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1 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS 1 Sumário Método de Análise de Risco ............................................................................... 3 A Contribuição da Higiene do Trabalho Para o Conceito de Risco .................... 4 Classificação dos Riscos Ambientais .............................................................. 7 Tempo de Exposição ...................................................................................... 8 Concentração ou Intensidade do Agente ........................................................ 8 Sinergismo nos Locais de Trabalho ................................................................ 8 Uma Breve Contextualização Histórica Acerca das Nrs ..................................... 9 NR 15 – Atividades e Operações Insalubres .................................................... 10 Agentes Químicos Cuja Insalubridade é Caracterizada Por Limite de Tolerância e Inspeção no Local de Trabalho ................................................ 34 Medidas de Controle .................................................................................. 35 Danos à Saúde .......................................................................................... 36 Limites de Tolerância para Poeiras Minerais ................................................ 36 Os Enigmáticos Aspectos Psicossociais e Suas Contribuições para o Conceito de Risco ........................................................................................................... 57 Psicopatologia do Trabalho .............................................................................. 58 O Stress no Trabalho e a Saúde Mental .......................................................... 59 Síndrome de Burnout ....................................................................................... 62 Identificando o Burnout ................................................................................. 63 Principais Causas ......................................................................................... 64 Contribuição da Ergonomia para Gerenciamento de Riscos ............................ 67 REFERÊNCIAS.................................................................................................80 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Método De Análise De Risco Análise de riscos O propósito da análise de riscos é compreender a natureza do risco e suas características, incluindo o nível de risco, onde apropriado. A análise de riscos envolve a consideração detalhada de incertezas, fontes de risco, consequências, probabilidade, eventos, cenários, controles e sua eficácia. Um evento pode ter múltiplas causas e consequências e pode afetar múltiplos objetivos. A análise de riscos pode ser realizada com vários graus de detalhamento e complexidade, dependendo do propósito da análise, da disponibilidade e confiabilidade da informação, e dos recursos disponíveis. As técnicas de análise podem ser qualitativas, quantitativas ou uma combinação destas, dependendo das circunstâncias e do uso pretendido. Convém que a análise de riscos considere fatores como: — a probabilidade de eventos e consequências; — a natureza e magnitude das consequências; — complexidade e conectividade; — fatores temporais e volatilidade; — a eficácia dos controles existentes; — sensibilidade e níveis de confiança. A análise de riscos pode ser influenciada por qualquer divergência de opiniões, vieses, percepções do risco e julgamentos. Influências adicionais são a qualidade da informação utilizada, as hipóteses e as exclusões feitas, quaisquer limitações das técnicas e como elas são executadas. Convém que estas influências sejam consideradas, documentadas e comunicadas aos tomadores de decisão. Eventos altamente incertos podem ser difíceis de quantificar. Isso pode ser um problema ao analisar eventos com consequências severas. Nestes casos, usar uma combinação de técnicas geralmente fornece maior discernimento. A análise de riscos fornece uma entrada para a avaliação de riscos, para decisões sobre se o risco necessita ser tratado e como, e sobre a 4 estratégia e os métodos mais apropriados para o tratamento de riscos. Os resultados propiciam discernimento para decisões, em que escolhas estão sendo feitas e as opções envolvem diferentes tipos e níveis de risco. Dentre da Higiene Ocupacional já foi mencionado como se dá a análise de riscos, que contem quatro passos a antecipação, reconhecimento, avaliação e controle. Para aumentar a eficiência desse processo podemos adicionar o monitoramento, que se trata do acompanhamento e vigia para saber se os diversos ambientes de trabalho estão compatíveis com a saúde humana. A CONTRIBUIÇÃO DA HIGIENE DO TRABALHO PARA O CONCEITO DE RISCO Conceituamos higiene do trabalho como a ciência que dedica a antecipação reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais presentes nos locais de trabalho. A antecipação consiste em ações realizadas antes da concepção e instalação de qualquer novo local de trabalho. Envolve a análise de projetos de novas instalações (impacto ambiental, saúde ocupacional), equipamentos, ferramentas, métodos ou processos de trabalho, matérias-primas, ou ainda, de modificações. Visa identificar riscos potenciais, procurando alternativas de eliminação e/ou neutralização, ainda na fase de planejamento e projeto (seleção de tecnologias mais seguras, menos poluentes, envolvendo, inclusive, o descarte dos efluentes e resíduos resultantes). A antecipação constitui-se de normas, instruções e procedimentos para correto funcionamento dos processos, visando reduzir ou eliminar riscos que possam surgir, ou seja, assegurar que sejam tomadas medidas eficazes para evitá-los. Isso pode requerer a criação de normas ou procedimentos para compradores, projetistas e para a contratação de prestadores de serviço, de modo a reduzir- se, ao máximo, a probabilidade de que surjam novos riscos aos processos. O reconhecimento dos riscos trata se da identificação dos agentes físicos, químicos e biológicos presentes no ambiente de trabalho que possam causar danos à saúde e integridade dos trabalhadores. Um estudo deve ser realizado sobre as matérias primas, produtos e serviços, métodos e procedimentos de 5 rotina, processos, instalações e equipamentos. Desta forma, para que esta etapa seja bem sucedida, devemos ter conhecimento profundo do processo produtivo, ou seja, dos produtos envolvidos no processo, dos métodos de trabalho, do fluxo do processo, do arranjo físico das instalações, do número de trabalhadores expostos, dentre outros fatores relevantes. A avaliação é uma análise quantitativa e/ou qualitativa dos agentes físicos, químicos e biológicos existentesnos postos de trabalho. É nesta fase que devemos fazer a coleta das amostras (quando cabível), realizar medições e análises das intensidades e das concentrações dos agentes, realizar cálculos e interpretações dos dados levantados no campo, comparando os resultados com os limites de exposição estabelecidos pelas normas vigentes. Desta forma criará critérios para avaliar se o ambiente está ou não compatível com a saúde humana. Controle dos riscos é a fase que está ligada à eliminação ou mitigação dos riscos ocupacionais que foram antecipados, reconhecidos e avaliados no ambiente. Adoção de medidas de controle de riscos devem ser tomadas seguindo a seguinte ordem FONTE As medidas que podem ser aplicadas na fonte da contaminação incluem: 1. Eliminar a fonte; 2. Substituir, utilizando processos e/ou materiais menos perigosos; 3. Isolar / conter / enclausurar – cercando as fontes ou os trabalhadores, ou a fonte e alguns funcionários juntos em vez de todos os trabalhadores; 4. Modificar o processo de produção; 5. Incluir métodos automatizados - uso de robótica, produtos auxiliados com controle remoto ou computador; 6. Separação - colocar a fonte em um local diferente dos trabalhadores; 7. Ventilação local - uso de ventilação para capturar o contaminante na fonte, para evitar a dispersão; 6 TRAJETÓRIA Controle ao longo do percurso, quando o contaminante é de dispersão, é mais difícil e menos opções estão disponíveis. Incluem: 1. Ventilação geral - o que dilui a concentração de contaminantes; 2. O aumento da distância entre a fonte e os trabalhadores, ou seja, o aumento do comprimento do percurso de modo que haja mais dispersão e diluição; 3. Uso de telas e barreiras parciais. INDIVIDUO Controles baseados no trabalhador incluem: 1. Controles administrativos – rotatividade de trabalhadores, limitando o tempo que eles trabalham em um local insalubre e/ou perigoso; sinalização do ambiente; 2. Equipamento de proteção individual (EPI) - utilizando algo que impeça o contaminante de afetar a segurança/saúde do trabalhador, mesmo que ele já tenha sido atingido pelo agente de risco. Observe que essas categorias não são definitivas. Existe um grau de subjetividade no momento de decidir qual categoria um determinado controle pertence e, de fato, alguns controles poderiam ser considerados para se encaixar em mais de uma categoria. Por exemplo, alguns textos consideram ventilação exaustora e local para serem controles de via, no entanto, é importante reconhecer que a ventilação exaustora e local, sendo aplicado perto da fonte, geralmente são muito mais eficazes para controlar a exposição que outros controles localizados ao longo do caminho ou controles baseados nos trabalhadores. 