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Revisão UVV 2023 
Aula 3 – Geopolítica Internacional: da Guerra 
Fria aos Conflitos Contemporâneos 
 
 
Guerra Fria 
A Guerra Fria foi um conflito político-ideológico que foi travado entre Estados Unidos 
(EUA) e União Soviética (URSS), entre 1947 e 1991. O conflito travado entre esses dois 
países foi responsável por polarizar o mundo em dois grandes blocos, um alinhado ao 
capitalismo e outro alinhado ao comunismo. 
Algumas características desse período podem ser destacadas. 
• Polarização do mundo: a disputa travada entre americanos e soviéticos resultou 
em uma forte polarização do mundo que afetava as relações internacionais dessas 
nações como um todo. Houve uma tentativa de criar um movimento não alinhado 
em que algumas nações procuravam seguir um caminho independente sem 
necessariamente se vincular com alguma das duas potências. 
• Corrida armamentista: a procura pela hegemonia internacional fez com que as 
duas potências investissem bastante no desenvolvimento de novas tecnologias 
bélicas. Assim, no período, o número de armas nucleares e termonucleares 
produzidas disparou. 
• Corrida espacial: a corrida espacial foi um dos campos de disputa entre americanos 
e soviéticos e, ao longo da década de 1960, inúmeras expedições espaciais foram 
realizadas. 
Guerra das Coreias 
Primeiro momento de grande tensão após a Segunda Guerra Mundial. 
Esse conflito iniciou-se em 1950, quando os comunistas norte-coreanos, apoiados por 
chineses e soviéticos, invadiram o território sul-coreano, apoiados pelos americanos. O 
objetivo era reunificar a Península da Coreia sob a liderança dos comunistas. Esse 
conflito contou com o envolvimento direto de soldados americanos, mas ao longo do 
conflito nenhum dos dois lados sobressaiu-se e o conflito teve fim, em 1953, com um 
armistício que ratificou a divisão das Coreias – divisão que existe até hoje. 
Crise dos Mísseis 
A Crise dos Mísseis foi o momento de maior tensão entre as duas potências da Guerra 
Fria e se passou em 1962. Naquele ano, o serviço de inteligência dos EUA descobriu 
que a URSS estava instalando uma base de mísseis em Cuba, país que havia passado 
por uma revolução nacionalista em 1959. O governo americano disse aos soviéticos 
que se os mísseis não fossem retirados, seria declarada guerra. As negociações 
arrastaram-se 
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/a-corrida-espacial.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/guerra-coreia.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/crise-dos-misseis.htm
durante semanas e os dois lados chegaram a um acordo. Os soviéticos decidiram 
retirar os mísseis de Cuba e os americanos aceitaram retirar seus mísseis instalados na 
Turquia. 
Guerra do Vietnã 
A Guerra do Vietnã foi um conflito travado entre 1959 e 1975 entre Vietnã do Norte e 
Vietnã do Sul e ambos lados procuravam unificar o país sob seu controle. Os 
americanos entraram nesse conflito, em 1965, e enviaram milhares de soldados ao 
Vietnã. Essa guerra foi extremamente impopular nos EUA, e os americanos retiraram-
se do conflito, sem alcançar seus objetivos, em 1973. Os comunistas tomaram o 
controle do país, em 1976, logo após vencerem a guerra. 
 
Guerra do Afeganistão 
O Afeganistão é mencionado por muitos como o “Vietnã da União Soviética”. Esse 
conflito foi travado entre 1979 e 1989 e se iniciou quando os soviéticos invadiram o 
Afeganistão para apoiar o governo comunista daquele país contra rebeldes islâmicos. 
A invasão soviética levou os americanos a financiarem e treinarem os rebeldes 
islâmicos e esse conflito foi extremamente penoso para os soviéticos que se retiraram 
em 1989. 
 
