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TRANSPARÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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Prof. Marcelo Soares 
 Aula 03 
 
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Administração Pública para Receita 
Federal 
 
Aula 03 
Administração Pública para Receita Federal 
Prof. Marcelo Soares 
2020 
Prof. Marcelo Soares 
 Aula 03 
 
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Administração Pública para Receita 
Federal 
 
Sumário 
SUMÁRIO ..................................................................................................................................................2 
APRESENTAÇÃO DA AULA ........................................................................................................................ 3 
TRANSPARÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ..................................................................................... 4 
TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E FISCALIZAÇÃO NA LRF ................................................................................................. 7 
PORTAL DA TRANSPARÊNCIA (GOVERNO FEDERAL) ..................................................................................................... 9 
LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO (LEI Nº. 12.527/2011) ............................................................................................... 11 
Campo de aplicação ....................................................................................................................................... 11 
Conceitos básicos ........................................................................................................................................... 11 
Diretrizes ....................................................................................................................................................... 13 
Pedido de Acesso ........................................................................................................................................... 13 
Restrições de acesso à informação .................................................................................................................. 13 
Acesso a Informação e sua divulgação ............................................................................................................ 16 
PARCERIA PARA GOVERNO ABERTO (OPEN GOVERNMENT PARTNERSHIP) - OGP ............................................................ 17 
CONSELHOS DE GESTÃO ........................................................................................................................................ 19 
ORÇAMENTO PARTICIPATIVO .................................................................................................................................. 21 
QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR ......................................................................................... 24 
LISTA DE QUESTÕES............................................................................................................................... 45 
GABARITO .............................................................................................................................................. 55 
RESUMO DIRECIONADO ......................................................................................................................... 56 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 60 
 
 
 
 
 
Prof. Marcelo Soares 
 Aula 03 
 
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Administração Pública para Receita 
Federal 
Apresentação da aula 
Olá Gavião, tudo bem? 
Quando falarmos de Transparência da Administração Pública temos um grande número de leis e 
normativos a serem estudados. Para citar apenas os principais teríamos: 
a) Lei de Acesso à Informação (Lei nº. 12.527/2011); 
b) Lei de Proteção e Defesa dos Usuários de Serviços Públicos (Lei nº. 13.460/2017) 
c) Decreto nº. 9.690/2019 – Regulamenta a Lei de Acesso à Informação. 
d) Programa de Avaliação Cidadã de Serviços e Políticas Públicas (Portaria CGU nº. 1.864/2016) 
e) Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF (Lei Complementar nº.101/2000) 
Temos ainda o Open Government Partnership) – OGP, que é uma iniciativa internacional da qual o Brasil 
faz parte e que já foi explorado em provas. Apesar de ser amplo o assunto, a incidência em provas é mínima e 
se resume a abordagens mais gerais (superficiais). 
Assim, dentro do objetivo de manter um estudo direcionado para sua prova “pinçamos” alguns tópicos 
de assunto que foram cobrados e/ou podem ser cobrados. A Lei nº.13.460/2017, por exemplo, é relativamente 
recente e, apesar de não ter sido cobrada em provas, é plenamente possível sua cobrança dentro do tópico de 
transparência, por isso conversaremos um “cadinho” sobre ela também. 
 
Vamos juntos! 
 
Prof. Marcelo Soares 
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Administração Pública para Receita 
Federal 
Transparência da Administração Pública 
Tópico do edital: 3 Transparência da Administração Pública. 3.1 Controle social e cidadania. 
 
O avanço da tecnologia da informação tem possibilitado uma interação cada vez maior entre governo e 
sociedade. Passo importante nesse processo é a transparência dos atos governamentais, conforme pontua 
Paludo (2010):” A transparência é inerente aos Estados democráticos modernos; insere-se no bojo da 
democracia”. 
 Não se trata de um favor, mas de um dever do Estado (princípio da publicidade, Art. 37 da CF) e mesmo 
de um direito fundamental (Art.5º, XXXIII, CF): 
 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse 
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de 
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da 
sociedade e do Estado 
 
A ideia básica de transparência é que os atos do setor público devem ser de domínio público. Seja em 
nível federal, estadual ou municipal todo cidadão tem direito a ter pleno conhecimento sobre os atos do 
governo e a execução das políticas públicas. A transparência tem dois papeis instrumentais 
importantíssimos: diminuir a corrupção e aperfeiçoamento da ação estatal. (FGV, Senado, 2008) 
Vejamos alguns conceitos de transparência adotados pelo CESPE/CEBRASPE: 
 
Quer um exemplo da importância da transparência? 
A importância da transparência - Caso real (atuação profissional) 
Durante a etapa de planejamento de auditoria uma das principais fontes de informação que utilizamos são as denúncias 
realizadas na Ouvidoria do Estado. 
Em uma situação em particular, uma denúncia foi importante para identificamos um problema sistêmico na concessão 
de afastamento para qualificação (para cursar Mestrado, Doutorado) de servidores da Universidade do Estado. 
As licenças eram concedidas sem os documentos mínimos necessários (comprovante de matrícula, por exemplo) e as 
prestações de contas desses afastamentos eram realizadas sem a devida análise. 
Ao circularizarmos (confirmação externa - como anda os estudos de auditoria?? Rsrsrs) as informações apresentadas 
pelos servidores com as instituições de ensino, nas quais eles supostamente estavam matriculados, evidenciamos que 
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vários servidores que estavam afastados sequer ingressaram no curso de Mestrado e Doutorado e que muitos que 
tiveram a prestação de contas do afastamento aprovada tinham abandonado o curso pela metade. Em resumo: 
afastavam-se de suas atribuições, de forma remunerada, por vários anos e não realizam os cursos para os quais se 
afastaram. 
Antes mesmo do término do trabalho foram instaurados diversos processos administrativos disciplinares e de restituição 
de valores (alguns milhões foram recuperados). 
Esse foi só um exemplo do que tenho certeza que será, em breve, o seu dia a dia zelando para que o dinheiro público seja 
aplicado de forma eficiente, eficaz e efetiva.  
 
Quantomaior o número de informações e canais disponíveis, maior será o estímulo à participação social 
e, por consequência, maior será o controle social. Isso porque a própria disponibilização das informações na 
internet, por si só, já se constitui numa espécie de controle. 
 
Controle social corresponde à participação da sociedade no acompanhamento e verificação das ações da gestão pública. 
No portal do TCU temos a seguinte definição de controle social: “Participar das decisões do governo, sugerir correções e 
novas ações”. 
Controle social indica “uma dimensão estratégica da participação cidadão, que não se reduz à participação eleitoral; é 
uma forma de exercer ativamente a cidadania, de tornar efetivos os direitos já consagrados em leis e construir novos 
direitos, através de instrumentos já conquistados.” (TEIXEIRA apud CÔRTES, 2003, p.116). 
 