7 Classificação Dos Riscos Ambientais Na maioria das atividades industriais existem processos capazes de gerar, no ambiente de trabalho, substâncias e fenômenos físicos que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade, ao entrarem em contato com o organismo dos trabalhadores, podem produzir danos à sua saúde. Na higiene ocupacional, dividimos os riscos presentes no ambiente de trabalho em: • Riscos físicos. • Riscos químicos. • Riscos biológicos. • Riscos ergonômicos. Cada um destes grupos subdivide-se de acordo com as consequências fisiológicas que podem provocar, quer em função das características físico-químicas, concentração ou intensidade dos agentes, quer segundo sua ação sobre o organismo. O conhecimento das características específicas de cada agente é fundamental na definição de seu potencial de agressividade e, inclusive, na proposição de medidas técnicas para a sua neutralização. Cada agente ambiental tem características e efeitos específicos de acordo com sua natureza. Riscos físicos: São agentes de risco físico: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração e quaisquer outras formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores. Para cada tipo de risco é indicada uma limitação permitida. No caso de ruídos, o máximo de decibéis por exemplo. Os limites para a exposição a esses fatores estão descritos, em sua maioria, na NR 15. Riscos químicos: São substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória como gases, poeiras, fumos ou vapores, além de outros que possam ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. É o nível de toxicidade do agente químico que determina o período máximo que o colaborador pode ter exposição. Riscos biológicos: São bactérias, vírus, fungos, protozoários e as medidas de prevenção variam de acordo com a patogenicidade ao qual o trabalhador está exposto em sua atividade. 8 Riscos ergonômicos: Postura inadequada de trabalho, levantamento e transporte de peso, jornadas prolongadas de turno e quaisquer outras situações que exijam esforço físico demasiado ou que haja estresse físico. A avaliação desses riscos é feita por meio de um laudo ergonômico. Tempo De Exposição Quanto maior o tempo de exposição, maiores serão as possibilidades de se produzir uma doença ocupacional. O tempo real de exposição será determinado considerando-se a análise da tarefa desenvolvida pelo trabalhador. Essa análise deve incluir estudos tais como: tipo de atividade e suas particularidades, movimento do trabalhador ao efetuar o seu serviço, jornada de trabalho e descanso. Devem ser consideradas todas as suas possíveis variações durante a jornada de trabalho, de forma a subsidiar o dimensionamento da avaliação quantitativa da exposição. Concentração Ou Intensidade Do Agente Quanto maior a concentração ou intensidade dos agentes agressivos presentes no ambiente de trabalho, maior será a possibilidade de efeitos nocivos à saúde dos trabalhadores. A concentração dos agentes químicos ou a intensidade dos agentes físicos devem ser avaliadas, mediante amostragem nos locais de trabalho, de maneira tal que elas sejam as mais representativas possíveis da exposição real do trabalhador a esses agentes agressivos. Esse cuidado na avaliação, faz-se necessário, pois, muitas variáveis estão envolvidas e influem diretamente na representatividade. Como exemplo, podemos citar a temperatura em uma exposição a um determinado agente químico. Sinergismo Nos Locais De Trabalho Pode haver a exposição simultânea a mais de um agente, originando exposições combinadas e interações entre eles, modificando as características primarias dos agentes. Se duas ou mais substâncias perigosas com efeitos toxicológicos 9 estão presentes no local de trabalho deve ser analisado seus efeitos combinados. Uma Breve Contextualização Histórica acerca das NRs Os direitos trabalhistas possuem a função de assegurar um equilíbrio nas relações de trabalho, como a história nos ensina, sem uma legislação eficiente que coordene as engrenagens do trabalho grandes desarmonias perturbariam tais relações. Ao voltarmos para uma Inglaterra do século XIX podemos perceber que as condições de trabalho eram degradantes, os operários eram expostos a doenças, jornadas exaustivas de trabalho e condições extremamente insalubres. Com salários extremamente baixos, toda a família se via na necessidade de estar empregada, e o trabalho infantil era bastante comum naquela época. O notável desequilíbrio entre os operadores e os donos das indústrias não demorou para gerar conflitos. Movimentos trabalhistas iam ganhando cada vem mais adeptos, sindicatos se fortaleciam e aos poucos as reinvindicações foram sendo atendidas. Em 1919 temos a criação da Organização Internacional do Trabalho, que emite normas internacionais para assegurar o trabalho descente e produtivo, em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade. Enquanto a Europa vivia o fim da Segunda Revolução Industrial(1850, 1870) o Brasil ainda usava mão de obra escravista, e apenas a partir de 1888 com a abolição da escravidão que inicia a ideia de direito trabalhista no Brasil. As buscas pelo equilíbrio entre as partes que compõem as relações de trabalho ganharam destaque no governo Vargas, com a constituição de 1934. Nela estavam assegurados direitos como salário mínimo, jornada de trabalho de 8 horas, repouso semanal, férias remuneradas a assistência médica e sanitária. E finalmente em 1943 foi promulgada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 10 O ambiente de laboral tem forte impacto no processo de saúde-doença dos trabalhadores, portanto é necessário tomar medidas de controle para que os colaboradores sejam expostos ao menor números de riscos possíveis, sejam ele de origem organizacional, física, química, biológica ou ergonômico NR 15 – Atividades e Operações Insalubres Com base na NR 15, o termo insalubridade é usado para definir o trabalho em um ambiente hostil à saúde. Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce suas atividades em condições insalubres nos termos da NR 15. São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus efeitos. Os agentes causadores de insalubridade estão contidos nos anexos da NR 15, alguns exemplos de agentes insalubres são ruídos contínuo ou permanente; ruído de Impacto; tolerância para exposição ao calor; radiações ionizantes; agentes químicos e poeiras minerais. 1. Anexo I - Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente 2. Anexo II - Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto 3. Anexo III - Limites de Tolerância para Exposição ao Calor 4. Anexo IV - (Revogado) 5. Anexo V - Radiações Ionizantes 6. Anexo VI - Trabalho sob Condições Hiperbáricas 7. Anexo VII - Radiações Não-Ionizantes 8. Anexo VIII - Vibrações 9. Anexo IX - Frio 10. Anexo X - Umidade 11. Anexo XI- Agentes Químicos Cuja Insalubridade é Caracterizada por Limite de Tolerância Inspeção no Local de Trabalho 12. Anexo XII - Limites de Tolerância para Poeiras Minerais 11 13. Anexo XIII - Agentes Químicos 14. Anexo XIII A - Benzeno 15. Anexo XIV Agentes Biológicos CALOR Empresas como siderúrgicas, forjarias e as que exercem atividades ao ar livre — em que o profissional precisa atuar sob sol forte — são algumas das atividade em que o trabalhador está exposto ao calor intenso. É preciso avaliar os índices de calor correlacionados em cada empresa, de modo a evitar que o calor excessivo cause danos à saúde do profissional. No anexo 3 da NR 15 está disposto as regulamentações acerca dos limites de tolerância para o calor. A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo" - IBUTG definido pelas equações que se seguem: Ambientes internos ou externos sem carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg Ambientes externos com carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg onde: tbn = temperatura de bulbo úmido natural tg = temperatura de globo tbs = temperatura de bulbo seco. Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de bulbo úmido natural, termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum. As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida. 12 Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no próprio local de prestação de serviço. Em função do índice obtido, o regime de trabalho intermitente será definido no Quadro N.º 1. QUADRO N.