Importante: 
 
 
Invasão Russa na Ucrânia 
Em 1991, com o fim da União Soviética, cada ex-república se tornou um estado 
independente. Pela primeira vez desde a idade média, os ucranianos puderam 
constituir seu próprio estado soberano a partir de um referendo, com 90% dos 
ucranianos votando pela independência. Em 1994, a Ucrânia entregou as antigas 
A Otan e o Pacto de Varsóvia nunca travaram um conflito militar direto, mas fizeram o 
mundo refém de suas trocas de ameaças por mais de três décadas. Abastecidas pela 
obcecada corrida armamentista da Guerra Fria, as duas organizações simbolizaram o 
perigo mais imediato de uma guerra entre Estados Unidos e União Soviética. A 
Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) surgiu primeiro, em 1949, para lutar 
contra a expansão do comunismo e retaliar qualquer ataque soviético contra seus países-
membros. A resposta da URSS veio em 1955 com o Pacto de Varsóvia, apoiado pelos 
países do bloco socialista e criado nos mesmos moldes da rival. 
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/guerra-vietna.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/guerra-afeganistao-1979.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/guerra-afeganistao-1979.htm
ogivas nucleares soviéticas em seu solo à Rússia, com a garantia de que suas fronteiras 
seriam respeitadas, constituindo o Memorando de Budapeste. Nos anos posteriores, a 
Ucrânia iniciou um movimento de aproximação com o ocidente. O sucesso de países 
vizinhos que ingressaram para a União Europeia despertou em boa parte da população 
o desejo de seguir o mesmo caminho. Em 2013, após um recuo nas negociações com o 
bloco europeu, ocorreram enormes protestos que levaram à deposição de Víktor 
Yanukóvytch no ano seguinte e à ascensão de um governo pró-ocidente. 
Ao sul da Ucrânia, entretanto, o cenário era um pouco diferente. A região tem forte 
presença étnica e linguística russa e também presenciou protestos pró-Rússia. No 
meio destes distúrbios, grupos separatistas armados, chamados de homens verdes, 
assumiram o controle da península da Criméia e solicitaram anexação por parte da 
Rússia. Violando os acordos assinados nos anos 1990, a Rússia enviou tropas para 
assegurar o controle da região e a anexou. 
A região de Donbass, no leste da Ucrânia, também foi palco de conflitos violentos. 
Desde 2014, grupos separatistas armados e financiados pela Rússia mantêm o controle 
territorial de partes das repúblicas de Donetsk e Luhansk. Como retaliação à 
intensificação das negociações entre a Ucrânia e a Otan, Putin reconheceu 
oficialmente a independência dessas regiões no dia 21 de fevereiro de 2022. 
 
Separatismos no Reino Unido 
O Reino Unido é um país europeu formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e 
Irlanda do Norte. Sua capital é Londres, a mesma da Inglaterra, o que já aponta uma 
liderança desse país no bloco. Essa liderança, enxergada como favorecimento por uns, 
é um dos motivos do surgimento de movimentos separatistas nos demais países. Em 
2014, a Escócia realizou um plebiscito para se tornar independente em relação ao 
Reino Unido. Em um dia histórico, 53% dos 3,6 milhões de eleitores votaram pelo 
“não”. Os partidários da independência, liderados pelo SNP (Partido Nacional Escocês), 
maioria no parlamento, buscam mais liberdade constitucional e autonomia fiscal, o 
que, segundo os críticos, estão centralizadas demais na Inglaterra. Outro objetivo é 
criar um fundo de reserva com o valor obtido na exploração de petróleo do Mar do 
Norte, cerca de £1 bilhão, ou US$ 1,6 bi, de acordo com os cálculos da ala favorável à 
separação. 
 
Os irlandeses devem realizar um plebiscito sobre a independência em relação ao Reino 
Unido em até quatro anos. Em 1921, após a guerra de independência irlandesa contra 
o Reino Unido, Londres assinou uma trégua com Dublin e, dois anos depois, fundou o 
Estado Livre Irlandês. Nesse processo, o governo britânico ficou com seis dos nove 
condados que compõem a região do Ulster, província irlandesa. O objetivo da 
independência é juntar esses seis territórios à República da Irlanda. A independência é 
também uma das principais bandeiras do IRA (Exército Republicano Irlandês). 
 
