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Resumo p1 Fruticultura Ufla

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P1 – Fruticultura 
PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO DE POMARES DE PLANTAS FRUTÍFERAS 
• Destino da produção: consumo próprio, comercial → in natura ou transformação. 
• Mercado a atingir: distância, exigências, volume de venda. 
• Mão de obra disponível: familiar, contradada. 
• Sucesso de um pomar: 
- Escolha da variedade ou cultivar (copa e porta-enxerto) → em função do destino da produção e clima 
- Qualidade da muda (alicerce do pomar) 
- Cuidados no plantio e condução 
Importância planejamento do pomar: espécies perenes tem retorno econômico demorado (3-5 anos), erros aparecerão depois de 
alguns anos → Planejamento 1 ano antes! 
- Clima, solo, localização do pomar, escolha de variedades, escolha de terreno, preparo de terreno, aquisição de mudas, Processos 
legais de implantação (citros), mercado, etc. 
• Clima: temperatura, luz, precipitação, UR, ventos, geadas e granizo. 
Solo, umidade → Controlável. 
Luz, temperatura → utilização espécies adequadas. 
• Temperatura: quebra ou indução de dormência; tempo para florescer; fecundação, frutificação e maturação dos frutos; 
qualidade dos frutos → extremas é limitante (bom desenvolvimento: varia de 4 a 36°C). 
Ex: amplitude térmica período de maturação citros → melhora coloração e balanço açúcar/acidez. 
• Luz: formação de flores e formação de frutos (maturação); taxa fotossintética das plantas. 
- Intensidade (floração e frutificação ocorrem na parte mais externa da planta por apresentar maior luminosidade e arejamento); 
qualidade (fotossíntese) e duração (horas do dia ou fotoperíodo → quebra dormência gemas vegetativas e indução 
florescimento). 
• Precipitação: depende da quantidade; distribuição e fase da planta. Elevada precipitação na frutificação (+ elevadas 
temperaturas)→ doenças. 
• UR: interfere na produção e qualidade dos frutos. 
- Ambiente seco: proliferação ácaros e cochonilhas; dificulta germinação do pólen. 
- UR alta: + doenças; - insetos polinizadores. 
• Ventos: efeitos dependem da intensidade; direção e temperatura. 
- Danos: alteram conformação de uma árvore; quebra dos ramos; facilita disseminação de patógenos (cancro cítrico e ácaros); 
aumenta perda de água das plantas e solo. → quebra ventos; tutoramento e local com menor incidência. 
• Geadas e granizos: interfere desenvolvimento da planta, produção e qualidade dos frutos. 
Granizo → telas 
Geada → fumaça, porta enxertos resistentes. 
 
Classificação das frutíferas quanto ao clima: 
• Tropicais: T> 22°C; temperaturas elevadas constantes; água constante; sensíveis baixas temperaturas → abacaxi, banana, 
mamão, manga, etc. 
• Subtropicais: 15-22°C; surtos de crescimento; folhas caducas → abacate, citros, jabuticaba. 
• Clima temperado: 5-15°C; apresentam período de repouso → ameixa, pera, uva. 
 
Aquisição das mudas: viveiristas credenciados; mudas certificadas ou fiscalizadas; padronizadas e de boa qualidade. 
Tipos de mudas: raiz nua (espécies clima temperado) e torrão (tropicais e subtropicais; comercializadas ano todo). 
Escolha da cultivar: precoces; da estação e tardias; dupla aptidão (in natura e processamento) → aceitação no mercado; 
adaptada; período de colheita; produtividade; tolerância pragas e doenças. 
- clima quente: cultivares precoces; clima + ameno: cultivares tardias → buscando menor oferta, maior preço. 
 
