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Apostila Higiene do Trabalho

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Núcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Gildenor Silva Fonseca
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atua-
ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! .
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professor: Cristiano Alcantara Lima
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
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Esta unidade estudará o tema Higiene do Trabalho, correlacio-
nando os riscos com as formas de se controlar, avaliar, reconhecer e atuar 
com vistas ao bem-estar do trabalhador. Apresenta os conceitos principais 
dos tipos de riscos ambientais, tais como os físicos, químicos, biológicos, 
as doenças com estes relacionadas, e as medidas de controle para miti-
gar ou eliminar por completo a presença de trabalhadores nestes tipos de 
ambientes. Especificamente, foram enfocados os temas que permeiam o 
assunto Higiene Ocupacional, estudando também o transporte, manuseio 
e armazenamento dos produtos ou substâncias agressivas, a insalubrida-
de e periculosidade, a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual 
(EPI), e os programas de saúde do trabalhador, para que os problemas 
inerentes aos riscos não venham a ocasionar altos índices de acidentes do 
trabalho, de doenças ocupacionais e de falta de produtividade, em decor-
rência do absenteísmo e da perda de aptidão para o trabalho.
Higiene Ocupacional; Riscos Ambientais; Fiscalização; Agentes Físicos; 
Agentes Biológicos; Insalubridade; Periculosidade.
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 CAPÍTULO 01
HIGIENE OCUPACIONAL X RISCOS – ABORDAGEM HISTÓRICO-
CONCEITUAL E OS RISCOS DO AMBIENTE DE TRABALHO
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
12Conceito de Higiene Ocupacional - Estudando os Objetivos ____
Histórico no Mundo ____________________________________________
Histórico no Brasil ______________________________________________
Entendendo melhor as Organizações no Brasil __________________
Etapas da Higiene Ocupacional diante dos Riscos Ambientais ___
Riscos Químicos _______________________________________________
Riscos Físicos __________________________________________________
Riscos Biológicos ______________________________________________
Recapitulando _________________________________________________
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 CAPÍTULO 02
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
Atividades e Operações Insalubres ______________________________
Atividades e Operações Perigosas ______________________________
Recapitulando _________________________________________________
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Quando usar o EPI? ____________________________________________
Critérios para o uso de EPI _____________________________________
Correlação entre o EPC e EPI ___________________________________
Programas de Saúde do Trabalhador ___________________________
Programa de Conservação Auditiva – PCA ______________________
Programa de Proteção Respiratória – PPR ______________________
Programa de Proteção de Riscos Ambientais – PPRA ___________
Recapitulando ________________________________________________
Considerações Finais __________________________________________
Fechando a Unidade __________________________________________
Referências ___________________________________________________
Tipos consagrados de EPIs _____________________________________
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 CAPÍTULO 03
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E OS 
PROGRAMAS DE SAÚDE DO TRABALHADOR
EPI – Equipamento de Proteção Individual ______________________ 62
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Iniciemos nosso estudo acerca do tema Higiene do Trabalho 
com os conceitos fundamentais, indispensáveis à formulação integral 
do entendimento desta que é uma das mais importantes áreas da Se-
gurança do Trabalho.
O que significa a palavra Higiene? O termo Higiene é originário 
da palavra grega Hygeia. Na mitologia grega é considerada a Deusa da 
Saúde.
Isto posto, o que vem a ser Higiene Ocupacional?
É a ciência e a arte voltadas para a antecipação, reconhecimento, avaliação 
e controle dos fatores de risco originados nos postos laborais e que podem 
prejudicar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, também tendo em vista 
o possível impacto nas comunidades vizinhas e no meio ambiente em geral. 
(ACGIH - AmericanConference of Governmental Industrial Hygienists, EUA, 
1973)
Por que algumas pessoas intitulam de Higiene Industrial? Ape-
sar de estar associado a outras áreas da saúde (higiene dental, higiene 
sanitária, dentre outras), o termo higiene tem sido popularizado desde a 
década de 70 no campo da Higiene Ocupacional após a publicação do 
“Occupational Safetyand Health Act” de 1970, pela OSHA, EUA.
Já o termo industrial foi adicionado devido à preocupação dos pro-
fissionais da época em proteger a saúde dos trabalhadores da indústria.
Além do estudo sob o ponto de vista da evolução da Higie-
ne Ocupacional, estudaremos outros desdobramentos conceituais que 
permeiam o tema principal, tais como:
Os riscos x higiene do trabalho: como se associam os vários tipos 
de riscos com as avaliações e controles por meio da Higiene Ocupacional;
Estudaremos os tipos de riscos que se apresentam no ambiente 
laboral, tais como: riscos físicos, químicos, biológicos, mecânicos ou de 
acidentes, além do transporte e manuseio de substâncias agressivas.
Os temas periculosidade e insalubridade também serão as-
sociados à matéria Higiene Ocupacional, uma vez que o conjunto de 
situações onde se forma um cenário dotado de um ou mais elementos 
ora citados, propicia os ambientes insalubres e/ou perigosos, e através 
dos métodos de controle, da utilização adequada dos Equipamentos 
de Proteção Individual (EPI), e da aplicação eficaz dos programas de 
saúde do trabalhador, esta situação pode ser resolvida ou, pelo menos, 
minimizada.
Por fim, faz-se necessário estudar a eficácia destes diversos 
programas que são as ferramentas de registro e controle para a inspe-
ção e a fiscalização do trabalho.
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CONCEITO DE HIGIENE OCUPACIONAL - ESTUDANDO OS OBJE-
TIVOS
O estudo do conceito de Higiene Ocupacional, ou do Trabalho, 
pode ser feito através do conhecimento dos seus objetivos. Conforme 
estabelece a Organização Mundial de Saúde, a OMS, são objetivos da 
Higiene Ocupacional:
- Determinar e combater, no ambiente de trabalho, todos os riscos químicos, 
físicos, biológicos e psicossociais de reconhecida e presumida nocividade; 
- Conseguir que o esforço físico e mental, exigido de cada trabalhador para 
o exercício do trabalho, esteja adaptado às suas necessidades e limitações 
técnicas, anatômicas, fisiológicas e psicológicas;
- Adotar medidas eficazes para proteger as pessoas que sejam especialmen-
te vulneráveis às condições prejudiciais do ambiente de trabalho e reforçar 
sua capacidade de resistência;
HIGIENTE OCUPACIONAL x RISCOS
ABORDAGEM HISTÓRICO-CONCEITUAL E 
OS RISCOS DO AMBIENTE DE TRABALHO
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- Descobrir e corrigir as condições de trabalho que possam deteriorar a saúde 
dos trabalhadores, de modo a garantir que os índices de mortes ocasionadas 
pelo exercício do trabalho não sejam superiores a do conjunto de população;
- Orientar a administração das empresas e os trabalhadores no cumprimento 
de suas responsabilidades com a proteção e a promoção da saúde;
- Aplicar nas empresas programas de ação sanitária que englobem todos 
os aspectos de saúde, o que ajudará o serviço público de saúde a elevar os 
padrões mínimos de saúde e coletividade.
HISTÓRICO NO MUNDO
Desde a civilização greco-romana o homem já se preocupava 
com a Segurança e Higiene Ocupacional. Como exemplo, temos traba-
lhos na Grécia antiga, como os de Aristóteles, que estudou as afecções 
dos mineiros e como preveni-las. 
Hipócrates também identificou a origem das doenças relacio-
nadas com os trabalhos em minas de estanho. E o próprio nome de 
Higiene deriva da deusa grega da saúde, Hygeia.
No século XVI, temos Paracelso realizando estudos das doen-
ças dos mineiros na região de Tyrol. Naquela época, a Higiene Industrial 
parecia ser ainda algo muito mística. As observações publicadas por 
Paracelso são baseadas em dez anos de trabalhos das minas do Tyrol. 
O livro cita algumas conclusões errôneas, como por exemplo, atribui ao 
vapor de mercúrio, ácido sulfúrico e sal as doenças de pulmão identifi-
cadas nos mineradores.
Em meados de 1700, Bernardo Ramazzini, um médico italiano 
considerado como o pai da medicina do trabalho, escreveu no seu livro, 
“De Morbis Artificum Diatriba” (as enfermidades dos trabalhadores) so-
bre a silicose, usando termos patológicos, como observado nas autóp-
sias de mineiros. Infelizmente, os cuidados e a vigilância descritos para 
esses riscos foram ignorados por séculos. Todavia, este livro teve um 
efeito pródigo no futuro da Higiene. Ramazzini acreditava que o meio 
onde o trabalhador exercia a sua atividade afetava diretamente a saúde, 
e perguntava a seus pacientes:” Em que você trabalha?”
No século XX, em 1910, a Dra. Alice Hamilton, uma americana 
e médica clínica, não só evidenciou a relação entre a doença e a expo-
sição de trabalhadores, mas também propôs soluções para os proble-
mas. Este foi o início do surgimento da Medicina Ocupacional.
