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DOS ORGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL I JUSTIÇA ELEITORAL • Garante legitimidade às eleições • Justiça especializada • Não existe cargos de magistrados, mas sim funções exercidas por juízes de quadros da Justiça Comum de forma temporária • Primeira instância Juntas Eleitorais e Juízes Eleitorais ( um deles é colegiado mais de um órgão julgador) • Segunda instância Os TRE’s, presentes em cada um dos estados e no DF, com caráter nacional e jurisdição (competência material) sobre o território respectivo • TSE é a instância máxima, com jurisdição sobre todo o território nacional CARACTERÍSTICAS • O sistema eleitoral é JUDICIAL (o Poder Judiciário cuida das eleições) • A Justiça Eleitoral é uma justiça Especializada e não se confunde com a justiça comum, embora os juízes integrantes da Justiça Eleitoral sejam provenientes da Justiça Comum Estadual e Federal • Estrutura piramidal e hierárquica • Inexistência de magistratura própria na Justiça Eleitoral Juízes que exercem a função eleitoral são provenientes de outros ramos do Judiciário, principalmente da Justiça Estadual/Federal Os membros acumulam as duas funções (a nova (eleitoral) e a de origem) Não há vedação para que o advogado, que seja Juiz do TRE ou Ministro do TSE, exerça a advocacia O mesmo não se aplica aos servidores (analistas e técnicos) do TRE e do TSE • Periodicidade da investidura dos juízes Período de investidura de 2 anos, permitindo-se apenas uma recondução consecutiva do anterior ocupante do cargo Atinge todas as instâncias da Justiça Eleitoral MAIS CARACTERÍSTICAS • Competência definida somente por lei complementar Não esquecer que o CE foi editado como lei ordinária, mas sua parte que fala sobre organização, competências e estrutura foi recepcionada como lei complementar. (o restante continua sendo lei ordinária) • Divisão territorial para fins eleitorais Circunscrição eleitoral área eleitoral de um estado ou DF. (o termo circunscrição abrange também a esfera nacional, estadual e municipal) Zona eleitoral área eleitoral que, geralmente, abrange a área de um município (em capitais é comum existir mais de uma zona eleitoral) Seções eleitorais subdivisão da zona eleitoral, para fins de votação e de apuração FUNÇÃO ADMINISTRATIVA • Preparação, organização e administração do processo eleitoral Ex: expedição de título eleitoral, fixação dos locais de votação, adoção de medidas para impedir/cessar propaganda eleitoral irregular • Inexiste lide; não há conflito a ser resolvido pelo juiz • Poder de polícia Condiciona/restringe bens/atividades/direitos individuais em benefício da coletividade e do Estado Ex: fiscalização da propaganda eleitoral • Atuação de ofício Possibilidade de agir independente de provocação das partes interessadas FUNÇÃO JURISDICIONAL • Responsável pela solução de conflitos de interesses em matéria de Direito Eleitoral Ex: aplicação de multa pela propaganda eleitoral ilícita; ação de impugnação ao mandato eletivo • A aplicação de multa é uma função jurisdicional; o magistrado não pode aplicar a multa em ato de ofício Deve-se encaminhar ao MP que poderá ingressar com ação FUNÇÃO NORMATIVA • Expedir instruções para regulamentar a legislação infraconstitucional • Edição de Resoluções pelo TSE e TRE • As resoluções não são leis, apenas tem força de lei, mas com caráter infralegal • A resolução não pode restringir direitos e estabelecer sanções diversas das previstas na lei, sob pena de ilegalidade FUNÇÃO CONSULTIVA • Atribuição do TSE e dos TREs para responder consultas formuladas pelas partes interessadas do processo • Condições