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Eletrocardiograma (ECG)
O eletrocardiograma é um exame que pode ser realizado em clínicas de diagnósticos, em hospitais e até mesmo no consultório do cardiologista. Trata-se de um exame simples, em que são colocados alguns eletrodos metálicos sobre a pele do paciente, na região do peito, tornozelos e punhos. Esses eletrodos captam os batimentos cardíacos, e o aparelho do eletrocardiograma registra os batimentos na forma de gráfico. 
Por meio da análise do gráfico, o médico pode verificar se há enfraquecimento do músculo cardíaco, arritmias (batidas fora do ritmo correto), infartos, bloqueios nas artérias e até mesmo defeitos nas válvulas cardíacas, que recebem e enviam sangue por todo o corpo.
O exame leva em torno de 4 minutos, e se não houver necessidade de repetir, o resultado é instantâneo. O aparelho do eletrocardiograma imprime o gráfico dos batimentos cardíacos destacado. O papel é entregue ao médico para ser interpretado no consultório. O ECG pode apontar algumas alterações, como:
· Angina (redução temporária do fluxo sanguíneo no coração);
· Isquemias (falta de oxigênio no coração);
· Lesões nas válvulas cardíacas;
· Cardiopatias;
· Arritmias.
De acordo com o resultado obtido, o cardiologista pode solicitar exames complementares, como o holter ou o ecocardiograma. Assim, é possível ter uma visão clara do tipo de alteração encontrada no exame inicial.
Quando o eletrocardiograma é necessário?
O ECG é um exame comum em check-ups, uma vez que oferece uma visão clara da saúde do coração. Assim, o cardiologista pode pedir que o paciente realize um eletrocardiograma anualmente, sem nenhuma indicação de risco, apenas como uma prevenção.
Por outro lado, alguns sintomas podem motivar o médico a solicitar um ECG, tais como:
· Ritmo cardíaco irregular no exame clínico;
· Sensação de falta de ar constante;
· Tontura e/ou desmaio;
· Dor no peito.
O eletrocardiograma é o primeiro exame a ser realizado quando um paciente dá entrada no hospital com dores fortes no peito, pois pode mostrar imediatamente se há um infarto ocorrendo. Além disso, outras condições de saúde podem afetar o coração, e o ECG pode mostrar de que maneira isso se dá em casos de:
· Altos níveis de colesterol;
· Hipertensão;
· Tabagismo;
· Diabetes.
Por fim, pessoas com histórico familiar de doença cardíaca, especialmente em idade precoce (antes dos 50 anos, em geral), e usuários de marca-passo devem realizar o monitoramento com o ECG periodicamente.
Fibrilação Ventricular
Fibrilação ventricular é um ritmo cardíaco anormal e potencialmente fatal, caracterizado pela contração superficial das câmaras inferiores do coração.
Em vez de realizar o movimento completo de contração, os ventrículos em FV realizam movimentos fracos que se parecem com tremores. Está aí a razão para essa arritmia grave se chamar fibrilação ventricular.
Como consequência, o ciclo de despolarização e repolarização fica descoordenado, impedindo que o miocárdio cumpra seu papel e bombeie sangue para as células do corpo.
Na FV, é possível observar anormalidades na formação dos impulsos elétricos responsáveis pelas batidas do músculo cardíaco, que pode partir de diferentes áreas do órgão. Em uma situação normal (ritmo sinusal), o impulso nasce no nó sinusal, localizado na parte superior do átrio direito. Em seguida, percorre o seguinte caminho:
1. Nó sinusal;
2. Átrio direito;
3. Átrio esquerdo;
4. Nó atrioventricular;
5. Ventrículos.
Já na FV, essa trajetória fica descoordenada, levando à ausência de débito cardíaco e evoluindo para a parada circulatória.
Sinais como a queda progressiva da pressão arterial servem de alerta para que se considere a ocorrência de fibrilação ventricular.
Quais são as causas da fibrilação ventricular?
Normalmente, o descompasso nos movimentos vem de problemas no fluxo sanguíneo, em especial das obstruções decorrentes de doença arterial coronariana (DAC).