º 1 TIPO DE ATIVIDADE REGIME DE TRABALHO INTERMITENTE COM DESCANSO NO PRÓPRIO LOCAL DE TRABALHO (por hora) LEVE MODERADA PESADA Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0 45 minutos trabalho 15 minutos descanso 30,1 a 30,5 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9 30 minutos trabalho 30 minutos descanso 30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9 15 minutos trabalho 45 minutos descanso 31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0 Não é permitido o trabalho, sem a adoção de medidas adequadas de controle acima de 32,2 acima de 31,1 acima de 30,0 Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais. A determinação do tipo de atividade (Leve, Moderada ou Pesada) é feita consultando-se o Quadro n.º 3. Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com período de descanso em outro local (local de descanso). Para os fins deste item, considera-se como local de descanso ambiente termicamente mais ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve. Os limites de tolerância são dados segundo o Quadro n.º 2. QUADRO N.° 2 M (Kcal/h) MÁXIMO IBUTG 13 175 200 250 300 350 400 450 500 30,5 30,0 28,5 27,5 26,5 26,0 25,5 25,0 Onde: M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela seguinte fórmula: M = Mt x Tt + Md x Td 60 Sendo: Mt - taxa de metabolismo no local de trabalho. Tt - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho. Md - taxa de metabolismo no local de descanso. Td - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso. IBUTG é o valor IBUTG médio ponderado para uma hora, determinado pela seguinte fórmula: IBUTG = IBUTGt x Tt + IBUTGd xTd 60 Sendo: IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho. IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso. Tt e Td = como anteriormente definidos. 14 Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período mais desfavorável do ciclo de trabalho, sendo Tt + Td = 60 minutos corridos. 3. As taxas de metabolismo Mt e Md serão obtidas consultando-se o Quadro n.º 3. 4. Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais. QUADRO N.º 3 TAXAS DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE TIPO DE ATIVIDADE Kcal/h SENTADO EM REPOUSO 100 TRABALHO LEVE Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex.: datilografia). Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex.: dirigir). De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os braços. 125 150 150 TRABALHO MODERADO Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas. De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimentação. De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma movimentação. Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar. 180 175 220 300 TRABALHO PESADO Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá). Trabalho fatigante 440 550 Medidas de controle As medidas coletivas são aquelas que reduzem a taxa de metabolismo do trabalhador, que movimentem o ar no ambiente e que utilizem barreiras que protejam das fontes de calor radiante, como o sol, forno de siderurgia ou solda, por exemplo. a) Redução da taxa de metabolismo Reduzir a taxa de metabolismo gerada pelo trabalhador, adotando formas de minimizar o esforço físico realizado por ele. A adoção de equipamentos de auxílio 15 como pontes rolantes para movimentar cargas, esteiras, ou até mesmo a completa automatização do processo, pode evitar o aumento da temperatura corporal do executante. b) Movimentação do ar no ambiente Adoção de aparelhos de ar condicionado para resfriar o ar do ambiente, além de climatizadores e ventiladores para reduzir a temperatura do local. Mesmo abertura de janelas, fazendo uso da ventilação natural. Estes métodos funcionam, pois reduzem as trocas de calor entre o corpo humanoe o ambiente. Falamos sobre aqui. c) Utilização de barreiras que protejam das fontes de calor radiante A utilização de barreiras para refletir (alumínio polido, aço inoxidável) ou absorver (ferro ou aço oxidável) os raios infravermelhos. Colocação de películas em portas e/ou janelas de vidro, como nos carros, minimizam a incidência de calor radiante. As medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho são aquelas aplicadas na forma como a atividade é realizada, ou seja, na gestão dos colaboradores ou dos métodos de trabalho. É importante observar se o funcionário está aclimatado, se há uma limitação do seu tempo de exposição ao agente, se este tem se hidratado com a frequência correta e mesmo se o colaborador recebeu treinamento prévio antes de efetuar suas funções. a) Aclimatização A aclimatização basicamente é uma adaptação fisiológica do organismo a um ambiente quente. Isto é fundamental na prevenção dos riscos decorrentes da exposição ao calor excessivo. Quando o funcionário se expõe a alto calor pela primeira vez, ocorre um aumento significativo da temperatura corporal, dos batimentos cardíacos e há baixa sudorese. Após o período de 3 a 5 dias, o corpo começa a aclimatar, e há uma redução no desconforto do trabalhador, assim como uma queda da temperatura corporal e do ritmo cardíaco, e a sudorese aumenta. A aclimatização será completa, em média, com duas semanas. A perda de sal devido à sudorese também é menor em trabalhadores aclimatados. O processo de aclimatização completo leva em torno de 2 a 3 semanas. 16 Caso o trabalhador se ausente do seu local de atividade, por aproximadamente 3 semanas, a aclimatização será totalmente perdida, e o processo deverá ser reiniciado de forma gradual. Alguns pontos importantes a serem observados é que fatores como: sexo (feminino), obesidade, desnutrição e outros fatores de risco dificultam o processo de aclimatização. b) Limitação do tempo de exposição Esta medida consiste em adotar períodos de descanso intercalados com períodos de trabalho. Conforme discutimos no texto anterior - Quando a exposição ao calor é insalubre - , uma das maneiras de descaracterizar o calor como insalubre é adotar os períodos de descanso e trabalho conforme descrito no Quadro Nº1. c) Hidratação Embora não muito efetiva se aplicada de forma individual, a correta hidratação é indispensável como medida paliativa. Um profissional exposto a calor excessivo deve ingerir uma maior quantidade de água e sal, de forma a compensar a perda de água e cloreto de sódio devido à sudorese intensa. É importante salientar que a ingestão de água e sal pelos funcionários deve ser feita com orientação médica. O treinamento dos trabalhadores tem como objetivo primário evitar que eles se esforcem mais que o necessário e que permaneçam próximo à fonte de calor por um período demasiadamente grande. O funcionário deve ser treinado e orientado quanto à correta utilização dos equipamentos de segurança e mesmo sobre os efeitos causados pela exposição contínua ao calor intenso. Em se tratando do calor, a utilização de equipamentos de proteção ambiental não afasta o risco de sobrecarga térmica, no entanto, é necessário a sua utilização principalmente quando as atividades são realizadas em locais com possibilidade de haver respingos e mesmo fagulhas ou outros “resíduos” provenientes de fontes de calor extremo. Uma das principais finalidades do EPI neste caso é proteger o trabalhador contra o risco de queimaduras. Óculos de segurança com lentes especiais são necessários sempre que houver fontes de calor radiante. O objetivo é proteger o colaborador contra o calor 17 radiante. As lentes especiais devem reter mais que 90% da radiação infravermelho para ser considerada eficiente. O restante do corpo deve ser protegido através do uso de equipamentos, tais como luvas, mangotes, aventais e capuzes. Danos à Saúde Quando o calor produzido (esforço físico) ou recebido (através de fonte de calor no trabalho) pelo organismo é maior que aquele dissipado pelo corpo, tem-se um cenário onde o organismo aumenta sua temperatura, levando a um quadro que pode se tornar uma hipertermia (aumento da temperatura interna do corpo). Para que isto seja evitado, o corpo humano sofre diversas reações com o propósito de se adaptar a esta situação. Uma dessas reações é chamada de vasodilatação periférica, onde os vasos sanguíneos se expandem e proporcionam uma melhor troca térmica entre o corpo e o meio, e que é realizada através da circulação sanguínea. Outra reação é através da ativação das glândulas sudoríparas, responsáveis pelo suor. O suor é transformado de seu estado líquido para vapor, resfriando, assim, a temperatura do corpo. Calor produzido por fonte externa. Caso essas duas reações não sejam suficientes para manter a temperatura do corpo na casa de 37 ºC, graves consequências no organismo poderão ocorrer, entre elas as que iremos mencionar abaixo: Exaustão do corpo: com a dilatação dos vasos sanguíneos, há uma menor pressão arterial no trabalhador. (A quantidade de sangue não aumenta para compensar um vaso de maior diâmetro). Logo, pode haver insuficiência de sangue no córtex cerebral, levando a um quadro de queda de pressão arterial. Desidratação: devido à perda de líquidos através do suor, o organismo pode se desidratar. Logo, poderá haver redução no volume de sangue que, entre outras coisas, ocasiona a exaustão do corpo. Em casos mais extremos, pode se desenvolver distúrbios celulares, insuficiência muscular, perda de apetite, entre outros. Câimbra de calor: a sudorese leva a perda de água no organismo, o que consequentemente leva a perda de minerais, incluindo o cloreto de cálcio (mais 18 conhecido como sal). Com isso, há a possibilidade de haver câimbras, que causam dores agudas nas extremidades do corpo e fadiga muscular severa. Edema de calor: podem existir pessoas não aclimatadas a determinados locais, onde há altas temperaturas. A permanência destas pessoas nestes locais pode causar a geração de edemas, ou seja, inchaço de membros, como mãos e pés. Exaustão por calor: desidratação grave devido a perda de suor. Causado pela deficiência da circulação sanguínea e falta de água e sal no organismo. UMIDADE As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho. Alguns segmentos onde a umidade está presente. Lavanderias: Nas lavanderias a umidade sempre está presente de forma bem evidente. Lembro que quando trabalhei em lavanderia hospitalar não era raro ficar bem molhado e ter que trocar de roupa. Em lavanderias hospitalares a umidade está presente tanto na área suja quanto na limpa. Lava á Jato: E nesse segmento ainda temos o agravante dos produtos químicos que são usados na lavagem e muitos entram em contato direto com a pele. Frigoríficos: Juntamente com o frio a umidade é um dos grandes riscos dos frigoríficos. Cozinhas: Na parte de lavagem de panelas e outros a umidade que é uma solução para a limpeza se torna um risco a mais para a segurança. Pesca: No segmento de pesca a umidade é bem presente quanto no ato da pesca quanto no processo de limpeza do pescado. 19 Areais: No processo de dragagem de areia em areais em que se usa jato de água e draga o operador da draga e do jato estão sempre em contato com a água. Medidas de controle EPC – Equipamento de Proteção Coletiva: Barreiras de contenção ou proteção podem ser criadas para evitar que o trabalhador tenha contato com a umidade. Administrativas: Em alguns locais o excesso de umidade é fruto da falta de luz solar e arejamento do ambiente. Em ambientes assim, a simples ação deprover formas de proporcionar a entrada de luz solar e circulação de ar no ambiente pode ser a solução. Em ambientes onde não for possível prover iluminação solar e circulação de ar natural, a colocação de exaustores e ar condicionado pode resolver o problema. É preciso estar atento às tubulações para perceber possíveis vazamentos e infiltrações nas edificações. Infiltrações além de doenças podem causar danos severos à estrutura da edificação. EPI – Equipamento de Proteção Individual: O uso de EPI para evitar contato direto com a umidade é muito pode ser muito eficiente se os EPI forem escolhidos com critério. Luvas de PVC, botas, aventais de PVC, roupas de PVC são ótimos exemplos de EPI usados para limitar o contato com umidade. No caso de motociclista deve ser acrescentado capacete, esse além de proteção contra impactos protegerá contra a umidade proveniente da chuva. Quando falamos sobre EPI é sempre importante lembrar que não basta fornecê- lo, é necessário orientar e treinar sobre como usar, guardar e higienizar (NR 6 item 6.6.1). Danos à Saúde 1. Irritação na pele. 2. Irritação/inflamação no sistema respiratório. 3. Possibilidade de aumento de fungos no ambiente de trabalho. 20 4. Roupas no estado molhado podem levar a baixas temperaturas nos trabalhadores. 5. Aumenta possibilidade de escorregões e acidentes típicos. FRIO As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho. Medidas de controle As lesões causadas pelo frio podem ser evitadas adotando-se práticas adequadas para este tipo de trabalho. Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) específicos, como roupas de frio, luvas e botas isolantes (Fig. 06), devem ser usados pelos trabalhadores expostos ao frio, evitando assim a perda de calor do corpo. Figura 1: Botas isolantes Os trabalhadores devem utilizar roupa protetora adequada para o nível de frio e atividade exercida (Fig. 02). Se as roupas disponíveis não forem suficientes para a proteção contra a hipotermia ou congelamento, o trabalho deve ser modificado ou interrompido até que sejam providenciados os equipamentos necessários. http://4.bp.blogspot.com/-8IfEcOdd-hE/TZ-f8GKaV5I/AAAAAAAAAMA/yzbxlNRZKlc/s1600/jjjjjjjjjjjjjjjj.png 21 Figura 2:Roupa de proteção para trabalho em ambientes muito frios As vestimentas devem ser feitas de várias camadas, proporcionando maior proteção devido à presença de uma camada de ar isolante entre as camadas de tecido. Quando a atividade é realizada em ambientes úmidos, a camada externa da roupa deve ser repelente à água. Se o local de trabalho não puder ser protegido contra o vento, deve-se usar uma roupa de couro ou de lã grossa. E em condições extremamente frias devem ser fornecidas vestimentas de proteção aquecidas. As roupas devem sempre ser conservadas secas e limpas. Quais são as medidas de proteção coletiva que devem ser adotadas durante o trabalho em ambientes frios? Existem diversas medidas de proteção coletiva que podem ser implantadas nas indústrias, com o objetivo de prevenir acidentes e lesões ocupacionais devido à exposição do trabalhador ao frio. Entre elas pode-se citar: • O local de trabalho deve ser planejado para que o trabalhador não passe longos períodos parado; • Deve-se proporcionar aos empregados locais de repouso aquecidos; • Os locais de repouso devem possuir salas especiais para secagem das roupas http://2.bp.blogspot.com/-302SiKxgPXo/TZ-hXtfej_I/AAAAAAAAAMI/m-upcW1O4TU/s1600/bbbbbbbbbbb.png 22 do trabalhador, sempre que a atividade provocar o seu umedecimento, e troca por vestimenta seca quando necessário; • As portas de câmaras frias ou outros ambientes refrigerados devem possuir sistema que possibilite a abertura das portas internamente, para evitar que as pessoas fiquem presas involuntariamente; • Os túneis de congelamento só devem ter o sistema de ventilação ligado quando não houver trabalhadores no local. Danos à Saúde O trabalho em ambientes frios representa um risco importante à saúde dos trabalhadores, que pode causar desconforto, doenças ocupacionais, acidentes do trabalho, e, algumas vezes, até a morte. As lesões mais graves causadas pelo frio são decorrentes da perda excessiva de calor do corpo, que é chamada hipotermia. A situação de trabalho que mais contribui para o surgimento da hipotermia e outras lesões ocupacionais causadas pelo frio é a exposição ao vento e à umidade. Baixas temperaturas podem provocar: - feridas; - rachaduras e necrose na pele; - enregelamento: ficar congelado; - agravamento de doenças reumáticas; - predisposição para acidentes; - predisposição para doenças das vias respiratórias RUÍDO 23 Ruído de impacto Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo. Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo. Em caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora com circuito de resposta para impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação "C". Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB(C). As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, a níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB(LINEAR), medidos no circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no circuito de resposta rápida (FAST), oferecerão risco grave e iminente. Ruído Continuou ou intermitente LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 24 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de Limites de Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto. Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados no Quadro deste anexo. (115.003-0/ I4) Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a máxima exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado. Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos. Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, de forma que, se a soma das seguintes frações: C1 + C2 + C3 ____________________ + Cn T1 T2 T3 Tn exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância.25 Na equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico, e Tn indica a máxima exposição diária permissível a este nível, segundo o Quadro deste Anexo. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente. Medidas de controle Medidas de proteção coletiva: enclausuramento da máquina produtora de ruído; isolamento de ruído. Medida de proteção individual: fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI) (no caso, protetor auricular). O EPI deve ser fornecido na impossibilidade de eliminar o ruído ou como medida complementar. Medidas médicas: exames audiométricos periódicos, afastamento do local de trabalho, revezamento. Medidas educacionais: orientação para o uso correto do EPI, campanha de conscientização. Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso do EPI: controlar seu uso. Danos à Saúde O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando: 1. fadiga nervosa; 2. alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar ideias; 3. hipertensão; 4. modificação do ritmo cardíaco; 5. modificação do calibre dos vasos sanguíneos; 6. modificação do ritmo respiratório; 7. perturbações gastrointestinais; 26 8. diminuição da visão noturna; 9. dificuldade na percepção de cores. 