Entre 1908 e 1948, os governos Federal e Estaduais nos EUA 
estabeleceram as legislações relativas às indenizações a trabalhado-
res, e isso influenciou o desenvolvimento da Higiene Industrial nos Esta-
dos Unidos. Os administradores começaram a reconhecer que controlar 
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o meio ambiente custava muito menos do que pagar altas somas indeni-
zatórias. Assim, foram criadas nos EUA as mais importantes instituições 
ligadas ao tema, tais como:
- AIHA - American Industrial Hygiene Association, em 1939;
- ACGIH- American Conference of Governmental Industrial Hy-
gienists, em 1938
- OSHA - Occupational Safety and Health Administration, em 
1970;
- NIOSH - National Institute for Occupational Safety and Health, 
1970
HISTÓRICO NO BRASIL
Por meio da Norma Regulamentadora 15, Atividades e Opera-
ções Insalubres (NR 15) e seus anexos da Portaria 3214/78, passou-se 
a fixar os limites de tolerâncias para os agentes químicos e físicos. Não 
se têm, de maneira consistente, registros da História da Higiene Ocu-
pacional no Brasil.
Muitos dos padrões estabelecidos nesta norma são os mes-
mos da época da sua elaboração, que utilizou como base os padrões 
estabelecidos pela ACGIH. No decorrer desses anos foram revisados 
alguns conceitos e critérios e introduzidas algumas modificações por 
meio de Portarias.
ENTENDENDO MELHOR AS ORGANIZAÇÕES NO BRASIL
ABHO – Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais é 
uma associação civil constituída com a finalidade do desenvolvimen-
to de estudos e ações relativas à Higiene Ocupacional, e para fins de 
interesses individuais ou coletivos dos higienistas ocupacionais, tendo 
como princípio fundamental a autonomia, a liberdade de associação e 
de solidariedade profissional. Promove Seminários em diversos esta-
dos, com o objetivo de difundir conhecimentos aos higienistas e outros 
profissionais da área de segurança e saúde. 
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ETAPAS DA HIGIENE OCUPACIONAL DIANTE DOS RISCOS AM-
BIENTAIS
Quais são as principais etapas da Higiene Ocupacional? Res-
ponder a esta questão abre os precedentes para se entender a relação 
Higiene x Riscos. Através de tais etapas é que se faz possível controlar 
os riscos que provocam as doenças, prejuízos à saúde do trabalhador 
de toda a monta, além de ineficiência de produtividade, acarretando 
em desdobramentos de ineficácia produtiva de vários tipos. As etapas 
consistem em:
- Antecipação
- Reconhecimento
- Avaliação
- Controle
Antecipação
O termo antecipação significa a necessidade real de buscar-
mos sempre identificar os potenciais de riscos e perigos à saúde, antes 
que um determinado processo industrial seja implementado ou modifi-
cado, ou que novos agentes geradores de riscos sejam introduzidosno 
ambiente de trabalho.
A antecipação dos riscos pode ser feita, principalmente, pela 
implantação de projetos de modificações e/ou novas instalações, cuja 
aprovação está subordinada à análise prévia dos riscos do projeto, atra-
vés de uma avaliação técnica. Esta avaliação, sob o panorama técnico, 
pode ser feita através de ferramentas como Análise de Risco, HAZOP 
(análise de riscos e operabilidade), FMEA (Análise de Modos de Falha 
e Efeitos) e APP (Análise Preliminar de Perigo). 
No quesito Antecipação, existem os formulários de antecipa-
ção que compreendem técnicas de análise de risco, que são por exem-
plo, HAZOP, ART (Análise de Risco da Tarefa), PT/PET (Permissão de 
Trabalho/Permissão de Entrada para Trabalho em espaço confinado).
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Muitas das vezes, esta etapa compreende em investimentos, 
tais como aquisição de novos equipamentos e/ou materiais (inclusive 
substâncias químicas). Entretanto, no processo de aquisição é pré-re-
quisito a análise prévia do item relacionado aos aspectos e impactos 
de segurança e saúde ocupacional incrementados ao sistema/unidade. 
A aquisição não deverá ser concretizada em casos de não garantia do 
pleno gerenciamento e controle dos riscos oriundos da implantação e 
manuseio destes.
A antecipação dos riscos também exerce influência nas insta-
lações atuais das empresas, e são controladas através da implemen-
tação dos planos de manutenção preventiva, bem como da definição e 
controle dos equipamentos e sistemas críticos, sob o ponto de vista de 
segurança e saúde ocupacional.
Outro panorama abordado pela antecipação é no âmbito dos 
processos de trabalho, pois, estes são controlados sobre o ponto de 
vista de segurança e saúde ocupacional, através dos processos e fer-
ramentas de identificação dos perigos e riscos, tais como, a Permissão 
para Trabalho.
A antecipação dos riscos possui ligação relevante com a im-
plantação de projetos de modificações e/ou novas instalações; a aqui-
sição de novos equipamentos e/ou materiais; as instalações atuais das 
empresas e as ferramentas de identificação dos perigos e riscos.
Reconhecimento
O termo reconhecimento refere-se a toda análise e observação 
do ambiente do trabalho, a fim de identificarmos os agentes existentes, 
os potenciais de risco a eles associados e qual prioridade de avaliação 
ou controle existe nesse ambiente de trabalho.
Avaliação
O termo avaliação designa, principalmente, as medições e mo-
nitorações que serão conduzidas no ambiente de trabalho.
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Controle
Pode-se definir controle como a associação à eliminação ou 
minimização dos potenciais de exposição, antecipados, reconhecidos e 
avaliados, no ambiente laboral considerado.
RISCOS QUÍMICOS
Nenhum produto é tão perigoso que não possa ser manipula-
do. É prudente que se comece a estudar os riscos químicos com esta 
afirmativa, pois, ela traz uma reflexão importante. Isto denota que, para 
que esta manipulação se faça de maneira segura e, praticamente, com 
o perigo mitigado por completo, surge a necessidade de entender que 
nenhum produto pode ser manipulado, sem que se conheça os riscos 
que ele pode causar.
Para tratar dos riscos químicos, devem-se definir os agen-
tes químicos. São substâncias compostas que possam penetrar no 
organismo por via respiratória, ou que, pela natureza da atividade, pos-
sam ser absorvidas pelo organismo, através da pele ou por ingestão. 
Podem estar presentes em um local de trabalho e entrar em contato 
com o organismo do trabalhador, agindo de forma localizada ou gene-
ralizada (quando distribuídos a diferentes órgãos e tecidos). Podem ser 
encontrados nos estados gasosos, líquidos ou sólidos.
Os agentes químicos são classificados, de maneira geral, 
como gases vapores e aerodispersóides (poeiras, fumos, fumaças e 
neblinas).
Em relação às vias de penetração, os agentes químicos pos-
suem três vias básicas de penetração no corpo humano:
- Via respiratória: as substâncias penetram pelo nariz e pela 
boca, afetando as vias aéreas superiores e chegando aos pulmões. 
Por meio da circulação sanguínea, podem seguir para outros órgãos, 
onde manifestarão efeitos tóxicos conhecidos como a asma, bronquites, 
pneumoconiose (alterações no tecido dos pulmões provocada pela pre-
sença de poeiras ou partículas sólidas no aparelho respiratório).
- Via digestiva: a contaminação do organismo ocorre pela in-
gestão acidental ou não de substâncias nocivas, presentes em alimen-
tos contaminados ou deteriorados, ou em contato com a saliva. Hábitos 
inadequados como alimentar-se ou ingerir líquidos no local de trabalho, 
umedecer ou limpar os lábios com a língua, usar as mãos para beber 
água e não ter higiene contribuem para a ingestão de substâncias noci-
vas. Conforme o tipo de produto ingerido, podem ocorrer:
- queimaduras na boca
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- queimaduras no esôfago e estômago
- intoxicação aguda
- Via cutânea: as substâncias químicas (a exemplo dos ácidos, 
álcalis e solventes) atingem a pele, podendo ser absorvidas e provocar 
lesões, tais como alterações na circulação e oxigenação do sangue, al-
terações dos glóbulos vermelhos, problemas na medula óssea, anemia, 
acne química dentre outros.
Figura 1 - Agentes de riscos químicos - Diversos tipos de partículas
Fonte: Autor, 2019.
Passemos a estudar os tipos de agentes contaminantes.
Gases
São substâncias que, à temperatura ambiente, estão no estado 
gasoso. Na maioria das vezes, são invisíveis. Os gases e os vapores 
podem alcançar os pulmões diretamente e são levados pela corrente 
sanguínea por todo o corpo, chegando ao cérebro, rins, fígado e outros 
órgãos. 
Tem-se como exemplo o monóxido de carbono dos escapa-
mentos dos carros, hidrogênio, gás carbônico, gás de cozinha, etc.
Vapores
São substâncias que evaporam de um líquido ou de um sólido, 
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da mesma forma que a água transformada em vapor d’água. Geralmen-
te são caracterizados pelos odores. 
São exemplos clássicos os vapores de gasolina, querosene, 
thinner utilizado em pinturas, solventes de tinta, éter, nafta etc.