Sistema de Condução da Videira 
• Espaldeira: plantas no plano vertical → ambiente seco, ensolarado e ventilado; maior açúcar, menor acidez. Uvas para 
vinho. 
• Latada: plano horizontal → ambiente úmido, sombreado e pouco ventilado; menor açúcar, maior acidez. Uvas de mesa. 
• Manjedoura: sistema intermediário; plano oblíquo. Vinho, suco e mesa. 
Solos no Brasil: ácidos e baixa fertilidade natural → o crescimento das plantas é limitado devido aos baixos valores de pH, 
presença de Al e Mn em níveis tóxicos e baixa atividade microbiana (diminui taxa de mineralização da MO) → baixa 
disponibilidade e menor aproveitamento de alguns nutrientes essenciais (N, P, S, Mo). 
Solo para o cultivo de planta frutífera: profundos; permeáveis; boa fertilidade; pouco ácidos (pH entre 5,5 a 6,5; ampla reserva 
de nutrientes; relativa Capacidade de armazenamento de água. 
Exigências Nutricionais das Plantas Frutíferas: Depende da espécie; combinação Copa X Porta-Enxerto; condições Edafoclimaticas; 
expectativa de produção; manejo. 
Manejo do solo: químico, físico e biológico. 
Calagem (área total, incorporação o mais fundo possível e no fundo do sulco para plantio juntamente com P – crescimento 
radicular) → adubação (análise de solo e foliar). 
Análise de solo: glebas homogêneas, representatividade, repetição, 6-8 meses antes do plantio (topo, textura e histórico). 
 
Preparo do solo: distribuição de adubos e corretivos; escarificação 
e/ou subsolagem + gradagem; aração + gradagem; preparo das 
covas ou sulcos (em nível). 
Correção do solo: análise 0-20 e 20-40; pH; fósforo; M.O. 
Quantidade de calcário: com base em Ca, Mg, Al e CTC do solo 
(V%= 70%) → modo aplicação: aplicado em qualquer época do 
ano. Em formação é aplicado a lanço em área total, com 
antecedência (90 dias) ao plantio de mudas, incorporando o mais 
profundo possível (preferência antes da aração). Pomares em 
produção toda área ou faixas. (*obs: Cálculo NC) 
Boa fertilidade e CTC no perfil → aprofundamento sistema 
radicular, aumento biomassa e M.O. 
Demarcação de covas (espaçamento): depende da espécie; forma 
de condução da planta; tratos culturais e mecanização. 
Adubação covas: 30 dias antes do plantio; +/- 50x50x50cm; 
manual ou mecânica. Esterco, SS e calcário: misturar tudo com 
terra retirada da cova e recolocar depois. 
 
Tratamento do sulco: única oportunidade aplicar P em profundidade; M.O. como fonte de Boro. → P, MO e calcário → mistura 
com subsolador no sulco. 
Localização do fertilizante de acordo com idade da planta: 0-1 ao redor da coroa (raio de 0,5m); 1-2 ao redor da coroa (raio 
1,5m); 2 em diante em faixas, nos dois lados da planta, com faixa adubada= raio de projeção da copa, 2/3 dentro e 1/3 fora dela. 
Esperar 2 anos após arranquio do pomar velho para colocar um novo. 
• Plantio convencional (passado): uso intenso de máquinas → erosão 
• Preparo em faixas: plantas roçadas nas entrelinhas; aração, aplicação de Ca e gradagem nas faixas (atual); adubo verde. 
Implantação: período de acordo com a espécie; reabertura da cova; preparo da muda (cortar o fundo do saquinho → pião/raiz 
pivotante torta); colocação na cova (posicionamento) → colo acima do nível do solo (3-5cm); tutoramento; poda; bacia; 
cobertura morta; irrigação. 
- Enchimento da cova: terra de cima → esterco → adubo → calcário 
Cuidados pós plantio: irrigação até o completo pegamento; combate as formigas; controle de pragas e doenças; capinas 
(controle plantas daninhas); desbrotas; condução inicial; adubação de pegamento: 20-30 dias após o plantio. 
5 meses após plantio → raízes com 1,5m 
• Greening (HLB, amarelão do citros): bactéria de floema; vetor psilídeo Diaphorina citri; folhas amareladas e 
mosqueadas; difícil controle; originário da china. 
• CVC: Cigarrinha 
• Cancro cítrico: muda contamina por material contaminado (pessoas, material de colheita, etc.) e insetos (Minadora do 
Citros); dentro do pomar: respingos de chuva/vento, implementos. Sintomas: lesões locais folhas, ramos e frutos; halo 
amarelo (queda das folhas); lesões corticosas salientes frutos e ramos; queda dos frutos; seca de ponteiros. 
- Prevenção: desinfestação com amônia, álcool, cloreto benzalconico. 
 
Propagação de plantas frutíferas 
Sexuada (reprodução): Sementes 
Assexuada (propagação): estaquia, enxertia, apomixia, estruturas especializadas, mergulhia e alporquia, micropropagação. 
 