Na condução das políticas públicas deve-se privilegiar tanto quanto possível a transparência ativa. 
Transparência ativa é a divulgação de dados por iniciativa do próprio setor público, ou seja, quando são 
tornadas públicas informações, independente de requerimento, utilizando principalmente a Internet. Um 
exemplo de transparência ativa são as seções de acesso à informações dos sites dos órgãos e entidades. Os 
portais de transparência também são um exemplo disso. 
A divulgação proativa de informações de interesse público, além de facilitar o acesso das pessoas e de 
reduzir o custo com a prestação de informações, evita o acúmulo de pedidos de acesso sobre temas 
semelhantes. 
Em contraponto à transparência ativa, temos a transparência passiva que é a disponibilização de 
informações públicas em atendimento a demandas específicas de uma pessoa física ou jurídica. Por exemplo, 
a resposta a pedidos de informação registrados para determinado Ministério, seja por meio do SIC físico do 
órgão ou pelo e-SIC (Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão). 
A transparência passiva é realizada, principalmente, por meio das Ouvidorias. Ouvidorias são canais de 
comunicação entre o cidadão e a administração pública, os quais são responsáveis por receber e tomar 
providências sobre manifestações, sugestões, reclamações, denúncias e elogios. A partir da Lei nº. 13. 
460/2017 conseguimos definir como atribuições precípuas das ouvidorias (Art.13): 
 Promover a participação do usuário na administração pública, em cooperação com outras entidades 
de defesa do usuário; 
 Acompanhar a prestação dos serviços, visando a garantir a sua efetividade; 
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 Propor aperfeiçoamentos na prestação dos serviços; 
 Auxiliar na prevenção e correção dos atos e procedimentos incompatíveis com os princípios 
estabelecidos nesta Lei; 
 Propor a adoção de medidas para a defesa dos direitos do usuário, em observância às determinações 
desta Lei; 
 Receber, analisar e encaminhar às autoridades competentes as manifestações, acompanhando o 
tratamento e a efetiva conclusão das manifestações de usuário perante órgão ou entidade a que se 
vincula; e 
 Promover a adoção de mediação e conciliação entre o usuário e o órgão ou a entidade pública, sem 
prejuízo de outros órgãos competentes. 
A transparência é algo relativamente recente em nosso país. Conforme proposto por Jardim (1999, p. 
21), o Estado brasileiro, desde seu surgimento no sentido estrito, no século XIX, “teve a opacidade e não a 
transparência como um dos seus mais nítidos atributos”. Independentemente dos diferentes 
posicionamentos acerca das razões para a existência do ‘segredo’ na orientação dos negócios públicos no 
Brasil, sua prevalência na formação histórica de nosso Estado é apontamento comum entre os trabalhos 
sobre a transparência no Brasil”. 
A “opacidade” começa a ser rompida em meados da década de 1980, quando a transparência ganha 
algum espaço na agente política. Em parte esse espaço ocorre em virtude da ascensão do neoliberalismo, que 
aponta o Estado como o grande responsável pela crise econômica mundial iniciada na década de 70. Defende-
se, nesse período, a adoção de políticas de austeridade fiscal e de controle da corrupção, estas últimas 
baseadas em abordagens teóricas econômicas individualistas (POLZER, 2001, p. 7-9). Nesse período, a maior 
parte dos países capitalistas passou a adotar políticas de controle da corrupção centradas no acirramento da 
vigilância sobre a atuação de agentes públicos, já que, segundo essas abordagens então hegemônicas, a 
impunidade seria o grande incentivo à conduta corrupta (GRAAF, 2007, p. 46-48; POLZER, 2001, p. 5-12). 
A atual estratégia do controle da corrupção do Governo Federal decorre desse pensamento, conforme 
se evidencia da exposição de motivos da LAI – Lei de Acesso a Informação: 
 
A garantia do direito de acesso a informações públicas como regra geral é um dos grandes 
mecanismos da consolidação dos regimes democráticos. O acesso a informação pública, 
além de indispensável ao exercício da cidadania, constitui um dos mais fortes 
instrumentos de combate à corrupção. O anteprojeto em questão figura, portanto, como 
mais uma medida adotada pelo Governo Federal como o objetivo de promovera ética e 
ampliar a transparência no setor público. (EMI nº 00007 
CC/MJ/MRE/MD/AGU/SEDH/GSI/SECOM/CGU-PR) 
 
Dentro do esforço para promover a transparência podemos citar algumas contribuições da Lei de 
Responsabilidade Fiscal – LRF. Nos termos da LRF, a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe ação 
planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das 
contas públicas (Art.1º, §1º). 
 
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Transparência, controle e fiscalização na LRF 
A Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF define como instrumentos de transparência da gestão fiscal: os 
planos, orçamentos, leis de diretrizes orçamentárias, as prestações de contas e o respectivo parecer prévio, o 
Relatório Resumido da Execução Orçamentária – RREO e o Relatório de Gestão Fiscal – RGF. Em conjunto 
esses documentos permitem que qualquer cidadão fiscalize a aplicação dos recursos públicos. 
Ainda nos termos da LRF, não basta dar acesso a essas informações é preciso assegurar a transparência 
também por meio do incentivo à participação popular e realização de audiências públicas durante o processo 
de elaboração e discussão das leis orçamentárias. 
Para fixarmos, façamos a leitura dos dispositivos legais: 
 
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada 
ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, 
orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo 
parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de 
Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos. 
 
§ 1º A transparência será assegurada também mediante: 
 
I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante 
os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes 
orçamentárias e orçamentos 
 
II - liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo 
real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, 
em meios eletrônicos de acesso público; e 
 
III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda 
a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao 
disposto no art. 48-A. 
 
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disponibilizarão suas 
informações e dados contábeis, orçamentários e fiscais conforme periodicidade, 
formato e sistema estabelecidos pelo órgão central de contabilidade da União, os 
quais deverão ser divulgados em meio eletrônico de amplo acesso público. 
§ 3º Os Estados, o DistritoFederal e os Municípios encaminharão ao Ministério da 
Fazenda, nos termos e na periodicidade a serem definidos em instrução específica 
deste órgão, as informações necessárias para a constituição do registro eletrônico 
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centralizado e atualizado das dívidas públicas interna e externa, de que trata o § 4º 
do art. 32 
 
§ 4º A inobservância do disposto nos §§ 2º e 3º ensejará as penalidades previstas no § 
2º do art. 51 
 
§ 5º Nos casos de envio conforme disposto no § 2º, para todos os efeitos, a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios cumprem o dever de ampla divulgação a 
que se refere o caput 
 
§ 6º Todos os Poderes e órgãos referidos no art. 20, incluídos autarquias, fundações 
públicas, empresas estatais dependentes e fundos, do ente da Federação devem 
utilizar sistemas únicos de execução orçamentária e financeira, mantidos e 
gerenciados pelo Poder Executivo, resguardada a autonomia 
 
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os 
entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a 
informações referentes a: 
 
I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer 
da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização 
mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem 
fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do 
pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado; 
 
II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades 
gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários. 
 
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, 
durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico 
responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e 
instituições da sociedade. 
 
Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá demonstrativos do 
Tesouro Nacional e das agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco 
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, especificando os empréstimos e 
financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da 
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seguridade social e, no caso das agências financeiras, avaliação circunstanciada do 
impacto fiscal de suas atividades no exercício. 
 
Portal da Transparência (Governo Federal) 
Outro marco relevante para a evolução da transparência no país foi a criação do Portal da 
Transparência pela Controladoria Geral da União – CGU em 2004. 
 Esse portal é um site de acesso livre, no qual o cidadão pode encontrar informações sobre a execução 
orçamentária, bem como se informar sobre assuntos relacionados à gestão pública do Brasil. Recentemente 
(2018), o portal foi reformulado e foi lançado o Novo Portal da Transparência com novas formas de 
apresentação de dados, mecanismos de busca mais integrados e intuitivos, integração com redes socais e 
adequação à plataformas móveis. 
Por meio do portal é possível encontrar em nível bem detalhado informações sobre a arrecadação e 
execução da despesa pública referente ao Poder Executivo federal. Incluem-se, dentre os dados 
disponibilizados: 
 Orçamento Anual 
 Receitas Públicas e Despesas Públicas 
 Recursos Transferidos para outros entes da Federação 
 Gastos por Cartão de Pagamento 
 Áreas de Atuação do Governo 
 Programas de Governo 
 Benefícios aos Cidadãos 
 Programas e Ações Orçamentárias 
 Emendas Parlamentares 
 Órgãos do Governo 
 Servidores Públicos 
 Viagens a Serviço 
 Imóveis funcionais 
 Licitações e Contratações 
 Convênios e outros Acordos 
 Sanções 
Em resumo: tudo que se relaciona à execução orçamentária do Poder Executivo Federal + os recursos 
federais transferidos para os outros entes políticos. Não constam no portal da transparência, por outro lado, 
despesas de outros poderes (Judiciário e Legislativo) e de outras esferas (estadual ou municipal). 
A divulgação de dados e informações por órgãos e entidades federais na internet é disciplinada pela 
Portaria Interministerial nº. 140/2006. O que temos que memorizar dessa portaria são os prazos para 
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atualização das informações. Vez ou outra um examinador mal amado cobra esse tipo de conhecimento. 
Organizamos os prazos na tabela abaixo: 
 
Tipo de informação 
Periodicidade de 
atualização 
Execução orçamentária e financeira Mensalmente 
Licitações Semanalmente 
Contratações Quinzenalmente 
Relação de empresas que tenham 
sido declaradas suspensas do direito 
de participar de licitação ou 
impedidas de contratar 
Quinzenalmente 
 
Além da atualização periódica, a portaria define que informações sobre contratos, convênios e licitações 
devem ser mantidas nas páginas de transparência pelo prazo mínimo de 04 anos (após o término da 
vigência). 
Um cuidado importante dentro do processo de transparência e que é abordado pela portaria é quanto 
ao uso de linguagem objetiva e simples. Qualquer cidadão, independentemente de conhecimentos 
específicos, deve ser capaz de entender as informações disponibilizadas. Recomenda-se que todo o conteúdo 
técnico seja precedido de um texto introdutório e sempre que possível acompanhado por notas explicativas. 
(Art.16 e 17). 
A boa prática iniciada criada pela CGU de disponibilizar dados sobre a execução orçamentária por meio 
da internet tornou-se obrigatória com o advento da Lei de Acesso à Informação – LAI (Lei nº.12.527) em 2011. 
Atualmente, todos os Estados já constituíram os seus próprios portais da transparência. Da mesma forma, a 
maior parte dos Municípios também já dispõe de um portal de transparência. 
 
