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A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE QUALIDADE NO MONITORAMENTO MICROBIOLÓGICO DA ÁGUA API NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA VETERINÁRIA

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LONDRINA 
2022 
 
 
UNIVERSIDADE PITAGORAS 
UNOPAR ANHANGUERA 
 
 
RODRIGO TERRA DA SILVA 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE QUALIDADE NO 
MONITORAMENTO MICROBIOLÓGICO DA ÁGUA API NA 
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LONDRINA 
2022 
 
RODRIGO TERRA DA SILVA 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE QUALIDADE NO 
MONITORAMENTO MICROBIOLÓGICO DA ÁGUA API NA 
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
UNIVERSIDADE PITAGORAS UNOPAR 
ANHANGUERA, como requisito parcial para a obtenção 
do título de graduado em Biomedicina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RODRIGO TERRA DA SILVA 
 
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE QUALIDADE NO 
MONITORAMENTO MICROBIOLÓGICO DA ÁGUA API NA 
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA VETERINÁRIA 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
UNIVERSIDADE PITAGORAS UNOPAR 
ANHANGUERA, como requisito parcial para a 
obtenção do título de graduado em Biomedicina. 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
Londrina, 05 de dezembro de 2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a meu pai Vanildo da 
Silva, minha mãe Aparecida Gonçalves 
Terra da Silva, professores e amigos que 
acreditaram e me apoiaram na caminhada 
para essa conquista. 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus por me dar discernimento e sabedoria para 
persistir na caminhada. 
Agradeço ao meu pai Vanildo da Silva e minha mãe Aparecida Gonçalves Terra 
da Silva, por sempre me apoiarem e acreditarem que eu poderia concluir esse 
objetivo. 
Agradeço a amigos e parceiros tanto da faculdade, do trabalho e da vida por 
sempre me apoiarem e me incentivarem para persistir na conquista dessa graduação. 
Em especial a Ana Maria Zaninello por ter acreditado desde o começo que eu seria 
capaz de realizar esse longo trajeto. 
E por fim agradeço não somente a instituição Anhanguera bem como todos os 
professores e colaboradores que se empenharam e tenho certeza que continuaram 
se empenhando para que novas pessoas possam alcançar a tão sonhada graduação 
que é apenas o início da nossa carreira profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apenas quando perdemos tudo é que realmente 
estamos livres para fazermos qualquer coisa. (Filme - 
Clube da Luta) 
TERRA, Rodrigo. A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE QUALIDADE NO 
MONITORAMENTO MICROBIOLÓGICO DA ÁGUA API NA INDÚSTRIA 
FARMACÊUTICA VETERINÁRIA. 2022. 51 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso 
(Graduação em Biomedicina) – UNIVERSIDADE PITAGORAS UNOPAR 
ANHANGUERA, Londrina, 2022. 
 
RESUMO 
 
A água tem amplo uso na indústria farmacêutica veterinária, sendo empregada desde 
a limpeza de utensílios e materiais até na composição do produto final que chegará 
ao consumidor em forma de tratamento ou prevenção. Para que se tenha eficácia e 
segurança de uso dos mais diversos produtos veterinários existentes há necessidade 
em utilizar uma água que atenda essa exigência. Com grande grau de pureza a água 
API é uma das mais empregadas nas indústrias de medicamentos tanto humanos 
como voltadas para animais, e por ter tal grau de pureza tem facilidade em se 
contaminar por substâncias e microrganismos após passar pelo processo de 
purificação. O desafio do controle de qualidade é a garantir que a água passe por 
todos os processos de purificação e atinja o grau de água API podendo assim manter 
as características físico-químicas e microbiológicas aceitáveis para o uso na 
produção. A metodologia utilizada se deu através de revisão bibliográfica, e teve como 
objetivo aborda as análises microbiológicas e sua importância para a indústria 
veterinária, que não afeta somente na saúde e bem estar animal, mas também do ser 
humano. 
 
Palavras-chave: Água API. Controle de qualidade. Análises microbiológicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERRA, Rodrigo. THE IMPORTANCE OF QUALITY CONTROL IN 
MICROBIOLOGICAL MONITORING OF API WATER IN THE VETERINARY 
PHARMACEUTICAL INDUSTRY. 2022. 51 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso 
(Graduação em Biomedicina) – UNIVERSIDADE PITAGORAS UNOPAR 
ANHANGUERA, Londrina, 2022. 
ABSTRACT 
Water is widely used in the veterinary pharmaceutical industry, being used from 
cleaning utensils and materials to the composition of the final product that will reach 
the consumer in the form of treatment or prevention. In order to have efficacy and 
safety in the use of the most diverse existing veterinary products, there is a need to 
use water that meets this requirement. With a high degree of purity, API water is one 
of the most used in both human and animal medicine industries, and because it has 
such a degree of purity, it is easy to be contaminated by substances and 
microorganisms after going through the purification process. The challenge of quality 
control is to guarantee that the water passes through all the purification processes and 
reaches the API water grade, thus being able to maintain the physicochemical and 
microbiological characteristics acceptable for use in production. The methodology 
used was through a literature review, and aimed to address the microbiological 
analysis and its importance for the veterinary industry, which not only affects animal 
health and welfare, but also the human being. 
 
 
 
Keywords: Water WFI. Quality control. Microbiological analyzes. 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Figura 1 – Ciclo Hidrológico ..................................................................................... 16 
Figura 2 – Teste presuntivo para coliformes ............................................................ 37 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 – Parâmetros da água AP ......................................................................... 26 
Tabela 2 – Parâmetros da água AUP ...................................................................... 27 
Tabela 3 – Parâmetros da água API ........................................................................ 27 
Tabela 4 – Índice do NMP e limites de 95% de confiança para todas as combinações 
de resultados positivos e negativos quando são usadas 10 porções de 10 mL e 20 mL 
da amostra ............................................................................................................... 37 
Tabela 5 – Condições para contagem do número total de bactérias heterotróficas 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
AP Água Purificada 
AUP Água Ultrapurificada 
API Água para Injetáveis 
COT Carbono Orgânico Total 
NTU Unidade Nefelométrica de Turbidez 
pH Potencial Hidrogeniônico 
OMS Organização Mundial da Saúde 
OD Oxigênio Dissolvido 
ECHO Entérico Citopático Humano Órfão 
μm Micrômetro 
UV Ultravioleta 
NMP Número Mais Provável 
UFC Unidades Formadoras de Colônias 
ONPG O-nitrofenil-β-D-galactopiranosídeo 
MUG 4-metilumbeliferil-β-D-glicuronídeo 
m-HPC m-Heterotrophic Plate Count Agar 
PCA Agar para Contagem em Placa 
CID Coagulação Intravascular Disseminada 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 13 
2. CARACTÉRISTICAS DA ÁGUA NATURAL ATÉ O PROCESSO DE 
VALIDAÇAO DA ÁGUA API .................................................................................... 15 
2.1 CICLO NATURAL DA ÁGUA ................................................................................................................15 
2.1.1 Evaporação .................................................................................................................16 
2.1.2 Condensação...............................................................................................................16 
2.1.3 Precipitação ................................................................................................................172.1.4 Infiltração ...................................................................................................................17 
2.2 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA ÁGUA ..........................................................................................17 
2.2.1 Cor ..............................................................................................................................17 
2.2.2 Temperatura ...............................................................................................................18 
2.2.3 Sabor e odor ...............................................................................................................18 
2.2.4 Turbidez ......................................................................................................................18 
2.3 CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS ....................................................................................................19 
2.3.1 Alcalinidade, acidez e salinidade ..................................................................................19 
2.3.2 pH ...............................................................................................................................19 
2.3.3 Compostos orgânicos ..................................................................................................20 
2.3.4 Oxigênio Dissolvido .....................................................................................................20 
2.3.5 Nitrogênio ...................................................................................................................21 
2.3.6 Fluoretos .....................................................................................................................21 
2.3.7 Ferro e manganês .......................................................................................................21 
2.3.8 Arsênio .......................................................................................................................22 
2.3.9 Metais pesados ...........................................................................................................22 
2.3.10 Agrotóxicos .................................................................................................................22 
2.3.11 Dureza ........................................................................................................................23 
2.3.12 Condutividade elétrica.................................................................................................23 
2.4 CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS .................................................................................................23 
2.4.1 Bactérias coliformes ....................................................................................................23 
2.4.2 Algas e Cianobactérias ................................................................................................24 
2.4.3 Protozoários ................................................................................................................24 
2.4.4 Vírus entéricos ............................................................................................................24 
2.5 CARACTERÍSTICAS RADIOATIVAS ...............................................................................................25 
2.6 TIPOS DE ÁGUA .........................................................................................................................26 
2.6.1 Água potável ...............................................................................................................26 
2.6.2 Água purificada ...........................................................................................................26 
2.6.3 Água ultrapurificada ...................................................................................................27 
2.6.4 Água para injetáveis....................................................................................................27 
2.7 VALIDAÇÃO DA ÁGUA API ..........................................................................................................28 
2.7.1 Pré-filtração ................................................................................................................28 
2.7.2 Adsorção por carvão vegetal ativado ...........................................................................29 
2.7.3 Tratamento com aditivos químicos ..............................................................................29 
2.7.4 Tratamento com abrandadores ...................................................................................29 
2.7.5 Deionização e eletrodeionização contínua ...................................................................29 
2.7.6 Osmose reversa ...........................................................................................................30 
2.7.7 Ultrafiltração ..............................................................................................................30 
2.7.8 Filtração com carga eletrostática ................................................................................30 
2.7.9 Microfiltração – retenção de micro-organismos ...........................................................31 
2.7.10 Radiação ultravioleta (UV) ..........................................................................................31 
2.7.11 Destilação ...................................................................................................................31 
2.7.12 Distribuição .................................................................................................................32 
2.7.13 Sanitização .................................................................................................................32 
2.7.14 Armazenamento .........................................................................................................32 
2.7.15 Validação ....................................................................................................................33 
3. TESTES MICROBIOLÓGICOS REALIZADOS .......................................... 35 
3.1 MONITORAMENTO MICROBIOLÓGICO ..........................................................................................35 
3.1.1 Coliforme .........................................................................................................................36 
3.1.2 Fermentação em tubos múltiplos ......................................................................................36 
3.1.3 Filtração em membrana ...................................................................................................38 
3.1.4 Cromogênico ....................................................................................................................38 
3.1.5 Contagem bacteriana .......................................................................................................39 
4. IMPORTÂNCIA DOS PROCESSOS ANÁLITICOS REALIZADOS ........... 41 
4.1 PSEUDOMONAS ................................................................................................................................42 
4.2 ESCHERICHIA COLI .............................................................................................................................43 
4.3 SALMONELLA ......................................................................................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED. 
4.4 KLEBSIELLA ......................................................................................................................................44 
4.5 ENDOTOXINAS ....................................................................................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED. 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 46 
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 47 
 
