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Projeto Arquitetônico

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Prévia do material em texto

Indaial – 2019
Projeto Arquitetônico
Prof.ª Bruna Soares
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof.ª Bruna Soares
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
SO676p
 Soares, Bruna
 Projeto arquitetônico. / Bruna Soares. – Indaial: UNIASSELVI, 
2019.
 200 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0407-9
1. Projeto arquitetônico. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da 
Vinci.
CDD 721
III
APresentAção
Prezado acadêmico! Seja bem-vindo ao Livro Didático da disciplina de 
Projeto Arquitetônico. Este livro abarca os conceitos fundamentais para o desen-
volvimento dos projetos arquitetônicos e princípios básicos para a caracteriza-
ção das obras arquitetônicas
Para a construção de uma obra arquitetônica de excelência, necessaria-
mente é fundamental a elaboração de divergentes plantas técnicas, por exemplo: 
projeto arquitetônico, projeto hidrossanitário, projeto elétrico e projeto estrutu-
ral. O desenvolvimento de um projeto arquitetônico parte de variáveis distintas. 
Desde as legais, as funcionais, as estéticas, as econômicas, as psicológicas, as tec-
nológicas e o conforto ambiental. Um projeto arquitetônico eficaz, que satisfaça 
as necessidades dos usuários, é o maior investimento em uma obra. 
Na Unidade 1, você encontrará temas que abordam e apresentam as 
transformações espaciais, decorrente da materialização por meio das ações an-
trópicas; a produção do espaço e o surgimento das cidades; as principais expres-
sões artísticas e a história da arquitetura e do urbanismo, além do entendimento 
dos conceitos de estética, funcionalidade e ética aplicada às construções.
Na Unidade 2, você encontrará temas que abordam e apresentam a de-
composição e a articulação de seus elementos primários; os fundamentos arqui-
tetônicos na produção do espaço; a diferença do contexto natural versus contexto 
cultural nos projetos arquitetônicos; as variáveis fundamentais para desenvolver 
um projeto arquitetônico; a interpretação do projeto arquitetônico, com enfoque 
na programação arquitetônica projetual, além das etapas do projeto arquitetôni-
co (pré-projeto, projeto e pós-projeto) seus elementos e normas. 
Na Unidade 3, você encontrará temas relacionados que apresentam um 
estudo referente à leitura dos ambientes, a percepção e descrição do projeto ar-
quitetônico e a padronização dos elementos na hora de desenvolver um projeto. 
Essas temáticas estão relacionadas às informações necessárias para o entendi-
mento das principais características de um projeto arquitetônico. 
Espera-se que esses estudos contribuam para a sua formação profissio-
nal, e que os conteúdos apresentados neste livro didático possibilitem a apren-
dizagem e o desenvolvimento do projeto arquitetônico.
Prof.ª Bruna Soares
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais 
os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, que é um código 
que permite que você acesse um conteúdo interativo 
relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos 
e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar 
mais essa facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
V
VI
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você terá 
contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementares, 
entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
VII
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO À ARQUITETURA E URBANISMO ............................................1
TÓPICO 1 – CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE ARQUITETURA E URBANISMO ...............3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................3
2 A ARQUITETURA NOS PRIMÓRDIOS DA HUMANIDADE ....................................................4
2.1 AS TRANSFORMAÇÕES ESPACIAIS ............................................................................................4
2.2 A PRODUÇÃO DA CIDADE ...........................................................................................................6
2.3 AS CIDADES PÓS-REVOLUÇÃO INDUSTRIAL .........................................................................9
2.4 A RELEVÂNCIA DA ARQUITETURA E URBANISMO ...........................................................13
 2.4.1 O início da arquitetura ...........................................................................................................13
 2.4.2 Conceitos de Arquitetura ......................................................................................................15
 2.4.3 Conceitos de Urbanismo ........................................................................................................17
2.5 AS PRIMEIRAS CONSTRUÇÕES ................................................................................................19
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................22
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................24
TÓPICO 2 – A HISTÓRIA DA ARQUITETURA ..............................................................................27
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................27
2 PRÉ-HISTÓRIA .....................................................................................................................................28
2.1 INÍCIO DA PRÉ-HISTÓRIA ..........................................................................................................28
 2.1.1 Nuragues e Dolmens .............................................................................................................31
2.2 ANTIGUIDADE ...............................................................................................................................332.2.1 As Pirâmides ............................................................................................................................35
 2.2.2 Antiguidade Clássica ..............................................................................................................36
2.3 IDADE MÉDIA .................................................................................................................................39
 2.3.1 Arquitetura Paleocristã e Arquitetura Bizantina ................................................................40
 2.3.2 Arquitetura Românica ...........................................................................................................42
2.4 IDADE MODERNA .........................................................................................................................44
 2.4.1 Fundamentos da Arquitetura Moderna ...............................................................................44
 2.4.2 Arquitetura Renascentista ......................................................................................................44
 2.4.3 Arquitetura Barroca e o Rococó ............................................................................................46
2.5 IDADE CONTEMPORÂNEA ........................................................................................................48
 2.5.1 Fundamentos da Arquitetura Contemporânea ..................................................................49
 2.5.2 Construções que remetem à Arquitetura Contemporânea ...............................................49
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................52
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................54
TÓPICO 3 – ESTÉTICA ..........................................................................................................................57
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................57
2 SOBRE A ESTÉTICA E A ÉTICA .......................................................................................................58
2.1 A ORIGEM ETIMOLÓGICA DA ESTÉTICA...............................................................................58
2.2 A ESTÉTICA NA ARQUITETURA ...............................................................................................59
2.3 A RELAÇÃO ESTÉTICA X ÉTICA NA ARQUITETURA ..........................................................60
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................................62
sumário
VIII
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................65
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................66
UNIDADE 2 – TÉCNICAS, LEITURA E INTERPRETAÇÕES DE PROJETOS 
 ARQUITETÔNICOS ...................................................................................................67
TÓPICO 1 – A DECOMPOSIÇÃO E A ARTICULAÇÃO DE SEUS ELEMENTOS 
PRIMÁRIOS .............................................................................................................................................69
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................69
2 ELEMENTOS PRIMÁRIOS ................................................................................................................70
2.1 O PONTO ..........................................................................................................................................70
2.2 A RETA ..............................................................................................................................................72
 2.2.1 O plano ....................................................................................................................................73
 2.2.2 O volume ..................................................................................................................................74
2.3 FUNDAMENTOS ARQUITETÔNICOS ......................................................................................77
 2.3.1 Forma ........................................................................................................................................78
 2.3.2 Espaço .......................................................................................................................................79
 2.3.3 Ordem .......................................................................................................................................80
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................85
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................86
TÓPICO 2 – O ESPAÇO E O HOMEM
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................87
2 CONTEXTOS: NATURAL E CULTURAL ........................................................................................87
2.1 VARIÁVEIS FUNDAMENTAIS DO PROJETO ARQUITETÔNICO........................................90
 2.1.1 Fundamento da responsabilidade legal ...............................................................................90
 2.1.2 Exercício profissional ..............................................................................................................91
 2.1.3 Função do projeto arquitetônico ...........................................................................................93
 2.1.4 Função estética .........................................................................................................................93
 2.1.5 Função econômica ...................................................................................................................94
 2.1.6 Função psicológica ..................................................................................................................96
 2.1.7 Função tecnológica ..................................................................................................................96
 2.1.8 Conforto ambiental .................................................................................................................97
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................99
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................101
TÓPICO 3 – INTERPRETAÇÃO DO PROJETO ARQUITETÔNICO .........................................103
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................103
2 ESTUDOS PRELIMINARES ............................................................................................................105
2.1 LEVANTAMENTO (LV)................................................................................................................106
2.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES (PN) ...................................................................................108
2.3 ESTUDO DE VIABILIDADE (EV) ...............................................................................................108
3 ANTEPROJETO (AP) .........................................................................................................................109
4 PROJETOS COMPLEMENTARES .................................................................................................1134.1 PROJETO LEGAL (PL) ..................................................................................................................114