10. Além destas consequências, o ruído atinge também o aparelho auditivo causando a perda temporária ou definitiva da audição. RADIAÇÃO São formas de energia que se transmite por ondas eletromagnéticas. A absorção das radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões. Podem ser classificadas em dois grupos: Radiações ionizantes – Tem a capacidade de formar íons. Os operadores de raios-X e radioterapia estão frequentemente expostos a esse tipo de radiação, que pode afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes das pessoas expostas. Radiações não ionizantes -Não possou capaciade de formar íons. São radiações não ionizantes a radiação infravermelha, proveniente de operação em fornos, ou de solda oxiacetilênica, radiação ultravioleta como a gerada por operações em solda elétrica, ou ainda raios laser, microondas, etc. Ionizante Nas atividades ou operações onde trabalhadores possam ser expostos a radiações ionizantes, os limites de tolerância, os princípios, as obrigações e controles básicos para a proteção do homem e do seu meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos causados pela radiação ionizante, são os constantes da Norma CNEN-NN-3.01. Não Ionizante Para os efeitos desta norma, são radiações não ionizantes as micro-ondas, ultravioletas e laser. As operações ou atividades que exponham os trabalhadores às radiações não ionizantes, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres, em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho. 27 As atividades ou operações que exponham os trabalhadores às radiações da luz negra (ultravioleta na faixa - 400- 320 nanômetros) não serão consideradas insalubres. Medidas de controle Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (ex: biombo protetor para operação em solda), enclausuramento da fonte de radiação (ex: pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raio-x). Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex: avental, luva, perneira e mangote de raspa para soldador , óculos para operadores de forno). Medida administrativa: (ex: dosímetro de bolso para técnicos de raio-x). Medida médica: exames periódicos. Danos à Saúde Seus efeitos são perturbações visuais (conjuntivites, cataratas), queimaduras, lesões na pele, e câncer. Vibração A vibração consiste em qualquer movimento que o corpo executa em torno de um ponto fixo, podendo ser regular ou irregular, transmitida por intermédio das partes do corpo que entram em contato direto com a fonte, geralmente as nádegas, as mãos, os braços e os pés. É definida por três variáveis: frequência, medida em hertz (Hz); intensidade do deslocamento, medida em cm ou mm ou aceleração máxima sofrida pelo corpo, medida em g (1g = 9,81 m x s-2); e direção, composta por três eixos ortogonais: x (das costas para frente), y (da direita para esquerda) e z (dos pés para a cabeça). 28 A vibração pode ser transmitida ao corpo inteiro ou a partes dele. A vibração de corpo inteiro (corpo total) é aquela transmitida inteiramente ao corpo do trabalhador, ocorrendo a partir dos pés (posição em pé) ou do assento (posição sentada), muito comum no trabalho realizado em plataformas, máquinas, tratores e veículos, com frequência variando de 0,5 a 80 Hz. Já a vibração de partes do corpo (manubraquiais) é aquela transmitida diretamente às mãos e braços do trabalhador por máquinas manuais vibrantes, como britadeiras, furadeiras de impacto etc., com frequência variando de 5 a 1.000 Hz. O anexo 8 da NR 15 estabelece critérios para caracterização da condição de trabalho insalubre decorrente da exposição às Vibrações de Mãos e Braços (VMB) e Vibrações de Corpo Inteiro (VCI).Os procedimentos técnicos para a avaliação quantitativa das VCI e VMB são os estabelecidos nas Normas de Higiene Ocupacional da fundacentro. Caracterização e Classificação Da Insalubridade Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado o limite de exposição ocupacional diária a VMB correspondente a um valor de aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 5 m/s. Caracteriza-se a condição insalubre caso sejam superados quaisquer dos limites de exposição ocupacional diária a VCI: a) valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 1,1 m/s2; b) valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/s1,75. Para fins de caracterização da condição insalubre, o empregador deve comprovar a avaliação dos dois parâmetros acima descritos. As situações de exposição a VMB e VCI superiores aos limites de exposição ocupacional são caracterizadas como insalubres em grau médio. A avaliação quantitativa deve ser representativa da exposição, abrangendo aspectos organizacionais e ambientais que envolvam o trabalhador no exercício de suas funções. A caracterização da exposição deve ser objeto de laudo técnico que contemple, no mínimo, os seguintes itens: 29 a) Objetivo e datas em que foram desenvolvidos os procedimentos; b) Descrição e resultado da avaliação preliminar da exposição, realizada de acordo com o item 3 do Anexo 1 da NR-9 do MTE; c) Metodologia e critérios empregados, inclusas a caracterização da exposição e representatividade da amostragem; d) Instrumentais utilizados, bem como o registro dos certificados de calibração; e) Dados obtidos e respectiva interpretação; f) Circunstâncias específicas que envolveram a avaliação; g) Descrição das medidas preventivas e corretivas eventualmente existentes e indicação das necessárias, bem como a comprovação de sua eficácia; h) Conclusão. Medidas de Controle 1. Utilização de EPI 2. Diminuição do tempo de exposição 3. Manutenção dos equipamentos 4. Escolha de equipamentos que tenham menor índice de vibração 5. Utilização de amortecedores de vibração nos equipamentos 6. Treinamento sob a utilização correta dos dispositivos técnicos Danos à saúde 1. Síndrome do dedo branco 2. Problemas circulatórios 3. Dores de cabeça 4. Dores no corpo 5. Sensação de dormência 6. Perda de concentração 7. Confusão mental 30 TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS Trabalhos sob ar comprimido são os efetuados em ambientes onde o trabalhador é obrigado a suportar pressões maiores que a atmosférica e onde se exige cuidadosa descompressão, de acordo com as tabelas anexas ao anexo 6 da NR 15. O trabalhador nãopoderá sofrer mais que uma compressão num período de 24 (vinte e quatro) horas. Durante o transcorrer dos trabalhos sob ar comprimido, nenhuma pessoa poderá ser exposta à pressão superior a 3,4 kgf/cm2, exceto em caso de emergência ou durante tratamento em câmara de recompressão, sob supervisão direta do médico responsável. A duração do período de trabalho sob ar comprimido não poderá ser superior a 8 (oito) horas, em pressões de trabalho de 0 a 1,0 kgf/cm2; a 6 (seis) horas em pressões de trabalho de 1,1 a 2,5 kgf/cm2; e a 4 (quatro) horas, em pressão de trabalho de 2,6 a 3,4 kgf/cm2. 1.3.5 Após a descompressão, os trabalhadores serão obrigados a permanecer, no mínimo, por 2 (duas) horas, no canteiro de obra, cumprindo um período de observação médica. O local adequado para o cumprimento do período de observação deverá ser designado pelo médico responsável. Para trabalhos sob ar comprimido, os empregados deverão satisfazer os seguintes requisitos: a) ter mais de 18 (dezoito) e menos de 45 (quarenta e cinco) anos de idade; b) ser submetido a exame médico obrigatório, pré-admissional e periódico, exigido pelas características e peculiaridades próprias do trabalho; c) ser portador de placa de identificação, de acordo com o modelo anexo (Quadro I), fornecida no ato da admissão, após a realização do exame médico. Antes da jornada de trabalho, os trabalhadores deverão ser inspecionados pelo médico, não sendo permitida a entrada em serviço daqueles que apresentem sinais de afecções das vias respiratórias ou outras moléstias. 