Venezuela 
 
Desde meados de 2013, a Venezuela arrasta-se em uma crise que piora a cada dia. 
Atualmente, o país encontra-se em uma encruzilhada, enfrentando uma crise política 
em razãoda disputa entre Nicolás Maduro (e seu partido — Partido Socialista Unido da 
Venezuela) e a oposição venezuelana, que denuncia os abusos de poder cometidos 
pelo presidente. Além disso, existem a crise econômica, a crise humanitária e ainda o 
risco de uma intervenção liderada pelos Estados Unidos. 
 
"Essa atual crise econômica da Venezuela transformou-se na maior crise da história 
econômica do país. A redução do valor do barril do petróleo, a ineficiência do governo 
e as sanções americanas levaram o país à situação atual. Itens básicos, como 
medicamentos, alimentos e papel higiênico, não são encontrados facilmente nos 
supermercados, e, quando são encontrados, seus preços são exorbitantes. 
 
A falta de alimentos levou milhares de venezuelanos a passarem fome, e dados 
comprovam que, em 2017, a população emagreceu, em média, 11 kg|1|. Muitas mães 
têm entregado seus filhos às autoridades por não terem condições de sustentá-los, e 
muitas famílias têm sido obrigadas a comprarem carne estragada, pois é a única a que 
têm acesso. 
 
A crise da economia venezuelana pode ser mais bem entendida por meio das 
estatísticas: 
 
• A inflação da Venezuela em 2018 ultrapassou 1.300.000% 
 
• A pobreza extrema do país saltou de 23,6%, em 2014, para 61,2%, em 2017 
 
• Entre 2013 e 2017, o PIB do país caiu 37%, e a estimativa para 2018 é de que 
ele tenha caído 15% (ainda não existem dados oficiais sobre o PIB venezuelano 
em 2018) 
 
• O salário-mínimo atual da Venezuela corresponde atualmente a R$77 
 
• Em decorrência da crise política e econômica no país, quase três milhões de 
venezuelanos deixaram o país| 
 
Somália 
 
Após quatro temporadas consecutivas de chuvas fracassadas e uma quinta projetada, a 
Somália enfrenta mais uma seca severa que pode colocar grande parte do país e sua 
população em risco de fome em 2022. Já, um milhão de pessoas foram deslocadas em 
busca de comida e água. Além disso, a Somália está atualmente enfrentando os 
choques triplos do COVID-19, a infestação de gafanhotos do deserto e o efeito das 
inundações de 2019-2020, incluindo o ciclone Gati experimentado em Bari-Puntland. 
Mais recentemente, o impacto econômico do conflito na Ucrânia contribuiu para a crise 
humanitária multifacetada, que está aumentando a vulnerabilidade das pessoas na 
região. Mais de 90% do fornecimento de trigo na Somália vem da Rússia e da Ucrânia. 
Como se isso não bastasse, o país sofreu com a infestação de gafanhotos do deserto 
que destruiu as poucas culturas e pastagens que sobreviveram às inundações e agora 
devido a chuvas abaixo da média, 90% do país está enfrentando grave escassez de 
água, pois fontes estratégicas de água têm secou ou quebrou devido ao uso excessivo. 
Em muitas regiões, o preço médio da água aumentou exponencialmente. As áreas mais 
afetadas estão na Somalilândia, Puntland, Galmudug, Hirshabelle e Jubaland. 
Comunidades na Somália e na Somalilândia nos disseram que temem uma repetição da 
severa seca de 2017, que deixou um quarto de milhão de pessoas mortas. 
Afeganistão 
O Talibã retomou o poder do Afeganistão 20 anos depois que eles foram derrubados 
pelas tropas norte-americanas que invadiram o país em 2021. A retomada do poder 
pelo Talibã se iniciou com o anúncio do governo norte-americano de que as tropas 
dos Estados Unidos abandonariam o país. A comunidade internacional observa os 
desdobramentos dos acontecimentos no Afeganistão com apreensão e a expectativa é 
que a vida no país se transforme radicalmente. Minorias étnicas, religiosas e mulheres 
serão os grupos que, provavelmente, mais sofrerão com o Talibã. Países como Rússia e 
China têm interesse em negociar diplomaticamente com os fundamentalistas, e 
reconhecem a legitimidade do seu governo. Entenda pontos importantes que explicam 
o retorno: 
• a retirada das tropas estrangeiras deixou o exército afegão sem apoio aéreo; 
• o exército afegão estava desmoralizado pela retirada das tropas norte-
americanas; 
• o governo de Cabul era fraco e não motivava as tropas a lutarem por ele; 
• corrupção no interior do exército afegão; 
• forças do Talibã foram subestimadas. 
Irã 
A morte de Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia policial levou à eclosão de uma 
onda de protestos no Irã. 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/estados-unidos.htm
https://g1.globo.com/tudo-sobre/ira/
A jovem foi detida pela chamada 'polícia da moralidade' por causa da forma como 
usava o véu islâmico – segundo relatos, teria deixado alguns fios de cabelo visíveis sob 
o hijab. 
Segundo testemunhas, Mahsa foi agredida numa viatura. A polícia nega, e fiz que ela 
morreu por causa de um problema cardíaco pré-existente. 
O uso do véu se tornou obrigatório no país após a Revolução Islâmica, em 1979, que 
transformou a vida dos iranianos – principalmente as mulheres, que viram seus diretos 
serem bastantes restringidos. 
As Gasht-e Ershad (Patrulhas de Orientação) são unidades policiais especiais 
encarregadas de garantir o respeito à moral islâmica e deter pessoas que consideram 
estar "indevidamente" vestidas. 
De acordo com a lei iraniana, que se baseia na interpretação da Sharia pelo país, as 
mulheres são obrigadas a cobrir os cabelos com um hijab (véu islâmico) e usar roupas 
largas para disfarçar seus corpos. 
 