4.2 PROJETO ARQUITETÔNICO EXECUTIVO (PE) .....................................................................115
4.3 MEMORIAL DESCRITIVO E PLANILHA QUANTITATIVA DE MATERIAIS ...................119
4.4 ASSISTÊNCIA À EXECUÇÃO DA OBRA .................................................................................120
5 O PÓS-PROJETO (ALVARÁ DE USO E OCUPAÇÃO DA EDIFICAÇÃO)............................121
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................122
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................128
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................129
IX
UNIDADE 3 – O ESPAÇO INTERIOR E EXTERIOR .....................................................................131
TÓPICO 1 – A LEITURA DO AMBIENTE........................................................................................133
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................133
2 A COMPREENSÃO DO AMBIENTE .............................................................................................134
2.1 CIRCULAÇÃO NOS PROJETOS ARQUITETÔNICOS ...........................................................134
 2.1.1 Circulação vertical .................................................................................................................135
 2.1.2 Circulação horizontal ...........................................................................................................141
3 SETORIZAÇÃO NOS PROJETOS ARQUITETÔNICOS...........................................................142
3.1 ÁREA ÍNTIMA ...............................................................................................................................144
3.2 ÁREA SOCIAL ...............................................................................................................................144
3.3 ÁREA SERVIÇO .............................................................................................................................145
4 FLUXOGRAMA ..................................................................................................................................146
5 O HOMEM COMO UNIDADE DE MEDIDA ..............................................................................147
6 ERGONOMIA .....................................................................................................................................150
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................151
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................153
TÓPICO 2 – A PERCEPÇÃO E DESCRIÇÃO DO PROJETO ARQUITETÔNICO ..................155
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................155
2 A REPRESENTAÇÃO DA PLANTA BAIXA .................................................................................156
2.1 O GRAFISMO .................................................................................................................................158
3 CORTES OU SECÇÕES .....................................................................................................................160
4 ELEVAÇÕES/FACHADAS ................................................................................................................162
5 PLANTA DE SITUAÇÃO ..................................................................................................................163
6 PLANTA DE LOCALIZAÇÃO/IMPLANTAÇÃO ........................................................................165
7 PLANTA DE COBERTURA ..............................................................................................................166
7.1 COBERTURA ..................................................................................................................................167
8 PROJETOS COMPLEMENTARES ..................................................................................................169
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................171
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................172
TÓPICO 3 – REPRESENTAÇÕES E NORMATIZAÇÕES .............................................................175
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................175
2 NORMAS TÉCNICAS .......................................................................................................................175
2.1 TRAÇOS ..........................................................................................................................................176
2.2 LEGENDA.......................................................................................................................................178
2.3 CALIGRAFIA TÉCNICA (NBR 8402) .........................................................................................179
2.4 FORMATO DO PAPEL (NBR 10068) ..........................................................................................180
3 ESCALAS ..............................................................................................................................................181
3.1 ESCALA GRÁFICA .......................................................................................................................182
4 LINHAS DE COTAS ..........................................................................................................................182
5 COTAS DE NÍVEL ..............................................................................................................................183
6 MATERIAIS DE DESENHO .............................................................................................................183
6.1 DESENHO À MÃO LIVRE ...........................................................................................................183
6.2 DESENHO AUXILIADO POR COMPUTADOR .......................................................................184
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................186
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................190
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................192
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................193
X
1
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
E URBANISMO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• analisar as transformações espaciais, decorrentes da materialização por meio 
das ações antrópicas;
• entender a produção do espaço e o surgimento das cidades;
• estudar as principais expressões artísticas e a história da arquitetura e do ur-
banismo;
• estudar os conceitos: estética, funcionalidade e ética aplicada às construções;
• realizar atividades básicas a partir dos conceitos estudados.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar oconteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE ARQUITETURA 
 E URBANISMO
TÓPICO 2 – A HISTÓRIA DA ARQUITETURA
TÓPICO 3 – ESTÉTICA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE 
ARQUITETURA E URBANISMO
1 INTRODUÇÃO
O Tópico 1 aborda os conceitos-base para melhor entendimento da Arquite-
tura e do Urbanismo, com enfoque na compreensão das transformações espaciais, na 
produção da cidade e nas reproduções espaciais das cidades – pós-período Revolu-
ção Industrial. Neste tópico, também abordaremos o início da história da Arquitetura 
e do Urbanismo. 
A Arquitetura e o Urbanismo remontam a materialização das divergentes 
ações antrópicas. A partir da leitura das transformações espaciais, decorrentes da 
evolução da civilização, percebe-se que as modificações dos espaços físicos foram de 
fato consequências das relações entre o homem e a natureza. Na medida em que a 
história vai se fazendo, a configuração da paisagem natural é fragmentada devido à 
indução de objetos artificiais. 
A arquitetura é considerada uma das principais expressões artísticas na Me-
sopotâmia – vista como o berço da arquitetura antiga. Outros elementos também 
foram de extrema importância na era mesopotâmica, como por exemplo: a pintura, 
as esculturas e os tecidos. Estes, geralmente, apareciam no interior das construções, 
como forma de homenagear os deuses. O surgimento da construção dos palácios, 
templos e muralhas também são decorrentes dessa época, expressando a cultura de 
uma determinada sociedade.
A arquitetura é o espelho da nossa sociedade. Os materiais têm influência 
no caráter da arquitetura nos diferentes “cantos do mundo”. Cada modelo de casa 
obedece às circunstâncias regionais e culturais. Na Pré-História, a arquitetura era 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
4
usada apenas como função, como forma de abrigar o homem, protegendo das más 
condições climáticas (SALVADORI, 2006). Contudo, com as conquistas humanas, a 
arquitetura funda-se como arte, perante as mudanças advindas da evolução das ci-
vilizações. 
2 A ARQUITETURA NOS PRIMÓRDIOS DA HUMANIDADE
Comparada a outras atividades humanas, a arquitetura é uma arte recen-
te. Sua origem remonta a 10.000 anos, quando os primórdios iniciaram a modifi-
cação do meio natural (SALVADORI, 2006). Inicialmente, o espaço físico da vida 
humana era formado pelo sistema ecológico, delimitado pelas paisagens natu-
rais, que ao longo da história foram fragmentadas pelos homens para a produção 
do sistema socioecológico (SOARES, 2019). A partir destas, o sistema socioecoló-
gico se designa num conjunto de sistemas sociais, com os quais o homem realiza 
sua vida, produz e ao mesmo tempo cria os espaços da vida humana (SANTOS, 
1998). 
2.1 AS TRANSFORMAÇÕES ESPACIAIS
Os primeiros anais históricos datam que as transformações dos espaços natu-
rais tiveram início no período Pré-Histórico Paleolítico (BENEVOLO, 1993), no qual, 
diante da necessidade de sobrevivência, os nômades, superficialmente, modificavam 
o meio natural para lhe servir de abrigo e coletavam alimentos apenas para subsis-
tência (SANTOS, 1998). “Até então, os homens viviam expostos aos rigores do tempo, 
precariamente protegidos por tendas feitas com peles de animais. Sempre em movi-
mento, cozinhavam em fogueira de acampamento e reuniam-se em pequenas tribos” 
(SALVADORI, 2006, p. 1). 
Anos mais tarde, no período Pré-Histórico Neolítico, os homens deixaram 
de ser nômades e criaram raízes (LE CORBUSIER, 1992). “As tendas foram substitu-
ídas por moradias mais sólidas e uma lareira fixa passou a ocupar o lugar central da 
casa” (SALVADORI, 2006, p. 1). Esse período foi marcado pela transição de hábitos e 
pelo enraizamento humano sobre o espaço físico. Logo, as primeiras mudanças ocor-
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE 
5
FIGURA 1 – A RELAÇÃO HOMEM-NATUREZA NA TRANSFORMAÇÃO DO SISTEMA NATURAL
FONTE: Adaptado de Groth (2004).
reram por meio da apropriação dos terrenos para a criação de animais domésticos 
e com a organização de estabelecimentos nas proximidades dos locais de trabalho. 
Os primeiros assentamentos humanos se originaram de pequenos núcleos familiares 
(BENEVOLO, 1993). Na Figura 1, a partir da relação homem x natureza, consta uma 
linha do tempo com fases de transformações do espaço natural em artificial.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
6
FIGURA 2 – A INTERAÇÃO DOS SUBSISTEMAS: SOCIAIS (SS) E ECOLÓGICOS (SE) 
FONTE: Adaptado de Groth (2004)
A partir da leitura das imagens de Groth (2004), percebe-se que as modifica-
ções espaciais estão em constantes transformações. Esse fato é consequência das rela-
ções entre o homem e a natureza, ou seja, os espaços geográficos são transformados 
e produzidos pelas relações sociais (LEFEBVRE, 2008). À medida que a história vai 
se fazendo, a configuração territorial natural é reproduzida e induzida por meio das 
técnicas sociais. Desse modo, através da presença desses objetos técnicos, os homens 
desenvolvem as cidades.
2.2 A PRODUÇÃO DA CIDADE
“Na antiguidade, os ambientes naturais foram sendo transformados pelos 
homens a partir das suas necessidades, ou seja, perante a dominação do sistema eco-
lógico para a produção do sistema social” (SOARES, 2019, p. 38). Nessas condições, o 
conceito de cidade é designado na relação dos fatores antrópicos – sociais (econômi-
co, cultural, político, entre outros) e biofísicos – ecológicos (biodiversidade, geologia, 
água entre outros) (MACHLIS; FORCE; BURCH, 1997). Na Figura 2, após termos 
entendido o padrão conceitual, podemos caracterizar as cidades como um SSE, visto 
que são reconhecidas como um sistema acoplado de interesses sociais e ecológicos.
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE 
7
A cidade é o produto mais complexo da mente humana e representa mais 
do que simples estruturas de pedras e concreto (GIRARDET, 1989). Elas nasceram 
do desenvolvimento e do crescimento populacional de pequenas aldeias, a partir do 
momento que os “homens tornam-se sedentários” e trocam a “vida nômade” pela 
produção de cabanas como espaços físicos fixos a serem habitados. Nessas condi-
ções, surgem os primeiros traçados urbanos. 