para uma formulação de consulta válida: Ser feita por autoridade competente Não se referir a um caso concreto • As consultas possuem caráter vinculante até ulterior revisão • A resposta a consulta deverá ser fundamentada • A finalidade é evitar litígios que dificultem/posterguem o processo eleitoral REGRAS GERAIS DOS TRIBUNAIS ELEITORAIS • O exercício da função de Juízes Eleitorais é temporário Servirão por, no mínimo, 2 anos e nunca por mais de dois biênios consecutivos Em caso de recondução, deverá passar pelos mesmos procedimentos da primeira investidura Não são admitidas sucessivas reconduções O mandato é ininterrupto Eventuais afastamentos do magistrado – férias, licença – não interrompem o curso do mandato Magistrado que cumular a função eleitoral, quando se afastar da Justiça de origem, também será afastado automaticamente das funções eleitorais Exceção férias coletivas coincidentes com o período eleitoral; apuração da votação; período de encerramento do alistamento; Os substitutos dos membros efetivos serão escolhidos: Na mesma ocasião Pelo mesmo processo Em número igual para cada categoria REGRAS JUIZ ELEITORAL TSE • Órgão máximo da Justiça Eleitoral; disciplinado pela CF/88 e pelo CE • O aumento de membros (mais de 7) do TSE pode ser feito desde que por intermédio de lei complementar • Juízes do TSE são os únicos membros de Tribunal Superior que não precisam de aprovação do Senado • NÃO há previsão de vagas para integrantes do MP • A votação é secreta e feita pelos próprios Tribunais Superiores • Dois membros são oriundos de advocacia e serão nomeados a partir de uma lista formada pelo STF A LISTA É TRÍPLICE Requisitos para um advogado poder ser Ministro do TSE: Notável saber jurídico; Idoneidade moral O advogado deve comprovar dez anos consecutivos ou não de prática profissional AS ESCOLHAS DE PRESIDENTE, VICE-PRESIDENTE E CORREGEDOR ELEITORAL SÃO ESCOLHIDOS PELO PRÓPRIO TSE CORREGEDOR ELEITORAL • É eleito pelo TSE dentre os Ministros do STJ • Fiscaliza a regularidade dos serviços eleitorais e orienta os procedimentos e rotinas a serem observados • As atribuições do corregedor serão fixadas pelo TSE • Os provimentos emanados pela Corregedoria Geral vinculam os Corregedores Regionais FORMA DE DELIBERAÇÃO DO TSE • Para o funcionamento da sessão é necessário que estejam presentes metade + 1 dos membros • Para o quórum de votação/julgamento essa quantidade pode variar • Regra geral decisões são tomadas pela maioria de votos desde que haja a maioria dos membros presentes Para a instalação da sessão pelo menos 4 membros O quórum de votação deverá observar a maioria presente MATÉRIAS ESPECÍFICAS QUÓRUM VOTAÇÃO • Para as três matérias a seguir é NECESSÁRIO QUE TODOS OS MEMBROS ESTEJAM PRESENTES PARA QUE HAJA VOTAÇÃO: 1. Interpretação do CE frente a CF 2. Cassação de registro de partidos políticos 3. Recursos que importem anulação geral das eleições ou perda de diplomas SUSPEIÇÃO/IMPEDIMENTO • Ocorre quando a atuação do magistrado poderá causar prejuízos, por ausência de imparcialidade • Impedimento Causa absoluta de imparcialidade Hipóteses objetivas Não há necessidade de comprovação Nulidade absoluta Cabe Ação Rescisória no prazo decadencial de 2 anos, após o transito em julgado • Suspeição Menos grave Hipóteses subjetivas É preciso comprovar que houve a parcialidade Nulidade relativa Não cabe Ação Rescisória • A parte não pode provocar as hipóteses de impedimento e suspeição • Parcialidade partidária tendência, preferência, simpatia velada do Juiz que de algum julgamento realizará COMPETÊNCIA DO TSE • Judicante/judicial Resolver lides jurídicas Originária processos que