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1 UNIVERSIDADE PAULISTA ALINE MUNIZ DA SILVA ARIEL DE CRISTINA FREDERICO GABRIELI CAROLINE DA SILVA ISADORA QUEIROZ DE PATTO JULIA MARIA MICALI LUANA ALMEIDA BORGES DE MEDEIROS NANOTECNOLOGIA APLICADA AO TRANSPORTE INTRACELULAR DE MATERIAL GÉNICO PARA FINS TERAPÊUTICOS Atividade apresentada para disciplina de Atividade Prática supervisionada do curso de farmácia da Universidade Paulista-UNIP Orientador: Profa. Marcela Tavares Luiz ARARAQUARA 2023 2 UNIVERSIDADE PAULISTA ALINE MUNIZ DA SILVA ARIEL DE CRISTINA FREDERICO GABRIELI CAROLINE DA SILVA ISADORA QUEIROZ DE PATTO JULIA MARIA MICALI LUANA ALMEIDA BORGES DE MEDEIROS NANOTECNOLOGIA APLICADA AO TRANSPORTE INTRACELULAR DE MATERIAL GÉNICO PARA FINS TERAPÊUTICOS Atividade apresentada para disciplina de Atividade Prática supervisionada do curso de farmácia da Universidade Paulista- UNIP Orientador: Profa. Marcela Tavares Luiz ARARAQUARA 2023 3 SUMÁRIO RESUMO...................................................................................................... 4 1. INTRODUÇÃO.................................................................................... 5 2. OBJETIVO.......................................................................................... 6 3. METODOLOGIA................................................................................. 6 4. DESENVOLVIMENTO.........................................................................6 4.1 Terapia Génica..............................................................................6 4.2 Nanotecnologia via ocular...........................................................8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................15 RELATÓRIO COPYSPIDER..........................................................................16 4 RESUMO A nanotecnologia está cada vez mais revolucionando a área farmacêutica. Nos últimos anos tem sido de grande importância para a área da saúde. Com a busca por novas descobertas e a finalidade de buscar novos fármacos e novos tratamentos houve o crescimento demasiado da terapia genética. A terapia genica é entendida como a capacidade de melhoramento genético por meio da correção de genes alterados (mutados) ou modificações sítio-especificas, tendo como objetivo o tratamento terapêutico. Entretanto, esse tipo de tratamento só se tornou possível devido aos avanços da genética e da bioengenharia, permitindo a manipulação de vetores para a entrega do material extra-cromossomal em células-alvo. O material genético utilizado na terapia gênica não pode ser administrado livre nos pacientes, porque é degradado antes de chegar no local pretendido. Por isso, ele deve ser carreado dentro de vetores. Esses vetores podem ser dos tipos virais (material genético inserido dentro de uma estrutura de vírus e administrado no paciente) e não virais (material genético inserido dentro de nanopartículas e administrado no paciente). A terapia genica associada à nanotecnologia é uma ótima ferramenta para tratamento de doenças oculares, porém, existem limitações relacionadas à via ocular e às características dos ácidos nucleicos que precisam ser superadas para que tenha o sucesso da terapia. Palavras-chaves: nanotecnologia; terapia genica; material genético. 5 1. INTRODUÇÃO Desde a antiguidade a humanidade tem tentado entender como as características são transmitidas dos pais para seus descendentes [GONÇALVES, 2017]. Com base nisso, em 1850, Gregor Mendel descreveu o padrão de herança por meio de experimentos, onde o mesmo realizava o cruzamento entre ervilhas, concluindo que cada característica é condicionada por dois fatores que se separam para formação dos genes, bem como a localização dos genes nos cromossomos e comportamento dos mesmos durante a formação dos gametas dá origem a segregação dos fatores [GONÇALVES, 2017]. Em 1970, foi descoberto a enzima o qual possibilitou-se separar os genes e inseri-los de volta ao DNA em forma reprodutiva [GONÇALVES, 2017]. Tais feitos possibilitaram que o cenário, antes inundado de dúvidas a respeito de genes e DNA, fosse contemplado com o surgimento e aumento da empregabilidade da engenharia genética, possibilitando que, em 1980, surgisse a chamada terapia gênica [GONÇALVES, 2017] Atualmente, o crescente anseio por novas descobertas e com a finalidade de buscar novos fármacos, bem como novos tratamentos, constitui um desafio farmacêutico [ZORZI, 2017]. Com tais desafios, houve o crescimento demasiado da chamada terapia genética, sendo possível induzir a expressão de uma proteína de interesse ou de suprimir uma expressão gênica [ZORZI, 2017]. Andando ao mesmo lado, o surgimento do modelo