Um grande número de cabanas brotou em regiões férteis; o contato 
entre as famílias tornou-se mais frequente e íntimo; surgiram vilarejos, 
que passaram a ser ligados por uma rede de trilhas. Às vezes, as trilhas 
tinham de atravessar rios, o que exigiu a construção de pontes para pe-
destres, feitas de troncos de árvores e presas por cordas de fibras de 
vegetais (SALVADORI, 2006, p. 1).
A cidade não é algo pronto, ela é produzida pelas interações humanas. Pode-
-se caracterizar as cidades como os palcos geográficos da interação social, dos confli-
tos, dos direitos e deveres (SOARES, 2019). Há muitos anos, elas vêm sendo estuda-
das, pesquisadas e projetadas por arquitetos, urbanistas, sociólogos, geógrafos, entre 
outros pensadores de grandes áreas divergentes. O motivo se resume no reflexo da 
complexidade da vida cotidiana das sociedades atuais, na criação dos espaços e, con-
secutivamente, da arquitetura expressada nelas (LYNCH, 1980; DELFANTE, 1997). 
As cidades fascinam. Realidade muito antiga, elas se encontram na ori-
gem daquilo que remetem os indícios do florescer de uma civilização: a 
agricultura, a roda, a escrita, os primeiros assentamentos urbanos. Nessa 
aurora do tempo, milênios atrás, elas lá estavam, demarcando um traça-
do, em formato quadrado ou circular (PESAVENTO, 2007, p. 11).
Uma cidade é objeto de muitos discursos. Para o arquiteto Leonardo Bene-
volo (1993), o conceito de cidade caracteriza-se em dois sentidos. O primeiro se en-
quadra na definição de um sistema organizacional da sociedade civil que se iniciou 
no período da Antiguidade. Logo, o segundo sentido se resume na cidade como in-
dicação de uma situação física e de uma determinadasociedade. Corroborando, o 
urbanista Lewis Mumford (1965, p. 433) “conceitua a cidade como plexo geográfico, 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
8
uma organização econômica, um processo institucional, um teatro de ação social e 
um símbolo estético de unidade coletiva”. 
Segundo a ciência, as cidades surgiram na Mesopotâmia (atual Iraque) e a 
primeira civilização recebeu o nome de Siméria, responsável pelos primeiros templos 
e palácios monumentais. Na época, grandes construções foram erguidas, como: tem-
plos religiosos, ruas, zonas residenciais, edifícios públicos, pontes e palácios. Essas 
cidades foram produzidas entre os rios Tigre e Eufrates, fato que ocorreu por volta de 
3.750 a 4.500 a.C. A economia era diretamente atrelada à produção de materiais arte-
sanais e às atividades no campo. Os produtos obtidos transformavam-se em moeda 
de troca (BENEVOLO, 1993). 
Na história das civilizações, as margens dos rios tiveram presença marcan-
te na formação e no crescimento das cidades (PORATH, 2004). Eles integram sítios 
atraentes para assentamentos de curta permanência e servem como fonte de recursos 
e meio de circulação (GORSKI, 2010). Além de delimitar a configuração urbana, tor-
nam-se muitas vezes eixos de desenvolvimento do desenho da cidade. “O desenho 
urbano ocasiona as transformações na paisagem, na morfologia urbana e nas áreas 
adjacentes aos rios” (PORATH, 2004, p. 13).
A arquitetura desponta como uma das principais expressões artísticas na Me-
sopotâmia que é vista como o berço da arquitetura antiga. Os mesopotâmicos pla-
nejavam cidades complexas, com palácios, templo, muralhas e torres de vigilância. 
A escultura e a pintura também faziam parte da decoração do interior das grandes 
construções e geralmente representavam seus deuses, reis e guerreiros. Para a pro-
dução da arte, os materiais mais utilizados eram: argila, adobe, terracota, cerâmica, 
bronze, prata e diversas pedras preciosas (BENEVOLO, 1993). 
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE 
9
2.3 AS CIDADES PÓS-REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A dinâmica da vida continuada desencadeou o fascínio urbano em escala 
global. A modernização social intensificou o fluxo populacional das cidades, tornan-
do-se um processo irreversível. Corroborando, o arquiteto Carlos Leite (2012), em 
seu livro Cidades sustentáveis, Cidades inteligentes ressalta que desde 2007 o mundo 
presencia uma nova realidade, digamos que historicamente radical: o número habi-
tacional urbano ultrapassou o número habitacional rural. Em 2016, 54% da popula-
ção mundial vivia em cidades, uma proporção que se espera aumentar cada vez mais 
(ONU-HABITAT, 2016).
O processo de urbanização, responsável pela reprodução espacial, teve início 
no século XVIII nos países desenvolvidos da América do Norte e da Europa. Fomen-
tada pelas induções técnicas, em 1850, a Inglaterra, pioneira no processo, se concreti-
zava por um território industrializado com 50% da população residindo em áreas ur-
banas. Anos mais tarde, logo após o término da Segunda Guerra Mundial, o processo 
expande-se aceleradamente nos países subdesenvolvidos da América Latina, África 
e Ásia (SANTOS, 1980). 
As divergentes dinâmicas da urbanização nos países desenvolvidos e subde-
senvolvidos estão associadas a dois principais processos: ao (1) Processo da Revolu-
ção Industrial e ao (2) Processo do Êxodo Rural. Neste sentido, globalmente, a crise 
agrária e o avanço tecnológico estimularam a modernização social, o acúmulo das 
atividades industriais e a concentração populacional nas grandes cidades. Por efeito 
do advento urbano, ocorreu a demanda pela mão de obra nas indústrias e nos comér-
cios, fato atrativo da migração habitacional dos camponeses para as áreas urbanas 
(SANTOS, 1980).
A ciência e a tecnologia, no que têm de melhor, são motivadas para 
satisfazer as necessidades humanas legítimas. Embora nunca tenha 
apresentado grandes mudanças em seus aspectos funcionais, a arqui-
tetura passou por uma revolução técnica fantástica. As necessidades 
da cidade devem ser satisfeitas, e a tecnologia, estimulada pelas des-
cobertas e invenções das revoluções industrial e científica, veio ajudar 
(SALVADORI, 2006, p. 3).
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
10
“O crescimento das grandes cidades ultrapassou todas as previsões. Cresci-
mento vertiginoso e perturbação. Vida industrial e a vida comercial que se adaptam 
a elas são fenômenos novos de amplitude assombrosa. Os meios de transporte são 
base da atividade moderna” (LE CORBUSIER, 1992, p. 77).
Na Figura 3, percebe-se que espaços infinitos de divergentes formas urbanas 
substituíram as paisagens naturais. A cidade tradicional explorou todos os limites do 
campo.
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE 
11
FIGURA 3 – AS CIDADES PÓS-REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
FONTE: <http://bit.ly/37YfhcS>. Acesso em: 24 set. 2019. 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
12
FIGURA 4 – CURIOSIDADES URBANAS
FONTE: <http://bit.ly/2syKQcX>. Acesso em: 25 set. 2019.
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE 
13
Caro acadêmico, você sabe como ocorreu o processo de urbanização? O pro-
cesso de urbanização, responsável pela reprodução espacial, teve início no século 
XVIII nos países desenvolvidos da América do Norte e da Europa. Fomentada pelas 
induções técnicas, em 1850, a Inglaterra, pioneira no processo, se concretizava por 
um território industrializado com 50% da população residindo em áreas urbanas. 
Anos mais tarde, logo após o término da Segunda Guerra Mundial, o processo de 
urbanização expande-se aceleradamente nos países subdesenvolvidos da América 
Latina, África e Ásia.
 
2.4 A RELEVÂNCIA DA ARQUITETURA E URBANISMO
	 Não	existe	dúvida	alguma	sobre	a	influência	da	arquitetura	e	da	
estrutura sobre o caráter e as atividades do homem. Criamos nossas construções, e depois 
são	elas	que	nos	criam.	Elas	determinam	os	caminhos	de	nossas	vidas	
(Winston Churchill) 
2.4.1 O início da arquitetura
Para Oscar Niemeyer, o arquiteto é um cidadão como outro qualquer; man-
tendo-se sempre livre para atender os mais diversos programas a ele apresentados, 
deve permanecer atento à necessidade de mudarmos a sociedade, fazer emergir um 
mundo mais justo e solidário (HEML, 2011).
A arquitetura está presente em nosso entorno e tem suas origens na Pré-His-
tória, introduzida na literatura ocidental a partir da Grécia quando a humanidade 
começou a dominar a técnica de trabalhar a pedra. “Sua organização como ciência co-
meçou com o arquiteto romano Marco Vitrúvio Polião, no século I a.C.” (CAU, 2015, 
p. 26). “Vitrúvio não foi o primeiro que escreveu sobre arquitetura, mas todos os ou-
tros escritos se perderam”, no qual se tratava de tratados gregos e romanos (KRUFT, 
2016, p. 23). A identificação foi possível através dos títulos sobre construções.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
14
Natural de Latium, de origem respeitável, Vitrúvio viveu no período repu-
blicano da Roma Antiga. Ele trabalhou como engenheiro militar, designando a sua 
carreira como supervisor de máquinas. Sua obra de maior relevância foi a Basílica Fa-
num Fortunae (não mais existente), localizada na cidade de Roma (BORGES, 2005).
