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P1 – Fruticultura PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO DE POMARES DE PLANTAS FRUTÍFERAS • Destino da produção: consumo próprio, comercial → in natura ou transformação. • Mercado a atingir: distância, exigências, volume de venda. • Mão de obra disponível: familiar, contradada. • Sucesso de um pomar: - Escolha da variedade ou cultivar (copa e porta-enxerto) → em função do destino da produção e clima - Qualidade da muda (alicerce do pomar) - Cuidados no plantio e condução Importância planejamento do pomar: espécies perenes tem retorno econômico demorado (3-5 anos), erros aparecerão depois de alguns anos → Planejamento 1 ano antes! - Clima, solo, localização do pomar, escolha de variedades, escolha de terreno, preparo de terreno, aquisição de mudas, Processos legais de implantação (citros), mercado, etc. • Clima: temperatura, luz, precipitação, UR, ventos, geadas e granizo. Solo, umidade → Controlável. Luz, temperatura → utilização espécies adequadas. • Temperatura: quebra ou indução de dormência; tempo para florescer; fecundação, frutificação e maturação dos frutos; qualidade dos frutos → extremas é limitante (bom desenvolvimento: varia de 4 a 36°C). Ex: amplitude térmica período de maturação citros → melhora coloração e balanço açúcar/acidez. • Luz: formação de flores e formação de frutos (maturação); taxa fotossintética das plantas. - Intensidade (floração e frutificação ocorrem na parte mais externa da planta por apresentar maior luminosidade e arejamento); qualidade (fotossíntese) e duração (horas do dia ou fotoperíodo → quebra dormência gemas vegetativas e indução florescimento). • Precipitação: depende da quantidade; distribuição e fase da planta. Elevada precipitação na frutificação (+ elevadas temperaturas)→ doenças. • UR: interfere na produção e qualidade dos frutos. - Ambiente seco: proliferação ácaros e cochonilhas; dificulta germinação do pólen. - UR alta: + doenças; - insetos polinizadores. • Ventos: efeitos dependem da intensidade; direção e temperatura. - Danos: alteram conformação de uma árvore; quebra dos ramos; facilita disseminação de patógenos (cancro cítrico e ácaros); aumenta perda de água das plantas e solo. → quebra ventos; tutoramento e local com menor incidência. • Geadas e granizos: interfere desenvolvimento da planta, produção e qualidade dos frutos. Granizo → telas Geada → fumaça, porta enxertos resistentes. Classificação das frutíferas quanto ao clima: • Tropicais: T> 22°C; temperaturas elevadas constantes; água constante; sensíveis baixas temperaturas → abacaxi, banana, mamão, manga, etc. • Subtropicais: 15-22°C; surtos de crescimento; folhas caducas → abacate, citros, jabuticaba. • Clima temperado: 5-15°C; apresentam período de repouso → ameixa, pera, uva. Aquisição das mudas: viveiristas credenciados; mudas certificadas ou fiscalizadas; padronizadas e de boa qualidade. Tipos de mudas: raiz nua (espécies clima temperado) e torrão (tropicais e subtropicais; comercializadas ano todo). Escolha da cultivar: precoces; da estação e tardias; dupla aptidão (in natura e processamento) → aceitação no mercado; adaptada; período de colheita; produtividade; tolerância pragas e doenças. - clima quente: cultivares precoces; clima + ameno: cultivares tardias → buscando menor oferta, maior preço. Sistema de Condução da Videira • Espaldeira: plantas no plano vertical → ambiente seco, ensolarado e ventilado; maior açúcar, menor acidez. Uvas para vinho. • Latada: plano horizontal → ambiente úmido, sombreado e pouco ventilado; menor açúcar, maior acidez. Uvas de mesa. • Manjedoura: sistema intermediário; plano oblíquo. Vinho, suco e mesa. Solos no Brasil: ácidos e baixa fertilidade natural → o crescimento das plantas é limitado devido aos baixos valores de pH, presença de Al e Mn em níveis tóxicos e baixa atividade microbiana (diminui taxa de mineralização da MO) → baixa disponibilidade e menor aproveitamento de alguns nutrientes essenciais (N, P, S, Mo). Solo para o