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Lei de Acesso à Informação (Lei nº. 12.527/2011) 
A Lei nº.12.527/2011 foi editada com o objetivo de regulamentar o acesso à informação previsto na 
Constituição Federal (Art. 5º, XXXII, CF). 
Campo de aplicação 
A LAI é uma lei de caráter nacional, ou seja, aplica-se para todos os entes políticos (União, Estados, DF e 
Municípios). Todos os entes devem garantir o direito de acesso à informação mediante procedimentos 
objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão (Art.5º). 
Subordinam-se às disposições da LAI não somente todos os órgãos públicos e entidades administrativas 
de todos os poderes, mas também entidades privadas, sem fins lucrativos, que recebam recursos públicos 
para realização de ações de interesse público. Nesses casos (entidades privadas), a publicidade refere-se à 
parcela dos recursos públicos recebidos e a sua destinação, sem prejuízo das prestações de contas a que 
estejam legalmente obrigadas. 
 Caso pessoa física ou entidade privada que detiver informações em virtude de vínculo de qualquer 
natureza com o poder público e deixar de observar o disposto nesta Lei estará sujeita às seguintes sanções: 
 Advertência 
 Multa 
 Rescisão do vínculo com o poder público 
 Suspensão temporária de participar de licitação e impedimento de contratar com a administração 
pública por período não superior a 02 anos 
 Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, até que seja 
promovida a reabilitação 
 
CESPE – BACEN – Analista – 2013) Sendo pessoas jurídicas de direito privado, as empresas públicas não 
estão sujeitas às regras previstas na referida lei. 
Comentário: 
Todos os órgãos públicos e entidades administrativas (autarquias, fundações, empresas públicase sociedades 
de economia mista) de todos os poderes estão sujeitas às disposições da LAI. 
Gabarito: Errado 
 
Conceitos básicos 
A LAI regulamenta o acesso à informação, mas o que seria informação? 
Informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, 
contidos em qualquer meio, suporte ou formato. 
 
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As informações estão registradas em documentos e podem ser de acesso público ou podem ser 
sigilosas, quando estiverem submetidas temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua 
imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado. 
Temos ainda as informações de caráter pessoal, que se relacionam à pessoa natural identificada ou 
identificável e que estão sujeitas a acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo pelo prazo 
máximo de 100 (cem) anos. 
A LAI traz alguns conceitos relacionados à qualidade da informação que são importantes, vejamos: 
 
 
Vejamos uma questão que explora esses conceitos: 
CESPE – SEFAZ/RS – Assistente Fazendário -2018) 
A Lei de Acesso à Informação considera como qualidade da informação não modificada 
a) o tratamento da informação. 
b) a integridade. 
c) a autenticidade. 
d) a disponibilidade. 
e) o documento. 
COMENTÁRIO: 
Informação não modificada é uma informação íntegra. 
Gabarito: B 
 
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Diretrizes 
Toda a LAI foi formatada a partir da seguinte premissa: a publicidade é a regra, o sigilo sempre será a 
exceção. Vejamos as diretrizes dispostas na Lei nº. 12.527/2011 : 
 
Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito fundamental 
de acesso à informação e devem ser executados em conformidade com os princípios básicos 
da administração pública e com as seguintes diretrizes: 
I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção; 
II - divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações; 
III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação; 
IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública; 
V - desenvolvimento do controle social da administração pública. 
 
Pedido de Acesso 
Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações. O processo de solicitação 
deve ser simples, sendo que a identificação do requerente não pode conter exigências que inviabilizem a 
solicitação. 
Devem ser disponibilizados nos sítios oficiais na internet canais de comunicação para encaminhamento 
dos pedidos de acesso, sendo vedadas exigências relativas aos motivos da solicitação de informações de 
interesse público, ou seja, o solicitante de informação não está obrigado a apresentar motivos para ter acesso 
aos dados. 
O acesso à informação deve ser concedido de forma imediata e não sendo possível deve-se 
disponibilizar a informação em prazo não superior a 20 dias. Esse prazo poderá ser prorrogado por mais 10 
dias, mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente. 
Uma possibilidade prevista na lei é que, sem prejuízo da segurança e da proteção das informações e do 
cumprimento da legislação aplicável, o órgão ou entidade poderá oferecer meios para que o próprio 
requerente possa pesquisar a informação de que necessitar. Esse serviço de busca e fornecimento da 
informação é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão ou entidade pública 
consultada, situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do custo 
dos serviços e dos materiais utilizados. 
 
Restrições de acesso à informação 
A negativa de informações é possível, desde que forma fundamentada, para proteger informações que 
sejam imprescindíveis à segurança da sociedade e do Estado, sendo que a própria lei estabelece que tipo de 
dados seriam esses, vejamos alguns exemplos: a) pôr em risco a defesa e a soberania nacional; b) prejudicar 
as relações internacionais; c) pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população ou de altas 
autoridades; d) oferecer risco à estabilidade financeira ou às operações estratégicas das Forças Armadas; e) 
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prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como 
a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional. 
Note que as situações que justificam a restrição de acesso à informação são bem específicas. Essas 
informações, segundo a LAI, podem ser classificadas em três categorias: ultrassecreta, secreta e reservada. 
Para cada tipo de classificação existe um prazo máximo de restrição de acesso à informação que vigoram, a 
partir da data da produção da informação. 
 
Tipo de informação 
Prazo máximo de 
restrição de acesso 
Ultrassecreto 25 anos 
Secreto 15 anos 
Reservado 5 anos 
 
ATENÇÃO! 
Sobre as restrições de acesso temos duas situações específicas trazidas pela lei que merecem sua atenção: 
a) As informações ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violação dos direitos humanos praticada 
por agentes públicos ou a mando de autoridades públicas não poderão ser objeto de restrição de acesso. 
b) As informações que puderem colocar em risco a segurança do Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos 
cônjuges e filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício 
ou do último mandato, em caso de reeleição. 
Além do prazo máximo de restrição, existem autoridades específicas competentes para classificar as 
informações de acordo com nível, nos termos do Art. 27: 
Art. 27. A classificação do sigilo de informações no âmbito da administração pública federal 
é de competência 
I - no grau de ultrassecreto, das seguintes autoridades: 
a) Presidente da República; 
b) Vice-Presidente da República; 
c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas; 
d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e 
e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exterior; 
II - no grau de secreto, das autoridades referidas no inciso I, dos titulares de autarquias, 
fundações ou empresas públicas e sociedades de economia mista; e 
III - no grau de reservado, das autoridades referidas nos incisos I e II e das que exerçam 
funções de direção, comando ou chefia, nível DAS 101.5, ou superior, do Grupo-Direção e 
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Assessoramento Superiores, ou de hierarquia equivalente, de acordo com regulamentação 
específica de cada órgão ou entidade, observado o disposto nesta Lei. 
 
 Vamos esquematizar essas informações: 
 
*EP: Empresa Pública. SEM: Sociedade de Economia Mista: 
 
 “Marcelo, e se o pedido de informações for negado sem fundamentação adequada?” 
Isso é bem sério perante a LAI. A lei prevê, que após o devido processo legal no qual seja ofertado o 
contraditório e a ampla defesa, o agente público estará sujeito, no mínimo, à suspensão e pode, inclusive, ser 
responsabilizados por improbidade administrativa (Art. 32). 
Uma possibilidade trazida pela lei que é curiosa é a divulgação parcial de uma informação. Pode ser que 
um documento contenha simultaneamente dados sigilosos e dados não sigilosos. Ainda nesse caso, deve-se 
franquear o acesso da informação não sigilosa ao cidadão. Para tanto, a administração pública deve fornecer 
uma certidão, extrato ou cópia ocultando a parte sob sigilo. 
 