Vitrúvio escreveu o tratado De Architectura Libri Decem, conhecido como Os 
Dez	Livros	da	Arquitetura, dedicado ao Imperador Augusto, aproximadamente no ano 
27 a.C. (BORGES, 2005). Nos dez livros da obra, o arquiteto Vitrúvio descreve apenas 
um único projeto: a basílica de Fanum Fortunae descrita no quinto livro, do qual 
nada resta e cuja localização ainda é incerta, embora saibamos olhar no buraco. Ele 
não foi um arquiteto de grande importância da sua época, mas a sua obra se tornou a 
fundamentação teórica da arquitetura ocidental, desde a Renascença até o final do sé-
culo XIX (BORGES, 2005). 
Para Vitrúvio, um projeto arquitetônico deve haver um equilíbrio entre: for-
ma, função e estrutura. Nessas condições, o arquiteto desenvolve e apresenta a teoria 
da Tríade Vitruviana (consta no terceiro capítulo de seu livro), como os três compo-nentes fundamentais da arquitetura: (1) Venustas – relacionada à apreciação estética 
e à beleza, (2) Firmitas – referente à estrutura e ao caráter construtivo da arquitetura 
e (3) Utilitas – originalmente relacionada à função e ao utilitarismo (BORGES, 2005). 
Para Vitrúvio, deve haver equilíbrio entre esses três princípios de ordem projetual. A 
partir do momento que não há um desses elementos, não há Arquitetura. Na Figura 
5 constam os três compositivos conforme critérios do arquiteto Vitrúvio para a proje-
ção, com enfoque na dimensão estética, funcional e técnica.
FIGURA 5 – AS CIDADES PÓS-REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
FONTE: A autora
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE 
15
2.4.2 Conceitos de Arquitetura 
A realização de um projeto de arquitetura, como qualquer outro trabalho, 
tem premissas que lhe são próprias: há um programa a ser atendido, há 
um lugar em que se implantará o edifício, e há um modo de construir a 
ser determinado. Esse conjunto de premissas é elaborado graficamente 
em um desenho que opera como mediador entre a ideia do projeto e sua 
realização concreta (MACIEL, 2003, p. 1).
A arquitetura está relacionada ao planejamento, à organização e à construção 
de uma obra arquitetônica, com enfoque na resolução estética e funcional da obra. 
Esta, por sua vez, se dispõe à criação de espaços com a finalidade de abrigar os hu-
manos obedecendo aos critérios de: funcionalidade, sustentabilidade, ergonomia, 
estética, entre outros conceitos envolvidos no processo de criação de um projeto. Ao 
longo da história da civilização, os humanos construíram edifícios em função de suas 
necessidades, mas também em relação a sua expertise técnica, levando em conta o 
contexto social que o projeto está inserido.
Arquitetura é abrigo, evidentemente, mas pode ser muito mais. A expres-
são “música congelada” é usada com frequência, embora pareça sugerir 
que a arquitetura possui somente um componente estético. A expressão 
“configuração de espaço para uso humano” parece ser mais útil, mas difi-
cilmente conseguirá explicar o fascínio exercido pelas pirâmides egípcias 
ou o simbolismo de um edifício de capitólio (FAZIO, 2011, p. 20).
“Toda arquitetura reflete tais valores – e a melhor arquitetura expressa os 
gostos e as aspirações da sociedade como um todo” (FAZIO, 2011, p. 20). A arqui-
tetura é espelho da nossa sociedade. As linhas, formas, texturas ou cores refletem 
as mais variadas características e necessidades do mundo ao nosso redor e dos seus 
indivíduos (NACCACHE, 2006). Os materiais têm influência no caráter da arquite-
tura. Ao estudar as edificações de uso cotidiano do passado, um dos aspectos mais 
fascinantes é perceber como os materiais mais simples – como madeira, argila, sapé 
e pedra – são utilizados para criar arquitetura (FAZIO, 2011).
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
16
Quando havia apenas argila disponível em abundância, as pessoas utili-
zavam taipa de pilão ou faziam tijolos. Quem vivia em áreas com grandes 
florestas construía com madeira. Os antigos gregos eram escultores de 
pedra extremamente habilidosos, mas dificilmente ocupariam este posto 
se não fosse pelo mármore abundante no local (FAZIO, 2011, p. 20).
Em outras palavras, a arquitetura é a primeira manifestação do homem 
em relação à criação do universo por meio de ações antrópicas. Ele cria a partir da 
natureza, aceitando as leis da gravidade, da estática e da dinâmica para estabele-
cer a estrutura de uma construção. Na Figura 6 é possível observar a construção 
de uma casa projetada pelos arquitetos Le Corbusier e Pierra Jeanneret. 
FIGURA 6 – CASA DO SENHOR OZENFANT (1923)
FONTE: <https://es.wikiarquitectura.com/edificio/maison-ozenfant/>. Acesso em: 22 ago. 2019.
A arquitetura é uma das mais urgentes necessidades do homem, visto 
que a casa sempre foi o indispensável e primeiro instrumento que ele 
forjou. Os instrumentos do homem marcam as etapas da civilização, a 
idade da pedra, a idade do bronze, a idade do ferro. Os instrumentos 
procedem de aperfeiçoamento sucessivo; neles se acumula o trabalho 
de gerações. O instrumento é a expressão direta, imediata do progresso. 
O instrumento é o colaborador obrigatório; ele é jogado ao ferro velho: 
a escopeta, a colubrina, o fiacre e a velha locomotiva. Este gesto é uma 
manifestação de saúde, de saúde moral, também de moral; não temos o 
direito de produzir mal por causa de um mau instrumento; joga-se fora, 
substitui-se (LE CORBUSIER, 2004, p. 1).
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE 
17
2.4.3 Conceitos de Urbanismo
A história do urbanismo teve início com o surgimento das cidades e com seus 
planejamentos. A expressão está relacionada ao estudo, à regulação e ao desenvolvi-
mento humano das áreas urbanas. Portando, em relação à ciência, mostra-se humana 
de caráter multidisciplinar, necessitando da contribuição de áreas do conhecimento 
divergentes, como a Ecologia, a Geologia, a Arquitetura, as Ciências Sociais, a Geo-
grafia e outras ciências. O urbanista dialoga principalmente com o arquiteto, o paisa-
gista, o engenheiro e com o designer.
O termo “urbanismo” tem várias conotações. A priori pode-se afirmar 
apenas que ele trata das cidades e, como estas existem desde a aurora da 
civilização, também é razoável supor que ele exista desde então. A pala-
vra “civilização” vem do latim civitas e civis, cidade e cidadão. Também 
a raiz latina urbs remete à cidade, mas ao governo da cidade e à polidez 
civilizada dos antigos romanos. Dela derivam “urbano”, “urbanizado” e 
a presunção nem sempre procedente de civilidade no ambiente da cidade 
(NOVAK, 2006, p. 129).
O urbanismo é um campo do conhecimento quase que empregado exclusi-
vamente nas situações que têm por objetivo criar condições satisfatórias ao desen-
volvimento de vida nos centros urbanos. Partindo desse ponto de vista, o urbanista 
desenhará ou projetará uma cidade a partir dos espaços vazios, com o objetivo de 
criar condições satisfatórias de vida nos centros urbanos. A palavra deriva-se dos es-
tudos do engenheiro catalão Ildefonso Cerdá, responsável pelo projeto de ampliação 
de Barcelona na década de 1850, utilizando o termo “urbe” para designar os diver-
gentes assentamentos humanos e o termo “urbanização” designando a ação sobre a 
urbe. Nas figuras 7 e 8 percebe-se a evolução humana perante a natureza em relação 
às construções das grandes cidades.
Leopoldo Mazzaroli, citado por Mukai, definiu o urbanismo como “a ciência 
que se preocupa com a sistematização e o desenvolvimento da cidade, buscando de-
terminar a melhor posição das ruas, dos edifícios e obras públicas, de habitação pri-
vada, de modo que a população possa gozar de uma situação sã, cômoda e estimada” 
(MUKAI, 1988, s. p.).
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
18
FIGURA 7 – CIVILIZAÇÃO ROMANA: VISTA AÉREA DE TIMGAD
FONTE: <https://slideplayer.com.br/slide/3770497/>. Acesso em: 22 ago. 2019.
FIGURA 8 – PALMANOVA: A CIDADE MILITAR DO RENASCIMENTO
FONTE: <https://historiablog.files.wordpress.com/2017/02/depositphotos_13290860-stock-
photo-palmanova-old-map.jpg?w=840>. Acesso em: 22 ago. 2019.
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE 
19
2.5 AS PRIMEIRAS CONSTRUÇÕES 
“Cabanas, domus, castelos, villas, palazzos são denominações históricas 
do espaço unifamiliar. Cada modelo de lar obedece a certas circunstâncias regio-
nais, culturais e climáticas. São representativas da arquitetura mais elementar, 
mais próxima e utilizável pelo ser humano, considerada a sua real terceira pele” 
(MIGUEL, 2002, p.1). As primeiras construções advindas do homem não resul-
tam das habitações e sim da produção de espaços que contemplavam cultos, ado-
rações e também as câmaras mortuárias. Nessa época, os homens geravam seus 
próprios abrigos e habitavam as cavernas, troncos de árvores e grutas.