se iniciam no TSE Recursal julgamento de recursos contra as decisões e acórdãos proferidos nos TREs • Normativa • Administrativa • Consultiva COMPETÊNCIA JUDICIAL ORIGINÁRIA • Registro e a cassação de registro de (4 hipóteses): 1. partido/diretório nacional 2. Presidente e Vice-presidente • Conflito de jurisdição entre TREs ou TRE e os juízes de outro estado • Impedimento/suspeição de: Ministro do TSE Procurador Geral Eleitoral Secretaria • Habeas Corpus contraato de TRE e Ministro de Estado • Mandado de Segurança contra ato do TER • Reclamações contra Partidos referente a: Contabilidade Origem de recurso • Impugnações ao: Resultado geral das eleições Proclamação dos eleitos Expedição dos diplomas de ELEIÇÃO PRESIDENCIAL • Desaforamentos de feito não decidido no TRE (+ 30 dias) • Reclamações contra Ministro do TSE por processo não julgado (+ 30 dias) Colegiado decide Comunicação no CNJ • Ação rescisória prazo decadencial de 120 dias • Crimes eleitorais e ações constitucionais (e conexas) Habeas Corpus contra Ministro de Estado Habeas Corpus contra o TRE Mandado de Segurança contra o TRE Habeas Corpus contra Ministro do TSE Mandado de Injunção de norma de competência do TRE TSE se denegatório Habeas Data contra TRE TSE se denegatório Exceções (algumas): Crime Eleitoral cometido por Ministro do TSE competência do STF Crime Eleitoral cometido por Juiz do TRE competência do STJ Habeas Corpus contra presidente STF Mandado de Segurança contra ato do Presidente STF Mandado de Segurança contra Ministro de Estado STJ Habeas corpus/mandado de segurança contra Juiz do TRE respectivo TRE Habeas Corpus contra o TSE STF Mandado de Injunção de norma de competência do TSE STF Habeas Data contra TSE STF COMPETÊNCIA JUDICIAL RECURSAL • Do TRE para o TSE Especial Decisão contrária à constituição ou à lei FEDERAL Decisão com interpretação divergente de outros TREs (uniformização) Ordinário Inelegibilidade ou expedição de diploma de: Senador federal Deputado estadual Deputado federal Governador Anulação de diploma ou perda de mandato de: Senador federal Deputado federal Deputado estadual Governador Decisão DENEGATÓRIA (não cabe recurso sobre concessão) de habeas corpus, habeas data, mandado de segurança e mandado de injunção Prazo de 3 DIAS para interposição de recursos, contados a partir publicação da decisão • Do TSE para o STF Recurso extraordinário Invalidade de lei Ato contrário à CF Recurso ordinário constitucional (ROC) Habeas Corpus ou Mandado de Segurança denegatório • Princípio da irrecorribilidade das decisões eleitorais: COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA, CONSULTIVA E NORMATIVA • Administrativa Afastamento do exercício de juízes do TRE Elevação de 7 para 9 juízes do TRE Fixar data para eleições de presidente e vice-presidente em caso de anulação geral das eleições Aprovar a divisão/criação de zona eleitoral • Consultiva Consultas formuladas por Autoridade federal Órgão nacional do partido • Normativa Resoluções do TSE • A REDUÇÃO do número de juízes do TRE é VEDADA, entretanto permite-se o aumento para até NOVE JUÍZES • As eleições ocorrem em regra: O TSE pode, EXCEPCIONALMENTE, marcar uma data diferente para a eleição quando: HOUVER ANULAÇÃO GERAL DAS ELEIÇÕES PARA PRESIDENTE E VICE Prazo para marcação 20 a 40 dias • Cabe ainda, ao TSE: Expedir instruções que julgar convenientes à execução do CE. O TSE NÃO PODE TRATAR DE MATÉRIA RELATIVA A ORGANIZAÇÃO DOS PARTIDOS POLÍTICOS Enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça TRÍPLICE (UMA LISTA COM 3 MEMBROS PARA CADA VAGA) É AINDA DE COMPETÊNCIA DO TSE
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