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Acesso a Informação e sua divulgação 
A LAI estimula a transparência ativa (divulgação independente de requerimentos) e, assim, determina 
que é dever dos órgãos e entidade públicas utilizarem todos os meios e instrumentos legítimos de que 
dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios oficias da rede mundial de computadores (internet). 
Vejamos as informações mínimas que devem ser disponibilizadas na internet: 
 Registro das competências e estrutura organizacional, endereços e telefones das respectivas 
unidades e horários de atendimento ao público; 
 Registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros; 
 Registros das despesas; 
 Informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais e resultados, 
bem como a todos os contratos celebrados; 
 Dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de órgãos e entidades; 
 Respostas a perguntas mais frequentes da sociedade. 
Será que lá em Caapiranga no interior do interior do interior do Amazonas a divulgação por meio da 
internet é o melhor caminho? 
Claro que não, né? A cidade é bem pequena, sendo a internet ainda inacessível para quase toda a 
população. A LAI foi sensível com essa realidade e dispensou da obrigatoriedade de divulgação na internet 
os municípios com população de até 10.000 (dez mil) habitantes. Contudo, esses municípios continuam 
obrigados a divulgar por outros meios, em tempo real, as informações relativas à execução orçamentária e 
financeira, nos mesmos critérios e prazos. 
 
CESPE – SEFAZ/RS – Assistente Fazendário – 2018) A Lei de Acesso à Informação obriga todos os 
municípios com até dez mil habitantes a divulgar 
a) sua estrutura organizacional e suas competências. 
b) seus programas, seus projetos e suas ações. 
c) a remuneração e subsídios recebidos pelos ocupantes de cargo público. 
d) as licitações realizadas e as em andamento. 
e) informações relativas à execução orçamentária e financeira. 
COMENTÁRIO: 
Os municípios com população de até 10.000 habitantes continuam obrigados a divulgar, em tempo real, as 
informações relativas à execução orçamentária e financeira. 
Gabarito: E 
 
Ainda dentro do estudo da transparência é interessante conversamos sobre a “Parceria para Governo 
Aberto” (do inglês Open Government Partnership – OGP). 
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Parceria para Governo Aberto (Open Government Partnership) - OGP 
Tópico pouco explorado em provas 
A OGP é uma iniciativa internacional que pretende difundir e incentivar globalmente que os governos 
tornem-se mais inclusivos, responsivos e responsáveis. Difundem-se, dessa forma, boas práticas 
governamentais relacionadas à transparência, ao acesso à informação pública e à participação social. 
A Parceria para Governo Aberto foi formalmente lançada em 20 de setembro de 2011, quando os 8 
governos fundadores (Brasil, Indonésia, México, Noruega, Filipinas, África do Sul, Reino Unido e Estados 
Unidos) endossaram a Declaração do Governo Aberto e anunciaram sua ação por meio de planos. Desde 
2011, 79 países participantes da OGP e 20 governos subnacionais fizeram mais de 3.100 compromissos para 
tornar seus governos mais abertos e responsáveis. 
Vejamos abaixo o que a OGP define como missão e visão institucionais: 
A visão da OGP é que mais governos se tornem cada vez mais transparentes, mais responsáveis e mais receptivos aos 
seus próprios cidadãos, com o objetivo final de melhorar a qualidade da governança, bem como a qualidade dos 
serviços que os cidadãos recebem. Isso exigirá uma mudança de normas e cultura para garantir um diálogo e colaboração 
genuínos entre os governos e a sociedade civil. 
A OGP aspira a apoiar os reformadores do governo e da sociedade civil, elevando o governo aberto aos mais altos níveis 
do discurso político, fornecendo cobertura para reformas difíceis e criando uma comunidade de apoio de reformadores 
com opiniões semelhantes de países em todo o mundo. 
Existem três formas principais para a OGP ajudar a garantir que as condições adequadas estejam em vigor para os países 
implementarem reformas ambiciosas de governo aberto: 
1) Manter liderança política de alto nível e compromisso com a OGP nos países participantes 
2) Apoiar reformadores nacionais com perícia técnica e inspiração 
3) Promover mais engajamento na OGP por um grupo diversificado de cidadãos e organizações da sociedade civil 
Além disso, o Mecanismo Independente de Relatórios (IRM) da OGP procura: 
4) Assegurar que os países sejam responsabilizados pelo progresso em direção a seus compromissos com a OGP. 
 
Para que um governo integre a OGP é necessário que endosse uma declaração na qual assuma o 
compromisso com 4 (quatro) objetivos básicos: 
 
 Transparência: “Aumentar a disponibilidade de informações sobre atividades governamentais”. O 
governo de se comprometer a promover maior acesso à informação e divulgação sobre atividades 
governamentais em todos os níveis de governo. Compromete-se ainda em aumentar os esforços 
para coletar e publicar sistematicamente dados sobre gastos e desempenho do governo para 
serviços públicos essenciais e atividade; 
 
 Participação cidadã/cívica: O governo deve-se comprometer a valorizar a participação pública de 
todas as pessoas, igualmente e sem discriminação, na tomada de decisões e formulação de políticas. 
O engajamento público, incluindo a participação total das mulheres, aumenta a eficácia dos 
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governos, que se beneficiam do conhecimento, das ideias e da capacidade de fornecer supervisão.. 
Deve ainda proteger a capacidade de organizações sem fins lucrativos e da sociedade civil de operar 
de maneira consistente com o compromisso de liberdade de expressão, associação e opinião. 
 
 Prestação de Contas e Responsabilização: “Implementar os mais altos padrões de integridade 
profissional em todas as administrações”. O governo é responsável por exigir altos padrões éticos e 
códigos de conduta para funcionários públicos. Compromete-se a ter políticas, mecanismos e 
práticas robustos de combate à corrupção, garantindo a transparência na gestão das finanças 
públicas e compras governamentais e fortalecendo o estado de direito. Deve manter ou estabelecer 
uma estrutura legal para divulgar informações sobre a receita e os ativos de funcionários públicos 
nacionais de alto escalão. Compromete-se a promulgar e implementar regras que protejam os 
denunciantes e a fornecer informações sobre as atividades e a eficácia dos órgãos de prevenção e 
execução de anticorrupção, bem como os procedimentos para o recurso a esses órgãos, disponíveis 
ao público, respeitando a confidencialidade de informações específicas. 
 
 Tecnologia e inovação: “Aumentar o acesso a novas tecnologias para abertura e responsabilidade”.. 
Deve-se aproveitar essas tecnologias para tornar mais informações públicas, de modo a permitir que 
as pessoas entendam o que seus governos fazem e influenciem decisões. O governo deve 
desenvolver espaços on-line acessíveis e seguros como plataformas de prestação de serviços, 
envolvimento do público e compartilhamento de informações e ideias. Deve-se envolver a sociedade 
civil e a comunidade empresarial para identificar práticas eficazes e abordagens inovadoras para 
alavancar novas tecnologias para capacitar as pessoas e promover a transparência no governo. 
Aumentar o acesso à tecnologia implica apoiar a capacidade de governos e cidadãos de usá-la. Assim, 
deve-se apoiar e desenvolver o uso de inovações tecnológicas por funcionários do governo e 
cidadãos. A tecnologia é um complemento, não um substituto, para informações claras e úteis. 
 
No site da CGU esses objetivos estão consolidados da seguinte forma: 
A OGP define o conceito de governoaberto por meio de quatro princípios estabelecidos, a saber: 
Transparência 
As informações sobre as atividades de governo são abertas, compreensíveis, tempestivas, livremente acessíveis e 
atendem ao padrão básico de dados abertos. 
Prestação de Contas e Responsabilização (Accountability) 
Existem regras e mecanismos que estabelecem como os atores justificam suas ações, atuam sobre críticas e exigências e 
aceitam as responsabilidades que lhes são incumbidas. 
Participação Cidadã 
O governo procura mobilizar a sociedade para debater, colaborar e propor contribuições que levam a um governo mais 
efetivo e responsivo. 
 
 
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Tecnologia e Inovação 
O governo reconhece a importância das novas tecnologias no fomento à inovação provendo acesso à tecnologia e 
ampliando a capacidade da sociedade de utilizá-la. 
 
