Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

CURSO DE PÓS – GRADUAÇÃO LATO SENSU
NÚCLEO DE PÓS – GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVEN
 
ROSANGELA DA SILVA CAVALCANTE
EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
PARÁ
2023
NÚCLEO DE PÓS – GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI
ROSANGELA DA SILVA CAVALCANTE
EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título especialista em Educação Especial e Inclusiva.
 
 
PARÁ
2022
EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Rosangela da Silva Cavalcante[footnoteRef:0], [0: rosangelaandradehh@gmail.com] 
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO- O presente estudo tem como objetivo ratificar a importância da educação especial na perspectiva da educação inclusiva no contexto educacional. Este trabalho visa refletir sobre a educação especial e inclusiva no Brasil, de modo a reconhecer o significado de educação inclusiva e compreender os princípios da inclusão, considerando a necessidade de se analisar as metodologias aplicadas, perante os novos paradigmas e a legislação vigente. O trabalho foi realizado através de revisão bibliográfica. O artigo buscou aprofundar um olhar reflexivo sobre a educação especial na perspectiva da educação inclusiva em um contexto marcado significativamente pelo preconceito dentro de um contexto educacional excludente.
Palavras-Chave: Educação Especial, Educação Inclusiva. Inclusão. Preconceito. Exclusão.
1 
INTRODUÇÃO
A educação inclusiva é objeto de estudos e pesquisas científicas que estudam teorias e modelos de diretrizes estabelecidas para a prática pedagógica no campo da educação.
A pedagogia especial na perspectiva da educação inclusiva está conectada com a ideia de educação para todos e respeitando as peculiaridades de cada indivíduo de forma a possibilitar a integração e interação dos alunos no contexto educacional.
A Lei de Diretrizes e Fundamentos da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, em seu artigo 58, aponta que, para os efeitos desta lei, educação especial significa a modalidade de educação escolar, preferencialmente oferecida na rede regular de ensino para alunos com necessidades especiais.
O documento Marcos Político – Legal da Educação Especial da Perspecda da Educação Técnica (2010) aponta que, nos últimos anos, o Brasil tem feito progressos notáveis ​​em relação à efetivação do direito de todos à educação estabelecido pela Constituição Federal de 1988. o paradigma da inclusão, dos direitos humanos e da articulação entre o direito à igualdade e à diferença, que abriu caminho à transformação dos sistemas educativos em sistemas educativos inclusivos. O conceito de educação inclusiva, que norteia as políticas educacionais e os marcos normativos e legais vigentes, desvia-se da trajetória de exclusão e segregação das pessoas com deficiência, mudando as práticas educativas para garantir a igualdade de acesso e permanência na escola por meio da matrícula dos alunos. o público-alvo de alunos da educação especial em classes regulares do ensino regular e a oferta de atendimento educacional especializado.
O objetivo deste estudo é, portanto, como objetivo principal confirmar a importância da educação especial na perspectiva da educação inclusiva e sua contribuição como modalidade de escola que possibilita a educação para todos, respeitando as peculiaridades de cada aluno, com o objetivo de promover a interação , integração e socialização no contexto educativo.
A reflexão crítica sobre a relevância da educação especial nos desperta, assim, para a necessidade de mensurar a importância da educação especial na perspectiva da educação inclusiva no Brasil.
O interesse em desenvolver este tema surgiu da necessidade de identificar e analisar os métodos utilizados face aos novos paradigmas e legislação em vigor.
Nesse contexto, a justificativa para esta pesquisa reside na necessidade de reconhecer o significado de educação inclusiva e compreender os princípios da inclusão, a fim de mensurar propostas possíveis para que os educadores possam desenvolver práticas pedagógicas amplas, eficazes e flexíveis.
Este trabalho foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica, onde o problema a ser explorado é a necessidade de reestruturar a educação especial e as escolas regulares, juntamente com os dispositivos legais que estão na base da definição de políticas públicas para garantir a garantia de direitos para todos.