Grupos dos gases e vapores
- Substâncias que irritam os olhos, as mucosas e vias respi-
ratórias podem causar queimaduras. Temos como exemplo os ácidos 
(ácido sulfúrico) e as bases (soda cáustica);
- Substâncias que deslocam (roubam) oxigênio. Podemos citar 
como exemplos o Hélio, o Neon, o Argônio, o CO, o Nitrogênio e o CO2.
- Substâncias que geram efeito narcótico. Exemplos clássicos 
são os Hidrocarbonetos Alifáticos (octano), os Aromáticos (Benzeno, 
Xileno), os Álcoois (Etanol, Metanol), as Cetonas, dentre outros.
De maneira geral, os gases e vapores são classificados se-
gundo os efeitos que causam ao organismo humano. Eles podem ser 
classificados em 3 grupos: irritantes, anestésicos e asfixiantes.
Aerodispersóides
Definem-se como materiais sólidos produzidos mecanicamen-
te pela ruptura de partículas sólidas maiores. Tem-se como principais 
exemplos a fibra de amianto e poeiras de sílica.
Os aerodispersóides possuem uma característica interessan-
te: quanto menor a partícula, mais tempo ela ficará suspensa no ar, 
aumentando a chance de ser inalada. Neste caso, dá-se a formação de 
poeiras.
No caso dos fumos, estes se formam quando um metal é fundi-
do (aquecido) e vaporizado, se resfriando rapidamente, criando partícu-
las muito finas que ficam suspensas no ar. Nas operações de soldagem 
e dos processos de fundição, ocorre a formação dos fumos.
Quando são originadas pequenas gotículas que ficam suspen-
sas no ar, usualmente criadas por operações com spray, tem-se a for-
mação das névoas. Exemplos clássicos de formação são as névoas 
advindas da aplicação de agrotóxicos e pinturas em spray.
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Outro tipo de aerodispersóides são as neblinas, sendo 
partículas líquidas produzidas por condensação de vapores, tais como 
anidrido sulfúrico e gás sulfúrico. Exemplo: Chaminé de Siderúrgica 
com formação de neblina ácida em volta da mesma.
A fumaça, muitas das vezes, é o aerodispersóide mais conheci-
do pela sua frequência nos processos industriais, sendo partículas pro-
duzidas pela combustão incompleta. Um exemplo de fácil compreensão 
é a fumaça liberada pelos escapamento dos automóveis que contém 
Monóxido de carbono.
Avaliação dos Riscos Químicos
O nível de exposição é conhecido utilizando-se instrumentos 
que medem a concentração dos contaminantes ou do oxigênio no ar. 
Estas medições podem ser realizadas nos ambientes ou nas pessoas, 
dependendo do tipo de contaminante e dos equipamentos disponíveis 
para realizar tal avaliação.
É importante saber os fatores que influenciam a toxicidade dos 
contaminantes. Aspectos como a concentração, índice respiratório (quan-
tidade de ar inalado no trabalho), sensibilidade de cada indivíduo, a toxici-
dade (potencial tóxico) e o tempo de exposição aos contaminantes.
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Figura 2 - Equipamentos de medição de agentes químicos
Fonte: Autor, 2019.
Medidas para controle de riscos químicos
De maneira objetiva, controlar os riscos químicos é, acima de 
tudo, manter a saúde do ambiente de trabalho por meio das seguintes 
medidas:
- Medidas ambientais: envolve a substituição ou alteração do 
processo, a ventilação diluidora de aerodispersóides e a ventilação 
exautora.
- Medidas de controle individuais: são assim categorizadas 
por se tratar de ações aplicadas ao indivíduo, tais como educação e 
treinamento, limitação à exposição, uso dos equipamentos de proteção 
individual e acompanhamento médico.
RISCOS FÍSICOS
Exposição ao calor
Em princípio, nota-se que o calor é um agente físico presente 
em uma série de atividades como a siderurgia, a fundição, a indústria 
do vidro e a indústria têxtil.
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O homem exposto a altas temperaturas tem os rendimentos 
físico e mental diminuídos. É sabido que a exposição não controlada ao 
calor induz a erros de percepção e raciocínio, o que pode desencadear 
acidentes.
Reações do Organismo ao Calor: o organismo humano, no 
sentido de promover um aumento da perda de calor, processa uma sé-
rie de reações fisiológicas buscando o equilíbrio térmico. Estas reações 
são mecanismos de defesa do organismo humano quando submetido 
ao calor intenso. A primeira ação processada pelo organismo implica 
num maior fluxo de sangue na superfície do corpo, com consequente 
aumento da temperatura da pele. Este fluxo de sangue transporta o 
calor do núcleo do corpo para a superfície, onde ocorrem as trocas tér-
micas. É a atividade das glândulas sudoríparas, proporcionalmente ao 
desequilíbrio térmico, onde a quantidade de suor em curtos períodos 
pode atingir até 2 litros por hora.
Valores aceitáveis de IBUTG (ºC)
Para se avaliar com eficácia os limites aceitáveis de exposição 
do trabalhador ao calor, faz-se necessário estudar a Norma Regulamen-
tadora 15 (NR 15), estabelecida por seu Anexo 3. Este anexo apresenta 
conceitos importantes a saber:
A exposição ao calor é avaliada através do Índice de Bulbo 
Úmido Termômetro de Globo (IBUTG), onde se define pelas equações 
que se seguem:
- Para ambientes internos ou externos sem carga solar, o IBU-
TG é:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
- Em se tratando de ambientes externos com carga solar, o 
IBUTG sofre a influência do parâmetro temperatura de bulbo seco, o 
tbs, e fica:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg
Em que,
tbn = temperatura de bulbo úmido natural
tg = temperatura de globo
tbs = temperatura de bulbo seco
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Figura 3 – Exposição ao calor
Fonte: Autor, 2019.
Efeitos adversos à saúde
O calor traz inúmeros efeitos à saúde do trabalhador, que vão 
depender de vários fatores, tais como o tipo de fonte emissora de calor, 
o tempo de exposição, umidade do ar, etc. De maneira prática, os efei-
tos acarretam em:
- desidratação
- internação
- cãibra
- perda eletrolítica
- tontura
- desmaio
- em casos extremos, a morte
Doenças do calor
Estas se definem como sendo distúrbios fisiológicos que ocor-
rem quando os mecanismos de troca térmica não são suficientes para 
remover a troca adequada de calor.
- Exaustão do calor: Decorre de uma insuficiência do suprimen-
to de sangue do córtex cerebral, resultante da dilatação dos vasos san-
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guíneos. Uma baixa pressão sanguínea é o evento crítico resultante.
- Desidratação: Inicialmente reduz o volume do sangue, pro-
movendo a exaustão do calor, podendo chegar à deterioração do orga-
nismo. A desidratação acarretará a ineficiência muscular, redução da 
secreção, acúmulo de ácido nos tecidos, febre e morte, quanto mais 
elevada for a intensidade.
- Cãibras de calor: São os espasmos musculares, seguindo-se 
uma redução do cloreto de sódio no sangue.
- Choque térmico: Quando a temperatura do núcleo do corpo 
põe em risco algum tecido vital.
Medidas de controle relativas ao meio ambiente
As medidas de controle possuem relação intrínseca com o fa-
tor alterado em um determinado ambiente laboral. A partir daí, pode-se 
estabelecer:
- Fator temperatura do ar alterado: como medida adotada, tem-
-se a insuflação de ar fresco no local onde permanecer o trabalhador;
- Fator velocidade do ar alterado: como medida adotada, tem-
-se a maior circulação do ar existente no local de trabalho;
- Fator umidade relativa do ar: como medida adotada, tem-se 
a exaustão do vapor d´água emanados de um determinado processo;
- Fator calor radiante: como medida adotada, tem-se a instala-
ção de barreiras refletoras (alumínio polido e aço inoxidável), barreiras 
absorventes (ferro e aço oxidado) e barreiras contra radiação infraver-
melha;
- Fator calor produzido pelo metabolismo: como medida adota-
da, tem-se a automação do processo.
RISCOS BIOLÓGICOS
As doenças transmissíveis não são só as que mais causam 
morte, apesar de ainda compõem uma expressiva quantidade de víti-
mas fatais. Tais tipos de doenças compõem um caso crítico de saúde 
pública no país e no globo e, desta forma, passa a exigir o uso efetivo 
das ações para controlar de maneira geral, precipuamente falando, e em 
segundo plano, de ordem particular. Dentre as medidas de ordem par-
ticular, pode-se destacar a utilização dos EPR- Equipamentos de Pro-
teção Respiratória, que são recomendados com vistas à mitigação da 
contaminação de diversos transmissores de doenças através das vias 
aéreas. O vírus do sarampo e o Bacilo de Koch são alguns exemplos 
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relevantes. O profissional da área de saúde e segurança, até mesmo 
pelo frequente contato com diversos grupos de pessoas e pela natureza 
de sua atribuição, é bastante suscetível ao contágio destes agentes. Em 
se tratando, por exemplo, da tuberculose, um procedimento adequado 
para controlar a infecção pelo bacilo demanda que se identifique, isole 
e execute o devido cuidado/tratamento dos indivíduos com tuberculose. 