31 É vedado o trabalho àqueles que se apresentem alcoolizados ou com sinais de ingestão de bebidas alcoólicas. É proibido ingerir bebidas gasosas e fumar dentro dos tubulões e túneis. Junto ao local de trabalho, deverão existir instalações apropriadas à Assistência Médica, à recuperação, à alimentação e à higiene individual dos trabalhadores sob ar comprimido. Todo empregado que vá exercer trabalho sob ar comprimido deverá ser orientado quanto aos riscos decorrentes da atividade e às precauções que deverão ser tomadas, mediante educação audiovisual. Todo empregado sem prévia experiência em trabalhos sob ar comprimido deverá ficar sob supervisão de pessoa competente, e sua compressão não poderá ser feita se não for acompanhado, na campânula, por pessoa hábil para instruílo quanto ao comportamento adequado durante a compressão. As turmas de trabalho deverão estar sob a responsabilidade de um encarregado de ar comprimido, cuja principal tarefa será a de supervisionar e dirigir as operações. Para efeito de remuneração, deverão ser computados na jornada de trabalho o período de trabalho, o tempo de compressão, descompressão e o período de observação médica. Em relação à supervisão médica para o trabalho sob ar comprimido, deverão ser observadas as seguintes condições: a) sempre que houver trabalho sob ar comprimido, deverá ser providenciada a assistência por médico qualificado, bem como local apropriado para atendimento médico; b) todo empregado que trabalhe sob ar comprimido deverá ter uma ficha médica, onde deverão ser registrados os dados relativos aos exames realizados; c) nenhum empregado poderá trabalhar sob ar comprimido, antes de ser examinado por médico qualificado, que atestará, na ficha individual, estar essa pessoa apta para o trabalho; 32 d) o candidato considerado inapto não poderá exercer a função, enquanto permanecer sua inaptidão para esse trabalho; e) o atestado de aptidão terá validade por 6 (seis) meses; f) em caso de ausência ao trabalho por mais de 10 (dez) dias ou afastamento por doença, o empregado, ao retornar, deverá ser submetido a novo exame médico. Exigências para Operações nas Campânulas ou Eclusas Deverá estar presente no local, pelo menos, uma pessoa treinada nesse tipo de trabalho e com autoridade para exigir o cumprimento, por parte dos empregados, de todas as medidas de segurança preconizadas neste item. As manobras de compressão e descompressão deverão ser executadas através de dispositivos localizados no exterior da campânula ou eclusa, pelo operador das mesmas. Tais dispositivos deverão existir também internamente, porém serão utilizados somente em emergências. No início de cada jornada de trabalho, os dispositivos de controle deverão ser aferidos. O operador da campânula ou eclusa anotará, em registro adequado (Quadro II) do anexo 6 da NR 15 e para cada pessoa o seguinte: a) hora exata da entrada e saída da campânula ou eclusa; b) pressão do trabalho; c) hora exata do início e do término de descompressão. A compressão dos trabalhadores deverá obedecer às seguintes regras: a) no primeiro minuto, após o início da compressão, a pressão não poderá ter incremento maior que 0,3 kgf/cm2; 33 b) atingido o valor 0,3 kgf/cm2, a pressão somente poderá ser aumentada após decorrido intervalo de tempo que permita ao encarregado da turma observar se todas as pessoas na campânula estão em boas condições; c) decorrido o período de observação, recomendado na alínea "b", o aumento da pressão deverá ser feito a uma velocidade não-superior a 0,7 kgf/cm2, por minuto, para que nenhum trabalhador seja acometido de mal-estar; d) se algum dos trabalhadores se queixar de mal-estar, dores no ouvido ou na cabeça, a compressão deverá ser imediatamente interrompida e o encarregado reduzirá gradualmente a pressão da campânula até que o trabalhador se recupere e, não ocorrendo a recuperação, a descompressão continuará até a pressão atmosférica, retirando-se, então, a pessoa e encaminhado-a ao serviço médico. Na descompressão de trabalhadores expostos à pressão de 0,0 a 3,4 kgf/cm2, serão obedecidas as tabelas anexas (Quadro III) do anexo 6 da NR 15 de acordo com as seguintes regras: a) sempre que duas ou mais pessoas estiverem sendo descomprimidas na mesma campânula ou eclusa e seus períodos de trabalho ou pressão de trabalho não forem coincidentes, a descompressão processar-se-á de acordo com o maior período ou maior pressão de trabalho experimentada pelos trabalhadores envolvidos; b) a pressão será reduzida a uma velocidade não superior a 0,4 kgf/cm2 , por minuto, até o primeiro estágio de descompressão, de acordo com as tabelas anexas; a campânula ou eclusa deve ser mantida naquela pressão, pelo tempo indicado em minutos, e depois diminuída a pressão à mesma velocidade anterior, até o próximo estágio e assim por diante; para cada 5 (cinco) minutos de parada, a campânula deverá ser ventilada à razão de 1 (um) minuto. Medidas de Controle 1. Treinamento e capacitação constantes 2. Seguir os procedimentos do anexo 6 da NR 15 34 3. Utilização dos equipamentos de segurança Danos à saúde 1. Como o corpo é constituído de muitas cavidades pneumáticas e o sangue é uma solução que se presta para o transporte de gases, sofre muito com as variações de pressão, que alteram o volume dos gases, bem como a solubilidade dos gases no sangue. Essas alterações são regidas pelas leis dos gases. 2. Traumas decorrentes da incapacidade de se equilibrar a pressão no interior das cavidades pneumáticas do organismo com a pressão ambiente em variação. 3. Rompimentos dos alvéolos 4. irritação dos pulmões 5. narcose pelo nitrogênio 6. embriaguez das profundidades AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É CARACTERIZADA POR LIMITE DE TOLERÂNCIA E INSPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO Nas atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam expostos a agentes químicos, a caracterização de insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os limites de tolerância constantes do Quadro 1 do Anexo. 2 da NR 15. Todos os valores fixados no Quadro 1 - Tabela de Limites de Tolerância são válidos para absorção apenas por via respiratória. Todos os valores fixados no Quadro 1 como "Asfixiantes Simples" determinamque nos ambientes de trabalho, em presença destas substâncias, a concentração mínima de oxigênio deverá ser 18 (dezoito) por cento em volume. As situações nas quais a concentração de oxigênio estiver abaixo deste valor serão consideradas de risco grave e iminente. Na coluna "VALOR TETO" estão assinalados os agentes químicos cujos limites de tolerância não podem ser ultrapassados em momento algum da jornada de 35 trabalho. Na coluna "ABSORÇÃO TAMBÉM PELA PELE" estão assinalados os agentes químicos que podem ser absorvidos, por via cutânea, e portanto exigindo na sua manipulação o uso da luvas adequadas, além do EPI necessário à proteção de outras partes do corpo. A avaliação das concentrações dos agentes químicos através de métodos de amostragem instantânea, de leitura direta ou não, deverá ser feita pelo menos em 10 (dez) amostragens, para cada ponto - ao nível respiratório do trabalhador. Entre cada uma das amostragens deverá haver um intervalo de, no mínimo, 20 (vinte) minutos. 7. Cada uma das concentrações obtidas nas referidas amostragens não deverá ultrapassar os valores obtidos na equação que segue, sob pena de ser considerada situação de risco grave e iminente. Valor máximo = L.T. x F. D. Onde: L.T. = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro n.° 1. F.D. = fator de desvio, segundo definido no Quadro n.° 2 do anexo 2 da NR 15. O limite de tolerância será considerado excedido quando a média aritmética das concentrações ultrapassar os valores fixados no Quadro n.° 1. 9. Para os agentes químicos que tenham "VALOR TETO" assinalado no Quadro n.° 1 (Tabela de Limites de Tolerância) considerar-se-á excedido o limite de tolerância, quando qualquer uma das concentrações obtidas nas amostragens ultrapassar os valores fixados no mesmo quadro. Os limites de tolerância fixados no Quadro n.° 1 são válidos para jornadas de trabalho de até 48 (quarenta e oito) horas por semana, inclusive. 10.1 Para jornadas de trabalho que excedam as 48 (quarenta e oito) horas semanais dever-se-á cumprir o disposto no art. 60 da CLT. Medidas de Controle 1. Exames médicos para identificação de contaminantes nos trabalhadores 2. Inspeções constantes nos locais de trabalho para verificar a concentração dos contaminantes 3. Treinamento e capacitação constantes 4. Seguir os procedimentos do anexo 2 da NR 15 36 5. Utilização de EPIs e EPCs 6. Restringir o acesso aos locais contaminados ao mínimo possível 7. Substituir o material contaminante (se possível) Danos à saúde 1. Irritação do sistema respiratório 2. Irritação do sistema gastrointestinal 3. Irritação nos olhos 4. Irritação na pele 5. Alergias 6. Intoxicações em geral LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA POEIRAS MINERAIS ASBESTO Entende-se por "asbesto", também denominado amianto, a forma fibrosa dos silicatos minerais pertencentes aos grupos de rochas metamórficas das serpentinas, isto é, a crisotila (asbesto branco), e dos anfibólios, isto é, a actinolita, a amosita (asbesto marrom), a antofilita, a crocidolita (asbesto azul), a tremolita ou qualquer mistura que contenha um ou vários destes minerais; Cabe ao empregador elaborar normas de procedimento a serem adotadas em situações de emergência, informando os trabalhadores convenientemente, inclusive com treinamento específico. Fica proibido o trabalho de menores de dezoito anos em setores onde possa haver exposição à poeira de asbesto. Será de responsabilidade dos fornecedores de asbesto, assim como dos fabricantes e fornecedores de produtos contendo asbesto, a rotulagem adequada e suficiente, de maneira facilmente compreensível pelos trabalhadores e usuários interessados. A rotulagem deverá conter, conforme modelo Anexo: - a letra minúscula "a" ocupando 40% (quarenta por cento) da área total da etiqueta; - caracteres: 37 "Atenção: contém amianto", "Respirar poeira de amianto é prejudicial à saúde" e "Evite risco: siga as instruções de uso". O empregador deverá realizar a avaliação ambiental de poeira de asbesto nos locais de trabalho, em intervalos não superiores a 6 (seis) meses. MANGANÊS E SEUS COMPOSTOS O limite de tolerância para as operações com manganês e seus compostos referente à extração, tratamento, moagem, transporte do minério, ou ainda a outras operações com exposição a poeiras do manganês ou de seus compostos é de até 5mg/m3 no ar, para jornada de até 8 (oito) horas por dia.. O limite de tolerância para as operações com manganês e seus compostos referente à metalurgia de minerais de manganês, fabricação de compostos de manganês, fabricação de baterias e pilhas secas, fabricação de vidros especiais e cerâmicas, fabricação e uso de eletrodos de solda, fabricação de produtos químicos, tintas e fertilizantes, ou ainda outras operações com exposição a fumos de manganês ou de seus compostos é de até 1mg/m3 no ar, para jornada de até 8 (oito) horas por dia. Sempre que os limites de tolerância forem ultrapassados, as atividades e operações com o manganês e seus compostos serão consideradas como insalubres no grau máximo. SÍLICA LIVRE CRISTALIZADA O limite de tolerância, expresso em milhões de partículas por decímetro cúbico, é dado pela seguinte fórmula: Esta fórmula é válida para amostras tomadas com impactador (impinger) no nível da zona respiratória e contadas pela técnica de campo claro. A percentagem de quartzo é a quantidade determinada através de amostras em suspensão aérea. 