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Comportamento controlado por regras

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Comportamento controlado por regras 
 
• Toda cultura tem suas regras. 
• Um comportamento controlado por regras está sob controle do estímulo regra, e a regra é um 
estímulo discriminativo verbal. 
• A regra pode ser escrita e falada. 
Comportamento controlado por regras versus comportamento modelado implicitamente 
• Regra é apenas síntese verbal (para ser regra precisa necessariamente ser um estímulo verbal). 
• Comportamento modelado pelas contingências ocorre nas relações de reforçamento não-
verbalizadas. 
• Todo comportamento operante (inclusive o controlado por regras) é modelado por reforço e punição. 
• Modelado implicitamente: comportamento que é modelado diretamente por consequências 
relativamente imediatas, que não dependem de ouvir ou ler uma regra. 
o A pessoa pode demonstrar o ato, mas não consegue falar sobre ele. 
• O comportamento controlado por regras depende do comportamento verbal de outra pessoa (o 
falante), enquanto o comportamento modelado implicitamente não requer outra pessoa, requer 
somente interação com reforço não-social. 
• Muito dos nossos comportamentos começa com instruções e passa a ser modelado implicitamente 
quando se aproxima da sua forma final. 
• Se for possível falar sobre o comportamento e suas consequências, temos um tipo de conhecimento 
declarativo – saber “sobre”. 
• Justificativa das regras, porque justificar é comportamento verbal acerca de reforço e punição (ex.: 
não ande aí para não cair no buraco). 
Regras: ordens, instruções e conselhos 
• Skinner definiu regra como o estímulo discriminativo verbal que indica uma relação de reforço. 
o Relação de reforço significa uma relação entre atividades e consequências. Toda relação de 
reforço pode ser sintetizada por uma sentença na forma de: se essa ação ocorrer, então essa 
consequência tornar-se-á mais (ou menos) provável. 
• O estímulo discriminativo verbal controla o comportamento da mesma forma que o estímulo 
discriminativo não-verbal. A diferença está na origem do controle. 
o Os estímulos discriminativos verbais dependem de uma longa e poderosa história de seguir 
regras que começa logo após o nascimento. 
• Todas as instruções são regras. 
• O conselho se conforma à definição de regra. Pagamos bem pelos conselhos de corretores, advogados, 
médicos e outros especialistas porque eles podem indicar relações (produzir estímulos discriminativos 
verbais) que nós não podemos. 
• Duas características: 
o A regra implícita ou explicitamente indica uma relação de reforço (se essa atividade ocorrer, 
então tal consequência se torna provável). 
o A regra sempre indica algo de maior relevância. A relação que a regra indica atua sempre em 
um prazo relativamente longo, que em geral só se percebe depois de muito tempo, um tempo 
talvez até maior do que o tempo de vida da pessoa. 
Sempre duas relações 
• O comportamento controlado por regras sempre envolve duas relações: uma a longo prazo (relação 
última) e outra de curto prazo (relação próxima). 
• A regra e o reforço próximo, ambos normalmente fornecidos pelo falante, fazem com que o ouvinte 
se empenhe no comportamento desejado, largando o mau hábito ou adquirindo um hábito bom. 
A relação de reforço próxima 
• A relação próxima é o motivo por que o comportamento é denominado controlado por regras. O 
estímulo discriminativo verbal fornecido pelo falante é a regra. 
• A relação próxima é relativamente óbvia porque o reforço é relativamente frequente e imediato. 
• Relações claras como essa são especialmente importantes quando o comportamento está em início 
de treino. Uma vez adquirido o comportamento desejado, o reforço pode ser menos frequente e 
menos imediato. 
A relação de reforço última 
• A relação próxima existe por causa da relação última. 
• Embora atue a longo prazo e seja definida imprecisamente, a relação última justifica a relação próxima 
porque incorpora uma relação entre comportamento e consequência que é realmente importante. 
• Se refere a saúde, sobrevivência e bem-estar a longo prazo dos descendestes e da família. 
• Sapatos: as pessoas que usam sapatos podem ter apenas uma vaga ideia dessa conexão com saúde 
(relação última), basta que elas saibam o que socialmente aceitável (a relação próxima). Elas só têm 
de seguir a regra. 
• Todos os reforçadores últimos se relacionam a quatro grandes categorias de atividades ou resultados: 
o Manutenção da saúde (sobrevivência). 
o Obtenção de recursos. 
o Fazer e manter relacionamentos com familiares e amigos. 
o Reprodução (inclusive os relacionamentos com um cônjuge, parceiros sexuais, filhos e netos). 
• Todas as regras, em especial as regras caracteríticas de uma cultura, dependem em última instância 
de relações entre o comportamento e essas quatro categorias. 
o Calçamos sapatos para manter a saúde, trabalhamos para obter recursos, batemos papo para 
manter relacionamentos com os amigos e a família, namoramos para obter sexo e produzir 
descendência. 
• A razão por que a saúde e a sobrevivência, os recursos e os relacionamentos são importantes está em 
que todos eles possibilitem, direta ou indiretamente, a reprodução, o ingrediente essencial para a 
evolução. 
• A regra e o reforço próximo podem ser temporários. Se o comportamento for suficientemente 
fortalecido, ele entrará em contato com o reforço último e será mantido por ele. 
• Formular regras, assim como seguir regras, é uma parte fundamental da cultura humana. 
 
