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Resumo - Esquizofrenia

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Esquizofrenia 
Psicose 
 
 A psicose é uma estrutura clínica diferente da 
neurose porque corresponde a um modo 
particular de articulação dos registros do real, 
simbólico e imaginário, onde há uma 
confusão do imaginário e do simbólico. O que 
faz toda a diferença é o fato de que na 
psicose um fragmento da realidade rejeitada 
retorna sem parar, para forçar a abertura na 
vida psíquica. 
 Lacan recoloca-se no cerne da teoria 
psicanalítica das psicoses a referência ao 
Édipo, com a foraclusão do Nome-do-Pai no 
lugar do Outro e o fracasso da metáfora 
paterna como mecanismo específico. 
 O Outro na neurose é “mudo”, o discurso não 
atravessa o muro da linguagem, a não ser 
pelas formações do inconsciente. Já a 
psicose, o Outro fala, aparece às claras, 
provocando no sujeito todo tipo de reação: 
terror, pânico, exaltação. Isso faz com que o 
psicótico, diferente do neurótico que habita a 
linguagem, seja habitado, possuído pela 
linguagem 
 O que vai se destacar, assim, na psicose é a 
estrutura da linguagem, ou melhor, da 
relação do sujeito com o significante. 
 
Paranoia x Esquizofrenia 
 
 Paranoia e Esquizofrenia são Psicoses, isto é, 
um conflito do eu com a realidade externa, 
porém, apesar de fazerem parte da mesma 
estrutura clínica, têm muitas distinções. 
 Apesar do desinteresse de Freud pela 
esquizofrenia, ele fez uma divisão bastante 
rigorosa entre paranoia e esquizofrenia com 
relação ao investimento libidinal: A paranoia 
se caracteriza pela regressão da libido ao 
estado do narcisismo; na esquizofrenia trata-
se da libido que não se contenta em regredir 
ao estado do narcisismo, mas vai além: ao 
abandono completo do amor objetal, 
retornando ao autoerotismo infantil. 
 Nesse sentido, na esquizofrenia, após o 
processo de retirada no investimento objetal, 
a libido não procura um novo objeto, mas se 
 
 
volta para o eu, para o corpo de maneira 
fragmentada. 
 Nesse sentido, na esquizofrenia, após o 
processo de retirada no investimento objetal, 
a libido não procura um novo objeto, mas se 
volta para o eu, para o corpo de maneira 
fragmentada. 
 Nesse sentido, na esquizofrenia, após o 
processo de retirada no investimento objetal, 
a libido não procura um novo objeto, mas se 
volta para o eu, para o corpo de maneira 
fragmentada. Então: Paranoia ligada ao 
narcisismo e Esquizofrenia ao Autoerotismo. 
 
Esquizofrenia 
 
 A esquizofrenia é um tema clínico que está 
em pauta desde o início do século XX. Assim 
como Freud, Lacan não se apropria tanto do 
tema e os seus apontamentos feitos sobre as 
psicoses são, em sua maioria, referentes à 
paranoia. As indicações sobre a esquizofrenia 
são raras e sucintas, mas o texto traz que: 
Quando Lacan fala do esquizofrênico, em 
1973, ele o define em relação ao discurso, ele 
está na linguagem, mas fora do discurso, o 
que Deleuze e Guattari (2010) tentaram 
pensar como o corpo sem órgãos. 
 Com isso, temos que o esquizofrênico é mais 
habitado do que habita propriamente a 
linguagem, e para ele, palavra e coisa se 
equivalem, isto é, as palavras são submetidas 
ao processo psíquico primário, onde o que 
predomina é o significante em relação ao 
significado. E isso ocorre justamente por estar 
no estágio do autoerotismo, pela ausência do 
Outro, daí o nome do capítulo “A demissão 
do Outro”, pois, como já explicitado, a libido 
não investida se volta para o seu eu de 
maneira desorganizada, o que gera os 
inúmeros sintomas, por isso o nome 
“esquizofrenia”, o eu dividido e fragmentado. 
 E, ao examinarmos a questão da 
esquizofrenia, chama-nos a atenção os 
fenômenos oriundos dessa psicose: os delírios, 
as alucinações intensificadas, em 
comparação com a paranoia, e as 
manifestações corporais de toda ordem. 
 
By: Ewylle Farias 
Esquizofrenia x Autismo 
 
 Entretanto, como apresentado, há essa 
questão da esquizofrenia e a linguagem, que 
pode facilmente se confundir com o autismo. 
 Na esquizofrenia, há o desligamento da 
realidade, combinado a predominância 
relativa absoluta da vida interior, é o que 
Bleuler chama de autismo. Para Bleuler o 
autismo não era uma condição psíquica 
separada, mas um sintoma da esquizofrenia. 
O nome autismo foi dado por Bleuler, essa 
centralidade do sujeito é o autoerotismo para 
Freud. 
 Para Bleuler, autismo significa perda do 
contato com a realidade. Nos casos mais 
leves, ligeiramente, e nos casos mais graves, 
mais intensamente. As ideias e atos dos 
autistas testemunham a desvinculação do 
laço social, mas ele não está completamente 
fora, pois faz tentativas de vínculos. 
 O autismo é a situação em que o 
esquizofrênico se encontra fora de qualquer 
laço, isolado, pois seu investimento todo 
retorna sobre si mesmo, concentrando o 
próprio gozo em seu corpo. Todas as 
manifestações consideradas patológicas do 
esquizofrênico são tentativas de restabelecer 
o vínculo com os outros ou, segundo Freud, 
com os objetos.

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