 
 
 
 
 
13 
1. INTRODUÇÃOA pesquisa tem como objetivo principal demonstrar o impacto que as análises 
microbiológicas na água para injetáveis realizadas pelo controle de qualidade em 
indústrias farmacêuticas animais, afetam diretamente não somente a saúde dos 
animais bem como a do homem que está em constante contato por meio do consumo 
e contato doméstico. 
Por ser considerada praticamente um solvente universal, a água é a matéria 
prima com maior uso na indústria de qualquer segmento, sendo amplamente utilizada 
desde a limpeza da fábrica até a formulação de seus produtos. Com isso, se tem 
grande preocupação em obter-se a devida pureza para cada atividade empregada no 
ambiente industrial, para entregar ao consumidor um produto seguro e de boa 
qualidade. 
Na indústria farmacêutica a água API (água para injetáveis) é destinada a 
formulação de medicamentos na administração parenteral, devendo apresentar 
pureza aceitável para esse processo. Com análises físico-químicas e microbiológicas 
realizadas pelo controle de qualidade, é possível garantir a qualidade da água API 
para todo o processo produtivo. 
O controle de qualidade é responsável por monitorar cada etapa em que a água 
passa, a começar pela qualidade da água de abastecimento, que pode vir de poços 
artesianos ou do sistema de água fornecido pelo município. Após definir a qualidade 
da água de entrada, busca-se um sistema que atenda a demanda da indústria tanto 
no volume produzido quanto na qualidade em que essa água deve se encontrar para 
o processo desejado. 
As análises microbiológicas realizadas na água API detêm um cuidado muito 
grande, pois testes como contagem bacteriana demandam um tempo maior de espera 
para a obtenção de resultados. Com isso a microbiologia a ser testada está presente 
no início do processo onde se tem coleta, armazenamento e demais cuidados a serem 
seguidos até no consumo final onde se tem a aplicação correta do produto para 
proteção e eficiência adequada. 
A forma de metodologia escolhida para realizar o trabalho será a revisão 
bibliográfica, onde a pesquisa vai se basear em estudos, artigos científicos, livros, 
 
 
14 
sites de banco de dados que abordam o tema escolhido, utilizando a base de dados 
da Farmacopéia Brasileira e publicações de órgãos como MAPA para analisar o 
conteúdo relacionado ao assunto abordado através de pesquisa descritiva e estudos 
publicados no período de tempo dos últimos trinta anos, por se tratar de um assunto 
que está sempre em desenvolvimento para otimizar, economizar e prejudicar 
minimamente o meio ambiente. 
 
 
 
15 
2. CARACTÉRISTICAS DA ÁGUA NATURAL ATÉ O PROCESSO DE 
VALIDAÇAO DA ÁGUA API 
 
A água constitui aproximadamente 75 % da superfície da Terra, além de cerca 
de dois terços do corpo humano e chegando até 98 % para certos animais aquáticos, 
legumes, frutas e verduras, também é considerada solvente universal da maioria das 
substâncias, com a propriedade de modificá-las e modificar-se em função destas 
(LIBÂNIO, 2010). 
Devido ao grande uso e necessidade por todas formas de vida existentes a 
água é um dos recursos mais importantes, então compreender seu ciclo pode-se 
determinar também sua composição até a chegada no destino para cada tipo de uso, 
determina cada processo a se utilizar para garantir sua qualidade, sendo alguns dos 
empregos da água: o abastecimento de cidades, produção de alimentos na 
agricultura, na geração de energia elétrica, na produção de medicamentos destinado 
a humanos ou animais, entre outros atributos. 
 
2.1 CICLO NATURAL DA ÁGUA 
 
Assemelhando-se a um sistema natural de destilação global, o ciclo hidrológico 
é um dos pilares fundamentais do ambiente em seu funcionamento, que é formado 
por uma sucessão de processos pelos quais a água inicia o seu caminho indo de um 
estágio inicial até retornar à posição primitiva na natureza. A Figura 1, apresenta o 
funcionamento desse ciclo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
Figura 1 - Ciclo Hidrológico 
 
Fonte: Educa mais Brasil (2020). 
 
2.1.1 Evaporação 
 
Apesar de ocorrer em temperatura ambiente a evaporação é mais frequente 
em altas temperaturas, que consiste na obtenção de energia suficiente para que os 
átomos possam passar do estado líquido para o gasoso (NEVES, 2020), sendo a 
sucessão do momento em que as moléculas de água escapam através da superfície 
líquida (LIBÂNIO, 2010). 
 
2.1.2 Condensação 
 
Ao contrário da evaporação, a condensação ocorre com a liberação de calor 
que leva a água do estado gasoso para o líquido, pelo arrefecimento devido ao contato 
 
 
17 
a superfícies geladas ou pelo ambiente onde se encontra, fazendo que a perca de 
energia, o que causa um elevado grau de agregação que dá origem as gotículas de 
água (VARELA; SERRA, 2020). 
 
2.1.3 Precipitação 
 
Segundo Melo (2007), a precipitação, é o processo na qual a água que chega 
do ambiente atmosférico atinge a superfície da terra, se apresentando por diversas 
formas como chuva, neblina, orvalho, granizo, orvalho, neve, entre outras, se 
diferenciando através da análise do estado em que a água se encontra. 
 
2.1.4 Infiltração 
 
Após a chuva ou até mesmo o escoamento de água que ocorre no degelo, essa 
água se infiltra entre o solo e rochas até não encontrar mais espaço, e a partir desse 
ponto começa a se movimentar na horizontal para áreas mais baixas (OPERSA, 
2014). Segundo Morais (2012), a infiltração no solo é bastante relevante para os 
recursos hídricos, para recarga e manutenção de aquíferos e rios. 
 
2.2 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA ÁGUA 
 
As características físicas da água são perceptíveis pelos sentidos humanos, 
como a visão, o olfato e o paladar, que está ligado diretamente a sua parte estética, 
sendo de pouca importância sanitária e fácil determinação. Constituída de múltiplos 
compostos químicos, podem ser de origem natural ou industrial, também apresentam 
características benéficas ou maléficas a depender de sua composição. Acompanhada 
das características físico químicas, os aspectos biológicos da água podem ser 
diversos, pois a depender das condições e disponibilidade de matéria orgânica, a 
população cresce e diversifica-se, sendo algas, bolores e bactérias alguns dos 
principais microrganismos encontrados (PRADILLO, 2016). 
 
2.2.1 Cor 
 
Basicamente são provenientes de duas fontes os compostos orgânicos que 
conferem cor às águas, sendo em uma proporção maior a decomposição de matéria 
 
 
18 
orgânica de origem predominantemente vegetal e do metabolismo de microrganismos 
presentes no solo, e a outra, provenientes de atividades antrópicas, como, descargas 
de efluentes domésticos ou industriais, lixiviação de vias urbanas e solos agricultáveis 
(LIBÂNIO, 2010). 
 
2.2.2 Temperatura 
 
Essa propriedade está sempre relacionada com as pontes de hidrogênio, que 
na passagem do estado sólido para líquido e gasoso as pontes são rompidas, e ao 
inverso, na passagem do estado gasoso para líquido e sólido são restabelecidas 
(GOMES; CLAVICO, 2010). Pela ligação da temperatura na velocidade dos processos 
biológicos e químicos é considerado um dos parâmetros mais importantes a se levar 
em consideração (PRADILLO, 2016). 
 
2.2.3 Sabor e odor 
 
Segundo Pradillo (2016), o paladar e olfato estão intimamente relacionados, 
sendo por parte do consumidor os principais motivos de rejeição. Segundo Libânio 
(2010), a manifestação de odor e sabor na água podem ser distintas, tendo 
metabolismo de microrganismos, decomposição e folhas e plantas aquáticas, 
lançamento de efluentes industriais, interferência da agricultura, redução de ferro e 
manganês e a ação bacteriana na decomposição anaeróbica de enxofre como 
algumas das causas. 
 