Tais procedimentos requerem a aplicação prática das medidas de con-
trole, que devem mesclar também medidas de caráter administrativo, 
com vistas à redução do risco de exposição a indivíduos portadores de 
tuberculose; a utilização de controles de caráter técnico (na área de en-
genharia de segurança) para mitigar o aumento do contágio, reduzindo 
a concentração das gotículas infectantes e aerossóis, além da utilização 
dos EPRs em áreas, e até mesmo os procedimentos onde exista o risco 
de exposição ao bacilo.
Bastante importante também é o investimento em materiais de 
divulgação de prevençãodas doenças, dos hábitos ligados à higiene e 
ao comportamento em ambientes fechados e nos períodos mais frios.
A exposição aos agentes biológicos dispersos por via aérea é 
a mais relevante no enfoque ao controle dos riscos biológicos, pois, as 
contaminações são, em sua grande maioria, por via aérea. O doente ou 
portador, quando fala, tosse ou espirra, dispersa agentes etiológicos de 
doenças de transmissão aérea. Deste modo, qualquer pessoa pode ser 
exposta a esses agentes quando em contato com o doente ou portador, 
ao entrar em ambientes contaminados, ou ainda ao realizar procedi-
mentos nestas pessoas.
A outra via de transmissão de notada relevância é a via de 
contato, sendo esta, porém, o foco de estudo secundário se comparada 
à via aérea.
Diferença entre gotículas e aerossóis
Saber tal diferença é fundamental para se estudar os riscos 
biológicos, em que se pode notar que há uma diferença sob o ponto 
de vista do tamanho das partículas (fator dimensional de particulado). 
As gotículas possuem uma dimensão maior do que cerca de 5μm e 
atingem o trato respiratória superior, isto é, as mucosas das fossas na-
sais e da boca/cavidade bucal. Em se tratando dos aerossóis, estas são 
menores, ficam flutuando no ar por mais tempo e, quando são inaladas, 
penetram de maneira mais profunda no sistema respiratório. A forma de 
se prevenir um tipo de doença causada por gotículas é sensivelmente 
diferente daquelas causadas por aerossóis.
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Figura 4 - Indivíduo expelindo gotículas e aerossóis
Fonte: Vaccine information, 2006.
Doenças de transmissão respiratória por gotícula
São aquelas que ocorrem pela disseminação de gotículas 
(partículas maiores do que 5μm), geradas durante tosse, espirro, 
conversação ou na realização de diversos procedimentos tais como, 
inalação, aspiração etc.
O quadro a seguir traz algumas das doenças transmitidas por 
gotículas mais conhecidas:
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Quadro 1 - Doenças transmitidas por gotículas
Fonte: Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 2000.
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Medidas de precaução indicadas para doenças transmitidas por 
gotículas
Quando a proximidade com o paciente for igual ou inferior a um 
metro, deve ser utilizada, no mínimo, a máscara cirúrgica. De maneira 
prática, esta é a forma mais direta e simples de se prevenir de doenças 
transmitidas por gotículas. No ambiente hospitalar, onde os riscos bio-
lógicos se fazem bastante propícios, orienta-se que seja utilizada más-
cara cirúrgica sempre que entrar em contato com o paciente. No caso 
do ambiente industrial, cabe aos profissionais que avaliam os riscos em 
ambientes laborais específicos, adotar o mesmo procedimento.
Medidas administrativas para evitar a transmissão de doenças por 
via respiratória
Aplicando este tópico especialmente no ambiente laboral hos-
pitalar, o primeiro passo, neste caso, é a identificação rápida da patolo-
gia, seguida de isolamento do paciente, quando necessário, e tratamen-
to adequado. Para cada patologia existe um período de transmissão 
próprio.
Como exemplo, os pacientes com tuberculose pulmonar e/ou 
laríngea, adequadamente tratados, não transmitem o bacilo após apro-
ximadamente duas semanas de tratamento. Outro importante meio de 
reduzir a disseminação da tuberculose é pela implantação de sistema 
de ventilação e controle adequados.
No ambiente extra-hospitalar é difícil estabelecer tais tipos de 
controle, pois, quando se tem casos de suspeita de doenças como a tu-
berculose, por exemplo, o profissional da área de saúde e segurança do 
trabalho possui sua atuação limitada diante dos desafios do cotidiano 
profissional. Faltam, muitas vezes, mecanismos de avaliação com a di-
nâmica de controle necessárias, e outros trabalhadores acabam sendo 
contaminados antes de uma atuação de prevenção.
Classificação de risco de agentes biológicos
Ao se estudar a classificação de risco de agentes biológicos, 
torna-se indispensável tomar como referência a Norma Regulamenta-
dora 32 (NR 32), em seu Anexo I. Segundo a referida norma, os agentes 
biológicos são classificados em:
- Classe de risco 1: “baixo risco individual para o trabalhador e 
para a coletividade, com baixa probabilidade de causar doença ao ser 
humano.”. Nesta classe, cabe aos profissionais de saúde e segurança 
do trabalho a criação de programas de monitoração para manter os ris-
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cos nesta classe ou mitigá-los, dentro das possibilidades operacionais e 
de recursos de cada empresa.
- Classe de risco 2: “risco individual moderado para o traba-
lhador e com baixa probabilidade de disseminação para a coletividade. 
Podem causar doenças ao ser humano, para as quais existem meios 
eficazes de profilaxia ou tratamento.”. Nesta classe, cabe aos profis-
sionais de saúde e segurança do trabalho a atuação de maneira mais 
estreita nas coletas e acompanhamentos de campo, a fim de se estabe-
lecer uma monitoração para mitigar os riscos desta classe. A empresa 
necessita avaliar dentro das possibilidades operacionais e de recursos 
de cada empresa.
- Classe de risco 3: “risco individual elevado para o trabalhador 
e com probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem cau-
sar doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sem-
pre existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.”. Nos ambientes 
laborais onde se têm esta classe de risco, os profissionais de saúde e 
segurança devem redobrar seus mecanismos de controle, agindo com 
eficácia nas avaliações e tomadas de decisão, a fim de, pelo menos, 
transformar um ambiente de classe de risco 3 para classe 2.
- Classe de risco 4: “risco individual elevado para o trabalha-
dor e com probabilidade elevada de disseminação para a coletividade. 
Apresenta grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro. 
Podem causar doenças graves ao ser humano, para as quais não exis-
tem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.”. Neste cenário, a alta 
direção da empresa deve ser envolvida de maneira ainda mais rápida e 
direta, pois, programas de prevenção e mitigação de riscos devem fazer 
parte das decisões estratégicas da empresa.
Abordagem objetiva dos Programas de Proteção Respiratória 
(PPR)
O Programa de Proteção Respiratória precisa ser implementa-
do e gerido, além de requerer avaliação periódica no que tange aos ser-
viços de segurança e saúde do trabalhador, se for exigido algum tipo de 
tarefa/atividade, em que necessite usar os Equipamentos de Proteção 
Respiratória- EPR. O PPR deve abranger a política da empresa acerca 
do uso de EPR, deve acrescentar, no mínimo, alguns procedimentos 
elaborados acerca dos seguintes temas:
- Implementação de ações de teor prático acerca da utilização 
dos EPRs, inclusive a não utilização de barba por parte dos trabalha-
dores;
- Gestão continuada do PPR;
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- Os tipos de EPR recomendados nas diversas tarefas;
- Adoção de testes de estanqueidade/vedação;
- Treinamento sobre proteção respiratória;
- Limpeza, inspeção, higienização, guarda e manutenção dos 
EPRs;
- Definição de itens na avaliação médica relativas ao uso dos 
EPRs;
- Monitoração da utilização por parte de quem usa os referidos 
EPRs;
- Monitoração do risco de maneira efetiva;
- Avaliação do programa, para que sejam instituídas ações de 
aperfeiçoamento e cumprimento de metas.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: AL-RO Prova: Técnico em Seguran-
ça do Trabalho.
A higiene ocupacional dedica-se ao reconhecimento, avaliação e 
controle dos riscos ambientais (químicos, físicos, biológicos e er-
gonômicos) presentesnos locais de trabalho. Sobre os objetivos 
da higiene ocupacional, analise as afirmativas a seguir.
I. Promover o desenvolvimento da empresa, conforme as normas 
estabelecidas pelas NRs.
II. Controlar apenas os níveis de poluição atmosférica no ambiente 
de trabalho.
III. Proteger e promover a saúde dos trabalhadores por meio de 
ações preventivas no ambiente de trabalho.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas
b) II, apenas
c) III, apenas
d) I e II, apenas
e) II e III, apenas
QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IPHAN Prova: Técnico I - Área 7
Com relação ao gerenciamento de riscos em ambiente de trabalho, 
julgue o item que se segue.
É função da chefia imediata avaliar as atribuições do setor e 
classificá-las como salubres ou insalubres. 