CESPE – TRE/RS – Técnico Judiciário – 2015) Assinale a opção correta de acordo com os princípios de 
governo aberto, segundo a OGP (Open Government Partnership). 
a) Accountability refere-se à credibilidade usufruída por determinado governo junto à sociedade. 
b) O governo que implementa padrões éticos mínimos na administração é considerado aberto, conforme a 
OGP. 
c) O acesso às tecnologias já existentes deve ser garantido para que se proponham inovações. 
d) A mobilização social com vista a estimular contribuições para um governo mais efetivo deve ser meta de 
um governo aberto. 
e) A transparência pressupõe acesso facilitado às informações governamentais, com o estabelecimento de 
requisitos mínimos a ser atendidos pelo requerente. 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa A. Errado. Alternativa relaciona-se mais com a legitimidade, ou seja, o poder político 
(governabilidade) do governo. A Accountability está associada às ideias de transparência, prestação de contas 
e responsabilização dos gestores. 
Alternativa B. Errado. Considera-se aberto o governo que tem consolidados os quatro princípios do ODP: 
transparência, accountability, participação cidadão e tecnologia e inovação. 
Alternativa C. Errado. O governo aberto reconhece a importância das novas tecnologias no fomento à 
inovação. Pegadinha de mau gosto. 
Alternativa D. Certo. A participação cidadão é um dos princípios do governo aberto. 
Alternativa E. Errado. A transparência pressupõe que as informações sobre as atividades do governo sejam 
abertas, compreensíveis, tempestivas e livremente acessíveis, ou seja, não depende do atendimento a 
requisitos pelo requerente. 
Gabarito: D 
 
Conselhos de gestão 
Os conselhos de gestão representam um instrumento para que os cidadãos façam a fiscalização da 
gestão pública. Trata-se de um instrumento de controle social que permite que a Administração Pública ouça 
o que os cidadãos pensam sobre os serviços públicos. 
Resumindo e de forma bem simples: os conselhos de gestão servem para propiciar a fiscalização + 
participação dos cidadãos na Administração Pública. 
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Os Conselhos Gestores de Políticas Públicas são canais institucionais, plurais, permanentes, autônomos, formados por 
representantes da sociedade civil e poder público, cuja atribuição é a de propor diretrizes das políticas públicas, fiscalizá-
las, controlá-las e deliberar sobre elas, sendo órgãos de gestão pública vinculados à estrutura do Poder Executivo, ao 
qual cabe garantir a sua permanência. (Nahra, 2007) 
 
Os conselhos surgem dentro do processo de descentralização administrativa e de ampliação da 
participação popular que se inicia com a promulgação da Constituição Federal de 1988. Vejamos um exemplo 
interessante que consta no texto constitucional: 
Art. 216-A. O Sistema Nacional de Cultura, organizado em regime de colaboração, 
de forma descentralizada e participativa, institui um processo de gestão e 
promoção conjunta de políticas públicas de cultura, democráticas e permanentes, 
pactuadas entre os entes da Federação e a sociedade, tendo por objetivo 
promover o desenvolvimento humano, social e econômico com pleno exercício dos 
direitos culturais. 
[...] 
§ 2º Constitui a estrutura do Sistema Nacional de Cultura, nas respectivas esferas da 
Federação: 
[...] 
II - conselhos de política cultural; 
O exemplo é interessante para que entenda a ideia: os conselhos de gestão constituem um regime de 
colaboração entre Estado e cidadãos para juntos, de forma descentralizada e participativa, promoverem 
políticas públicas. 
Existem conselhos em diferentes áreas: regulação econômica (Conselho Monetário Nacional – CMN), 
previdência (Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC), trabalho (Conselho Nacional do 
Trabalho), etc...muitos muitos conselhos. Para fins de prova, além dessa visão geral, existe um conselho que 
pode vez ou outra (não é comum, mas já foi cobrado) aparece em provas: Conselho de Gestão Fiscal - CGF. 
O Conselho de Gestão Fiscal é um conselho previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF (Lei 
complementar nº. 101/2000), mas que ainda não foi instituído. Vejamos o que dispõe a referida lei: 
Art. 67. O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da política e da 
operacionalidade da gestão fiscal serão realizados por conselho de gestão fiscal, 
constituído por representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do 
Ministério Público e de entidades técnicas representativas da sociedade, visando 
a: 
 I - harmonização e coordenação entre os entes da Federação; 
 II - disseminação de práticas que resultem em maior eficiência na alocação e 
execução do gasto público, na arrecadação de receitas, no controle do 
endividamento e na transparência da gestão fiscal; 
 III - adoção de normas de consolidação das contas públicas, padronização das 
prestações de contas e dos relatórios e demonstrativos de gestão fiscal de que trata 
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esta Lei Complementar, normas e padrões mais simples para os pequenos 
Municípios, bem como outros, necessários ao controle social; 
 IV - divulgação de análises, estudos e diagnósticos. 
Perceba que muda o nome, mas a finalidade dos conselhos é essencialmente a mesma: fomentar a 
fiscalização e participação popular dentro da Administração Pública. Vejamos uma questão sobre esse 
assunto: 
CESPE – MTE – Administrador – 2008) O Conselho de Gestão Fiscal (CGF), nos termos da Lei de 
Responsabilidade Fiscal (LRF), ao institucionalizar a participação da sociedade civil na avaliação da gestão 
fiscal, constitui espaço de interseção entre o aparelho administrativo estatal e o público não estatal, como um 
instrumento de controle social do Estado. 
COMENTÁRIO: 
Perfeito o enunciado. O CGF é a institucionalização da participação da sociedade civil na gestão fiscal. Assim 
como os conselhos de modo geral o CGF funciona como um instrumento de controle social do Estado. 
Gabarito: Certo 
 
CESPE – SLU/DF – Analista de Gestão de Resíduos Sólidos – 2019) Os conselhos gestores são exemplos de 
mecanismos de participação cidadã na gestão pública que ainda não são adotados nos municípios brasileiros. 
COMENTÁRIO: 
De forma simplificado, os conselhos de gestão permitem que os cidadãos fiscalizem e participem da gestão 
pública. O enunciado, no entanto, erra ao afirmar que os conselhos ainda não são adotados nos municípios 
brasileiros. Na verdade, existem conselhos nas três esferas de governo: federal, estadual e municipal. No 
âmbito municipal, um exemplo corriqueiro são os conselhos municipais de educação. 
Gabarito: Errado 
 
Orçamento participativo 
O orçamento participativo é uma técnicas orçamentária na qual a alocação de alguns recursos contidos 
no Orçamento Público é decida com a participação direta da população ou por meiode grupos organizados 
da sociedade civil, tais como associação de moradores. (Paludo, 2018) 
Atualmente a aplicação do orçamento participativo restringe-se ao âmbito municipal. Em hipóteses 
excepcionais é possível ser adotado no âmbito estadual. É um instrumento que estimula a cidadania, pois 
cria-se um vínculo e corresponsabilização entre Governo e sociedade sobre a gestão dos recursos públicos. 
Essa participação popular, no âmbito municipal, é assegurada segundo muitos autores pelo art.29, XII 
da Constituição Federal: 
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o 
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara 
Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta 
Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: 
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[...] 
XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal; 
No Estatuto das Cidades (Lei nº. 10.257/2001) existe previsão expressa no sentido de que, no âmbito 
municipal, a participação popular é condição obrigatória para aprovação do Plano plurianual – PPA, Lei de 
diretrizes orçamentárias – LDO e Orçamento anual –LOA: 
Art. 44. No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa de que trata a 
alínea f do inciso III do art. 4o desta Lei incluirá a realização de debates, audiências e 
consultas públicas sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes 
orçamentárias e do orçamento anual, como condição obrigatória para sua 
aprovação pela Câmara Municipal. 
Vejamos algumas características básicas desse orçamento segundo autores prestigiados pelas bancas 
organizadoras: 
 O principal benefício do Orçamento Participativo é a democratização do Estado-sociedade com 
fortalecimento da democracia 
 Autorregulação é uma marca fundamental do Orçamento Participativo, pois as regras são definidas 
pelos participantes e podem ser por eles modificadas. 
 O Orçamento popular objetiva assegurar a participação das comunidades, de forma organizada e 
autônoma, no processo de discussão, elaboração e execução de uma parte do orçamento, bem como 
garantir a transparência na aplicação dos recursos públicos. 
 Orçamento popular é um instrumento educativo porque envolve dezenas de milhares de cidadãos 
que começam a ter uma consciência política e crítica do uso dos recursos públicos. 
Apesar da indiscutível importância como instrumento democrático, a partir da obra de Crepaldi (2009) e 
de Paludo (2018) é possível identificarmos alguns obstáculos e críticas para a participação popular por meio 
do Orçamento Participativo: 
 Implantação: deficiências técnicas e organizacionais, boicotes internos e externos. 
 Cooptação: tentativa de exercer uma influência paternalista, a partir da perpetuação de apenas 
alguns grupos que optam em participar. 
 Desigualdade: dificuldades para participação voluntária das pessoas, questões relacionadas desde o 
acesso às reuniões como a compreensão do processo de participação. 
 Decisões não vinculantes: As decisões deliberadas não são vinculantes, ou seja, não precisam ser 
seguidas pelo Poder Executivo. 
 Restrição aos poderes do Legislativo: a adoção do Orçamento Participativo retira poderes conferidos 
aos membros do Poder Legislativo para deliberar sobre a proposta orçamentária. 
 
