mas por incr ível que pare- ça, em muitos ainda prevalecia os instintos. Esse f oi o motivo que provocou a divisão da nação. Em uma parte ficaram o s Atlantes HO- MENS-LUZ e na outra os idealistas. Então começaram a surgir os choques de horror entre ambos, sempre com a vitória daqueles que ainda estavam subjugados ao instinto, em conseqüênc ia de sua fero- cidade inimaginável. – Mas Alídio, não entendo. Se os HOMENS-LUZ atingi ram a Quarta Dimensão, como se deixaram subjugar pelos id ealistas? – É que quando atingimos este estado de Luz Polo, perdemos a capacidade de ver o mal, não vemos crueldades, de sconhecemos o ódio e só damos Amor. É a lei que está dentro de nó s, Lei que do- mina todos os nossos sentidos e não podemos lutar c ontra ela. Ela é mais forte que nós. Essa é a razão porque os HOME NS-LUZ pereci- am; não tinham forças para lutar com eles mesmos. – É lamentável Alídio, esse fim tão deprimente dos Atlan- tes. Dizem que até governavam o mar. – Não sei disso não, Polo. Sei que não viviam só n a super- fície. Viviam em dois mundos. – Então tinham asas, Alídio voavam? – Polo, já lhe disse que tinham naves, como nós. – Ainda não consigo entender como Seres com tanta capacida- de e tanta força, fossem varridos da superfície com o ervas dani- nhas. – Na realidade, Polo, uma parte deles merece todo o nosso respeito. Foram Homens maravilhosos, fizeram grande s reformas em sua nação, pretendiam expandir seus conhecimentos p elo mundo. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 86 – Alídio se eles foram na realidade Homens de Con sciência, como puderam se perder dentro dela? – Polo, como esclareci, existiam duas partes: Uma de HO- MENS-LUZ e outra de HOMENS-IDEALISTAS. Estes último s formavam to- dos os seus projetos baseados nos seus ideais, mesm o que tivessem que passar por cima de todos os obstáculos. Idealistas são aqueles que não pensam a não ser em si próprios e toda a su a luta é ego- cêntrica, no sentido de fazer com que sua individua lidade sobres- saia. Quanto aos HOMENS-LUZ estes eram a Consciênci a e mesmo sendo a parte maior, foram subjugados. – Vocês Alídio, não teriam uma outra maneira de cl assificar os Atlantes para que a Humanidade pudesse distinguí -los melhor? É que não estou autorizado a falar muito deles, P olo. Não cabe à nós relatar todas as suas minúcias, mas sim ao próprio Ho- mem que irá encontrá-las e descobri-las com seus pr óprios olhos. – Mas Alídio, desculpe se insisto, ao que me const a a cida- de deles mergulhou no Oceano Atlântico. – Bem, Polo, isto baseia-se na teoria do homem e s ão apenas suposições. Mas, na realidade, as cidades... – Não vá me Alídio, dizer que são as Sete Cidades Ocultas. - Polo, não estou aqui citando conhecimentos de ocu ltismo, e nem mesmo relacionados ao interior da terra. Só pos so tratar da superfície. – Está bem Alídio... está bem. Mas a minha vontade de estar dentro da realidade de todas as coisas ocultas, faz com que eu se- ja até inconveniente. Tudo isso sempre me impressio nou e eu sempre quis estar a par destes fatos, poder apalpá-los e s enti-los como na realidade são. Mas uma coisa eu lhe garanto Alíd io, se esta no- va Humanidade caminhar somente dentro das suposiçõe s, sem sentir algo de real e perfeito cuja origem possa ser anali sada como uma verdade profunda, jamais ela vai dar atenção aos ch amados Homens do Espaço. Na realidade, todas as vezes que os HOME NS-LUZ atingi- ram esta meta rumo à face terrestre, nunca se deixa ram ver como em verdade são. Vocês acusam os Homens de não os recep cionar bem, mas são vocês que se ocultam nas noites escuras, escondendo-se nos di- as de sol para que não sejam vistos. – Tudo isso já foi discutido anteriormente, Polo. Foi ex- plicado que nada temos contra os homens. Estamos aq ui para ajuda- los. Falando com você para que seja um mensageiro d e paz entre o Homem-Espaço e o Homem desta face. Somos mensageiro s vindos do In- finito, para ensiná-los como atingir o Espaço. Sim, meu caro Polo, é esta a verdade dos fatos. Vamos então focalizar o motivo do ex- termínio dos Atlantes. A maioria que havia atingido a Quarta Di- mensão, se constituía de Homens-Consciência e eram grandes Sacer- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 87 dotes vivendo em suas cidades com suas famílias. To dos os Homens eram ordenados Sacerdotes e as mulheres Sacerdotisa s. Acontece que seu imenso conhecimento não foi espalhado para toda a humanidade, e grande parte do que foi dado entre si não obedeci a a objetivos de Paz, o que provocou a ruína de cada um, pois os idealistas jul- gavam-se deuses, pela força que possuíam. Chegaram inclusive a e- fetuar experiências atômicas, desvendando os grande s mistérios do átomo. Mas ignoravame não estavam preparados para o grande grau de energia da superfície. É possível que tenham fei to as mesmas experiências de explosão atômica que o Homem faz at ualmente, só que em proporções bem maiores, de onde podemos tira r a conclusão de que os Atlantes se desintegraram espontaneamente . – Não entendi esse final. Desintegraram-se? – Polo, para estabelecer os limites do Tempo no Es paço e do Espaço no Tempo, nunca foi exigida especificamente a condição de ser Atlante. Como é do seu conhecimento, qualquer H omem pode esta- belecer esses limites. Isso ocorre quando você se v ê mergulhado num ponto chave, já não tendo mais onde se expandir , ele mergulha dentro de si mesmo, transformando-se numa Esfinge. Isto quer dizer que, silenciosamente o Tempo vai passando, atravess ando séculos, mas que, a sua forma permanece intacta, sem nada af etar no tempo e no Espaço. – Alídio, essa parábola assemelha-se a uma das mar avilhosas frases do nosso Mestre que nos ensinou: "O silêncio fala mais al- to". Começo a entender a razão da Atlântida. Foram eles que a mer- gulharam. – Sim Polo, o que eu quis dizer foi exatamente iss o. – Sendo assim Alídio, tenho que mudar meu conceito a respeito deles. Realmente eles cresceram muito em S abedoria, com uma potencialidade de Deuses, revelando-se a si as Verdades Eternas: que a Vida é uma missão e como tal tem que ser cumprida e não desperdiçada e enxovalhada diante dos Seres que ainda virão. Isso também justifica o valor e a presença dos que vieram do Céu à Terra. O porque e o motivo dessas mãos de vocês, no vamente estendidas do Céu à Terra, para dar ao Homem a chav e de si mesmo. - Muito obrigado, Polo. Mas esta é a razão dos fat os passa- dos, é o motivo da nossa presença neste tempo atual . - Vamos continuar com os exercícios? - Fico satisfeito em observar seu entusiasmo, Polo. Daqui para diante, vamos conversar apenas pelo Mental. – Alídio, permita-me uma sugestão. Como temos aind a muito à conhecer, cujos conhecimentos dependem muito da pal avra, eu gosta- ria de transferir nosso exercício para mais tarde. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 88 – Então vamos fazer à sua maneira, Polo. E, assim conversando, percorremos várias outras áre as do La- boratório. Descemos uma grande escada e atingimos u m enorme pátio. Ali tudo era muito curioso. Havia uma infinidade de estufas de formas esquisitas, muito coloridas, feitas de um ma terial, que pa- ra mim era plástico. Alídio me disse tratar-se do e studo e da pes- quisa da flora terrestre. Perguntei o motivo dessas pesquisas. – Isto tudo Polo, está relacionado com o avanço da natureza humana. Estamos prevendo que com o avanço da sua ju ventude, amanhã não haja necessidade de derramar sangue animal para a alimentação. Com estas análises, a Humanidade terá maior tempo d e vida em con- seqüência do fortalecimento orgânico – Isto tudo Polo, está relacionado com o avanço da natureza humana. Estamos prevendo que com o avanço da sua ju ventude, amanhã não haja necessidade de derramar sangue animal para a alimentação. Com estas análises, a Humanidade terá maior tempo d e vida em con- seqüência do fortalecimento orgânico – Isso seria maravilhoso, Alídio. – Vamos verificar a análise destas fórmulas. Como você pode observar Polo, estamos sintetizando e retirando da natureza o es- sencial para a alimentação humana. Temos todas as m edidas e, de acordo com o esforço e o peso orgânico, a dosagem e xata para cada indivíduo. – Alídio, isso será num futuro distante? – Sim Polo, no futuro toda a alimentação do Homem será feita em cápsulas. - Não há dúvidas de que o Homem de hoje, quanto à s ua alimen- tação, possui muitos aspectos primitivos. Mas viver só de cápsu- las... Creio que isso facilitará a vida, principalm ente solucio- nando um dos mais dolorosos problemas, a eliminação da fome na fa- ce terrestre. – Olha Polo, a parte relacionada com a manutenção será bem diferente. Mas vamos à parte mais importante que lh e prometi. Avançamos para um lado do pátio e descemos mais es cadas, até chegarmos a um Laboratório de aspecto diferente. Ha via uma infini- dade de tubos e de uma forma diferente, unidos uns aos outros, mais se assemelhando a uma dessas modernas escultur as. As cores eram as mais diversas possíveis e os gases líquidos interpe netra- vam-se misturando-se entre si. A complicada distrib uição tomava toda a extensão do Laboratório. Parece que o calor se originava dos recipientes também distribuídos por baixo de tu do aquilo. O silêncio era absoluto e não pude distinguir de onde partia a ener- gia para alimentar o calor. Alídio procurou me escl arecer da me- lhor maneira. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 89 - Aqui Polo, é o ponto central das nossas experiê ncias. Procuramos elementos de energia de valor alimentar vitamínico. Misturamos, analisamos, tornamos a misturar, aument ando e diminu- indo, simultaneamente as temperaturas. Enfim, procu ramos e estuda- mos todas as misturas possíveis. – Como é do seu conhecimento, nossa alimentação é toda cozi- da. – Alídio onde está a fonte alimentadora do calor? – Estamos Polo, usando umas formas feitas com um m aterial que, quando hermeticamente fechadas, exerce um calo r suficiente para desmanchar qualquer ingrediente, por mais sóli do que seja. – Mas isso é incrível Alídio!... Imagine esses rec ipientes na face terrestre. – Infelizmente essa matéria ainda não está sendo p roduzida aqui, Polo. – Ela assemelha-se muito ao nosso vidro, Alídio. – São composições que conseguimos no início da evo lução do nosso Planeta. - Não queira me dizer, Alídio que para vocês isso é primiti- vo. – É, meu caro Polo. Tudo tem que ser baseado num p rincípio, a fim de se determinar um ciclo evolutivo. Talvez est es recipien- tes que aqui estamos usando como experiências, seja m no futuro, um bom passo para aquilo que vou lhe mostrar, Polo. Caminhamos então para outras partes onde se viam di versos Ho- mens manipulando uma imensa variedade de legumes, f rutas e horta- liças, inclusive folhas, para mim desconhecidas. Co locavam aquilo tudo em enormes tubos ou testes, como diziam eles. – Não entendo todo esse trabalho, essa preocupação com a a- limentação humana. Acho muito mais simples e fácil recorrer à Na- tureza. – Polo, me desculpe a franqueza: o Homem terrestre não sabe se alimentar. O seu enfraquecimento e a sua degener ação física são conseqüências do seu desvirtuamento alimentar. As e nfermidades são provocadas por alimentos inadequados ao organismo, razão porque vocês sofrem e morrem prematuramente. – Vocês acham que não sabemos o que ingerimos? – Não Polo, infelizmente não sabem, por isso é que estamos efetuando estes testes, para se ter absoluta certez a de qual será ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 90 a melhor essência para o homem. – Creio que o Homem aceite tudo de vocês Alídio ma s não dou muita fé a que eles venham se submeter a tamanha di sciplina ali- mentar. – Mas acontece Polo, que um organismo humano não e xige um volume inútil de alimento para lhe proporcionar a e nergia adequa- da. O homempode se manter perfeitamente, apenas co m uma quantida- de energética necessária ao seu potencial. Enquanto conversávamos, ele foi levando-me para uma espécie de depósito de cereais. Alguns eu conhecia outros m e eram comple- tamente estranhos. Chegamos diante de uma grande po rta de metal. – Polo, agora você vai entrar num mundo onde é for necida a nossa alimentação de Homens do Espaço. – Por que tanto mistério? Portas fechadas... – Vamos transpô-las normalmente, Polo. Passando a mão num daqueles deslizadores, a porta s e abriu, dando-nos passagem para um salão de tamanho médio. Em toda a ex- tensão das paredes vedadas em câmaras transparentes , havia uma e- norme variedade de vasilhames de formas aerodinâmic as, contendo líquidos de muitas cores. Ali tudo era automático, super-higiênico e excessivamente iluminado, com canalizações transp arentes, mistu- rando líquidos e gases multicoloridos e despejando pastilhas em determinados pontos. Gostei muito de ficar olhando as cápsulas suspensas no ar dentro de uma enorme tubulação tran sparente. Pare- ciam aeronaves em grande velocidade, atraídas por u m enorme imã desaparecendo na parede da ala direita. - Polo, este é o alimento do Homem do Espaço. Esta máquina foi adaptada aqui. Mas em nosso Planeta a coisa é b em mais práti- ca, como você vai ter a oportunidade de ver. – O que mais me impressiona Alídio, é saber como f unciona isto tudo aqui, sem motores, engrenagens e mecanis mos complica- dos. – Procuramos fazer da melhor maneira possível, mes mo porque isto aqui é a essência da nossa vida. É o que nos g arante a sobre- vivência, Polo. Para nossa alimentação, nunca podem os ultrapassar os limites necessários ao nosso corpo. É dentro da Natureza que ele vive, razão porque temos que viver naturalmente . Completamos nossa alimentação em cápsulas, ingerindo líquidos. Todos os líqui- dos proporcionam um trajeto muito mais natural em t odos os órgãos dos Seres Humanos. – Mas esse sistema de alimentação não afeta o cres cimento do Homem? Considero que o corpo de um adolescente ou d e uma criança necessita de um maior volume de substâncias (isso e m função do seu ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 91 período de crescimento) ao passo que um adulto pode se manter com o estritamente necessário, disse eu à Alídio. – Fizemos Polo, todos os estudos do Homem físico e do não físico, do alimentado e do não alimentado. Estabele cemos tabelas de idades e estabelecemos índices referentes ao des gaste energéti- co com relação às suas atividades. Isso há muitos e muitos anos. Tiramos as conclusões de que, quanto menos ingerimo s alimentos, mais nos fortalecemos. Mas o que levamos muito a sé rio é saber qual o alimento mais adequado para cada organismo. São regras de ordem e de lei em nosso próprio benefício. – Alídio, aceito suas palavras e as considero dent ro de uma lógica real e positiva. Mas minha opinião quanto ao s meus Irmãos terrestres é de que nunca irão aceitar tão drástica limitação de alimentos. No meu mundo, o pensamento gira em torno de muitos fa- tores importantes, fazendo com que lutemos sempre m ais por um mun- do melhor. Embora eles sonhem sempre com a concreti zação dos seus ideais, continuam considerando como um dos fatores mais importan- tes de suas vidas, o prazer da alimentação. Ignoram que estejam transgredindo leis da Creação, ingerindo animais. A gem com absolu- ta naturalidade. Creio que somente uma consciência plena seria ca- paz de ilumina-los dentro dos seus raciocínios quan to à alimenta- ção. Mesmo assim, eles não devem ser considerados c ulpados, mas apenas como ingênuos. Quero crer que uma parte venh a possivelmente a aceitar suas teorias Alídio, pois já existe uma i nsignificante minoria, há muito lutando pelo vegetarismo. Mas a o utra parte irá relutar, rejeitando-as e condenando-as como um mal. Porque o mundo em que vivemos multiplica-se dentro dos poderes eco nômicos das na- ções. São impérios imensos dominando os menores. E, principalmente dentro desse aspecto econômico, é que a sua máquina de cápsulas provocaria um colapso de conseqüências imprevisívei s. Quero que fique bem claro que não estou me opondo, mas apenas expondo nossas dificuldades atuais, pois tudo isso que me está sen do mostrado, considero como uma obra-prima. Tudo nos indica a tr ansferência dos nossos aspectos físicos, pois é claro, seremos melh ores sem a mis- tura de elementos animais em nosso sangue. Nossa pr esença dentro da natureza será muito mais válida e sadia, fazendo com que a nos- sa própria vibração orgânica se harmonize mais com tudo na face terrestre. – Polo, esse assunto será esclarecido pelos Graus. - Para facilitar nosso diálogo, permita-me chamar esses re- cipientes de "canecas térmicas", Alídio. – Ótimo Polo, acho bem apropriado. - As canecas térmicas podem se guardadas em qualque r local? Em nossos moveis, por exemplo? – Lógico Polo, se é uma caneca deve ser guardada c omo todas as outras. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 92 – E quando o seu uso se generalizar Alídio, que fa remos com nossos fogões elétricos ou a gás? – Vocês também vão achar muita graça nisso tudo; v ão se transformar em quinquilharias obsoletas, coisas pri mitivas. A tão famigerada poluição da face terrestre, será superad a em conseqüên- cia de novas técnicas a serem aplicadas, inclusive na indústria. Essa combustão atual com a qual vocês dão cozimento à alimentação, por mais puro que seja o alimento, provoca contamin ação dos mesmos em conseqüência dos gases e da grande quantidade de gás carbônico liberado. Existem motivos suficientes para os Homen s sentirem a- tordoamentos, indisposições, fraqueza nas pernas de ntro dos seus próprios lares. - Bem Alídio, só peço a Deus, a esse Deus em que eu creio, e penso vocês também crêem, que os Homens aceitem e ssas técnicas. Que por pequeno que seja o livro que me proponho a escrever, ele ao menos possa ser grande em Sabedoria, que meus Ir mos Terrestres não o analisem apenas como um estudo para a própria ele vação, mas sim, como um ligamento de confraternização entre to dos os Seres desta face terrestre. Que nesta parte, já que trata mos do fogo e da vida do Ser Humano, eles possam distinguir uma l uz para ilumi- nar todas as Mentes no objetivo de construírem um m undo melhor. – Sim... Polo, parece que esgotamos esse assunto. Agora va- mos dar um salto para um mundo completamente difere nte. Vou leva- lo à uma galeria, onde iremos ver gravadas nas pedr as, pensamentos daqueles que já passaram por esta grande cordilheir a. – Antes de sair procurei olhar mais uma vez tudo daquele local. Era realmente um mundo diferente. Pensei com igo; é o futu- ro. Ao sair, alguma coisa permaneceu dentro de mim: a verdadeira Chave da Vida que ali estava... Ah, se eu pudesse g ritar para que todos me ouvissem e sentissem o que eu estava senti ndo. Que muito depende do Homem saber escolher e para saber escolh er, ele tem que decidir dentro de sua própria alimentação, que para ele também se- rá um novo caminho à sua espera, proporcionando-lhe um mundo me- lhor. Saímos até um pátio. Caminhamos até penetrar em uma galeria que no início, recebia os reflexos da cidade, mas l ogo notei que a cada passo que dávamos, que éramos nós mesmos que i luminávamos. Percebi com certa satisfação, que eu havia adquirid o um pouco de conhecimento, pois parecia que eu sentia suasenerg ias. E o inte- ressante é que agora eu tinha convicção de estar de ntro de uma Consciência Plena, senti que realmente somos Homens -Luz. ................................................... .......... ........................... ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 93 ♦ NO ALOJAMENTO DOS ESQUADRÕES ♦ LÍVIO ♦ REGISTRO DOS POVOS ANTIGOS ♦ O GRANDE TEMPLO DOS GUERREIROS ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 94 bservando em torno daquelas galerias, pude notar qu e em algumas partes, quase na maioria dos trechos era evidente a participação do Homem, procurando melhor ar não só o aspecto, como também as vias de acesso. Si - lencioso, Alídio continuava a caminhar diante de mi m. Comecei a estranhar o seu mutismo. A mim apenas restava acomp anhá-lo e ob- servar tudo por onde passávamos. Agora o trecho era bastante úmido e algumas rampas escorregadias. Calculei que o luga r onde ele que- ria chegar, era bem longe. Mais uma vez estranhei s eu silêncio. Era como se estivesse invadindo caminhos impregnado s de mistérios. Pensei comigo: talvez estejam incrustadas nestas ga lerias, os es- pectros dos egípcios, dos hilitas, dos fenícios, do s manitas e até mesmo dos Atlantes. A caminhada foi longa. Calculei uns quinze mi- nutos. A galeria agora se alargava e o piso de pedr as assemelhava- se a uma escada descomunal, de cinco a seis metros de largura. Continuamos descendo até que a galeria se abriu num a gruta de pro- porções gigantescas. Era um mundo, uma imensa praça com forma de abóbada de pedras. Tão grande e tão alta, capaz de comportar no seu centro uma enorme catedral. Percebi que algo es tava pairando no ar, como se estivéssemos profanando o passado lo ngínquo. Talvez fossem os pensamentos dos grandes Homens que ainda permaneceriam ali, como se estivessem vivos. Notei que certas par tes do piso de pedras, estavam gastos. Pensei: que multidões por a li teriam pas- sado e gravado nas pedras laterais, uma infinidade de inscrições que nem tentei decifrar?... - Perguntei a Alídio: - Qual a razão do seu silêncio? - Todas as vezes que penetro num local, venho com o meu si- lêncio e respeito. Procuro captar imagens daqueles que por aqui passaram. Quantas guerras! Quantas lutas! Aqui, por exemplo, estão as marcas dos vikings. Nada notei de anormal. Para mim, aquelas incrustaçõ es eram de alguém que, sem capacidade para desenhar, houvesse tentado fazer alguns riscos ornamentais. Alídio traduziu: - "A trilha do Homem é a do próprio cão: quando te m fome, passa por cima do chefe. Os guerreiros vikings são com o cão. - Deus me livre! Isso são palavras de homens-bestas ! - O que você esperava? Eles não tinham consciência , Polo. Andamos mais alguns passos e paramos diante de uma escavação na pedra, assemelhando-se a um nicho. O lugar era b astante sombri- o, e na pedra negra havia aqueles escritos estranho s. Estes aqui, Polo, quiseram enfeitar seus dizeres com sangue de suas vítimas. Dá para entender alguma coisa? Esse lugar me dá náu seas, Alídio. O ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 95 - Veja só os Hititas: "a luta está dentro do grand e centuri- ão. O homem que o enverga virgem, sem o sangue de s eus inimigos, não é homem, é cabra no pasto". - Mas, Alídio, a perversidade dessa gente é repugna nte. - Eu sei, Polo, mas é bom sabermos que homens eles foram. Mais alguns passos e chegamos diante de uns dizeres que reco- nheci como hieróglifos. - Você sabia, Polo, que os fenícios tinham quase o mesmo al- fabeto que os egípcios? - Quem sou eu?... Embora tenha lido muito, nunca me interes- sei por esta parte. - Aqui, Polo, estão umas frases fenícias: "Que jor rem as á- guas do mar em todas as direções, mas há a necessid ade de que jor- re o sangue dos guerreiros para que a terra sinta a força dos seus homens. A terra recebe nas tumbas, os corpos dos gu erreiros. Mas a força dos homens é crescer dentro dela para poder a limentá-la com seu próprio sangue: Vidolatea Fenitia Idolatrea Te Sol". - Parece que esses foram um pouco mais civilizados . O que não entendo é se os fenícios e os Hititas foram da mesma época. - Pelo que sei, Polo, foram da mesma época. - Bem, o que virá agora? Veja esse símbolo meio esq uisito, quase apagado. Dá para decifrar? - É uma frase comum de guerreiros egípcios. - Você acredita, Alídio, que eles tenham atravessad o essas galerias? - Por que não? As grandes aventuras daquela época, eram as caravanas à procura de guerras, com o principal obj etivo do saque em terras longínquas. - Pois ouça, Polo, "Os caminhos da vida e da morte são um só. Tu, Amenofes, que tens como espelho o Sol, talv ez dentro dele encontres a paz. Os teus guerreiros, que lutam em t erras longín- quas para um por do sol na tua fronte, que morra um, que morram os séculos. A vida está dentro da morte. Pontis Saltons, guerreiro da primeira expedição Deltas". - Sinceramente, Alídio, não entendi nada. Os egípc ios eram muito místicos. Você, Alídio, acredita realmente qu e esses Homens atravessaram essas galerias? - Não tenho a menor dúvida, Polo. Aqui foram as pa ssagens ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 96 principais e aqui também travaram muitas batalhas. - Para falar com franqueza, sinto arrepios disso t udo. Vamos voltar? - Já que chegamos até aqui, gostaria de levá-lo at é aquela elevação onde há uma gruta maravilhosa. - Bem, Alídio, aqui estou para ver. Humildemente ob edeço, mas me reservo o direito de dizer que não estou gostand o. Tomara que eu possa encontrar dentro dessa gruta, algo que dis sipe esta má impressão. Subimos uma infinidade de degraus corroídos pelo te mpo e com um forte cheiro de umidade. - Siga-me bem de perto, Polo. Cuidado que o piso é escorre- gadio. Depois de certo esforço, atingimos uma plataforma c ompleta- mente seca e muito ampla. Fomos até uma abertura qu e só dava pas- sagem para uma pessoa. Abaixamo-nos e entramos. As coisas mais es- tranhas ali, eram luzes emitidas por nós mesmos. Ca minhamos, até que houve a fusão com a luz que vinha das Cordilhei ras. Não pude me controlar e disse: - Agora sim, Alídio, estamos num local que consider o divino. - Também considero este local maravilhoso. Aqui tu do é obra da Natureza Divina. Mesmo esta imensa coluna que dá a impressão de segurar a Cordilheira, é toda ela um cristal tra nsparente, for- mada gota a gota de água, num desafio de milênios. Alídio tinha razão, toda aquela beleza nos obrigava a sentir respeito pelo Creador daquela obra prima. Eram incr ustações de cristais de várias cores em toda sua extensão e o m ais espantoso era a abóbada onde os cristais pareciam milhões de candelabros, um verdadeiro festival para os olhos humanos. Aquele s ilêncio sim, nos inspirava respeito.Numa das laterais onde mais resplandecia a luz das Cordilheiras, a Natureza formou com duas co lunas, um enor- me nicho, mais semelhante a um altar gigantesco; Al ídio me condu- ziu até lá. - Olhe e guarde para sempre o que vai ver...Polo. A princípio quase não entendi que também por ali pa ssaram os guerreiros e creio que todos. O altar era bem maior do que eu pen- sava, um autêntico altar de gigantes. Os terríveis guerreiros pas- saram por ali e depositaram suas oferendas, possive lmente como uma homenagem ao Creador por lhes proporcionar tanta be leza. Ali esta- vam todas as armas representando suas nações. Pergu ntei a Alídio, o motivo de tudo. - Os Homens do passado tinham uma alma, mas não so uberam ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 97 cultivá-la. Também eles sabiam sentir e amar. Não me envergonho de dizer que fiquei emocionado e que meus olhos se marejaram de lágrimas. Também eu que me se ntia um pigmeu diante de tanta grandiosidade, senti uma onda de am or invadir todo meu ser, por esse Ser Superior e dentro de mim mesm o, agradeci a- quela grandiosidade que Ele nos ofertou. Senti que o Homem é sem- pre o mesmo homem de todas as épocas, no passado e no presente. Considerei que os que foram, não eram tão maus como eu julgara, apenas deveriam ter sido instruídos dentro de uma f é mais aberta. Alídio apontou para as colunas centrais e perguntou : - Polo, vamos descer àquelas colunas ou você está cansado? - Para ser sincero, gostaria de ir lá em outra ocas ião. Notei que Alídio só pronunciava o necessário. Saímo s. Senti que jamais eu voltaria a por os pés naquelas galeri as. Eu não es- tava sendo pessimista comigo, mas achei que aquilo tudo merecia respeito e que nossa invasão era quase uma profanaç ão. Era o pas- sado do Ser Humano, silenciosamente guardado. Permi ti a mim mesmo lembrá-lo como sendo o Grande Templo dos Guerreiros . Continuamos a andar em silêncio e considerei que era o melhor que tínhamos à fa- zer, pois, sem dúvida todo aquele passado da Humani dade merecia o nosso silêncio. Já estava me sentindo exausto quand o percebi a luz do pátio. Respirei fundo e notei que Alídio fazia o mesmo. - Sei que esta demonstração não altera em nada a o pinião dos Homens, mas você pode ficar convicto, Polo, de que esta é a prova máxima de que aqueles Homens passaram por estas Cor dilheiras. - Onde vão dar estas passagens por estas galerias? - Pelo que ouvi dizer, Polo, todas desembocam num trecho de mar. - Você não as percorreu? - Não, Polo, por falta de tempo em conseqüência do meu tra- balho. Mas ainda pretendo fazer essa pesquisa que l evaria dias. - Se há algo que não me tenta é andar por dentro de las. - Bem, Polo, agora vou deixá-lo aqui no pátio, por que tenho que pedir permissão aos GRAUS para dar à você conhe cimento dos a- lojamentos dos Seres de nossa cidade. Ele se afastou e eu fiquei só, em pleno pátio da Ci dade dos Sete Planetas. Comecei a olhar para aquelas cúpulas douradas e à medida que olhava, voltava ao meu cérebro sempre a mesma pergunta: meu Deus, por que eu? Se existem tantos Homens na face. .. Logo eu? Percebi que um dos Homens da cidade aproximou-se de mim. Começamos a conversar. Depois que havíamos iniciado nosso di- álogo, dei por mim que eu não estava falando. Nós d ois apenas cap- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 98 távamos reciprocamente nossos pensamentos. Intimame nte agradeci a Alídio por ter me dado a percepção. Ele afastou-se e eu continuei só, sentado num dos bancos do pátio. Voltei a mergu lhar no meu próprio mundo de pensamentos. E sempre as mesmas pe rguntas marte- lando meu cérebro: O que será tudo isto que está ac ontecendo? Será um sonho ou realidade? Como pude mergulhar neste mu ndo de Seres de outros Planetas? Será que na face da Terra vão acei tar o que tenho a lhes dizer? Eu mesmo chego as vezes, a duvidar de que eu sou eu. Se existem milhões de Homens na terra, por que tive eu que entrar em contato com eles? Aperto meus braços, passo as m ãos pelo rosto, respiro fundo. Sinto o sangue em minhas veias, sint o a vida em mim, tenho consciência de que sou real, igual a ele s, e eles tão reais quanto eu, quanto toda a Humanidade. Olho par a a imensidão da Cordilheira. Ela em si já é um enigma, dentro de sua majestosa dimensão, com seus picos dirigidos ao Infinito, bra ncos na sua pu- reza de neve, refletindo os reflexos da Luz no seu interior. Diri- jo-me a ela: por que não abres teu ventre para por teus filhos pa- ra fora, para que se unam com os da face? Quem sabe eles poderão dar consciência à todos nós. E se teus filhos fruti ficarem a Ter- ra, tua beleza continuará eterna? Estava mergulhado neste meu so- nho, quando ouvi a voz amiga de Alídio. - Podemos ir aos alojamentos dos esquadrões, anexo ao Labo- ratório? - Laboratório? Outra vez, Alídio? - São os alojamentos, como eu lhe disse. É uma ord em dos GRAUS. Vamos? Descemos uma rampa; em determinado lugar ao colocar mos os pés, o solo deslizava. Não sei explicar o sentido e xato. Quando percebi, já estava dentro de um local onde o chão era firme. Perguntei como funcionava aquilo, que para mim era um deslizador. - São contatos, Polo. - Contatos? - São pólos de energia, mais ou menos parecidos com energia magnética e energia sintética. - Sintética? Que quer dizer energia sintética? - Quando pisamos no contato, Polo, estávamos em ci ma da e- nergia magnética. Quando atingimos o local definiti vo, estávamos sobre a energia sintética. É um condensamento da ma téria prima ferrosa, em dois graus: o ferro e o aço. Isso tudo dentro da e- nergia sintética. - Confesso que fiquei na mesma, Alídio. E quanto a esse sis- tema de transporte?... eu não tive tempo nem de pen sar e já está- vamos aqui. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 99 - São correntes de energia funcionando ao contato de um pe- so. Isso bem entendido, sobre a corrente magnética. - Isso poderia ser chamado de esteira rotativa? - Que seja, dentro da sua maneira de pensar, Polo. - Mais uma explicação, Alídio. Notei que quando no s desloca- mos, eu e você, não ficou no solo qualquer espaço v azio, que ime- diatamente tomou o seu lugar. Estou quase achando i mpossível que haja movimentos rotativos. - Você tem razão, Polo, mas já lhe disse que são m ovimentos atrativos. Fiquei parado ali, observando o movimento dos que d esciam. Achei magnífico. Isso aplicado em nossos grandes ed ifícios seria espetacular. O mecanismo era perfeito. Percebi que Alídio me ob- servava sorrindo. Afinal, impacientou-se por me ver parado e pe- diu: - Vamos, Polo, não fiquemos parados aqui. Você par ece um me- nino que está dentro de uma festa. Olhe, Alídio, po r mim eu faria um exame minucioso, pois isto impressiona qualquer um. Ele não deu muita atenção e prosseguiu andando. Ago ra estáva- mos num salão igual aos nossos, só que o mesmo era cavado na rocha e o ambiente era decorado com muito gosto. Era real mente belo e de uma sobriedade respeitável. - Aqui, Polo, estão registradas as expressões de a rte dos Sete Planetas. - Então são as sete cores? - Repare melhor, Polo. Foi então que notei quea técnica da pintura diferi a da nos- sa. Estava claro que ali não usaram pincéis. Pareci a mais um tra- balho de entalhe, mas as superfícies eram absolutam ente lisas. As perspectivas davam a nítida impressão da realidade e as cores ema- navam luz como se os artistas quisessem superar o p róprio esplen- dor da natureza. A beleza era toda ela cheia de esp lendor, numa autêntica galeria de arte, em cujos painéis de esti los diferentes manifestava-se a arte interplanetária. - Gostou, Polo? - Por esta eu não esperava. Após tantas surpresas ainda mais esta, em que a gente penetra numa nova dimensão da arte. - Bem, Polo, vamos então aguardar a entrada dos S eres. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 100 Aproveitei para observar os móveis. Minha atenção f oi desper- tada para os assentos que eu já conhecia, só que es tes eram deco- rados discretamente. O material transparente emitia reflexos de luz colorida, dando a impressão de que as imagens se movimentavam no seu bojo. Alídio ao convidar-me a sentar, disse que eu iria ver todos os Homens dos esquadrões. Relutei pois aquele s "pufes" transparentes e decorados, para mim eram objetos de decoração. E além de tudo, estávamos à espera de uma multidão de Homens Espaci- ais. Eu queria ver a todos e queria que todos me vi ssem. Afinal sentei-me e como sempre, a forma do meu corpo ficou moldada sob meu peso. A matéria transparente tomava a forma de poltrona ou de uma espreguiçadeira, ao levantar minhas pernas do c hão. A coisa até que era divertida. Baixei as pernas e apoiei me us pés no so- lo. Não é que a coisa virou uma simples cadeira? Pa ra mim era um tanto desconcertante, impedindo-me de um relax comp leto, preocupa- do como eu estava com minha curiosidade. Olhando de lado vi Alídio sorrindo. Sim, mais uma vez estava achando graça da minha infanti- lidade, da minha falta de jeito em me acomodar, enq uanto ele tran- qüilamente ali estava, aproveitando um merecido des canso enquanto esperávamos. - Polo, não existe repouso melhor do que este. Voc ê não deve pensar onde está. Deixe que o assento pense por voc ê, para que ele possa lhe oferecer o seu conforto. Mas assim mesmo eu continuava lutando. Percebi que no salão já estavam diversos Homens, alguns de pé, outros ac omodados. Des- viando minha curiosidade para eles, consegui ficar mais tranqüilo naquele chamado "repouso". Todos eles quando me via m, se punham em postura, como autênticos cavalheiros. Percebendo qu e eu estava sendo distinguido, levantei-me, perfilei-me também, procurando fa- zer as honras dos homens terrestres. Seus cumprimen tos não eram com apertos de mãos ou com abraços. Apenas se perfi lavam com os braços ao longo do corpo, cruzando em seguida as mã os sobre o pei- to. Fiquei ainda mais impressionado, pois aqueles q ue ali estavam, procuravam fitar dentro dos meus olhos. Vendo que p recisava comu- nicar-me de alguma maneira, deixei que meus olhos m ergulhassem nos deles. Senti em minha Mente, os cumprimentos de cad a um. Todos se pronunciavam da mesma maneira dizendo esta frase: " Boas vindas à Cidade dos Sete Planetas, Irmão do Corpo, da Alma e do Espírito". Não sabia se estava certo ou errado. Pedi socorro à Alídio, que me explicou: - O que você está sentindo é a ligação com o Plano do Men- tal, no entanto, se você preferir ouvir, eles també m sabem falar e poderão repetir a mesma frase. - Não que eu esteja duvidando, mas o que eu quero é ter cons- ciência de estar certo, principalmente tratando-se de algo que nunca tive a oportunidade de sentir. Alídio fez um gesto, e então ouvi como se fosse uma nota so- nora, como os jograis declamados, a repetição da fr ase de boas ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 101 vindas. Fiquei contente, pois eu me julgava incapaz de estabelecer diálogos mentais. Tive que abandonar de imediato m inhas conside- rações pessoais, por que fui rodeado e passei a con versar normal- mente com um grande número deles... O ambiente era da mais absolu- ta cordialidade. Todos queriam se dirigir a mim, tr atando-me com intimidade e sempre chamando-me pelo nome. Queriam saber se eu es- tava gostando, quando voltaria, se eu estava com fo me, qual seria o resultado daquela minha visita, se eu achava que aquele