38 O limite de tolerância para poeira respirável, expresso em mg/m3 , é dado pela seguinte fórmula: Tanto a concentração como a percentagem do quartzo, para a aplicação deste limite, devem ser determinadas a partir da porção que passa por um seletor com as características do Quadro n.° 1. QUADRO N.º 1 do anexo 12 de NR 15. O limite de tolerância para poeira total (respirável e não - respirável), expresso em mg/m3, é dado pela seguinte fórmula: Sempre será entendido que "Quartzo" significa sílica livre cristalizada. Os limites de tolerância fixados no item 5 são válidos para jornadas de trabalho de até 48 (quarenta e oito) horas por semana, inclusive. Para jornadas de trabalho que excedem a 48 (quarenta e oito) horas semanais, os limites deverão ser deduzidos, sendo estes valores fixados pela autoridade competente. Fica proibido o processo de trabalho de jateamento que utilize areia seca ou úmida como abrasivo. As máquinas e ferramentas utilizadas nos processos de corte e acabamento de rochas ornamentais devem ser dotadas de sistema de 39 umidificação capaz de minimizar ou eliminar a geração de poeira decorrente de seu funcionamento. Medidas de controle O anexo 12 da NR 15 estabelece como medidas de controle: 1. Ventilação adequada, durante os trabalhos, em áreas confinadas 2. Uso de equipamentos de proteção respiratória com filtros mecânicos para áreas contaminadas 3. Uso de equipamentos de proteção respiratórios com linha de ar mandado, para trabalhos, por pequenos períodos, em áreas altamente contaminadas 4. Uso de máscaras autônomas para casos especiais e treinamentos específicos 5. Rotatividade das atividades e turnos de trabalho para os perfuradores e outras atividades penosas 6. Controle da poeira em níveis abaixo dos permitidos. 7. Exames médicos pré-admissionais e periódicos 8. Exames adicionais para as causas de absenteísmo prolongado, doença, acidentes ou outros casos 9. Não-admissão de empregado portador de lesões respiratórias orgânicas, de sistema nervoso central e disfunções sangüíneas para trabalhos em exposição ao manganês 10. Exames periódicos de acordo com os tipos de atividades de cada trabalhador, variando de períodos de 3 (três) a 6 (seis) meses para os trabalhos do subsolo e de 6 (seis) meses a anualmente para os trabalhadores de superfície; - Análises biológicas de sangue11. Afastamento imediato de pessoas com sintomas de intoxicação ou alterações neurológicas ou psicológicas 12. Banho após a jornada de trabalho 13. Troca de roupas de passeio/serviço/passeio 14. Proibição de se tomarem refeições nos locais de trabalho. 40 Danos à saúde 1. Irritação do sistema respiratório 2. Irritação do sistema gastrointestinal 3. Irritação nos olhos 4. Irritação na pele 5. Alergias 6. Intoxicações em geral AGENTES QUÍMICOS São considerados agentes químicos as substâncias, compostos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão Relação das atividades e operações envolvendo agentes químicos, consideradas, insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. Excluam-se esta relação as atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11 da NR 15. ARSÊNICO Insalubridade de grau máximo: Extração e manipulação de arsênico e preparação de seus compostos. Fabricação e preparação de tintas à base de arsênico. Fabricação de produtos parasiticidas, inseticidas e raticidas contendo compostos de arsênico. Pintura a pistola com pigmentos de compostos de arsênico, em recintos limitados ou fechados. Preparação do Secret. Produção de trióxido de arsênico. Insalubridade de grau médio: Bronzeamento em negro e verde com compostos de arsênico. Conservação e peles e plumas; depilação de peles à base de compostos de arsênico. Descoloração de vidros e cristais à base de compostos 41 de arsênico. Emprego de produtos parasiticidas, inseticidas e raticidas à base de compostos de arsênico. Fabricação de cartas de jogar, papéis pintados e flores artificiais à base de compostos de arsênico. Metalurgia de minérios arsenicais (ouro, prata, chumbo, zinco, níquel, antimônio, cobalto e ferro). Operações de galvanotécnica à base de compostos de arsênico. Pintura manual (pincel, rolo e escova) com pigmentos de compostos de arsênico em recintos limitados ou fechados, exceto com pincel capilar. Insalubridade de grau mínimo: Empalhamento de animais à base de compostos de arsênico. Fabricação de tafetá “sire”. Pintura a pistola ou manual com pigmentos de compostos de arsênico ao ar livre. CARVÃO Insalubridade de grau máximo: Trabalho permanente no subsolo em operações de corte, furação e desmonte, de carregamento no local de desmonte, em atividades de manobra, nos pontos de transferência de carga e de viradores. Insalubridade de grau médio: Demais atividades permanentes do subsolo compreendendo serviços, tais como: operações de locomotiva, condutores, engatadores, bombeiros, madeireiros, trilheiros e eletricistas. Insalubridade de grau mínimo: Atividades permanentes de superfícies nas operações a seco, com britadores, peneiras, classificadores, carga e descarga de silos, de transportadores de correia e de teleférreos. CHUMBO Insalubridade de grau máximo: Fabricação de compostos de chumbo, carbonato, arseniato, cromato mínio, litargírio e outros. Fabricação de esmaltes, vernizes, cores, pigmentos, tintas, ungüentos, óleos, pastas, líquidos e pós à base de compostos de chumbo. Fabricação e restauração de acumuladores, pilhas e baterias elétricas contendo compostos de chumbo. Fabricação e emprego de chumbo tetraetila e chumbo tetrametila. Fundição e laminação de chumbo, de zinco velho cobre e latão. Limpeza, raspagem e reparação de tanques de mistura, armazenamento e demais trabalhos com gasolina contendo 42 chumbo tetraetila. Pintura a pistola com pigmentos de compostos de chumbo em recintos limitados ou fechados. Vulcanização de borracha pelo litargírio ou outros compostos de chumbo. Insalubridade de grau médio: Aplicação e emprego de esmaltes, vernizes, cores, pigmentos, tintas, unguentos, óleos, pastas, líquidos e pós à base de compostos de chumbo. Fabricação de porcelana com esmaltes de compostos de chumbo. Pintura e decoração manual (pincel, rolo e escova) com pigmentos de compostos de chumbo (exceto pincel capilar), em recintos limitados ou fechados. Tinturaria e estamparia com pigmentos à base de compostos de chumbo. Insalubridade de grau mínimo: Pintura a pistola ou manual com pigmentos de compostos de chumbo ao ar livre. CROMO Insalubridade de grau máximo: Fabricação de cromatos e bicromatos. Pintura a pistola com pigmentos de compostos de cromo, em recintos limitados ou fechados. Insalubridade de grau médio: Cromagem eletrolítica dos metais. Fabricação de palitos fosfóricos à base de compostos de cromo (preparação da pasta e trabalho nos secadores). Manipulação de cromatos e bicromatos. Pintura manual com pigmentos de compostos de cromo em recintos limitados ou fechados (exceto pincel capilar). Preparação por processos fotomecânicos de clichês para impressão à base de compostos de cromo. Tanagem a cromo. FÓSFORO Insalubridade de grau máximo: Extração e preparação de fósforo branco e seus compostos. Fabricação de defensivos fosforados e organofosforados. Fabricação de projéteis incendiários, explosivos e gases asfixiantes à base de fósforo branco. 43 Insalubridade de grau médio: Emprego de defensivos organofosforados. Fabricação de bronze fosforado. Fabricação de mechas fosforadas para lâmpadas de mineiros. HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS DE CARBONO Insalubridade de grau máximo: Destilação do alcatrão da hulha. Destilação do petróleo. Manipulação de alcatrão, breu, betume, antraceno, óleos minerais, óleo queimado, parafina ou outras substâncias cancerígenas afins. Manipulação do negro de fumo. (Excluído pela Portaria DNSST n.