Isso porque a DAC provoca estreitamento das artérias coronárias, restringindo a oferta do volume de sangue necessário para o bom funcionamento cardíaco.
As síndromes coronarianas agudas como o infarto também representam uma parte considerável das causas da fibrilação ventricular.
O que faz sentido, uma vez que há interrupção momentânea na irrigação de partes do miocárdio pelo sangue, levando à morte de células importantes.
Insuficiência cardíaca e o desgaste das paredes desse tecido (cardiomiopatia) vêm logo em seguida como possíveis causas da FV.
Outras condições graves merecem ser consideradas, como choque e hipocalemia (redução nos níveis de potássio no sangue). Bem como o uso de medicamentos que atuam em canais de sódio e potássio, a exemplo dos antiarrítmicos.
Vítimas de acidentes como choque elétrico e afogamento ficam mais sujeitas a sofrer com fibrilação ventricular.
E por fim, mas não menos importante, vale citar o uso de drogas como a metanfetamina entre as prováveis causas da FV.
E os sintomas?
Nem sempre é possível constatar os sintomas da FV. Após alguns minutos, a maioria dos pacientes apresenta síncope, impedindo a percepção de alterações mais leves.
Os sinais mais comuns:
· Falta de pulsação;
· Palpitações;
· Dor precordial;
· Tontura;
· Fraqueza;
· Dispneia;
· Crises convulsivas;
· Perda da consciência.
Opções de tratamento
Em um primeiro momento, a fibrilação ventricular deve ser revertida por meio da reanimação cardiopulmonar. Se o paciente responder bem à cardioversão elétrica e compressões cardíacas, pode não ser necessário estender as terapias.
As principais opções para a manutenção da qualidade de vida do indivíduo são:
· Drogas que atenuam as chances de novos eventos de fibrilação ventricular, que provavelmente se repetirão entre os pacientes que não tiverem doenças de fundo;
· Controle das patologias causadoras da FV, com tratamento definido de acordo com a enfermidade e a condição clínica. As terapias de sucesso tendem a combinar avaliações periódicas, mudanças nos comportamentos prejudiciais e uso de medicamentos;
· Implante de cardioversor desfibrilador implantável (CDI), geralmente combinado a fármacos. O CDI evita complicações graves ao aplicar choques automáticos diante de arritmias como a FV.
Drogas usadas na fibrilação ventricular
Drogas com função adrenérgica e antiarrítmica podem ser empregadas para estabilizar a frequência cardíaca junto à desfibrilação e compressões torácicas.
Elas servem para reanimar o paciente, revertendo a parada cardíaca, e/ou tornar o ritmo do coração menos caótico.
Vale lembrar que qualquer demora no atendimento à FV pode ser a diferença entre a vida e a morte da vítima.
Taquicardia Ventricular
É a aceleração dos batimentos cardíacos originada nas câmaras inferiores do coração (ventrículos). A taquicardia ventricular pode, em algumas situações, prejudicar o funcionamento do coração, resultando em sensação de batedeira, tontura e até desmaios, requerendo atendimento imediato. Em casos extremos pode levar à parada cardíaca e morte súbita.
Causas
As taquicardias ventriculares podem acontecer sem motivo aparente em pessoas com coração normal (idiopáticas), sendo geralmente benignas nessas situações. Entretanto, são mais comuns em pacientes com doenças que afetam o músculo cardíaco (problemas nas válvulas, hipertensão arterial, coração fraco, corações musculosos). Nesses casos, são arritmias potencialmente graves que necessitam avaliação imediata.
Sintomas
As manifestações mais comuns são sensação de batedeira, palpitações, fraqueza, tontura e até desmaios. Em casos extremamente graves, pode levar à parada cardíaca e morte súbita.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito pelo eletrocardiograma no momento da crise. Outros exames complementares podem ser necessários para estabelecer o diagnóstico, como o Holter de 24 horas ou o monitor de eventos, exames que aumentam o tempo de monitorização ao qual o paciente é submetido. O teste ergométrico pode ser utilizado em pacientes com sintomas relacionados ao esforço físico. Em casos selecionados, o estudo eletrofisiológico invasivo é necessário para esclarecimento diagnóstico.