mundo era muito diferente do meu. Enfim, as perguntas se sucediam e al- gumas eu respondia, outras dizia que não sabia, olh ando para Alí- dio, que procurava me ajudar. Em alguns casos achei que deveria responder em nome dos terrestres, assumindo por con ta própria o papel de embaixador: Nós estamos muito contentes, m uito felizes, por nos ter sido proporcionada esta oportunidade de estar presente entre vocês. Nós, desta face terrestre, agradecemos a confiança em nós depositada. Obrigado amigos, obrigado Irmãos. O bservei que também todos eles agradeciam nossa confiança, nossa cordialidade, esperando continuar à aumentar nossos laços de amiz ade. Quando pu- de pensar, percebi que cada vez mais me ligava a el es. Vibrava em mim como que uma emanação, nos interligando de part e a parte. Com- preendi que o Homem, esteja onde estiver, sempre se rá da mesma ma- téria e do mesmo Corpo Celeste. Não há distinções, somos todos iguais. Algumas perguntas técnicas sobr e o laborató- rio, que não sabiam responder, eu recebia dando mai ores esclareci- mentos. Fiquei realmente surpreendido com a cordial idade e desini- bição total dos seres. Em certo momento, procurei c om os olhos o meu ponto de apoio, que era Alídio. Um deles me deu um grande sor- riso e me disse amigavelmente: - Polo, você vai ter uma agradável surpresa. Olhe, Alídio já vem ai. Realmente ele se aproximava, acompanhado de um moço claro, de olhos azuis e bem alto. Apresentou-me: - Este é Lívio, o guia que vai levá-lo na sua viag em de na- ve. Retribui a apresentação, perfilando-me e cruzando a s mãos so- bre o peito. Lívio pediu a Alídio, que tão logo terminada a noss a reunião de confraternização, fosse eu conduzido ao pátio das na- ves. Pediu licença e retirou-se. Alídio então iniciou o encerramento da nossa reuniã o, despe- dindo-se de todos. Quando já estávamos a sós, pergu ntei-lhe: - Todos os nomes de vocês são assim estranhos? - Polo, apenas estamos procurando facilitar as coi sas. Estes são nossos verdadeiros nomes, estamos procurando fa zer uma adapta- ção à sua língua, dos sons dos nossos nomes. - E por que? Por acaso são mais difíceis que os nom es chine- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 102 ses ou os japoneses? - Não, Polo, não é nada disso, não estamos aqui no s preocu- pando com pronúncias de línguas. Nosso objetivo é d ar conhecimento daquilo que sabemos. - Bem, já que estou no meio deles e pude comprovar que todos me entendem, peço licença para me comunicar com mai s alguns. Apro- ximei-me de um grupo. Um deles logo se abriu num la rgo sorriso, acolhendo-me como um velho amigo. Perguntei-lhe o n ome, ele sorriu novamente, cruzou as mãos no peito, dando-me a impr essão de estar muito honrado pelo meu interesse por ele. Olhou par a Alídio e res- pondeu-me: - Chamo-me Tiane. Minhas funções aqui na cidade se relacionam com o planejamento da saída e chegada das naves. - Meus cumprimentosTiane, ignoro os detalhes do se u traba- lho, mas tenho a impressão que não é algo fácil. - Obrigado, Polo; os planejamentos são necessários para se estabelecer a interligação de um Planeta ao outro e a verificação para se saber se as pranchas estão preparadas. Não há dificuldade, mas sim grande responsabilidade. Eu fui incumbido dessa tarefa porque gosto de mergulhar meu Mental em mundos estr anhos. - Mundos estranhos? - É a minha maneira de pensar, Polo. Em todos os mo mentos e- xistem coisas estranhas diante de nós. São causas e efeitos origi- nários de mundos em qualquer parte do Infinito. - Puxa, Tiane, não sabia que era filósofo! - Filosofia... Eu a classifico como ponto de partid a para uma suposição, baseada na convicção de uma teoria. Ela se origina de um pensamento, de um raciocínio. E como a nossa Men te é uma antena que sempre está captando, considero a filosofia com o um aspecto flutuante do próprio Mental de alguém. Não é assim, Polo? - Desde o momento em que ela abandone suas próprias vestes, despersonalizando-se de sua identidade de filosofar , com o objeti- vo de possibilitar no dia de amanhã, o encontro do Homem com um núcleo de energia funcional, teremos que nos curvar diante da ver- dade dos filósofos, considerando-os como um grande portal aberto para o futuro, para o Universo. Nosso diálogo foi interrompido com a aproximação de Alídio, pedindo que eu o acompanhasse. Os Homens que ali es tavam, perfila- ram-se e se despediram. Ao sairmos, ainda dei uma o lhada para o majestoso salão, pensando em retornar novamente um dia. ................................................... ........ ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 103 ♦ O PRIMIERO VÔO NUMA NAVE ♦ O ESPAÇO É SEMPRE ILUMINADO ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 104 olo, você vai sair para o seu primeiro vôo numa na- ve... Quero que pense bem nisso. - Pensar? Lembre-se Alídio; se estou aqui não posso pensar. Só tenho que agir. Minha responsabilidade é muito g rande, inclusi- ve nas próprias palavras que pronuncio e nas consid erações sobre minha pessoa. Em mim, tudo tem que estar em positiv o, desde o meu sangue até as minhas células. E a minha mente tem q ue estar desa- brochada para que vocês vejam dentro dela, não uma consciência, a minha consciência, mas a de todos os Homens da face terrestre. Co- mo você pode ver, eu sou todo responsabilidade, poi s são vocês que estão me recebendo e reconhecendo como representant e de toda a Hu- manidade. Por isso já observei que vocês levam muit o a sério os meus pensamentos individuais quando, minhas emoções me forçam a reagir negativamente, mas aceitam minhas palavras q uando elas são equilibradas e lógicas. - Você está perfeitamente certo no seu ponto de vi sta. Mas quando pedi que pensasse, estava me dirigindo ao Po lo equilibrado no Quadrante Terrestre. Isso porque o seu pensament o em um primei- ro vôo de nave, tanto é importante para nós, como p ara vocês. Seguimos em direção ao pátio das naves. Ele caminha va na mi- nha frente apressando cada vez mais o passo. Perceb i que seu si- lêncio era para que eu observasse melhor por onde passávam os. Estávamos novamente no interior das Cordilheiras. Meus olhos mais uma vez varriam aquela imensidão onde a realidade era incon teste, embora eu não conseguisse varrer de dentro de mim o velho ranço d a minha incredulidade de Ser Humano. E quanto mais me aprox imava daquele mar de naves, mais eu estava dentro da verdade. Per manecemos em silêncio, até que Lívio aproximou-se com uma vestim enta estranha, uma espécie de macacão que tomava toda a forma do s eu corpo, de um tecido muito fino, em duas camadas sobrepostas, sen do que a da parte externa era totalmente transparente e a inter na opaca. Lívio me pediu: - Meu amigo, você tem que mudar sua vestimenta. Alídio colocou sua mão sobre meu ombro como se quis esse me encorajar e em seguida perguntou a Lívio: - Será uma grande ou pequena?...Lívio. - Como se trata de uma decolagem de reconhecimento , Alídio, iremos numa nave que tem quase as mesmas caracterí sticas das grandes. Percebendo o quanto tudo aquilo iria ser importante , não per- di a oportunidade para um pequeno discurso: - Bem, sou um passageiro de primeiro vôo. Poderia a té dizer - P ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 105 que sou um pássaro que ainda não se elevou no espaç o. Mas quero que vocês saibam e estas palavras são dirigidas ta mbém para os meus Irmãos Terrestres, saibam repito, que quando n os elevamos no espaço não estaremos sós. Nem eu, nem você, Lívio. O meu coração de Ser Humano está cheio de amor... e refletidos n esse amor, es- tarão todos os meus Irmãos da face terrestre. É com eles e é por eles, que me elevo com você, Lívio. - O que me choca e me enternece é este amor de fra ternidade que você dedica aos terrestres, Polo. - Bem, Lívio, vamos nos apressar, porque depois do vôo, os GRAUS vão falar. - Já os GRAUS, Alídio? Mas falta tanto conheciment o para ser dado. - É verdade, Lívio, mas os GRAUS também vão dar um a parte dos conhecimentos. - Mas antes deles há muita coisa a ser mostrada. P or que tem que ser assim, Alídio? - Bem, Lívio, não posso responder porque nem eu se i. Despedimo-nos de Alídio e caminhamos por entre nave s até uma prancha que dava passagem para uma embocadura de gr ande dimensão. Chegamos até uma área livre onde havia uma nave à n ossa espera. Vi que ela se sustinha acima do solo, ou melhor, da es teira rolante. O local não era nada agradável, pois o vento zunia de tal maneira que era quase insuportável. Sinceramente comecei a perder o entu- siasmo pela coisa e não podia ser de outra maneira, já que eu ig- norava o que estava por vir. Observei diante de mim uma nave, as- sim diziam eles, do tipo usado exclusivamente para circular na at- mosfera terrestre. Pedi uns momentos à Lívio para o bservar melhor. Realmente era um objeto que despertava a atenção. E u a achei enor- me e seu formato era quase o de um triângulo com os ângulos encur- vados. O suporte para mante-la suspensa no ar era f eito com uma corrente eletromagnética, parecendo que faíscas de energia elétri- ca saiam do solo para a nave e vice-versa. Notei qu e em todo o seu contorno havia pequenos círculos como se fossem esc apamentos ou coisa assim. Nada mais de anormal, a não ser um loc al embaixo da nave que rodava constantemente como se fosse um ger ador de energi- a. Eu não estava me sentindo muito feliz, mas ali e stava Lívio, que muito delicadamente pediu-me que eu pisasse no centro daquela energia. - Mas Lívio, pelo amor de Deus, não será melhor vir junto? - Iremos, Polo. Quando ele pôs os pés, pediu que eu fizesse o mesmo . A coisa foi instantânea; não tive tempo de pensar e já nos achávamos no primeiro piso da nave. Enquanto ele deslizava os de dos em algo, ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN.................................... ......... 106 disse-me. - Pronto, Polo, isolei parte da energia elevativa, agora es- tamos suspensos somente pelo suporte da força dos r aios eletromag- néticos. Eu estava aparvalhado; confesso mesmo que jamais se nti em to- da a minha vida a maior sensação de bobeira. Tentei falar, mas não tinha voz, meu estado emocional desligou-me. Fiquei com raiva de mim mesmo, pois se meu estado emocional não fosse p erfeito, de na- da adiantaria tanto esforço. Percebi que estava sua ndo, transpi- rando por todo o corpo, sentia-me muito mal. Perceb endo meu esta- do, Lívio apressou-se. Entramos num local onde tud o parecia ser iluminado. Ele empurrou-me para dentro de uma peque na cabine, onde me despi. Ele entrou em outra cabine e fez o mesmo. Ali o ar era completamente diferente, como se eu respirasse oxig ênio puro. Per- manecemos ali três a quatro minutos. Quando entrei na cabine, meu desejo era deitar e dormir profundamente, mas lá de ntro à medida em que fui respirando e recebendo os jatos daquele ar, fui reani- mando-me e despertando. Quando saí, ele me entregou uma vestimenta de astronauta (Eu assim a denominei). Não pude def inir o tecido, mas observei que era excessivamente fino, também di vidido em dois tecidos distintos: interno e externo. O mais curios o era a divi- são, cuja abertura nas laterais, partia dos pés, co m uns chinelos mais espessos. A gente entrava nos chinelos, suspen dia a parte traseira até a nuca e a parte dianteira, até o pesc oço e automati- camente as duas partes separadas se ligavam apenas com o passar das mãos, como se fosse um só tecido e sem emendas. O tecido era muito resistente e tomava toda a forma do nosso cor po. A princípio senti a sensação de estar nu. Perguntei o motivo de ssa moldagem estranha. Esclareceu-me ser mais prática e confortá vel, porque o Corpo Humano sofre com a asfixia, o peso e os apert os de roupas inúteis. - Vamos, Polo, não podemos perder tempo para não a trasarmos o pronunciamento dos GRAUS. Saímos daquele local que ele disse ser a câmara de esterili- zação. Agora sentia-me bem, podia caminhar sentindo a sensação de onde pisava. Andando, percebi o quanto era confortá vel aquela ves- timenta. - Você prefere conhecer a nave, ou acha melhor dura nte o vôo? - Já que estou aqui, Lívio estou para tudo. Faça c omo você achar melhor. - Certo, Polo. Pisamos numa daquelas partes que para mim eram fosf orescentes e imediatamente estávamos em outra parte da nave. A li já havia al- go de estranho... Sim, tudo ali era estranho. Mas d eixei que pri- meiro, nos elevássemos. Agora eu sentia uma necessi dade incontida de saber. Sentia sede de energia. Vi quando Lívio d irigiu-se para ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 107 um centro onde estavam localizados uns cabos interl igados entre si. Percebi que ali era o centro da nave. A coisa p arecia muito simples, eu não percebia nada de anormal, mas procu rava localizar os motores ou coisa parecida. Olhando para mim, ele disse: - Se você quiser observar a passagem, ligarei o vi sor. Vamos nos elevar. Fique tranqüilo. Você quer ver, Polo? - Sim, tudo o que eu puder ver será melhor para tod os nós. Aproximei-me dele, que pediu que eu observasse uns cubos. Uma das faces de um deles iluminou-se, mostrando-nos co mo um vídeo de TV, que realmente estávamos nos momentos iniciais d e nossa decola- gem. Outras faces daqueles cubos iluminaram-se, pas sando a nos mostrar imagens em todos os ângulos. Vi nitidamente quando passa- mos por uma gigantesca embocadura escancarada na Co rdilheira. Isto jamais poderei esquecer. Ouvi a voz de Lívio me diz endo que está- vamos dando o mergulho espacial. - Agora preste atenção, Polo. Estávamos no Espaço. Percebi que a nave estabelecer a um cír- culo no ar girando numa imensa circunferência, semp re na mesma al- titude. Perguntei o porque daquilo. - É porque o que envolve a nave são os captadores de energi- a. São eles que provocam as evoluções rotativas. - Mas qual o motivo da nossa estabilidade? - Tudo desta nave, está nesses cubos, Polo. - Não estou entendendo. - Não sei esclarecer muito bem na sua linguagem, P olo, mas vou tentar. Esta nave possui um limite de potencial energético, dentro da graduação equivalente ao potencial energé tico da matéria terrestre. Como você sabe, todo o potencial de forç a tem que ser condensado na sua captação. É o que está sendo feit o neste momen- to, estamos condensando matéria, para descondensá-l a na energia que nos permita voar. - Bem, Lívio, na nossa linguagem estamos nos abaste cendo. - A nave condensa matéria em energia, limitando-se ao nível da força da nave. As energias se adaptam e se distr ibuem aos seus respectivos efeitos. Dividem-se, o elétron impede o magneto na parte interna. - E quanto ao espaço, qual o limite de captação da energia cósmica? - A capacidade de captação dessas energias se alte ra muito, ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 108 Polo. Ela difere, obedecendo escalas de altitudes e até longitudes Planetárias. - Qual é a maneira mais prática do Homem por em fun cionamento uma nave? Usando energia e matérias da terra, sem r ecorrer a com- bustão? - Espero que você entenda, Polo, que aqui não nos seria pos- sível estabelecer equações matemáticas, nem teorias químicas e fí- sicas. Mas só há uma maneira de o Homem dispensar a combustão, é aceitar e praticar as fórmulas que os GRAUS irão da r. Observe, Po- lo, nossa estabilidade, sinta como é confortável. - Nós podemos ouvir algum som do Espaço ou mesmo da nave? - Para nós não é difícil, pelo nosso Mental. Mas p ara você, Polo, temos aqui o captador de sons. Ligado o captador comecei a ouvir sons, uns diferen tes dos outros, eram vibrações até bem sonoras e agradáveis ou descargas de energias, com estáticas desagradáveis. As tonali dades eram ex- cessivamente variáveis, do grave profundo ao estrid ente agudo. Pensei comigo, que na realidade o Homem precisaria se aprofundar muito mais na pesquisa do som, porque creio eu, é n a averiguação da sua intensidade que poderíamos determinar as int ensidades de energias do Espaço, facilitando suas localizações. - Observe, Polo, a graduação supersônica. - Que tem a ver isso como a decolagem de uma nave? - Talvez esta viagem não seja para você muito agra dável, Po- lo, porque ela está condicionada ao estudo e ao rec onhecimento. Quero que você não pense que todas as vezes vai ter estas mesmas imagens. A imagem de uma nave no espaço nos dá a se nsação de algo grandioso, faz com que sintamos um pedaço do própri o Espaço. Por isso, Polo, a importância de tudo é que vamos entra r num campo pa- ra que, no dia de amanhã, os Homens possam ver atra vés de você o que é uma nave. - Sei que isso para mim será um prazer, Lívio. - Polo, gostaria que você observasse bem isso. Fiq ue de pé, por favor, pise firme no chão e veja como é complet amente estável, sem absolutamente nada de trepidação. Toda trepidaç ão nas aerona- ves terrestres é em conseqüência da violência da co mbustão. Nos "discos-voadores", como vocês costumam chamar, todo movimento re- laciona-se à atração do impulso da própria energia nuclear. A e- nergia nuclear, não sei se você sabe, possui a prop riedade de se dirigir no Espaço, cortando os entremeios das ligaç ões elétricas provocadas pelas energias espaciais. - Mas, Lívio,temos que reconhecer que o Homem es tá lutando ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 109 para conquistar o Espaço. Por que não lhe foi dada ainda a capaci- dade que vocês já adquiriram? - Simplesmente porque o Homem está relegando à um segundo plano, o fato de pesquisar a matéria dentro da técn ica do seu res- pectivo condensamento. Você sabe o que são as conde nsações? São os diversos aspectos químicos, líquidos e gasosos, que analisados com maiores pesquisas, nos permitem avaliar os graus de força e ener- gia. Como são feitas? Usam-se metais apropriados, q ue espalhados no Espaço, nos permitem observar suas qualidades de captação das energias positivas e negativas. Para nós essa matér ia classifica- se como sendo orgânica e a sua sintetização lhe dá a capacidade de tolerância e um alto potencial gravitante para atra ir as energias do Espaço. - Não creio, Lívio, que o Homem seja incapaz de tu do isso. Olhe que ele tem realizado verdadeiros milagres téc nicos. Quanto à sua vontade, temos que considerar o Homem terrestre sob certos as- pectos, como um verdadeiro gigante. Quanto ao que v ocê está me es- clarecendo, talvez eu passe por um louco ou sonhado r, mas tenho que confessar que eu seria muito mais louco se me n egasse a expor o que me está sendo dado, mesmo porque, tudo o que vocês me dizem, provado como está que não é um sonho, não me perten ce. - Não, Polo, loucos serão todos aqueles que respon derem com o seu descaso, sobre o que você lhes disser. Loucos serão os