º 9, de 09 de outubro de 1992) Fabricação de fenóis, cresóis, naftóis, nitroderivados, aminoderivados, derivados halogenados e outras substâncias tóxicas derivadas de hidrocarbonetos cíclicos. Pintura a pistola com esmaltes, tintas, vernizes e solventes contendo hidrocarbonetos aromáticos. Insalubridade de grau médio: Emprego de defensivos organoclorados: DDT (diclorodifeniltricloretano) DDD (diclorodifenildicloretano), metoxicloro (dimetoxidifeniltricloretano), BHC (hexacloreto de benzeno) e seus compostos e isômeros. Emprego de defensivos derivados do ácido carbônico. Emprego de aminoderivados de hidrocarbonetos aromáticos (homólogos da anilina). Emprego de cresol, naftaleno e derivados tóxicos. Emprego de isocianatos na formação de poliuretanas (lacas de desmoldagem, lacas de dupla composição, lacas protetoras de madeira e metais, adesivos especiais e outros produtos à base de poliisocianetos e poliuretanas). Emprego de produtos contendo hidrocarbonetos aromáticos como solventes ou em limpeza de peças. Fabricação de artigos de borracha, de produtos para impermeabilização e de tecidos impermeáveis à base de hidrocarbonetos. Fabricação de linóleos, celulóides, lacas, tintas, esmaltes, vernizes, solventes, colas, artefatos de ebonite, gutapercha, chapéus de palha e outros à base de hidrocarbonetos. Limpeza de peças ou motores com óleo diesel aplicado sob pressão (nebulização). Pintura a pincel com esmaltes, tintas e vernizes em solvente contendo hidrocarbonetos aromáticos. 44 MERCÚRIO Insalubridade de grau máximo: Fabricação e manipulação de compostos orgânicos de mercúrio. SILICATOS Insalubridade de grau máximo: Operações que desprendam poeira de silicatos em trabalhos permanentes no subsolo, em minas e túneis (operações de corte, furação, desmonte, carregamentos e outras atividades exercidas no local do desmonte e britagem no subsolo). Operações de extração, trituração e moagem de talco. Fabricação de material refratário, como refratários para fôrmas, chaminés e cadinhos; recuperação de resíduos. SUBSTÂNCIAS CANCERÍGENASPara as substâncias ou processos as seguir relacionados, não deve ser permitida nenhuma exposição ou contato, por qualquer via: - 4 - amino difenil (p- xenilamina); - Produção de Benzidina; - Betanaftilamina; - 4 - nitrodifenil, Entende-se por nenhuma exposição ou contato significa hermetizar o processo ou operação, através dos melhores métodos praticáveis de engenharia, sendo que o trabalhador deve ser protegido adequadamente de modo a não permitir nenhum contato com o carcinogênico. Sempre que os processos ou operações não forem hermetizados, será considerada como situação de risco grave e iminente para o trabalhador. Para o Benzeno, deve ser observado o disposto no anexo 13. OPERAÇÕES DIVERSAS Insalubridade de grau máximo: Operações com cádmio e seus compostos, extração, tratamento, preparação de ligas, fabricação e emprego de seus compostos, solda com cádmio, utilização em fotografia com luz ultravioleta, em fabricação de vidros, como antioxidante, em revestimentos metálicos, e outros produtos. Operações com manganês e seus compostos: extração, tratamento, trituração, transporte de minério; fabricação de compostos de manganês, 45 fabricação de pilhas secas, fabricação de vidros especiais, indústria de cerâmica e ainda outras operações com exposição prolongada à poeira de pirolusita ou de outros compostos de manganês. Operações com as seguintes substâncias: - Éter bis (cloro-metílico) - Benzopireno - Berílio - Cloreto de dimetil-carbamila - 3,3' – dicloro-benzidina - Dióxido de vinil ciclohexano - Epicloridrina - Hexametilfosforamida - 4,4' - metileno bis (2-cloro anilina) - 4,4' - metileno dianilina - Nitrosaminas - Propano sultone - Betapropiolactona - Tálio - Produção de trióxido de amônio ustulação de sulfeto de níquel. Insalubridade de grau médio: Aplicação a pistola de tintas de alumínio. Fabricação de pós de alumínio (trituração e moagem). Fabricação de emetina e pulverização de ipeca. Fabricação e manipulação de ácido oxálico, nítrico sulfúrico, bromídrico, fosfórico, pícrico. Metalização a pistola. Operações com o timbó. Operações com bagaço de cana nas fases de grande exposição à poeira. Operações de galvanoplastia: douração, prateação, niquelagem, cromagem, zincagem, cobreagem, anodização de alumínio. Telegrafia e radiotelegrafia, manipulação em aparelhos do tipo Morse e recepção de sinais em fones. Trabalhos com escórias de Thomás: remoção, trituração, moagem e acondicionamento. Trabalho de retirada, raspagem a seco e queima de pinturas. Trabalhos na extração de sal (salinas). Fabricação e manuseio de álcalis cáusticos. Trabalho em convés de navios. (Revogado pela Portaria SSMT n.º 12, de 06 de junho de 1983) Insalubridade de grau mínimo: Fabricação e transporte de cal e cimento nas fases de grande exposição a poeiras. Trabalhos de carregamento, descarregamento ou remoção de enxofre ou sulfitos em geral, em sacos ou a granel. Medidas de Controle 1. Exames médicos para identificação de contaminantes nos trabalhadores 2. Inspeções constantes nos locais de trabalho para verificar a concentração dos contaminantes 3. Treinamento e capacitação constantes 4. Seguir os procedimentos do anexo 9 da NR 15 46 5. Utilização de EPIs e EPCs 6. Restringir o acesso aos locais contaminados ao mínimo possível 7. Substituir o material contaminante (se possível) Danos à saúde 1. Irritação do sistema respiratório 2. Irritação do sistema gastrointestinal 3. Irritação nos olhos 4. Irritação na pele 5. Alergias 6. Intoxicações em geral conforme a natureza do contaminante. AGENTES BIOLÓGICOS São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e bacilos. Os riscos biológicos ocorrem por meio de microrganismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios, etc. Há uma classificação dos agentes patogênicos selvagens que leva em consideração os riscos para o manipulador, para a comunidade e para o meio ambiente. Esses riscos são avaliados em função do poder patogênico do agente infeccioso, da sua resistência no meio ambiente, do modo de contaminação, da importância da contaminação (dose), do estado de imunidade do manipulador e da possibilidade de tratamento preventivo e curativo eficazes. As classificações existentes (OMS, CEE, CDC-NIH) são bastante similares, dividindo os agentes em quatro classes: Classe 1 - onde se classificam os agentes que não apresentam riscos para o manipulador, nem para a comunidade (ex.: E. coli, B. subtilis); 47 Classes 2 - apresentam risco moderado para o manipulador e fraco para a comunidade e há sempre um tratamento preventivo (ex.: bactérias - Clostridium tetani, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus; vírus - EBV, herpes; fungos - Candida albicans; parasitas - Plasmodium, Schistosoma); Classe 3 - são os agentes que apresentam risco grave para o manipulador e moderado para a comunidade, sendo que as lesões ou sinais clínicos são graves e nem sempre há tratamento (ex.: bactérias - Bacillus anthracis, Brucella, Chlamydia psittaci, Mycobacterium tuberculosis; vírus - hepatites B e C, HTLV 1 e 2, HIV, febre amarela, dengue; fungos - Blastomyces dermatiolis, Histoplasma; parasitos - Echinococcus, Leishmania, Toxoplasma gondii, Trypanosoma cruzi); Classe 4 - os agentes desta classe apresentam risco grave para o manipulador e para a comunidade, não existe tratamento e os riscos em caso de propagação são bastante graves (ex.: vírus de febres hemorrágicas). Relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é caracterizada pela avaliação qualitativa. Insalubridade de grau máximo: Trabalho ou operações, em contato permanente com: - pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente esterilizados; - carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose); - esgotos (galerias e tanques); e - lixo urbano (coleta e industrialização). Insalubridade de grau médio: Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infecto-contagiante, em: - hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados); - hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos 48 destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal que tenha contato com tais animais); - contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos; - laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-só ao pessoal técnico); - gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somente ao pessoal técnico); - cemitérios (exumação de corpos); - estábulos e cavalariças; e - resíduos de animais deteriorados. Medidas de Controle 1. Conhecimento da Legislação Brasileira de Biossegurança, especialmente das Normas de Biossegurança emitidas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança; 2. O conhecimento dos riscos pelo manipulador; 3. A formação e informação das pessoas envolvidas, principalmente no que se refere à maneira como essa contaminação pode ocorrer, o que implica no conhecimento amplo do microrganismo ou vetor com o qual se trabalha; 4. O respeito das Regras Gerais de Segurança e ainda a realização das medidas de proteção individual; 5. Uso do avental, luvas descartáveis
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