Mergulhia: processo de multiplicação na qual a planta a ser formada só será destacada da planta-mãe após ter enraizado, sendo 
recomendada para espécies que apresentam problemas ou dificuldades de propagação de outros métodos. 
• Revestimento total ou parcial do ramo → proporciona condiçõesde umidade, aeração e ausência de luz → favorece emissão de raiz. 
• Realizada na primavera ou fim do verão: estação de crescimento das plantas. 
• Simples; alta porcentagem de enraizamento; pouco utilizado; exige muita mão de obra; alto custo. 
• Pode ser efetuada diretamente no solo ou fora dele (aérea- alporquia). 
Solo: Simples (normal, de ponta); Contínua (chinesa, serpenteada); Cepa. 
 
a) Simples normal: ramo a enraizar é dirigido no sentido do terreno; retira brotações laterais e folhas (10-60 cm extremidade); encurvado 
e enterrado a 10 a 15 cm (últimos 25 cm do ramo emergentes); fixa-se um tutor; utilizar ramos baixos e flexíveis → Época ideal: 
primavera - usando gemas dormentes, de um ano. 
b) Simples de ponta: o ramo tem sua extremidade superior enterrada no solo (cerca 10cm), para que enraíze. Neste caso, em virtude de 
as gemas estarem em posição invertida, o desenvolvimento da planta é menor, com curvaturas nas folhas e menor porte. Para facilitar 
a permanência do ramo nesta posição, sugere-se um tutor. 
c) Contínua Chinesa: o ramo é enterrado ao longo do seu comprimento, ficando à mostra apenas a extremidade apical. O sucesso deste 
método depende do fato de as gemas voltadas para cima crescerem e do enraizamento correspondente na face voltada para baixo. 
Semelhante à mergulhia simples normal, com a diferença obter várias novas plantas de uma única, dependendo do interesse e do 
tamanho do ramo-mergulho. 
d) Mergulhia serpenteada: a colocação do ramo compreende uma alternância de entradas e saídas do solo, deixando partes expostas que 
com o enraizamento da parte subterrânea, gera uma nova planta plântula a cada ponto de saída formando mudas normais e invertidas. 
e) Cepa: 
1) Plantio da muda - semente ou propagação vegetativa; 
2) Estabelecimento da planta 
3) Após o estabelecimento da planta, deve-se fazer uma poda drástica do tronco, rente ao solo, de modo que a planta seja 
estimulada a emitir brotações. 
4) 1° Amontoa – Brotos com 10 a 15 cm de altura; 2° Amontoa – Brotos com 20 a 25 cm de altura; 3° Amontoa – Brotos com 40 cm de 
altura → primavera; formação de camalhão com 25cm a 30 cm de altura para bom desenvolvimento sistema radicular. 
 
 
5) Separação das brotações enraizadas da planta mãe: feita no inverno seguinte, retirando a terra com cuidado para evitar danificar o 
sistema radicular. 
6) Obtenção de clones enraizados (barbados). 
7) O caule da planta matriz deve permanecer descoberto para facilitar as novas brotações. 
 
Produção porta enxertos macieira: cepa e contínua chinesa → limitado pelo baixo porcentual de enraizamento → uso de 
fitorreguladores, câmaras de nebulização e outras técnicas ajudem a obter melhores resultados. 
 
MERGULHIA AÉREA → ALPORQUIA 
• Quando os ramos são pouco flexível, curtos e não consegue-se dirigi-lo até o solo. 
• Incisão anelar no ramo (retirada da casca) 
• O ramo a ser enraizado é envolvido por uma mistura de terra, areia, matéria orgânica ou, de preferência, por esfagno. 
• Esse substrato deve proporcionar ao ramo coberto boa aeração e umidade; 
• Anelamento do ramo (corte floema): restrição do fluxo de carboidratos, auxina e outras substâncias de crescimento, originadas 
das folhas e gemas → acúmulo na região onde se pretende realizar o enraizamento ➔ Pode-se colocar os ácidos indolbutírico, 
indolacético, o naftalenoacético ou o ácido 2,4- diclorofenoxiacético no ponto lesionado, para favorecer o enraizamento → 
Uso de envoltório: Vasos, panos ou sacos plásticos. 
• Lichieira → CONCENTRAÇÕES DE ÁCIDO INDOLBUTÍRICO E TIPOS DE SUBSTRATO NA PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE LICHIA. 
 