2.2.4 Turbidez 
 
Mensurada através de um turbidímetro ou nefelômetro, e tendo como unidade 
de medida NTU (Unidade Nefelométrica de Turbidez), é causada por partículas ou 
colóides que reduzem a transparência da água,podendo ser de maior ou menor grau 
(PRADILLO, 2016). Ela pode ser causada desde fragmentos rochosos, plâncton, 
microrganismos, matéria orgânica e inorgânica, até com menos frequência pela ação 
de alguns metais como ferro e alumínio (LIBÂNIO, 2010). 
 
 
 
 
19 
2.3 CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS 
 
Segundo Molluce (2021), as análises químicas têm grande influência na 
escolha da tecnologia a ser usada, pois determina de forma mais precisa as 
propriedades de uma amostra. Os diversos compostos químicos dispersos na água 
podem ter origem natural ou industrial, e serão benéficos ou prejudiciais a partir de 
sua composição (PRADILLO, 2016). 
 
2.3.1 Alcalinidade, acidez e salinidade 
 
A alcalinidade e a acidez estão relacionadas a capacidade de neutralização da 
água. A alcalinidade tem a capacidade de neutralizar ácidos ou minimizar a variação 
de pH (potencial hidrogeniônico), devido a presença de carbonatos (CO3-2), 
bicarbonatos (HCO3-) e hidróxidos (Na, K, Mg, Ca) presente na água, que mesmo sem 
significado sanitário tem êxito relacionado ao processo de coagulação devido a 
minimização de pH (MOLLUCE, 2021). 
Conforme Libânio (2010), a acidez é a característica química de neutralizar 
bases e também evitar alterações bruscas no pH, pois concentração de gases 
dissolvidos como CO2 e H2S ou de ácidos húmicos, fúlvicos e himatomelânicos. 
advindos de origem naturais: absorção atmosférica e decomposição da matéria 
orgânica; ou de origem antrópicas: lançamentos de despejos industriais e lixiviação 
do solo em áreas industriais; e pH inferior a 4,5 são decorrentes de ácidos minerais 
fortes que tem origem de despejos industriais. 
 
2.3.2 pH 
 
Para Libânio (2010) “o potencial Hidrogeniônico, consiste na concentração dos 
íons H+ e representa a intensidade das condições ácidas ou alcalinas do ambiente 
aquático”, onde o pHmetro é o equipamento responsável pela verificação dessa 
medida. O pH igual a 7 em temperatura de 25°C é denominado como neutro, assim 
valores abaixo deste são considerados ácidos e valores acima alcalinos, porém os 
valores de potabilidade estabelecidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde) 
para água potável são mais amplos, com intervalos de 6,0 a 9,5 (LIBÂNIO, 2010). 
 
 
20 
Em relação a salinidade das águas naturais se dá pela presença de sais 
minerais dissolvidos formados por ânions como cloreto, sulfato e bicarbonato e cátions 
como cálcio, magnésio, potássio e sódio (LIBÂNIO, 2010) que caracterizam seu gosto 
salino (MOLLUCE, 2021). 
 
2.3.3 Compostos orgânicos 
 
Os compostos orgânicos presentes nas águas podem ser de origem natural e 
antrópica. Os compostos orgânicos provenientes de origem natural, são: os 
microrganismos, os hidrocarbonetos, as substâncias húmicas, as substâncias não 
húmicas constituídas dos carboidratos, proteínas, aminoácidos, gorduras, graxas e 
ácidos orgânicos de baixa massa molecular. Já os que são de origem antrópica têm 
uma complexidade das atividades industriais, que os tornam difíceis de quantificar e 
enumerar. Devido ao alto grau de substâncias potencialmente prejudiciais 
empregadas pela indústria, a importância da determinação desse parâmetro se dá 
pela medida de COT (carbono orgânico total), também há presença de compostos 
halogenados que são as principais causas de câncer. O que leva a portaria n° 5/2017 
estabelecer limites de compostos orgânicos presentes em águas de consumo humano 
(HELLER e PÁDUA, 2010 apud MOLLUCE, 2021). 
 
2.3.4 Oxigênio Dissolvido 
 
Segundo Libânio (2010), é reconhecido como parâmetro mais importante para 
expressar a qualidade de um ambiente aquático, mesmo que não seja um parâmetro 
usual nas estações de tratamento a própria escolha do local de tratamento se dá para 
ambientes menos impactados, e o OD (oxigênio dissolvido) já foi subliminarmente 
considerado um aspecto relevante. A concentração de OD geralmente se refere a 
saturação, que é diretamente proporcional à pressão atmosférica e indiretamente 
proporcional a temperatura, traduzindo assim as regiões no nível do mar 
apresentariam maior concentração de OD que regiões montanhosas. Outro fator que 
interfere no oxigênio dissolvido é a salinidade, que nas mesmas condições de pressão 
atmosférica e temperatura apresenta menor concentração de oxigênio dissolvido que 
a água doce. Além das ações antrópicas como lançamento de efluentes, essas 
 
 
21 
alterações também podem ocorrer de forma natural, devido turbulência, atividade 
fotossintética das algas e plantas, perdas para atmosfera e oxidação de íons, 
 
2.3.5 Nitrogênio 
 
Considerado um parâmetro muito importante para determinar o grau de 
poluição da água, o nitrogênio pode ser detectado na forma orgânica, amoniacal que 
indicam poluição recentes no corpo d'água e na forma de nitrito e nitratos que 
demonstram uma poluição remota (RICHTER; NETTO, 1991 apud. MOLLUCE, 2021). 
A principal origem natural do nitrogênio vem da decomposição e excreção do 
fitoplâncton e das macrófitas, também da lise celular decorrente da senescência ou 
herbívora, proteínas, clorofila e outros compostos orgânicos, já os de origem antrópica 
são graça a lançamentos de despejos domésticos, industriais, criatórios de animais e 
fertilizantes (LIBÂNIO, 2010). 
 
2.3.6 Fluoretos 
 
A concentração de fluoretos (F-) são mais comuns em águas subterrâneas, 
devido à decomposição de rochas, pois só a aumento significativo em águas 
superficiais devido a eventuais despejos industriais. Apesar de não apresentar 
comprovações de carcinose, concentrações acima de 2,0 mg/L favorece fluorose 
(progressivo escurecimento e deterioração dos dentes), e ingestões prolongadas 
numa concentração superior a 4,0 mg/L pode favorecer o desenvolvimento de 
osteosclerose (LIBÂNIO, 2010). 
 
2.3.7 Ferro e manganês 
 
Conforme Libânio (2010), ambos são compostos dissolutos de origens 
rochosas ou de solos. O ferro não afeta a saúde humana na proporção em que se 
encontra na água, apenas altera o sabor, cor e odor da mesma (PRADILLO, 2016), 
que pode se apresentar nas formas insolúvel (Fe+3) e dissolvida (Fe+2), como óxidos, 
silicatos, carbonatos, cloretos, sulfatos e sulfitos (LIBÂNIO, 2010). Comparado ao 
ferro, o manganês é menos abundante e também se apresenta na forma dissolvida 
 
 
22 
(Mn+2) e insolúvel (Mn+3 e Mn+4), como óxidos, carbonatos ou hidróxidos (LIBÂNIO, 
2010). 
 
2.3.8 Arsênio 
 
Comumente encontrado em níveis mais elevados nas águas subterrâneas, o 
arsênio se apresenta em níveis inferiores aos estabelecidos pelos padrões de 
potabilidade em águas superficiais. Além de fontes naturais, o arsênio pode vir de 
atividades como mineração, agricultura, indústria e queimas de combustíveis fósseis 
arrastados posteriormente pela chuva. Ingestão de arsênio em grandes quantidades 
podem levar a irritações gastrointestinais, acompanhadas pela sensação de sede, 
dificuldades de deglutição, baixa pressão sanguínea e convulsões, além de levar a 
morte por colapso cardiovascular em casos mais severos (LIBÂNIO, 2010). 
 
2.3.9 Metais pesados 
 
Libânio (2010) afirma, que “A genérica denominação de metais pesados se 
insere amplo rol de elementos como cromo, cobre, mercúrio, magnésio, chumbo, 
cádmio, zinco, cobalto, níquel, molibdênio e prata passíveis de causar algum dano à 
saúde humana”. São metais considerados tóxicos aos seres vivos pois possuem 
densidade superior a 5 g/cm3, originados de atividades antropogênicas (mineração, 
metalúrgicas, esgotos, lixos, uso de combustível) ou processos naturais (GUEDES; 
LIMA; SOUZA, 2005). 
 
2.3.10 Agrotóxicos 
 
Segundo Neto e Sarcinelli (2008), os agentes químicos são os maiores 
contaminantes de águas superficiais e subterrâneas, provenientes de indústrias e 
agrícolas. Para Libânio (2010), o nome genérico agrotóxico abrange uma ampla 
relação de compostos orgânicos sintéticos para controle de pragas como herbicidas, 
inseticidas, fungicidas e acaricidas.Já se tem provas através de pesquisas sobre o 
elevado risco de câncer através dos agrotóxicos do tipo organoclorados (como BHC 
e DDT), porém, se encontra grande quantidade da presença desses agrotóxicos em 
amostras de águas superficiais. 
 