 
Exercícios Propostos 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
 
Atuação da OTAN no pós-Guerra Fria: implicações para a segurança internacional e 
para a ONU 
 
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) foi criada pelo Tratado de 
Washington, um instrumento que estabeleceu simultaneamente seu caráter de aliança 
militar e sua expressão institucional, na forma de uma organização internacional. 
Consta do texto original do tratado, redigido em 1949, além das disposições sobre a 
garantia da paz inter alia e sobre segurança coletiva, a forma de sua dimensão 
institucional: a decisão de estabelecer imediatamente um conselho para que os 
membros pudessem se reunir a qualquer momento. [...] 
Além da questão militar, o Tratado de Washington também menciona 
condições políticas e até econômicas para a estabilidade e a paz entre os aliados e 
propõe a criação de um fórum e outras estruturas para que eles coordenem políticas. 
Este tratado, entretanto, nunca recebeu uma denúncia ou emenda, e mesmo 
com uma mudança de cenário, o fim da Guerra Fria, apenas registrou a adesão de 
novos membros. Somados, o total de novos membros é maior que o número original de 
doze Estados fundadores. Além disso, a expansão da OTAN teve um sentido claro de 
abrigar sob sua proteção o território do arranjo anteriormente adversário, o Pacto de 
Varsóvia, com a notável exceção da Federação Russa. 
 
(Juliana Bertazzo Disponível em: https://www.scielo.br. Adaptado) 
 
 
 
1. Considere o mapa e a informação abaixo. 
 
 
 
Aos doze países fundadores da Organização do Tratado do Atlântico Norte somaram-
se outros dezoito ao longo de sete décadas. Sobre a configuração atual da OTAN, é 
correto afirmar que 
a) muitos dos países, principalmente os que ingressaram a partir do final do século XX, 
pertenciam à Europa Oriental sob influência soviética. 
b) os países membros fundadores da Organização também foram os que deram início 
à formação da União Europeia. 
c) a inclusão de novos países ao grupo formador da Organização possibilitou à Europa 
uma forte estabilidade política e econômica. 
d) o predomínio de países europeus na Organização acelerou a defesa da cultura e das 
tradições locais ante o avanço da globalização. 
e) vários integrantes da Organização diminuíram a visão eurocêntrica e têm se 
destacado por abrir as fronteiras aos refugiados africanos. 
 