cultivo de planta frutífera: profundos; permeáveis; boa fertilidade; pouco ácidos (pH entre 5,5 a 6,5; ampla reserva de nutrientes; relativa Capacidade de armazenamento de água. Exigências Nutricionais das Plantas Frutíferas: Depende da espécie; combinação Copa X Porta-Enxerto; condições Edafoclimaticas; expectativa de produção; manejo. Manejo do solo: químico, físico e biológico. Calagem (área total, incorporação o mais fundo possível e no fundo do sulco para plantio juntamente com P – crescimento radicular) → adubação (análise de solo e foliar). Análise de solo: glebas homogêneas, representatividade, repetição, 6-8 meses antes do plantio (topo, textura e histórico). Preparo do solo: distribuição de adubos e corretivos; escarificação e/ou subsolagem + gradagem; aração + gradagem; preparo das covas ou sulcos (em nível). Correção do solo: análise 0-20 e 20-40; pH; fósforo; M.O. Quantidade de calcário: com base em Ca, Mg, Al e CTC do solo (V%= 70%) → modo aplicação: aplicado em qualquer época do ano. Em formação é aplicado a lanço em área total, com antecedência (90 dias) ao plantio de mudas, incorporando o mais profundo possível (preferência antes da aração). Pomares em produção toda área ou faixas. (*obs: Cálculo NC) Boa fertilidade e CTC no perfil → aprofundamento sistema radicular, aumento biomassa e M.O. Demarcação de covas (espaçamento): depende da espécie; forma de condução da planta; tratos culturais e mecanização. Adubação covas: 30 dias antes do plantio; +/- 50x50x50cm; manual ou mecânica. Esterco, SS e calcário: misturar tudo com terra retirada da cova e recolocar depois. Tratamento do sulco: única oportunidade aplicar P em profundidade; M.O. como fonte de Boro. → P, MO e calcário → mistura com subsolador no sulco. Localização do fertilizante de acordo com idade da planta: 0-1 ao redor da coroa (raio de 0,5m); 1-2 ao redor da coroa (raio 1,5m); 2 em diante em faixas, nos dois lados da planta, com faixa adubada= raio de projeção da copa, 2/3 dentro e 1/3 fora dela. Esperar 2 anos após arranquio do pomar velho para colocar um novo. • Plantio convencional (passado): uso intenso de máquinas → erosão • Preparo em faixas: plantas roçadas nas entrelinhas; aração, aplicação de Ca e gradagem nas faixas (atual); adubo verde. Implantação: período de acordo com a espécie; reabertura da cova; preparo da muda (cortar o fundo do saquinho → pião/raiz pivotante torta); colocação na cova (posicionamento) → colo acima do nível do solo (3-5cm); tutoramento; poda; bacia; cobertura morta; irrigação. - Enchimento da cova: terra de cima → esterco → adubo → calcário Cuidados pós plantio: irrigação até o completo pegamento; combate as formigas; controle de pragas e doenças; capinas (controle plantas daninhas); desbrotas; condução inicial; adubação de pegamento: 20-30 dias após o plantio. 5 meses após plantio → raízes com 1,5m • Greening (HLB, amarelão do citros): bactéria de floema; vetor psilídeo Diaphorina citri; folhas amareladas e mosqueadas; difícil controle; originário da china. • CVC: Cigarrinha • Cancro cítrico: muda contamina por material contaminado (pessoas, material de colheita, etc.) e insetos (Minadora do Citros); dentro do pomar: respingos de chuva/vento, implementos. Sintomas: lesões locais folhas, ramos e frutos; halo amarelo (queda das folhas); lesões corticosas salientes frutos e ramos; queda dos frutos; seca de ponteiros. - Prevenção: desinfestação com amônia, álcool, cloreto benzalconico. Propagação de plantas frutíferas Sexuada (reprodução): Sementes Assexuada (propagação): estaquia, enxertia, apomixia, estruturas especializadas, mergulhia e alporquia, micropropagação. Mergulhia: processo de multiplicação na qual a planta a ser formada só será destacada da planta-mãe após ter enraizado, sendo recomendada para espécies que apresentam problemas ou dificuldades de propagação de outros métodos. • Revestimento total ou parcial do ramo → proporciona condiçõesde umidade, aeração e ausência de luz → favorece emissão de raiz. • Realizada na primavera