 
 
 
 
APRENDIZAGEM DE SEGUIMENTO DE REGRAS 
• Experimento de Stanley Milgrim sobre obediência. 
Modelagem do comportamento de seguir regras 
• Talvez as pessoas sejam tão propensas a seguir regras em parte porque são expostas, desde muito 
cedo, a tantas e tão diferentes relações de reforço próximas. 
• Seguir regras trona-se uma categoria funcional, uma habilidade generalizada. À medida que ocorre 
generalização, o próprio comportamento de seguir regras torna-se parcialmente controlado por 
regras. 
• Sem o seguimento de regras generalizado, as possibilidades de cultura seriam, na verdade, limitadas. 
Onde estão as regras? 
• Se faz algum sentido falar em regras como localizadas em algum lugar, os behavioristas as colocam no 
ambiente. Elas se apresentam, não apenas figurativamente, mas concretamente, sob a forma de sons 
e sinais. São estímulos discriminativos. 
• As regras não são internalizadas, em vez disso, as consequências naturais e de longo prazo mantém 
agora seu comportamento. 
 
PENSAMENTO E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS 
• Com frequências as regras são soluções de problemas. Quando há um problema, pode ser preciso 
formular uma regra. 
• História de reforço anterior a qualquer caso particular de resolução de um problema 
• Assim como aprendemos a ser ouvintes, aprendemos a ser solucionadores de problemas 
• Em nenhum caso a resolução de problemas ocorre isoladamente; ela tem de ser entendida à luz de 
treino prévio, instrução e reforço. 
• Falar consigo mesmo pode ser considerado comportamento verbal. Uma pessoa pode exercer 
simultaneamente os papéis de falante e ouvinte. Skinner baseia sua interpretação de resolução de 
problemas no conceito de auto-instrução: como falantes, damo-nos regras como ouvintes. 
• Duas vertentes: 
o Behaviorista molares: consideram a resolução de problemas como algo completamente 
integrado com a história prévia. 
o Behaviorista molecular – Skinner: conceito de auto-instrução. 
Mudança de estímulos 
• As situações identificadas como problemas são aquelas em que o reforçador (resultado) é claro, mas 
o comportamento que deve ser emitido (solução) é obscuro. O problema é eliminado quando surge a 
solução o obtém o reforçador. 
• O comportamento de resolver problemas produz estímulos que servem para alterar a probabilidade 
do comportamento futuro, que poderá incluir a solução. 
• Quando as soluções não precisam ser originais para serem reforçadas, a tendência é utilizar soluções 
semelhantes para problemassemelhantes, desde que essas soluções continuem a proporcionar as 
devidas compensações. 
 
Comportamento precorrente 
• Preocorrente é a atividade de falante que gera estímulos discriminativos que acontece antes da 
solução (nomeado por Skinner). Isso permite que a resolução de problemas varie sistematicamente e 
não aleatoriamente. 
o Raciocínio, imaginação, formulação de hipóteses. 
• A resolução de problemas é geralmente sistemática, no sentido de que as tentativas de soluções 
seguem padrões, especialmente padrões que tenham funcionado anteriormente. 
• O conceito de comportamento precorrente as vezes coincide com o que chamam de pensar ou 
raciocinar, mas nem sempre acontece. 
• O comportamento precorrente pode ser privado ou público, vocal ou não-vocal. 
• A conexão entre comportamentos precorrentes e comportamento controlado por regras encontra-se 
nos estímulos discriminativos produzidos. Comportamento precorrente é como formular regras. 
o Evita-se dizer que os dois são a mesma coisa porque para ser regra o estímulo discriminativo 
deve ser gerado por comportamento sob controle de uma relação de reforço última atuando 
como estímulo discriminativo. 
• A resolução de problemas é semelhante ao comportamento controlado por regras. 
 
RESUMO 
• O que chamamos de regras, faladas ou escritas, são estímulos discriminativos verbais. Governam os 
comportamentos da mesma forma que os estímulos discriminativos. 
• As regras são verbais porque são geradas pelo comportamento verbal de um falante. 
• A relação indicada por uma regra (a relação última) é sempre de longo prazo ou mal definida, mas é 
relevante por afetar a saúde e a sobrevivência, a obtenção de recursos, os relacionamentos (com 
parentes e amigos) e a reprodução. 
• A regra é associada a uma relação de reforço mais imediata (a relação próxima), que envolve 
reforçadores como aprovação e dinheiro, que ajudam a colocar o comportamento em contato com a 
relação última. 
• As regras estão no ambiente 
• Falar consigo mesmo é comportamento verbal, a resolução de problemas é um exemplo de 
comportamento controlado por regras. 
• O comportamento das pessoas gera estímulos discriminativos, que frequentemente podem ser 
interpretados como regras, que aumentam a probabilidade de ações subsequentes dentre as quais 
pode estar a “solução” – a ação que é reforçada.

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