 
23 
 
 
 
2.3.11 Dureza 
 
Pode ser determinada por titulação complexométrica ou por técnicas de 
absorção atômica, e é causada devida a presença de sais minerais como magnésio e 
cálcio, podendo ser uma dureza permanente ou temporária. Esses sais minerais estão 
mais presentes nas águas subterrâneas, que é considerada uma “dura” em 
comparação às águas superficiais consideradas “mole”, e quanto maior for as 
variações de quantidade e qualidade desses sais nas propriedades da água maior 
serão as alterações em sua composição (MARTINS, 2001). 
 
2.3.12 Condutividade elétrica 
 
 É a capacidade da água natural de transmitir corrente elétrica em função da 
presença de substâncias dissolvidas que se dissociam em ânions e cátions, 
consequentemente é diretamente proporcional à concentração iônica (LIBÂNIO, 
2010). É o parâmetro que melhor expressa a salinidade das águas, pois quanto maior 
a quantidade de íons dispostos na água, mais esta água conduz corrente elétrica 
(COSTA; MELO; SILVA, 2006), usualmente os íons de ferro e manganês, além de K+, 
Cl-, Na+, Ca+2, Mg+2 (LIBÂNIO, 2010). 
 
2.4 CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS 
 
Segundo Pradillo (2016), a carga microbiológica da água originadas 
naturalmente ou por contaminações industriais é tão diversa quanto suas 
características químicas, que em conjunto com as características físicas influenciam 
proporcionalmente a diversidade e quantidade de microrganismos presentes. A 
biodiversidade existente indica o quão saudável é aquele ambiente, podendo conter: 
 
2.4.1 Bactérias coliformes 
 
São microrganismos que habitam o solo (coliformes ambientais), o intestino do 
homem e outros animais de sangue quente (coliformes fecais). Se as bactérias 
 
 
24 
coliformes fecais sobreviverem ao ambiente elas podem se disseminar através de 
alimentos, solo, água naturais e resíduos domésticos. As bactérias coliformes totais 
são o conjunto das duas coliformes ambiental e coliformes fecais (Escherichia, 
Citrobacter, Enterobacter, Klebsiella e Hafnia) que são definidas com forma de 
bastonetes, gram-negativas e não formadoras de esporos (CORREIA, 2014). 
 
2.4.2 Algas e Cianobactérias 
 
As algas e cianobactérias se apresentam por toda parte da água superficial, 
como lagos, reservatórios e cursos d’água, respondendo pela parcela significativa de 
OD concentrado no meio aquático. A capacidade de se adaptar, faz com que as 
cianobactérias sobrevivam em ambientes com baixa concentração de oxigênio e 
nutrientes e em altas concentrações de metais pesados. Já as algas tem grande 
impacto como interferente na potabilização da água, a depender do grupo dominante 
podem haver aumento no consumo de agentes químicos, redução da 
sedimentabilidade dos flocos e das carreiras de filtração, aumento na demanda de 
cloro no tratamento, com possibilidade de formação de trihalometanos (THMs) maior, 
podem indicar riscos à saúde humana (LIBÂNIO, 2010). 
 
2.4.3 Protozoários 
 
Os protozoários são seres eucariontes, unicelulares e heterótrofos, sendo a 
maior parte aquáticos, e desse os associados a doenças de transmissão hídricas 
incluem Giardia, Cryptosporidium, Toxoplasma, Cyclospora, Entamoeba, Isopores 
belli, Naegleria fowleri e Acanthamoeba, que são capazes a produzir cisto e oocistos 
resistentes ao ambiente (LIBÂNIO, 2010). Apella e Araujo (2005) afirmam, que Giardia 
e Cryptosporidium são frequentemente encontrados em águas contaminadas por 
fezes que são responsáveis por epidemias na população. Segundo Libânio (2010), 
mesmo que em menor prevalência, os países desenvolvidos também são acometidos 
por endemias com vinculação hídrica. 
 
2.4.4 Vírus entéricos 
 
 
 
25 
São vírus que se desenvolvem no trato gastrointestinal humano e podem ser 
transmitidos principalmente pela via oral-fecal, por água ou alimentos contaminados 
pelas fezes. Causadores de enfermidades como hepatite, gastroenterites, meningites, 
encefalites, infecções respiratórias e cutâneas, diabetes e conjuntivites. Devido a 
presença de capsídeo, os vírus entéricos apresentam resistência a acidez sulco 
gastrointestinal e atividade proteica do estômago, assim podendo infectar células 
epiteliais para se replicar de forma eficiente. Os vírus com maior representatividade 
por suas infecções a humanos são os: enterovírus (poliovírus, entérico citopático 
humano órfão - ECHO, coxsackievirus), os astrovírus, adenovírus entéricos, 
orthoreovirus, calicivírus (norovirus e sapovirus), e os vírus das hepatites A e E 
(PELÁEZ et al, 216). 
 
2.5 CARACTERÍSTICAS RADIOATIVAS 
 
As radiações são divididas em como são capazes de interagir com a matéria, 
sendo elas radiação ionizantes ou radiação não ionizantes. As radiações capazes de 
ionizar átomos e moléculas, (a capacidade de fazer com que átomos e moléculas 
ganhem ou percam elétrons tornando-os positivos ou negativos) são constituídas pela 
radiação alfa, beta, gama e raios X. Por outro lado, as radiações não ionizantes não 
têm essa mesma interação, são exemplos dessa radiação as ondas de rádio, luz 
visível e microondas (CARLO, 2017). 
A radioatividade natural de águas superficiais e subterrâneas provém do seu 
contato com solo e rochas, ou seja, quanto mais fundo se encontrar a fonte de água 
maior será a concentração dessa radiação (LIBÂNIO, 2010), outra fonte natural que 
pode ser levada em consideração é a proveniente do sol, principalmente durante as 
erupções solares (CARLOS, 2017). De maneira artificial, pode se destacar a radiação 
por queima de combustíveis fósseis, tratamento de resíduos, raio X, radioterapia, 
acidentes em reatores nucleares, entre outros (CARLOS, 2017). 
O consumo prolongado da água contaminada por compostos radioativos, 
mesmos que em baixos níveis podem trazer grandes riscos à saúde, fazendo com que 
esses indivíduos desenvolvam tumores, além de processos mutagênicos, somáticos 
e teratogênicos. Porém, se for comparado com os efeitos causados por outras fontes 
 
 
26 
naturais de radioatividade, as oriundas das águas são insignificantes (LIBÂNIO, 
2010). 
 
2.6 TIPOS DE ÁGUA 
 
Basicamente são utilizados três tipos de água na indústria farmacêutica: a água 
purificada; a água para injetáveis e a água ultrapurificada, porém deve se levar em 
consideração também a água potável que dá origem a todas as outras e tem amplo 
uso para a indústria (SANITÁRIA, 2019). 
 
2.6.1 Água potável 
 
Obtida por tratamentos das águas retiradas de mananciais, a água potável é o 
ponto de partida para os fins farmacêuticos, onde deve atender especificações da 
legislação brasileira relativas aos parâmetros físicos, químicos, microbiológicos e 
radioativos para determinar certo padrão (SANITÁRIA, 2019). 
 
2.6.2 Água purificada 
 
Empregada como excipiente na produção farmacêutica não parentais e 
formulações magistrais, a água purificada é obtida a partir da água potável através de 
um sistema de purificação de sequências lógicas, tais como: múltipla destilação; troca 
iônica; osmose reversa; eletrodeionização; ultrafiltração, ou outro processo que 
atenda os parâmetros desejados (SANITÁRIA, 2019). Segue abaixo a Tabela 1, com 
parâmetros observados na água purificada: 
 
Tabela 1 - Parâmetros da água AP. 
Parâmetros USP XXIV 
Farmacopeia 
Europeia 
 
Farmacopeia 
Brasileira 
COT 500 ppb 500 ppb 500 ppb 
Condutividade 20°C - ≤ 4.3 µS/cm - 
Condutividade 25°C ≤ 1.3 µS/cm - ≤ 1,3 µS/cm 
Nitrato (NO3) - ≤ 0.2 ppm ≤ 0.2 ppm 
Metais pesados - ≤0.1 ppm - 
Micróbios ≤ 100 CFU/mL ≤ 100 CFU/mL ≤ 100 CFU/mL 
Fonte: Adaptado de PERMO (2008) e SANITÁRIA (2019). 
 
 
27 
2.6.3 Água ultrapurificada 
 
Considerada uma água de grau mais exigente, a água ultrapurificadapossui 
baixa concentração iônica, carga microbiana e níveis de COT, onde é usada em 
processos como: a diluição de substâncias de referência, na limpeza de materiais e 
utensílios que entram diretamente em contato com a amostra, processos enzimáticos 
e cromatografia a gás (SANITÁRIA, 2019). Abaixo, pode se observar na Tabela 2, 
alguns parâmetros da água ultrapurificada: 
 
Tabela 2 - Parâmetros da água UP. 
Parâmetros USP XXIV 
Farmacopeia 
Europeia 
Farmacopeia 
Brasileira 
COT - 500 ppb 500 ppb 
Condutividade 20°C - ≤ 1.1 µS/cm - 
Condutividade 25°C - - 0,055 µS/cm 
Microrganismos - ≤ 10 CFU/100mL ≤ 10 UFC/100 mL 
Endotoxinas - ≤ 0,25 EU/mL ≤ 0,25 EU/mL 
Fonte: Adaptado de PERMO (2008) e SANITÁRIA (2019). 
 