ou fim do verão: estação de crescimento das plantas. • Simples; alta porcentagem de enraizamento; pouco utilizado; exige muita mão de obra; alto custo. • Pode ser efetuada diretamente no solo ou fora dele (aérea- alporquia). Solo: Simples (normal, de ponta); Contínua (chinesa, serpenteada); Cepa. a) Simples normal: ramo a enraizar é dirigido no sentido do terreno; retira brotações laterais e folhas (10-60 cm extremidade); encurvado e enterrado a 10 a 15 cm (últimos 25 cm do ramo emergentes); fixa-se um tutor; utilizar ramos baixos e flexíveis → Época ideal: primavera - usando gemas dormentes, de um ano. b) Simples de ponta: o ramo tem sua extremidade superior enterrada no solo (cerca 10cm), para que enraíze. Neste caso, em virtude de as gemas estarem em posição invertida, o desenvolvimento da planta é menor, com curvaturas nas folhas e menor porte. Para facilitar a permanência do ramo nesta posição, sugere-se um tutor. c) Contínua Chinesa: o ramo é enterrado ao longo do seu comprimento, ficando à mostra apenas a extremidade apical. O sucesso deste método depende do fato de as gemas voltadas para cima crescerem e do enraizamento correspondente na face voltada para baixo. Semelhante à mergulhia simples normal, com a diferença obter várias novas plantas de uma única, dependendo do interesse e do tamanho do ramo-mergulho. d) Mergulhia serpenteada: a colocação do ramo compreende uma alternância de entradas e saídas do solo, deixando partes expostas que com o enraizamento da parte subterrânea, gera uma nova planta plântula a cada ponto de saída formando mudas normais e invertidas. e) Cepa: 1) Plantio da muda - semente ou propagação vegetativa; 2) Estabelecimento da planta 3) Após o estabelecimento da planta, deve-se fazer uma poda drástica do tronco, rente ao solo, de modo que a planta seja estimulada a emitir brotações. 4) 1° Amontoa – Brotos com 10 a 15 cm de altura; 2° Amontoa – Brotos com 20 a 25 cm de altura; 3° Amontoa – Brotos com 40 cm de altura → primavera; formação de camalhão com 25cm a 30 cm de altura para bom desenvolvimento sistema radicular. 5) Separação das brotações enraizadas da planta mãe: feita no inverno seguinte, retirando a terra com cuidado para evitar danificar o sistema radicular. 6) Obtenção de clones enraizados (barbados). 7) O caule da planta matriz deve permanecer descoberto para facilitar as novas brotações. Produção porta enxertos macieira: cepa e contínua chinesa → limitado pelo baixo porcentual de enraizamento → uso de fitorreguladores, câmaras de nebulização e outras técnicas ajudem a obter melhores resultados. MERGULHIA AÉREA → ALPORQUIA • Quando os ramos são pouco flexível, curtos e não consegue-se dirigi-lo até o solo. • Incisão anelar no ramo (retirada da casca) • O ramo a ser enraizado é envolvido por uma mistura de terra, areia, matéria orgânica ou, de preferência, por esfagno. • Esse substrato deve proporcionar ao ramo coberto boa aeração e umidade; • Anelamento do ramo (corte floema): restrição do fluxo de carboidratos, auxina e outras substâncias de crescimento, originadas das folhas e gemas → acúmulo na região onde se pretende realizar o enraizamento ➔ Pode-se colocar os ácidos indolbutírico, indolacético, o naftalenoacético ou o ácido 2,4- diclorofenoxiacético no ponto lesionado, para favorecer o enraizamento → Uso de envoltório: Vasos, panos ou sacos plásticos. • Lichieira → CONCENTRAÇÕES DE ÁCIDO INDOLBUTÍRICO E TIPOS DE SUBSTRATO NA PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE LICHIA. Substratos utilizados: proporcionar as condições adequadas à germinação, desenvolvimento radicular e crescimento inicial das plantas. Ex: Solo, areia, turfa, perlita, vermiculita, composto, casca de arroz carbonizada. - Boa drenagem → evitar acúmulo de água e doenças fungicas. - Boa aeração →fornecer oxigênio embrião da semente e trocas gasosas sistema radicular. - Ambiente escuro → sistema radicular tem fototropismo negativo. - Boa composição química (nutrientes) - Isento de patógenos e sementes de plantas