( ) Certo
( ) Errado
QUESTÃO 3
Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: AL-RO Prova: Analista Legislativo - 
Engenharia Mecânica
Em relação aos riscos ocupacionais, pode-se dizer que o trabalho 
físico pesado é um risco do tipo:
a) físico
b) ergonômico
c) biológico
d) químico
e) ambiental
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QUESTÃO 4
Ano: 2019 Banca: Instituto Americano de desenvolvimento (IADES) 
Prova: Analista Legislativo - Área Engenheiro do Trabalho
No contexto de higiene do trabalho, a respeito da avaliação do ruí-
do, é correto afirmar que:
a) As operações em decibéis são lineares, bastando somar os níveis de 
ruído medidos de cada fonte.
b) Os limites de tolerância consistem no conjunto de níveis de pressão 
sonora e as respectivas intensidades sonoras.
c) O efeito danoso de um ruído depende, exclusivamente, de três fato-
res: suscetibilidade individual, duração e número de repetições diárias 
da exposição.
d) Os medidores de nível de pressão, quando acoplados a analisadores 
de frequência, resultam no nível de ruído correspondente à faixa de 
frequência selecionada.
e) Foi adotada a curva de compensação C para medição de níveis de 
ruído contínuo pelas normas internacionais e pelo Ministério do Traba-
lho, uma vez que esta se aproxima mais à resposta do ouvido humano.
QUESTÃO 5
Ano: 2019 Banca: Instituto Americano de desenvolvimento (IADES) 
Prova: Analista Legislativo - Área Engenheiro do Trabalho
No contexto de higiene do trabalho, acerca de radiações ionizantes 
e não ionizantes, é correto afirmar que:
a) As radiações não ionizantes englobam raios X e raios Y.
b) A limpeza adequada do ambiente é uma das medidas de controle de 
laser.
c) O uso de barreiras e de equipamentos de proteção individual (EPI) 
são medidas de controle de radiação ultravioleta.
d) As radiações não ionizantes apresentam uma frequência maior que 
as ionizantes.
e) A principal diferença entre radiações ionizantes e não ionizante é a 
faixa de frequência em que ambas trabalham.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
A partir dos conceitos estudados, elabore uma dissertação (10 a 15 li-
nhas) demonstrando a relevância de conhecer os riscos ambientais no 
ambiente laboral, respaldando a tese com pauta nos principais concei-
tos, nas características e nas principais formas de controlar e atuar me-
diante a incidência destes riscos diante dos trabalhadores.
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TREINO INÉDITO
Sobre as etapas necessárias para o controle dos riscos que provocam 
as doenças, prejuízos à saúde do trabalhador na higiene ocupacional, 
estão corretas as alternativas, exceto:
a) Antecipação
b) Reconhecimento
c) Inspeção
d) Avaliação
e) Controle
NA MÍDIA
Tentativa de retomar o uso do amianto é retrocesso, diz Anamt
A tentativa de retomada do debate feito pelo Senado Federal pela li-
beração do amianto no Brasil é vista como um preocupante retrocesso 
pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt). Há mais de 
20 anos, a Associação defende o debate técnico acerca do banimento 
da substância, que já foi proibida em 65 países.
O movimento do Senado, em consonância com empresas que produ-
zem e exportam o produto, ocorre menos de dois anos após o Supremo 
Tribunal Federal (STF) decidir pelo banimento, em mais um episódio 
de uma longa batalha pela saúde dos trabalhadores. Como associação 
que congrega Médicos do Trabalho, a Anamt reafirma que as discus-
sões a respeito do amianto devem ser técnicas – e não guiadas pelo 
viés econômico.
Todos os tipos da substância são cancerígenos e podem causar inú-
meras doenças graves, como asbestose, câncer de pulmão e meso-
telioma – além de câncer de laringe, do trato digestivo e de ovário, 
espessamento na pleura e diafragma, derrames pleurais, placas 
pleurais e severos distúrbios respiratórios. Apenas no Brasil, o Sistema 
de Informação sobre Mortalidade (SIM) registrou 2,4 mil óbitos entre 
2000 e 2010 decorrentes da exposição ao material.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) também já se posicionou favo-
rável ao banimento do mineral. A organização classificou o uso da fibra 
como uma catástrofe de saúde pública, responsável por mais de 100 mil 
mortes por ano em todo mundo. Estudos conduzidos pela OMS também 
reforçam que, ao contrário do que argumenta a indústria, não existem 
limites seguros para o uso do amianto.
Na causa, ao lado da Anamt, também está a Associação Médica do 
Brasil (AMB) e mais 50 entidades médicas.
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Fonte: Portal Revista CIPA
Data: 15 mai. 2019.
Leia a notícia na íntegra: http://revistacipa.com.br/tentativa-de-reto-
mar-o-uso-do-amianto-e-retrocesso-diz-anamt/
NA PRÁTICA
Riscos físicos, químicos e biológicos: enfoque prático. Esta aborda-
gem prática envolve a Monitoração da Exposição aos Riscos. A mo-
nitoração dos agentes ambientais consiste na avaliação sistemática 
(quantitativa) destes agentes, em periodicidade determinada pela 
gradação de risco recebida por este agente, através da emissão do 
LTCAT. O monitoramento dos agentes ambientais pode ser realizado por 
empresa Terceirizada com Certificado de Calibração dos Instrumentos 
e os resultados serão apresentados em relatórios, cujos valores são 
repassados para o LTCAT por função. As empresas podem dispor de 
funcionários que não permanecem fixos em setores, realizando assim 
uma média das situações mais críticas de exposição a um certo agente. 
Quando o risco é tolerável, não é necessária, muitas das vezes, moni-
toração constante; quando o risco é moderado, é recomendada a moni-
toração, porém, não obrigatória ao menos que indicada na Avaliação de 
Risco Ocupacional por Função.
Quando a exposição é substancial, a monitoração deve ser prioritária 
para dimensionar a exposição, verificar a eficácia das medidas de con-
trole e equacionar as medidas complementares.
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ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
Ao estudar o tema em questão, faz-se necessário tomar como 
referência primordial a Norma Regulamentadora 15 (NR 15), juntamen-
te com os seus 14 anexos (13 anexos em vigor, sendo o anexo 4 revo-
gado), pois é neste arquétipo conceitual que se aprofunda com fluência 
em tema tão relevante para o trabalhador e o profissional de saúde e 
segurança do trabalho, em específico o higienista ocupacional.
O profissional se enquadra em atividades insalubres, se este 
desenvolver atividades acima dos limites de tolerância previstos nos 
anexos de nº 1, 2, 3, 5, 11 e 12, a saber:
- Anexo I - Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Inter-
mitente
- Anexo II - Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto
- Anexo III - Limites de Tolerância para Exposição ao Calor
- Anexo V - Radiações Ionizantes
INSALUBRIDADE &
PERICULOSIDADE
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- Anexo XI - Agentes Químicos Cuja Insalubridade é Caracteri-
zada por Limite de Tolerância e Inspeção no Local de Trabalho
- Anexo XII - Limites de Tolerância para Poeiras Minerais
Para que sepossa entender com os detalhes necessários o con-
ceito de insalubridade, serão estudados os anexos acima informados.
Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente
Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de 
aplicação de Limites de Tolerância, o ruído que não seja ruído de impac-
to. Esta conceituação foi trazida pelo Anexo I da NR 15 com o objetivo 
de dar uma referência primária no estudo de limite de tolerância.
Mas o que vem a ser limite de tolerância? De acordo com a 
conceituação trazida nesta NR, é o parâmetro que retrata a concen-
tração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza 
e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do 
trabalhador, durante a sua vida laboral. A última assertiva, isto é, “duran-
te a sua vida laboral”, tem um peso considerável, pois, muitas vezes o 
trabalhador muda de empresa e esta rastreabilidade se perde. Portanto, 
não é tarefa fácil se estabelecer o real impacto dos agentes na vida la-
boral dos indivíduos.
Em se tratando de limite de tolerância aplicado aos níveis de 
ruído contínuo ou intermitente, segundo conceito normativo, devem ser 
medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora, 
sendo que as leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalha-
dor.
Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exce-
der os limites de tolerância fixados no quadro a seguir:
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Quadro 2 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente
Fonte: NR15, 2019.
Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário 
será considerada a máxima exposição diária permissível relativa ao ní-
vel imediatamente mais elevado. Esta assertiva visa beneficiar o traba-
lhador, protegendo o mesmo sob limites mais altos, arredondando para 
cima os valores em questão.
Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 
dB(A) para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos. Em 
relação a esta regra, a norma é clara e taxativa, pois, não deixa margem 
de subjetividade, o que também beneficia diretamente o trabalhador.
Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais perío-
dos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados 
os seus efeitos combinados, conforme a seguinte equação de média 
ponderada:
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C1 + C2 + C3 ____________________ + Cn
T1 T2 T3 Tn
Se a soma exceder a unidade, a exposição estará acima do 
limite de tolerância, devendo ser tomadas as medidas de controle e de 
atenuação de ruídos.
Na equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador 
fica exposto a um nível de ruído específico, e Tn indica a máxima expo-
sição diária permissível a este nível, conforme estabelecido no quadro 
imediatamente anterior.
As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a 
níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem 
proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente, conforme esta-
belecido em norma.
Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto
Para se estudar este tópico, apresentando pelo Anexo II da 
NR15, deve-se em primeiro lugar definir ruídos de impacto. Entende-
-se por ruídos de impacto aqueles que apresentam picos de energia 
acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores 
a 1 (um) segundo. Desta forma, a característica deste tipo de ruído é 
bem peculiar, pois, correlaciona intensidade ou pressão sonora com pe-
riodicidade deste ruído. Estes níveis de impacto sonoro deverão ser 
avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de pressão sonora, 
operando de maneira a captar níveis de pressão sonora adequada para 
impacto. As leituras também devem ser feitas próximas ao ouvido do 
trabalhador. O limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 
dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser 
avaliado como ruído contínuo.
Quando não for possível efetuar a medição deste tipo de ruído 
de impacto com o tipo de medidor do nível de pressão sonora adequa-
do, será válida a leitura feita no medidor adequado para ruído contínuo 
ou intermitente. Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB(C).
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As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, 
sem proteção adequada, a níveis de ruído de impacto superiores a 140 
dB, medidos com o medidor adequado, ou superiores a 130 dB, me-
didos com o medidor adequado para ruído contínuo ou intermitente, 
oferecerão risco grave e iminente.
Limites de Tolerância para Exposição ao Calor
O estudo desta incidência de percentual de insalubridade sob 
exposição ao calor foi estudado em um contexto dos riscos físicos, item 
1.7, deste material.
Radiações Ionizantes
Nas atividades ou operações em que trabalhadores possam 
ser expostos a radiações ionizantes, os limites de tolerância, os princí-
pios, as obrigações e controles básicos à proteção do homem e do seu 
meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos causados pela radia-
ção ionizante, são os constantes da Norma CNEN-NN-3.01.
Esta norma do CNEN trata, dentre outros assuntos que não 
serão o foco deste estudo, dos limites de dose individual, onde se esta-
belece que a exposição normal dos indivíduos deve ser restringida, de 
tal modo que nem a dose efetiva, nem a dose equivalente nos órgãos 
ou tecidos de interesse, causadas pela possível combinação de expo-
sições, originadas por práticas autorizadas, excedam o limite de dose 
especificado na tabela a seguir:
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Quadro 3 – Limites de dose
Fonte: CNEN -NN-3.01, 2019.
Notas:
[a] Para fins de controle administrativo efetuado pela CNEN, o termo dose 
anual deve ser considerado como dose no ano calendário, isto é, no período 
decorrente de janeiro a dezembro de cada ano.
[b] Média aritmética em 5 anos consecutivos, desde que não exceda 50 mSv 
em qualquer ano.
[c] Em circunstâncias especiais, a CNEN poderá autorizar um valor de dose 
efetiva de até 5mSv em um ano, desde que a dose efetiva média em um perí-
odo de 5 anos consecutivos, não exceda a 1 mSv por ano.
[d] Valor médio em 1 cm² de área, na região mais irradiada.
Para entender melhor os limites de dosagem das radiações 
ionizantes, faz-se necessário definir o Sv. O sievert (Sv) consiste na uni-
dade usada para dar uma avaliação do impacto da radiação ionizante 
sobre os seres humanos. É a unidade do Sistema Internacional de Uni-
dades da dose equivalente e da dose eficaz, e que leva em conta os 
efeitos biológicos em tecidos vivos, produzidos pela radiação absorvida. 
O Sv é a unidade, portanto, utilizada pela normatização que trata deste 
tema no Brasil.
Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de 
tolerância e inspeção no local de trabalho
Nas atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam 
expostos a agentes químicos, a caracterização de insalubridade ocor-
rerá, de maneira objetiva, quando forem ultrapassados os limites de 
tolerância constantes no quadro a seguir:
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Quadro 4 - Limites de tolerância
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Fonte: Anexo XI da NR15, 2019.
Há várias considerações a serem feitas acerca do quadro em 
epígrafe, a saber:
- Todos os valores fixados no quadro de Limites de Tolerância 
são válidos para absorção apenas por via respiratória;
- Todos os valores fixados no quadro como “Asfixiantes Sim-
ples” determinam que nos ambientes de trabalho, em presença des-
tas substâncias, a concentraçãomínima de oxigênio deverá ser 18% 
em volume. As situações nas quais a concentração de oxigênio estiver 
abaixo deste valor serão consideradas de risco grave e iminente.
- Na coluna “valor teto”, estão assinalados os agentes químicos 
cujos limites de tolerância não podem ser ultrapassados em momento 
algum da jornada de trabalho.
- Na coluna “absorção também pela pele”, estão assinalados 
os agentes químicos que podem ser absorvidos, por via cutânea, e por-
tanto, exigindo na sua manipulação o uso da luvas adequadas, além do 
EPI necessário à proteção de outras partes do corpo.
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- Na avaliação das concentrações dos agentes químicos atra-
vés de métodos de amostragem instantânea, de leitura direta ou não, 
deverá ser feita pelo menos em 10 amostragens, para cada ponto - ao 
nível respiratório do trabalhador. 
- Cada uma das concentrações obtidas nas referidas amostra-
gens não deverá ultrapassar os valores obtidos na equação que segue, 
sob pena de ser considerada situação de risco grave e iminente.
Valor máximo = L.T. x F. D. Onde:
L.T. = limite de tolerância para o agente químico, segundo o 
quadro limites de tolerância, F.D. = fator de desvio, segundo definido no 
quadro a seguir:
Quadro 5 - Relação de LT e FD
Fonte: Anexo XI da NR15, 2019.
Limites de tolerância para Poeiras Minerais
As poeiras minerais das quais se referem a norma são as es-
tabelecidas a seguir:
- Asbesto
- Manganês e seus compostos
- Sílica livre cristalizada
Tais tipos de poeiras são foco das instituições que estudam a 
Higiene Ocupacional, por conta de seus danos à saúde, causando um 
histórico triste de doenças ocupacionais.
Asbesto: Tal poeira é uma das substâncias mais severas quan-
do se estuda Higiene Ocupacional. Os profissionais de saúde e segu-
rança do trabalho devem estar atentos às atividades nas quais os traba-
lhadores estão expostos ao asbesto no exercício do trabalho.
Definição de asbesto: Entende-se por “asbesto”, também de-
nominado amianto, a forma fibrosa dos silicatos minerais pertencentes 
aos grupos de rochas metamórficas das serpentinas, que consiste na 
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crisotila (asbesto branco), e dos anfibólios, ou seja, a actinolita, a amosi-
ta (asbesto marrom), a antofilita, a crocidolita (asbesto azul), a tremolita 
ou qualquer mistura que contenha um ou vários destes minerais. Esta 
definição permite que se assimile a amplitude dos tipos de substâncias 
que são compreendidas pelo termo asbesto.
Amianto (do latim) ou asbesto (do grego) significam sem mancha, incorrup-
tível e inextinguível. Trata-se de um grupo heterogêneo de substâncias, com 
diferentes composições químicas e cristalográficas, facilmente separáveis 
em fibras. São descritos mais de 350 minerais com estrutura fibrosa, en-
contrados como minerais essenciais ou acessórios nas rochas magmáticas 
e metamórficas. Define-se como fibra o particulado cujo comprimento seja 
pelo menos três vezes maior que o diâmetro. (ALGRANTI Et AL, 2003; Scliar, 
2005).
Em novembro de 2017, o STF estabelece a proibição da 
utilização de asbesto no país, instituindo um marco evolutivo na saúde 
e segurança no trabalho de grande relevância.
Manganês e seus compostos: o anexo XII da NR15 também 
estuda o limite de tolerância para as operações com manganês e seus 
compostos referente à extração, tratamento, moagem, transporte do mi-
nério, ou ainda a outras operações com exposição a poeiras do manga-
nês ou de seus compostos é de até 5mg/m³ no ar, para jornada de até 
8 (oito) horas por dia. A norma fala acerca do limite de tolerância para 
as operações com manganês e seus compostos referente à metalurgia 
de minerais de manganês, fabricação de compostos de manganês, de 
baterias e pilhas secas, de vidros especiais e cerâmicas, de eletrodos 
de solda, de produtos químicos, tintas e fertilizantes, ou ainda outras 
operações com exposição a fumos de manganês ou de seus compostos 
é de até 1mg/m³ no ar, para jornada de até 8 (oito) horas por dia.
De maneira geral, o tema é tratado de forma bastante objetiva, 
uma vez que sempre que os limites de tolerância forem ultrapassados, 
as atividades e operações com o manganês e seus compostos serão 
consideradas como insalubres no grau máximo. 
Em última instância, o pagamento do adicional de insalubrida-
de por parte do empregador não o desobriga da adoção de medidas de 
prevenção e controle, que visem minimizar os riscos dos ambientes de 
trabalho.
Sílica livre cristalizada:
A norma estabelece as seguintes regras para trabalho com sí-
lica ou areia, sendo as quais: para jornadas de trabalho que excedem a 
48 (quarenta e oito) horas semanais, os limites deverão ser deduzidos, 
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sendo estes valores fixados pela autoridade competente; fica proibido o 
processo de trabalho de jateamento que utilize areia seca ou úmida como 
abrasivo. Esta segunda limitação traz um avanço também para os que-
sitos ligados ao meio ambiente. As máquinas e ferramentas utilizadas 
nos processos de corte e acabamento de rochas ornamentais devem ser 
dotadas de sistema de umidificação capaz de minimizar ou eliminar a ge-
ração de poeira decorrente de seu funcionamento, e esta regra acarreta 
em proteção ao meio ambiente, assim como a regra anterior.