2.6.4 Água para injetáveis 
 
É o insumo utilizado na preparação de medicamentos para administração 
parenteral, como veículo, ou na solubilização e diluição de substâncias ou de 
preparações, também usada em produtos que se tem controle de endotoxinas e na 
limpeza e preparação dos processos, equipamentos e componentes que ficaram em 
contato direto com o fármaco e medicamentos estéreis na produção (SANITÁRIA, 
2019). Por todas essas aplicações a água para injetáveis é considerada a de melhor 
qualidade e considerada a mais crítica dado seu impacto na produção dos 
medicamentos (MOLLUCE, 2021). Conforme pode se observar na Tabela 3, os 
parâmetros da água para injetáveis são parecidos com o da água ultrapurificada, com 
acréscimos de outros dados analisados: 
 
Tabela 3 - Parâmetros da água API. 
Parâmetros USP XXIV 
Farmacopeia 
Europeia 
Farmacopeia 
Brasileira 
COT 500 ppb 500 ppb - 
 
 
28 
Fonte: Adaptado de PERMO (2008) e SANITÁRIA (2019). 
 
2.7 VALIDAÇÃO DA ÁGUA API 
 
Devido ao grande emprego que se tem a água no sistema industrial, ainda mais 
nas indústrias voltadas para fabricação de medicamentos, se detém de grande 
atenção aos contaminantes da mesma. A água por ter seu momento dipolo e por sua 
grande facilidade de formar ligações de hidrogênio, se torna um grande meio de 
solubilização, absorção, adsorção ou suspender diversos compostos, inclusive 
contaminantes e compostos indesejáveis que comprometem sua pureza a depender 
do emprego a ser utilizada (SANITÁRIA, 2019). 
Segundo Sanitária (2019), para a obtenção da água API é necessário um 
processo de destilação, equivalente ou superior para a remoção dos contaminantes 
químicos e microrganismos, devendo ser realizada em equipamentos que sejam 
fabricados com paredes de metal apropriado, como aço inox AISI 316L, vidro neutro 
ou quartzo. 
Para se realizar o projeto de instalação de um sistema de purificação de água, 
deve se considerar à qualidade da água de fornecimento, observar a vazão, a 
distância entre o sistema de produção e os pontos de uso, o layout da tubulação e 
conexões, o material empregado, assistência técnica, manutenção e monitoramento 
(SANITÁRIA, 2019). 
Conforme Sanitária (2019), segue-se um processo sequencial lógico, porém, a 
ordem e a escolha dos mesmos deverão ser feitas a partir do tipo de água de entrada 
e qual se deseja obter. 
 
2.7.1 Pré-filtração 
 
Condutividade 20°C - ≤ 1.1 µS/cm - 
Condutividade 25°C ≤ 1.3 µS/cm - - 
Resíduos secos - ≤ 0.01 % - 
Nitrato (NO3) - ≤ 0.2 ppm - 
Metais pesados - ≤0.1 ppm - 
Micróbios ≤ 10 CFU/ml ≤ 10 CFU/ml ≤ 10 UFC/100 mL 
Endotoxinas < 0,25 UE/mL < 0,25 UE/mL 0,25 UE/mL 
 
 
29 
Utiliza-se de filtros de areia ou combinações de filtros, que tem a função de 
filtração inicial e remove as partículas contaminantes na faixa de 5 e 10 μm 
(SANITÁRIA, 2019). 
 
2.7.2 Adsorção por carvão vegetal ativado 
 
O carvão vegetal ativado tem a capacidade de adsorção, ou seja, os compostos 
orgânicos ou contaminantes, como as cloraminas, aderem a suas superfícies 
capturando-as, além de remover agentes oxidantes por redução química, em especial 
o cloro livre, que afeta tecnologia em processos posteriores como osmose reversa e 
ultrapurificação (SANITÁRIA, 2019). 
 
2.7.3 Tratamento com aditivos químicos 
 
São utilizados para ajuste de pH ou para remoção de carbonatos e amônios, 
para proteger processos seguintes como a osmose reversa. Pode ser empregado o 
ozônio como controle de microrganismos e o metabissulfito como agente redutor de 
cloro livre. Todos os aditivos químicos são removidos em algum processo posterior 
para não restarem resíduos na água final (SANITÁRIA, 2019). 
 
2.7.4 Tratamento com abrandadores 
 
Tecnologia utilizada em águas “duras”, se utiliza de resinas regeneráveis de 
troca iônica, que capturam íons de cálcio e magnésio, liberando os íons de sódio na 
água, também tem a função de proteger a tecnologia da osmose reversa que é 
sensível a incrustações (SANITÁRIA, 2019). 
 
2.7.5 Deionização e eletrodeionização contínua 
 
São tecnologias eficazes para a remoção de sais inorgânicos dissolvidos. 
Conhecido como sistema de deionização convencional, o sistema de deionização 
produz água de uso rotineiro, através de resinas de polímeros orgânicos, em geral 
sulfonadas de pequenas partículas, que realizam trocas iônicas específicas para 
cátions ou para ânions (SANITÁRIA, 2019). 
 
 
30 
Segundo Silva (2017), as resinas catiônicas trocam seus íons H+ por 
contaminantes catiônicos, como: cálcio, magnésio, cobre, alumínio, ferro e outros 
metais e cátions diversos; por outro lado as resinas aniônicas trocam seus íons 
hidroxila OH− por contaminantes aniônicos, como: sílica, sulfato, sulfito, fosfato, 
nitrato, cloreto e outros ânions. Porém esse processo isolado não traz alta pureza na 
água, pois há fuga de pequenos fragmentos da resina, facilitando o crescimento 
microbiano e por ter pouca remoção de orgânicos. 
Já o sistema de eletrodeionização aplica um campo elétrico a partir da 
combinação de resinas catiônicas e aniônicas, que promovem a remoção de íons de 
forma contínua, sem a necessidade de parada do sistema de regeneração. Nos dois 
sistemas deve-se ter controle sobre a geração de partículas geradas pela regeneração 
sucessivas (SANITÁRIA, 2019). 
 
2.7.6 Osmose reversa 
 
É um sistema que se baseia em membranas semipermeáveis e com 
propriedades especiais de remoção de íons, microrganismos e endotoxinas 
bacterianas. Apesar de ter a capacidade de remover de 90 a 99% dos contaminantes 
fatores como pH, pressão diferencial ao longo da membrana, temperatura, tipos do 
polímero da membrana e a própria construção da osmose reversa podem afetar essa 
remoção. Devido a sensível incrustação é imprescindível a instalação de sistemas de 
pré tratamentos já mencionados e também sanitização periódica do sistema 
(SANITÁRIA, 2019). 
 
2.7.7 Ultrafiltração 
 
Utiliza-se de uma membrana especial com propriedades de reter moléculas 
conforme seu peso molecular e estereoquímica, podendo ser utilizada na etapa final 
ou intermediária do sistema, desde que seja validada. Assim como a osmose reversa, 
ela necessita de um sistema de pré tratamento, controle e sanitização adequada para 
manter a qualidade da água (SANITÁRIA, 2019). 
 
2.7.8 Filtração com carga eletrostática 
 
 
 
31 
Destina-se a reduzir os níveis de endotoxinas que possuem natureza elétrica 
negativa empregando cargas positivas na superfície da membrana, apresentando 
capacidade de remoção de microrganismos, sendo a remoção de endotoxinas sua 
maior eficiência. Porém, devido a imprevisibilidade por se limitarem à saturação pela 
captura de endotoxinas, fazendo com que a remoção paralise, a validação desse filtro 
é extremamente difícil (SANITÁRIA, 2019). 
 
2.7.9 Microfiltração – retenção de micro-organismos 
 
É aplicada na filtração de gases, ou ventilação de tanques de armazenamento, 
para evitar contaminação da água neles contida, onde membranas hidrofóbicas 
operem sem acúmulo de água condensada, a partir da umidade do próprio ar. Utiliza-
se membranas microporosas, com uma especificação de tamanho de poro de 0,2 ou 
0,22 μm.Validado quanto a retenção, por testes bacteriológicos que determinam o 
valor da redução logarítmica dos microrganismos nas membranas através do modelo 
de Brevundimonas diminuta a 107 UFC/cm2 de área filtrante e testa a esterilidade do 
filtrado (SANITÁRIA, 2019). 
 
2.7.10 Radiação ultravioleta (UV) 
 
Utilizado no final da purificação, esse sistema é utilizado em dois comprimentos 
de onda, sendo 185 nm e 254 nm para oxidação de compostos orgânicos reduzindo 
sua concentração, atendendo os padrões API, AUP e AP; e também apenas o 
comprimento 254 nm que tem ação germicida nos diversos pontos da purificação, o 
que reduz a contagem microbiana (SANITÁRIA, 2019). 
 