CESPE-MTE Administrador – 2008) Algumas das críticas relacionadas às experiências com o orçamento 
participativo dizem respeito às restrições aos poderes do Legislativo, à falta de cumprimento das decisões 
adotadas e às distorções na legitimidade dos instrumentos e processos referentes às assembleias populares. 
RESOLUÇÃO: 
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O enunciado relaciona as críticas e obstáculos que estudamos sobre a implantação do Orçamento 
Participativo. Quanto às distorções na legitimidade é importante destacar que elas ocorrem em virtude da 
desigualdade e cooptação. 
Apesar de participativo, o orçamento público ainda não é suficientemente inclusivo no sentido de ser um 
tema acessível à população. Assim, nas reuniões e audiências públicas organizadas para debater o Orçamento 
Participativo não temos uma amostra “real” da população, temos, na verdade, a presença de pequenos 
extratos da sociedade, os quais detém conhecimento e interesse na gestão pública. Naturalmente, esses 
grupos defenderão sua percepção social a qual não representa necessariamente a percepção de todas as 
camadas sociais. 
Gabarito: Certo 
 
Estamos a todo vapor meus amigos!!! Venceremos ponto a ponto desse edital.  
Já sabe que estou com você nessa empreitada, né? Caso tenha dúvidas, críticas, sugestões ou 
simplesmente queira bater um papo sobre concursos públicos... fala comigo, beleza? Estamos longe apenas 
fisicamente, tudo bem? 
 
Grande abraço 
 
Marcelo Soares 
 
 
 
 
 