Caro acadêmico, o abrigo é considerado primitivo em relação às necessidades 
humanas. A cabana foi o primeiro abrigo artificial desenvolvido pelo homem. No início, as 
construções eram de origem simples, compostas por pedrase ossos sobrepostos. 
IMPORTANT
E
Na Pré-História, o homem via a arquitetura apenas de maneira funcional, 
como uma forma de proteção contra as más condições climáticas (SALVADORI, 
2006). Algumas dessas construções arcaicas podem ser ainda hoje observadas em 
tribos e outros povos.
FIGURA 9 – CABANA PRIMITIVA ARTIFICIAL POR CHAMBERS
FONTE: Chambers (1862, p. 79)
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
20
No princípio o mais provável é que se retiraram em cavernas 
formadas pela natureza na rocha, em troncos de árvores ocos, 
ou covas que eles mesmos cavaram na terra. Porém, imediata-
mente descontentes com a humidade e a escuridão destas habi-
tações, começaram a procura por um alojamento mais salubre 
e confortável. As construções animais indicaram tanto os mate-
riais como métodos construtivos: andorinhas, corvos, abelhas e 
cegonhas foram os primeiros construtores. O homem observou 
as suas operações instintivas (CHAMBERS, 1862, p. 87-88).
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE 
21
FIGURA 10 – CABANA PRIMITIVA ARTIFICIAL POR FILARETE
FONTE: <https://i.pinimg.com/736x/d6/c2/d5/d6c2d5d41de43c7b03bb8b1ddfd99b48.jpg>. 
Acesso em: 24 set. 2019. 
22
Neste tópico, você aprendeu que:
• No início, o espaço físico da vida humana era formado pelo sistema natural. 
• Ao longo da história, com as necessidades dos homens, o sistema é reproduzido a 
partir das induções técnicas sociais.
• As primeiras cidades surgiram na Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates. Nas-
ceram do desenvolvimento e do crescimento populacional de pequenas aldeias.
• A dinâmica da vida continuada desencadeou o fascínio urbano em escala global. A 
modernização social intensificou o fluxo populacional das cidades, tornando-se um 
processo irreversível.
• A arquitetura tem suas origens no período pré-histórico, induzido pela literatura 
ocidental da Grécia, a partir do momento que a humanidade começou a dominar a 
técnica de trabalhar a pedra.
• A arquitetura está relacionada ao planejamento, à organização e à construção de 
uma obra arquitetônica, com enfoque na resolução estética e funcional da obra. 
• A arquitetura é espelho da nossa sociedade. As linhas, formas, texturas ou cores re-
fletem as mais variadas características e necessidades do mundo ao nosso redor e 
dos seus indivíduos.
• O urbanismo é um campo do conhecimento empregado ao desenvolvimento e pla-
nejamento das cidades.
• O urbanista dialoga principalmente com o arquiteto, o paisagista, o engenheiro e 
com o designer.
• Cabanas, domus, castelos, villas e palazzos são denominações históricas do espaço 
unifamiliar. Cada modelo de lar obedece a certas circunstâncias regionais, culturais 
e climáticas.
• A cabana foi o primeiro abrigo artificial desenvolvido pelo homem.
• Para Vitrúvio, o arquiteto deveria ser um profissional multidisciplinar, que conhe-
cesse todas as ciências fundamentais e as artes. Em sua concepção de um projeto 
arquitetônico deve haver um equilíbrio entre: forma, função e estrutura.
RESUMO DO TÓPICO 1
23
• O arquiteto Vitrúvio desenvolveu a teoria da Tríade Vitruviana (consta no terceiro 
capítulo de seu livro), como os três componentes fundamentais da arquitetura: (1) 
Venustas – relacionada à apreciação estética e a beleza, (2) Firmitas – referente à es-
trutura e ao caráter construtivo da arquitetura e (3) Utilitas – originalmente relacio-
nada à função e ao utilitarismo.
24
1 A dinâmica da vida continuada desencadeou o fascínio urbano em escala 
global. Atualmente, mais de 50% da população em nível mundial reside em 
áreas urbanizadas e a tendência é aumentar. A modernização social intensi-
ficou o fluxo operacional das cidades, tornando-se um processo irreversível. 
A partir desses pressupostos, quais os dois principais processos ligados à 
dinâmica da urbanização nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos? 
a) ( ) Revolução Industrial e Êxodo Rural.
b) ( ) Revolução Industrial e Revolução Técnica.
c) ( ) Êxodo Rural e Densidade Demográfica.
d) ( ) Êxodo Rural, Revolução Industrial e Revolução Científica.
2 A história do Urbanismo remete ao surgimento das cidades e à demanda 
pelo planejamento delas. Partindo desse ponto de vista, o urbanista dese-
nhará ou projetará uma cidade a partir dos espaços vazios, com o objetivo 
de criar condições satisfatórias de vida nos centros urbanos. Com base no 
estudo das origens do urbanismo, quem foi o engenheiro responsável pela 
ampliação de Barcelona? 
a) ( ) Toshio Mukai.
b) ( ) Le Corbusier.
c) ( ) Oscar Niemeyer.
d) ( ) Ildefonso Cerdá.
3 Cabanas, domus, castelos, villas e palazzos são denominações históricas do es-
paço unifamiliar. Cada modelo de lar obedece a certas circunstâncias regionais, 
culturais e climáticas. São representativas da arquitetura mais elementar, mais 
próxima e utilizável pelo ser humano, considerada a sua real terceira pele. Nes-
se contexto, quais as primeiras construções advindas do homem? 
AUTOATIVIDADE
25
a) ( ) Espaços que contemplavam cultos, adorações e câmaras mortuárias.
b) ( ) Habitações sociais.
c) ( ) Cidades romanas. 
d) ( ) Cidades industriais
4 Descreva como ocorreram as transformações dos espaços naturais até o desen-
volvimento das cidades.
26
27
TÓPICO 2
A HISTÓRIA DA ARQUITETURA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
A partir das abordagens conceituais, para entender a base da arquitetura con-
temporânea é preciso voltar ao tempo e estudar a História da Arte. Nessas condições, 
o Tópico 2 visa à análise cronológica e cultural das grandes obras arquitetônicas. A 
ordem cronológica a ser estudada será a arquitetura na: Pré-História, Antiguidade, 
Antiguidade Clássica, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea. 
Como estudado no tópico anterior, a história da Arquitetura e do Urbanis-
mo está diretamente relacionada à evolução humana sobre os espaços naturais. A 
arquitetura passou a existir a partir do momento em que os homens deixaram de ser 
nômades e construíram os espaços de contemplação e moradia. Esses espaços atual-
mente estão associados às cidades contemporâneas, contudo, a evolução arquitetôni-
ca, seus princípios, ideais e realizações estão sujeitos a diversos períodos históricos. 
Existem diversas maneiras de entender e explicar a história da Arquitetura e 
do Urbanismo, podendo partir da materialização da fixação do homem no território, 
com enfoque no espaço e no tempo ou também pode-se estudar por meio dos diver-
sos monumentos históricos (PEREIRA, 2010). Se considerarmos todos esses aspectos, 
as primeiras grandes obras da arquitetura remontam a Antiguidade, podendo ser 
subdivisões da História da Arte. 
Da caverna à cabana, as primeiras expressões arquitetônicas surgiram no 
período Neolítico, quando ocorreu o foco efetivo de desenvolvimento da atividade 
arquitetônica. Em outro momento histórico surge a pirâmide, o obelisco egípcio e os 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
28
monumentos funerários e religiosos. Esses monumentos históricos representam im-
portantes questões relacionadas à sociedade contemporânea. As edificações, quadras 
urbanas, muralhas e outros sistemas construtivos surgem com o aumento populacio-
nal num longo processo da civilização (PEREIRA, 2010). 
2 PRÉ-HISTÓRIA
A história é a maneira necessária para a abordagem da arquitetura. É nela 
que podemos encontrar o sentido da ação e da reflexão arquitetônica. A arquitetura 
pré-história tem grande importância no período Neolítico, tempo em que se desen-
volveram as primeiras construções e os primeiros assentamentos humanos. 
2.1 INÍCIO DA PRÉ-HISTÓRIA 
A pré-história começa por volta de 3.5000 a.C. e se encerra aproximada-
mente em 3.000 a.C., nas terras do leste mediterrâneo e depois, por volta de 2.000 
a.C., em partes da Europa Ocidental. Na escala temporal, essas datas correspon-
dem aos primeiros anos de evolução humana (FAZIO, 2011). Na Figura 11, consta 
a cronologia dos primórdios da arquitetura.