2.7.11 Destilação 
 
Na destilação a água é aquecida até ferver e evaporar, então esse vapor se 
condensa e é coletado, através de destiladores que podem ser simples, de múltiplos 
efeitos e os de compressão de vapor, usados geralmente em sistemas de produção 
de grandes volumes nas instalações industriais. A concentração de silicatos é crítica, 
como em qualquer sistema de geração de vapor. Outro aspecto a ressaltar é a 
possibilidade de transporte de compostos voláteis no condensado, é importante no 
 
 
32 
que se refere a impurezas orgânicas, como trihalometanos e gases dissolvidos na 
água, como dióxido de carbono e amônia (SANITÁRIA, 2019). 
 
2.7.12 Distribuição 
 
A distribuição deve levar em consideração a recirculação constante da água 
API, AP e manutenção da temperatura da água nos tanques, também se for 
necessário deverá conter um trocador de calor para fornecer água fria nos pontos de 
uso. Toda a estrutura do sistema como as tubulações, as válvulas, os instrumentos e 
outros dispositivos deverão ter sua construção e acabamentos sanitários, de modo a 
não contribuírem na contaminação microbiana e que possam ser sanitizados. Não 
deve usar filtros de retenção microbiológica na saída e em retornos do sistema de 
distribuição, pois os microrganismos retidos são fontes críticas de endotoxinas. Os 
pontos de uso devem ser projetados em formas de loop, assim fazendo com que a 
água recircule por eles quando estiverem fechados (SANITÁRIA, 2019). 
 
 
2.7.13 Sanitização 
 
Diversos são os métodos de sanitização, e o sistema de distribuição e 
armazenamento deve ser construído de forma a resistir aos agentes empregados e a 
temperatura utilizada no processo. Em geral se usa temperaturas de 80 °C ou de 65 
°C, com a circulação contínua da água, porém para impedir a formação de biofilmes 
são empregados agentes químicos além do calor. São utilizados geralmente os 
oxidantes como os compostos halogênicos, peróxido de hidrogênio, ozônio ou uma 
combinação deles. O processo de sanitização deve ser devidamente validado e a 
frequência é determinada pelo histórico de resultados do monitoramento e das curvas 
de tendência, de maneira que o sistema funcione sem ultrapassar a faixa de alerta 
(SANITÁRIA, 2019). 
 
2.7.14 Armazenamento 
 
As condições de estocagem levam em consideração a qualidade da água. Não 
se deve armazenar a água ultrapurificada mais que 24 horas, levando em 
consideração que a água para injetáveis é tem maior o grau de pureza mais 
 
 
33 
rapidamente ela tende a se contaminar novamente. Portanto, a água deve se manter 
em recirculação constante, sendo que as primeiras porções produzidas por um 
sistema que ficou inativo por quatro horas ou mais deverão ser descartadas 
proporcionalmente ao volume contido no recipiente de armazenagem (SANITÁRIA, 
2019). 
Os reservatórios devem ser apropriados para os fins que se destinam, tendo 
em sua composição materiais inertes, limpos e que não sirvam de fonte de 
contaminação ao conteúdo, apresentando características e rugosidade apropriadas 
para dificultar a aderência de resíduos, a formação de biofilme e a corrosão pelos 
agentes sanitizantes. O material mais frequente escolhido é o aço inoxidável 316L 
eletropolido, com rugosidade menor que 0,5 microRA, que melhor atende essas 
exigências. Os reservatórios devem ser construídos de forma que não se exponham 
a luz e calor impróprio, e sua geometria deve ter a forma que possa ser totalmente 
esgotada pelo fundo, sem volumes mortos (SANITÁRIA, 2019). 
Outros procedimentos que deverão ser adotados para evitar a contaminação 
por particulados, orgânicos ou micro-organismos, são filtros de “respiro”/ventilação 
para prevenção de contaminação do volume do tanque pela admissão de ar/umidade 
contaminados. Na água para injetáveis em particular os reservatórios devem ser 
encamisados para manter a água circulante em temperatura superior a 80 °C, 
restringindo o crescimento bacteriano significativamente (SANITÁRIA, 2019). 
 
2.7.15 Validação 
 
O propósito fundamental é assegurar a confiabilidade na obtenção, 
armazenamento, distribuição e qualidade no ponto de uso no sistema da água. O 
plano da validação integra a qualificação do projeto, da instalação, da operação e do 
desempenho. Isso tudo se dá a partir do conhecimento dos padrões de qualidade da 
fonte de alimentação; estabelecer o grau de pureza a que se quer obter nos processo 
realizados; definir os processos de purificação em que a água passara a partir do 
ponto de entrada; utilizar materiais com a composição adequada na construção do 
sistema de produção, armazenamento, distribuição e monitoramento dos pontos de 
uso; desenvolver protocolos a serem seguidos para a qualificação do projeto, 
operação e desempenho; estabelecer os padrões aceitos, níveis de alerta para 
 
 
34 
tomada de providencias e a periodicidade da sanitização e monitoramento; determinar 
um plano de manutenção da validação, que possam atender possíveis mudanças nos 
sistemas de agua e que tenham subsídios em um programa de manutenção 
preventiva (SANITÁRIA, 2019). 
 
 
 
35 
3. TESTES MICROBIOLÓGICOS REALIZADOS 
 
Para garantir parâmetros físico-químicos e microbiológicos aceitáveis na água 
API, o controle de qualidade realiza análises para a liberação e monitoramento do 
sistema. Como o presente trabalho tem como objetivo principal focar nos testes 
microbiológicos, as menções de caráter dos testes físico-químicos apresentados terão 
pouco desenvolvimento ou nenhum, para não fugir do assunto proposto. 
Segundo Libânio (2010), às características biológicas das águas naturais 
referem-se aos diversos microrganismos que habitam o ambiente aquático, que tem 
sua relevância determinada na capacidade de transmitir doenças e na transformação 
da matéria orgânica. Por sua vez, o controle de qualidade tem o objetivo através de 
suas análises, monitorar a qualidade em que essa água está até a água desejada, 
garantido a qualquer momento a produção dos produtos, satisfazendo às normas de 
identidade, atividade, teor, pureza, eficácia e inocuidade (SANITÁRIA, 2019). 
As fontes de contaminação causadas pelo homem em águas subterrâneas 
geralmente estão diretamente associadas a despejos domésticos, industriais e ao 
chorume oriundo de aterros de lixo que contaminam os lençóis freáticos com 
microrganismos patogênicos (Freitas & Almeida, 1998). Além de promoverem a 
mobilização de metais naturalmente contidos no solo, como alumínio, ferro e 
manganês (NORDBERG et al., 1985), também são potenciais fontes de nitrato e 
substâncias orgânicas extremamente tóxicas ao homem e ao meio ambiente. 
 
3.1 MONITORAMENTO MICROBIOLÓGICO 
 
O controle microbiológico para a água no uso farmacêutico tem como objetivo 
garantir sua qualidade de modo a evitar o carreamento da contaminação para os 
produtos, ou seja, requer rigoroso controle em suas características intrínsecas e pelos 
processos envolvidos em sua produção que é altamente suscetível a contaminação 
microbiana. O alvo desse controle são as bactérias de interesse patogênicas, que 
podem prejudicar o processo e produtos, como as Pseudomonas aeruginosa, 
Burkholderia cepacia, Escherichia coli e Salmonella sp. (SANITÀRIA 2019). 
SegundoPorto et al. (2011), cerca de 80% das doenças que afetam países em 
desenvolvimento provêm da água de má qualidade. As doenças consideradas de 
 
 
36 
veiculação hídrica, como febre tifoide, cólera, salmonelose, shigelose, poliomielite, 
hepatite A, verminoses, amebíase e giardíase, são predominantemente resultantes do 
ciclo de contaminação fecal/oral tornando-se responsáveis por vários surtos 
epidêmicos, o que representa elevada taxa de mortalidade em indivíduos com baixa 
resistência imunológica. 
 
3.1.1 Coliforme 
 
Os coliformes totais são bacilos gram-negativos, aeróbios ou anaeróbios 
facultativos, não esporogênicos, oxidase-negativos, que produzem gás a partir da 
fermentação da lactose a 35,0 ± 0,5ºC em 24-48 horas, e compõem a microbiota 
residente do trato gastrointestinal do homem e de alguns animais. Ao contrário dos 
coliformes totais, o grupo dos coliformes termotolerantes produzem gás ao 
fermentarem a lactose a uma temperatura 44,5 ± 0,2°C em 24 horas (CONTE, 2004). 
Coliformes totais são encontrados no solo e vegetais, com grande facilidade de 
se multiplicarem em água, porém alguns microrganismos desses por serem 
termotolerantes tem a dificuldade de se reproduzirem em ambiente externo. As 
espécies de bactérias que incluem coliformes totais são as do gênero Klebsiella, 
Enterobacter e Citrobacter, sendo Escherichia coli a principal representante do 
subgrupo das termotolerantes (PORTO et al., 2011). 
Segundo a Sanitária (2019), todos os tipos de água para uso farmacêutico, 
independentemente do método utilizado, têm o parâmetro coliformes totais e fecais 
como ausentes. Esse tipo de teste para o grupo coliforme pode ser conduzido pelos 
seguintes métodos: fermentação em tubos múltiplos, filtração em membrana ou 
cromogênico. 
 