2 DESENVOLVIMENTO 
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) afirma que há muito tempo existe o entendimento de que a educação especial organizada paralelamente à educação regular seria a forma mais adequada de atender o aluno com deficiência, ou não se encaixa na estrutura rígida dos sistemas educacionais. Esse conceito teve um impacto duradouro na história da educação especial e resultou em práticas que enfatizavam aspectos relacionados à deficiência em oposição à sua dimensão pedagógica. Os desenvolvimentos no estudo da educação e dos direitos humanos estão mudando conceitos, legislações, práticas educacionais e de gestão, sugerindo a necessidade de apoiar a reestruturação das escolas regulares e da educação especial.
Mantoan em seu livro School Inclusion, What is it? Por que? Como fazer? (2003) apontam que a escola brasileira é marcada pelo insucesso e evasão de parte significativa de seus alunos que são marginalizados pela reprovação, privações constantes e baixa autoestima decorrentes da exclusão escolar e social - alunos vítimas de seus pais , seus professores e sobretudo as condições de pobreza em que vivem, em todos os seus sentidos. Esses alunos são conhecidos nas escolas porque repetidamente repetem séries, são expulsos, abandonam a escola e ainda são rotulados como mal-nascidos e com hábitos que ultrapassam o protótipo da educação formal.
O autor ainda aponta que:
A inclusão total e irrestrita é a oportunidade que temos de reverter a situação da maioria das nossas escolas, que destinam alunos com deficiência que fazem parte do ensino que ministram - avaliamos sempre o que o aluno aprendeu, o que não sabe. , mas raramente analisa "o que" e "como" a escola ensina, para que os alunos não sejam penalizados por repetência, evasão, discriminação, exclusão, enfim. (MANTOAN, 2003, p. 18).
Entende-se, portanto, que a ideia de inclusão inclui mudanças nas concepções e orientações pedagógicas do processo educacional, que se mostram como obstáculos que precisam ser superados para garantir uma educação inclusiva e de qualidade para todos.
Duk (2006) aponta que o conceito de inclusão é mais amplo do que o conceito de integração, pois enfatiza o papel da escola comum em sua tarefa de atender a todos os alunos. A inclusão representa uma abordagem inovadora para identificar e solucionar as dificuldades educacionais que surgem durante o processo de ensino e aprendizagem.
Sobre integração e inclusão, Mantoan (2003) destaca que:
A integração escolar pode ser entendida como “educação especial”, ou seja, a comparação da educação especial com a educação regular, o que provoca um aumento dessa modalidade devido à transferência de especialistas, recursos, métodos e técnicas da educação especial para as escolas regulares.Quando se trata de inclusão, questiona não só a política e organização da educação especial e regular, mas também o próprio conceito de integração. É incompatível com a integração porque permite a inclusão na escola de forma radical, completa e sistemática. Todos os alunos, sem exceção, devem frequentar as salas de aula regulares. (MANTOAN, 2003, p. 16).
Com relação ao exposto, percebe-se a importância da inclusão, pois o reconhecimento e consideração da heterogeneidade no sistema educacional permite o desenvolvimento das habilidades e funções cognitivas dos alunos, de forma que não haja diferenças entre eles.
A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva (2008) aborda:
A educação inclusiva representa um paradigma educacional baseado no conceito de direitos humanos, que combina igualdade e diferença como valores indissociáveis ​​e que avança em relação à ideia de justiça formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora a escola. (BRASIL, 2008, p.5).
Sobre a educação inclusiva, Silva (2011) destaca que:
A educação inclusiva é entendida como o acesso e a permanência de todas as crianças no ambiente escolar regular, em todos os níveis de ensino, independentemente de suas peculiaridades e necessidades educacionais especiais, de forma a possibilitar a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento individual, respeitando as diferenças relacionadas à a espécie humana. (SILVA, 2011, p. 11).