tecnológico chamado nanotecnologia, possibilitou o surgimento de uma área para que fosse possível lidar com o design e manuseio de componentes e sistema extremamente pequenos. [ZORZI, 2017] Com base nos acontecimentos, a via ocular é frequentemente utilizada para a finalidade de testar as primeiras novas tecnologias, visto que é um órgão isolado e imunologicamente privilegiado, possui baixa permeabilidade e função protetora; consequentemente, impõe inúmeras limitações para o tratamento, bem como limitações em relação a passagem efetiva de moléculas de interesse [ZORZI, 2017]. Tendo isso em mente, a terapia genética pode ser apresentada de duas maneiras: in vivo, onde o gene é introduzido diretamente no organismo, e a ex vivo onde as células são removidas do indivíduo, modificadas no modelo in vitro e reintroduzidas de onde foram retiradas [ZORZI, 2017]. Em ambas, são empregadas diferentes modelos para se avaliar a eficácia e segurança, exemplificados na tabela 1 [ZORZI, 2017]. 6 Tabela 1. Principais modelos in vitro e in vivo utilizados para a avaliação de eficácia e segurança de sistemas não virais para a terapia genética (ZORZI, 2017) 2. OBJETIVO O presente trabalho de Atividade Prática Supervisionada visou analisar um compilado de informações por meio de artigos, previamente publicados, nos quais procurou-se abranger sobre o transporte intracelular de material genético, utilizado como fins terapêuticos, com base na terapia genica. 3. METODOLOGIA A estratégia foi composta pela pesquisa sobre o avanço da nanotecnologia para a veiculação da terapia genica, abordando as vantagens e as limitações dessa terapia. 4. DESENVOLVIMENTO 4.1 Terapias gênicas Desde que medicina obteve o conhecimento do DNA como o primórdio da hereditariedade, vem se desenvolvendo métodos para modificação do genoma humano. No presente momento, entendemos a terapia genética como o aperfeiçoamento genético por meio da alteração de genes que foram mutados a fim de um tratamento terapêutico e são empregadas diferentes estratégias para este fim. [TEBAS, 2014] Atualmente, essa abordagem é bem ampla, com o direcionamento em tratamentos de doenças causadas pela desordem em genes recessivos (hemofilia, 7 fibrose cística e anemia falciforme), doenças genéticas adquiridas como o câncer e certas infecções virais por exemplo a AIDS. [GINTER, 2000] Uma das técnicas mais empregadas é do DNA recombinante, que consiste em inserir o gene alvo em um vetor e esse invadir a célula para depositar o material genético. [MISRA, 2013] Existe dois grandes grupos que é importante mencionar em relação ao tipo de célula alvo, que são: terapia gênica de linhagem germinativa (consiste na modificação das células germinativas como espermatozoides e óvulos pela introdução de genes funcionais que são implantados no genoma, possibilitando, na teoria, a luta contra doenças genéticas e hereditárias)e terapia gênica de células somáticas (nessa terapia são transferidos os genes terapêuticos para as células somáticas do paciente, sendo um tratamento único e exclusivo para aquele paciente, inviabilizando a passagem desse feito para as futuras gerações). [MATHEWS, 2007] Processo de terapia gênica: liberação do gene Essa terapia consiste em inserir no genoma um gene normal a fim de mudar esse gene que causa a doença. Diante das diversas dificuldades a mais notável é a dificuldade de atingir a célula alvo para liberação do gene. O vetor é o meio no qual utilizamos para a liberar o gene, esse que deve ser o mais específico possível para ser reconhecido, produzido e disponibilizado em grande quantidade, com as responsabilidades de não gerar reações alérgicas, processos inflamatórios e afins. [GARDLÍL, 2005] Terapia gênica e células – tronco hematopoiéticas Esse modelo de combinação entre terapia gênica e células-tronco vem se tornando o alvo propício para a transição gênica, graças à sua auto renovação e vida longa. Um exemplo desta combinação seria a criação de vetores de transferência gênica para a formação de células tronco pluripotentes induzidas (IPS), como pacientes que sofrem de infecção pelo vírus da hepatite que iriam necessitar de transplantes poderiam ser contemplados com o transplante hepático de hepatócitos maduros ou derivados de IPS. No caso dessas células transplantadas serem reinfectadas pelo vírus, seria enviado um vetor codificado contra o vírus gerando à 8 essas células transplantadas a “imunidade”, gerando a longo prazo uma função hepática normal ao paciente. As células resistentes podem repovoar o fígado ao longo do tempo e restaurar a função hepática normal, exemplificados na figura 1. [KAY, 2011] Figura 1: Combinação de células-tronco e terapia