Tratamento
As taquicardiasventriculares idiopáticas (sem causa aparente que acometem pessoas com coração normal) são tratadas com medicamentos ou com ablação por cateter, técnica muitas vezes curativa nesses casos. Em pacientes com doenças do coração, o tratamento utiliza principalmente medicamentos. Nos casos graves, com risco de morte, o implante do cardiodesfibrilador (CDI) está indicado. A ablação por cateter pode ser empregada em casos selecionados para auxiliar no controle das crises. 
Atividade Elétrica sem pulso
A atividade elétrica sem pulso constitui um ritmo com complexos QRS que não produzem respostas de contração miocárdica suficiente e detectável.
Apesar de existir um ritmo organizado no monitor, não existe acoplamento do ritmo com pulsação efetiva (com débito cardíaco). O importante é garantir o SBV e tentar identificar a provável etiologia da PCR.
Causas
Choque grave, hemorragia intensa por ruptura arterial, como na dissecção de aorta, tromboembolismo pulmonar maciço, pneumotórax e o tamponamento cardíaco por ruptura de parede livre do ventrículo.
Nesses pacientes, até 60% dos casos são por causas cardiovasculares, entre as principais encontram-se o infarto agudo do miocárdio em 21% dos casos, 9,5% por hemorragia, tanto por dissecção aórtica quanto ruptura ventricular 2,4% por tromboembolismo pulmonar.
Assistolia
A assistolia corresponde à ausência total de qualquer ritmo cardíaco, sendo o processo final das demais modalidades de PCR. É a situação terminal.
Evidências cada vez mais contundentes apontam que a identificação de assistolia deva corresponder ao término dos esforços. Pode ser reversível com atendimento adequado e rápido.
A principal causa de assistolia é a hipóxia, o que justifica as ofertas de oxigênio e ventilação efetivas, como prioritárias no atendimento.
Antes do evento, alguns sintomas podem ser observados:
Ritmo cardíaco irregular (o padrão eletrocardiográfico se mostra isoelétrico, apresentando uma linha reta ou raras ondulações);
O paciente reclama de forte aperto no peito e, em seguida, apresenta perda de pulso e respiração.
Diagnóstico e tratamento da assistolia
É importante observar que quadros de assistolia implicam em atividade elétrica sem pulso, uma vez que não há débito e contrações cardíacas. Por outro lado, é possível que algum sinal atrial possa se destacar no monitor, tais como eventos que indicam a paralisação ventricular – ondas P sem complexo QRS.
O tratamento depende da causa
As manobras de ressuscitação cardiopulmonar devem ser iniciadas imediatamente, com uso de desfibrilador em assistolias que não sejam de origem metabólicas, como ataque cardíaco. O uso de desfibrilador em assistolias metabólicas não é recomendado, uma vez que pode prejudicar ainda mais o coração.
Até que seja dada entrada do paciente em um ambiente hospitalar, ou até que chegue o desfibrilador, são administrados medicamentos para estimular o coração. Dentre os fármacos mais utilizados estão a vasopressina, atropina e epinefrina injetáveis.
Massagens cardíacas e compressões torácicas podem ser usadas para pressionar o movimento sanguíneo. Da mesma forma, intensivistas podem tentar a técnica de estimulação, que visa trazer de volta o ritmo regular por meio de pequenos pulsos elétricos.
Em alguns casos, ainda, médicos podem optar pelo resfriamento do corpo, prática que diminui a demanda por energia e ajuda a ganhar tempo no tratamento.
A grande preocupação durante a assistolia é a falta de oxigênio no cérebro, uma vez que o coração não está bombeando sangue. 
Portanto, quando a cessação da parada cardíaca permanece por 15 minutos ou mais, é considerado que o paciente está clinicamente morto. 
Isso acontece porque o tempo em que o cérebro ficou sem oxigênio é muito longo e, mesmo com a recuperação cardíaca, as sequelas podem ser irreversíveis. De toda forma, as tentativas de ressuscitação não param até que se esgotem todas as possibilidades.

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