Dessa forma, a educação inclusiva preconiza ações educativas que valorizem o sujeito em toda a sua pluralidade, reconhecendo e respeitando a diversidade como um traço distintivo inerente a cada pessoa, assegurando o direito de acesso e participação de todos os indivíduos no que diz respeito às oportunidades oferecidas pela comunidade .
Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998):
Uma ação educativa voltada para a cidadania e para a formação de uma sociedade democrática e não excludente deve necessariamente promover a convivência com a diversidade que marca a vida social brasileira. Essa diversidade inclui não apenas diferentes culturas, hábitos, costumes, mas também as competências, peculiaridades de cada um deles. Uma condição necessária para o desenvolvimento de valores éticos como a dignidade humana, o respeito pelos outros, a igualdade e a equidade e a solidariedade é aprender a viver e relacionar-se com pessoas que têm habilidades e competências diferentes, que têm expressões culturais e características sociais próprias . . As crianças que convivem com a diversidade nas instituições de ensino podem aprender muito com isso. Para as crianças com necessidades especiais, a convivência com outras crianças torna-se benéfica, pois representa uma real inclusão no mundo social e apoia o desenvolvimento e a aprendizagem, possibilita a criação de vínculos estimulantes, o enfrentamento das diferenças e o trabalho com as próprias dificuldades. (BRASIL/RCNEI, 1998, p.35, V. 01).
Nesse contexto, o aluno constrói um sentimento de pertencimento, prioriza as relações e interações com outros sujeitos. Ao viver em um ambiente que valoriza a diversidade, a criança aprende e entende como respeitar o outro em sua totalidade.
Duk (2006) afirma que:
O conceito de diversidade é inerente à educação inclusiva e mostra que cada aluno tem a sua forma própria e específica de absorver experiências e adquirir conhecimentos, embora todas as crianças tenham necessidades educativas básicas comuns, que se expressam no histórico escolar e vão ao encontro da generalidade diretrizes. performance acadêmica. Esse conceito leva ao entendimento de que todos os alunos possuem determinadas necessidades educacionais individuais que podem ocorrer em diferentes períodos de escolarização. Isso significa que as diferenças individuais – habilidades, motivações, estilos de aprendizagem, interesses e experiências de vida – são inerentes a cada ser humano e influenciam muito os processos de aprendizagem que são únicos para cada pessoa. (DUK, 2006, p. 60 - 61).
O autor ainda aponta que:
Numa escola inclusiva, a situação do aluno sob a forma de “desvantagem ou deficiência” não deve ser enfatizada. Em vez disso, a escola precisa entender melhor o contexto educacional em que ocorrem as dificuldades escolares e buscar maneiras de tornar o currículo mais acessível e significativo. Só quando o sistema educativo conseguir implementar um ajustamento relevante que responda eficazmente à diversidade da população escolar é que a escola garantirá o direito de todos a uma educação de qualidade. Nesse sentido, reconhecer e abordar a diversidade é o ponto de partida para evitar que as diferenças se tornem desigualdades e desvantagens entre os alunos. Isso pressupõe uma educação baseada no respeito às peculiaridades de cada aluno e no desenvolvimento da consciência de que as diferenças decorrem de um conjunto complexo de fatores que incluem características pessoais e contextos socioculturais e interações humanas. Essa concepção educacional de base social e política confere ao currículo um importante valor transformador, pois proporciona igualdade de oportunidades a todos os alunos e, assim, equaliza as desigualdades sociais e culturais. (DUK, 2006, p. 60).
Realizar a inclusão no sistema de ensino requer, portanto, mais do que apenas integrar um aluno com necessidades educacionais especiais em uma classe regular, requer também, entre outras coisas, respeito, aceitação de suas diferenças, sugestões pedagógicas que desenvolvam suas habilidades em um contexto para todos, entre outras coisas.
Carvalho, em seu livro Educação inclusiva: com os mergulhos no “é” (2006), discute que para se criar um sistema educacional inclusivo é permitido, de fato, respeitar os direitos humanos. A capacidade de contar com autoridades públicas que podem e devem ajudar as instituições. Alguns princípios, incluindo os sistemas educativos, devem estar na base: direito à educação, igualdade de oportunidades, escolas acolhedoras e de qualidade, direito de aprender e participar.