Tanto a concentração, como a percentagem da sílica, para a 
aplicação deste limite, deve ser determinada a partir da porção que pas-
sa por um seletor (equipamento que mede a granulometria através de 
seleção de “passa ou não passa” das microesferas), conforme o quadro 
a seguir:
Quadro 6 – Diâmetro versus passagem pelo seletor
Fonte: Anexo XII da NR15, 2019.
ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS
Assim como as atividades e operações insalubres, ao estudar 
o tema atividades perigosas, faz-se necessário tomar como referência 
primordial a Norma Regulamentadora 16 (NR16), juntamente com os 
seus 05 anexos, pois é neste arquétipo conceitual que se aprofunda com 
fluência em tema tão relevante para o trabalhador e o profissional de 
saúde e segurança do trabalho, em específico o higienista ocupacional.
Consideram-se atividades e operações perigosas as seguintes:
- Anexo I: Atividades e Operações Perigosas com Explosivos;
- Anexo II: Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis;
- Anexo III: Atividades e Operações Perigosas com Exposição 
a Roubos ou outras Espécies de Violência Física nas Atividades Profis-
sionais de Segurança Pessoal ou Patrimonial;
- Anexo IV: Atividades e Operações Perigosas com Energia 
Elétrica;
- Anexo V: Atividades Perigosas em Motocicleta.
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Atividades e Operações Perigosas com Explosivos
São consideradas operações perigosas as estabelecidas con-
forme atividades a seguir:
- armazenamento de explosivos
- transporte de explosivos
- operação de escorva dos cartuchos de explosivos
- operação de carregamento de explosivos
- detonação
- verificação de detonações falhadas
- queima e destruição de explosivos deteriorados
- operações de manuseio de explosivos
Conforme o anexo I da NR16, todo o trabalhador que exerce 
estas atividades faz jus ao adicional de 30% (trinta por cento) sobre 
o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou 
participações nos lucros da empresa, sendo-lhe ressalvado o direito de 
opção por adicional de insalubridade eventualmente devido.
Áreas de risco para avaliar atividades perigosas: conforme dita 
a norma, são consideradas áreas de risco:
- Nos locais de armazenagem de pólvoras químicas, artifícios 
pirotécnicos e produtos químicos usados na fabricação de misturas ex-
plosivas ou de fogos de artifício, de explosivos iniciadores, de explosi-
vos de ruptura e pólvoras mecânicas. A norma também estabelece a 
relação entre quantidade armazenada em quilos e a faixa de terreno até 
a distânciadesta quantidade.
Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis
São consideradas atividades ou operações perigosas, de acor-
do com a NR 16, as realizadas:
Quadro 7 - Tipos de atividades que fazem jus ao adicional de periculosidade
ATIVIDADES ADICIONAL DE 30%
a.
Na produção, transporte, pro-
cessamento e armazenamento 
de gás liquefeito.
Na produção, transporte, proces-
samento e armazenamento de gás 
liquefeito.
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b.
No transporte e armazenagem 
de inflamáveis líquidos e gaso-
sos liquefeitos e de vasilhames 
vazios não-desgaseificados ou 
decantados.
Todos os trabalhadores da área de 
operação.
c. Nos postos de reabastecimento de aeronaves.
Todos os trabalhadores nessas ati-
vidades ou que operam na área de 
risco.
d.
Nos locais de carregamento de 
navios-tanques, vagões-tan-
ques e caminhões-tanques e 
enchimento de vasilhames, com 
inflamáveis líquidos ou gasosos 
liquefeitos.
Todos os trabalhadores nessas ati-
vidades ou que operam na área de 
risco.
e.
Nos locais de descarga de na-
vios-tanques, vagões-tanques 
e caminhões-tanques com in-
flamáveis líquidos ou gasosos 
liquefeitos ou de vasilhames 
vazios não-desgaseificados ou 
decantados.
Todos os trabalhadores nessas ati-
vidades ou que operam na área de 
risco
f.
Nos serviços de operações e 
manutenção de navios-tanque, 
vagões-tanques, caminhões-
-tanques, bombas e vasilhames, 
com inflamáveis líquidos ou 
gasosos liquefeitos, ou vazios 
não-desgaseificados ou decan-
tados.
Todos os trabalhadores nessas ati-
vidades ou que operam na área de 
risco.
g.
Nas operações de desgaseifica-
ção, decantação e reparos de 
vasilhames não-desgaseificados 
ou decantados.
Todos os trabalhadores nessas ati-
vidades ou que operam na área de 
risco.
h.
Nas operações de testes de 
aparelhos de consumo do gás e 
seus equipamentos.
Todos os trabalhadores nessas ati-
vidades ou que operam na área de 
risco.
i.
No transporte de inflamáveis 
líquidos e gasosos liquefeitos 
em caminhão-tanque.
Motorista e ajudantes.
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j.
No transporte de vasilhames 
(em caminhões de carga), con-
tendo inflamável líquido, em 
quantidade total igual ou supe-
rior a 200 litros, quando não ob-
servado o disposto nos subitens 
4.1 e 4.2 deste anexo.
Motorista e ajudantes.
l.
No transporte de vasilhames 
(em carreta ou caminhão de 
carga), contendo inflamável ga-
sosos e líquido, em quantidade 
total igual ou superior a 135 
quilos.
Motorista e ajudantes.
m.
Nas operações em postos de 
serviço e bombas de abasteci-
mento de inflamáveis líquidos.
Operador de bomba e trabalhadores 
que operam na área de risco.
Fonte: Anexo II da NR16, 2019.
Para todas estas atividades, é conferido aos trabalhadores adi-
cional de 30%, bem como àqueles que operam na área de risco.
Áreas de risco: o Quadro 10 - Enumeração de áreas de risco enu-
mera as considerações acerca das áreas de risco, conforme dita a NR16.
Atividades e operações perigosas com exposição a roubos ou ou-
tras espécies de violência física nas atividades profissionais de 
segurança pessoal ou patrimonial
As atividades ou operações que impliquem em exposição dos 
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial a roubos ou outras 
espécies de violência física são consideradas perigosas.
Conforme estabelece a diretriz normativa, são considerados 
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial os trabalhadores que 
atendam a uma das seguintes condições:
- empregados das empresas prestadoras de serviço nas ativi-
dades de segurança privada ou que integrem serviço orgânico de se-
gurança privada, devidamente registradas e autorizadas pelo governo;
- empregados que exercem a atividade de segurança patrimo-
nial ou pessoal em instalações metroviárias, ferroviárias, portuárias, ro-
doviárias, aeroportuárias e de bens públicos, contratados diretamente 
pela administração pública direta ou indireta.
As atividades ou operações que expõem os empregados a 
roubos ou outras espécies de violência física são as estabelecidas no 
quadro abaixo:
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Quadro 8 - Enumeração de áreas de risco
ATIVIDADE ÁREA DE RISCO
a Poços de petróleo em produção de gás.
Círculo com raio de 30 metros, no mínimo, 
com centro na boca do poço.
b Unidade de processamen-to das refinarias.
Faixa de 30 metros de largura, no mínimo, 
contornando a área de operação.
c
Outros locais de refinaria 
onde se realizam opera-
ções com inflamáveis em 
estado de volatilização ou 
possibilidade de volatili-
zação decorrente de falha 
ou defeito dos sistemas 
de segurança e fecha-
mento das válvulas.
Faixa de 15 metros de largura, no mínimo, 
contornando a área de operação.
d Tanques de inflamáveis líquidos Toda a bacia de segurança.
e Tanques elevados de in-flamáveis gasosos
Círculo com raio de 3 metros com centro 
nos pontos de vazamento eventual (válvula 
registros, dispositivos de medição por es-
capamento, gaxetas).
f
Carga e descarga de infla-
máveis líquidos contidos 
em navios, chatas e ba-
telões.
Afastamento de 15 metros da beira do cais, 
durante a operação, com extensão corres-
pondente ao comprimento da embarcação.
g Abastecimento de aero-naves Toda a área de operação.
h
Enchimento de vagões 
–tanques e caminhões –
tanques com inflamáveis 
líquidos.
Círculo com raio de 15 metros com centro 
nas bocas de enchimento dos tanques.
i
Enchimento de vagões-
-tanques e caminhões-
-tanques inflamáveis ga-
sosos liquefeitos.
Círculo com 7,5 metros centro nos pontos 
de vazamento eventual (válvula e regis-
tros).
j
 
Enchimento de vasilha-
mes com inflamáveis ga-
sosos liquefeitos.
Círculos com raio de 15 metros com centro 
nos bicos de enchimentos.
l
Enchimento de vasilha-
mes com inflamáveis líqui-
dos, em locais abertos.