3.1.2 Fermentação em tubos múltiplos 
 
Na fase presuntiva usa-se caldo lauril triptose, resfriado até temperatura 
ambiente após esterilização, descartando os tubos com formação de bolhas. sua 
concentração deverá ser de tal maneira que, adicionando 100 mL, 20 mL ou 10 mL 
da amostra ao meio, não terá redução dos ingredientes da fórmula. Em seguida, agitar 
 
 
37 
as amostras vigorosamente, e usando cinco porções de 20 mL, 10 porções de 10 mL 
ou uma única de 100 mL amostra agitar levemente para incubar a 35 ± 0,5 ºC. 
Passado 24 ± 2 horas, agitar levemente os tubos e verificar a formação de gás e, se 
não for evidente reincubar e ao final de e 48 ± 3 horas reexaminar novamente para 
registrar a presença ou ausência de gás. Se houver turvação ou produção de gás nos 
tubos dentro desse período deverá prosseguir para a fase confirmatória (SANITÁRIA, 
2019). 
Conforme na Figura 2, a fase confirmatória utiliza-se o caldo bile verde 
brilhante que da mesma forma que o anterior também deve estar livre de bolhas. Agitar 
levemente os tubos de fermentação do Caldo lauril triptose positivos e inocular uma 
ou mais alçadas da cultura em Caldo bile lactose verde brilhante. Em seguida incubar 
a 35 ± 0,5 ºC, sendo que qualquer crescimento dentro 48 ± 3 horas nessa temperatura 
constitui-se uma fase confirmatória positiva (SANITÁRIA, 2019). 
 
Figura 2 - Teste presuntivo para coliformes. 
 
Fonte: Adaptado de Kasvi (2022) 
 
Para estimar a densidade de coliformes calcula-se o número mais provável 
(NMP) a partir do número de tubos positivos do Caldo bile lactose verde brilhante 
como na Tabela 4 (SANITÁRIA, 2019). 
 
Tabela 4 - Índice do NMP e limites de 95% de confiança para todas as combinações de resultados 
positivos e negativos quando são usadas 10 porções de 10 mL e 20 mL da amostra. 
 20 mL de amostra cada 10 mL de amostra cada 
Nº de 
tubos + 
Índice 
de 
NMP/100 
mL 
95% de limite de 
confiança (exato) 
Índice 
de 
NMP/100 
mL 
95% de limite de 
confiança (exato) 
Baixo Alto Baixo Alto 
 
 
38 
0 < 1,1 - 3,5 < 1,1 - 3,4 
1 1,1 0,051 5,4 1,1 0,051 5,9 
2 2,6 0,40 8,4 2,2 0,37 8,2 
3 4,6 1,0 13 3,6 0,91 9,7 
4 8,0 2,1 23 5,1 1,6 13 
5 > 8,0 3,4 - 6,9 2,5 15 
6 - - - 9,2 3,3 19 
7 - - - 12 4,8 24 
8 - - - 16 5,8 34 
9 - - - 23 8,1 53 
10 - - - > 23 13 - 
Fonte: Adaptado de Sanitária (2019). 
 
3.1.3 Filtração em membrana 
 
No método de filtração utilizam-se membranas que possibilitam a transferência 
das mesmas para o meio de cultura. As membranas estéreis com 47 mm de diâmetro 
e porosidade de 0,45 µm são as recomendadas, lavando-as com três porções de 20 
a 30 mL de água purificada estéril após a filtração da amostra. O volume a ser filtrado 
pode variar de acordo com a amostra, tendo que obedecer a um volume máximo que 
forneça de 20 UFC a 200 UFC por membrana. Para a detecção de coliformes as 
membranas devem ser incubadas em meios específicos como MacConkey, a uma 
temperatura preconizada para detecção de coliformes totais e fecais por 24 horas 
(SANITÁRIA, 2019). 
 
3.1.4 Cromogênico 
 
O meio cromogênico contém em sua formulação substratos enzimáticos 
específicos, o que possibilita uma melhor recuperação e identificação dos 
microrganismos. Através desses substratos específicos, pode-se avaliar 
simultaneamente a presença de coliforme totais e E. coli, baseado na atividade β-
galactosidase sobre o substrato ONPG (O-nitrofenil-β-D-galactopiranosídeo) e da β-
D-glicuronidase sobre o substrato MUG (4-metilumbeliferil-β-D-glicuronídeo). O 
método baseia-se na adição de 100 mL da amostra aos substratos e incubação entre 
35 °C a 37 °C por 24 horas. Caso ocorra produção de uma cor amarela, indica a 
presença da atividade de coliformes totais sob o substrato ONPG, já se houver 
 
 
39 
fluorescência sob a luz UV, confirma-se a presença de E. coli atuando no substrato 
MUG (SANITÁRIA, 2019). 
 
3.1.5 Contagem bacteriana 
 
Consistem em contagens em placas ao termo UFC/100 mL, dos 
microrganismos que utilizam o carbono orgânico como fonte de energia. De maneira 
que as bactérias heterotróficas, ou seja, bactérias que dependem de nutrientes 
orgânicos para seu crescimento são comumente empregadas para avaliação da 
qualidade microbiológica da água nas redes de distribuição (LIBÂNIO, 2010). 
Segundo a Sanitária (2019), há dois tipos de meios que podem ser usados para 
a contagem das bactérias heterotróficas: os contendo alta concentração de nutrientes, 
como exemplo o ágar caseína-soja e o ágar m-HPC que são adequados para 
isolamento geral e enumeração das bactérias, e os de baixa concentração de 
nutrientes, como exemplo o ágar R2A, que indica a recuperação de bactérias 
oligotróficas. 
Há dois procedimentos que possibilitam essa contagem conforme a Tabela 5, 
porém o método por profundidade em placa só é empregado em água potável e 
purificada. Já o método de filtração por membrana, que é indicado para água API e 
UP, consiste em utilizar equipamento que possibilite a transferência de membrana 
para os meios de cultura, sendo ágar R2A ou PCA. Essa membrana apresenta 
dimensões de 47 mm de diâmetro e 0,45 µm de porosidade, essa membrana deverá 
ser lavada com 20 mL a 30 mL com água purificada após a filtração da amostra. O 
volume a ser filtrado varia de acordo com a amostra, devendo obedecer a um volume 
máximo que forneça de 20 UFC a 200 UFC por membrana (SANITÁRIA, 2019). 
 
Tabela 5 - Condições para contagem do número total de bactérias heterotróficas. 
Método 
Tipos de água 
Água potável Água purificada 
Água para 
injetáveis e 
água 
ultrapurificada 
Tipo de método 
Profundidade em 
placa ou Filtração 
em membrana 
Profundidade em 
placa ou Filtração 
em membrana 
Filtração em 
membrana 
 
 
40 
Tamanho 
sugerido da 
amostraa 
1,0 mL/100 mLb 1,0 mL/100 mLb 200,0 mL 
Meioc Ágar R2A, PCA Ágar R2A, PCA Ágar R2A, PCA 
Período de 
incubação 
Ágar R2A: 4-7 
dias (ou mais 
longo) PCA: 48-
72 horas (ou 
mais longo) 
Ágar R2A: 4-7 
dias (ou mais 
longo) PCA: 48-
72 horas (ou 
mais longo) 
Ágar R2A: 4-7 
dias (ou mais 
longo) PCA: 48-
72 horas (ou 
mais longo) 
Temperatura de 
incubação 
ÁgarR2A: 20-25 
°C ou 30-35 °C 
PCA: 30-35 °C 
Ágar R2A: 20-25 
°C ou 30-35 °C 
PCA: 30-35 °C 
Ágar R2A: 20-25 
°C ou 30-35 °C 
PCA: 30-35 °C 
Fonte: Sanitária (2019) 
 
 
 
 
41 
4. IMPORTÂNCIA DOS PROCESSOS ANÁLITICOS REALIZADOS 
 
A definição de qualidade pode ser “objetiva” e “subjetiva” ao mesmo tempo, 
conforme disseminado pelo engenheiro americano e doutor em física Walter A. 
Shewhart, considerado pai do controle estatístico da Qualidade (FERREIRA; SILVA, 
2016). Dentro do entendimento do conceito objetivo Crosby (1979, p. 15 apud 
FERREIRA; SILVA, 2016, p.11): “qualidade é a conformidade com as especificações”; 
e ao mesmo tempo, subjetivo, considerada a definição de Edwards (1968, p. 37 
FERREIRA; SILVA, 2016, p.11): “a qualidade consiste na capacidade de satisfazer os 
desejos”; a definição mais completa é descrita por Juran (1974, p. 2 FERREIRA; 
SILVA, 2016, p.11) como “qualidade é a satisfação das necessidades do consumidor”. 
Segundo a Sanitária (2019) “controle de qualidade é o conjunto de medidas 
destinadas a garantir, a qualquer momento, a produção de lotes de medicamentos e 
demais produtos, que satisfaçam às normas de identidade, atividade, teor, pureza, 
eficácia e inocuidade”, portanto, os métodos analíticos realizados pelo Controle de 
Qualidade devem ser minuciosos para garantir tanto a segurança quanto a eficácia do 
produto. 
Cada vez mais se tem a preocupação com o bem estar animal, utilizando-se 
de sistemas e manejos a proporcionar isso a eles. Por tempos essa questão foi 
negligenciada, porém devido a demanda ao consumidor que procura cada vez mais 
por produtos de qualidade e que entreguem uma qualidade de vida ao animal nessa 
situação vem tomando cada vez mais destaque (GRUNITZKY, 2020). Para que se 
possa atingir um conforto e qualidade da saúde animal, a vacinação tem como objetivo 
proteger a proteção contra infecções, interromper a transmissão ou prevenir os sinais 
clínicos e sintomas de uma doença (AMARO et al., 2016 apud PIRES, CORRÊA, 
2020). 
Para manter a segurança de um medicamento, embora esse parâmetro não 
seja o único a ser levado em conta, ele está intimamente relacionado à sua qualidade. 
Enquanto a qualidade envolve a comparação com um padrão, a segurança engloba 
ainda uma série de outros aspectos, como a mortalidade e a morbidade, que estão 
associados à segurança medicamentosa, e são problemas mais sérios resultantes do 
uso de medicamentos (SILVA, 2017). 
 