A Referência Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998) também destaca que:
[...] Considera-se escola inclusiva aquela que dá espaço a todas as crianças, inclusive àquelas com necessidades especiais. A principal tarefa de uma escola inclusiva é desenvolver uma pedagogia centrada na criança, capaz de educar a todos sem discriminação e respeitando suas diferenças; uma escola que tenha em conta a diversidade das crianças e ofereça respostas adequadas às suas características e necessidades, solicitando apoio de instituições e profissionais quando necessário. (BRASIL/RCNEI, 1998, p.36, V. 01).
Desta forma, uma escola inclusiva desenvolverá propostas pedagógicas que levem em consideração a diversidade, reconheçam, respeitem e valorizem as diferenças do aluno como um todo, suas necessidades, seu contexto cultural, social e afetivo.
Nesse sentido, Mantoan (2003) aponta que, por todos esses motivos, a inclusão é produto de uma educação pluralista, democrática e transgressora. Cria uma crise escolar, ou melhor, uma crise de identidade institucional, que posteriormente abala a identidade dos professores e faz com que a identidade do aluno seja reclassificada. O aluno de uma escola inclusiva é outro sujeito cuja identidade não se fixa em modelos ideais, permanentes, essenciais.
Em seu artigo Reflexões sobre a inclusão com responsabilidade (2008), Mazzotta aponta que:
Tradicionalmente, o alvo dos mecanismos e procedimentos de segregação até a exclusão do sistema escolar é o aluno com necessidades educacionais especiais, seja em relação às condições pessoais ou à instituição escolar em interação, requer ações e medidas efetivas que vão muito além da defesa. a chamada educação inclusiva "incondicional". (MAZZOTTA, 2008, p.167).
O autor ainda aponta que:
Na busca por uma educação que considere a diversidade dos alunos, especialmente aqueles com deficiência física, mental, sensorial ou combinada, observa-se grande polêmica e confusão em diversosposicionamentos teóricos e político-ideológicos oficiais, além da polarização entre uma visão estática visão e a dinâmica da educação das relações aluno-escola. A visão estática é caracterizada por uma correspondência linear entre as condições individuais assumidas do aluno e as condições gerais da escola. Defendemos a abordagem dinâmica como aquela que, assente no princípio da não segregação ou inclusão, permite uma melhor compreensão da relação específica entre o aluno e a educação escolar, na medida em que envolve a organização de situações de ensino e aprendizagem mais consistentes. com necessidades educacionais a serem atendidas, sejam elas gerais ou especiais. Não se pode esquecer que existem situações na escola que podem exigir intervenções significativas e recursos diferenciados ou mesmo especializados para atender adequadamente às necessidades educacionais de alguns alunos. E pelas necessidades educativas escolares muito diversas que muitas vezes se apresentam, esperam-se medidas educativas escolares diferenciadas ou especiais, medidas e recursos relativamente aos já estruturados e disponíveis para utilização. (MAZZOTTA, 2008, p.167).
Portanto, são necessários procedimentos pedagógicos que permitam ao aluno desenvolver habilidades de acordo com suas necessidades, sejam elas físicas, afetivas, cognitivas ou motoras.
Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998):
A tarefa do professor é individualizar as situações de aprendizagem oferecidas às crianças no que diz respeito às suas capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas, bem como aos conhecimentos que possuem sobre vários assuntos e suas diversas origens socioculturais. Isto significa que o professor deve planear e oferecer um leque alargado de experiências que respondam simultaneamente às necessidades do grupo e à individualidade de cada criança. (BRASIL/RCNEI, 1998, p.32, V. 01).
