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Redação: A questão da aversão ao corpo gordo na sociedade brasileira. O preconceito se apresenta na sociedade brasileira de diferentes formas. Uma delas é a gordofobia que, apesar de pouco discutida, também gera consequências preocupantes. Visto que mais da metade da população brasileira estava acima do peso em 2019, de acordo com o Ministério da Saúde, tal aversão ao corpo gordo traz prejuízos, tanto para o convívio social quanto para a saúde psicológica de um enorme número de pessoas. De acordo com o sociólogo Erving Goffman, estigma é uma característica que torna o indivíduo desqualificado ou menos valorizado, sendo assim determinante para a sua marginalização. Nesse caso, o corpo gordo é um estigma, visto que em decorrência dele muitas pessoas sofrem com a não aceitação social, sendo alvo de bullying desde a infância, ouvindo piadas e julgamentos, além da falta de adequação de ambientes públicos e privados para acomodar essas pessoas. Assim, esse estigma afeta diretamente o convívio social e, consequentemente, a autoestima e a saúde psicológica desses indivíduos. Outrossim, é importante ressaltar que o ganho ou a perda de peso não dependem somente de uma alimentação saudável e da prática de atividades físicas; existem fatores genéticos, relacionados ao uso de medicamentos, entre outros. Entretanto, a associação geralmente feita entre magreza e saúde e a busca pelo padrão de beleza construído socialmente levam muitas pessoas a optarem por dietas rigorosas e pela prática exagerada de exercícios sem acompanhamento profissional, podendo levar ao surgimento de distúrbios alimentares e psicológicos, como a anorexia e a depressão. Dessa forma, conclui-se que o Ministério da Saúde deve criar um projeto que promova o acompanhamento psicológico nas escolas para crianças e adolescentes que sofram com a gordofobia. Além disso, o projeto deve atuar em prol da conscientização desses estudantes e da população em geral, por meio de palestras com profissionais, livretos informativos e comerciais nos meios de comunicação, que além de informar, possam incentivar a inclusão e a adaptação de ambientes. Para que as diferenças, especialmente relacionadas ao peso, possam ser vistas de forma natural, evitando os problemas de saúde citados e combatendo o preconceito, provocados geralmente pela busca e valorização de um padrão irreal.
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