 
 
2. A invasão da Ucrânia pela Rússia pode ser melhor entendida dentro de um cenário 
amplo, analisando-se aspectos sociais, econômicos e geopolíticos. Além desses 
aspectos, não se pode desprezar a configuração física do país europeu, desde a 
localização geoestratégica do território até os recursos naturais nele existentes.Solo e 
relevo atrelados às condições climáticas proporcionaram aos ucranianos posição de 
destaque na produção de trigo, de milho, de batata, de cevada, de beterraba. 
 
No território ucraniano, o tipo de solo é __________ e o clima predominante é 
__________. 
a) latossolo – frio 
b) tchernozion – frio 
c) latossolo – temperado 
d) tchernozion – temperado 
 
 3. Assinale a opção CORRETA que explique esse conflito. 
a) A Ucrânia é alvo da disputa entre os EUA e União Europeia unidos militarmente na 
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) por um lado e pela Federação 
Russa por outro devido a sua posição geográfica estratégica entre esses dois 
oponentes. 
b) A Ucrânia historicamente pertence à Rússia mesmo antes da URSS. Por este fato 
se justificam as pretensões desse país em anexar este território na Federação 
Russa criando assim uma grande federação eslava. 
c) O avanço do Imperialismo dos EUA e União Europeia sobre a Ucrânia diz respeito 
a uma histórica reivindicação desses países sobre os territórios da Europa Oriental 
por terem em suas populações um grande contingente de imigrantes daquela 
região. 
d) O conflito se agravou em 2014 quando a União Europeia anexou o território da 
Criméia a esta comunidade de nações provocando o descontentamento da Rússia 
que reagiu invadindo parte do território ucraniano. 
e) A importância da Ucrânia está no fato de possuir um poderoso arsenal de armas 
nucleares herdado da URSS e por seu litoral abranger áreas do mar Báltico, pelo 
qual passa o gasoduto que leva o gás alemão para a Rússia. 
 
 
 
4. A obtenção da liberdade não significou o fim da história na África, muito pelo 
contrário. A partir de então, as diferentes nações africanas tiveram de lidar com o 
desafio de construir estados nacionais que abarcavam povos, línguas e costumes 
diversos. 
(Ynaê Lopes dos Santos. História da África e do Brasil afrodescendente, 2017.) 
 
 
O “desafio” mencionado no excerto pode ser exemplificado 
a) pela ausência de investimentos estrangeiros e pela ausência de espírito liberal e 
democrático no continente. 
b) pelas constantes guerras civis e, mais recentemente, pela ação violenta de grupos 
armados, como o Boko Haram. 
c) pela opção da maior parte dos países de adotar regimes socialistas e pela falta de 
ajuda econômica das superpotências. 
d) pela interferência política das organizações não governamentais e pelas frequentes 
intervenções militares da ONU. 
e) pelas violentas disputas étnicas e, mais recentemente, pela guinada muçulmana no 
sul do continente, liderada pelo Estado Islâmico. 
 
 
 
5. Leia atentamente o texto a seguir. 
 
O Afeganistão fica na Ásia Central, encravado em uma porção de terras montanhosas 
geograficamente estratégicas e com potencial econômico que atrai países vizinhos e 
potências com as quais nem mesmo tem fronteiras. No passado, a disputa entre países 
do Ocidente e a Rússia forjou o desenho do mapa afegão e também marcou a 
trajetória de guerras envolvendo o país. Agora, o futuro do Afeganistão mobiliza as 
atenções, sobretudo da China, da Rússia e dos EUA, mas vizinhos menos influentes 
globalmente, como o Irã, a Índia e o Paquistão, também disputam a influência sobre o 
país e seu território. Nesse cenário, existem alguns fatores que tornam o Afeganistão 
um país com uma posição geográfica estrategicamente privilegiada. 
 
(Fonte: GUTIERREZ, Felipe; MANZANO, Fábio. Disponível em: 
https://g1.globo.com/mundo/noticia. Adaptado.) 
 