que não aplicarem estes conhecimentos. - Na realidade, Lívio, as vezes fico pensando ser eu muito pequeno para uma causa tão grande e de tanta import ância para a Humanidade. A nave, nas proximidades da Terra, não corre o risco de ser atraída pela sua gravidade? E no caso de alg um desarranjo, quais são as possibilidades de sua permanência no E spaço? - Vou tentar ser o mais claro possível, Polo. Essa s são suas principais características, quando ela ainda perman ece ao redor da Terra, acontece que as energias da Terra são gradua das pela evolu- ção do próprio globo, que as condiciona dentro do s eu desenvolvi- mento de rotação, superando-se na elevação, para da r a expansão eletromagnética terrena. Vamos definir eletromagnét ico como sendo o impulso energético, que além de se elevar, tem a capacidade de captar, de atrair mais energia para a crosta terres tre. É um de- senvolvimento permanente, cuja elevação fica subord inada à rotação e captação do magnetismo condicionado ao contorno t errestre. Exis- tem esferas invisíveis envolvendo o próprio globo e m determinadas altitudes estratosféricas. Quais são seus graus ene rgéticos? É quase impossível a determinação do seu potencial, p ois são instá- veis, formada de gazes, com possibilidades de se tr ansformarem em oxigênio ou de se concretizarem em matéria. Assim s endo, as estra- tosferas são massas formadas em torno do globo, de grande potenci- al gravitante e com muita sonoridade. São eletrific adas pelo Espa- ço Infinito. As esferas a que nos referimos, para n ós, são chama- das de estratosferas, participantes quase como elem entos de liga- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 110 ção para o substancial do globo terrestre. Como voc ê vê, Polo, pa- ra nós não há perigo de sermos absorvidos pela face , já que a e- nergia está no Espaço, no próprio local onde nos en contramos. Que- ro que você preste atenção, porque agora chegou o m omento em que vamos nos elevar além desse Espaço a que nos referi mos. - Não sei por que começo a sentir cócegas na barrig a, Lívio. - Isso é apenas impressão, porque aqui estamos com pletamente à vontade como se estivéssemos em qualquer parte do seu mundo. - Bem, Lívio, para ser franco, é como se estivéssem os esta- cionados. Não se percebe o menor movimento. A estab ilidade chega a ser monótona. - Isso creio, já lhe foi explicado. A nave é const ituída de duas partes distintas, ou duas faces, como você ach ar melhor. A que gira é a externa e a fixa é a interna, completa mente isolada da parte eletrificada. Esta nave só atinge até uma determinada altitude, mas as outras, para as nossas viagens in terplanetárias, possuem características que nos permite transmudar a matéria em certas passagens espaciais. - Mas, Lívio, se já somos matéria... - Há um certo grau de força e de energia no Espaço , princi- palmente quando nos dirigimos a Planetas a grandes distâncias, em que somos forçados a nos transmudar em energia que nos possibilite a adaptação com o próprio ambiente do Espaço. - Não me leve a mal, Lívio, mas francamente creio q ue eu não teria coragem para essa travessia. Não estou prepar ado, ou melhor, nós terrestres, não temos condições de absorver tam anho potencial de energia. Com um bom preparo é possível que isso venha a aconte- cer no futuro. Muito por alto, eu já tinha conhecim ento da neces- sidade da transmudação da matéria em energia, e de a energia se consolidar em matéria subordinada às suas formas or iginais, quando das viagens interplanetárias. - Todas as concepções sobre a matéria, Polo, obedec em a leis orgânicas sempre subordinadas à energia. A parte or gânica é o todo no seu aspecto e forma. A transmudação energética t em que ser pro- cessada sem afetar a orgânica. Em nossos estudos de genética ex- tra-espacial, analisamos formações de organismos or iginados do próprio Corpo do Universo. - Genética, física, elementos orgânicos, são assunt os que eu pouco conheço. Sobre esses assuntos temos na Terra profundos co- nhecedores, que na minha opinião merecem muito do n osso respeito. Mas Lívio, aproveito para lhe perguntar: você acha que isso tudo tem muita importância para a evolução do Homem-Plan etário? - Claro, Polo, que tudo isso é da máxima importânc ia. Em ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 111 primeiro lugar, o Homem é obrigado a ter conhecimen to das matérias da face e do subsolo. Em segundo lugar, ele precisa sentir e co- nhecer todos os aspectos do próprio ar que respira, todas as esca- las de graduação do oxigênio e seu peso e qual a po rcentagem váli- da até certos pontos das esferas. Em terceiro lugar , o Homem tem que ter consciência do próprio Corpo do Universo, o u então, dos espaços até onde sua pretensão tem que ser atingida . - Se ele tem que conhecer o Universo com tamanha p rofundida- de, Lívio, tenho a impressão que jamais se tornará Homem-Espaço. - Você está sendo pessimista, Polo. Se você mesmo acha que o Homem quando quer se transforma num gigante, depend e exclusivamen- te dele querer atingir o Universo! Analise todos es tes movimentos que agora estamos fazendo. Analise a tranqüilidade com que decola- mos e como estamos atingindo o Espaço. Veja, estamo s somente con- trolando. Mas a própria nave foi planejada e constr uída quase que como um organismo consciente do Espaço, que se subo rdina a nós, apenas pela nossa Vontade. O caminho dos terrestres será idêntico ao nosso, se eles nesse sentido se concentrarem com sua Vontade. - Quais as principais análises que devemos iniciar? - Ter consciência absoluta do que está sendo feito , Polo. Conhecer as energias da própria Terra. Ter conhecim ento da gravi- dade do ar naporcentagem da Lei da Relatividade já conhecida por vocês. Obedecer a todas as ordens de análises relat ivas à quanti- dade de ar do Ser Humano adaptado à face e até a qu e ponto ele po- de resistir a falta do mesmo ar e também se adaptar a outro ar formado pelas matérias orgânicas da nave. Outro fat or importante, é não ter medo do Espaço, porque é muito mais fácil viver no Espa- ço do que na própria Terra. É ele que conduz o Homem à sua própria libertação de Homem-Concreto para ser Homem-Espírit o. O Homem não vai ter muito tempo para se apegar em demasia aos e lementos con- cretos do seu Planeta, pois que teria que se dedica r com muito a- finco ao estudo de novas matérias, a serem encontra das nos seus caminhos pelo Universo. - Bem, meu caro Lívio, tenho que ser honesto comigo e desaba- far. Você diz que sou pessimista. Em parte concordo . Mas na reali- dade, temos que considerar que vocês estão sendo ot imistas em de- masia. Na minha opinião, parece que só agora estamo s nos aproxi- mando de um distante prelúdio do roteiro cósmico do Homem. Minhas razões são simples: Até quando iremos nós, os terr estres, discu- tir assuntos de tamanha importância? Quando iremos concordar com a necessidade da nossa participação no Espaço? Eu sou terrestre, Lí- vio, e sei como são os Homens; perdem muito tempo c om a dialética. Possivelmente haverá reuniões e prolongadas análise s, apenas pro- longarão exaustivamente, e terminarão deixando no a r a eterna per- gunta de todo Ser Humano: "as provas?". Você tem qu e concordar co- migo, que na realidade nós aqui falamos muito, mas não demonstra- mos nada. No meu mundo as provas são fatores de mai or importância. Por isso lhes digo: isso tudo não será para já. Tal vez no futuro ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 112 alguém venha dar valor às suas afirmativas e lingua jar de Homens Interplanetários. Sim, eu sei que estou decepcionan do, mas como estamos tratando de assuntos de importância transce ndental, quero que fique clara a minha participação. Mesmo que o m undo me julgue como um filosofo, o importante é que eu, Polo, quer o ser eu mesmo. Aceito incondicionalmente as suas palavras, porque vejo e sinto que os GRAUS nos estão oferecendo uma Bandeira de P az. A Bandeira é o ensinamento. Quando os Homens aprenderam a ver que dentro do Universo não existem mais mistérios sobre tudo o qu e vocês estão procurando esclarecer, então irão sentir a autentic idade da GRANDE VERDADE. Irão compreender o motivo das afirmativas de grandes sá- bios que já passaram pela face terrestre, relativas ao Homem rumo ao Infinito. - Polo, nós obedecemos a um princípio muito simple s com re- lação a Verdade. Ela é, Ela existe, Ela é permanent e, independente de provas para ser constatada. Ninguém é coagido a ace ita-la, pois Ela em si, é uma consciência dentro do Tempo incumb ido de mostra- la. O nosso conceito sobre o Tempo é diferente do s eu. Assim sen- do, nossas coordenadas sobre as distâncias, são sem pre relativas à Dimensão onde estamos. Dentro da Terceira Dimensão, estão total- mente superadas. Esta é a razão por que acho pessim ista a sua a- firmativa de um prelúdio distante. Mas assim mesmo, quero lhes di- zer que suas palavras proporcionam um bom ensinamen to aos Homens. Valem como uma advertência. Você sempre fala como u m terrestre. Admiro a honestidade dos seus princípios e tenho ce rteza de que muitos irão buscar nas suas palavras, aquilo que há muito busca- vam, ou seja, os princípios da sua realização. E ni nguém será ca- paz de negar esta Verdade, que é realizando que o H omem proporcio- na a si mesmo sua capacidade de evolução, não só Es piritual, como nas edificações da matéria. E isso lhe dá forças pa ra galgar um Plano Superior, tornando-se apto para si onde está e para a Huma- nidade. Bem, Polo, agora vamos para a parte estrutu ral da nave, vamos ao reconhecimento do seu interior. - Ótimo, já estava ficando ansioso por conhecer mel hor a na- ve. A nossa descida como sempre automática, nos levou à um com- partimento igual a uma cabine ampla, de forma circu lar. - Polo, esta parte, usando suas expressões, nós po deríamos chama-la de "cérebro de toda a nave". Ele tinha razão. Em toda a extensão das paredes est avam os painéis eletrônicos. Estava tudo aceso, tudo colorido, num pisca- pisca super movimentado e agitado em todas as direç ões. De vez em quando a efervescência luminosa diminuía ou permane cia imóvel, mas em certos momentos sua intensidade era tão grande, assemelhando-se às explosões de luz de um festival de fogos de arti fício. Notei apenas uns "tendões" elétricos. De resto, eram pain éis lisos, cu- jas pontilhações luminosas se acendiam em qualquer lugar, numa e- norme multiplicação colorida. Pude perfeitamente av aliar que ali ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 113 estava condensado um mundo de energia e porque não dizer, um mundo de Sabedoria. Realmente, tudo aquilo se assemelhava a um imenso cérebro, uma Mente Concreta dominando a própria ene rgia captada das correntes do Universo. Eu estava deslumbrado. N ão sabia para onde olhar, meio constrangido mental e fisicamente, como se eu fosse um corpo estranho, um invasor dentro de um im enso crânio. - Não é uma maravilha, Polo? Tudo isto tem que ser adaptado e depois coordenado para uma parte externa da sua n ave. - Estou meio confuso... Lívio. Estou duvidando que toda esta energia venha do Espaço. - Ao atravessarmos o Espaço, estabelecem-se mudanç as de pa- drões energéticos. Aquilo que você denominou de "te ndões" são os captadores de energia. Quanto mais se multiplicam a s cores, maio- res são as coordenadas energéticas em torno da nave . - Não existem possibilidades de quedas bruscas das energias do Espaço? - Sim, Polo, também no espaço existem limitações, em conse- qüência do que denominamos de "Força das Cordilheir as". Uma nave pode penetrar em locais do Espaço onde não haja qua lquer teor de graduação energética à ser captado. Pode entrar em mudanças, cujo resfriamento intenso é prejudicial. Para isso estam os sempre pre- parados com os nossos dispositivos de retenção de e nergias. Quando estamos nas camadas vazias de energia, ou então, na s camadas con- geladas que para nós se chamam "atoleiros", corremo s o risco de nos retardarmos. As vezes, os vácuos são tão extens os que chegam a segurar a nave no Espaço. Esta, Polo, é uma parte m uito importante que deve merecer muita atenção de todos vocês. Muit as vezes o Uni- verso nos ilude. Hoje, penetrar nele estabelecendo rotas, é um er- ro primário que vocês podem evitar. Nós penetramos sempre fazendo evoluções. Isso porque existem gravidades dentro do Espaço que são núcleos incandescentes, cujas temperaturas transmud am-se de uns para outros. Muitas vezes esses núcleos estão muito condensados, razão que nos obriga às pesquisas de rotas. - Lívio, gostaria de saber mais sobre este equipame nto e es- tas cores que não cessam nunca. - Como você observa, Polo, o equipamento obedece à s leis da eletrônica, isto atendendo à denominação dos terres tres. Para nós seria a lei das coordenadas. Como você vê, dentro d a cabine só há um painel que envolve todas as laterais, onde são m antidos os con- tatos com a parte exterior da nave. Como você sabe, nossa técnica diferencia-se da sua, em conseqüência do uso da mat éria condensada que nos permite a captação da energia com sua respe ctiva emissão. Os elementos usados para comporo painel poderiam s er classifica- dos como um chapeado, cuja espessura não ultrapassa meio milíme- tro. Na realidade todo o esquema é aplicado com o m aterial em es- tado líquido, através de aparelhos especiais devido a alta calori- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 114 a. Não fosse esta, poderia até ser usada a técnica dos pintores, na base de pinceladas - Seria fácil um Homem dirigir uma das suas naves? - Sim, Polo, desde que ele tenha consciência e que entre nos conhecimentos que estamos relatando. - Quanto tempo levaria um Homem para atingir um gr au de evo- lução igual ao seu? Pelo que vejo, a sua técnica pe rde suas carac- terísticas para se elevar ao mais alto grau de uma das ciências mais profundas. É bem possível que o meu mundo venh a a entender, mas também corremos o risco da falta de compreensão na maioria dos assuntos, que para serem assimilados deveriam merec er extensivos tratados técnicos. Não que sejamos ignorantes, Lívi o. Creio que você sabe que a ignorância já está sendo varrida da face terres- tre. É que os Homens de hoje estabelecem suas ações sempre dentro de um estudo das causas. Todos nós compreendemos po r onde devemos passar e no entanto, todos nós sofremos porque não avistamos a luz, a grande luz da Verdade que nos está sendo tra nsmitida pelos GRAUS. Eu gostaria imensamente de compreender tudo, de me aprofun- dar na sua ciência. Isto porque a grande esperança do mundo de a- manhã é a evolução da ciência. Quando nos disseram que o Mestre dos Mestres era uma Essência, não tivemos a capacid ade suficiente de atingir a Grande Verdade. E no entanto, ela perm anece clara e objetiva diante de todos nós. Sim, cada um tem que fazer de si mesmo, um Sábio, procurando penetrar cada vez mais no mundo da Sa- bedoria, já que ela está aí sobre nossas cabeças em todos os cami- nhos do Espaço. Perdoe-me, Lívio, é que em certos m omentos me sin- to invadido por um entusiasmo que me obriga a estas expansões. - Pois fale à vontade, Polo, isso é bom. É que cada vez mais, sinto e me integro mais, dent ro da i- mensa causa que é o Homem-Interplanetário. Começo a sentir que os horizontes são infinitos. O Universo, no futuro ser á tão liberado para o Homem, como o é hoje a face terrestre. Exist em hoje entre nós, Homens-Consciência, cujo objetivo principal é a formação de uma grande estrutura através dos nossos jovens. É e m conseqüência desse trabalho que iremos nos comunicar com outros Planetas. O Ho- mem terrestre de amanhã, ao qual estou me referindo , já está dian- te de um Grande Portal da Quarta Dimensão. Talvez e la seja um mis- tério para os Homens atuais, mas os jovens já nasce m com a sua consciência dentro dela. - Polo, estou recebendo suas palavras como uma aul a. Até pa- rece que as gamas fluídicas do Universo penetram na s suas células, dando-lhes as vibrações das expressões das verdades absolutas. - Embora eu me sinta um pigmeu diante de tanta gra ndeza, confesso sinceramente que sinto força suficiente pa ra captar e dar um pouco daquilo que estou vendo em torno de mim. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 115 - Muito bem, Polo, então vamos em frente. Como voc ê já viu, todas as reações em torno desta câmara são energias do Espaço. A- gora, quanto ao ar que estamos respirando, é formad o pela parte interior da nave. - É oxigênio comprimido? - Não usamos esse sistema, Polo. Temos dispositivo s renova- dores de ar e controladores da temperatura ambiente . Creio que já podemos sair. Como sempre, pisamos numa prancha que nos deslocou para uma parte completamente diferente. Observei que aquele local era sepa- rado por tubos finos iguais aos nossos fios plástic os. - Estes, são canais por onde a energia é vaporizad a ao lado externo. - Creio, Lívio, que todo o Universo é constituído d e matéria, onde não existe o ar, porque ele é parado. - É essa impressão que ele nos dá, Polo. Mas o ar está sem- pre em movimento, sempre em evolução. Tanto é assim , que existem no Espaço verdadeiras geleiras. É vendo e participa ndo com ele que iremos conhece-lo melhor, constatando como nos prop orciona algo que jamais poderíamos crer. Fala-se que o Espaço é estático e que quando se projeta um objeto dentro dele, o mesmo é envolvido por um mundo de causas cósmicas ou reações de energias. Ele permanece parado até se transformar em energias do Universo. É estudando e vendo a sua natureza, que nos foi possível concluir as possibili- dades de abastecimento energético para nossas naves além do pró- prio ar que respiramos. - Como é que vocês conseguem esse milagre? - No momento em que a nave entra no Espaço, estabe lecem-se os contatos de energia. O movimento giratório da pa rte externa é o formador do ar, que depois de captado, se transform a em ar puro transferido para o interior. Bem, Polo, agora vou l he mostrar por este visor, um mundo estranho. O mundo onde você es tá caminhando. Olhe você mesmo. Aproximei-me do visor que mais parecia um espelho. Ao fixar os olhos, me vi imenso, dentro da beleza do Univers o, todo ele fi- ligramado da luminosidade das estrelas, cujo brilho parecia me a- tingir, dando-me a ilusão de estarem muito próximas . Notei uma e- norme luminosidade e perguntei a Lívio o que era. - Simplesmente é porque já estamos fora da órbita terrestre, Polo. - Quer dizer então que o Espaço é sempre iluminado ou que em determinados locais existem as sombras dos Planetas ? ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 116 - Conforme há a aproximação a um Planeta que receb e a luz do sol, é lógico que nos envolve em suas sombras. - Não, Lívio, minha pergunta refere-se às distância s maiores no Infinito. Creio que não me fiz entender. Gostari a de saber se existem sombras que envolvem o Espaço no Infinito. - Em conseqüência da nossa aproximação, quando som os envol- vidos nas sombras dos planetas, simplesmente sentim os a falta de luz. - Minha vontade, Lívio, seria permanecer aqui para sempre. Agora entendo porque vocês sentem uma vontade férre a de viver no Espaço. A sua beleza nos contamina. Sinto que o meu próprio Espíri- to parece estar desabrochando dentro de mim para o seu encontro com o Universo, para lhe dar uma grande participaçã o da sua Cons- ciência. Essas luzes se assemelham a um grande faro l, iluminando nossos caminhos neste espaço. É aqui que aceitamos a necessidade de conhecê-lo melhor. É dentro do Infinito que desp ertam nossos sentidos, nos incentivando à participação, à integr ação. Como gos- taria de me fazer entender para poder explanar toda a beleza, toda a sensação que me envolve neste momento. Daqui, ape nas posso fazer um apelo aos Homens da Terra: "desapeguem dos exces sivos interes- ses terrestres; olhem um pouco mais para o céu. Olh em e creiam, ele é o nosso maravilhoso caminho". - Isso a nós é ensinado e na realidade é o que sen timos, o nosso amor por tudo. Amamos o Universo, nossas nave s, nosso traba- lho, nossos Irmãos... - Bem, Lívio, depois de ver esta maravilha, só nos resta voltar. - Ainda não, Polo, pois temos mais coisas para lhe mostrar, mas antes vou leva-lo a um compartimento onde você vai descansar alguns minutos.- Repousar? Não entendo. Não devemos permanecer se mpre aten- tos? Fomos para mais uma cabine ampla, onde havia o conf orto e com os já conhecidos "descansos" transparentes. Lívio a comodou-se, lembrei-me das recomendações de Alídio e desta vez me acomodei confortavelmente. Relaxei-me completamente e comece i a sentir vontade de ter a Terra sob meus pés. Sim, minha que rida Terra, tão bela e tranqüila vista à distância. Tudo aquilo era maravilhoso, mas o meu melhor anseio naquele momento, era que to dos os Seres Terrestres pudessem participar também dessas emoçõe s e que todos um dia, pudessem analisar e entender melhor tanta c oisa. Pela pri- meira vez, percebi que eu estava enfraquecendo, ou talvez me per- dendo. Talvez fosse a sensação da imensa distância dos meus, do meu mundo. Eu, apenas eu, com um Homem do Espaço, d entro de uma nave, dentro do Universo... Comecei a me amedrontar com a minha ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 117 responsabilidade perante a Fraternidade Humana. Den tro de mim sen- tia que outros mundos cresciam, talvez fosse a ansi edade de dar um pouco de mim aos meus Irmãos Humanos. Sentia em mim um estranho desejo de desintegração, ou de multiplicação de tod o o meu Ser. Via o meu EU-Total (Corpo, Alma e Espírito) transfo rmado numa fon- te, derramando água nas Mentes dos Homens da face. Não sei expli- car com clareza; ao se banharem nas águas, desperta vam instantane- amente e olhavam para o Espaço vendo seus próprios caminhos aber- tos. Lívio continuava silencioso. Apertei minhas pá lpebras, procu- rando equilibrar meus pensamentos. Não havia dúvida s, naquele am- biente de paz, senti que algo se transmudava em mim. Eu não era eu mesmo. Sentia dentro de mim, as energias do Univers o. Era como se tivesse havido a recomposição completa de todo o me u físico, transformando -me noutro Ser, onde o próprio Espaço me proporcionava toda a razão da Vida. Eu, o Homem no Infinito e o I nfinito no Ho- mem. Era o entrosamento da matéria com o próprio Es pírito Consci- ente, realização máxima da verdade, sendo recebida para o meu re- conhecimento e do meu próprio mundo. Apossou-se de minha Mente a nossa tão sonhada concepção da Unidade Absoluta. En tão vi que não podemos nos dividir, não precisamos somar, mas unir as Unidades Plenas umas com as outras, para que se restabeleça a certeza abso- luta do nosso EU-Consciente, dando-nos a inspiração do nosso AMOR ao tudo no TODO, e nos amarmos a nós mesmos. Num ím peto de emoção e de reconhecimento da própria Consciência, na cert eza de que não estava sonhando, mas vivendo uma realidade absoluta ( sim, eu es- tava ali, dentro de uma nave, dentro do corpo do Un iverso), ins- tintivamente gritei: "Deus... meu Deus, estás em mi m, estou em Ti..." Percebi que alguém estava ao meu lado chaman do-me. Era Lí- vio, com ar meio preocupado, disse - Polo... Polo, o que está acontecendo com você? Levantei-me num pulo e tentei explicar: - Lívio, considero uma profanação fecharmos os ol hos dentro do Corpo... do Espírito do Universo. Devemos sempr e procurar nos comunicar com Ele, a fim de desvendarmos suas forma s e sua razão de ser. Não podemos, Lívio, fechar nossos olhos par a nós mesmos, impedindo que o Infinito nos interpenetre... Bem, g ostaria que voltasse a me mostrar e explicar o que ainda falta. Ele me olhava como se estivesse vendo-me pela primeira vez. - Polo, você está agindo como se fosse um dos noss os, mais preocupado com seus Irmãos que consigo mesmo, dentr o de uma ação determinante, positiva, consciente de quem sabe o q ue quer. Bem... vou atendê-lo. Creio que você observou bem este nos so ambiente; tudo o que existe nesta cabine, está ligado com tod a a parte inte- rior da nave. Nós chamamos de "estiradeiras" onde estivemos des- cansando. Veja como elas se dobram automaticamente e são recolhi- das e embutidas nas paredes. Aqui temos tudo que se relaciona com as necessidades de um Ser Humano. Observei que na realidade, tinha a impressão de est ar num confortável apartamento de tamanho pequeno. Mas minha curiosidade ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 118 era maior do que Lívio pensava. Eu queria saber mai s sobre as "es- tiradeiras". Em todas as naves existem cabines como estas?... pe rguntei a Lívio. - Que matéria é essa que se enrola em si e é atraí da pelas paredes como se obedecessem a força de um imã? - É um material quase idêntico ao usado para o int erior da nave, Polo. O que usamos para a construção das noss as naves, são elementos que não podem sofrer alterações. Isso em conseqüência da nossa permanência no Espaço. Creio que já é do seu conhecimento que qualquer corpo concreto na superfície dos Plane tas, possui um valor diferente do que tem no Espaço. Esse é o moti vo porque usa- mos apenas um tipo de elemento concreto, multiplica do nas suas formas e analisados nas suas escalas energéticas, q uanto às suas alterações em ambos os aspectos a ser transmudado, na Terra e no Espaço. - Quer dizer que tudo isto aqui foi construído ape nas com uma matéria, apenas a sua forma e seu aspecto é que mudam? - Sim, Polo. Sua mão no meu ombro foi um convite para que saísse mos dali. Meu desejo era permanecer mais naquele ambiente de paz aconchegan- te. Senti que ele tinha pressa e nos encaminhamos p ara fora. Aspi- rei bem fundo e senti que o ar era absolutamente no rmal. Foi quan- do pude dizer para mim mesmo: Sim, meu pobre Polo, agora elimine suas dúvidas, porque você está com o seu Corpo, com sua Alma e seu Espírito dentro desta nave. Não faça confusão a fim de evitar pre- juízos aos seus Irmãos. Lembre-se de que aqui você os está repre- sentando, razão porque aguardam uma resposta desse Corpo, dessa Alma e desse Espírito... - Polo, o que está havendo com você? Noto que está muito pensativo. - Não se preocupe, Lívio, talvez eu tenha absorvido uma dosa- gem de Consciência numa Taça muito grande. - Vou leva-lo à cabine de comunicação com os Plane tas. Era uma pequena cabine para apenas duas pessoas, co m assentos diante de vários visores e na parte de baixo de cad a um, pequenos painéis de controles. - A capacidade de recepção desses comunicadores é quase ili- mitada. Vamos à comunicação com um dos Planetas, Po lo. - Vamos ver através dos sete visores? - Não são visores, mas captadores. Sente-se, Polo. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 119 - Lívio, por que estes assentos são tão diferentes, asseme- lhando-se às nossas cadeiras de dentistas, só que o apoio da cabe- ça é muito maior? - É para dar maior conforto à cabeça, possibilitan do-nos um deslizamento para um contato perfeito. - Lívio, estou achando isso meio confuso. Por favor quero me- lhores esclarecimentos. - Calma, Polo, calma. Do lado do assento há os des lizadores. Procure com a mão. Através deles, vou me dirigir co municando-me com os Planetas. Qualquer um. Apoie bem sua cabeça, pois é com ela que iremos dirigir nosso contato com os Planetas. - Até que é bem confortável... - Agora, Polo, vamos nos comunicar. Qual o Planeta que você prefere? Aquele que se comunicar conosco, será o de minha p referên- cia. Ele deu um movimento no assento, quese virou para aquilo que eu chamara de visores, mas que eram os comunicadore s. Pediu que eu fizesse o mesmo. Dei um impulso de corpo e aquilo s e movimentou. Vi quando Lívio deslizou os dedos, assentou-se com mais firmeza sua cabeça no apoio, e os comunicadores começaram a se iluminar, parecendo que algo queria se projetar neles. Notei que Lívio man- tinha os olhos bem fechados, parecendo mesmo que el e estava se transportando para fora de si. Por um momento senti a sensação de estar só na nave, mas foi por pouco tempo. Logo em seguida, a fai- xa luminosa pareceu emitir sons e depois projetou u ma imagem. Era um homem de pé, falando. Não entendi, mas ouvi a vo z de Lívio. ❈❈❈❈❈❈❈❈❈❈❈❈ ♦ EM PLENO ESPAÇO ♦ ZELFOS ♦ UMA VISÃO DO PLANETA ZELFOS ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 120 uito bem, Planeta ZELFOS, estamos estabelecendo um contato de reconhecimento por ordem dos GRAUS. Ped i- mos que seja focalizada e ampliada alguma parte do Planeta, algum local onde se possa divisar seu aspe cto de vida Esperei, e vi que o comunicador mudava seu aspecto , mas o interessante era a diferença com as nossas imagens de televisão. Tinha-se a sensação de se entrar no ambiente, de pa rticipar como se também estivéssemos dimensionados dentro da proj eção. Ouvi a voz de Lívio que falava para que eu ouvisse: - Planeta ZELFOS saúda os Seres da face terrestre. ZELFOS está presente. Achei que devia responder e foi o que fiz dirigindo meus o- lhos para o captador. - Aqui vão as minhas homenagens ao Planeta ZELFOS. Quero em nome do Planeta Terra, agradecer o que ZELFOS faz p ela Terra. Isso nos dá consciência de que não somos os únicos privilegi- ados e nem os únicos filhos de Deus no Universo. - Vamos silenciar, Polo, e vamos entrar numa dimen são ultra- sônica. Fique na mesma posição em que eu estou e pr este atenção nos captadores. Prestei atenção e observei que agora a intensidade de energia parecia ser bem maior e a sonoridade mais intensa. As imagens se aproximavam cada vez mais. Inicialmente algumas cra teras vulcâni- cas e depois planícies. Não estavam sendo mostradas na mesma se- qüência de locais. Gostei muito do colorido das pla nícies, que en- cheu meu coração de alegria ao notar que o verde pr evalecia num tom muito bonito e vivo. O colorido na natureza de ZELFOS deu-me uma euforia, fazendo com que eu dissesse para mim m esmo: "Está vendo, Polo, como não somos os únicos? Como o nosso Mestre na sua Sabedoria nos afirmou que na casa do seu PAE exist iam muitas mo- radas"? Agora eu compreendia as palavras do Mestre. Meus olhos vi- am vidas, para mim desconhecidas. Em seguida foram mostrados ou- tros aspectos, formas humanas e grandes edifícios, mas com suas construções completamente diferentes das nossas. Fo i necessário prestar mais atenção para me convencer da verdade, mas mesmo as- sim, recorri a Lívio. Chamei baixinho pelo seu nome . - Sim, Polo, você quer um esclarecimento e é muito lógico. Estamos numa parte de ZELFOS, como diria... num cen tro habitacio- nal. - O que eu não entendo, Lívio, porque esses edifíci os estão acima do nível do solo? Estou calculando uns cinqüe nta metros. Dá a impressão de uma cidade suspensa. - Sim, Polo, na realidade este centro é todo ele s uspenso. M ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 121 - É magnífico, é muito bonito. E a impressão que te nho é que seja absolutamente tranqüilo, pois não se observa n enhum movimento de transito. Por que, Lívio? Eles não usam condução ? - Simplesmente porque esta região de ZELFOS se uti liza ex- clusivamente da condução espacial. Ela foi planific ada nesse sen- tido e seu plano elevado permite-lhe o uso de peque nas aeronaves, cuja base é no solo. Olhando bem para o captador, observei que no solo h avia um contorno elevado e pontilhado de pequenas naves. Ho uve uma aproxi- mação e quase me convenci que aquela cidade fora co nstruída de plástico multicolorido, predominando as linhas reta s, inclusive nos tetos, sempre do mesmo material. Havia apenas d uas ou três ca- sas isoladas. Quanto as demais construções, eram ed ifícios de grande porte, notando-se linhas bem avançadas como se tivessem si- do feito apenas com um bloco de material. Houve nov a aproximação e foi focalizada a área de um edifício, onde surgiu u ma mulher. Pos- so lhe dizer que eu estava olhando para uma criatur a tão humana como nós, pois até sorriu. Clara, olhos claros e ca belos louros... Era tão mulher como qualquer outra do nosso Planeta . Eu queria a- gradecer a Lívio, a oportunidade que me deu de ver coisas de um outro Planeta, mas ele se adiantou e disse: - Polo, vamos ter que encerrar a comunicação porém antes você vai ver outra parte panorâmica. Sim, ali estava eu quase não acreditando, mas vend o um mundo completamente diferente do nosso. Não sei qualifica r, definir ou exemplificar, mas eu tinha certeza de estar penetra ndo em regiões co-dimensionadas por uma lei natural do próprio Esp aço, onde o mesmo se localiza. Perguntei a Lívio se todas as ci dades eram sus- pensas. Ele então me esclareceu, que sendo ZELFOS u m Planeta cap- tador de mais energia que os outros, em certas regi ões o solo se ressentia, razão por que as habitações eram feitas em grandes pla- taformas suspensas, motivo pelo qual eram mais saud áveis. As aco- modações internas disse-me ele, assemelham-se as de vocês, terres- tres. Pude notar que a cidade era realmente grande, linda e colo- rida. Lívio disse-me que o prazo para aquela comuni cação era de- terminado e estava encerrando-se. Foi quando comece i a ver ZELFOS panoramicamente. Descrever tudo seria pretender ent rar num mundo imaginário, caminhar num mundo onde não existem pal avras para de- finir seu aspecto. Só posso dizer que para mim foi um sonho, por- que só em sonho podemos entrar em mundos encantados . Mesmo separa- dos pela distância, eu tinha a impressão de que em tudo aquilo, parecia haver um ar de superioridade. Estava assim mergulhado nos meus pensamentos, extasiado na minha contemplação, quando Lívio me despertou. - Polo, se me permite, os captadores não podem per manecer por mais tempo. Há sempre uma limitação para os mes mos. Quero que saiba que nem todos os Planetas têm o mesmo aspecto . São diferen- tes, motivo porque lhe peço que guarde bem na memór ia tudo o que ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 122 acaba de ver. Em seguida ele desligou o contato com o Planta ZELF OS. Perce- bi o quanto me sentia pequeno, como se voltasse a s er criança. Sim, havia dentro de mim numa estranha sensação, to da a emotivida- de de uma criança encolhida dentro do meu corpo de adulto, percor- rendo milhas e milhas no Espaço Cósmico. O que um H omem poderia fazer depois do que viu, conheceu e atingiu com a l uz dos seus próprios olhos, observando outro Planeta? Apavorava -me a simples idéia de um dia abandonar tudo, sem ter tido a opor tunidade de re- velar o que vira. Sentia a necessidade de mais algu ém tomando o meu lugar. Perguntei a Lívio: - E agora o que falta? Depois disto desejaria fecha r os meus olhos e guardar um pouco de ZELFOS dentro de mim. S em menosprezar a minha querida Terra, gostaria que detudo o que v i, ou ao menos um pouco, permanecesse dentro de mim. - Bem, Polo, fizemos "Tudo dentro do Todo" e numa nave. Ago- ra vamos voltar, mas antes quero esclarecer que eu, Lívio, tanto posso me transportar materialmente, como penetrar na Quarta Di- mensão. Olhando bem dentro dos meus olhos, acrescentou: Est amos vol- tando para a Cidade dos Sete Planetas. - Lívio abriu algo que eu não havia notado. Era uma espécie de amplificador. Percebi que realmente estávamos vo ltando. Pergun- tei-lhe a hora de nossa chegada. Ele estranhou minh a pergunta di- zendo que o tempo já estava determinado. De repente , senti que já estávamos na Terra, pois tinha a impressão de que t udo estava mais pesado. Quis olhar, mas Lívio não me deu tempo, ocu pado que estava em procurar a entrada da nave. - Bem que você poderia ter me avisado, para que eu pudesse ver melhor nosso globo. Num relance, ouvi a voz de Lívio: - Já estamos na Cidade dos Sete Planetas. Não podendo me conter, quase angustiado, falei quas e gritan- do: - Lívio, por que não me deixou ver ao menos as Cord ilheiras? Gostaria de observar seus picos erguidos para o céu , refletindo luz como se fossem espelhos. Ele me acenou pedindo que me aproximasse para poder ver pelos visores. O que se descortinou diante dos meus olhos foi um espetá- culo majestoso que me sensibilizou profundamente. E ra o imenso mar verde sobrevoado pela nossa nave. Absorvi toda sua beleza e magni- tude em formas delineadas pela mão do Creador. Foi quando ouvi a voz de Lívio: ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 123 - Deleite-se com as Cordilheiras, Polo. Sim, ali estavam elas. Eram realmente esplêndidas e impres- sionantes pela sua imponência. Toda aquela imensa e nvergadura pa- recia sustentada por só uma coluna, como se tivesse sido construí- da especialmente adaptada para acolher toda a grand eza que existe no seu interior. Ali estavam as Cordilheiras... Q ue beleza! Ah se todos pudessem contemplá-las e sentir como eu es tava sentindo sua grandiosidade, talvez pudessem também crer na D ivindade. Lívio disse-me que tínhamos que penetrar na Cidade e entã o percebi que estávamos mergulhando no embarcadouro. - Pronto Polo, agora já penetramos na Cidade. Fizem os o mesmo trajeto do início da viagem. - Vi-me novamente naquele vendaval vindo da emboca dura. Mas foi rápido e em seguida estávamos em outro local, o nde ficam pou- sadas as naves. Sentia-me como se nada houvesse aco ntecido, minha disposição era completa. Até a permanência dentro d e uma nave não era nada mal, em se fazendo um paralelo com os noss os aviões. Creio que ainda falta algo em nossos aparelhos... B em, vamos dei- xar isso para lá, pois quem sou eu para tais anális es se nem sei como vim parar aqui? Até agora só ouvi e senti cois as. Bem, ai já vem chegando Lívio. O que mais será que eles preten dem comigo? - Que cara assustada, Polo! Que foi, não gostou? - Gostar eu gostei, é que não consigo entender o po rquê de tudo. - Cada Planeta, Polo, obedece planos diferentes pa ra suas naves. Observe como as formas são diferentes. Veja esta como dife- re daquela que nos levou ao Espaço, porém a parte i nterna possui as mesmas características técnicas. Estávamos admirando as naves quando Alídio se aprox imou. Cum- primentou Lívio, agradecendo. Pude ver o quanto exi ste de conside- ração e respeito pelo trabalho de um para com o do outro. Curvei- me diante de Lívio agradecendo pelo belo passeio, c reio que o mais lindo de toda a minha vida. Disse-lhe que antes de partir gostaria de vê-lo novamente; e assim nos retiramos daquele l ocal, um verda- deiro mar de naves interplanetárias. Mas, que será que estava a- contecendo com Alídio? Caminhava silenciosamente na minha frente como se não quisesse participar dos meus passos. Fi quei meio ata- rantado, como é natural num ser Humano. Mas mesmo a ssim, continuei seguindo-o. Ao entrarmos novamente na cidade, obser vei mais uma vez o seu esplendor. Não havia dúvidas, aqui também tudo era muito belo. Fomos para uma daquelas residências onde as p ortas se abriam em atendimento a nossa aproximação. A única frase q ue ele pronun- ciou antes de entrarmos foi: - Quando usamos o Mental, não necessitamos de alar mes baru- lhentos. É só transmitirmos a mensagem. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 124 Assim, me vi novamente dentro de uma daquelas resid ências, muito curiosas para mim e muito comum para eles. Al ídio pediu-me que lhe entregasse minhas roupas. Levou-me para um local muito confortável, pedindo-me que trocasse aquela roupa p or outra. Eu estava meio chocado com o seu silêncio; ele que fal ava tanto, te- ria ficado mudo? Comecei a trocar de roupa e então, travou-se uma batalha dentro da minha cabeça. Comecei a imaginar um milhão de coisas. Como e por que teriam acontecido? Como eu t eria ido parar ali? Estava quase em pânico quando Alídio veio busc ar-me. Nesse momento perdi o controle de mim mesmo, rebelei-me c omo qualquer terrestre e agarrando-o pelos braços, olhando nos s eus olhos, dis- se-lhe agressivamente. - Olhe aqui, meu caro Alídio, eu fiz tudo o que voc ê me pe- diu, olhei muitas coisas, mas agora quero saber ond e vou. Quero sentir as coisas. Prefiro entender, não posso ficar nesse suspen- se! Por que? por que vocês me trouxeram para cá? Po r que escolhe- ram a mim? Eu nunca vivi atrás de vocês! Sempre que olhei para o céu, apenas considerei as estrelas como reflexos da Obra Divina e nunca aceitei a hipótese de que pudesse ser naves. Agora sei que muitas vezes podemos confundir estrelas com naves. Bem, vamos lá, para onde você vai me levar agora? Alídio continuou tranqüilo e em silêncio. Saiu acen ando-me para que o seguisse. Caminhamos pelas alamedas ata petadas de ouro reluzente como um sol. Caminhamos em silêncio pela cidade e fomos até o local por onde eu havia entrado. Quando descíamos os degraus para o interior da gruta, ouvi a voz de Lív io que se diri- gia a mim: - Polo, em paz eu o deixo e em paz nos encontrarem os no meu Planeta. Não vá me dizer que eu não mais o verei, Lívio? - Verá sim, Polo, quando você for conhecer os Plan etas. - Mas de qual deles é você? - O nome não importa. O importante é que nos encon traremos. Ele cruzou as mãos sobre peito e afastou-se rapidam ente. Alí- dio quebrou o silêncio e falou: - Se você quiser, pode contemplar a Cidade dos Set e Plane- tas. Que sujeito esquisito, meu Deus! Virei-me e comecei a mergulhar dentro da estranha c idade. Era como se eu me banhasse de luz naqueles tetos dourad os. Sentia que aquele era o mundo onde eu poderia me encontrar, pe la paz que dele resplandecia, pela harmonia do ambiente. Imaginei m eu mundo cheio de tetos dourados. Será que um dia poderíamos viver sob tetos dou- rados sem que ninguém os olhasse com ambição? Tranq üilizado pela magia do cenário, meio constrangido, quase falando para mim mesmo, ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 125 me dirigi para Alídio. - Seja para onde for, eu o s eguirei, Alí- dio. Atravessamos o salão da gruta penetrando naquele co rredor já conhecido. Comecei então a sentir uma sensação estr anha. Ali adi- ante estava aquelePortal de bronze. Será que eu ir ia atravessá- lo? Apossou-se de mim uma indecisão intolerável, nã o sabia definir se era felicidade ou tristeza. Algo por dentro me d izia, que se eu atravessasse o Portal, voltaria a sentir o meu mund o, o mundo que eu conhecia muito bem. Comecei a entender o motivo do sofrimento humano. É que todos nós temos o nosso Portal, sim, todos nós, eu e voc1ê que teima em não aceitar, que não crê nestas palavras que estou escrevendo. Todos nós temos o nosso Portal de Bronze, porque ele é o único a nos permitir a entrada para outra D imensão. Agora entendo, eu estava noutro Plano. Fui interrompido p or Alídio, que se aproximou dizendo: - Polo, estamos no Grande Portal da Cidade dos Set e Plane- tas. Vamos abri-lo em toda a sua dimensão para entr ar no Mundo dos GRAUS. Vi-me transmudado de um ambiente para outro. Realme nte é qua- se impossível descrever, pois se estávamos no mesmo local por onde entrei, como é que agora tudo era tão diferente? Go stei que Alídio estivesse perto. Acheguei-me a ele e perguntei: - Alídio, o que vai acontecer? - Nada, Polo. Este é apenas o ambiente para a prep aração do relato dos GRAUS. - Mas isto aqui está parecendo uma das partes do La boratório. Estou certo? - Sim, Polo, mas agora observe os GRAUS. ❐❍❍❍❍❍❍❍❍❍❍❍❍❐ ♦ OS GRAUS DOS SETE PLANETAS ♦ MENSAGEM DE ZELFOS ♦ MENSAGEM DE ARZON (URANO) – PRIMEIRA PARTE ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 126 ♦ MENSAGEM DE ÉTRIO (MARTE) hei perplexo para aqueles Seres que estavam me olha ndo como se quisessem me atravessar totalmente. Vi quan do se dirigiam um por um, para uma parte onde havia gr an- des abjetos desconhecidos para mim. Percebi que dev e- ria acomodar-me. Arrisquei colocar meu corpo num da queles objetos e logo senti que havia me acomodado perfeitamente. O interessante é que quando esticava meus braços, aquela matéria o u forma conden- sada, criava instantaneamente o apoio para os mesmo s. Arrisquei esticar minhas pernas, mais por curiosidade que pel a necessidade de apoio... A coisa era extraordinária! Foi quando vi Alídio ob- servando-me e percebi que mais uma vez eu estava fa zendo um papel ridículo, como se fosse uma criança realizando brin cadeiras proi- bidas. Confesso que senti vergonha. Perfilei-me pro curando imitá- lo na sua posição e arrisquei uma olhadinha para os GRAUS. Fiquei quase surpreso, pois eles continuavam fitando-me. S enti algo na garganta, tentei falar e não consegui. Fiquei embar açado. Que es- taria acontecendo? Olhei mais uma vez para tudo o que me rodeava e fin almente consegui articular-me, nervosamente. – O que é que vocês esperam de mim? Agradeço-lhes por tudo, mas não fiquem observando-me. Será meu Deus, que es tou perdendo a paciência e a calma? Foi nesse instante que ouvi a voz de ZELFOS. Estava ele diante de uma pequena prancha, onde algu ma coisa pare- cia se condensar e criar forma. Apanhou o estranho objeto que pa- recia atrair luz e começou a falar: - Polo, Homem da Terra, lembre-se que o sentido des te aspec- to, é a sintetização da matéria tirada das quatro c amadas princi- pais da face terrestre. Isolamos energias e extraím os energias. Retiramos a matéria prima na sua prioridade; analis amos seu conte- údo sintético e observamos que as quatro camadas, c ontém um per- centual calorífico mais elevado por estarem mais pr óximas da face. Fizemos estas análises para ver qual a porcentagem e qual a maté- ria localizada mais próxima de ser condensada. Nota mos que em cada camada, em diversas partes do globo, existem as pos sibilidades de condensamento. Se isto ocorrer, tem que haver també m a sintetiza- ção de onde provêm os distúrbios que dão origem aos grandes abalos em certas partes da Terra. Como deve proceder o Hom em na sua pes- quisa para evitar os abalos sísmicos? Deve procurar aperfeiçoar a matéria. Ela possui dois corpos, com a porcentagem de um para dois, que vem a ser a separação da área ativa, para que a parte negativa possa ser condensada. Esse é o dispositivo do isolamento 1 e 2. Estamos nos referindo a uma teoria completam ente desconhe- cida do Homem da Terra, mas sei que estão aptos à r ealizá-la, des- O ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 127 de que haja consciência e boa vontade. Quanto aos s eus conhecimen- tos na química natural, consideramos que o seu dese nvolvimento é realmente efetivo, inclusive adotamos muitos dos se us sistemas. Apenas não compreendemos por que não existe entre v ós, o aprovei- tamento em maior escala da química pura e natural, cujos resulta- dos são mais eficientes em todos os seus aspectos. Todos devem concordar que cada fruto produzido por determinada árvore, possui características e espécies diferentes para estudos de laboratório. Cada pedaço de terra, merece uma pesquisa de seus e lementos forma- dos pelas leis naturais da face terrestre. O que é o aspecto natu- ral da face? Em si, é todo o seu aspecto de formas que se conden- sam sintetizando camadas naturais. Não pretendemos aqui estabele- cer argumentos a respeito do fruto das vossas vidas . O que quere- mos é penetrar no mundo das formas verdadeiramente naturais. Na sua imaginação, o Homem pode conceber uma fruta, in clusive com os detalhes perfeitos da forma, do sabor e até do odor , mas a reali- dade da sua composição elementar, prova sua inexistência . Isso porque a matéria se compõe, recebendo teores partic ipantes que se agregam especificamente dentro da matéria do ser da quele determi- nado fruto. Não estou fugindo à lógica, mas procura ndo esclarecê- la no sentido do porquê das causas, que devem ser j ustas e natu- rais, como a própria natureza proporciona ao Ser Hu mano a sua so- brevivência. Continuei olhando para o GRAU de ZELFOS, cujas pala vras con- fesso, eu não entendia. Mas o que podia eu fazer? A rgumentar? Eu argumentar? logo eu que..., Deixo que os entendidos nos assuntos do meu mundo falem por mim. Passei então a olhar URANO, que tam- bém me fitava com um olhar interrogador, como se di ssesse: aten- ção! Então passei a ouvir suas palavras: – Sim, URANO é o meu Planeta, mas esse nome é dado por vós. O nome do nosso Planeta é ARZON. Estamos unidos para darmos conhe- cimento daquilo que veio até nós, também por Seres mais sábios. Não estamos aqui obrigando ninguém a nada, mas ofer ecendo uma o- portunidade para cada um participar consigo mesmo d a melhor manei- ra. A forma e a maneira, são a captação de energias que estão cir- culando neste Quadrante. A Forma Humana em si ,é ma téria; Matéria e energia-matéria, mas é coagulante. Observando-se melhor, veremos que ela age no corpo Humano como elemento auxiliar de expelição. É quase que uma ordem dominante ao corpo que sustem a s células em si. Estas, estabelecem as formas do corpo Humano, q ue recebe do espaço e da Terra o seu grande substancial, pela di mensão de áto- mos. Facilmente pode-se ver que, quando não obedece mos a captação de energia própria para o corpo, há um ressentiment o total na par- te funcional do organismo. ARZON da instruções ao e spírito do Ho- mem, para sua adaptação de vida em seu mundo. Capta ção não signi- fica parar ou ficar à espera. Captação é a maneira de sentirmos o nosso próprio Ser. No entanto para senti-lo, precis amos estar pre- parados para que ele seja energia. Creio termos con hecimentos já conquistados pela Ciência terrestre, em conseqüênci a do seu grau de evolução. ARZON só querexplicar a maneira de ca ptação, o pro- cesso de estudarmos essa Energia, pois toda ela é c onsiderada ma- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 128 téria, numa espécie de fórmula ativa de transladaçã o (Falo em transladação, no sentido de adaptação). Não estou f ugindo da maté- ria, mas sim procurando ligá-la a um estado maior, sem absoluta- mente subestimar os grandes cientistas que estão da ndo impulso à Humanidade, considerando o estudo do próprio Corpo Humano como um dos fatores mais importantes, não apenas como um es tudo analítico, mas como ciência profunda, porque o corpo Humano é na realidade uma ciência. E é como tal que deveis penetrar nesse mundo e desco- brir o que ele encerra de mais profundo para a sua própria evolu- ção, interna e externa, considerando o seu interior como sendo a forma positiva e o seu exterior como sendo a forma negativa. Isso em conseqüência de ser a parte externa, a captadora de todas as Energias do Espaço e da Terra. Para vós Homens da T erra, que es- tais avançando mais um passo na ciência, devemos co nsiderar os dois estados. Muitos julgam que as Energias estão n a superfície, mas as Energias verdadeiras vêm do interior. Essa s olidifica- ção(unidade de uma com a outra) que une as duas par tes, muitas ve- zes se desencontram na suas captações certas. É qua ndo se dão as quedas físicas, com reações violentas. Isto talvez pareça não que- rer dizer nada, mas é de fundamental importância na Ciência que ora tratamos. Queremos avançar um passo e vou dar o conhecimento do HOMEM - ENERGIA e não do Homem - Matéria. Na rea lidade, a única maneira de nos unirmos à Consciência, é sermos Ener gia. Quando abandonamos a Consciência, permanecemos Matéria. Po r que vamos desperdiçar matéria, se ela é um estado latente, pe lo qual podemos nos elevar à um plano mais alto e superior? Não est amos procurando diminuir a face terrestre, mas apenas procurando fa zer com que nos elevemos ao Espaço. Não vos assusteis com minhas pa lavras. O que deveis fazer, é vos conduzir dentro de um princípio de respeito e fraternidade. O reconhecimento de cada um, é dar a possibilidade de estabelecer um contato com o caminho do Espaço, porém para is- so, a matéria tem que estar preparada dentro de um órgão, onde a consciência determine a consolidação de todas as ca usas reunidas num manifesto de prioridades infinitas. Quando fala mos de HOMEM- ENERGIA, não queremos dizer que estamos nos manifes tando em torno de algo misterioso. Estamos nos referindo às vossas possibilidades de reconhecimento daquilo que podereis ver através de um grande passo dado pela Ciência. Está claro que temos que a ceitar a reali- dade das causas. Não podeis ficar mergulhados num m ar profundo à espera da salvação. Deveis procurar vos consolidar com o Corpo do Espaço e com a crosta terrestre, analisando o "Tudo no Todo" e a- veriguando suas conseqüências, verificando freqüênc ias de Energi- as, numa área do Quadrante que capta um determinado Espaço. Vereis que todas as formas em si, são uma Energia. Se temo s duas partes, por que permanecermos em uma apenas? Vamos dar a en trada do reco- nhecimento da outra. Se somos dois em um e um em do is, vamos par- ticipar das duas freqüências; do concreto e do inco ncreto. Vamos ser FORMA e vamos ser ENERGIA. De que maneira? Dand o um reconheci- mento das duas formas e a Ciência vos ajudando no p rincípio de ser. Como iniciar a matéria radioativa? Segundo est e princípio, quando um Ser Humano atinge uma certa idade, tendo sofrido conse- qüências na matéria, suas oportunidades são relativ as, mas, quando se é jovem e se começa a estabelecer o domínio de t odas as reações ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 129 externas, com a participação da interna (isso dentr o de uma orien- tação científica, que no futuro será clara como a l uz do dia), en- tão ARZON pode dizer; o único caminho, é seguir o sistema aq ui pronunciado. Quanto às Energias e todas as formas d e transforma- ção, serão dadas por GARION, o último a se pronunciar. ARZON vos diz, que o Urânio é uma matéria pesada, que contém o maior número atômico, onde se estabelece a energia nuclear. Para vós, ele é só energia. Foi a maneira pela qual a Ciência do vosso mundo desco- briu meios mais fáceis de usar diversas matérias pa ra combustível. Deixo que MARTE se pronuncie. Voltarei. Assim falou o GRAU do Planeta ARZON. Olhei para aquele ambi- ente onde eu era um péssimo ouvinte, mas não podia deixar de admi- rar aqueles homens que falavam de matérias e de Hom ens-Energia. Enfim, eu tinha que respeitá-los. Assim, olhei para aquele que se pronunciava como MARTE. Fiquei olhando e quanto mais o observava, via que ele traçava alguma coisa estranha para mim, até que ouvi a sua voz. - MARTE se pronuncia diante dos Homens. MARTE, para os Ho- mens, mas ÉTRIO na realidade. Estamos nos pronunciando, não como sábios, mas, como Homens de verdade, procurando sim plificar as causas ainda não aceitas ou adotadas pelos Homens. Estamos unidos, porque achamos mais conveniente dar à esta fraterni dade humana, um pouco de nós mesmos, um pouco dos nossos conhecimen tos que vieram preencher o mundo onde habitamos, um mundo de recon hecimento, de fortalecimento, de paz e de grandes energias. ÉTRIO vos fala na vossa linguagem. Para nós, os Seres de outros Plane tas, não existe a mensagem da mecânica da palavra. Nós nos comunica mos pelo Men- tal, o que estou fazendo neste momento como GRAU de ÉTRIO, é o traçado da Mente do Homem Terrestre e o traçado da Mente do Homem- Espaço. Sim, Seres desta face, as vossas Mentes são um infinito. Dentro dele habitam milhões de células que são verd adeiros núcleos de radioatividade. Há várias correntes de forma enc efálica que marcam passagens das energias captadoras. Dentro de sse infinito estão as grandes luzes que iluminam todo o mundo da vossa matéria, porque estão dentro dele, as maiores vi brações de intensificação eletrifican- te, que proporciona a intensidade energética ao vosso mundo materi- al. O que estou traçando é o esquema do globo cereb ral. É o cére- bro do Homem do Espaço, o Espaço dentro do próprio Homem. Ver-se-á como o Homem-Espaço, na sua maioria ao se realizar, se transforma numa Energia, em conseqüência de uma atmosfera mais condensada e eletrificada, devido também ao Espaço ser uma causa de Energia, a Mente do Homem do Espaço é mais vibrante, superando todos os im- pactos positivos. Sendo esta, uma das principais pa rtes para o Ho- mem, Étrio liberou-a, por achá-la muito importante. Sem ela o Ho- mem caminha, porque de uma maneira ou de outra, mes mo sendo con- creta, é onde condensa o maior teor de Energia de u m Corpo Humano. Façamos um retrospecto observando os Seres Humanos que viveram há milênios. Quando nos dirigimos para esta crosta ter restre, viemos em paz e