Círculo com raio de 7,5 metros com centro 
nos bicos de enchimento.
m
Enchimento de vasilha-
mes com inflamáveis líqui-
dos, em recinto fechado.
Toda a área interna do recinto.
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n
Manutenção de viaturas-
-tanques, bombas e va-
silhames que continham 
inflamável líquido.
Local de operação, acrescido de faixa de 
7,5 metros de largura em torno dos seus 
pontos externos.
o
Desgaseificação, decanta-
ção e reparos de vasilha-
mes não desgaseificados 
ou decantados, utilizados 
no transporte de inflamá-
veis.
Local da operação, acrescido de faixa de 
7,5 metros de largura em torno dos seus 
pontos externos.
p
Testes em aparelhos de 
consumo de gás e seus 
equipamentos.
Local da operação, acrescido de faixa de 
7,5 metros de largura em torno dos seus 
pontos extremos.
q Abastecimento de infla-máveis
Toda a área de operação, abrangendo, 
no mínimo, círculo com raio de 7,5 metros 
com centro no ponto de abastecimento e o 
círculo com raio de 7,5 metros com centro 
na bomba de abastecimento da viatura e 
faixa de 7,5 metros de largura para ambos 
os lados da máquina.
r
Armazenamento de vasi-
lhames que contenham 
inflamáveis líquidos ou 
vazios não desgaseifica-
dos ou decantados, em 
locais abertos.
Faixa de 3 metros de largura em torno dos 
seus pontos externos.
s
Armazenamento de vasi-
lhames que contenham 
inflamáveis líquidos ou 
vazios não desgaseifica-
dos, ou decantados, em 
recinto fechado.
Toda a área interna do recinto.
t
Carga e descarga de 
vasilhames contendo in-
flamáveis líquidos ou vasi-
lhames vazios não desga-
seificados ou decantados, 
transportados pôr navios, 
chatas ou batelões.
Afastamento de 3 metros da beira do cais, 
durante a operação, com extensão corres-
pondente ao comprimento da embarcação.
Fonte: Anexo II da NR16, 2019.
Atividades e operações perigosas com energia elétrica
Dentro das atividades ligadas à energia elétrica, têm direito ao 
adicional de periculosidade os trabalhadores:
- que executam atividades ou operações em instalaçõesou 
equipamentos elétricos energizados em alta tensão;
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- que realizam atividades ou operações com trabalho em proxi-
midade, conforme estabelece a NR-10;
- que realizam atividades ou operações em instalações ou equi-
pamentos elétricos energizados em baixa tensão no sistema elétrico de 
consumo - SEC, no caso de descumprimento do item 10.2.81 e seus su-
bitens da NR10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
- das empresas que operam em instalações ou equipamentos 
integrantes do sistema elétrico de potência - SEP, bem como suas con-
tratadas, em conformidade com as atividades e respectivas áreas de 
risco descritas no quadro a seguir:
1 10.2.8 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA:
Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e adotadas, prio-
ritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a 
serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores.
As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica confor-
me estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança.
Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem 10.2.8.2., devem ser utilizadas 
outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, 
sinalização, sistema de secciona mento automático de alimentação, bloqueio do religamento au-
tomático. O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação 
estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacio-
nais vigentes. 
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Quadro 9 – Atividades x áreas de risco
ATIVIDADES ÁREAS DE RISCO
I - Atividades, constantes no 
item 4.1, de construção, opera-
ção e manutenção de redes de 
linhas aéreas ou subterrâneas 
de alta e baixa tensão inte-
grantes do SEP, energizados 
ou desenergizados, mas com 
possibilidade de energização 
acidental ou por falha opera-
cional.
a) Estruturas, condutores e equipamen-
tos de linhas aéreas de transmissão, 
subtransmissão e distribuição, incluindo 
plataformas e cestos aéreos usados para 
execução dos trabalhos; 
b) Pátio e salas de operação de subesta-
ções; 
c) Cabines de distribuição; 
d) Estruturas, condutores e equipamentos 
de redes de tração elétrica, incluindo es-
cadas, plataformas e cestos aéreos usa-
dos para execução dos trabalhos; 
e) Valas, bancos de dutos, canaletas, con-
dutores, recintos internos de caixas, poços 
de inspeção, câmaras, galerias, túneis, 
estruturas terminais e aéreas de superfície 
correspondentes; 
f) Áreas submersas em rios, lagos e mares.
II - Atividades, constantes no 
item 4.2, de construção, opera-
ção e manutenção nas usinas, 
unidades geradoras, subesta-
ções e cabinas de distribuição 
em operações, integrantes do 
SEP, energizados ou desener-
gizados, mas com possibilida-
de de energização acidental ou 
por falha operacional.
a) Pontos de medição e cabinas de distri-
buição, inclusive de consumidores; 
b) Salas de controles, casa de máquinas, 
barragens de usinas e unidades gerado-
ras; 
c) Pátios e salas de operações de subes-
tações, inclusive consumidoras.
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III - Atividades de inspeção, 
testes, ensaios, calibração, 
medição e reparos em equipa-
mentos e materiais elétricos, 
eletrônicos, eletromecânicos 
e de segurança individual e 
coletiva em sistemas elétricos 
de potência de alta e baixa 
tensão.
a) Áreas das oficinas e laboratórios de 
testes e manutenção elétrica, eletrônica 
e eletromecânica onde são executados 
testes, ensaios, calibração e reparos de 
equipamentos energizados ou passíveis 
de energização acidental; 
b) Sala de controle e casas de máquinas 
de usinas e unidades geradoras; 
c) Pátios e salas de operação de subesta-
ções, inclusive consumidoras; 
d) Salas de ensaios elétricos de alta tensão; 
e) Sala de controle dos centros de opera-
ções.
IV - Atividades de treinamento 
em equipamentos ou insta-
lações integrantes do SEP, 
energizadas ou desenergiza-
das, mas com possibilidade de 
energização acidental ou por 
falha operacional.
a) Todas as áreas descritas nos itens an-
teriores.
Fonte: NR16, 2019.
Atividades perigosas em motocicleta
Conforme estabelecido em norma, as atividades laborais com 
utilização de motocicleta ou motoneta no deslocamento de trabalhador 
em vias públicas são consideradas perigosas.
Não são consideradas perigosas, para efeito de atividades 
com motocicleta:
- a utilização de motocicleta ou motoneta exclusivamente no 
percurso da residência para o local de trabalho ou vice-versa;
- as atividades em veículos que não necessitem de emplacamen-
to ou que não exijam carteira nacional de habilitação para conduzi-los;
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- as atividades em motocicleta ou motoneta em locais privados;
- as atividades com uso de motocicleta ou motoneta de forma 
eventual, ou que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente redu-
zido.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2016 Banca: Unicentro Órgão: Unicentro Prova: Engenheiro 
de Segurança do Trabalho.
Sobre a NR-15 - Atividades e Operações Insalubres, é incorreto 
afirmar:
a) Nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, desde 
que comprovada a insalubridade, o perito do Ministério do Trabalho in-
dicará o adicional devido;
b) O percentual de adicional para insalubridade de grau mínimo é de 
10% (dez por cento) sobre o salário do trabalhador;
c) A eliminação ou neutralização da insalubridade pode ser caracteri-
zada apenas através de avaliação pericial por órgão competente, que 
comprove a inexistência de risco à saúde do trabalhador;
d) Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em 
decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora operando no 
circuito de compensação “A” e circuito de resposta lenta (SLOW).
QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: Fundação Getúlio Vargas (FGV) Prova: Assisten-
te Legislativo – Área Técnico em Segurança de Trabalho
Sobre as Normas de Higiene Ocupacional, analise as afirmativas a 
seguir.
I. As Normas de Higiene Ocupacional determinam os limites de to-
lerância, a metodologia de avaliação e os critérios técnicos dos 
equipamentos usados nas avaliações de riscos ocupacionais.
II. As Normas de Higiene Ocupacional servem de orientação sobre 
as formas de controle dos agentes de riscos ambientais.
III. As Normas de Higiene Ocupacional identificam o risco, o men-
sura, ou seja, atribui um valor para “provar” que ele está no am-
biente.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
QUESTÃO 3
Ano: 2014 Banca: UFSC, Órgão: UFSC, Prova: Engenheiro de Se-
gurança do Trabalho
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Em relação à NR 16 – Atividades e Operações Perigosas, analise as 
seguintes afirmativas.
I. Os cilindros de Gás Natural Veicular (GNV) com capacidade su-
perior a 6 m3 instalados nas empilhadeiras indicam a necessidade 
de pagamento de adicional de periculosidade para o operador.
II. Os trabalhadores que laboram em áreas sujeitas a periculosida-
de têm direito a adicional de 30 % sobre o salário-mínimo e aposen-
tadoria especial com redução do tempo de trabalho.
III. Por tratar-se de área com risco de explosão, o operador de cal-
deiras tem direito a adicional de periculosidade independentemen-
te do combustível utilizado.
IV. O transporte de líquidos inflamáveis em embalagens certifica-
das simples de 200 L, independentemente do número de embala-
gens, garante o pagamento de adicional de periculosidade.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) Somente as afirmativas

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