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Questões comentadas pelo professor 
1. CESPE - SLU-DF - Analista de Gestão de Resíduos Sólidos (Administração)- 2019) 
Os conselhos gestores são exemplos de mecanismos de participação cidadã na gestão pública que ainda não 
são adotados nos municípios brasileiros. 
COMENTÁRIO: 
De forma simplificado, os conselhos de gestão permitem que os cidadãos fiscalizem e participem da gestão 
pública. O enunciado, no entanto, erra ao afirmar que os conselhos ainda não são adotados nos municípios 
brasileiros. Na verdade, existem conselhos nas três esferas de governo: federal, estadual e municipal. No 
âmbito municipal, um exemplo corriqueiro são os conselhos municipais de educação. 
Gabarito: Errado 
2. CESPE – SEFAZ/RS – Auditor do Estado – 2018) 
A participação popular, importante instrumento para a promoção da transparência dos atos administrativos, 
pode se dar por meio de 
a) inspeção. 
b) avaliação de competências. 
c) processo administrativo disciplinar. 
d) audiência pública. 
e) sindicância. 
COMENTÁRIO: 
Inspeções e avaliações de competências são atribuições realizadas pelos órgãos de controle. Não estão 
diretamente relacionadas à participação popular. 
Processo administrativo disciplinar e sindicância são procedimentos realizados pela administração para 
apurar possíveis irregularidades cometidas por servidores públicos. Não estão diretamente relacionados à 
participação popular. 
Audiência pública é uma reunião pública, transparente e de ampla discussão em que se vislumbra a 
comunicação entres os vários setores da sociedade e as autoridades pública, ou seja, consiste exatamente em 
um instrumento de participação popular. 
A realização de audiências públicas para elaboração das leis orçamentárias é obrigatória segundo a Lei de 
Responsabilidade Fiscal – LRF. 
Gabarito: D 
3. CESPE – STM – Analista Judiciário (Administrativo) – 2018) 
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O estabelecimento de canais de comunicação direta com os usuários, a agilidade nas respostas dos 
prestadores de serviços públicos e a adoção de sistemas informacionais flexíveis e transparentes são práticas 
representativas da visão do cidadão como cliente da administração pública. 
COMENTÁRIO: 
Questão um pouco mais genérica que relaciona a visão cidadão-cliente, típica do terceiro estágio do modelo 
gerencial (Public Service Orientation), com a importância da adoção de instrumentos que fortalecem à 
transparência e participação cidadã. 
Recorde que dentro da perspectiva cidadão-cliente temos não apenas direitos, mas também deveres 
inerentes ao exercício da cidadania. Trata-se da ideia de fomentar o engajamento e envolvimento das 
pessoas na condução das políticas públicas. Enunciado correto.Gabarito: CERTO 
4. CESPE – TCE PE – Analista de Gestão – 2017) 
Transparência e controle social são características de um modelo de Estado autoritário e burocrático. 
COMENTÁRIO: 
A transparência e o controle social são inerentes aos Estados democráticos modernos. Inserem-se no bojo da 
democracia. 
Gabarito: ERRADO 
5. CESPE – TCE PE – Auditor de Controle Externo – 2017) 
Entre os dados de despesas efetuadas por órgãos e entidades da administração pública federal 
disponibilizados no Portal da Transparência do Poder Executivo Federal não se incluem aqueles relativos aos 
repasses de recursos federais para os estados, o Distrito Federal e os municípios. 
COMENTÁRIO: 
O Portal da Transparência do Poder Executivo Federal inclui os dados de repasses de recursos federais para 
os estados, DF e municípios. O que esse portal não dispõe é de informações sobre execução de receitas, 
despesas, servidores e informações que não possuam alguma relação com o Poder Executivo Federal. 
Gabarito: ERRADO 
6. CESPE – TCE PE – Analista de Controle Externo – 2017) 
Acerca do conceito de accountability aplicado à administração pública, julgue o item. 
Trata-se de um mecanismo institucional por meio do qual os governantes são constrangidos a responder, 
ininterruptamente, por seus atos ou omissões à sociedade. 
COMENTÁRIO: 
Accountability é um termo em inglês que reúne três dimensões: informação (transparência), 
justificação (dever de prestar contas, responsividade) e punição (responsabilização do gestor, coerção). 
Gabarito: CERTO 
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7. CESPE – TCE/PE – Analista de Controle Externo – 2017) 
Acerca dos processos participativos de gestão, julgue o item a seguir. 
Embora debates, audiências e consultas públicas acerca de propostas de planos plurianuais, de lei de 
diretrizes orçamentárias e do orçamento anual devam ser incluídos em uma gestão orçamentária 
participativa, sua realização não representa condição obrigatória para a aprovação desses dispositivos na 
câmara municipal. 
RESOLUÇÃO: 
A participação popular, no âmbito municipal, é condição obrigatória para aprovação do PPA, LDO e LOA, nos 
termos do Estatuto das Cidades: 
Art. 44. No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa de que trata a 
alínea f do inciso III do art. 4o desta Lei incluirá a realização de debates, audiências e 
consultas públicas sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes 
orçamentárias e do orçamento anual, como condição obrigatória para sua 
aprovação pela Câmara Municipal 
Gabarito: Errado 
8. CESPE – TRE PE – Analista Judiciário – 2017) 
A respeito da divulgação de conteúdos e dos controles referentes à transparência na administração pública, 
assinale a opção correta. 
a) Informações relativas à execução orçamentária e financeira, licitações e contratos, nas páginas de 
transparência pública, devem ser atualizadas quinzenalmente. 
b) Os órgãos e entidades da administração pública federal devem divulgar a relação nominal das empresas 
que tenham sido declaradas impedidas de contratar com a administração pública federal. 
c) Informações relativas a execução orçamentária e financeira, licitações, contratações, convênios, diárias e 
passagens prescindem de sigilo. 
d) Para a correta interpretação das informações, cabe ao cidadão pesquisar em fontes fidedignas a definição 
dos termos técnicos utilizados nas páginas de transparência pública. 
e) Informações relativas a convênios que envolvam a transferência de recursos públicos federais celebrados 
pelos órgãos e entidades da administração pública federal devem ser mantidas nas páginas de transparência 
pública por até cento e oitenta dias após o encerramento da vigência do contrato. 
COMENTÁRIO: 
Alternativa A. Errado. Informações relativas à execução orçamentária e financeira devem ser divulgadas 
mensalmente. Informações sobre licitações devem ser divulgadas semanalmente. 
Alternativa B. Correto. Devem ser divulgadas quinzenalmente a relação de empresas que tenham sido 
declaradas suspensas de participar de licitações ou de contratar com a Administração Pública federal. 
Alternativa C. Errado. Informações sobre licitações e contratos, por exemplo, podem ser classificadas como 
sigilosas se a divulgação oferecer risco às operações estratégicas das Forças Armadas. 
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Alternativa D. Errado. As informações serão apresentadas de forma simples, com a utilização de recursos de 
navegação intuitiva a qualquer cidadão, independentemente de senhas ou conhecimentos específicos de 
informática 
Alternativa E. Errado. Informações sobre contratos, convênios e licitações devem ser mantidas nas páginas de 
transparência pelo prazo mínimo de 04 anos. 
Gabarito: B 
9. CESPE – TCE PR – Analista de Controle – 2016) 
A transparência na gestão pública inclui a divulgação de informações relativas a despesas de viagens pagas a 
servidores públicos, inclusive a colaboradores eventuais, em viagens no interesse da administração. 
COMENTÁRIO: 
A transparência das informações com despesas deve ser ampla. Devem ser incluídas, portanto, as despesas 
com viagens e diárias. 
Gabarito: CERTO 
10. CESPE – CGE PI – Auditor Governamental – 2015) 
A transparência, referente à possibilidade de acesso do cidadão às informações governamentais, é um 
elemento essencial para o controle do aparelho do Estado pela sociedade. 
COMENTÁRIO: 
A própria disponibilização das informações na internet, por si só, já constitui uma espécie de controle e serve 
de estímulo ao controle social. 
Gabarito: CERTO 
11. CESPE – TRE RS – Técnico Judiciário – 2015) 
Assinale a opção correta de acordo com os princípios de governo aberto, segundo a OGP (Open Government 
Partnership). 
a) Accountability refere-se à credibilidade usufruída por determinado governo junto à sociedade. 
b) O governo que implementa padrões éticos mínimos na administração é considerado aberto, conforme a 
OGP. 
c) O acesso às tecnologias já existentes deve ser garantido para que se proponham inovações. 
d) A mobilização social com vista a estimular contribuições para um governo mais efetivo deve ser meta de 
um governo aberto. 
e) A transparência pressupõe acesso facilitado às informações governamentais, com o estabelecimento de 
requisitos mínimos a ser atendidos pelo requerente. 
COMENTÁRIO: 
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Alternativa A. Errado. A alternativa está mais associada ao conceito de governabilidade. Accountability trata-
se de um termo em inglês que reúne as seguintes ideias: transparência + dever de prestar contas + 
responsabilização do gestor. 
Alternativa B. Errado. Um governo aberto deve implantar os mais altos padrões de integridade profissional 
para que seja considerado aberto. 
Alternativa C. Errado. Na área de tecnologia e inovação, o governo aberto deve-se comprometer a apoiar e 
desenvolver o uso de novas tecnologias (e não tecnologias já existentes). 
Alternativa D. Correto. Alternativa está de acordo com o princípio da participação cidadão: “O governo 
procura mobilizar a sociedade para debater, colaborar e propor contribuições que levam a um governo mais 
efetivo e responsivo”. 
Alternativa E. Errado. As informações devem ser abertas (livremente acessíveis), ou seja, sem 
estabelecimento de requisitos. 
Gabarito: D 
12. CESPE – CADE – Analista Técnico Administrativo – 2014) 
A transparência dos objetivos, dos resultados e das metas da organização diminui problemas relacionados 
aos déficits de informação e permite o compartilhamento e o engajamento coletivo em torno dos mesmos 
propósitos. 
COMENTÁRIO: 
Ótimo enunciado que sintetiza a importância da transparência: reduzir o déficit de informação e fomentarà 
participação cidadã na gestão pública. 
Gabarito: CERTO 
13. CESPE – TJ CE – Técnico Judiciário – 2014) 
A transparência consiste em um mecanismo de controle social que permite ao cidadão avaliar a efetividade 
da administração pública. 
COMENTÁRIO: 
Quanto maior o número de informações e canais disponíveis, maior será o estímulo à participação social e, 
por consequência, maior será o controle social. Isso porque a própria disponibilização das informações na 
internet, por si só, já se constitui numa espécie de controle. 
Gabarito: CERTO 
14. CESPE – SUFRAMA – Analista Técnico Administrativo – 2014) 
Uma forma de promover a transparência na administração pública consiste no investimento e na 
profissionalização dos serviços públicos. 
COMENTÁRIO: 
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A expansão da transparência depende, em grande medida, de investimentos em tecnologia da informação. É 
preciso desenvolver novos sistemas (mais integrados, mais intuitivos) para tornar as informações mais 
acessíveis. 
Gabarito: CERTO 
15. CESPE – SUFRAMA – Analista Técnico – Administrativo – 2014) 
Os conselhos de gestão podem sugerir e deliberar acerca das políticas públicas do Estado, porém não 
possuem poder de fiscalização 
RESOLUÇÃO: 
Os conselhos de gestão são instrumentos de participação e fiscalização acerca das políticas públicas, por isso 
o enunciado está errado. 
Gabarito: Errado 
16. CESPE – SUFRAMA – Analista Técnico – Administrativo – 2014) 
A educação e a participação popular nas decisões do Estado contribuem para a geração e para o 
fortalecimento de uma cultura democrática. 
RESOLUÇÃO: 
Instrumentos como os conselhos fiscais e o orçamento participativo são importantes justamente por 
promoverem educação cívica e fomentarem a participação popular nas decisões do Estado. 
Gabarito: Certo 
17. CESPE – FUB – Auxiliar – 2013) 
Apenas os administradores públicos em cargos de chefia têm o dever de prestar contas de suas atividades. 
COMENTÁRIO: 
Todos os agentes públicos tem o dever de atuarem de forma transparente e de prestarem contas de seus 
atos. 
Gabarito: ERRADO 
18. CESPE – TC/DF – Auditor de Controle Externo – 2012) 