 
42 
As doenças de origem hídrica são caracterizadas principalmente pela ingestão 
de água contaminada por microrganismos patogênicos de origem entérica, animal ou 
humana, transmitidos basicamente pela rota fecal-oral (DOMINGUES, 2007). Frente 
a isso mesmo que não haja a necessidade da identificação dos microrganismos nas 
análises microbiológicas, ao ter esse conhecimento prévio se tem grandes 
possibilidades de possíveis tratamentos. 
 
4.1 PSEUDOMONAS 
 
Considerada um patógeno oportunista, é uma bactéria bacilo gram-negativa 
aeróbia, ou seja, necessita de oxigênio para sobreviver, porém é capaz de suportar 
baixas concentrações de oxigênio. Também pode sobreviver com baixos níveis de 
nutrientes e crescer em temperaturas de 4°C a 42°C (OCHOA, 2013). Pode ser 
encontrada tanto na natureza habitando solo, água e vegetais como em ambientes 
hospitalares sendo as pias, equipamentos ou dispositivos que atravessam a barreira 
cutânea-mucosa alguns exemplos, apresentando também a capacidade de colonizar 
regiões úmidas da pele (GONÇALVES; GOULART, 2021). 
É a espécie mais frequentemente envolvida nas infecções com ampla 
localização e severidade, como as do trato respiratório, trato urinário e da corrente 
sanguínea (GUERRA, 2006). Está espécie é resistente a vários tipos de antibiótico 
devido sua a uma barreira oferecida por sua membrana externa que é formada por 
lipopolissacarídeos responsável por desencadear os sintomas como a febre, queda 
de pressão arterial, oligúria, leucocitose ou leucopenia, coagulação intravascular 
disseminada (CID), e a síndrome respiratória do adulto (LIMA et al, 2016). A 
resistência a antibióticos se dar por alterações nos canais protéicos de difusão 
inespecíficos, chamados porinas e canais de difusão são constituídos por proteínas 
triméricas, as bombas de efluxo, permitem eliminam elementos tóxicos de seu interior 
entre eles agentes antimicrobianos. (LOMOVSKAYA, 1999; CLOETE, 2003 apud 
LIMA et al, 2016). 
 
 
 
 
 
43 
4.2 ESCHERICHIA COLI 
 
São bactérias gram-negativas pertencentes à família Enterobacteriaceae, na 
morfologia de bastonetes que podem ser móveis ou não devido a presença de flagelo 
(A.S.A.E., 2007). Possui metabolismo respiratório e fermentativo, sendo anaeróbica 
facultativa, sendo capaz de fermentar com produção de gás a lactose, glicose, 
maltose, entre outros carboidratos (CORRÊA, 2012). 
É a bactéria mais representativa do grupo das bactérias coliformes fecais, por 
ser altamente específica das fezes do homem e animais de sangue quente. Por não 
ser capaz de se reproduzir em ambientes aquáticos, a E. coli é utilizada como 
indicador específico de contaminação fecal. Apesar de ela não causar danos à flora 
intestinal, ao ser ingerida ela atinge outros órgãos do corpo podendo causar infecção 
urinária por exemplo (CORREIA, 2014). 
 
4.3 SALMONELLA 
 
Assim como a E. coli, ela também é pertencente à família Enterobacteriaceae, 
sendo classificado como bastonetes gram-negativos, não formadores de esporos, 
anaeróbios facultativos e oxidase negativo. Como possui grande (MOREIRA et al, 
2013). Segundo Rodrigues et al (2011), as Salmonelas ainda apresentam 
características metabólicas como a capacidade de descarboxilação dos aminoácidos 
lisina e ornitina, redução de nitrato para nitrito e utilização do citrato como única fonte 
de carbono. 
Tem alta facilidade em habitar homens e animais, e está frequentemente 
associado à ingestão de alimentos como ovos, carne de aves e suínos, sendo também 
isolado de outras fontes como água e vegetais (RODRIGUES et al, 2011; MOREIRA 
et al, 2013). Dentre os mais de 2500 sorotipos de Salmonella conhecidos, 
aproximadamente 90 são os mais comuns em casos de infecções em animais e seres 
humanos (BERCHIERI JÚNIOR & FREITAS NETO, 2009 apud MOREIRA et a, 2013). 
 
 
 
 
 
44 
4.4 KLEBSIELLA 
 
São enterobactérias bacilares, gram-negativas, não flageladas, anaeróbias 
facultativas e saprofíticas, a Klebsiella é constituída por espécies de grande 
importância médica, por serem responsáveis pela grande frequência dos casos de 
infecções hospitalares. Podendo ser encontrados no solo, água, plantas e esgoto, e 
conhecidas por colonizar o trato gastrointestinal e a nasofaringe de humanos e 
animais (LOPES, 2019). 
Bactérias do gênero Klebsiella são consideradas comensais do intestino 
humano e de animais homeotérmicos, posteriormente se tornam patogênicas quando 
adquirem genes de virulência através de bacteriófagos, plasmídeos ou ilhas de 
patogenicidade. O gênero pode causar vários tipos de infecções e têm sido 
associadas à pneumonia, infecções no trato urinário, respiratório, além de ser 
encontrado colonizando feridas na pele e em casos de diarreia e disenteria (LOPES, 
2019). 
 
4.5 ENDOTOXINAS 
Conforme Guimarães (2017), existem diversos microrganismos, sobretudo 
bactérias, que podem apresentar toxinas, substâncias que passam para a periferia ou 
se difundem através do organismo e provocam alterações funcionais de diversa 
gravidade. Estes microrganismos nem sempre infectam os órgãos internos de maneira 
a provocarem prejuízos a suas vítimas, sendo um exemplo comum as endotoxinas 
que são complexos de alto peso molecular, associado à membrana externa de 
bactérias gram-negativas e constituem a mais significativa fonte de pirogênio para a 
indústria farmacêutica. Essas endotoxinas podem conter lipídios, carboidratos e 
proteínas, mas se purificadassão denominadas de polissacarídeos (LSP). 
Mesmo que a maior parte das endotoxinas se mantenham ligadas à parede 
celular até a desintegração da bactéria, uma pequena quantidades de endotoxinas 
são liberadas, na forma solúvel, por culturas de bactérias jovens ou também por 
bactérias gram-negativas como E.coli, Salmonella, Shigella, Pseudomonas, Neisseria, 
Haemophilus e outros agentes patogênicos, em crescimento. Essas endotoxinas 
podem ser tóxicas à maioria dos mamíferos, podendo apresentar diversas reações 
 
 
45 
patofisiológicas como febre, leucopenias, coagulação intravascular disseminada, 
hipotensão, choque ou até mesmo a morte (GUIMARÃES, 2017). 
 
 
 
46 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O controle de qualidade é essencial para qualquer indústria, visando não 
apenas a qualidade do produto desde da produção até a chegada ao consumidor, mas 
também o aprimoramento de técnicas e métodos que levam cada vez mais ao 
aprimoramento e efetividade desse produto. Como a água tem um grande emprego 
na indústria sendo um dos principais como matéria prima, sua pureza deve ser 
devidamente monitorada pelo controle de qualidade para que não haja interferentes 
para os fins desejados. 
Ao se optar pela pelo uso da água API, sendo uma com maior grau de 
tratamento e pureza, os cuidados microbiológicos sempre são um dos maiores 
desafios, devido ao tempo que cada análise leva para ser concluída e ao fato da 
facilidade dessa água ter grande facilidade de se contaminar novamente. Para evitar 
as contaminações indesejadas na água API, o controle de qualidade deve monitorar 
desde sua origem sendo de poço artesiano ou o sistema de distribuição municipal, 
para que se tenha os parâmetros da água de entrada e trabalhar nessa água por meio 
de um sistema que a trata de maneira eficaz e otimizada para se cumprir os 
parâmetros estipulados pelos órgãos regulamentadores. 
A indústria farmacêutica veterinária está em constante evolução, e devido ao 
grande aumento de animais domesticados nos dias de hoje também se aumentou a 
preocupação com a saúde deles. Pois, garantia a saúde animal também garante a 
saúde do home, que não apenas consome a carne e diversos derivados desses 
animais, mas também a uma interação afetiva cada vez maior e realizar um tratamento 
ou prevenção com produtos de boa qualidade é essencial para que tanto o homem 
quanto os animais tenham uma boa qualidade de vida. 
 
 
 
 
47 
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