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RESENHA DEMOCRACIA EM VERTIGEM

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR FRANCISCANO – IESF 
GRADUANDO DIREITO BACHARELADO 
 
 
 
COMPONENTES: 
ALCIMÁRIA OLIVEIRA, CARLOS ANDRE, ELISANGELA SANTOS, IASMIN 
ANTONIA, ITALLO RAPHAEL, JANAIR FONSECA, LUIZA FERNANDA, 
RAIMUNDA DELGADO, RICHARD AZEVEDO, SANDRO SILVA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA DO DOCUMENTÁRIO DEMOCRACIA EM 
VERTIGEM 
 
 
 
 
 
 
 
PAÇO DO LUMIAR 
2022 
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR FRANCISCANO-IESF 
2° PERÍODO DIREITO BACHARELADO 
TEÓRIA GERAL DO ESTADO 
Profa. DENISE ALBURQUERQUE 
 
RESENHA DA OBRA 
 
Democracia em Vertigem é um documentário que foi produzido pela Netflix em 2019 
dirigido por Petra Costa que narra a história sob sua perspectiva em um momento delicado 
da história brasileira, a política do governo PT e o famoso impeachment da ex-presidente 
Dilma Rousseff. 
Petra registra cenas reais de momentos importantes, fazendo o uso de imagens chocantes 
para prender ainda mais o público, como o discurso do então presidente Jair Bolsonaro 
exaltando o torturador de Dilma Rousseff, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. 
Em um tom mais otimista, a obra apresenta a fragilidade de uma democracia e a 
polarização da direita e da esquerda em um momento crítico fazendo o uso de gravações 
pessoais, entrevistas e reportagens para tentar deixar o público com a sensação de 
proximidade com a obra. Para tentar explicar como as coisas aconteceram Petra propôs 
uma viagem ao passado político brasileiro onde retrata principalmente a época da 
Ditadura Militar, com perseguições políticas e até mesmo a prisão do ex-presidente Lula. 
Quando assistimos o filme “Democracia em vertigem, 2019”, fora do prisma ideológico 
dela, que é evidente na proximidade e o ângulo dos registros da autora ao lado dos 
personagens Lula e Dilma nessa história, os mais atentos percebem fatos que ocorreram, 
e ainda ocorrem no nosso “Estado Democrático de Direto”. Saindo de um regime militar 
para a tão sonhada democracia com forma de governo, em dado momento do filme nos 
leva a questionar, será que a nossa democracia é forte e respeitada em todo seu processo? 
Ou os homens que lá estão no poder não passam de “grandes atores”, que nos bastidores 
da operação da grande máquina pública do Estado, trabalham apenas para suas satisfações 
particulares, enganando o povo dizendo ser esse o ator principal, mas que não passa de 
mero figurante nessa história? 
É em meio a uma crise no controle do Poder que vemos homens romperem suas alianças 
políticas, abandonarem seus ideais partidários, corromperem-se, e polarizar seu povo que 
quando dividido, é usado como massa de manobra e logo descartado por inteiro pelo 
sistema quando esse atinge seu objetivo, ter nas mãos todos os poderes do Estado para 
operar ao seu bel prazer. Usam das ferramentas da justiça para seus embates e 
perseguições políticas, destruindo a imagem do opositor do momento na grande mídia, 
criam seus personagens “limpinhos” e os colocam sob os holofotes para um sufrágio super 
tendencioso a favorecer o sistema. 
No pensamento do filósofo Aristóteles a oligarquia, etimologicamente seria o governo de 
poucos. Portanto, significa que o governo fica centralizado nas mãos de poucas pessoas 
que geralmente pertencem ao mesmo grupo, visto que as oligarquias são sempre 
compostas por uma elite, podendo ser políticas, econômicas, religiosas entre outras. 
Algo que já se fez presente no período histórico do Brasil marcado pela alternância de 
poder entre as oligarquias cafeeiras de Minas Gerais e São Paulo, possuindo o poder de 
manipulação da democracia em tal período. 
Fazendo uma perspectiva do Brasil do passado e do Brasil atual (contemporâneo), 
analisando seu sistema político. O documentário “Democracia em Vertigem” nos faz 
refletir sobre a importância dos candidatos políticos em que escolhemos. 
Com uma proposta criativa, a roteirista aproxima acontecimentos sociais do Brasil com 
sua história de vida, arquitetando uma narração que oscila do particular para o coletivo e 
nacional e, assim, delata a conjuntura atual da democracia brasileira. 
É ilustrado os fatos, exposto a percepção dos dois lados da política (com políticos e 
eleitores), permite a inserção de entrevistas e falas de políticos cedidos para o filme. 
O filme não é imparcial, ao contrário, é bastante parcial com relação a argumentos ligados 
a esquerda, o que não o desmerece em nada. Não há um contraponto de direita relevante 
na narrativa. Há uma crítica pertinente aos ataques à imprensa.

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