FIGURA 11 – CRONOLOGIA DOS PRIMÓRDIOS DA ARQUITETURA
i z
FONTE: Fazio (2011,p. 30)
TÓPICO 2 | A HISTÓRIA DA ARQUITETURA
29
Durante a Pré-História surgiram os primeiros monumentos arquitetônicos. Na 
Era Paleolítica (também chamada de Idade da Pedra Lascada), fundou-se a atividade 
projetual. Nessa época, como descritos nas páginas anteriores, o homem começou a 
dominar a técnica de trabalhar a pedra. Dentre as construções antigas foram encontra-
das cabanas em sítios arqueológicos, no planalto central da Rússia (atual Ucrânia). “A 
maior casa encontrada foi construída de ossadas de mamutes e toras de pinheiro, com 
revestimento de peles de animais e uma fogueira central, tinha forma de cúpula e in-
cluía partes de esqueleto de quase 100 mamutes em sua estrutura” (FAZIO, 2011, p. 30). 
Na Figura 12 observa-se que as edificações tocavam umas nas outras. Çatal Hüyük foi 
uma pequena vila na Turquia. Observa-se também, na perspectiva do interior da casa, 
a sala com o altar. A figura central no lado esquerdo da parede representa uma mulher 
dando à luz – os chifres sugerem elementos masculinos.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
30
FIGURA 12 – PERSPECTIVA ARTÍSTICA DAS EDIFICAÇÕES DE ÇATAL HÜYÜK E DA SALA DO 
ALTAR
FONTE: <http://www.fgv.br/network/tcchandler.axd?TCCID=5254>. Acesso em: 24 set. 2019. 
TÓPICO 2 | A HISTÓRIA DA ARQUITETURA
31
FIGURA 13 – NURAGUES, ALDEIA DE BARUMINI NA SARDENHA
FONTE: <http://bit.ly/2BzvOFe>. Acesso em: 22 ago. 2019. 
2.1.1 Nuragues e Dolmens 
“As mais significativas conquistas na era da arquitetura pré-histórica foram 
as construções megalíticas, compostas por grandes pedras” (FAZIO, 2011 p. 30). A 
capacidade de trabalhar com pedras de grande porte foi utilizada nas mais famosas 
construções megalíticas. Com o intuito de abandonar as cavernas, o homem neolítico 
desenvolveu a sua moradia, surgindo um novo cenário. Os Dolmens (santuário) e os 
Nuragues (moradia) são os tipos de construções que fazem parte do período Pré-his-
tórico, ambas possuíam características diferentes. 
Quando os homens iniciaram o processo do abandono das cavernas, ocorre-
ram as primeiras construções das Nuragues. Estas eram de pedras e tinham tipolo-
gias em forma de um cone “incompleto” – sem nenhum tipo de mistura para uni-las 
ou revesti-las (como podemos observar na Figura 13). Nuragues significa constru-
ções edificadas em pedra (FAZIO, 2011). 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
32
Os Dolmens eram formados por pedras fincadas no chão, com a finalidade 
no levantamento de paredes. As pedras que eram encaixadas na horizontal tinham 
a finalidade de teto. Essa técnica foi utilizada na construção do Stonehenge, o maior 
monumento pré-histórico. Além de santuário, o Stonehenge, foi utilizado pelos pri-
mitivos para divergentes cerimônias, com intuído de reunião as civilizações. 
O Stonehenge é um monumento Megalítico da idade do Bronze, formado 
por círculos de pedra (algumas com cinco toneladas e cinco metros de altura). Na 
Figura 14 observa-se uma imagem em vista e o processo de desenvolvimento do 
Santuário de Stonehenge.
FIGURA 14 – STONEHENGE, PLANÍCIE DE SALISBURY – INGLATERRA - 2900-1400 A.C.
FONTE: <http://bit.ly/32IFR6Y>. Acesso em: 22 ago. 2019.
TÓPICO 2 | A HISTÓRIA DA ARQUITETURA
33
2.2 ANTIGUIDADE
O ponto chave que distingue a Pré-História das eras históricas se baseia no 
surgimento da escrita, desenvolvidos pelos Sumérios (descritos como os responsá-
veis por criar a primeira civilização do planeta) no Oriente Médio. “Há um espaço de 
tempo de pelo menos 30.000 anos entre as primeiras cabanas de caça paleolíticas e as 
primeiras representações artísticas da arquitetura” (FAZIO, 2011), ocorrendo de acor-
do com a evolução das comunidades humanas (FAZIO, 2011). Nas figuras a seguir, 
compare as duas obras sumérias. A primeira é uma Estatueta – Tell Asmar, de gesso 
revestido com conchas de calcário preto. A segunda corresponde a uma cabeça de 
ovelha em arenito. A ovelha foi representada por madeira realista, o devoto sumério 
estilizado. 
FIGURA 15 – ESTATUETA SUMÉRIA E CABEÇA DE OVELHA
FONTE: <http://bit.ly/33P4Sxl>. Acesso em: 24 set. 2019. 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
34
Na Antiguidade, a figura do arquiteto era associada aos sacerdotes e go-
vernantes, pelo fato de a execução das obras arquitetônicas serem acompanhadas 
por rituais que simbolizam o contato do homem com a natureza. As divisões na 
era da arquitetura antiga se resumem em: Egípcia, Assíria, Babilônia, Etrusca, 
Minoica, Micênica, Persa e Sumérica (FAZIO, 2011). Das majestosas montanhas 
artificiais que se elevaram sobre as cidades, apenas o Zigurate conserva seus de-
talhes arquitetônicos (Figura 16).
A maioria das edificações sumérias foi construída com tijolos secos 
ao sol (adoba), um material obtido facilmente colocando-se lama 
em moldes e deixando secar ao sol por várias semanas, porém, os 
tijolos resultantes não resistem bem ao intemperismo. O resultado 
é que grande parte da arquitetura suméria que conhecemos se 
resume a fundações e partes interiores das paredes. As coberturas 
eram feitas com elementos leves de madeira ou junco, incapazes de 
vencer grandes vãos: por isso, os espaços internos eram pequenos. 
Na arquitetura suméria e posteriormente na mesopotâmica, as 
edificações importantes tinham mais durabilidade, uma vez que 
seus tijolos recebiam revestimentos resistentes a intempéries, e 
maior formalidade, sendo elevadas sobre plataformas artificiais 
(FAZIO, 2011, p. 36).
FIGURA 16 – ZIGURATE DE UR, MESOPOTÂMIA (IRAQUE), CERCA DE 2100 A.C.
FONTE: <http://bit.ly/33P4Sxl> . Acesso em: 24 set. 2019.
TÓPICO 2 | A HISTÓRIA DA ARQUITETURA
35
2.2.1 As Pirâmides
“A história do Egito começa por volta de 3000 a.C., quando Menes, faraó do 
Alto Egito, uniu o Alto e o Baixo Egito e estabeleceu sua capital em Mênfiz, perto da 
junção dos dois territórios” (FAZIO, 2011, p. 41). As pirâmides arqueológicas tiveram 
início à medida que ocorriam os rituais religiosos. As construções exigiram conheci-
mento avançado em matemática em relação à quantidade de pedras utilizadas. Das 
dezenas de pirâmides do Egito, a mais conhecida é a Quéops, a única que resistiu ao 
tempo.
“A primeira construção em pedra em escala monumental no Egito foi a pirâ-
mide escalonada Saqqara, cerca de 2630 a.C. Esse túmulo desencadeou precedentes 
para as futuras construções. Seu arquiteto, Imhotep, foi designado como um deus” 
(FAZIO, 2011, p. 44).
FIGURA 17 – PIRÂMIDE SAGGARA
FONTE: <http://bit.ly/33P4Sxl>. Acesso em: 24 set. 2019. 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
36
2.2.2 Antiguidade Clássica
A arquitetura na Antiguidade Clássica remete aos gregos e romanos. A ci-
dade torna-se o elemento principal da vida política e social desses dois povos. “As 
obras construídas no estilo que denominamos ‘clássico’ foram responsáveis pela 
consolidação de uma linguagem arquitetônica que dominou o cenário ocidental 
por pelo menos 5 séculos” (GLANCEY, 2001, p. 25). 
O Parthenon talvez seja o maior e mais influente edifício de todos 
os tempos. É de uma beleza imensa, tão atemporal em seu encanto 
quanto o poder de um edifício. Templo dedicado a Atena, deusa 
grega da sabedoria e guardiã da cidade-estado de Atenas, que lhe 
deve o nome, o Parthenon assinou o zênite da arquitetura grega 
antiga (GLANCEY, 2001, p. 26).
FIGURA 18 – PARTHENON, ATENAS, 447-436 A.C. 
FONTE: <http://fotos.sapo.pt/4AZ0fTp5nn02zbg6YaK0/s320x240>. Acesso em: 22 ago. 2019.
TÓPICO 2 | A HISTÓRIA DA ARQUITETURA
37
Enquanto os outros povos investiam em construções relacionadas à arqui-
tetura militar, religiosa e residencial, os gregos e romanos foram responsáveis por 
obras arquitetônicas com enfoque aos espaços de manifestações e cidadania (SUM-
MERSON, 2006). A maioria das construções foi desenvolvida dos materiais: már-
mores, madeiras e telhas para coberturas. As edificações mais marcantes foram os 
templos.