gênica [KAY, 2011] Terapia com célula T do receptor de antígeno quimérico Na terapia com células T do receptor de antígenos quiméricos, consiste em uma imunoterapia que envolve na modificação dos linfócitos T, a fim de reconhecer e atacar células tumorais. Pacientes recém-diagnosticados com linfoma recebem uma associação entre quimioterapia e tratamentos com anticorpos, porém, para aqueles que não respondem a nenhum desses tratamentos a terapia de células T com receptor de antígeno quimérico é uma opção. Para essa terapia ser empregada pode demorar algum tempo, pois as células T do paciente são coletadas e modificadas em laboratório para atingir o linfoma. Após a quimioterapia de baixa dose, as células modificadas são infundidas no paciente para que essas células destrua o linfoma. [ESHHAR, 1993] 4.2 Nanotecnologia para via ocular Novos testes de nanotecnologia também estão sendo feitos para a via ocular e por esses testes podemos observar vantagens para esta via, por ser um órgão isolado e privilegiado ele possui baixa permeabilidade e função protetora[ZORZI, 2017]. Com esses testes já conseguimos obter os medicamentos: oligonucleotídeo 9 antissentido Vitravene® e o aptâmero Macugen® que foram aprovados em primeiro lugar pelas agências regulatórias de terapia genética [ZORZI, 2017]. Porém, pelo globo ocular ter uma estrutura de baixa permeabilidade, as várias camadas impõem certas limitações para o tratamento, bem como em relação a passagem efetiva de moléculas de interesse [ZORZI, 2017]. Na ilustração abaixo (Figura 2) conseguimos observar a formação do globo ocular, onde é detalhada a córnea que é uma camada transparente na frente da íris e da pupila, composta por células, proteínas, líquidos e possui a presença de algumas camadas onde cada uma possui uma atribuição, exemplificados na figura 2 [ZORZI, 2017]. Figura 2. A. Principais estruturas do globo ocular. B. Corte transversal da córnea ilustrando as diferentes camadas: (1) células epiteliais, (2) camada de Bowman, (3) Estroma, (4) Membrana de Descemet, e (5) células endoteliais. (ZORZI, 2017) Os lipídios são bem biocompatíveis com a camada lipídica do olho por sua semelhança [ZORZI, 2017]. Os Polímeros ajudam a promover interações eletrostáticas com os ácidos nucleicos [ZORZI, 2017]. poliplexos são formados por polímeros catiônicos com numerosos grupamentos amina, lisina ou arginina protonadas em pH fisiológico [ZORZI, 2017]. Eles apresentam muitas vantagens biotecnológicas, como por exemplo o aptamero que foi aprovado para tratamento 10 intravitreo Pegaptanib (Macugen, da Pfizer), como se pode ver na figura 3 e 4. [ZORZI, 2017]. Figura 3. Estrutura de alguns dos principais lipídios empregados no desenvolvimento de formulações de base lipídica para a terapia genética na superfície ocular. (ZORZI, 2017) 11 Figura 4. Estrutura de alguns dos principais polímeros catiônicos e aniômicos empregados em sistemas de base nanotecnológica para terapia genética ocular. (ZORZI, 2017) Quando se é falado de vias de administração, a via ocular é bem mais segura e promissora, devido à sua característica de relativo isolamento, não causando uma reação sistêmica [ZORZI, 2017]. Deve-se analisar a importância de saber qual a patologia e qual a proteína que age na fisiopatologia da doença [ZORZI, 2017]. Este conhecimento podemos obter com maior facilidade para as doenças monogênicas, porém se torna desafiador para aquelas formadas por vários elementos e aspectos ou que seja dependente de mais de um gene [ZORZI, 2017]. Outro obstáculo é referente 12 à busca de um conjunto de serie concomitantemente qualificado para proteção do material genético e conduzi-lo de forma eficaz até a localização correta, sem apresentar riscos para a saúde [ZORZI, 2017]. Desta forma, diversos veículos estão sendo observados como instrumentos para permitir a transposição do material genético fora da célula [ZORZI, 2017]. É possível diferenciar dois tipos de sistemas transportadores: vetores virais (adenovírus, lentivírus, etc) e vetores não virais ou sintéticos (complexos, micelas, lipossomas, nanopartículas, etc.) [ZORZI, 2017]. Pelo olhar químico, os vetores não virais são os mais intrigantes principalmente pela segurança, propiciando algumas técnicas e mudanças [ZORZI, 2017]. Durante o passar do tempo, os carreadores não virais com estrutura nanotecnológica têm obtido atenção por serem capazes de superar as limitações tanto da terapia genética como da condução de fármacos pela via ocular [ZORZI, 2017]. Assim, lipossomas, nanoemulsões, nanopartículas poliméricas e dendrímeros estão sendo propostos para a terapia genica ocular [ZORZI, 2017]. Para se obter estabilização, proteção dos