 
As afirmativas abaixo relatam alguns acontecimentos históricos do Afeganistão, 
exceto: 
a) O Afeganistão nasceu como um Estado tampão para impedir o avanço da Rússia 
czarista no século 19, que estava se expandindo em direção ao sul do continente 
asiático. Os ingleses viram isso como uma ameaça e criaram o Reino do Afeganistão 
como um Estado, e a independência afegã com relação aos britânicos aconteceu 
somente em 1919. 
b) Atualmente, o Afeganistão faz fronteira com seis países, a metade deles aliados 
diretos da Rússia e ex-repúblicas soviéticas: Tajiquistão, Uzbequistão e 
Turcomenistão. A estabilidade dessa área, portanto, é de interesse russo. 
c) A China e o Afeganistão são países vizinhos e têm 76 quilômetros de fronteiras 
comuns. A China incluiu o Afeganistão nos seus projetos de infraestrutura chamado 
de “Novas Rotas das Sedas”, além de ter grande interesse nos minérios do país. 
d) Logo após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA, orquestrados pelo 
chefe do grupo terrorista da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, o governo norte-
americano declarou abertamente “Guerra ao Terror”. Diante desse acontecimento, 
o governo afegão se colocou ao lado dos EUA na caçada ao terrorista, uma vez que 
este estava escondido em seu território. 
e) Os EUA iniciaram sua relação com o Afeganistão há 40 anos, durante a Guerra Fria, 
com o apoio aos mujahedin, grupo de guerrilheiros que atuavam contra as 
investidas soviéticas no país. O cenário de conflito e os investimentos em armas e 
treinamento militar auxiliaram na criação e na ascensão do grupo extremista Talibã, 
que assumiria o poder em 1980 e novamente em 2021. 
 
 
 
6. ÁFRICA DISCUTE BENEFÍCIOS E DESVANTAGENS DA GLOBALIZAÇÃO 
 
Para muitas agências internacionais que atuam para aliviar a fome e a pobreza na 
África, a globalização é um assunto polêmico. 
Os que são a favor do processo, como o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional 
(FMI), Michel Camdessus, argumentam que a globalização vai levar à modernização da 
economia e à remoção dos impedimentos comerciais. Camdessus diz que "se deve 
conseguir reduzir a pobreza e estimular o crescimento econômico". 
Mas os críticos, como a entidade beneficente britânica ActionAid, argumentam que a 
liberalização do comércio está prejudicando a África. A ActionAid diz que a abertura 
comercial, especialmente na área agrícola, resultou na "ameaça ou destruição do meio 
de vida de milhões de agricultores" e na manutenção da pobreza. 
 
Disponível em: 
<https://www.bbc.com/portuguese/economia/021204_africadb.shtml>. Acesso em: 
21 out. 2019. (adaptado). 
 
 
Com base na reportagem exposta no texto, os argumentos favoráveis e contrários à 
globalização no continente africano, respectivamente, são 
a) o endividamento externo e a destruição da economia de subsistência. 
b) a redução de barreiras alfandegárias e a desorganização das comunidades 
tradicionais. 
c) a intervenção do Estado na economia e a dependência tecnológica. 
d) o investimento de capitais em economias emergentes e o declínio do movimento 
sindical. 
e) a regulação do mercado financeiro e o fim da agricultura tribal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. 
 
 
Entre 2014 e 2017, derrotar o Estado Islâmico (ISIS) foi uma das prioridades da política 
externa dos Estados Unidos. Ao final de 2017, o ISIS foi considerado militarmente 
derrotado, perdendo o controle de praticamente todos os territórios que havia 
conquistado na Síria e no Iraque. 
 
A charge aponta a existência de uma incoerência entre os seguintes aspectos da 
política externa estadunidense no Oriente Médio: 
a) alinhamento étnico e liberdade religiosa 
b) fundamento ideológico e interesse econômico 
c) conservadorismo social e protagonismo ambiental 
d) multilateralismo diplomático e unilateralismo bélico 
 
 
 
8. No ano de 2018 comemoramos os 50 anos das Primaveras de Paris e de Praga. A 
charge abaixo se refere à relação entre militares de Moscou, capital da Rússia e antiga 
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), e a população de Praga, capital da 
República Checa e antiga República da Checoslováquia. As datas evidenciam o final da 
Segunda Guerra Mundial (1945) e as Primaveras de Praga e de Paris (1968). 
 