Os gregos também desenvolveram colunas de base estilizadas por eles. No 
século XVI d.C., esses sistemas deram nome às ordens da arquitetura com os nomesque conhecemos hoje como linguagem da arquitetura clássica. Os três tipos de coluna 
Dórica, Jônica e Coríntia davam aos templos os principais edifícios cívicos da Grécia. 
Mais tarde passou a ser inserida nas construções de Roma. 
Das três ordens gregas, a dória é a mais antiga e sólida: a coluna 
não tem base, tem corpo canelado e um capitel simples. A coluna 
jônica é um desenvolvimento mais leve da dórica; o corpo cane-
lado da coluna tem uma base e um capitel com volutas. A corín-
tia, com seu plinto e corpo canelado, é variação da jônica e tem 
um capitel ornamentado característico (GLANCEY, 2001, p. 28).
FIGURA 19 – AS TRÊS ORDENS CLÁSSICAS
FONTE: <http://bit.ly/2W49v3P>. Acesso em: 22 ago. 2019.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
38
FIGURA 20 – COLUNA DE TRAJANO, 112 D.C.
FONTE: <http://bit.ly/2PbOYsz>. Acesso em: 22 ago. 2019.
A coluna de Trajano (112 d.C.) foi construída para comemorar as vitórias do 
imperador de Dácia. Trajano era um soldado bem-sucedido da época. A coluna tem 
trinta e cinco metros de altura. O Arco de Triunfo em Paris (Figura 21) encontra-se no 
coração de Paris (GLANCEY, 2001). 
FIGURA 21 – ARCO MONUMENTAL DE NAPOLEÃO (1806)
FONTE: <https://cdn.pariscityvision.com/library/image/1697.jpg>. Acesso em: 22 ago. 2019.
TÓPICO 2 | A HISTÓRIA DA ARQUITETURA
39
2.3 IDADE MÉDIA
No final da Idade Média, ocorreu o renascer do mundo urbano depois de 
séculos de ruralidade. A arquitetura na Antiguidade Média remete à arquitetura me-
dieval. A Era Medieval possui diversos estilos arquitetônicos, como: Paleocristã, Vi-
sigótica, Moçárabe, Bizantina, Mourisca, Românica e Gótica. A cidade tornou-se um 
farol de civilização e um centro de cristianismo o que se tornara um mundo bárbaro 
(GLANCEY, 2001). 
Nessa época, por muito tempo, a figura do arquiteto reclinou. As grandes 
constrições, principalmente as grandes catedrais, foram desenvolvidas e executadas 
pela população e pelos mestres-obreiros. Os arquitetos da época foram Antêmio e 
Isidoro de Miletto, eles eram habilidosos engenheiros e matemáticos. 
Certamente, em relação às artes medievais, a arquitetura religiosa foi a mais 
expressiva das manifestações artísticas desse período, uma arquitetura com enfoque 
para a construção de edifícios religiosos, como a construção de templos, igrejas, mos-
teiros e palácios. A pintura e a escultura apresentam outras histórias de riquezas e 
conhecimentos. Estas foram usadas para complementar a arquitetura na decoração 
dos edifícios (BRACONS, 1992)
 
No início da Era Medieval, as edificações religiosas eram quase sempre feitas 
de madeira. À medida que novas técnicas de construção foram surgindo por meio 
de ações antrópicas, a figura da igreja se tornava mais poderosa. A partir de então, 
as catedrais passaram a ser construídas por meio de materiais com maior resistência, 
como por exemplo: a pedra e o carvalho. 
O período da Era Medieval inclui conquistas culturais e científicas, vistas 
nos próprios monumentos bizantinos. A partir do século X, igrejas começaram a ser 
construídas, substituindo as antigas basílicas romanas. Essas construções utilizavam 
elementos de construções romanas, por isso esse estilo arquitetônico ficou conhecido 
como estilo românico (RAMALLO, 1992).
IMPORTANT
E
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
40
2.3.1 Arquitetura Paleocristã e Arquitetura Bizantina
As edificações paleocristãs e bizantinas remetem a alguns aspectos da arqui-
tetura da Antiguidade Clássica, ou seja, a arquitetura cristã derivou em grande parte 
dos precedentes romanos. A primeira fase da arquitetura paleocristã reporta-se às 
construções das catacumbas e dos cemitérios subterrâneos. Contudo, com as mani-
festações de crenças e com a legislação do Cristianismo pelo Imperador Constantino 
deu-se a segunda fase da arte paleocristã, a Era Bizantina (FAZIO, 2011).
Gregos e romanos adotam o modelo do edifício denominado como “Basíli-
ca”. As basílicas podiam acomodar grandes multidões, uma importante consideração 
para uma religião que atraía números cada vez maiores de convertidos. No início, as 
construções das basílicas eram vistas como lugares civis aos comércios e a assuntos 
judiciais. A destinação como local de celebrações aconteceu mais tarde. Com o passar 
dos anos, ocorreram modificações nas basílicas para adaptar-se aos rituais cristãos 
(FAZIO, 2011). A Figura 22 mostra o interior da Basílica de São Marcos, reconstruída 
entre 1063 e 1089. O modelo projetual seguiu o modelo da Igreja dos Santos Apósto-
los de Justiniano em Constantinopla.
FIGURA 22 – INTERIOR DA BASÍLICA DE SÃO MARCOS
FONTE: <http://bit.ly/33PYxBG>. Acesso em: 22 ago. 2019.
TÓPICO 2 | A HISTÓRIA DA ARQUITETURA
41
A Basílica de São Pedro surgiu como uma martyrium, uma capela desen-
volvida ao redor do túmulo do apóstolo Pedro. Observe na Figura 23 como as 
coberturas mais baixas da nave lateral permitem que a luz direta entre na nave 
central através das altas janelas do clerestório (FAZIO, 2011). 
FIGURA 23 – PROJETO E CORTE PERSPCTIVADO INTERIOR DA ANTIGA BASÍLICA DE SÃO 
PEDRO – ROMA, CERCA DE 318-22
FONTE: Fazio (2011, p. 159)
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
42
2.3.2 Arquitetura Românica 
O desenvolvimento do estilo romântico na Europa Ocidental surgiu das 
profundas Era das Trevas. Durante muitos séculos, tribos de godos e de 
outros povos do norte vieram à Europa, destruindo cidades, aquedutos 
e qualquer sinal do saber clássico; em 800, porém, o papa coroou Car-
los Magno como chefe do Sacro Império Romano. Esse rei franco, um 
guerreiro, anteriormente analfabeto, fora educado por monges ingleses 
de York. Aprendeu sobre o mundo antigo e seu maior desejo tornou-se 
recriar o Império Romano (GLANCEY, 2001, p. 44).
Com relação aos marcos da construção, a arquitetura românica pode ser 
exemplificada no surgimento de elementos estruturais maciços e abóbadas e arcos 
romanos. Um dos maiores edifícios românicos é a Catedral de Durham (1093-1133), 
localizada na Inglaterra. “O seu interior é espetacularmente cavernoso: as nervuras 
agudas, quase góticas, que sustentam as abóbadas são, por sua vez, sustentadas por 
fileiras de colunas maciças, alternadamente redondas e compostas” (GLANCEY, 
2001, p. 44).
FIGURA 24 – CATEDRAL DE DURHAM, INGLATERRA, 1093-1133
FONTE: <http://bit.ly/31BQDuf>. Acesso em: 22 ago. 2019.
TÓPICO 2 | A HISTÓRIA DA ARQUITETURA
43
FIGURA 25 – PLANTA BAIXA CATEDRAL DE DURHAM, INGLATERRA, 1093-1133
FONTE: <http://bit.ly/33RjpbO>. Acesso em: 22 ago. 2019. 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
44
2.4 IDADE MODERNA
Diversos são os movimentos sobre a arquitetura que surgiram no século XX, 
formando a arquitetura moderna, particularmente entre as décadas de 20 e 60. Existe 
uma pluralidade de ideias de cunho individual e coletivo no período, tendo diversas 
origens como a Bauhaus, na Alemanha; Le Corbusier, na França e Frank Loyd Right 
nos Estados Unidos (BENEVOLO, 2004).
Sistema construtivo constituído por lajes, planas, pilares e fundações em 
concreto armado, que propõe uma ordem racional entre seus elementos 
e sua construção, através de subsistemas de organização, visando dotar 
os edifícios que a empregam de atributos formais modernos, concretos 
(pisos em balanço, planta e fachadas livres, pilotis etc.) e abstratos (como 
economia de meios, rapidez, rigor e precisão na construção, universalida-
de) (PALERMO, 2006, p. 13).
2.4.1 Fundamentos da Arquitetura Moderna
A arquitetura na Antiguidade Moderna remete ao surgimento dos estados 
nacionais. A era é dividida nos seguintes estilos arquitetônicos: Renascimento, Ma-
neirismo, Barroco, Rococó e Neoclássico. Os arquitetos descobrem antigos tratados 
arquitetônicos influenciando uma nova arquitetura. A liberdade científica possibi-
litou o avanço nas técnicas construtivas, permitindo novas experiências nas obras 
arquitetônicas.