invasoras. Tratamento Sanitário substratos: eliminar organismos causadores de doença que podem provocar a morte da muda ou que venham a ser fonte de inoculo para disseminação de patógenos no transplante → solarização (+ eficiente que a convencional: coletor solar). • Solarização: é um método de desinfestação do solo para o controle de fitopatógenos, plantas daninhas e pragas, que consiste na cobertura, com um plástico transparente, do solo em pré-plantio, preferencialmente úmido, durante o período de maior radiação solar. O aquecimento do solo enfraquece os microrganismos que causam doenças em plantas e permite que outros microrganismos que também habitam o solo se multipliquem e ajudem no controle. • Coletor solar: uma caixa de madeira que contém tubos metálicos de 15 cm de diâmetro e uma cobertura de plástico transparente, que permite a entrada dos raios solares. Alguns patógenos habitantes do solo, podem ser inativados no coletor em algumas horas de tratamento, em razão das altas temperaturas atingidas (70 a 80ºC, no período da tarde), porém recomenda-se o tratamento por um ou dois dias de radiação plena. Diferentemente da solarização, o coletor solar pode ser utilizado durante todas as épocas do ano, exceto em dias chuvosos. Estaquia: ocorre a indução do enraizamento adventício em segmentos destacados da planta mãe. • Estaca: qualquer segmento da planta mãe, com pelo menos uma gema vegetativa, capaz de originar uma nova planta, podendo ser de diferentes órgãos do vegetal. • Utilização: Multiplicação de variedades ou espécies que possuem aptidão para emitir raízes adventícias; produção de porta- enxertos clonais; perpetuação de novas variedades oriundas de processos de melhoramento genético. • Vantagens: Permite que se obtenham muitas plantas a partir de uma única planta matriz em curto espaço de tempo; é uma técnica de baixo custo e fácil execução; não apresenta incompatibilidade entre enxerto e porta- enxerto; porta-enxertos originados de estacas apresentam maior uniformidade do que plantas enxertadas sobre mudas oriundas de sementes. • Desvantagens: quando a espécie ou cultivar possui baixo potencial genético de enraizamento, mesmo que haja raízes, elas são insuficientes e o % de mudas que sobrevivem após o plantio no viveiro é muito baixo. • Tipos de estacas: - Aéreas: 1) Herbáceas (folhas e ramos ponteiros → simples) Coletadas no período de crescimento vegetativo (primavera/verão), quando os tecidos apresentam alta atividade meristemática e baixo grau de lignificação; Normalmente estacas do ápice (um ou dois pares de folhas); variam de 10 a 20 cm de comprimento; exigem cuidados especiais (principalmente desidratação); Exigem um substrato especial, poroso, com boa drenagem e devem ser cultivadas em ambiente com alta UR; folhas maiores devem ser reduzidas à metade (evitar perdas de água e facilidade de manejo); Após o enraizamento devem ser repicadas para um ambiente menos úmido e em substrato próprio. 2) Semi-lenhosa Coletadas no final do verão e início do outono; cuidados necessários: principalmente com a desidratação, por tratar-se de um material que se encontra num metabolismo mais acentuado. 3) Lenhosa (talão, cruzeta, tanchão, gema, enxerto). Coletadas no final do período de dormência (inverno), pois apresentam a maior taxa de regeneração potencial e são altamente lignificadas; São estacas de ano (brotadas na primavera do ano anterior), tamanho variando de 30 a 50 cm e diâmetro de 1,5 a 2,5 cm; podem ser cultivadas em substratos à base de solo; normalmente enraízam de oito a dez semanas; permanecem grande período no substrato: necessário que o substrato esteja adequadamente nutrido. - Subterrâneas: raiz. Estacas de folhas: intermédio de secções da folha; devem ser plantadas com a sua parte basal para baixo, enterradas em 2,5 a 4,0 cm.Pouco utilizada em fruticultura. Estaca de raiz: secções da raiz. Pode ser utilizada em fruticultura: framboesa, amora preta, caquizeiro, cerejeira. Princípio do enraizamento: • TOTIPOTÊNCIA CELULAR: capacidade