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Do Poder Judiciário – Dos Outros Órgãos do Poder Judiciário
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE RORAIMA
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
DO PODER JUDICIÁRIO – DOS OUTROS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO
DO TRIBUNAL DO JÚRI 
Art. 80. Em cada Comarca funcionará pelo menos um Tribunal do Júri, com 
competência para julgar os crimes dolosos contra a vida, cuja composição e or-
ganização serão determinadas em Lei, assegurados os sigilos das votações, a 
plenitude da defesa e a soberania dos veredictos. 
O Tribunal do Júri tem a competência constitucional específica de julgar 
crimes dolosos contra a vida. 
Soberania dos veredictos significa que, em regra, não há recurso contra as 
decisões do Tribunal do Júri. Porém, o STF já reconheceu em algumas hipóteses 
a possibilidade de se rever a decisão do Tribunal do Júri. 
O caso mais emblemático ocorre quando as provas são claras demais pela 
culpa ou pela absolvição, mas mesmo assim os jurados votam contrários às 
provas. Nesse caso, o STF entende que é preciso fazer uma nova votação.
A Constituição Federal dispõe sobre a existência do Tribunal do Júri. Porém, 
também há na Constituição autoridades com prerrogativa de foro. Ex.: o gover-
nador tem foro em crimes comuns, inclusive os dolosos contra a vida, no STJ. 
Nesse caso, ele não será submetido ao Tribunal do Júri durante o seu mandato. 
Portanto, a regra é que, quem pratica crime doloso contra a vida é julgado 
pelo Tribunal do Júri, exceto aqueles que tenham prerrogativa de foro pre-
vista na Constituição Federal. 
Obs.:� A Constituição de Roraima prevê, para algumas autoridades, foro especí-
fico. Ex.: previsão exclusiva de foro para vice-governador no Tribunal de 
Justiça. A Constituição Federal não trata sobre o foro do vice-governador 
no Tribunal de Justiça. O vice-governador tem foro no Tribunal de Justiça 
pois a Constituição Estadual previu. Nesse caso, a jurisprudência do 
STF é de que, se o foro está previsto apenas na Constituição estadual, 
a regra geral da Constituição se aplica. Portanto, se o vice-governador 
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praticar um crime doloso contra a vida, ele não será julgado pelo Tribunal 
de Justiça, e sim pelo Tribunal do Júri, pois o vice-governador não tem 
foro na Constituição Federal, apenas na Constituição Estadual. Portanto, 
o vice-governador, nesse caso, será julgado pelo Tribunal de Justiça nos 
crimes comuns, e nos crimes dolosos contra a vida, no Tribunal do Júri.
Súmula Vinculante 45
A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerro-
gativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.
DOS JUÍZES DE DIREITO E JUÍZES SUBSTITUTOS 
Art. 81. Os Juízes de Direito e Juízes Substitutos, na jurisdição comum estadual de 
primeiro grau, integram a carreira da Magistratura nas Comarcas e Juízos e com a 
competência que a Lei de Organização e Divisão Judiciárias determinar.
Parágrafo único. O Tribunal de Justiça poderá prover cargo de Juiz Especial na Co-
marca ou Vara que tenha ultrapassado determinado limite de processos, na forma 
em que vier, a ser disciplinada na Lei de Organização e Divisão Judiciária.
Art. 82. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação 
de Varas especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias. 
Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz 
far-se-á presente no local do litígio.
DA JUSTIÇA MILITAR 
São órgãos que compõem a Justiça Militar: em segunda instância, o Tribunal 
de Justiça; e, em primeira instância, os juízes-auditores e os Conselhos de Jus-
tiça. Há dois tipos de Conselho de Justiça: o Conselho Especial de Justiça, que 
julga os oficiais, e os conselhos permanentes, que julgam as praças.
A Justiça Militar julga apenas os militares. Os juízes auditores têm compe-
tência para julgar ações judiciais contra atos disciplinares e crimes contra civis, 
exceto crimes dolosos contra a vida.
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Se o militar praticar crime doloso contra a vida de um civil, será julgado pelo 
Tribunal do Júri. Os outros crimes militares são julgados pelo respectivo Conse-
lho de Justiça. 
Art. 83. A Justiça Militar, constituída na forma da Lei de Organização e Divisão 
Judiciárias, tem como Órgão de Primeira Instância os Conselhos de Justiça Militar, 
constituídos paritariamente por Juízes Oficiais de cada Corporação e Juiz Auditor 
e, de Segunda Instância, o Tribunal de Justiça. 
§ 1º Compete ao Conselho de Justiça Militar julgar os crimes militares definidos em 
Lei e ao Tribunal de Justiça do Estado, decidir sobre a perda do posto e da patente 
de oficial e da graduação e permanência na corporação militar. 
§ 2º Os Juízes Auditores terão as mesmas garantias, prerrogativas, vencimentos e 
impedimentos dos magistrados estaduais da Última Entrância. 
DOS JUIZADOS ESPECIAIS 
Art. 84. A competência e a composição dos Juizados Especiais, inclusive dos ór-
gãos de julgamento de seus recursos, serão determinadas na Lei de Organização 
e Divisão Judiciárias, observado o disposto no art. 98, inciso I, da Constituição 
Federal. 
DOS JUIZADOS DE PEQUENAS CAUSAS 
Art. 85. A competência e a composição dos Juizados de Pequenas Causas, in-
clusive os órgãos de julgamento de seus recursos, serão determinados na Lei de 
Organização e Divisão Judiciárias. 
DA JUSTIÇA DE PAZ 
Art. 86. A Lei disporá sobre a Justiça de Paz remunerada, composta de cidadãos 
eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e com-
petência para celebrar casamentos, verificar, de ofício, ou em face de impugnação 
apresentada, o processo de habilitação, exercer atribuições conciliatórias, sem ca-
ráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação própria.
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CF, Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
(…) 
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, 
Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
���������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Ismael Noronha. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela 
leitura exclusiva deste material.
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