pensamos voltar em paz. Encontramos naquel a época ainda não evoluída como a de hoje, uma certa reserva quan do da nossa a- proximação. Fomos considerados como anjos ou deuses do Espaço. De- mos aos Homens o mesmo que estamos dando hoje, a pa lavra certa e ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 130 justa, não fugindo da verdade. Ela foi aceita e nós ficamos obser- vando a evolução dos homens. Vimos para nosso espanto,que a evo- lução se localizou em apenas uma região. Então os H omens, aprovei- tando-se da sua Sabedoria (que havia sido dada por nós em trans- critos), elevaram-se diante do mundo como sendo os maiores, tor- nando-se senhores absolutos, dominando a matéria pa ra transformá- la em energia. Estes Seres, vos digo, eram chamados os Homens A- tlantes. Observamos sua evolução e vimos que seu pr ogresso pene- trou num dinamismo absoluto. Só o que não vimos, fo i que tudo a- quilo que lhes demos, permaneceu apenas entre eles. Se fizessem o contrário, dividindo a Sabedoria com toda a Humanid ade daquela é- poca, posso vos afirmar que este mundo onde viveis hoje, não esta- ria atravessando por momentos tão difíceis e cheios de terror. Permanecemos como hoje em observação e concluímos q ue teríamos que partir, mas, que um dia teríamos que voltar, dentro de uma razão lógica onde a consciência do Homem fosse maior. Não vamos falar desse passado melancólico, pois aqui ele foi citado apenas como uma advertência ao Homem de hoje. Não deveis fazer dos vossos co- nhecimentos sobre a Energia, aquilo que os Atlantes fizeram, des- truindo seu próprio mundo, pela sua força e pela gr andeza do seu poder. A todos vós, ÉTRIO esclarecerá que uma consc iência tem que ser plena, como a corrente tranqüila dos regatos qu e se espalham para dentro das águas do grande lago das energias. A insensatez não evolui, mas provoca o regresso. O conhecimento é um processo que dá a oportunidade à cada um, para a conquista d os efeitos po- sitivos e construtivos, para a sua própria elevação diante do mun- do, no entanto, o individualismo não permite oportu nidades e nem capacidades para o indivíduo se reconhecer. É mais uma fuga do seu próprio estado de consciência, a fim de não continu ar como parti- cipante. E essa participação é uma corrente de ener gia de evolução entre os homens. Todos os que estão participando, c onstróem algo para si e para os outros, porque os outros são a su a própria con- tinuidade de vida, planificando-se numa edificação , num estado maior para a perfeita ampliação da convivência. Con viver, é a a- daptação máxima da fraternidade humana, é estar den tro de um cír- culo onde se solidifica a força de vontade de uma U nidade Espiri- tual, porque o Espírito do Homem, é Deus em matéria . Ele é o mundo onde recebe a vibração do seu Deus. Deus, para os H omens é uma forma mística, que se revelou nos grandes princípio s de verdades como uma cascata sobre esta face terrestre. O princ ípio da convic- ção da sabedoria, é que Ele é o Universo e vós Dele recebeis todas as Energias necessárias para alimentar vossa matéri a; Se o vosso Espírito é uma Energia, transmitindo consciência pa ra todas as cé- lulas do vosso corpo, se a Terra onde pisais é uma Energia, se o ar que respirais vem do Espaço Infinito e se vos al imentais de es- sências naturais da natureza originárias das Energi as da Terra, sois frutos do ventre de Deus, sois Deuses. Não pod emos negar a existência de um Ser Superior. São Justas as causas que ÉTRIO vos dá. É justo que repartamos convosco os nossos conhe cimentos quando vemos que muito estais necessitados de nós. Estamos aqui sem pre- tensões, mas convictos da sinceridade que viceja no interior de cada um de nós. Não somos místicos, somos reais, co nscientes de tudo o que nos rodeia. Isto fortalece nossos princí pios de evolu- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 131 ção, sem querer absolutamente julgar vossos princíp ios místicos, mas considerando que vossa mística deriva de fatos e ordens em di- versas escalas. Ela é em si, um valor que teve em s ua época um as- pecto positivo, sendo que no momento o Homem caminh a para o futu- ro. Ele não se preocupa com os horizontes das visõe s desconheci- das. Os jovens já vislumbram o Grande Portal do Ama nhã, como uma passagem para o Além. É nesse caminho que deveis se r Homens, não individualizando ações, mas sim participando do aut êntico princí- pio da Unidade e Fraternidade. Não se deve olhar pa ra o mundo como se ele fosse apenas vosso, mas sim, divisando outra s formas. Isto porque, sem Unidade não existe Fraternidade. GARION vos falará do mundo e de suas freqüências. ZELFOS vos falou sobre "adaptação e reconhecimentos da vibração". E ÉTRIO voz diz, que a Mente não é um fato, mas sim uma razão que sintoniza toda a cap tação do Uni- verso. A mente consciente, é o caminho que leva o S er Humano para o Espaço. A Mente é o Grande Portal que se abre par a dar passagens às gamas vibratórias de um campo de freqüência maio r, que é o pró- prio Espaço. A Mente é o sentido da percepção que e ngrandece e fortalece todo o espaço da matéria em si. Dentro de sse espaço, es- sa matéria prevalece num sentido de evolução, obede cendo a lei que rege a sintonia da Mente. O Homem-Espaço e o Espaço -Homem estão num só tempo. O tempo não existe, mas o Espaço perm anece. É nesse sentido que ÉTRIO diz: se sois formas concretizadas e todas elas são efeitos incandescentes, sois Homens-Luz, Homens -Energia. Não queiram fugir das minhas teorias, porque estareis f ugindo da ver- dade. Afinal, o que é a verdade senão uma luz que i lumina as tre- vas? ÉTRIO diz: se há trevas nesta face, que estes Sete Planetas possam ser uma Luz verdade, para vos iluminar. Assim pronunciando-se ÉTRIO (ou MARTE) e em seguida silen- ciou-se. Agora sim, eu estava cada vez mais boquiaberto. Que seria de mim, se repetisse tudo o que tinha ouvido? ...Não p odia ser eu mesmo. Como gostaria de acordar...despertar entre o s meus. Não que eu estivesse desprezando aquelas palavras maravilho sas que eram verdades cristalinas. E eu insistia inconformado, s empre querendo saber por que eu, se a Humanidade é tão grande e se mpre preocupado com o que os terrestres iriam pensar de mim...? Julgarão que sonhei? Não, vocês precisam crer em m im... Eu estive na QUARTA DIMENSÃO. Mesmo que hoje esteja com meu corpo idêntico ao de vocês, talvez ele não seja tão igual. O im- portante é que posso lhes transmitir coisas que nun ca esperei en- contrar. Creio que no dia de amanhã, isso tudo poss a lhes engran- decer em conhecimentos e Sabedoria. Quanto a mim, n ão sei onde es- tou, se na Terceira ou na Quarta Dimensão. Deixo o julgamento para todos vocês. ................................................... ............... ........ ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 132 ♦ MENSAGEM DE PLASMAN (PLUTÃO) ♦ MENSAGEM DE ARZON (URANO) – Segunda Parte ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 133 lhei para todos aqueles Seres e ouvi uma voz, uma v oz ma- ravilhosa que dizia: - PLASMAN se pronuncia dentro da sintonia deste vosso globo terrestre. PLUTÃO é o nome dado pelo Homem da Terra, porém o nome verdadeiro do nosso Planeta, é PLASMAN. Que a minha saudação seja de um acorde melodioso, onde possa vibrar a harmoni a plena sobre esta crosta terrestre. Que minhas palavras sejam um cântico e pe- netrem dentro de vós, dando-vos paz e alegria, por que PLASMAN é uma vibração onde a luz do sol nos aquece com maior intensidade. Não quero vos cansar, mas sim, inspirar-vos a senti r o verdadeiro ideal de ser e de compreenderas causas dos mundos. Viemos em paz e em paz voltaremos. - Nossa permanência neste Planeta Terra, não é para dar ulti- matos aos Seres Humanos, mas, para dar-lhes o enten dimento daquilo que sabemos. Nossa passagem por este Planeta não se rá longa, por- que pretendemos desenvolver outros Planetas em pior es estados, on- de seres ainda não se reconhecem nem entre si. Quan do olho para o vosso mundo, fico deslumbrado com a capacidade do s eu desenvolvi- mento. Se sois Homens de inspiração, sois também il imitados. É nestes termos que quero chegar até todos vós, dizen do que os cami- nhos ainda não foram descobertos. O verdadeiro cami nho do homem é o Espaço. Não é possível ficar condicionado a máqui nas pensantes, isto porque o Homem ampliou-se e multiplicou-se sem intenções de criar monstros capazes de destruí-lo. Há os que pe nsam que a evo- lução da máquina seja um fato, por ter diminuído o trabalho em certos aspectos, mas, a realidade é que tal capacid ade não foi de- finida em outras partes. Não viemos ver o vosso mun do para estabe- lecer julgamentos, mas apenas, para darmos aquilo q ue sabemos. PLASMAN fala de vossa terra. Existem diversos miner ais que devem ser aproveitados, já que o Homem os conhece. São mi nerais que es- tão na superfície do vosso solo. Seu melhor aprovei tamento ser- vos-á muito útil. A matéria pesada denominada por v ós, "ferro", possui envergadura. O aço, para nós, para ser usado , tem que ser destilado, a fim de adquirir uma forma plástica con densada. Todos os minerais foram analisados por nós. Achamos que d eveis fazer a construção plastificada. A Plastificação de que vos falo, é refe- rente a destilação de vários metais reunidos. Pedir ia aos homens de ciência que analisassem esta parte com a maior a tenção, por ser de grande importância nas construções, sob todos os aspectos, in- clusive no das naves espaciais. Estas naves, princi palmente para vós que estais aceitando as verdades de PLASMAN, ja mais poderão ser feitas com matéria pesada. Matéria pesada só po de ser mineral pesado. Desde o momento em que estamos entrando no campo atômico, ela deixou de ser "matéria pesada" para ser "matéri a ativa". É dentro dela que vamos escalar muralhas, impecilhos para vossas i- das ao Universo. As naves não podem ter peso. O co rpo do Universo está cheio de vibrações eletromagnéticas e existem também, áreas arenosas que provocam a concretização dos aerólitos do Espaço. Um objeto no Espaço, tem que ser leve e movimentar-se em círculos. As naves, com seu corpo de matéria viva, circulam com a capacidade de adquirir suas próprias energias. Quando falamos em matéria viva, O ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 134 estamos nos referindo ao material que capta energia e há ainda ou- tro fator importante na circulação no Espaço: É o q ue provoca em torno da nave, a ventilação que nos capacita à rece pção do oxigê- nio necessário para um Ser Humano normal. Não estam os dizendo ab- surdos, mas verdades. Tudo é uma questão de admitir ou não, esta consciência que vos fala. Não queremos criticar os processos como os Homens procuram penetrar no Espaço. É apenas um alerta com re- lação aos mesmos. Cada vez que abrem passagem para um corpo super- pesado e sólido, sua penetração no Espaço provoca o desequilíbrio do eixo da Terra. E isto acontece exatamente na est ratosfera que circunda o globo. Homens de ciência, olhai para o c éu sem mística, mas dentro da ciência. É olhando e analisando verda des que elas se manifestarão por vosso intermédio. Vereis como é fá cil caminhar dentro do espaço. Podereis pensar que a gravidade d o Universo, provoque conseqüências da distorção com interrupçõe s para uma fre- qüência constante. Tudo é uma questão de adaptação. Talvez pergun- teis: Homens do Espaço, como poderemos permanecer d entro dele? É muito fácil, se houver o devido preparo com relação a matérias a- dequadas ao mesmo. Se não estamos citando nomes de matérias conhe- cidas entre vós, é porque queremos que haja um ajus tamento para outras análises referentes a bioquímica, a fim de j ustificar se a matéria será aprovada ou não. Isto porque, a matéri a química tem que ser condensada, inclusive para os grandes supor tes destinados as estruturas de construções de moradias do vosso m undo. Quanto a matéria radioativa, sua procura será acelerada no f uturo, provo- cando uma concorrência excessiva. É ela que vos lev ará ao caminho certo e não para a destruição e sim para o fortalec imento dos as- pectos essenciais dos vossos campos de pesquisas, p rincipalmente iguais aos vossos, isto se usardes vibrações do cor po de ondas so- noras. PLASMAN não deseja deixar transparecer algo que possa pro- vocar efeitos contrários ao vosso próprio avanço. E stamos aqui pa- ra vos servir e dar um pouco do que sabemos, daquil o que também veio até nós. Talvez os Homens de hoje não encontre m significado nas minhas palavras, no entanto eu estou aqui como Homem, para os Homens, pedindo-vos que não, temais o futuro. Futur o é apenas uma palavra vossa e o Espaço é nosso. Que o Espaço ou o futuro estejam unidos com os verdadeiros Homens-Espaciais nesta fa ce. Se um dia nos encontrarmos em alguma base do Espaço, talvez j á não nos o- lheis como se fôssemos uma espécie desconhecida, po rque a essa al- tura, vós também sereis essa desconhecida espécie. Estamos reuni- dos numa grande convicção e foi ela que nos animou a vir até vós, a fim de participar convosco na elaboração de matér ias, principal- mente daquelas a serem lançadas no Espaço. Como Ser es Humanos i- guais a vós, humanizados com o Grande Espírito do G rande Corpo do Universo, não podemos permitir que o Homem da Terra prossiga come- tendo enganos de efeitos negativos, onde existe a g rande responsa- bilidade de vidas desta fraternidade Humana. Espero que esteja fa- lando com seres cujas Mentes estejam voltadas para o futuro e não com Homens retroativos voltados para o passado dent ro da sua in- credulidade. A grande dinâmica do futuro é a ação . Não aceitamos o estático, pois em nossa concepção, ele nem existe . A realidade é a concretização do átomo com suas reações. O sistem a para a análi- se aqui nesta face terrestre, é dividi-lo em três p artes. Nós o ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 135 dividimos em duas vezes (= 1) e duas vezes dois (2 x 2 = 4) igual a quatro e voltamos para a primeira unidade nuclear. Sabendo-se que existe uma unidade, partimos do princípio de que de va existir uma força equivalente à terceira, que vem a ser a quart a. Isto dentro da análise de um átomo. - Seguindo essa teoria, fizemos diversos testes atô micos em câmaras fechadas e descobrimos que se fôssemos anal isar um átomo dentro da sua verdadeira reação ativa, teríamos que ficar muito tempo disponíveis, mas mesmo assim, os teores reali zados por di- versos cientistas de PLASMAN, concluíram de um modo geral, que o mundo de um átomo é uma verdadeira obra prima. Ele nos revelou que na sua seqüência, para subdividi-lo em chamas incan descentes ou então dividi-lo, teríamos que penetrar noutro núcle o gravitante. Quando pensamos extinguí-lo, ele permanece ainda la tente, forne- cendo energias em forma de correntes elétricas. A m aneira de con- seguirmos a revelação máxima do seu grande potencia l para evitar destruição, é termos consciência de sua quarta part e. Isto quer dizer: se os elétrons são separados do seu núcleo, ele se torna uma matéria de análise, onde a Consciência Humana n ão deve preva- lecer,mas sim a Consciência da Ciência. Porque só ELA nos levará à razão de como deveis continuar à dar expansão nes se sentido. A importância dessa matéria e a sua generalização, é por estarmos falando de causas do Espaço. E à medida que o mundo caminha e a- vança para esse estado de dimensão, seu campo de pe squisas tem que ser ampliado em câmaras com deslizadores. O que são os deslizado- res usados nas naves? São materiais compostos de en ergias e de grandes forças radioativas. O que compõe essas duas forças energé- ticas que se condensam transformando-se em deslizad ores? São for- mas condensadas (ou materiais condensados em energi a). O Homem a- proveita o urânio, como seu único valor de combustí vel nuclear, no entanto na Terra, em locais onde estão se formando os veios radio- ativos (colinas), há o material que o homem deve ap roveitar. Pre- cisa observar suas reações, analisando seu estado, separando a a- ção gravitacional, deixando parte da matéria conden sada (a parte analítica) sem o dispositivo da ação. Reunindo ess a matéria em si, ver sua reação no concreto e no inconcreto. Se ela tomar uma cor amarronzada ou então uma tonalidade vermelha, e stará apta para receber uma matéria pesada e destilada com o aço. E ssa matéria, dissolvida e unida numa só forma, pode ser a matéri a prima para as formas elípticas das naves. Perguntais; porque tem que ser essa matéria? Eu vos direi e talvez me julgueis um louco . É porque mes- mo dissolvida, essa matéria contém um teor de grand e porcentagem de atividade gravitacional, por que elas são respon sáveis pela captação da Energia do Espaço. A matéria a que esta mos nos refe- rindo, não é o resultado de análises comuns, mas si m de uma ciên- cia profunda. O Homem deve encará-la naquele sentid o, de não ser conquistado, mas sim de conquistá-la. É quando sent imos a vibração da sintonia das causas e é na procura dos seus efei tos que vamos ao seu encontro. Assim é que deveis fazer, não abandonando o seu princípio do sentido de matéria, mas iniciando algo dentro dela a fim de simbolizar no dia de amanhã, a expressão da verdade. A ver- dade é um átomo-forma, ou um núcleo incandescente o nde o caminho ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 136 se manifesta a partir de seu interior. Em cada átom o há um mundo e dentro dele existem força e energia. Na realidade q uando falamos num sentido que não altera vossos pensamentos, não queremos com isso, expressar vaidades, mas sim a afinidade que s e rege dentro dos nossos princípios, que são leis. Se quereis con tinuar dentro da vossa sistemática de conhecimentos, podereis fic ar imersos por muito tempo dentro de uma só sintonia e já que nos referimos a sintonia, vamos entrar numa mesma freqüência, numa só harmonia re- lativa as vossas palavras, as vossas e as de todos os Seres. Quan- do falo que é a vibração que rege o Corpo Humano de ntro de um Es- paço-Tempo, talvez acheis graça nas minhas palavras . Se estamos falando de um estado, de um mundo onde há a express ão da verdade, estamos sempre nos referindo a Energia. Por mais qu e queiramos fu- gir dela, estaremos sempre no seu interior, sendo c omo é, o grande potencial que domina esta face, o Espaço e o Universo. É um trata- do, é uma comunicação real à cada estado de Espírit o, para que o caminho do Homem se concretize dentro da Consciênci a da Energia. A teoria que apresentamos, em sua base é esta: cada S er Humano tem uma vibração de energia ou então de captação. As en ergias são sem- pre iguais na sua origem primordial. Seu estado é s empre