2.4.2 Arquitetura Renascentista
O Renascimento marca o início da Idade Moderna. O desenvolvi-
mento comercial e a agitada atividade cultural no Ocidente,sobre-
tudo, no século XV, faz surgir o movimento intelectual centrado 
no Homem. Essa mudança de mentalidade pode ser percebida 
nos humanistas, os quais buscaram na Antiguidade recuperar a 
cultura greco-romana, a qual representava – para eles – o ideário 
perfeito de civilização (GIOVANAZZI, 2014, p. 6-7).
TÓPICO 2 | A HISTÓRIA DA ARQUITETURA
45
O Renascimento foi um divisor de águas na história da arquitetura. “O Re-
nascimento marcou a abertura de rotas de comércio e de bancos e a assimilação de 
conhecimentos novos e redescobertos” (GLANCEY, 2001, p. 68). Os arquitetos voltaram a 
ter renome perante a sociedade. O homem renascentista tem por característica a cultura 
ao conhecimento. 
IMPORTANT
E
Outro fator que ocorreu na arquitetura renascentista é a reedição das antigas 
construções. O Maneirismo, por sua vez, foi um movimento que desencadeou, 
por parte dos arquitetos e artistas da época, a utilização de elementos clássicos. 
FIGURA 26 – ARQUITETURA RENASCENTISTA: BIBLIOTECA, MOSTEIRO DE MELK, ÁUSTRIA
FONTE: <http://bit.ly/2LhciCs>. Acesso em: 22 ago. 2019.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
46
2.4.3 Arquitetura Barroca e o Rococó
 
A Arquitetura Barroca, precedida pelo Renascimento e Maneirismo, inicia-se 
a partir do século XVII. “Suas formas curvilíneas, ousadas, floresceram principal-
mente na Europa católica e notavelmente no Sul da Alemanha e na Áustria, onde 
assumiria algumas de duas formas mais fantásticas” (GLANCEY, 2001, p. 82). Com 
a arquitetura Barroca, praticada no século XVII até a metade do século XVIII, tinha 
por intensão a contrarreforma dentro das igrejas católicas. Os objetos decorativos 
barrocos eram mais acessíveis às emoções visíveis da riqueza e ao poder da igreja. 
Certamente, em relação à arquitetura religiosa, foi a mais expressiva no pe-
ríodo Barroco, construídas de maneira acelerada durante o Movimento de Contrar-
reforma (programas que envolviam reformas no interior das igrejas). Os elementos 
relacionados à arquitetura que marcaram a Era Barroca foram: a curvatura das fa-
chadas e dos interiores das construções, contorcidos e aspirais, possibilitando novos 
estilos arquitetônicos.
 
O Rococó, movimento artístico europeu, se destacou devido aos edifícios 
com amplas aberturas – “estilo de luz”. A arquitetura Neoclássica, movimento cul-
tural do fim do século XVIII, surgiu do Neoclassicismo. Teve início na Europa, na 
qual, com a Revolução Industrial, ocorreu a indução de novas técnicas construtivas 
possibilitando inovações nas construções (GIOVANAZZI, 2014). 
TÓPICO 2 | A HISTÓRIA DA ARQUITETURA
47
FIGURA 27 – CAPPELA CORNARO, ROMA, 1645-1652
FONTE: <http://bit.ly/32EYKaS>. Acesso em: 22 ago. 2019.
FIGURA 28 – PLANTA BAIXA: SAN CARLO ALLE QUATTRO FONTANE, ROMA, 1634-1682
FONTE: <http://bit.ly/360VAQT>. Acesso em: 22 ago. 2019. 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
48
FIGURA 29 – FACHADA: SAN CARLO ALLE QUATTRO FONTANE, ROMA, 1634-1682
FONTE: <http://bit.ly/360VAQT>. Acesso em: 22 ago. 2019.
2.5 IDADE CONTEMPORÂNEA
A Arquitetura Moderna está relacionada por um forte discurso social e esté-
tico de transformação do espaço da vida do homem contemporâneo. Com base no 
crescimento e no desenvolvimento das cidades, devido ao fascínio urbano, levou o 
Urbanismo como disciplina acadêmica – com enfoque nos estudos de mudar as for-
mas das cidades.
A História da Arquitetura Contemporânea tem suas principais bases nas 
mudanças ocorridas devido à Revolução Industrial (1750-1830), que foi 
marcada pelo conjunto de transformações econômicas, políticas, sociais, 
culturais e tecnológicas, que se processaram desde finais do século XVIII e 
culminaram na primeira metade do século XIX (CASTELNOU, 2015, p. 5). 
TÓPICO 2 | A HISTÓRIA DA ARQUITETURA
49
2.5.1 Fundamentos da Arquitetura Contemporânea
As principais características da arquitetura contemporânea se resumem no 
uso da iluminação natural, na integração dos espaços interiores, na personalização 
e na funcionalidade dos projetos arquitetônicos. Materiais derivados da indústria 
tiveram início com o concreto e o aço. Os movimentos decorrentes da arquitetura 
contemporânea se enquadram: Art decó, Arquitetura Pós-Moderna, Bauhaus, Arqui-
tetura construtivas, Arquitetura orgânica, Internacional style, Arquitetura brutalista, 
Arquitetura pós-moderna, Arquitetura desconstrutivista e Arquitetura high-tech.
No discurso modernista o espaço é visto como algo neutro, genérico, 
abstrato, constituído por uma relação funcional, matemática e quan-
titativa entre suas partes e elementos resultando em uma arquitetura 
autônoma, ideal, dissociada de qualquer sensibilidade – em relação ao 
contexto ou aos seus usuários (MONTANER, 2001, p. 31). 
2.5.2 Construções que remetem à Arquitetura Contemporânea
A Arquitetura Contemporânea foi inserida no cenário mundial através da 
indução tecnológica. Com o passar do tempo, os arquitetos, por meio da evolução 
técnica e científica, puderam incorporar em suas obras o uso da diversificação de 
materiais, contribuindo com um novo conjunto de tendências. Pode-se destacar as 
construções com formatos irregulares, pisos abertos, grandes vãos além a inserção 
da sustentabilidade.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA 
50
FIGURA 30 – ARQUITETURA DESCONSTRUTIVISTA: FRANK GEHRY – CLEVELAND CLINIC 
FONTE: <http://bit.ly/2N0ThVe>. Acesso em: 22 ago. 2019.
FIGURA 31 – ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA: CAPELA BOSJES – ÁFRICA DO SUL
FONTE: <http://bit.ly/31zWHTZ>. Acesso em: 22 ago. 2019. 
TÓPICO 2 | A HISTÓRIA DA ARQUITETURA
51
FIGURA 32 – ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA: RUY OHTAKE – HOTEL UNIQUE
FONTE: <http://bit.ly/2pHbn6F>. Acesso em: 22 ago. 2019.
FIGURA 33 – PERSPECTIVA RUY OHTAKE – HOTEL UNIQUE
FONTE: <http://bit.ly/2qAJaPk>. Acesso em: 22 ago. 2019.
52
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• No início, o espaço físico da vida humana era formado pelo sistema natural. Ao lon-
go da história, com as necessidades dos homens, o sistema é reproduzido a partir 
das induções técnicas sociais.
• As primeiras cidades surgiram na Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates. Nas-
ceram do desenvolvimento e do crescimento populacional de pequenas aldeias.
• A dinâmica da vida continuada desencadeou o fascínio urbano em escala global. A 
modernização social intensificou o fluxo populacional das cidades, tornando-se um 
processo irreversível.
• A arquitetura tem suas origens no período Pré-histórico, induzido pela literatura 
ocidental da Grécia, a partir do momento que a humanidade começou a dominar a 
técnica de trabalhar a pedra.
• A arquitetura está relacionada ao planejamento, à organização e à construção de 
uma obra arquitetônica, com enfoque na resolução estética e funcional da obra. O 
urbanismo é um campo do conhecimento empregado ao desenvolvimento e plane-
jamento das cidades.
• A História da Arquitetura é dividida em diferentes fases, passando por várias épocas 
e estilos. Como destaque: Arquitetura Pré-Histórica, Antiga, Antiga Clássica, Medie-
val, Moderna e Contemporânea. 
• A arquitetura na Antiguidade Clássica remete aos gregos e aos romanos. A cidade 
torna-se o elemento principal da vida política e social desses dois povos. “As obras 
construídas no estilo que denominamos ‘clássico' foram responsáveis pela consoli-
dação de uma linguagem arquitetônica que dominou o cenário ocidental por pelo 
menos 5 séculos” (GLANCEY, 2001, p. 25).
• Os gregos também desenvolveram colunas de base estilizadas por eles. No século 
XVI d.C., esses sistemas deram nome às ordens da arquitetura com os nomes que 
conhecemos hoje como linguagem da arquitetura clássica. Os três tipos de coluna 
– Dórica, Jônica e Coríntia – davam aos templos os principais edifícios cívicos da 
Grécia.
• Certamente, em relação às artes medievais, a arquitetura religiosa foi a mais expres-
siva das manifestações artísticas desse período. Uma arquitetura com enfoque para 
a construção de edifícios religiosos, como a construção de templos, igrejas, mosteiros

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