Substratos utilizados: proporcionar as condições adequadas à germinação, desenvolvimento radicular e crescimento inicial das plantas. Ex: 
Solo, areia, turfa, perlita, vermiculita, composto, casca de arroz carbonizada. 
- Boa drenagem → evitar acúmulo de água e doenças fungicas. 
- Boa aeração →fornecer oxigênio embrião da semente e trocas gasosas sistema radicular. 
- Ambiente escuro → sistema radicular tem fototropismo negativo. 
- Boa composição química (nutrientes) 
- Isento de patógenos e sementes de plantas invasoras. 
 
Tratamento Sanitário substratos: eliminar organismos causadores de doença que podem provocar a morte da muda ou que venham a ser 
fonte de inoculo para disseminação de patógenos no transplante → solarização (+ eficiente que a convencional: coletor solar). 
• Solarização: é um método de desinfestação do solo para o controle de fitopatógenos, plantas daninhas e pragas, que consiste 
na cobertura, com um plástico transparente, do solo em pré-plantio, preferencialmente úmido, durante o período de maior 
radiação solar. O aquecimento do solo enfraquece os microrganismos que causam doenças em plantas e permite que outros 
microrganismos que também habitam o solo se multipliquem e ajudem no controle. 
• Coletor solar: uma caixa de madeira que contém tubos metálicos de 15 cm de diâmetro e uma cobertura de plástico 
transparente, que permite a entrada dos raios solares. Alguns patógenos habitantes do solo, podem ser inativados no coletor 
em algumas horas de tratamento, em razão das altas temperaturas atingidas (70 a 80ºC, no período da tarde), porém 
recomenda-se o tratamento por um ou dois dias de radiação plena. Diferentemente da solarização, o coletor solar pode ser 
utilizado durante todas as épocas do ano, exceto em dias chuvosos. 
 
Estaquia: ocorre a indução do enraizamento adventício em segmentos destacados da planta mãe. 
• Estaca: qualquer segmento da planta mãe, com pelo menos uma gema vegetativa, capaz de originar uma nova planta, 
podendo ser de diferentes órgãos do vegetal. 
• Utilização: Multiplicação de variedades ou espécies que possuem aptidão para emitir raízes adventícias; produção de porta-
enxertos clonais; perpetuação de novas variedades oriundas de processos de melhoramento genético. 
• Vantagens: Permite que se obtenham muitas plantas a partir de uma única planta matriz em curto espaço de 
tempo; é uma técnica de baixo custo e fácil execução; não apresenta incompatibilidade entre enxerto e porta-
enxerto; porta-enxertos originados de estacas apresentam maior uniformidade do que plantas enxertadas sobre 
mudas oriundas de sementes. 
• Desvantagens: quando a espécie ou cultivar possui baixo potencial genético de enraizamento, mesmo que haja 
raízes, elas são insuficientes e o % de mudas que sobrevivem após o plantio no viveiro é muito baixo. 
• Tipos de estacas: 
- Aéreas: 
1) Herbáceas (folhas e ramos ponteiros → simples) 
Coletadas no período de crescimento vegetativo (primavera/verão), quando os tecidos apresentam alta atividade meristemática e baixo 
grau de lignificação; Normalmente estacas do ápice (um ou dois pares de folhas); variam de 10 a 20 cm de comprimento; exigem 
cuidados especiais (principalmente desidratação); Exigem um substrato especial, poroso, com boa drenagem e devem ser cultivadas em 
ambiente com alta UR; folhas maiores devem ser reduzidas à metade (evitar perdas de água e facilidade de manejo); Após o 
enraizamento devem ser repicadas para um ambiente menos úmido e em substrato próprio. 
2) Semi-lenhosa 
Coletadas no final do verão e início do outono; cuidados necessários: principalmente com a desidratação, por tratar-se de um material 
que se encontra num metabolismo mais acentuado. 
3) Lenhosa (talão, cruzeta, tanchão, gema, enxerto). 
Coletadas no final do período de dormência (inverno), pois apresentam a maior taxa de regeneração potencial e são altamente 
lignificadas; São estacas de ano (brotadas na primavera do ano anterior), tamanho variando de 30 a 50 cm e diâmetro de 1,5 a 2,5 cm; 
podem ser cultivadas em substratos à base de solo; normalmente enraízam de oito a dez semanas; permanecem grande período no 
substrato: necessário que o substrato esteja adequadamente nutrido. 
 
- Subterrâneas: raiz. 
 
Estacas de folhas: intermédio de secções da folha; devem ser plantadas com a sua parte basal para baixo, enterradas em 2,5 a 4,0 cm.Pouco utilizada em fruticultura. 
Estaca de raiz: secções da raiz. Pode ser utilizada em fruticultura: framboesa, amora preta, caquizeiro, cerejeira. 
 