de uma só célula originar um novo indivíduo → informação genética para gerar qualquer parte da planta. • DESDIFERENCIAÇÃO: capacidade de células maduras retornarem a condição meristemática e vir a desenvolver um novo ponto de crescimento. • POLARIDADE DA ESTACA CAULINAR Formação do calo: massa irregular de células parenquimatosas em diversos estádios de lignificação (evento independente da formação da raiz). Formação das raízes adventícias: 3 fases. Desdiferenciação → diferenciação dessas células em primórdio de raízes → desenvolvimento e emergência de novas raízes e formação de conexões vasculares com os tecidos condutores desta estaca. - Fatores que afetam formação de raízes: Internos • Teor hídrico: estacas coletadas de plantas matrizes com déficit hídrico tendem a não enraizar e entram no processo de seca mais rapidamente. • Teor de reservas • Condição nutricional: equilíbrio de P, K, Ca e Mg favorecem o enraizamento; o Zn é ativador do triptofano (precursor da auxina) → propicia a formação de raízes; N é necessário para a síntese de proteínas e ácidos nucleicos, essenciais ao enraizamento (em excesso pode ser prejudicial). • Idade da planta: estacas provenientes de plantas jovens enraízam com mais facilidade (se manifesta mais em estacas de difícil enraizamento). Plantas mais velhas: acúmulo inibidores de enraizamento, redução dos níveis fenólicos e barreira anatômica de tecidos lignificados. • Potencial genético do enraizamento: variável com espécie e cultivar. • Sanidade: Viroses, fungos e bactérias podem ocasionar a morte das estacas, antes ou após a formação das raízes. Influenciada pelo grau de contaminação do material propagativo, pelo substrato, pela qualidade da água de irrigação e pelos tratamentos fitossanitários que venham a ser realizados. • Balanço hormonal →Promotores de enraizamento: - Auxinas: responsável pela iniciação (onde meristemas são formados), elongação das raízes e crescimento → principal promotora do enraizamento (em elevada [] inibem formação de brotos). - Citocininas: envolvida na diferenciação e crescimento celular. Desfavorecem enraizamento e estimulam brotações. - Giberelinas: regula a síntese de ac. Nucleicos e PTN → elongação de ramos (elevada [] desfavorecem enraizamento e baixa [] estimula). • Co-fatores no enraizamento: atuam como a auxina sintetizados em gemas e folhas jovens, e em estacas de plantas jovens. Externos • Temperatura: recomenda-se manter o substrato aquecido, visando favorecer a divisão celular na região de formação de raízes. Adequadas ao enraizamento - 21 a 26°C e noturnas de 15 a 21°C. • Luz: fotossíntese e degradação de compostos fotolábeis (auxinas). Baixa intensidade luminosa sobre a planta-mãe previamente à coleta das estacas favorece a formação de raízes, devido à preservação das auxinas e de outras substâncias endógenas (internas). O estiolamento dos ramos dos quais serão retiradas as estacas facilita o enraizamento (prática recomendada, especialmente no caso de espécies de difícil enraizamento). Na região basal da estaca, onde serão formadas as raízes, é necessário que se mantenha um ambiente completamente escuro. • Umidade: perda de água é uma das principais causas da morte de estacas → uso da nebulização intermitente (MIST) permite a redução da perda de umidade pela formação de uma película de água sobre as folhas; diminuição da temperatura, com manutenção da atividade fotossintética em estacas com folhas. - Ambientes: ripados (50% sombreamento), telados (30-50%), estufas. - FOG: gotas menores (nevoa). • Ambiente (Substrato): sustentar as estacas durante o período do enraizamento, mantendo sua base em um ambiente úmido, escuro e suficientemente aerado. O percentual de enraizamento e a qualidade das raízes formadas relacionam-se com a porosidade, a qual afeta o teor de água retida e o seu equilíbrio com a aeração. Bom substrato: retém um teor de água suficiente para manter as células túrgidas (previne contra o murchamento das estacas); permite uma aeração na base da estaca (iniciação