Diante do exposto, os educadores devem organizar suas práticas pedagógicas, recriar espaços de aprendizagem, criar ambientes de aprendizagem e experiências coletivas e participativas, proporcionar oportunidades para o desenvolvimento de habilidades dos alunos, como a capacidade e responsabilidade de compartilhar, compartilhar e colaborar com seus pares, eles se ajudaram. Nesse sentido, ao desenvolver uma prática pedagógica consciente e de qualidade, acompanha-se o progresso individual e coletivo do aluno, entendendo que cada indivíduo tem seu próprio período de amadurecimento, que são atividades básicas que podem ser adaptadas a cada tipo de aprendizagem.
Silva (2011) aponta que a educação inclusiva envolve organização e aplicação de recursos, portanto requer o envolvimento do poder público como organização prévia do espaço escolar, com investimentos em infraestrutura e no espaço pedagógico para acolher esses alunos. Para que as escolas tenham espaços físicos adequados como salas de aula, sala de leitura, sala de estudos, sala de aula, área de recreação, além de acessibilidades como rampas e banheiros adaptados. No campo pedagógico, as escolas devem ter material didático adequado, meios tecnológicos e profissionais qualificados que ofereçam educação continuada para todos.
Ainda que o que se propõe não seja efetivamente realizado no cotidiano social e educacional, existem documentos e leis em nível internacional e nacional que estabelecem a definição de políticas públicas e a reestruturação de diretrizes pedagógicas para garantir o direito de todos.
São vários os documentos que asseguram o processo de criação de uma sociedade inclusiva, dos quais o mais destacado internacionalmente é a Declaração de Salamanca de 1994, elaborada pelos participantes da Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: acesso e qualidade em Salamanca/Espanha mostra a necessidade de reestruturar as escolas e os sistemas de ensino para garantir a inclusão, a não discriminação e a qualidade da educação das pessoas com necessidades especiais de acordo com suas peculiaridades.
A Convenção da Guatemala de 28 de maio de 1999, promulgada no Brasil pelo Decreto nº 3.956 de 8 de outubro de 2001, com o objetivo de eliminar todas as formas de discriminação contra as pessoas com deficiência e favorecer plenamente sua integração na sociedade, reafirma os direitos e liberdades fundamentais de todos e mostra que a discriminação inclui qualquer condição de diferenciação, exclusão ou restrição baseada na deficiência com "o efeito ou finalidade de impedir ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício dos direitos humanos e liberdades fundamentais por pessoas com deficiência" e a Convenção sobre os Direitos da Pessoas com Deficiência, assinada em Nova York em 30 de 2007, e promulgada no Brasil pelo Decreto nº. Em 2009, a Convenção foi aprovada pela Organização das Nações Unidas e tem como um de seus signatários o Brasil. Diz que os países são responsáveis ​​por garantir um sistema de educação inclusiva em todos os níveis de ensino.
No âmbito nacional, destaca-se a Constituição da República Federativa do Brasil (1998), que adotou os mesmos princípios básicos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e introduziu uma nova prática administrativa com a descentralização do poder que deu aos cidadãos brasileiros características autonomia na tomada de decisões e na implementação de recursos e processos necessários em todas as áreas de atenção pública para garantir a qualidade de vida de seus cidadãos.
A Lei de Diretrizes e Fundamentos da Educação Nacional - LDBEN, Lei nº 9.394\96, em seu artigo 59, recomenda que os sistemas educacionais atendam alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou talentos (redação dada pela Lei nº 12.796 de 2013):
I - Currículo, métodos, técnicas, recursos pedagógicos e organização específicos para atender às suas necessidades;
II - Terminalidade específica para aqueles que, em razão de sua deficiência, não conseguem atingir o nível exigido para conclusão da educação básica, e aceleração em menor tempo para conclusão do programa escolar para superdotados;
III - professores com especialização adequada de nível médio ou superior para atendimento profissional, bem como professores do ensino regular capacitados para integrar esses alunos à classe regular;
IV - Educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva inserção na sociedade, incluindo condições adequadas para aqueles que não demonstrem capacidade para competir, mediante articulação com os órgãos oficiais competentes, bem como para aqueles que possuam qualificação superior na área artística, campo intelectual ou psicomotor;
V - Igualdade de acesso aos benefícios dos programas sociais adicionais disponíveis para o nível adequado de ensino regular.