 
 
Observe a imagem e marque a opção que corresponde à correta análise geopolítica: 
a) No final da Segunda Guerra Mundial, as cidades de Moscou e Praga foram 
libertadas pelos exércitosdos Estados Unidos; já na Primavera de Praga, os EUA 
invadiram a República Checa, matando milhares de civis, ao combaterem os 
soldados russos. 
b) Em 1945, a República da Checoslováquia foi invadida por soldados russos, 
resultando em uma ocupação que durou até a Primavera de Praga, em 1968, 
quando ocorreu um massacre da população civil em razão da divisão das Repúblicas 
Checas e Eslováquia. 
c) Em 1945, o governo de Charles de Gaulle, na França, promoveu um tratado de paz 
entre Moscou e Praga; já em 1968, durante a Primavera de Paris, o governo francês 
uniu-se aos militares soviéticos para promoverem um massacre na cidade de Praga. 
d) Em 1945 os soldados russos libertaram Praga da invasão nazista; já em 1968 
Moscou liderava o Bloco Socialista, e os soldados russos oprimiram as mobilizações 
sociais, conhecidas como Primavera de Praga, que contestavam o autoritarismo 
soviético. 
e) Em 1945 estabeleceu-se o chamado “Mundo Bipolar”, e um longo período de paz 
iria perdurar até a primavera de 1968, quando Paris, Moscou e Praga iniciaram a 
Guerra da Bósnia, dando então início a um longo período de guerras nos Bálcãs. 
 
 
 
9. O colapso do Bloco Soviético e a consolidação do domínio capitalista, liderado 
pelos Estados Unidos no início da década de 1990, marcaram o fim de um arranjo 
geopolítico e o início de uma nova ordem mundial. 
Em relação à rivalidade entre Rússia e Ocidente, liderada pelos Estados Unidos, 
assinale a alternativa que apresenta um recente evento geopolítico decorrente dessa 
disputa: 
a) Apoio da Rússia ao ditador sírio Bashar al-Assad em uma guerra civil contra grupos 
rebeldes, que já dura mais de 7 anos. 
b) Construção de ilhas artificiais pela Rússia, próximo ao litoral do Japão e Taiwan, o 
que tem acentuado o número de manobras militares naquela região. 
c) Apreensão de navios russos em decorrência da invasão de águas sob jurisdição 
ucraniana. 
d) Apoio russo à mais recente crise política na Venezuela, o que resultou no imediato 
cancelamento 
de exportações de petróleo venezuelano para os Estados Unidos. 
 
 
 
10. A África Subsaariana apresenta indicadores econômicos muito ruins, sendo 
considerada a região mais pobre do planeta. 
 
Sobre as características da economia da África subsaariana, assinale a afirmação 
correta. 
a) A infraestrutura - equipamentos técnicos e meios de transporte - foi instalada com o 
objetivo de integrar as diferentes economias nacionais e possibilitar o acesso aos 
mercados externos. 
b) A hierarquia entre as cidades é mal definida, devido à hipertrofia das metrópoles 
regionais e à pequena demanda por bens e serviços das áreas de influência dos 
centros intermediários. 
c) A modernização da agricultura comercial de produtos tropicais voltada para o 
mercado interno desestruturou a produção da agricultura extensiva de subsistência, 
o que agravou o quadro de subalimentação. 
d) A incipiente industrialização, restrita a alguns pontos do território, foi acelerada 
após a descolonização, graças aos investimentos diretos de capitais externos e à 
qualidade dos quadros técnicos. 
e) As redes urbanas mostram grande dinamismo e tendem a ser policêntricas, graças 
ao crescimento econômico dos “enclaves” instalados pelas empresas de mineração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
A D A B D B B D A B