e o desenvolvimento das raízes); baixo custo; não contém qualquer tipo de substância que exerça efeito fitotóxico à estaca. • Condicionamento: - Lesões na base da estaca: Os cortes nesta região favorecem a formação de calo e de raízes nas bordas da lesão → divisão celular é estimulada por um aumento na taxa respiratória e nos teores de auxina, carboidratos e etileno na área lesionada → lesão faz com que haja mais absorção de água e de reguladores de crescimento (aumentando eficiência) →efetua-se um ou dois cortes superficiais de 2,5 a 5,0 cm na base da estaca. - Estiolamento: Desenvolvimento de uma planta ou parte dela na ausência de luz, resultando em brotações alongadas, com folhas pequenas, não expandidas e com baixo teor de clorofila. Tecidos estiolados têm baixos teores de lignina e altos de auxinas endógenas (sensíveis à luz (fotolábeis)) → enraizamento é favorecido. - Anelamento: obstrução da casca de um ramo na planta matriz → bloqueia a translocação descendente de carboidratos e hormônios. - Rejuvenescimento: Uma poda drástica na planta matriz induz à emissão de brotações juvenis de maior capacidade de enraizamento. - Dobramento do ramo: Provoca aumento da relação C/N e a formação de um tecido pouco diferenciado com capacidade de emissão de raízes. Enxertia: consiste em se justapor um ramo ou fragmento de ramo com uma ou mais gemas sobre outro vegetal, de modo que ambos se unam e passem a constituir um único indivíduo. Precisa ter sobreposição cambial. O porta-enxerto é responsável por conduzir minerais pela planta, enquanto que o enxerto é a parte de interesse da planta para continuar o desenvolvimento, também responsável pela condução de substâncias orgânicas produzidas pela fotossíntese à planta enxertada. FASES DE PRODUÇÃO DA MUDA ENXERTADA: 1.1) Obtenção do porta-enxerto (sementes: citros, manga e abacate/ Multiplicação vegetativa → estaquia, alporquia, micropropagação: uva, maçã (mergulhia de cepa), pêra). 1.2) Obtenção do enxerto: Borbulheira → material genético que assegure produtividade, sanidade (saber procedência). 1.3) Realização da operação de enxertia: Encostia; Borbulhia; Garfagem (de acordo com as plantas envolvidas); Borbulhia: destaca uma única gema vegetativa (ou borbulha) da planta matriz (selecionada para propagação) e introduz no porta-enxerto → T normal, T invertido e tipo placa. A garfagem: se destaca parte do ramo contendo várias gemas (enxerto) que será inserido no caule de outro (porta-enxerto) → fenda cheia, meia fenda, fenda dupla, fenda lateral, inglês simples, inglês complicado. Na encostia ocorre a junção de duas plantas inteiras,que são mantidas dessa forma até a união dos tecidos https://www.infoescola.com/biologia/fotossintese/ 1.4) Amarração do fitilho e torção. 1.5) Formação da muda enxertada 1.6) Tutoramento Fatores que influenciam no êxito da enxertia: • Para que a soldadura se realize e a parte enxertada se desenvolva, é necessário um íntimo contato entre as camadas cambiais das duas partes a serem unidas → facilitar a translocação da seiva; • Manter em contato as partes a serem soldadas, por meio de fitas plásticas, até que se consolide a união; • O processo de enxertia (encostia, borbulhia ou garfagem) deve ser escolhido de acordo com as plantas envolvidas; • Tanto o cavalo como o cavaleiro devem ser sadios; • Ventos fortes, chuvas (umidade) e calor excessivos devem ser evitados ao se efetuar a enxertia (temperatura ideal 20-25°C); • Compatibilidade do enxerto e porta-enxerto; • A soldadura torna-se mais fácil sempre que os tecidos postos em contato forem idênticos quanto ao grau de maturação; • A habilidade do enxertador está relacionada coma maneira como a operação é executada. Câmbio “vascular”: Meristema secundário lateral constituído por uma só camada de células (iniciais fusiformes e iniciais radiais). Responsável pela formação dos tecidos vasculares secundários (floema e xilema) durante o crescimento secundário dos órgãos vegetais.
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