genes, farmacocinética adequada para tal via de administração e, que no final de tudo, os custos sejam viáveis [ZORZI, 2017]. No entanto os biomateriais para a construção desses veículos devem possuir biocompatibilidade, biodegradabilidade, estabilidade química, ser de fácil obtenção e ter preço acessível [ZORZI, 2017]. Entre os sistemas lipídicos, podemos destacar os lipossomas e as nanoemulsões. Lipossomas são vesículas lipídicas biocompatíveis e biodegradáveis compostas principalmente por fosfolipídios [ZORZI, 2017]. Dendrímeros são polímeros sintéticos de diferentes pesos moleculares, que tem um núcleo central do qual partem ramificações de maneira ordenada e simétrica [ZORZI, 2017]. As Nanoemulsões consistem em uma dispersão líquido-líquido de dois líquidos imiscíveis entre si e possui estabilidade por um surfactante, ou sistema surfactante adequado [ZORZI, 2017]. Eles apresentam grande funcionalidade para a cinética dos medicamentos, apesar da pouca estabilidade termodinâmica [ZORZI, 2017]. As nanopartículas contêm polímeros, lipídios ou combinação de ambos, o material genético pode ficar encapsulado em seu interior ou adsorvido na sua superfície, representado por meio da figura 5. [ZORZI, 2017]. 13Figura 5. Principais sistemas de base nanotecnologia empregados na terapia genética ocular. (ZORZI, 2017) 5. Conclusão Por meio da análise dos artigos mencionados, pode-se concluir que o uso da nanotecnologia aplicada ao transporte intracelular de material genético para fins terapêuticos resultou em avanços significativos na medicina como conhecemos. A terapia genética foi desenvolvida com o objetivo de aprimoramento genético, em que os genes são alterados a fim de tratar alguma questão ligada ao código genético, como por exemplo, o tratamento de doenças como anemia falciforme e até mesmo doenças adquiridas, como por exemplo o câncer. Para atingir o objetivo desejado, a técnica mais adotada é a do DNA recombinante, onde o chamado gene alvo é inserido em um vetor, que irá penetrar na célula e liberar o gene. Para tal, podemos utilizar como foi elucidado em nessa pesquisa, a terapia genica de linhagem germinativa, que está relacionada com a alteração dos gametas e a terapia gênica de células somáticas. Nessa pesquisa também foi relatado dois processos de terapia importantes. O primeiro deles é o de liberação de gene, que tem por objetivo alterar um gene causador de doença. Outro processo é o tronco-hematopoiéticas, que combina a utilização de células tronco, amplamente estudadas atualmente devido sua importância médica, e terapia gênica. O último processo de importância abordado foi 14 a terapia com célula T do receptor de antígeno quimérico, que é uma imunoterapia baseada na alteração dos linfócitos de classe T para que eles ataquem tumores. Por fim, a importância da nanotecnologia para via ocular também ficou bem clara, uma vez que pode ser observado que representam diversas vantagens para essa via que tem tantas particularidades e é tão delicada. A nanotecnologia possibilita que a via ocular seja utilizada sem causar irritações e, ainda sim, permitindo uma biodisponibilidade boa de fármaco, sem comprometer a via. 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Misra S. Human gene therapy: a brief overview of the genetic revolution. J Assoc Physicians India. 2013;61(2):127-33. Review. Tebas P, Stein D, Tang WW, Frank I, Wang SQ, Lee G, et al. Gene editing of CCR5 in autologous CD4 T cells of persons infected with HIV. N Engl J Med. 2014;370(10):901-10. Ginter EK. [Gene therapy of hereditary diseases]. Vopr Med Khim. 2000; 46(3):265- 78. Review. Russian. Mathews QL, Curiel DT. Gene therapy: human germline genetics modifications assessing the scientific, socioethical, and religious issues. South Med J. 2007; 100(1):98-100. Gardlík R, Pálffy R, Hodosy J, Lukács J, Turna J, Celec P. Vectors and delivery systems in gene therapy. Med Sci Monit. 2005;11(4):RA110-21. Review. Kay MA. State-of-the-art gene-based therapies: the road ahead. Nat Ver Genet. 2011;12(5):316-28. Review. Eshhar Z, Waks T, Gross G, Schindler DG. Specific activation and targeting of cytotoxic lymphocytes through chimeric single chains consisting of antibodybinding domains and the gamma or zeta subunits of the immunoglobulin and T-cell receptors. Proc Natl Acad Sci U S A. 1993;90(2):720-4. Callaway E. Second Chinese team reports gene editing in human embryos. Nature. 2016; 08 April 2016. doi:10.1038/nature.2016.19718. Zorzi G. K. et. Al. BIOMATERIAIS PARA FORMULAÇÕES DE BASE NANOTECNOLÓGICA VISANDO TERAPIA GENÉTICA OCULAR. Quim. Nova, Vol. 40, No. 1, 74-84, 2017 16 RELATÓRIO COPYSPIDER
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