Mudanças na organização pública Alfa estão sendo implementadas para propiciar o alcance de resultados, 
seguindo modelos adotados por organizações privadas. A Alfa também facilitará o acesso do cidadão aos 
seus atos, resultados, processos, custos operacionais e administrativos por meio de portal na Internet, o que 
elevará suas despesas com investimentos em TI. 
Com respeito a essa situação hipotética, julgue o item que se segue. 
Infere-se da situação apresentada que a Alfa está se alinhando com os pressupostos de accountability. 
COMENTÁRIO: 
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À medida que a organização Alfa aumenta a transparência e facilita o acesso do cidadão aos seus atos, 
podemos afirmar que a Alfa está se alinhando com os pressupostos de accouontability. 
Gabarito: CERTO 
19. CESPE – INCA – Analista em Ciência Júnior – 2010) 
A transparência pública implica maior publicidade das ações dos gestores públicos, no que tange ao uso 
adequado dos recursos, maior concorrência entre os fornecedores e legitimidade oriunda da participação da 
sociedade no processo decisório 
COMENTÁRIO: 
O enunciado descreve um conceito de transparência (maior publicidade das ações dos gestores públicos) e 
apresentar alguns benefícios proporcionados por uma conduta transparente: a) maior concorrência entre os 
fornecedores; b) aumento da legitimidade. 
Gabarito: CERTO 
20. CESPE – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – Analista de Atividades Técnicas – 2015) 
É garantido, por qualquer ente federal, o acesso irrestrito à informação referente a projetos de pesquisa e de 
desenvolvimento científicos ou tecnológicos. 
COMENTÁRIO: 
O enunciado trata sobre uma das hipóteses de informação classificada segundo a Lei de Acesso à Informação. 
Vejamos: 
Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, 
portanto, passíveis de classificação as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito 
possam: 
VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou 
tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico 
nacional; 
Gabarito: ERRADO 
21. CESPE – TJ/CE – Técnico Judiciário – 2014) 
Em relação à avaliação do desempenho e ao controle organizacional em organizações públicas, assinale a 
opção correta. 
a) Accountability refere-se à capacidade de administração de um governo. 
b) A transparência consiste em um mecanismo de controle social que permite ao cidadão avaliar a efetividade 
da administração pública. 
c) O controle do desempenho organizacional é de responsabilidade exclusiva dos níveis estratégicos das 
organizações. 
d) O controle financeiro é admitido como objetivo principal tanto nas organizações públicas quanto nas 
privadas. 
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e) Os conceitos de eficácia e eficiência aplicam-se, de forma indistinta, às organizações públicas e privadas. 
COMENTÁRIO: 
Alternativa A. Errado. Trata-se do conceito de governança. 
Alternativa B. Correto. A transparência é um dos pressupostos para que o controle social possa ser exercido. 
Alternativa C. Errado. O controle do desempenho organização é uma responsabilidade de todos (nível estratégico, tático 
e operacional). 
Alternativa D. Errado. Organizações públicas tem como objetivo principal atender suas finalidades sociais. 
Alternativa E. Errado. Os conceitos são válidos tanto para a seara pública quanto para a seara privada, contudo, são 
adaptados a depender do contexto que são utilizados. A efetividade, por exemplo, na seara pública está relacionada ao 
impacto social provocado por uma política pública. A efetividade na seara privada está relacionada à sustentabilidade da 
empresa, ou seja, a capacidade da empresa permanecer “viva” no mercado. 
Gabarito: B 
22. CESPE – TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 1998) 
Considere que um cidadão veja negada sua solicitação junto a um órgão público, sob a falsa alegação de que 
não cumpriu um requisito documental imposto pelo órgão. O servidor atendente recomenda ao incauto 
cidadão procurar um despachante. O cidadão segue a recomendação e, após o pagamento de uma pequena 
propina, consegue ter sua solicitação atendida, juntamente com outros casos congêneres, encaminhados pela 
chefia por recomendação de um influente político da região, que mantém uma rede de apaniguados no 
órgão. O cidadão decide, em vão, denunciar o duplo absurdo: o excesso de requisitos documentais e a 
corretagem. Quanto ao primeiro, conclui o cidadão que as exigências documentais, os critérios de análise das 
solicitações e as decisões seguem um padrão próprio do órgão, imune ao controle de outros órgãos e poderes 
da administração. Quanto à corretagem, faltavam-lhe provas. 
Com base nessa situação, é correto afirmar que mecanismos de controle social, como a contratação de 
auditores independentes, seriam uma barreira ao acontecimento citado. 
COMENTÁRIO: 
Erra o enunciado ao tratar a contratação de auditores independentes como um mecanismo de controle social. 
Dentre os mecanismos de controle social temos como exemplos: a ação popular, o voto, a participação em 
conselhos de gestão, a formulação de denúncias por meios dos canais de ouvidoria etc. 
Gabarito: ERRADO 
23. UFC – UFC – Assistente em Administração – 2018) 
Tem por objetivo aumentar a transparência da gestão pública, permitindo que o cidadão acompanhe o uso do 
dinheiro público ajudando a fiscalizá-lo. 
a) Prefeituras municipais. 
b) Portal da transparência. 
c) Supremo Tribunal Federal. 
d) Tribunal de Contas daUnião. 
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e) Secretaria de Controle do Dinheiro Público. 
COMENTÁRIO: 
Criado pela CGU em 2004 e depois tornado obrigatório para os demais entes políticos por meio da LAI, o 
portal da transparência permite que qualquer cidadão acompanhe o uso do dinheiro público e, assim, 
fomenta o controle social. 
Gabarito: B 
24. FGV – Prefeitura de Salvador – Especialista em Políticas públicas – 2019) 
Dentre as diferentes formas de participação social previstas no ordenamento jurídico brasileiro, existe uma 
que está prevista no texto constitucional, tratando expressamente da interação entre as comissões das Casas 
Legislativas e as entidades da Sociedade Civil. Esse mecanismo de participação social, de caráter 
exclusivamente consultivo, é conhecido por 
a) Orçamento Participativo. 
b) Conselhos Gestores de Políticas Públicas. 
c) Conferências Populares. 
d) Audiências Públicas. 
e) Assembleias Gerais. 
COMENTÁRIO: 
Questão mais caprichada. Diversas alternativas apresentam mecanismos de participação social. O detalhe é 
que o candidato deve assinar o mecanismo que possui caráter exclusivamente consultivo e que está previsto 
no texto constitucional. 
Alternativa A. Errado. O orçamento participativo é uma técnica orçamentária na qual a alocação de alguns 
recursos contidos no Orçamento Público é decidida com a participação direta da população ou por meio de 
grupos organizados da sociedade civil, tais como associação de moradores. (Paludo, 2018). Atualmente a 
aplicação do orçamento participativo restringe-se ao âmbito municipal. O orçamento participativo não 
está previsto expressamente na Constituição Federal, porém alguns autores defendem que ele estaria 
implícito dentro do Art.29, XII: 
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o 
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara 
Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta 
Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: 
[...] 
XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal; 
Apesar da controvérsia sobre a previsão ou não do orçamento participativo na Constituição, é certo que esse 
mecanismo é obrigatório para os municípios em decorrência do Estatuto das Cidades. 
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No Estatuto das Cidades (Lei nº. 10.257/2001) existe previsão expressa no sentido de que, no âmbito 
municipal, a participação popular é condição obrigatória para aprovação do Plano plurianual – PPA, Lei de 
diretrizes orçamentárias – LDO e Orçamento anual –LOA: 
Art. 44. No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa de que trata a 
alínea f do inciso III do art. 4o desta Lei incluirá a realização de debates, audiências e 
consultas públicas sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes 
orçamentárias e do orçamento anual, como condição obrigatória para sua 
aprovação pela Câmara Municipal. 
Alternativa B. Errado. Os conselhos gestores tem funções de fiscalização e não apenas de consulta. 
Alternativa C. Errado. Não possui previsão constitucional. 
Alternativa D. Correto. As audiências públicas estão previstas expressamente no art.58 da Constituição 
Federal. 
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas 
na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. 
§ 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a 
representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva 
Casa. 
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: 
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo 
se houver recurso de um décimo dos membros da Casa; 
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; 
Alternativa E. Errado. Não possui previsão constitucional. 
Gabarito: D 
25. FGV – CGM Niterói – Auditor Municipal de Controle Interno – 2018) 
O Conselho Municipal de Alimentação de determinado município averiguou que os alimentos comprados pela 
Prefeitura não estavam chegando integralmente às escolas, ou eram entregues após a data de vencimento. 
Ao verificar tal situação, o Conselho decidiu acionar imediatamente a autoridade responsável. 
Essa conduta do Conselho é um exemplo de 
a) regulação consultiva. 
b) deliberação executiva. 
c) controle social. 
d) controle judicial. 
e) auditoria governamental. 
COMENTÁRIO: 
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Os conselhos de gestão são mecanismos de controle social, os quais permitem que os cidadãos fiscalizem e 
opinem sobre a gestão pública. 
Gabarito: C 
26. FGV – CGE/MA – Auditor do Estado – 2014) 
Quanto à transparência na Administração Pública, analise as afirmativas a seguir. 
I. Incentiva a participação popular por meio de audiências públicas durante os processos de elaboração e 
discussão dos planos, das Leis de Diretrizes Orçamentárias e dos orçamentos. 
II. Dá pleno conhecimento e libera, em tempo real, informações pormenorizadas sobre a execução 
orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público. 
III. Adota sistemas integrados de administração financeira e de controle, que atendam ao padrão mínimo de 
qualidade estabelecido pelo Poder Legislativo da União. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
e) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
COMENTÁRIO: 
I. Certo. De acordo com as disposições da LRF: 
Parágrafo Único: A transparência será assegurada também mediante: 
I - incentivo à participação popular e a realização de audiências públicas, durante os 
processos de elaboração e de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e 
orçamentos. 
II. Certo. De acordo com as disposições da LRF: 
Parágrafo Único: A transparência será assegurada também mediante: 
II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo 
real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, 
em meios eletrônicos de acesso público; 
III. Errado. O responsável por definir parâmetros mínimos de qualidade do sistema de administração 
financeira é o Poder Executivo da União. 
Parágrafo Único: A transparência será assegurada também mediante: 
III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda 
a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao 
disposto no art. 48-A 
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Federal 
Gabarito: D 
27. FCC – SEGEP/MA – Analista Executivo – 2018) 
Nos últimos anos, tem-se verificado uma crescente demanda dos cidadãos e de movimentos da sociedade 
organizada por uma transparência na atuação da Administração pública. Nesse cenário, alguns paradigmas 
foram sendo estabelecidos, entre eles, a aplicação do conceito de 
a) excelência, consistente na supressão de atividades-meio, focando a atuação administrativa no 
atendimento direto ao cidadão. 
b) benchmarking, consistente na redução de etapas e níveis hierárquicos para obtenção de informações pelos 
cidadãos. 
c) downsizing, consistente na aplicação de indicadores de mercado para cobrança de resultados das ações 
públicas. 
d) accountability, que diz respeito à responsividade, com obrigação de prestar contas pelos atos praticados e 
resultados obtidos. 
e) governança, que

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