Princípio do enraizamento: 
• TOTIPOTÊNCIA CELULAR: capacidade de uma só célula originar um novo indivíduo → informação genética para gerar qualquer parte da 
planta. 
• DESDIFERENCIAÇÃO: capacidade de células maduras retornarem a condição meristemática e vir a desenvolver um novo ponto de 
crescimento. 
• POLARIDADE DA ESTACA CAULINAR 
 
Formação do calo: massa irregular de células parenquimatosas em diversos estádios de lignificação (evento independente da formação 
da raiz). 
Formação das raízes adventícias: 3 fases. Desdiferenciação → diferenciação dessas células em primórdio de raízes → desenvolvimento 
e emergência de novas raízes e formação de conexões vasculares com os tecidos condutores desta estaca. 
- Fatores que afetam formação de raízes: Internos 
• Teor hídrico: estacas coletadas de plantas matrizes com déficit hídrico tendem a não enraizar e entram no processo de seca mais 
rapidamente. 
• Teor de reservas 
• Condição nutricional: equilíbrio de P, K, Ca e Mg favorecem o enraizamento; o Zn é ativador do triptofano (precursor da auxina) → 
propicia a formação de raízes; N é necessário para a síntese de proteínas e ácidos nucleicos, essenciais ao enraizamento (em excesso 
pode ser prejudicial). 
• Idade da planta: estacas provenientes de plantas jovens enraízam com mais facilidade (se manifesta mais em estacas de difícil 
enraizamento). Plantas mais velhas: acúmulo inibidores de enraizamento, redução dos níveis fenólicos e barreira anatômica de tecidos 
lignificados. 
• Potencial genético do enraizamento: variável com espécie e cultivar. 
• Sanidade: Viroses, fungos e bactérias podem ocasionar a morte das estacas, antes ou após a formação das raízes. Influenciada pelo grau 
de contaminação do material propagativo, pelo substrato, pela qualidade da água de irrigação e pelos tratamentos fitossanitários que 
venham a ser realizados. 
• Balanço hormonal →Promotores de enraizamento: 
- Auxinas: responsável pela iniciação (onde meristemas são formados), elongação das raízes e crescimento → principal promotora do 
enraizamento (em elevada [] inibem formação de brotos). 
- Citocininas: envolvida na diferenciação e crescimento celular. Desfavorecem enraizamento e estimulam brotações. 
- Giberelinas: regula a síntese de ac. Nucleicos e PTN → elongação de ramos (elevada [] desfavorecem enraizamento e baixa [] estimula). 
• Co-fatores no enraizamento: atuam como a auxina sintetizados em gemas e folhas jovens, e em estacas de plantas jovens. 
 
Externos 
• Temperatura: recomenda-se manter o substrato aquecido, visando favorecer a divisão celular na região de formação de raízes. 
Adequadas ao enraizamento - 21 a 26°C e noturnas de 15 a 21°C. 
• Luz: fotossíntese e degradação de compostos fotolábeis (auxinas). Baixa intensidade luminosa sobre a planta-mãe previamente à coleta 
das estacas favorece a formação de raízes, devido à preservação das auxinas e de outras substâncias endógenas (internas). 
O estiolamento dos ramos dos quais serão retiradas as estacas facilita o enraizamento (prática recomendada, especialmente no caso de 
espécies de difícil enraizamento). Na região basal da estaca, onde serão formadas as raízes, é necessário que se mantenha um ambiente 
completamente escuro. 
• Umidade: perda de água é uma das principais causas da morte de estacas → uso da nebulização intermitente (MIST) permite a redução 
da perda de umidade pela formação de uma película de água sobre as folhas; diminuição da temperatura, com manutenção da atividade 
fotossintética em estacas com folhas. 
- Ambientes: ripados (50% sombreamento), telados (30-50%), estufas. 
- FOG: gotas menores (nevoa). 
• Ambiente (Substrato): sustentar as estacas durante o período do enraizamento, mantendo sua base em um ambiente úmido, escuro e 
suficientemente aerado. O percentual de enraizamento e a qualidade das raízes formadas relacionam-se com a porosidade, a qual afeta o 
teor de água retida e o seu equilíbrio com a aeração. 
Bom substrato: retém um teor de água suficiente para manter as células túrgidas (previne contra o murchamento das estacas); permite 
uma aeração na base da estaca (iniciação e o desenvolvimento das raízes); baixo custo; não contém qualquer tipo de substância que 
exerça efeito fitotóxico à estaca. 
• Condicionamento: 
- Lesões na base da estaca: Os cortes nesta região favorecem a formação de calo e de raízes nas bordas da lesão → divisão celular é 
estimulada por um aumento na taxa respiratória e nos teores de auxina, carboidratos e etileno na área lesionada → lesão faz com que 
haja mais absorção de água e de reguladores de crescimento (aumentando eficiência) →efetua-se um ou dois cortes superficiais de 2,5 a 
5,0 cm na base da estaca. 
- Estiolamento: Desenvolvimento de uma planta ou parte dela na ausência de luz, resultando em brotações alongadas, com folhas 
pequenas, não expandidas e com baixo teor de clorofila. Tecidos estiolados têm baixos teores de lignina e altos de auxinas endógenas 
(sensíveis à luz (fotolábeis)) → enraizamento é favorecido. 
- Anelamento: obstrução da casca de um ramo na planta matriz → bloqueia a translocação descendente de carboidratos e hormônios. 
- Rejuvenescimento: Uma poda drástica na planta matriz induz à emissão de brotações juvenis de maior capacidade de enraizamento. 
- Dobramento do ramo: Provoca aumento da relação C/N e a formação de um tecido pouco diferenciado com capacidade de emissão de 
raízes. 
 
