fichamento- A criacao de municipios apos a Constituicao de 1988 O impacto sobre a reparticao do FPM e a Emenda Constitucional n15, de 1996

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FICHAMENTO
Matéria: Administração Municipal -IH106
Curso de Graduação em Administração Pública
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
	FICHAMENTO DE LEITURA (RESUMO-RESENHA CRÍTICA)
	Data: 10/05/2023
	Estudante: Maria Eduarda Amora Fontinele de Carvalho
	Turma: 45 (2023.1)
	A criação de municípios após a Constituição de 1988
O impacto sobre a repartição do FPM e a Emenda Constitucional n15, de 1996. 
	BRANDT, Cristina Thedim. A criação de municípios após a Constituição de 1988. Revista de informação legislativa, v. 47, n. 187, p. 59-75, 2010.
	A criação de municípios após a Constituição de 1988 é um tema controverso e que merece uma análise crítica e analítica. A Constituição Federal de 1988 previu que a criação de novos municípios deveria ser regulamentada por lei estadual, desde que fossem atendidos alguns critérios, como a viabilidade econômica, a população mínima e a existência de equipamentos públicos básicos. Desde então, muitos novos municípios foram criados, gerando impactos significativos na repartição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o FPM é uma das principais fontes de receita dos municípios brasileiros, sendo composto por um percentual do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A repartição desses recursos é feita com base no número de habitantes de cada município, sendo que os municípios menores recebem uma proporção maior em relação aos maiores. Com a criação de novos municípios, houve um aumento significativo no número de municípios menores, o que levou a uma redistribuição dos recursos do FPM. A Emenda Constitucional nº 15, de 1996, foi criada com o objetivo de regularizar a criação de novos municípios e de estabelecer critérios mais rigorosos para a sua criação. A emenda estabeleceu que os municípios criados a partir de então deveriam ter uma população mínima de cinco mil habitantes nas regiões Norte e Centro-Oeste, e de dez mil habitantes nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste. Além disso, a emenda estabeleceu que os novos municípios deveriam ter receita própria igual ou superior a 10% da receita total.
No entanto, mesmo com esses critérios mais rigorosos, a criação de novos municípios continuou a ocorrer em ritmo acelerado. Isso se deve, em parte, ao fato de que a criação de novos municípios é uma demanda política de muitas regiões, que veem na criação de novos municípios uma oportunidade de obter mais recursos e investimentos do governo federal. Porém, a criação de novos municípios tem gerado impactos negativos na gestão pública e no desenvolvimento regional. Muitos dos novos municípios são criados sem a viabilidade econômica necessária, o que leva a uma dependência ainda maior dos recursos do FPM e a uma incapacidade de investir em infraestrutura e serviços públicos básicos. Além disso, a criação de novos municípios pode gerar uma fragmentação do território e uma dificuldade maior na gestão integrada de políticas públicas.
 Diante desses problemas, é necessário repensar a política de criação de novos municípios e estabelecer critérios mais rigorosos para a sua criação. É preciso considerar a viabilidade econômica e a capacidade de gestão dos novos municípios, bem como a necessidade de se garantir a gestão integrada de políticas públicas. Além disso, é preciso pensar em mecanismos de apoio
	Palavras chaves: constituição de 1988, repartição do FPM, criação de municípios