latente, mas seu receptor ou captador é que pode estabelecer diferenças. É na fase da recepção que as mudanças se manifestam d iversificadas, assumindo coloridos de aspectos variados. Como pode o Homem saber se realmente está participando da autêntica força p rimordial? U- sando a pesquisa do Homem em si. Como se processam essas transmis- sões? O processo é feito em câmaras, onde possa hav er a participa- ção da matéria, cuja freqüência estabelece sintonia com a Terra e a Energia real e primordial. Como fazer essas câmar as? A composi- ção do seu material tem que ser sintético, a fim de se eliminar ao máximo o seu peso. Todo material mais pesado, pende em demasia pa- ra a Terra. - O material sintetizado, planifica-se dentro de um meio es- tado, eliminando interferências e dando sonoridade perfeita. Assim devem ser feitas essas câmaras para as análises. Na nossa opinião, tudo o que se refere ao Homem, é de suma importânci a e todas as motivações devem permanecer acima de qualquer paixã o ou vaidade. A lei da sonoridade e da vibração, é onde penetram re ações de alta capacidade gravitacional, porque todos os efeitos, tendem para a atração. Não se deve estabelecer uma análise sem qu e se olhe cien- tificamente para as reações de uma potência energé tica. Quando penetramos dentro de um corpo de energia, devemos p esar nossas consciências, isto porque vamos ferir um corpo irra diante, cuja força é maior que a nossa. A presença de um Corpo H umano diante de uma energia pura, provoca sempre maior freqüência p ara essa ener- gia. Todos os cuidados devem ser aprimorados. Todos os Seres Huma- nos que lidam com essas pesquisas devem se prevenir com roupas de fibras que isolem seu corpo. Muitas vezes, em vista da falta des- ses cuidados, o corpo pode ser contaminado e sem o perceber, con- taminar também seus semelhantes fora desse campo. E stamos falando sem pretensões, devido ao já grande número de morta lidade nesta face. Não quero que recebam estas minhas palavras c omo prevenção contra os terrestres, mas acontece que há uma lei que rege o Ho- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 137 mem-Espaço, que é servir sempre às coordenadas de s ua própria vi- bração de energia. - PLASMAN vos fala que a vida é o início de uma freqüência . E todas as freqüências sintonizam a transmissão da energia em di- versas causas. Cada um é a própria essência de cada Ser, vivendo e desconhecendo o seu próprio mundo. PLASMAN foi indicado para falar de Energia. Como ela é a causa e está em diversas f órmulas, a es- pecificação tem que ser exata, não podendo haver um peso a mais, nem a menos. Isso não deixa de ser uma causa aborre cida para vós, mas vamos em frente, vamos reconhecer a matéria pri ma das fórmulas da captação dos visores das naves. A matéria em si, tem uma parti- cipação da eletrônica e das gamas que se manifestam como infra, que se solidificam dentro de um espaço, que tanto p ode ser um cristal, como chapas de metal condensado em duas ma térias, uma a- renosa e a outra, a base, um laminado de aço conden sado. Sendo es- te último uma matéria de fácil captação quando mist urado com o ma- terial arenoso, multiplica a sua capacidade de foc alizar imagens de longas distâncias, mesmo que ilimitada. Isto é u ma parte impor- tante do visor. O Homem deve me entender, deve proc urar me compre- ender. Se estou no vosso mundo, para isso há uma ra zão. Não há na- da e sentimos, somos responsáveis por este ato. A r esponsabilidade do Ser Terrestre de se sentir dentro do seu mundo, é conseqüência dele ignorar a razão de sua própria vida. Não enten de por que os roteiros que seus pés pisam a todo instante, para e le, em mundos diferentes, são na realidade roteiros de um só mund o. Homens de Espírito Consciente, vosso mundo está dentro de vós e deveis fazer dele o melhor possível. Ao olhardes para a Terra, d eveis amá-la, porque ela é parte integrante de vossas vidas. E aoerguer vossos olhos para o Infinito, deveis varrer de vossas Ment es, o espírito de análise. - Não olheis como se nele existissem mistérios, mas apenas, com respeitosa admiração... Porque mesmo ELE, sendo Infinito, nos estará dando sempre a afinidade que nos permite pen etrar junto De- le. A Terra é um campo de ação que impulsiona a cad a instante o Corpo do Homem para cima. Todos deveriam compreende r que este im- pulso, é a libertação do Homem para uma vivência ma ior, mas dentro do Espaço. É só dentro do Espaço que o homem se lib ertará da irra- diação da gravitação vinda da Terra e que em certos locais, provo- cam polarizações mortíferas, provocando enfermidade s contínuas aos Seres Humanos. O Homem do Espaço, mesmo que venha à Terra muitas vezes, vive muito mais que o terrestre comum. É est a a minha ma- neira de me expressar, como na realidade sentimos e somos. PLASMAN vai deixar que ARZON se manifeste na teoria básica da Quarta Di- mensão. - Grande será a poesia manifestada no silêncio, por que o si- lêncio é poesia e para senti-lo é preciso mudar de dimensão. Os que penetram nesse terreno, devem procurar sentir a s reações da própria vida, considerando como a melhor coisa que existe, como uma obra que está em vossas mãos. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 138 - Modelai-vos no silêncio da poesia e penetrai nout ra dimen- são. PLASMAN Depois de ouvir atentamente o GRAU de PLASMAN, comecei a pen- sar que estava ficando cansado de ouvir tanta coisa misturada, uma dentro da outra. Puxa, será que vão entender? Se eu pudesse sair daqui, ir de encontro a todos os meus e gritar..., gritar para que tudo isto fosse apenas um sonho e acordar no meu mu ndo... Mas não é sonho não... Aqui estou eu, num local que até me dá arrepios, pois sei que o silêncio é o único respeito que poss o oferecer à estes Seres que me respeitam e falam tantas coisas que eu não en- tendo. Se eu pudesse entender tudo, quero crer que seria a melhor recompensa para eles que estão falando com o objeti vo de nos pro- porcionar um futuro melhor. Tudo para eles, é para o bem. Se eu ao menos pudesse entendê-los melhor a fim de também tr ansmitir me- lhor. O que posso vos dizer é que estou me esforçan do muito. O- lhando para aquele que estava de pé e que se dizia URANO, observei que me fitava. Eu sabia a razão daquele olhar. Deix ei-me ficar mais um pouco em mim mesmo. Ah, se eu pudesse dar u ma saidinha... mas como, se tinha que mudar de dimensão? Num gesto quase incons- ciente, comecei a beliscar minhas mãos e braços par a ver se eu os sentia. Sim, eu sentia dor, então eu era real. Mas então, por que meu Deus, eu tinha que mudar de dimensão, se onde e u estava tudo era igual, inclusive o ar, o ambiente e até as voze s? Eles falavam como nós falamos. Agora que percebo, começo a ficar sem jeito, pois eles se dirigem a mim. Por que será que este m e fita tanto? Tenho que deixar de pensar, para que ele fale. Ouço sua voz suave e tranqüila se pronunciando: - O Planeta URANO (assim denominado pelo Homem) mas cujo verdadeiro nome é ARZON, se pronuncia diante vós, ó essência que viestes frutificar esta face dando-lhes vidas e mai s vidas. Em vós, e sobre vós, me pronuncio nas vossas palavras, no entanto, a vossa essência permanecerá dentro de nós, onde guar damos as causas boas de ARZON. Em vós e por vós, é que estamos aqui . Não estamos aqui com pretensões demagógicas, mas com a certeza de que estamos nos dirigindo diante de Seres conscientes e compree nsivos, que sentem a necessidade de uma comunicação maior, de uma oportunida- de mais relativa aos sonhos de paz em suas vidas: A mor e Tranqüi- lidade. ARZON se pronuncia dentro da PAZ. Não somos agressivos, mas também não queremos ser agredidos em razão dest as nossas pala- vras. Para que os terrestres possam averiguar o que somos, estamos aqui, interpenetrando vossas Mentes, motivo porque devemos falar da QUARTA DIMENSÃO, porém antes, quero me reverenci ar diante dos sábios e cientistas dessa face terrestre. A todos e les o nosso respeito. Vamos nos expressar sobre aquilo de que t emos conheci- mento. Muitos poderão julgar que falamos muito sobr e dimensão, o que não deixa de ser uma realidade. Isto porque o H omem é dimensi- onado e sendo assim, ele é obrigado a conhecer seus estados. O primeiro, o segundo e o terceiro. O terceiro estado é a Terceira Dimensão. É a Terceira Dimensão que leva o Homem à Quarta Dimen- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 139 são. O primeiro estado, é o fenômeno ou feto, ovula ndo-se em célu- las, células de vidas já dimensionadas. Cada desenv olvimento celu- lar, já é um ponto de energia em torno do pequeno n úcleo, gerando e fortalecendo um campo onde possa atuar uma mente corpórea, dan- do-lhe a oportunidade de sua própria sobrevivência. O segundo pla- no, é o desenrolar da forma Hominal, é o desenvolvi mento natural, que dentro da própria natureza, procria vidas ou nú cleos de ener- gia. A Terceira Dimensão é o Homem já sentindo dent ro de si, o la- tejar da Quarta Dimensão, porque ele é dimensionado em quatro, vi- brando em duas freqüências: Matéria e Espírito. Os ocultistas das eras passadas nesta face terrestre, levavam seus di scípulos à mun- dos estranhos ou mundos subterrâneos, onde ministra vam conhecimen- tos herdados de gerações superiores. Quais eram ess es conhecimen- tos? Eram os que lhes tinham sido dados por Seres d e outros Plane- tas, que vinham à Terra com suas naves espaciais. E sses conheci- mentos ao invés de se tornarem a realidade total de todo Ser Huma- no, ao invés de serem fatores autênticos e positivo s para todos, transferiram-se em patrimônios místicos de colégios iniciáticos ocultos em toda a Ásia ou Oriente. ARZON não está c riticando, po- rém, é preciso falar. Se tivesse existido um maior campo de comu- nicações, deixando-se de lado a mística, talvez hoj e, esta Humani- dade não estivesse derramando tantas lágrimas sobre esta terra que vos alimenta. Esse é o motivo porque estamos procur ando vos dar conhecimento de uma ciência oculta dentro de um cam po aberto. Mui- tos dos que estão lendo, possivelmente dirão; é imp ossível estar- mos dentro da Quarta Dimensão, quando estamos na Te rceira, no en- tanto, a realidade, é que o Homem sempre esteve na Quarta Dimen- são. A única causa dos atrasos desses conhecimentos , foram as con- seqüências da situação criada em torno de vós mesmo s. A concreti- zação da energia em formas, ou seja a creação da ma téria, é uma questão de se penetrar com maior profundidade dentr o do mundo da ciência, da ciência natural da Creação, observando- se o despertar e a razão de todas as causas, cuja ação classifica um Ser humano, como Hominal. É preciso saber o que vem a ser o Hom em se defron- tando com o próprio Homem, o Homem no primeiro está gio e no segun- do, o porque e o motivo da individualidade. Por que existem o Ho- mem-Matéria e o Homem-Espírito? Matéria é forma con creta que esta- belece sintonia com todas as vibrações do corpo-ter restre. O Ho- mem-Espírito é a vibração cósmica recebendo e parti cipando de to- das as Energias do Espaço. Por que essa individuali dade de força? - A razão é que existe a capacidade em cada Ser Hum ano, de captar energia de uma fonte superior a própria ener gia da Terra. Sei que muitos perguntarão se a Terra tem a mesma c apacidade ener- gética do Espaço. ARZON responde que a força da Ter ra é dimensio- nada, ao passo que a força do Espaço Cósmico é a en ergia daLei que rege grande parte dos núcleos espalhados em tod o o Universo. É por isso que o Homem-Espírito adquire mais Energia ou força, den- tro das substâncias do seu próprio viver. Direis: m as o que tem a ver estas explicações com a Quarta Dimensão? - O Homem tem que superar a matéria, dominar a maté ria, levi- tar em matéria e ficar em Espírito. ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 140 - Por que em Espírito? Considerado o Espírito uma parcela latente, cósmica, cuja origem se manifesta no nasci mento do pró- prio Ser, na parte craniana, esta parte que vem ent reaberta, é propícia à captação das Energias Cósmicas. Talvez a firmeis que is- to é coisa normal dentro da vida...e ARZON diz, que esta normali- dade, é motivada porque o Ser já vem com uma freqüê ncia latente no cérebro, que lhe permite por menos que receba, a po ssibilidade de sempre encontrar sua freqüência cósmica. Seu cresci mento e desen- volvimento podem sofrer modificações corpóreas, ist o quando a Men- te não aceita as freqüências de vibrações prânicas cósmicas. Di- reis que ARZON não está chegando a uma conclusão di ante dos vossos olhos que procuram as freqüências da Quarta Dimensã o, no entanto, como eu deveria me expressar se o Homem já está den tro da Quarta Dimensão? É só uma questão de admitirem o estado e procurarem den- tro de um sentido, a clareza de ser, porém, muitos se negam a a- ceitar e não crêem numa posição de graduação positi va. O que é graduação positiva? É a irradiação da Mente, comand ando o campo de forças de energias do seu próprio corpo, fazendo co m que todas as suas células entrem em reações positivas. Quando en tram em reações positivas, elas deixam esse estado de freqüência-te rra, para transcenderem em outro estado de freqüência cósmica , recebendo um campo de força maior do que o que envolve o campo d a força-terra. É nesse momento que a consciência e a razão prevale cem, fazendo com que o Homem encontre o motivo de sua Essência. Tanto ele pre- cisa dar consciência à Matéria, como ter consciênci a em Espírito. Quando essas consciências se unem, se comungam, se entrosam dentro de uma sintonia, o campo cósmico se manifesta em en ergia. A maté- ria desaparece transmudando-se em energia e como es ta é conseqüên- cia de efeitos originados de freqüências, sua tendê ncia é a trans- posição de um estado para outro. Nunca um campo de vibração perma- nece num só estado. Ele sempre entra em expansão. D ireis que é muito difícil ser entendido. ARZON diz que é difíci l, mas não é impossível, porque o impossível não existe. O que deve prevalecer é uma força de vontade maior dentro do nosso Corpo Humano, que é a Mente dentro do Corpo. Não vamos discutir e sim ac eitar a situa- ção desta verdade, mesmo que ela entre os Homens, s eja relativa. Para um Ser Interplanetário, a Verdade é a sua seg urança, a sua força e energia. Não pode haver falhas. O Corpo do Universo não as permite. - Quero me dirigir aos jovens que muito breve estar ão mais amadurecidos; gostaria que as palavras de ARZON não permanecessem apenas como um curioso suspense, mas sim, como moti vo para a vossa compreensão, para que sobre elas possais meditar pr ofundamente. Estamos falando de dimensões. Talvez duvideis das palavras aqui mencionadas. Como poderíamos nos realizar senão par ticiparmos con- vosco? Participação é uma comunicação que fazemos a todo instante de nossas vidas, à nós mesmos. Este ato de que fala mos não é uma fuga, mas sim uma libertação. Nunca deveis pensar q ue estais fu- gindo de vós quando participais de uma ciência prof unda relaciona- da com o "Eu sou Eu". Qual de vós poderá responder para si mesmo, "Eu sou eu mesmo?" ARZON não está duvidando da capa cidade evoluti- ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 141 va desta Humanidade, porém, o que posso vos dizer, é que o vosso mundo cresceu diante vós. Vós o modelastes com voss as mãos e fi- castes pequenos. Dentro do vosso quadrante, conquistastes tudo. Não há áreas em que a mão humana não tenha estado p resente em pes- quisas. E então vos pergunto: Onde está o vosso "Eu sou Eu"? ou será que isso nada significa para cada um? Construi r, planejar, arquitetar, é muito fácil, mas definir uma causa ex ata requer Sa- bedoria Interna. Quando digo interna, não estou pre tendendo dimen- sioná-la dentro de um ponto qualquer e sim expandi- la para um es- tado maior, onde cada um possa descobrir a si mesmo . Como pode pretender o ser Humano admitir sua origem como send o ela uma con- seqüência dos animais irracionais? O Homem veio de um Plano Supe- rior, como participante consciente na superfície de um Planeta, onde só se manifestavam formas animais. Sendo Ele ( o Homem) um Ser de uma força Planetária, não poderia permanecer na Terra a não ser com o objetivo de dar à Esta a sua evolução e isto dentro de um planejamento maior, onde todos passam sem ferir sua dignidade e não se esquecendo do "Eu sou Eu", estar conscientes da dualidade, ou seja, do Corpo e Espírito. Quando citamos o Corp o e o Espírito, talvez vossa Mente se altere, mesmo porque, o conhe cimento exato do Ser Humano é feito em três partes: Corpo, Alma e Espírito. Os conhecimentos ocultos sempre dizem que para se venc er a matéria, é preciso "matar o EU"... porém eu vos digo, que na r ealidade nunca devemos pensar em matar, mas em adquirir conhecimen tos do que so- mos, de onde viemos e conhecer a razão da causa que nos pertence, que está relacionada com um mundo. Direi a vós: Se somos Três (3), tiramos o Um (1), ficamos Dois (2). Pergunto: onde é que essa fre- qüência vai ficar? Somemos: CORPO ALMA ESPÍRITO - Muito bem, diz ARZON, se somos Seres Quaternários , não po- demos pensar em tirar essa freqüência que está no e ntremeio do Corpo e do Espírito. O que devemos é admiti-la em e xpansão. CORPO ALMA ALMA ESPÍRITO - Desde que a sua freqüência esteja em expansão co mo sendo um corpo de freqüência de vibração, tanto recebe en ergia cósmica como terrestre, sendo como é natural, que a cósmica é superior pe- lo fato de ser primordial. Assim sendo, sua tendênc ia é eliminar a terrena. Eis a razão de nunca mais se pensar em "ma tar" o "Eu", mas sim expandi-lo para o Espaço, para que o Campo Cósmico desça sobre o Campo Terreno, que vem a ser a Matéria e o Espírito. Esse é o Homem Quaternário, que deixou de ter o entremei o para ser UM (1). Ficou sendo Homem-Energia. Aquela Energia que se expandiu, retornou como Força Espiritual (em Espírito). Não é mais Matéria, ORDEM DOS FILHOS DA LUZ A CIDADE DOS SETE PLANETAS ................................................... ...................... ................................................... ................... PÓLO NOEL ATAN .................................... ......... 142 mas sim Energia. Quando me refiro a Energia Cósmica , quero dizer CONSCIÊNCIA. Creio que agora todos possam me entend er quando quis me expressar sobre "EU sou EU". Sempre admitimos de ntro de uma Consciência Cósmica, que muitas palavras podem dar interpretações desiguais, em parcelas, desunindo a exatidão da ver dadeira igual- dade. Se nos pronunciamos dentro desse sistema, é p orque respeita- mos a intelectualidade desta face terrestre, porém não podemos concordar que o Homem queira matar o seu "EU",