Enxertia: consiste em se justapor um ramo ou fragmento de ramo com uma ou mais gemas sobre outro vegetal, de modo que ambos se 
unam e passem a constituir um único indivíduo. Precisa ter sobreposição cambial. 
O porta-enxerto é responsável por conduzir minerais pela planta, enquanto que o enxerto é a parte de interesse da planta para continuar 
o desenvolvimento, também responsável pela condução de substâncias orgânicas produzidas pela fotossíntese à planta enxertada. 
FASES DE PRODUÇÃO DA MUDA ENXERTADA: 
1.1) Obtenção do porta-enxerto (sementes: citros, manga e abacate/ Multiplicação vegetativa → estaquia, alporquia, micropropagação: 
uva, maçã (mergulhia de cepa), pêra). 
1.2) Obtenção do enxerto: Borbulheira → material genético que assegure produtividade, sanidade (saber procedência). 
1.3) Realização da operação de enxertia: Encostia; Borbulhia; Garfagem (de acordo com as plantas envolvidas); 
Borbulhia: destaca uma única gema vegetativa (ou borbulha) da planta matriz (selecionada para propagação) e introduz no porta-enxerto → 
T normal, T invertido e tipo placa. A garfagem: se destaca parte do ramo contendo várias gemas (enxerto) que será inserido no caule de 
outro (porta-enxerto) → fenda cheia, meia fenda, fenda dupla, fenda lateral, inglês simples, inglês complicado. Na encostia ocorre a junção 
de duas plantas inteiras,que são mantidas dessa forma até a união dos tecidos 
https://www.infoescola.com/biologia/fotossintese/
 
1.4) Amarração do fitilho e torção. 
1.5) Formação da muda enxertada 
1.6) Tutoramento 
Fatores que influenciam no êxito da enxertia: 
• Para que a soldadura se realize e a parte enxertada se desenvolva, é necessário um íntimo contato entre as camadas cambiais das duas 
partes a serem unidas → facilitar a translocação da seiva; 
• Manter em contato as partes a serem soldadas, por meio de fitas plásticas, até que se consolide a união; 
• O processo de enxertia (encostia, borbulhia ou garfagem) deve ser escolhido de acordo com as plantas envolvidas; 
• Tanto o cavalo como o cavaleiro devem ser sadios; 
• Ventos fortes, chuvas (umidade) e calor excessivos devem ser evitados ao se efetuar a enxertia (temperatura ideal 20-25°C); 
• Compatibilidade do enxerto e porta-enxerto; 
• A soldadura torna-se mais fácil sempre que os tecidos postos em contato forem idênticos quanto ao grau de maturação; 
• A habilidade do enxertador está relacionada coma maneira como a operação é executada. 
Câmbio “vascular”: Meristema secundário lateral constituído por uma só camada de células (iniciais fusiformes e iniciais radiais). 
Responsável pela formação dos tecidos vasculares secundários (floema e xilema) durante o crescimento secundário dos órgãos vegetais.

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