Diretrizes Nacionais da Educação Especial na Educação Básica, Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001, que estabelece diretrizes nacionais expressando o compromisso do país em construir/adaptar estruturas de educação inclusiva para atender adequadamente a diversidade de seus alunos. O Plano de Desenvolvimento da Educação - PDE (2007), que trabalha a questão da infraestrutura escolar no contexto da educação inclusiva, trata da acessibilidade dos prédios escolares, formação de professores e salas multifuncionais. E a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), Lei nº 13.146 de 6 de julho de 2015, que visa assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e liberdades fundamentais pelas pessoas com deficiência, visando sua inclusão social e cidadania.
Conforme mencionado acima, são aqui explicitados diversos documentos e leis que garantem o direito de todos os indivíduos ao acesso não só à educação, mas também aos serviços prestados pelas políticas públicas do país. No entanto, observa-se que na realidade ainda há um longo caminho a percorrer, ainda é um longo caminho até a sua efetiva realização.
3 CONCLUSÃO
Pensar a educação especial na perspectiva da educação inclusiva é de suma importância, pois reconhecera importância da inclusão e compreender seus princípios nos ajuda a perceber o quanto é fundamental investir em ações que de fato estimulem a efetivação da Educação para Todos.
A consciência da importância da heterogeneidade no ambiente escolar possibilita, assim, o desenvolvimento de procedimentos pedagógicos diversificados que possibilitem o desenvolvimento integral não só dos alunos com necessidades especiais, mas também de todos os alunos inseridos em contexto educativo.
Assim, cabe ao educador planejar atividades que proporcionem inúmeras oportunidades para que os alunos aprendam e desenvolvam suas habilidades. Nesse sentido, é fundamental superar os obstáculos encontrados no contexto educacional e promover um ambiente inclusivo que respeite e valorize o aluno como um todo.
O conhecimento dos dispositivos legais que regem a definição de políticas públicas e o desenvolvimento de diretrizes pedagógicas é essencial para garantir os direitos de todo cidadão.
Portanto, não adianta haver decretos e leis se os sistemas de ensino não tiverem de fato uma reestruturação de diretrizes e procedimentos pedagógicos para que cada indivíduo envolvido no processo educacional se comprometa a trabalhar pela inclusão para alcançar uma educação que inclua todos.
4 REFERÊNCIAS
BRASIL, Constituição. Decreto nº 3.956, de 08 de outubro de 2001. Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência. Guatemala: 2001.
BRASIL, Constituição. Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007. Diário Oficial da União, n. 163, 2009. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, 1988. 
BRASIL. Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências. Diário Oficial da União, 2013. 
BRASIL. Lei n. º 13.146 de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília: MEC, 2015. 
BRASIL, O. Marcos político-legais da educação especial na perspectiva da educação inclusiva. 2010.
BRASIL, M.E.C. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.BRASIL. 
BRASIL, M.E.C. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, DF, 2008. 
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica. MEC/SEESP, 2001. 
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Lei de diretrizes e bases da educação nacional. LDB nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, 1996. 
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. O Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas. 2007. 
CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: com os Pingos nos “Is”. 4. ed. Porto Alegre: Ed. Mediação, 2006.
DA SILVEIRA MAZZOTTA, Marcos José. Reflexões sobre inclusão com responsabilidade. Revista@ mbienteeducação, v. 1, n. 2, 2018.
DECLARAÇÃO, DE SALAMANCA–UNESCO. Conferência Mundial sobre Educação Especial. Salamanca, Espanha, 1994. 
DUK, Cynthia. Educar na diversidade: material de formação docente. 3. ed. Brasília: [MEC, SEESP], 2006. 
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna. 2003.
SILVA, Margaret do Rosário. Dificuldades enfrentadas pelos professores na educação inclusiva. 2011.

Mais conteúdos dessa disciplina